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PLANEJAMENTO CONTÁBIL TRIBUTÁRIO – PROF° DERNEVAL – SLIDES E EXPLICAÇÃO LUCRO PRESUMIDO Explicação: Já pelo nome podemos entender que se presume um lucro. O governo está presumindo que houve um lucro, independente se a empresa deu lucro ou prejuízo, ela vai pagar imposto. Pois esse lucro é apurado em cima das receitas. – A base de cálculo do lucro é a receita. O lucro é calculado em cima de uma base, no Lucro Real são as (+) Receitas diminuindo as (-) despesas e (-) custos, obtemos o valor do lucro e em cima do mesmo, pagamos os IR e CSLL, e caso dê prejuízo, não precisa pagar mais nada. Já no Lucro Presumido, é diferente, quem fornece a base de cálculo é o governo. Ou seja, pego o total das minhas (+) Receitas de Vendas ou (+) Ganhos de Capital, faço a soma de todas as (+) Receitas que possuo, aplico um percentual (%) e acho a base, em cima da base aplico a alíquota do IR e CSLL. Utilizando a forma que o governo lida com o L.P. podemos concluir que jamais teremos prejuízo, pois não tem nenhuma dedução é sempre em cima do meu total de ganhos e vendas. SLIDES: 1. LUCRO PRESUMIDO Lucro Presumido é a forma de tributação simplificada do Imposto de Renda e CSLL. Art 516 e 518 do Regulamentação Imposto de Renda/1999. 2. QUEM PODE OPTAR PELO LUCRO PRESUMIDO? Pode optar pelo LP todas as PJ que tenham Receita Bruta sido igual ou inferior a $ 78 milhões no ano-calendário anterior, ou a. $ 6.500.000 multiplicado pelos meses de atividade no ano calendário anterior. Art.14 da Lei 12.814/2013. b. Que não sejam obrigadas pela tributação do LR em função da atividade exercida ou da sua constituição societária ou natureza jurídica. Leitura do art 14 da Lei 12.814/2013. Banco é obrigado a optar pelo Lucro Real, ou seja, não pode ser Lucro Presumido. Estão obrigadas a apuração do Lucro Real, ou seja excluídas do Lucro Presumido: Cuja RB total do ano calendário anterior seja superior ao limite de $78 milhões. Cuja atividade seja de Bancos Comerciais; Bancos de Investimentos; Bancos de Desenvolvimento; Caixa Economica Federal; Sociedade de Crédito; Financiamento e Investimentos; Sociedade de Creditos Imobiliários; Sociedade Corretora de Títulos; Valores Imobiliários; Câmbios; Distribuidora de Títulos e Valores Imobiliários; Empresas de Arrendamento Mercantil; Cooperativas de PLANEJAMENTO CONTÁBIL TRIBUTÁRIO – PROF° DERNEVAL – SLIDES E EXPLICAÇÃO Crédito; Empresa de Seguro Privado de Capitalização; e Entidades Privadas Abertas. Quem tem lucros, rendimentos, ou ganhos de capital oriundos do exterior. Que autorizadas pela legislação tributária usufruam de benefícios fiscais, relativos a insenção ou redução do imposto. [como eu posso provar que tenho redução de imposto? Mediante o Lucro Real, mostrando via diário, balancete, razonete, enfim, demonstrações contábeis, o fato de eu ter de fazer essa demonstração já me obriga a optar pelo Lucro Real]. Que no decorrer do ano-calendário tenham efetuado pagamento mensal regime de estimativa no formato do art 2 da lei 9.415. Que explore a atividade de prestação de serviço cumulativa e contida de serviços de assessoria credícias mercantológicas e gestão de crédito. Que explore atividade de secultilização de ultilização de créditos imobiliários financeiros e de agronegócio. 3. INGRESSO DO SISTEMA. A opção do pelo regime de Lucro Presumido será manifestada pelo pagamento da primeira parcela ou quota única do Imposto de Renda devido referente ao primeiro período de apuração de cada calendário, [Trimestral. Ou seja, Janeiro, Fevereiro e Março é pago em Abril. E assim sucessivamente. Pagamento sempre no quarto mês]. As pessoas juridicas (PJ) que iniciarem suas atividades a partir do segundo trimestre manisfestará a opção pelo pagamento da primeira quota, no imposto devido referente do inicio de suas atividades. A opção pela tributação do IR do LP está na Lei 9.718/98 art.13 Paragrafo 1°. 4. SAÍDA DO SISTEMA A saída do sistema de tributação do Lucro Presumido será atribuido a PJ que deixar de enquadrar-se nas condições para permanecer no sistema. [Ou ele fatura até 78 milhões ou ele entra nas obrigatoriedades do Lucro Real]. 5. NÃO PODE OPTAR PELO LUCRO PRESUMIDO. Estão demonstrados as entidades e atividades que estão vedadas ao Lucro Presumido, no art 14. Da Lei 9.718/98. 6. OBSERVAÇÃO. Considera-se Receita Bruta (RB) total a receita bruta de vendas somados aos ganhos de capital, e demais receitas e resultados positivos decorrentes de receitas não compreendidas na atividade. [EXEMPLO: Receita de Venda: vendi, e emiti a NF. Ganhos de Capital: comprei uma maquina por 10 e vendi por 15, obtive um lucro de 5, Demais receitas: faço aplicação financeira, obtenho meu lucro sobre a aplicação, ou seja, o meu Resgate de Aplicação Financeira, pois minha atividade é comércio, e não aplicações financeiras.] PLANEJAMENTO CONTÁBIL TRIBUTÁRIO – PROF° DERNEVAL – SLIDES E EXPLICAÇÃO 7. APURAÇÃO A BASE DE CÁLCULO A Apuração da base de cálculo se dará através de percentuais (%), de presunção IRPJ 1,6% - Revenda de Combustível a consumidor final 8% - Indústria, Comércio, Transporte de Carga e Serviços Hospitalares. 16% - Serviços de Transporte. 32% - Prestação de serviços em geral, intermediação de negócios e administração e locação de bens móveis e imóveis de qualquer natureza. 8. PERCENTUAIS DE PRESUNÇÃO 100% - Receitas concernentes a atividades não compreendidas no objeto social da empresa; 100% - Receitas financeiras em geral; 100% - Ganhos em Capital 9. OBSERVAÇÃO Caso uma empresa realize atividades enquadradas em dois ou mais grupos em que os percentuais estabelecidos pela legislação sejam distintos, o seu lucro presumido deverá ser apurado em relação à receita bruta de cada atividade, separadamente. Para se chegar à base de cálculo do imposto, devem ser somadas ao lucro presumido as demais receitas que a empresa tenha eventualmente percebido no período. (RIR/1999, art. 223. §3° e 51 8). 10. ALÍQUOTAS 1. Alíquota A alíquota do Imposto de Renda incidente sobre o lucro das PJ é de 15%, independente da forma de apuração. 2. Adicional do IR A parcela do lucro da PJ que exceder ao montante de $20.000/mês do período de apuração, em qualquer forma de apuração, estará sujeita a incidencia do adicional do IR, à razão de 10%. 11. ADIÇÕES À BASE DE CÁLCULO A diferença de receita correspondente ao valor calculado com base na taxa a que se refere o item anterior e o valor contratador. Quando este for inferior, PLANEJAMENTO CONTÁBIL TRIBUTÁRIO – PROF° DERNEVAL – SLIDES E EXPLICAÇÃO caso o contrato, não registrado no Banco Central do Brasil, seja realizado com mutuaria definida como pessoa vinculada domiciliada no exterior. Os rendimentos auferidos nas operações de mutuo realizadas entre empresas controladoras, controladas, coligadas ou interligadas, exceto se a mutuaria for instituição financeira autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil. Os ganhos auferidos em operações de cobertura (hedge) realizadas em bolsa de valores, de mercadorias e de futuros ou no mercado de balcão; Demais receitas que a empresa tenha eventualmente percebido no período: Juros ativos, não decorrentes de aplicações financeiras; descontos financeiros obtidos; alugueis de bens do ativo permanente, caso a empresa não possua objeto social administração e locação de bens móveis e imóveis e direitos de qualquer natureza; os juros relativos a impostos ou contribuições a serem restituidos ou compensados; as variações monetárias ativas: os rendimentos e ganhos líquidos produzidos por aplicações financeiras de renda fixa e variavel não descontadoo IRRF as multas ou qualquer outra vantagem paga ou creditada por PJ ainda que a titulo de indenização em virtude de rescisão de contrato. 12. OBSERVAÇÃO Não se pode confundir os percentuais utilizados para a apuração da base de cálculo do imposto coma a alíquota do tributo. Possui duas etapas: 1) Apuração da base de cálculo; 2) Cálculo do imposto através da multiplicação do valor encontrado na primeira etapa pela aliquota estipula pela legislação. 13. ADICIONAL DO IR Dessa forma, o imposto corresponderá a 15% do valor da base de calculo obtida através de qualquer sistemática acrescido de 10% do montante que ultrapassar o limite mensal de $20.000. Como nesta modalidade a apuração é trimestral estará sujeito ao adicional o montante de lucro que exceder $60.000 14. DEDUÇÕES DO IMPOSTO APURADO O valor do IR retido na fonte que tenha incidido sobre as receitas incluidas na base de cálculo. O valor do IR recolhido indevidamente ou a maior em períodos anteriores. PLANEJAMENTO CONTÁBIL TRIBUTÁRIO – PROF° DERNEVAL – SLIDES E EXPLICAÇÃO 15. PERÍODO DE APURAÇÃO A apuração do IRPJ pelo lucro presumido deve ser realizada trimestralmente, podendo o impostoser recolhido em quota única, ou em até três parcelas iguais e sucessivas. 16. VANTAGENS DO LUCRO PRESUMIDO Simplicidade dispensa a obrigatoriedade de escrituração contábil, com exceção do Livro de Registro de Inventário, do Livro Caixa e Livro de Apuração do Lucro Real, quando tiver lucros diferidos de periodos de apurações anteriores, inclusive saldo de lucro inflacionario a tributar. Pode significar um excelente planejamento tributário para as empresas que possuam um percentual de lucro em relação a receita bruta superior ao coeficiente superior previsto pela legislação tributaria para seu ramo de atividade. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LIQUIDO (CSLL) 17. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO (CSL) Tem por base de calculo o lucro das empresas. A legislação determina que sejam aplicadas as mesmas normas de apuração do IRPJ, devendo inclusive ser determinada segundo a mesma sistematica de apuração utilizada para o IR. Relativamente a fatos geradores ocorridos a partir de jan/2003, a aliquota da csl é de 9% Se a empresa optar pela tributação através do lucro presumido, a base de calculo da CSL correspondera a somatoria das seguintes parcelas: 32% da receita bruta da empresa prestadora de: a) Serviços em geral, exceto a de serviços hospitalares, transporte de cargas e passageiros; b) Intermediação de negocios; c) Administração, locação ou cessao de bens imoveis, moveis e direitos de qualquer natureza; d) Prestação cumulativa e continua de serviços de assessoria crediticia, mercadologica, gestão de credito, seleção de riscos, administração de contas a pagar e a receber, compra de direitos creditorios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring). 12% da receita bruta das demais empresas; 100% demais receitas e ganho de capital; 100% rendimentos de renda fixa ou variavel. PLANEJAMENTO CONTÁBIL TRIBUTÁRIO – PROF° DERNEVAL – SLIDES E EXPLICAÇÃO 18. DISTRIBIÇÃO DO LUCRO Poderá ser distribuído a titulo de lucros, sem incidencia de imposto de renda (dispensada, portanto, a retenção na fonte), ao titular, socio ou acionista da pessoa juridica, o valor correspondente ao lucro presumido, diminuido de todos os impostos e contribuições ( inclusive adicional do IR, CSLL, Cofins, PIS/Pasep) a que estiver sujeita a pessoa juridica (lei n° 9.249, de 1995, art 10; ADN Cosit n° 4, de 1996, e IN SRF n° 11, de 1996, art 51). Acima desse valor, a pessoa juridica poderá distribuir, sem incidencia do imposto de renda, até o limite do lucro contábil efetivo, desde que ela demonstre, via escrituração contábil feita de acordo com as leis comerciais, que esse ultimo é maior que o lucro presumido. LUCRO ARBITRADO 19. LUCRO ARBITRADO É uma forma de apuração do IRPJ e CSLL trimestral, é arbitrada, pelo próprio contribuinte ou, de oficio, pelo fisco. É aplicavel pela autoridade tributária quando a pessoa juridica deixar de cumprir as obrigações acessorias relativas à determinação do lucro real ou presumido, conforme o caso. Essa forma de tributação, não representa penalidade. Lei 8.981, de 1995, art 47 e seguintes. 20. HIPOTESES DE ARBITRAMENTO O contribuinte, obrigado à tributação com base no lucro real, não mantiver escrituração nas formas das leis comerciais e fiscais, ou deixar de elaborar as demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal; A escrituração a que estiver obrigado o contribuinte revelar evidentes indicios de fraudes ou contiver vícios, erros ou deficiencias que a tornem imprestável paa identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive bancária ou determinar o lucro real, O contribuinte que deixar de apresentar à autoridade tributária os livros e documentos da escrituração comercial e fiscal, ou o livro caixa na hipótese do parágrafo único do art. 527 RIR; O contribuinte que optar indevidamente pela tributação com base no lucro presumido; O comissário ou representante da pessoa jurídica estrangeira que deixar de escriturar e apurar o lucro da sua atividade separadamente do lucro comitente residente ou domiciliado no exterior (art. 398 do RIR). PLANEJAMENTO CONTÁBIL TRIBUTÁRIO – PROF° DERNEVAL – SLIDES E EXPLICAÇÃO 21. INGRESSO A tributação com base no lucro arbitrado será manifestada mediante o pagamento da primeira quota ou quota única imposto devido, correspondente ao período de apuração trimestral em que o contribuinte,, pelas razões determinantes na legislação se encontrar em condições de proceder ao arbitramento do seu lucro. 22. MUDANÇA DO REGIME TRIBUTÁRIO DURANTE O ANO-CALENDÁRIO A pessoa jurídica que, em qualquer trimestre do ano-calendário, tiver seu lucro arbitrado poderá optar pela tributação com base no lucro presumido nos demais trimestres, desde que não esteja obrigada a apuração pelo lucro real. A adoção do regime de tributação com base no lucro arbitrado só é cabível na ocorrência de qualquer das hipóteses de arbitramento previstas na legislação tributária. Ocorrendo tal situação e conhecida a receita bruta, o contribuinte poderá arbitrar o lucro tributável do respectivo ano-calendário, ou somente de um trimestre, sendo-lhe assegurado o direito de permanecer no regime do lucro real nos demais períodos de apuração trimestrais. 23. O ARBITRAMENTO DO LUCRO DISPENSA A COMPROVAÇÃO DA RECEITA? Não. Mesmo sendo tributadas com base no lucro arbitrado persiste a obrigatoriedade de comprovação das receitas efetivamente recebidas ou auferidas. O arbitramento de lucro em si por não ser uma sanção, mas uma forma de apuração da base de cálculo do imposto, não exclui a aplicação de penalidades cabíveis. 24. APURAÇÃO DO LUCRO ARBITRADO Os percentuais a serem aplicados sobre a receita bruta, quando conhecida, são os mesmos aplicáveis para o cálculo da estimativa mensal e do lucro presumido, acrescido de 20%, exceto quanto ao fixado para as instituições financeiras. 25. RECEITA BRUTA PARA FINS DO LUCRO ARBITRADO Compreende-se no conceito de receita bruta o produto da venda de bens nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado auferido nas operações de conta alheia. Na receita bruta se inclui o ICMS e deverão ser excluídas as vendas canceladas, os descontos incondicionais concedidos e os impostos não cumulativos cobrados destacadamente do comprador ou vendedor ou prestador mero depositário. (exemplo: IPI)PLANEJAMENTO CONTÁBIL TRIBUTÁRIO – PROF° DERNEVAL – SLIDES E EXPLICAÇÃO 26. GANHO DE CAPITAL NO LUCRO ARBITRADO Nas alienações de bens classificáveis no ativo permanente e de aplicações em ouro não tributadas como renda variável ou renda fixa, o ganho de capital corresponderá a diferença positiva verificada entre o valor da alienação e o respectivo custo contábil. 27. IMPOSTO DE RENDA A alíquota do Imposto de Renda que incidirá sobre a base de cálculo arbitrada é de 15%. O adicional do Imposto de Renda devido pelas pessoas jurídicas tributadas Com base no lucro arbitrado será calculado mediante a aplicação do percentual de 10% sobre a parcela do lucro que exceder o valor de R$ 60.000,00 em cada trimestre. 28. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL Se a empresa optar pela tributação através do lucro arbitrado a base de cálculo da CSLL corresponderá a somatória das seguintes parcelas: 12% no caso de receitas de serviços em geral, exceto Serviços Hospitalares. a) serviços em geral, exceto a de Serviços Hospitalares, transporte de cargas e passageiros. b) intermediação de negócios; c) administração, locação ou cessão de bens Imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza; d) prestação cumulativa e continua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos, administração de contas a pagar e a receber, compra de créditos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (Factoring); 12% para as receitas das atividades comerciais, industriais e atividades imobiliárias e hospitalares. 29. DISTRIBUIÇÃO DE LUCRO Poderá ser distribuído a título de lucros, sem incidência do Imposto de Renda (dispensada, portanto, a retenção na fonte), ao titular, sócio ou acionista da pessoa jurídica, o valor correspondente ao lucro arbitrado, diminuindo de todos os impostos e contribuições (inclusive adicional do IR, CSLL, Confins, PIS/PASEP) a que estiver sujeita a pessoa jurídica. Acima desse valor, a pessoa jurídica poderá distribuir, sem incidência do Imposto de Renda, até o limite do lucro contábil efetivo, desde que ela demonstre, via escrituração contábil seita de acordo com as leis comerciais, que esse último é maior que o lucro arbitrado. PLANEJAMENTO CONTÁBIL TRIBUTÁRIO – PROF° DERNEVAL – SLIDES E EXPLICAÇÃO LUCRO REAL 30. LUCRO REAL A expressão lucro real significa o próprio lucro tributável, para fins da legislação do Imposto de Renda, distinto do lucro líquido apurado contabilmente. 31. LUCRO LIQUIDO De acordo com o art. 247 do RIR/1999, lucro real é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pela legislação fiscal. A determinação do lucro real será precedida da apuração do lucro líquido de cada período de apuração com observância das leis comerciais. 32. PESSOAS JURÍDICAS OBRIGADAS À TRIBUTAÇÃO PELO LUCRO REAL Empresas que tenham apurado receita bruta total superior a 78.000.000,00 no ano-calendário anterior, ou proporcional ao número de meses do período-base, quando inferior a 12 meses. Sejam instituições financeiras ou equiparadas; Tenham lucros, rendimentos ou ganhos de capital originados no exterior; Queiram usufruir de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do IR no termos da legislação; Tenham suspendido ou reduzido o pagamento do IR no decorrer do mesmo ano-calendário; Explorem as atividades de prestação cumulativa e continua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços. (Factoring). As pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas a tributação pelo lucro real poderão também utilizar esta sistemática de apuração, facultativamente. 33. FÓRMULA BASICA DO LUCRO REAL Ao contrário da sistemática do lucro presumido, pela qual se apura a base de cálculo do IR a partir dos valores globais da receita bruta da pessoa jurídica, na tributação pelo método do lucro real chega-se a base de cálculo do imposto através do lucro contábil da empresa, ajustado pelas adições, exclusões e compensações, previstas pela legislação. PLANEJAMENTO CONTÁBIL TRIBUTÁRIO – PROF° DERNEVAL – SLIDES E EXPLICAÇÃO 34. PERIODO DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL Diferentemente do lucro presumido, no qual o período de apuração do Imposto é obrigatoriamente trimestral, no caso de tributação pelo lucro real, o contribuinte pode optar pela apuração trimestral ou anual, conforme melhor lhe convier. Se a opção do contribuinte for apuração trimestral, o IR deverá ser recolhido em quota única ou em até três parcelas mensais, tal qual ocorre no lucro presumido; No caso de a opção ser pelo regime de apuração anual, a legislação determina que o contribuinte recolha antecipações mensais do IR; O montante das referidas antecipações pode ser determinado por duas formas diferentes: através do lucro real acumulado do período ou por estimativa; Neste caso o recolhimento mensal é feito com base no lucro real apurado em balanço patrimonial acumulado levantado, mês a mês, pelo contribuinte; Caso o contribuinte opte pelo recolhimento de antecipações com base no lucro estimado, as parcelas devem ser apuradas mensalmente com base na receita bruta da empresa, de forma semelhante à realizada no caso de apuração pelo lucro presumido; Os percentuais que devem ser aplicados sobre a receita bruta para determinação do lucro estimado são os mesmos utilizados na sistemática do lucro presumido; Ao final do período, é levantado o balanço patrimonial e verificar o montante do Imposto realmente devido. Casa somatória das antecipações mensais seja inferior ao montante devido, o contribuinte deverá recolher a diferença. Caso Seja superior, o contribuinte poderá, à sua opção, pedir a sua restituição ou compensá-lo com o montante devido no período seguinte. 35. SUSPENSÃO DO PAGAMENTO A empresa que optar pela apuração anual com antecipações mensais por estimativa poderá reduzir ou suspender o recolhimento das parcelas mensais do IR desde que verifique, com base em balancete patrimonial levantado para esse fim, que o montante de antecipado é superior ao devido em relação ao período verificado.
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