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DOR MIOFACIAL
A síndrome dolorosa miofascial é atualmente definida como uma disfunção neuromuscular regional que tem como característica a presença de regiões sensíveis em bandas musculares contraturadas/tensas que produzem dor referida em áreas distantes ou adjacentes. Esta dor miofascial pode se originar em um único músculo ou pode envolver vários músculos, gerando padrões complexos e variáveis de dor. 
ETIOLOGIA
À etiologia da síndrome miofascial, há inúmeros fatores precipitantes, tais como: traumas (macro e microtraumas), uso excessivo (overuse), infecção ou inflamação devido a uma patologia de base, alterações biomecânicas apendiculares (discrepância de membros, aumento acentuado dos seios) e axiais posturais, distensões crônicas, esfriamento de músculos fatigados, miosite aguda, isquemia visceral. 
OUTRAS CAUSAS 
Incluem lesões localizadas dos músculos, ligamentos, cápsulas articulares ou nervos, envolvimentos medulares, disfunções articulares, doenças viscerais, desequilíbrios endócrinos, exposição prolongada ao frio, deficiências de vitaminas C, complexo B, estrógeno, K+ e Ca+, anemia, baixa taxa metabólica, hipotireoidismo, creatinúria, stress emocional, tensão, fadiga, inflamação, deficiência muscular.
COMPONENTES DA SÍNDROME MIOFASCIAL 
A síndrome miofascial tem como componentes essenciais: um ponto-gatilho, espasmo muscular segmentar, dor referida e o envolvimento de tecidos moles. 
Estabeleceu-se cinco componentes, que podem ser usados como critérios diagnósticos:
 1) queixa de dor regional; 
2) queixa dolorosa ou alteração sensorial na distribuição de dor referida esperada; 
3) banda muscular tensa palpável; 
4) ponto dolorido na banda muscular; 
5) restrição de alguns graus de amplitude de movimento (ADM).
 Há outros três critérios menores: 
1) reprodução de queixa durante pressão no ponto; 
2) contração durante inserção de agulha ou palpação transversal do ponto na banda;
 3) alívio da dor pelo estiramento do músculo.
PONTO DE GATILHO
Os PG são áreas pequenas e sensíveis no músculo que espontaneamente ou por compressão causam dor para uma região distante, conhecida como dor referida. Os PG são localizados em uma área dolorosa em uma faixa muscular e podem estar ativos ou latentes. PG ativos são dolorosos com ou sem movimento, enquanto os PG latentes só são dolorosos a palpação. Os PG não podem ser confundidos com os tender-points. 
Os PG miofasciais são tipicamente localizados pelo exame físico e pela palpação. O diagnóstico dos trigger-points é feito pela exploração física, que deve levar em conta os sinais físicos demonstrados, incluindo: presença de tensão palpável em uma zona musculoesquelética, a presença de nódulos doloridos hipersensíveis na zona de tensão muscular, contração local visível ou palpável à compressão.
Um músculo com PG não trabalha efetivamente. A banda de tensão restringe o alongamento do músculo e, por isso, há limitação de movimento. A fraqueza é produzida pela dor induzida pela inibição muscular, assim como com o encurtamento muscular. A coordenação é afetada bem como a inibição reflexa da atividade antagonista dos músculos é prejudicada.
DIAGNÓSTICO
Apalpação evidencia a banda tensa, geralmente acompanhada do sinal do ressalte; a pressão sobre o ponto gera o padrão de referência que pode ser conseqüente a um forte input nóxico aferente com envolvimento de padrões dermatômicos, miotômicos e esclerotômicos.
Testes de amplitude de movimentos: ativa (para buscar dor à contração), passiva (dor ao encurtamento) e resistida (dor à contração e ao encurtamento) e alongamento (dor ao alongamento passivo).
Outros testes como RX, EMG e exames de sangue, apresentam-se normais; as biópsias não revelam alterações patológicas. Os exames neurológicos e articulares são negativos. Utilizam-se, freqüentemente, a termografia e medidas de pressão para documentar a presença de pontos-gatilho, geralmente com algômetros de pressão.
TRATAMENTO
Há inúmeros tipos de tratamento para a síndrome miofascial, todos eles visando à eliminação do ponto-gatilho, restauração da amplitude de movimento e força muscular normais e sem dor e, portanto, restabelecer o comprimento normal do músculo e analgesia. 
Com base nisso, o tratamento pode ser dividido em 3 fases: I) inativação dos pontos-gatilho; 2) reabilitação muscular; e 3) remoção preventiva de fatores perpetuantes 
Drogas 
As classes de agentes mais freqüentemente usados são os antinflamatórios não-esteróides, os antidepressivos tricíclicos os miorelaxantes e os opiáceos. Os primeiros são importantes durante o tratamento com a fisioterapia, já que a atividade física causa uma inflamacão temporária que pode ser efetivamente tratada com estas drogas. 
Injeção 
A injeção do ponto-gatilho com anestésicos ou solução fisiológica salina seguido por alongamento e calor é uma técnica muito efetiva, de alívio rápido. Há inú- meras técnicas de aplicação. 
Acredita-se que o ponto-gatilho sofra a introdução mecânica da agulha, o que associado ao calor e movimentação em toda a amplitude de movimento pode gerar ali vi o e remissão da dor.
Spray 
O uso de spray frio tem se-mostrado efetivo em vá- rios estudos quando associado ao alongamento.
Toxina Botulínica
 A toxina Botulínica A é um agente bloqueador neuromuscular que produz uma denervação temporária e parcial por bloquear a liberação de acetilcolina na junção neuromuscular com duração de sua ação variando de 3 a 4 meses. Esta toxina tem sido recentemente usada em tratamento de torcicolo e de distonia espástica que, apesar de serem desordens distintas, com desenvolvimento envolvendo mecanismos separados, ambas são dolorosas e disparadas por traumas em tecidos moles.
Terapia manual 
Há outras técnicas de tratamento, como pressão manual sobre o ponto ou compressão isquêmica, técnicas de fricção profunda miofascial e técnicas de alongamentos.
O uso de alongamentos diretamente aplicados às fibras por meio de pressão transcutânea associados a alongamentos tradicionais envolvendo mobilização articular nas regiões dos pontos e áreas de dor referida envolvem a diminuição da dor e ganho de flexibilidade. A massagem de fricção profunda, envolvendo movimentos oscilatórios dos polegares com uma freqüência de 2-5 Hz sobre o músculo e/ou fáscia tem sido usada para supressão da dor. Durante a aplicação da pressão transcutânea, o terapeuta deve continuar mantendo a pressão inicial e estar atento para sentir o momento em que a resistência muscular cede, para que a aplicação da pressão seja feita em outras fibras. Já no alongamento tradicional, o terapeuta pode continuar o alongamento em alguns graus após o músculo ceder.
TENS 
A utilização do TENS foi estudada por ser uma modalidade utilizada com sucesso na redução da dor, quando aplicada sobre os pontos-gatilho, apesar de não ser específica para esse tratamento
LASER
descreve estudos sobre o uso da terapia laser superficial para controle de síndromes de dor crônica, incluindo a síndrome miofascial; e afirma que esta é uma forma de acupuntura não invasiva.
Laser HélioNeônio (HeNe), monocromático, divergência de 10 a 15 mm, baixa capacidade de produzir calor foram confirmados: aceleração de cicatrização de úlceras/feridas, redução da dor em artríticos e correção de problemas ortopédicos. E foi incluído a eliminação de pontos-gatilho. Subseqüentemente, concluiu que a radiação laser pode ter um efeito sobre o metabolismo da serotonina, servindo, desse modo, como um mecanismo de alívio da dor.
Outro tratamentos
A acupuntura, a manipulação com agulha e a pressão com os nós dos dedos sobre os pontos também se demostraram eficazes.
Outros tratamentos propostos são: calor (seco e úmido), crioterapia sem alongamento subseqüente, medicamentos analgésicos, antinflamatórios ou relaxantes musculares,

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