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Planejamento Contábil Tributário - NOTA DE AULA 3° e 4° semestre - UNIP

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PLANEJAMENTO CONTÁBIL TRIBUTÁRIO – PROF° DERNEVAL – SLIDES E EXPLICAÇÃO 
 
 
LUCRO PRESUMIDO 
 Explicação: 
Já pelo nome podemos entender que se presume um lucro. O governo está presumindo 
que houve um lucro, independente se a empresa deu lucro ou prejuízo, ela vai pagar 
imposto. Pois esse lucro é apurado em cima das receitas. – A base de cálculo do lucro é 
a receita. 
O lucro é calculado em cima de uma base, no Lucro Real são as (+) Receitas diminuindo 
as (-) despesas e (-) custos, obtemos o valor do lucro e em cima do mesmo, pagamos os 
IR e CSLL, e caso dê prejuízo, não precisa pagar mais nada. Já no Lucro Presumido, é 
diferente, quem fornece a base de cálculo é o governo. Ou seja, pego o total das 
minhas (+) Receitas de Vendas ou (+) Ganhos de Capital, faço a soma de todas as (+) 
Receitas que possuo, aplico um percentual (%) e acho a base, em cima da base aplico a 
alíquota do IR e CSLL. Utilizando a forma que o governo lida com o L.P. podemos 
concluir que jamais teremos prejuízo, pois não tem nenhuma dedução é sempre em 
cima do meu total de ganhos e vendas. 
 
 SLIDES: 
 
1. LUCRO PRESUMIDO 
Lucro Presumido é a forma de tributação simplificada do Imposto de Renda e CSLL. Art 
516 e 518 do Regulamentação Imposto de Renda/1999. 
2. QUEM PODE OPTAR PELO LUCRO PRESUMIDO? 
Pode optar pelo LP todas as PJ que tenham Receita Bruta sido igual ou inferior a $ 78 
milhões no ano-calendário anterior, ou 
a. $ 6.500.000 multiplicado pelos meses de atividade no ano calendário anterior. 
Art.14 da Lei 12.814/2013. 
b. Que não sejam obrigadas pela tributação do LR em função da atividade 
exercida ou da sua constituição societária ou natureza jurídica. 
Leitura do art 14 da Lei 12.814/2013. 
Banco é obrigado a optar pelo Lucro Real, ou seja, não pode ser Lucro Presumido. 
 Estão obrigadas a apuração do Lucro Real, ou seja excluídas do Lucro Presumido: 
 Cuja RB total do ano calendário anterior seja superior ao limite de $78 milhões. 
 Cuja atividade seja de Bancos Comerciais; Bancos de Investimentos; Bancos de 
Desenvolvimento; Caixa Economica Federal; Sociedade de Crédito; 
Financiamento e Investimentos; Sociedade de Creditos Imobiliários; Sociedade 
Corretora de Títulos; Valores Imobiliários; Câmbios; Distribuidora de Títulos e 
Valores Imobiliários; Empresas de Arrendamento Mercantil; Cooperativas de 
PLANEJAMENTO CONTÁBIL TRIBUTÁRIO – PROF° DERNEVAL – SLIDES E EXPLICAÇÃO 
 
Crédito; Empresa de Seguro Privado de Capitalização; e Entidades Privadas 
Abertas. 
 Quem tem lucros, rendimentos, ou ganhos de capital oriundos do exterior. 
 Que autorizadas pela legislação tributária usufruam de benefícios fiscais, 
relativos a insenção ou redução do imposto. [como eu posso provar que tenho 
redução de imposto? Mediante o Lucro Real, mostrando via diário, balancete, 
razonete, enfim, demonstrações contábeis, o fato de eu ter de fazer essa 
demonstração já me obriga a optar pelo Lucro Real]. 
 Que no decorrer do ano-calendário tenham efetuado pagamento mensal 
regime de estimativa no formato do art 2 da lei 9.415. 
 Que explore a atividade de prestação de serviço cumulativa e contida de 
serviços de assessoria credícias mercantológicas e gestão de crédito. 
 Que explore atividade de secultilização de ultilização de créditos imobiliários 
financeiros e de agronegócio. 
 
3. INGRESSO DO SISTEMA. 
 
A opção do pelo regime de Lucro Presumido será manifestada pelo pagamento 
da primeira parcela ou quota única do Imposto de Renda devido referente ao 
primeiro período de apuração de cada calendário, [Trimestral. Ou seja, Janeiro, 
Fevereiro e Março é pago em Abril. E assim sucessivamente. Pagamento 
sempre no quarto mês]. 
As pessoas juridicas (PJ) que iniciarem suas atividades a partir do segundo 
trimestre manisfestará a opção pelo pagamento da primeira quota, no imposto 
devido referente do inicio de suas atividades. 
A opção pela tributação do IR do LP está na Lei 9.718/98 art.13 Paragrafo 1°. 
 
4. SAÍDA DO SISTEMA 
 
A saída do sistema de tributação do Lucro Presumido será atribuido a PJ que 
deixar de enquadrar-se nas condições para permanecer no sistema. [Ou ele 
fatura até 78 milhões ou ele entra nas obrigatoriedades do Lucro Real]. 
 
5. NÃO PODE OPTAR PELO LUCRO PRESUMIDO. 
 
Estão demonstrados as entidades e atividades que estão vedadas ao Lucro 
Presumido, no art 14. Da Lei 9.718/98. 
 
6. OBSERVAÇÃO. 
 
Considera-se Receita Bruta (RB) total a receita bruta de vendas somados aos 
ganhos de capital, e demais receitas e resultados positivos decorrentes de 
receitas não compreendidas na atividade. [EXEMPLO: Receita de Venda: vendi, 
e emiti a NF. Ganhos de Capital: comprei uma maquina por 10 e vendi por 15, 
obtive um lucro de 5, Demais receitas: faço aplicação financeira, obtenho meu 
lucro sobre a aplicação, ou seja, o meu Resgate de Aplicação Financeira, pois 
minha atividade é comércio, e não aplicações financeiras.] 
PLANEJAMENTO CONTÁBIL TRIBUTÁRIO – PROF° DERNEVAL – SLIDES E EXPLICAÇÃO 
 
 
7. APURAÇÃO A BASE DE CÁLCULO 
 
A Apuração da base de cálculo se dará através de percentuais (%), de presunção 
IRPJ 
 1,6% - Revenda de Combustível a consumidor final 
 8% - Indústria, Comércio, Transporte de Carga e Serviços Hospitalares. 
 16% - Serviços de Transporte. 
 32% - Prestação de serviços em geral, intermediação de negócios e 
administração e locação de bens móveis e imóveis de qualquer natureza. 
 
8. PERCENTUAIS DE PRESUNÇÃO 
 
 100% - Receitas concernentes a atividades não compreendidas no objeto 
social da empresa; 
 100% - Receitas financeiras em geral; 
 100% - Ganhos em Capital 
 
9. OBSERVAÇÃO 
 
Caso uma empresa realize atividades enquadradas em dois ou mais grupos em 
que os percentuais estabelecidos pela legislação sejam distintos, o seu lucro 
presumido deverá ser apurado em relação à receita bruta de cada atividade, 
separadamente. 
Para se chegar à base de cálculo do imposto, devem ser somadas ao lucro 
presumido as demais receitas que a empresa tenha eventualmente percebido 
no período. 
(RIR/1999, art. 223. §3° e 51 8). 
 
10. ALÍQUOTAS 
 
1. Alíquota 
 
A alíquota do Imposto de Renda incidente sobre o lucro das PJ é de 15%, 
independente da forma de apuração. 
 
2. Adicional do IR 
 
A parcela do lucro da PJ que exceder ao montante de $20.000/mês do 
período de apuração, em qualquer forma de apuração, estará sujeita a 
incidencia do adicional do IR, à razão de 10%. 
 
11. ADIÇÕES À BASE DE CÁLCULO 
 
A diferença de receita correspondente ao valor calculado com base na taxa a 
que se refere o item anterior e o valor contratador. Quando este for inferior, 
PLANEJAMENTO CONTÁBIL TRIBUTÁRIO – PROF° DERNEVAL – SLIDES E EXPLICAÇÃO 
 
caso o contrato, não registrado no Banco Central do Brasil, seja realizado com 
mutuaria definida como pessoa vinculada domiciliada no exterior. 
 
Os rendimentos auferidos nas operações de mutuo realizadas entre empresas 
controladoras, controladas, coligadas ou interligadas, exceto se a mutuaria for 
instituição financeira autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil. 
 
Os ganhos auferidos em operações de cobertura (hedge) realizadas em bolsa de 
valores, de mercadorias e de futuros ou no mercado de balcão; 
 
Demais receitas que a empresa tenha eventualmente percebido no período: 
 Juros ativos, não decorrentes de aplicações financeiras; 
 descontos financeiros obtidos; 
 alugueis de bens do ativo permanente, caso a empresa não possua 
objeto social administração e locação de bens móveis e imóveis e 
direitos de qualquer natureza; 
 os juros relativos a impostos ou contribuições a serem restituidos ou 
compensados; 
 as variações monetárias ativas: os rendimentos e ganhos líquidos 
produzidos por aplicações financeiras de renda fixa e variavel não 
descontadoo IRRF 
 as multas ou qualquer outra vantagem paga ou creditada por PJ ainda 
que a titulo de indenização em virtude de rescisão de contrato. 
 
12. OBSERVAÇÃO 
 
Não se pode confundir os percentuais utilizados para a apuração da base de 
cálculo do imposto coma a alíquota do tributo. Possui duas etapas: 
 
1) Apuração da base de cálculo; 
2) Cálculo do imposto através da multiplicação do valor encontrado na 
primeira etapa pela aliquota estipula pela legislação. 
 
13. ADICIONAL DO IR 
 
Dessa forma, o imposto corresponderá a 15% do valor da base de calculo obtida 
através de qualquer sistemática acrescido de 10% do montante que ultrapassar 
o limite mensal de $20.000. Como nesta modalidade a apuração é trimestral 
estará sujeito ao adicional o montante de lucro que exceder $60.000 
 
14. DEDUÇÕES DO IMPOSTO APURADO 
 
 O valor do IR retido na fonte que tenha incidido sobre as receitas incluidas 
na base de cálculo. 
 O valor do IR recolhido indevidamente ou a maior em períodos anteriores. 
 
 
PLANEJAMENTO CONTÁBIL TRIBUTÁRIO – PROF° DERNEVAL – SLIDES E EXPLICAÇÃO 
 
 
15. PERÍODO DE APURAÇÃO 
 
 A apuração do IRPJ pelo lucro presumido deve ser realizada trimestralmente, 
podendo o impostoser recolhido em quota única, ou em até três parcelas iguais 
e sucessivas. 
 
16. VANTAGENS DO LUCRO PRESUMIDO 
 
 Simplicidade dispensa a obrigatoriedade de escrituração contábil, com 
exceção do Livro de Registro de Inventário, do Livro Caixa e Livro de 
Apuração do Lucro Real, quando tiver lucros diferidos de periodos de 
apurações anteriores, inclusive saldo de lucro inflacionario a tributar. 
 
 Pode significar um excelente planejamento tributário para as empresas que 
possuam um percentual de lucro em relação a receita bruta superior ao 
coeficiente superior previsto pela legislação tributaria para seu ramo de 
atividade. 
 
 
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LIQUIDO (CSLL) 
 
17. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO (CSL) 
 
 Tem por base de calculo o lucro das empresas. 
 A legislação determina que sejam aplicadas as mesmas normas de apuração 
do IRPJ, devendo inclusive ser determinada segundo a mesma sistematica 
de apuração utilizada para o IR. 
 Relativamente a fatos geradores ocorridos a partir de jan/2003, a aliquota 
da csl é de 9% 
 Se a empresa optar pela tributação através do lucro presumido, a base de 
calculo da CSL correspondera a somatoria das seguintes parcelas: 
 32% da receita bruta da empresa prestadora de: 
 
a) Serviços em geral, exceto a de serviços hospitalares, transporte de 
cargas e passageiros; 
b) Intermediação de negocios; 
c) Administração, locação ou cessao de bens imoveis, moveis e direitos de 
qualquer natureza; 
d) Prestação cumulativa e continua de serviços de assessoria crediticia, 
mercadologica, gestão de credito, seleção de riscos, administração de 
contas a pagar e a receber, compra de direitos creditorios resultantes de 
vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring). 
 
 12% da receita bruta das demais empresas; 
 100% demais receitas e ganho de capital; 
 100% rendimentos de renda fixa ou variavel. 
PLANEJAMENTO CONTÁBIL TRIBUTÁRIO – PROF° DERNEVAL – SLIDES E EXPLICAÇÃO 
 
 
18. DISTRIBIÇÃO DO LUCRO 
 
 Poderá ser distribuído a titulo de lucros, sem incidencia de imposto de renda 
(dispensada, portanto, a retenção na fonte), ao titular, socio ou acionista da 
pessoa juridica, o valor correspondente ao lucro presumido, diminuido de 
todos os impostos e contribuições ( inclusive adicional do IR, CSLL, Cofins, 
PIS/Pasep) a que estiver sujeita a pessoa juridica (lei n° 9.249, de 1995, art 
10; ADN Cosit n° 4, de 1996, e IN SRF n° 11, de 1996, art 51). 
 Acima desse valor, a pessoa juridica poderá distribuir, sem incidencia do 
imposto de renda, até o limite do lucro contábil efetivo, desde que ela 
demonstre, via escrituração contábil feita de acordo com as leis comerciais, 
que esse ultimo é maior que o lucro presumido. 
 
 
LUCRO ARBITRADO 
 
19. LUCRO ARBITRADO 
 
 É uma forma de apuração do IRPJ e CSLL trimestral, é arbitrada, pelo 
próprio contribuinte ou, de oficio, pelo fisco. 
 É aplicavel pela autoridade tributária quando a pessoa juridica deixar de 
cumprir as obrigações acessorias relativas à determinação do lucro real ou 
presumido, conforme o caso. 
 Essa forma de tributação, não representa penalidade. 
Lei 8.981, de 1995, art 47 e seguintes. 
 
20. HIPOTESES DE ARBITRAMENTO 
 
 O contribuinte, obrigado à tributação com base no lucro real, não mantiver 
escrituração nas formas das leis comerciais e fiscais, ou deixar de elaborar 
as demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal; 
 A escrituração a que estiver obrigado o contribuinte revelar evidentes 
indicios de fraudes ou contiver vícios, erros ou deficiencias que a tornem 
imprestável paa identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive 
bancária ou determinar o lucro real, 
 O contribuinte que deixar de apresentar à autoridade tributária os livros e 
documentos da escrituração comercial e fiscal, ou o livro caixa na hipótese 
do parágrafo único do art. 527 RIR; 
 O contribuinte que optar indevidamente pela tributação com base no lucro 
presumido; 
 O comissário ou representante da pessoa jurídica estrangeira que deixar de 
escriturar e apurar o lucro da sua atividade separadamente do lucro 
comitente residente ou domiciliado no exterior (art. 398 do RIR). 
 
 
 
PLANEJAMENTO CONTÁBIL TRIBUTÁRIO – PROF° DERNEVAL – SLIDES E EXPLICAÇÃO 
 
21. INGRESSO 
 
A tributação com base no lucro arbitrado será manifestada mediante o 
pagamento da primeira quota ou quota única imposto devido, correspondente 
ao período de apuração trimestral em que o contribuinte,, pelas razões 
determinantes na legislação se encontrar em condições de proceder ao 
arbitramento do seu lucro. 
 
22. MUDANÇA DO REGIME TRIBUTÁRIO DURANTE O ANO-CALENDÁRIO 
 
 A pessoa jurídica que, em qualquer trimestre do ano-calendário, tiver seu 
lucro arbitrado poderá optar pela tributação com base no lucro presumido 
nos demais trimestres, desde que não esteja obrigada a apuração pelo 
lucro real. 
 A adoção do regime de tributação com base no lucro arbitrado só é cabível 
na ocorrência de qualquer das hipóteses de arbitramento previstas na 
legislação tributária. 
 Ocorrendo tal situação e conhecida a receita bruta, o contribuinte poderá 
arbitrar o lucro tributável do respectivo ano-calendário, ou somente de um 
trimestre, sendo-lhe assegurado o direito de permanecer no regime do 
lucro real nos demais períodos de apuração trimestrais. 
 
23. O ARBITRAMENTO DO LUCRO DISPENSA A COMPROVAÇÃO DA RECEITA? 
 
 Não. Mesmo sendo tributadas com base no lucro arbitrado persiste a 
obrigatoriedade de comprovação das receitas efetivamente recebidas ou 
auferidas. 
 O arbitramento de lucro em si por não ser uma sanção, mas uma forma de 
apuração da base de cálculo do imposto, não exclui a aplicação de 
penalidades cabíveis. 
 
24. APURAÇÃO DO LUCRO ARBITRADO 
 
Os percentuais a serem aplicados sobre a receita bruta, quando conhecida, são 
os mesmos aplicáveis para o cálculo da estimativa mensal e do lucro presumido, 
acrescido de 20%, exceto quanto ao fixado para as instituições financeiras. 
 
25. RECEITA BRUTA PARA FINS DO LUCRO ARBITRADO 
 
 Compreende-se no conceito de receita bruta o produto da venda de bens 
nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o 
resultado auferido nas operações de conta alheia. 
 Na receita bruta se inclui o ICMS e deverão ser excluídas as vendas 
canceladas, os descontos incondicionais concedidos e os impostos não 
cumulativos cobrados destacadamente do comprador ou vendedor ou 
prestador mero depositário. (exemplo: IPI)PLANEJAMENTO CONTÁBIL TRIBUTÁRIO – PROF° DERNEVAL – SLIDES E EXPLICAÇÃO 
 
26. GANHO DE CAPITAL NO LUCRO ARBITRADO 
 
Nas alienações de bens classificáveis no ativo permanente e de aplicações em 
ouro não tributadas como renda variável ou renda fixa, o ganho de capital 
corresponderá a diferença positiva verificada entre o valor da alienação e o 
respectivo custo contábil. 
 
27. IMPOSTO DE RENDA 
 
 A alíquota do Imposto de Renda que incidirá sobre a base de cálculo 
arbitrada é de 15%. 
 O adicional do Imposto de Renda devido pelas pessoas jurídicas tributadas 
Com base no lucro arbitrado será calculado mediante a aplicação do 
percentual de 10% sobre a parcela do lucro que exceder o valor de R$ 
60.000,00 em cada trimestre. 
 
28. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 
 
 Se a empresa optar pela tributação através do lucro arbitrado a base de 
cálculo da CSLL corresponderá a somatória das seguintes parcelas: 
 
 12% no caso de receitas de serviços em geral, exceto Serviços Hospitalares. 
a) serviços em geral, exceto a de Serviços Hospitalares, transporte de cargas e 
passageiros. 
b) intermediação de negócios; 
c) administração, locação ou cessão de bens Imóveis, móveis e direitos de 
qualquer natureza; 
d) prestação cumulativa e continua de serviços de assessoria creditícia, 
mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos, administração de 
contas a pagar e a receber, compra de créditos creditórios resultantes de 
vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (Factoring); 
 12% para as receitas das atividades comerciais, industriais e atividades 
imobiliárias e hospitalares. 
 
29. DISTRIBUIÇÃO DE LUCRO 
 
 Poderá ser distribuído a título de lucros, sem incidência do Imposto de 
Renda (dispensada, portanto, a retenção na fonte), ao titular, sócio ou 
acionista da pessoa jurídica, o valor correspondente ao lucro arbitrado, 
diminuindo de todos os impostos e contribuições (inclusive adicional do IR, 
CSLL, Confins, PIS/PASEP) a que estiver sujeita a pessoa jurídica. 
 Acima desse valor, a pessoa jurídica poderá distribuir, sem incidência do 
Imposto de Renda, até o limite do lucro contábil efetivo, desde que ela 
demonstre, via escrituração contábil seita de acordo com as leis comerciais, 
que esse último é maior que o lucro arbitrado. 
 
 
PLANEJAMENTO CONTÁBIL TRIBUTÁRIO – PROF° DERNEVAL – SLIDES E EXPLICAÇÃO 
 
LUCRO REAL 
 
30. LUCRO REAL 
 
 A expressão lucro real significa o próprio lucro tributável, para fins da 
legislação do Imposto de Renda, distinto do lucro líquido apurado 
contabilmente. 
 
31. LUCRO LIQUIDO 
 
 De acordo com o art. 247 do RIR/1999, lucro real é o lucro líquido do 
período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações 
prescritas ou autorizadas pela legislação fiscal. A determinação do lucro real 
será precedida da apuração do lucro líquido de cada período de apuração 
com observância das leis comerciais. 
 
32. PESSOAS JURÍDICAS OBRIGADAS À TRIBUTAÇÃO PELO LUCRO REAL 
 
 Empresas que tenham apurado receita bruta total superior a 78.000.000,00 
no ano-calendário anterior, ou proporcional ao número de meses do 
período-base, quando inferior a 12 meses. 
 Sejam instituições financeiras ou equiparadas; 
 Tenham lucros, rendimentos ou ganhos de capital originados no exterior; 
 Queiram usufruir de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do IR 
no termos da legislação; 
 Tenham suspendido ou reduzido o pagamento do IR no decorrer do mesmo 
ano-calendário; 
 Explorem as atividades de prestação cumulativa e continua de serviços de 
assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos, 
administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos 
creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de 
serviços. (Factoring). 
 As pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas a tributação pelo lucro 
real poderão também utilizar esta sistemática de apuração, 
facultativamente. 
 
33. FÓRMULA BASICA DO LUCRO REAL 
 
 Ao contrário da sistemática do lucro presumido, pela qual se apura a base 
de cálculo do IR a partir dos valores globais da receita bruta da pessoa 
jurídica, na tributação pelo método do lucro real chega-se a base de cálculo 
do imposto através do lucro contábil da empresa, ajustado pelas adições, 
exclusões e compensações, previstas pela legislação. 
 
 
 
 
PLANEJAMENTO CONTÁBIL TRIBUTÁRIO – PROF° DERNEVAL – SLIDES E EXPLICAÇÃO 
 
34. PERIODO DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL 
 
 Diferentemente do lucro presumido, no qual o período de apuração do 
Imposto é obrigatoriamente trimestral, no caso de tributação pelo lucro 
real, o contribuinte pode optar pela apuração trimestral ou anual, conforme 
melhor lhe convier. 
 Se a opção do contribuinte for apuração trimestral, o IR deverá ser 
recolhido em quota única ou em até três parcelas mensais, tal qual ocorre 
no lucro presumido; 
 No caso de a opção ser pelo regime de apuração anual, a legislação 
determina que o contribuinte recolha antecipações mensais do IR; 
 O montante das referidas antecipações pode ser determinado por duas 
formas diferentes: através do lucro real acumulado do período ou por 
estimativa; 
 Neste caso o recolhimento mensal é feito com base no lucro real apurado 
em balanço patrimonial acumulado levantado, mês a mês, pelo 
contribuinte; 
 Caso o contribuinte opte pelo recolhimento de antecipações com base no 
lucro estimado, as parcelas devem ser apuradas mensalmente com base na 
receita bruta da empresa, de forma semelhante à realizada no caso de 
apuração pelo lucro presumido; 
 Os percentuais que devem ser aplicados sobre a receita bruta para 
determinação do lucro estimado são os mesmos utilizados na sistemática do 
lucro presumido; 
 Ao final do período, é levantado o balanço patrimonial e verificar o 
montante do Imposto realmente devido. Casa somatória das antecipações 
mensais seja inferior ao montante devido, o contribuinte deverá recolher a 
diferença. Caso Seja superior, o contribuinte poderá, à sua opção, pedir a 
sua restituição ou compensá-lo com o montante devido no período seguinte. 
 
35. SUSPENSÃO DO PAGAMENTO 
 
 A empresa que optar pela apuração anual com antecipações mensais por 
estimativa poderá reduzir ou suspender o recolhimento das parcelas 
mensais do IR desde que verifique, com base em balancete patrimonial 
levantado para esse fim, que o montante de antecipado é superior ao 
devido em relação ao período verificado.

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