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RESUMO TEORIA DA ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA (G1)

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TEORIA DA ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA 
RESUMO PARA G1 
PROF. ANIZIO PIRES GAVIÃO FILHO 
 
Roberta Pacheco Minossi – 15100019 
 
O que é Teoria da Argumentação Jurídica? O que propõe? 
 
TAJ se ocupa do estudo do raciocínio jurídico e como devem ser as justificativas e 
fundamentos das normas jurídicas para resolver o caso. Busca uma justificação 
racional para a aplicação do direito. Refutando as teses intuicionista, emotivista, 
decisionista e determinista, a teoria da argumentação procura provar que é possível, 
sim, solucionar um caso concreto racionalmente, propondo uma discussão racional do 
direito, em que a interpretação e a aplicação do direito ocorrem de forma racional. A 
teoria da argumentação jurídica afirma que as questões de saber teórico podem ser 
resolvidas a partir de prova, e as de saber prático podem ser resolvidas através da 
argumentação, da ponderação e da fundamentação. Preocupa-se com quais passos 
deve ser seguidos para a interpretação e aplicação das normas jurídicas para resolver 
casos. A tese por trás da teoria é que direito = argumentação; é uma questão de 
apresentar razões. 
 
 
RACIONALIDADE TEÓRICA: 
Mundo do “ser”. Frase descritiva. “A matou B” – questão de prova. Contra fatos não há 
argumentos. Norma universal. 
 
RACIONALIDADE PRÁTICA: 
Mundo do “dever ser”. Frase normativa justificada racionalmente. Mundo do Direito. 
Qualquer decisão judicial é do âmbito do dever ser. Questões morais, éticas e 
pragmáticas. Norma individual, norma do caso. 
 
TEORIA INTUICIONISTA: 
RESPONDA V OU F, JUSTIFICANDO: 
 
( ) Os juízos de dever não são passíveis de verdade e, portanto, não podem ser analisados sob o ponto 
de vista lógico. 
 
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 Nega a racionalidade em questões praticas (racionalidade prática) 
 Juízos morais não podem ser verificadas empiricamente ou justificadas 
racionalmente, por serem propriedades não naturais. 
 Não admite que razões possam ser apresentadas para justificar um juízo moral 
(juízo de dever). 
 A justificação dos juízos morais é captada e imposta intuitivamente. Não é uma 
atividade racional. 
 PROBLEMA – a intuição pode variar de uma pessoa para a outra. 
 
TEORIA EMOTIVISTA: 
 Os juízos morais expressam uma atividade emocional subjetiva. 
 Não podem ser verdadeiros ou falsos. 
 Juízos morais expressam uma atitude emocional em outros. 
 Não podem ser justificados racionalmente. 
 PROBLEMA – leva ao irracionalismo e relativismo (qualquer emoção confere 
validade à teoria). Se tudo é moralmente válido, tudo está permitido 
(amoralismo) 
 
Ex: 
 - Morreram 5 pessoas (pode ser comprovado). 
 - Os desenvolvidos devem ser julgados por isso (não pode ser justificado racionalmente). 
 
TEORIA DETERMINISTA: 
 Tudo no universo está submetido a leis necessárias e imutáveis. 
 O comportamento humano está totalmente predeterminado pela natureza. 
 O sentimento de liberdade não passa de uma ilusão subjetiva. 
 Tudo é pré-determinado pela natureza. 
 PROBLEMA – não aceita a racionalidade. 
 
TEORIA DECISIONISTA 
 Juízos de dever são atos de vontade. 
 Criação do direito é ato de poder da vontade do legislador. 
 Interpretação e aplicação do direito são atos de vontade do juiz. 
 “Moldura” de Kelsen – decisionismo moderado. 
 
INTERPRETAÇÃO COMO CONHECIMENTO E VONTADE - TEORIA PURA DO DIREITO 
DE 1934 : 
 
 Concepção positivista do Direito. Depende da vontade do juiz. Não há como 
determinar racionalmente a aplicação e interpretação. 
 A interpretação é um processo de conhecimento para determinar a moldura da 
discricionariedade judicial. 
 O juiz não pode criar direito além da moldura deixada pelo legislador. No 
entanto, no espaço deixado pela indeterminação normativa, o juiz é livre para, 
conforme sua vontade, criar a norma individual do caso e, assim, criar direito. 
 
 
CONSTITUCIONAL 
↓ 
INFRACONSTITUCIONAL 
↓ 
CASO CONCRETO 
 
 
 
INTERPRETAÇÃO COMO VONTADE TEORIA PURA DO DIREITO DE 1960: 
 
 Há uma ligação com o decisionismo. Decisionismo moderado. 
 A interpretação é um ato de vontade. O juiz é livre para criar Direito para além 
da moldura, bem como tomar qualquer decisão dentro de sua competência. 
 Leis não podem ser falsas ou verdadeiras por serem imperativas. A elas não se 
aplicam as regras da lógica. 
RESPONDA V OU F 
 
( ) A aplicação das normas jurídicas, como ato de vontade, não pode aspirar racionalidade. 
( ) A aplicação das normas jurídicas, segundo Kelsen, é ato de vontade. 
 
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RACIONALISMO: 
 
 Os juízos morais (certo e errado) podem ser justificados racional e 
objetivamente. 
 A moral e o direito cumprem a função de regular o comportamento dos 
indivíduos em uma determinada sociedade. A pessoa que nasce e cresce nessa 
sociedade assimila esses valores, princípios e normas, adequando as suas 
próprias ações e exortando que os outros façam o mesmo. O indivíduo é 
adequado a essas normas por convicção íntima, força da tradição e do 
costume. 
 
 
Q: Como justificar racionalmente os juízos morais? 
 
R: A partir de razões devidamente justificadas. 
 
 
SILOGISMO JURÍDICO: 
 
O silogismo jurídico é a aplicação do silogismo ao raciocínio jurídico. Segue o esquema e a 
forma lógica do silogismo. 
 
 
 
O raciocínio do juiz é 
relacionar o fato à 
norma e atribuir a 
consequência jurídica prevista na norma jurídica. 
 
Fato (P) é a descrição narrativa da hipótese fática abstratamente estabelecida no 
antecedente condicional da premissa normativa. É a premissa fática. 
 
 
(Atribuição de uma hipótese fática abstrata 
e atribuição de uma consequência jurídica). 
 
Ex: 
P = Q: Negócio jurídico celebrado por absolutamente incapaz é nulo (art. 166, I, CC). 
P: X é incapaz e celebrou negócio jurídico. 
Então Q: O negócio jurídico celebrado por X é nulo. 
 
 
Q: As premissas levam à conclusão? A relação entre a norma e o 
fato implica a conclusão do caso submetido ao aplicador do direito? 
 
R: Não, não se sustenta. As premissas implicam qual deve ser 
a conclusão, mas não qual será. 
 
 
 
SUBSUNÇÃO: 
 Reconhecer que a situação de vida S é um caso de P em “Se P, então Q”. 
 Reconhecer que determinado caso concretiza uma das hipóteses da norma. 
 
Ex: 
Se P, então Q. 
S é uma situação de P. 
Para S, aplica-se a consequência jurídica Q. 
Aplicação silogística da norma ao fato concreto: 
 
1º: Premissa maior (normativa); 
2º: Premissa menor (fática); 
3º: Conclusão. 
 
Estrutura da norma jurídica: 
Se P, então Q. 
 
 
APLICAÇÃO DA REGRA DE INFERÊNCIA MODUS PONENS: 
 O silogismo jurídico pressupõe aplicação da regra de inferência modus ponens. 
 (1) Se P, então Q. 
 (2) P.(3) Logo, Q. 
 
 Afirmação do antecedente (P). 
 A verdade das premissas se transfere para a conclusão. 
 A relação do fato e da norma implica a conclusão jurídica. 
 
Ex: 
(1) Todos os homens são mortais. 
(2) Sócrates é homem. 
(3) Sócrates é mortal. 
As premissas (1) e (2) implicam a conclusão (3) 
 
 Não se trata de uma questão de aceitação, concordância ou consenso quanto à 
verdade da conclusão, pois as premissas são proposições descritivas passíveis 
de verdade. 
 A verdade das premissas depende de verificação empírica. 
 
PROBLEMA: 
- Proposições normativas não podem ser verdadeiras ou falsas: não válidas ou inválidas. 
- Se válida, existe e vincula juridicamente. Ela obriga, estabelece deveres. 
- A frase “proibido estacionar” é uma norma jurídica válida ou inválida. 
- As regras da lógica somente podem ser aplicadas a frases passíveis de verdade (frases descritivas). 
- As proposições normativas não se sujeitam às regras da lógica. 
- A aplicação das normas jurídicas não obedece às regras da lógica. É um ato de vontade. 
 
ARGUMENTO DA IRRACIONALIDADE 
- Negar a pena a alguém que cometeu um crime exatamente igual ao descrito em lei que condene àquela 
pena (ex: pai pedreiro) 
 
ARGUMENTO DAS PALAVRAS LÓGICAS 
- Proposições normativas admitem palavras lógicas. 
- Podem entrar em contradição. 
 
ARGUMENTO DA TRANSFORMAÇÃO 
- Transformar premissas normativas em premissas de validez normativa. 
- As premissas não implicam a conclusão, depende da vontade de quem aplica. 
- As premissas são razões que dizem qual deve ser a decisão. 
 
LIMITES E PROBLEMAS DO ESQUEMA SIMPLES DO SILOGISMO JURÍDICO: 
 
 
 Nos casos fáceis: um caso fácil 
pode se tornar um caso difícil. 
- Caso fácil: “proibido fumar 
cigarro” – A fumou cigarro. 
- Caso difícil: “proibido fumar 
cigarro” – A fumou cachimbo. 
 
 
Forma simples do silogismo jurídico: 
(1) Premissa maior - normativa 
(2) Premissa menos - fática 
(3) Conclusão 
 
 O raciocínio jurídico silogístico não dá conta de todos os casos jurídicos. Poucos 
casos são resolvidos desta forma. 
 Premissas adicionais. Ex: “Pena de 6 a 20 anos” → quantos anos? 
 A forma simples do silogismo deve ser completada por outras premissas. 
 Uma situação de vida S pode ter diversas interpretações. 
 O raciocínio jurídico não se resume no silogismo. 
1.RESPONDA V OU F: 
 
( ) O raciocínio lógico-dedutivo tem lugar na interpretação e aplicação das normas jurídicas. 
 
2.Explicar o modelo lógico-subsuntivo de aplicação das normas jurídicas 
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3.O modelo lógico dedutivo serve para dar conta integralmente do raciocínio jurídico da 
interpretação e aplicação das normas jurídicas? Justificar. 
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4.Indicar a regra de inferência lógica do esquema simples do raciocínio jurídico, explicando o 
conceito de subsunção. 
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TÓPICA JURÍDICA: 
 Topik und Jurisprudenz de Theodor Viehweg. 
 Viehweg propõe a retomada da retórica. 
 Arte do disputar dialético, do pensamento problemático. 
 O que importa é o caso. Direito não se ocupa da justiça geral, mas a justiça do 
caso. 
 TOPOI DA ARGUMENTAÇÃO – algo amplamente aceito. Leva, em relação ao 
problema,a conclusões dialéticas. Juiz deve empregar a prudência para resolver 
os casos concretos. 
 Reação ao método lógico-subsuntivo, de que o argumento de aplicação do 
direito deve responder a uma operação logico-matemática entre o fato e a 
norma. É uma resposta à insuficiência da tradição formalista. 
 Não se resume ao modelo do silogismo. 
 Viehweg propõe afastamento da ideia de que raciocínios jurídicos possam ser 
estruturados em premissas e que estas constituem cadeia dedutiva. 
 
 
Invenção de Juízo Formação de Juízo 
Tópica está aqui. 
Obtenção de argumentos. 
Passagem das premissas para a conclusão. 
 
TÓPICA – busca e exame de premissas. Ênfase nas premissas e não na conclusão. 
TOPOI – possibilidades de orientação. Fios condutores de pensamento. Premissas 
que detêm a presunção da plausibilidade. 
PROBLEMA – toda a questão que aparentemente permite mais de uma resposta é 
um problema. Falta critérios para racionalidade. Ausência de hierarquia entre os 
topoi. Puro decisionismo. 
No caso de 2 topoi diferentes para o mesmo caso, qual deve ser usado? Não há 
solução. Viehweg não deixa claro qual a relação entre os topoi e o direito positivo 
(o qual prevalece?). Não apresenta indicadores metodológicos para a escolha entre 
os topoi. 
 
1.Por que a tópica jurídica não pode ser considerada uma verdadeira teoria da argumentação 
jurídica? 
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2.A partir da tópica jurídica de Theodor Viehweg, o que o juiz deve escolher para solucionar o 
caso que lhe é apresentado – um topoi ou uma regra jurídica válida? 
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3.RESPONDA V OU F 
( ) A tópica se representa como uma rejeição ao modelo lógico-dedutivo para a aplicação do 
Direito. 
( ) A tópica apresenta critérios para resolver a questão da hierarquia entre diferentes topoi. 
 
A NOVA RETÓRICA: 
 Chaim Perelman 
 Alargamento do conceito de razão 
 "Nem todos os raciocínios partem depremissas verdadeiras, a maioria parte de 
premissas aceitáveis." 
 Divide o mundo em "mundo da demonstração" (ciências da natureza) e "mundo 
da argumentação" (ciências humanas). 
 No mundo da demonstração, é uma questão de prova, uma premissa pode ser 
verdadeira ou falsa. 
 No mundo da argumentação, as premissas são plausíveis, razoáveis ou 
aceitáveis, pois incide uma questão de argumentação aceita por um auditório. 
 Argumentação é uma questão de auditório. 
 
AUDITÓRIO 
 
O que é auditório? É um conjunto de pessoas que o falante pretende atingir com a 
sua argumentação. Toda argumentação se dá em função de um auditório. 
 
 
 Argumentação é usada para influenciar o auditório pelo discurso. 
 Objetivo da argumentação é a adesão do auditório. 
 Argumentação exclui qualquer ato de intimidação, violência, etc. 
 O falante deve conhecer o auditório para conhecê-lo de um ponto de vista sobre 
algo que já é conhecido pelo auditório (conhecimento prévio é requisito 
fundamental da retórica). Se o falante não conhecer o auditório, deve construir 
um presumido, conforme o ambiente cultural e social. 
 
TIPOS DE AUDITÓRIO 
PRÓPRIO SUJEITO Construído pelo próprio sujeito que 
argumenta consigo mesmo 
PARTICULAR Pessoa ou grupo de pessoas concretas 
UNIVERSAL Auditório ideal. Totalidade das pessoas 
razoáveis, adultas e normais. Todas as 
pessoas dotadas de capacidade 
argumentativa. 
 
 O auditório universal é central à Nova Retórica. Este fundamenta a 
racionalidade da argumentação. A argumentação racional é desenvolvida 
perante o auditório universal. 
 O falante deve buscar a adesão da maioria das pessoas ou de toda pessoa 
racional. O objetivo do falante é o acordo perante o auditório universal, a adesão 
de suas teses. 
 O ponto de partida é o senso comum, algo razoável dentro de um espaço e 
tempo. A partir de opiniões comuns ou geralmente aceitas, a argumentação 
pretende a adesão do auditório. 
 
 Problema do auditório particular é que a adesão ou acordo depende da 
adaptação da argumentação às crenças do auditório. Não é parâmetro para 
racionalidade porque a adesão ao discurso é mais unânime em um grupo 
específico de pessoas (mais fácil de convencer). 
 Para um discurso persuasivo, o que importa é a adesão do auditório particular, 
mas isso não é algo racional e universalizável, pois é escolhido um discurso para 
determinado tipo de auditório para que ocorra sua adesão. 
 
 Problema do auditório universal é que este é uma idealização. Não existe 
concretamente. O auditório universal é imaginário porque é difícil a definição 
de quais pessoas sejam dotadas de tal capacidade argumentativa e 
razoavelmente inteligíveis. 
 Não há segurança no conceito de auditório universal: humanidade ilustrada? 
 
1.Por que a nova retórica fracassa na sua proposta de alargamento do conceito de conceito? 
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2.O auditório de Perelman é parâmetro para a racionalidade da argumentação? 
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LÓGICA JURÍDICA DE PERELMAN 
TRÊS FASES DA IDEOLOGIA JURÍDICA 
1ª- Anterior à revolução francesa Solução justa, conforme a regra de justiça de tratar 
casos iguais essencialmente iguais 
2ª- Depois da revolução francesa Legalidade e segurança jurídica. Sistematização do 
Direito. Raciocínio jurídico dedutivo. 
3ª- Direito do pós guerra -Confiar ao juiz a busca pela solução justa e 
razoável para o caso concreto. 
-Flexibilização entre a lei e a justiça. 
-Princípios gerais e tópicos jurídicos (topoi). 
OBS: algumas coisas não se sustentam. 
 
 O legislador não detém o monopólio na formação do Direito. 
 O papel do juiz não é criar o Direito, mas a obrigação de julgar leva à sua 
complementação e flexibilização. 
 Abertura das normas jurídicas (moral, princípios). 
 O raciocínio jurídico deve ser acompanhado de razões. 
 Argumentação para afastar a arbitrariedade judicial. 
 Garantia do equilíbrio jurídico e moral do aparato judicial. 
 Como devem ser apresentados os argumentos jurídicos? Partes, advogados e juízes 
devem argumentar corretamente, conforme a deontologia profissional. É vedado 
ao advogado enganar o juiz. O juiz deve argumentar conforme as regras do 
procedimento (imparcialidade). 
 
QUESTÃO DOS PRECEDENTES 
-Não podem ser desprezados. 
-As partes podem invocar nas suas razões os precedentes favoráveis. 
-O juiz pode invocar os precedentes constantes para justificar a sua decisão. 
-Regra da justiça = casos iguais devem ter a mesma solução. 
-Então os precedentes constantes falam a favor de uma determinada solução para uma 
questão jurídica. 
 
 A sentença judicial não é lugar para expressão da opinião subjetiva do juiz. 
 A qualificação jurídica do caso deve ser resultado do Direito vigente, como 
entendido pela dogmática jurídica e precedentes (TAJ). 
 No entanto, o juiz não é apenas a boca da lei, bem como a lei não constitui todo o 
Direito. A lei é o principal instrumento que guia o juiz no cumprimento de sua tarefa. 
 
 
A LÓGICA E A LÓGICA INFORMAL 
 Uma das teorias da argumentação jurídica. Estudo das condições, exigências e 
regras da argumentação. Procedimento argumentativo que apresenta razões 
para justificar ou fundamentar de conclusões. 
 Argumentos são razões. Bons argumentos são boas razões, tem a conclusão 
fundamentada. 
 Falácias são as inimigas da argumentação correta. 
 
CASOS DE ARGUMENTAÇÃO 
Argumentação na altercação pessoal 
Argumentação na prática jurídica 
Argumentação na discussão crítica-científica 
Argumentação na negociação 
 
CASOS COMBINADOS DE ARGUMENTAÇÃO 
Objetiva informação 
Objetiva realização de curso de ação 
Objetiva transmissão (apreensão) de conhecimento 
 
O QUE SÃO ARGUMENTOS? 
 Argumento é um conjunto de proposições em que as proposições chamadas 
premissas fundamentam a conclusão. Conjunto de proposições que se relacionam 
mutuamente. A conclusão de um argumento é o resultado da relação entre as 
premissas apresentadas para justificá-la. Necessário que haja relação. 
 As premissas funcionam como evidências para justificar a conclusão. 
 
Ex: 
"Se todos os homens são mortais e se Sócrates é homem, então Sócrates é mortal." A relação entre a 
proposição 'todos os homens são mortais' e a proposição 'Sócrates é homem' implica a proposição conclusiva 
'Sócrates é mortal'. 
Na estrutura desse raciocínio simples, as premissas podem ser consideradas como razões básicas. 
Em casos mais complexos, duas ou mais premissas podem ser apresentadas para justificar 
uma conclusão intermediária, que somada a duas ou mais premissas, justificam a conclusão 
final ou principal do raciocínio. É possível que a razão básica 1 e a razão básica 2 sejam 
independentes para fundamentara conclusão intermediária. Nesse caso, tanto a razão 
básica 1 como a razão básica 2 são suficientes para fundamentar a conclusão intermediária. 
Ex: 
A afirmação da autoria de um crime pode ser uma conclusão intermediária de um conjunto de premissas 
fáticas que, juntas, fundamentam a verdade da proposição que diz que A desferiu tiros contra B, causando-
lhe a morte. 
VALIDADE OU CORREÇAO LÓGICA DOS ARGUMENTOS 
 Um argumento é logicamente correto ou válido quando as premissas implicam a 
conclusão. 
 Um argumento inválido ou logicamente incorreto é uma argumento formulado em 
desconformidade com as regras da logica. 
 A validade ou correção lógica dos argumentos depende apenas da relação entre as 
premissas e a conclusão. 
ARGUMENTO VÁLIDO = ARGUMENTO LOGICAMENTE CORRETO 
 
 
 Essa correção lógica ou validade não depende da verdade ou falsidade das 
premissas, mas da forma do argumento. 
 Um argumento pode ser válido ou logicamente correto, embora todas as suas 
premissas e a sua conclusão sejam proposições falsas. 
Ex: 
Se todos os cavalos tem cinco patas e se todos os pássaros são cavalos, então todos os pássaros são cavalos. 
Esse é um exemplo de um argumento logicamente correto. As premissas e a conclusão são falsas, mas isso 
não importa para a validade do argumento. 
 A questão de verdade ou falsidade das premissas importa apenas quando o 
interesse está na correção material (do conteúdo) do argumento. 
 
ARGUMENTO DEDUTIVOS 
 Se todas as premissas são verdadeiras, a conclusão é verdadeira. Não há 
possibilidade das premissas serem verdadeiras e a conclusão ser falsa. 
 A verdade das premissas se transfere para a conclusão. 
 A conclusão explicita o já dito nas premissas. 
 Os argumentos são validos ou inválidos, corretos ou incorretos. 
 Não existem graus de validade ou de força de correção. 
 
ARGUMENTOS INDUTIVOS 
 Se as premissas são verdadeiras, a conclusão muito possivelmente será verdadeira. 
 É argumento ampliativo: o contido na conclusão vai além do dado nas premissas. 
 A conclusão contém informação não contida, ainda que implicitamente, nas 
premissas. 
 Os argumentos indutivos corretos admitem graus de força. Alguns são mais fortes 
e outros, mais fracos. 
 Quanto maior a força das premissas, mais fortemente justificada a conclusão. 
 
1.SILOGISMO 
 Um argumento dedutivo. 
Possui três termos: 
TERMO MAIOR É o predicado na conclusão. 
TERMO MÉDIO O termo que não aparece na conclusão, mas nas 
duas premissas. Aparece uma vez em casa uma das 
premissas. 
TERMO MENOR É o sujeito da conclusão. 
 
Ex: 
Se todo M é P e todo S é M, então todo S é P. 
 Todas as proposições e a conclusão são categóricas. 
 
PROPOSIÇOES CATEGÓRICAS 
Universal afirmativa Todos os cavalos têm cinco patas. 
Universal negativa Nenhum cavalo tem cinco patas. 
Particular afirmativa Alguns cavalos têm cinco patas 
Particular negativa Alguns cavalos não têm cinco patas. 
 
2.ARGUMENTO DE REDUÇAO AO ABSURDO 
 Argumento dedutivo. 
 
1. Assunção de uma proposição como verdadeira; 
2. Dedução de uma consequência ou resultado absurdo ou impossível; 
3. Conclusão de que a proposição é falsa. 
 
 Esse argumento é importante para a argumentação consequencialista (argumenta 
pelas consequências). 
 Se funda em duas regras da lógica: Não contradição (1) e Terceiro excluído (2). 
 
3.ARGUMENTO INDUTIVO POR ENUMERAÇAO 
 Trata-se de uma generalização. 
 A conclusão vai além das premissas. 
Ex: 
Todos os grãos da amostra observada são do tipo A. Logo, todos os grãos do barril são do tipo A. 
 O problema central é saber se a amostra é suficiente para a verdade da conclusão. 
4.SILOGISMO ESTATÍSTICO 
 Argumento indutivo 
 Conclusão vai além das premissas. 
Ex: 
75% dos grãos do barril são do tipo A. O próximo grão retirado é um do barril. O próximo grão a ser retirado 
será do tipo A. 
SE A CONCLUSAO VAI ALÉM DAS PREMISSAS, O ARGUMENTO É INDUTIVO!!! 
5.ARGUMENTO DE AUTORIDADE 
 Sustentar algo com base em uma autoridade. 
 Argumento indutivo: premissas verdadeiras, mas conclusão pode ser falsa. 
 Questão central: idoneidade da autoridade sobre o assunto. 
 
Forma do argumento: 
1. A é uma autoridade idônea sobre P. 
2. A afirma P. 
3. Logo, P. 
 
PROBLEMAS: 
1.Autoridade é erroneamente citada ou interpretada (ex: Kelsen); 
2.Autoridade não é autoridade: detém apenas prestígio ou popularidade; 
3.Autoridade não é autoridade no assunto; 
4.Expressão de opinião de autoridade sem provas confirmatórias; 
5.Autoridades podem divergir. 
Ex: 
Em todos os tempos e lugares, em todas as culturas e civilizações, as pessoas sempre acreditaram na 
existência de alguma divindade. Logo, Deus existe. 
6.ARGUMENTO CONTA A PESSOA 
 Nega a verdade da proposição com uma crítica ao seu autor e não ao seu conteúdo. 
 Conclusão sobre o valor da proposição sem examinar seu conteúdo. 
7.ARGUMENTO CAUSAL 
 Condição necessária. 
 Condição obrigatória para assegurar o resultado (evento) 
 Relação entre X e Y: X não pode ocorrer sem Y. 
Ex: 
Se A não for aprovado em TAJ, não concluirá Direito na FMP. 
O resultado (conclusão do curso) não ocorre se não cumprida a condição (aprovação em TAJ). 
8.ARGUMENTO POR ANALOGIA 
 Argumento indutivo 
 Para ser um bom argumento, deve ser uma boa comparação. 
 Dois tipos: 
1. Similaridade entre os casos. A similaridade deve ser relevante. 
Ex: 
Exemplo do violinista. 
 2. 
Esquema: Os objetos do tipo Y têm as propriedades G, H, etc. 
 Os objetos do tipo X têm as propriedades G, H, etc. 
 Os objetos do tipo X têm a propriedade F. 
 Os objetos do tipo Y têm a propriedade F. 
Ex: 
Experimento com ratos para determinar o efeito da sacarina no ser humano. 
 
FALÁCIAS 
 Um argumento falacioso é aquele que parece que as razões apresentadas 
sustentam a conclusão, mas não sustentam, não justificam. 
 Há padrões típicos de argumentação correta e de argumentos falaciosos. 
 
TIPOS DE FALÁCIAS 
1.FALSO DILEMA Limitar o número de opções 
Ex: Ou concordas comigo ou não 
2.APELO À IGNORÂNCIA Conclui-se que algo é verdadeiro porque não foi 
provado que é falso, ou o contrário 
Ex: Fantasmas existem! Já provaste que não 
existem? 
3.DECLIVE ESCORREGADIO 
 (Bola de neve) 
O argumento é falacioso quando pelo menos um de 
seus passos é duvidoso ou falso. A falsidade está 
ocultada em diversos "se" e "então". 
Ex das armas automáticas. 
4.PERGUNTA COMPLEXA Pretende-se que o auditório aceite ou rejeite os dois 
tópicos, tratando-os como uma única proposição, 
quando uma pode ser aceitável e a outra, não. 
Ex: Apoias a liberdade e o direito de andar armado? 
5.APELO À EMOÇÃO Argumento apoiado na emoção e não em razões. 
6.APELO À FORÇA O auditório é informado das consequências 
desagradáveis que se seguirão à discordância com o 
autor. 
Ex: melhor admitires que a nova orientação da 
empresa é a melhor –se quiseres manter o 
emprego. 
7.APELO À PIEDADE Pede-se a aprovação do auditório na base do estado 
lastimoso do autos. 
Ex: Como pode dizer que eu reprovo? Eu estudei 
16h por dia. 
8.APELO ÀS CONSEQUENCIAS O autor, para mostrar que tal crença é falsa, aponta 
consequências desagradáveis que advirão da sua 
defesa. 
Ex: Não se pode aceitar que a teoria da evolução é 
verdadeira, porque se fosse estaríamos ao nível dos 
macacos. 
9.APELO AOS PRECONCEITOS Termos carregados e emotivos são usados para ligar 
valores morais às crenças na verdade da 
proposição. 
Ex: Os portugueses bem intencionados estão de 
acordo em plebiscitar a pena de morte. 
10.APELO AO POVO Sustenta-se que uma proposição é verdadeira por 
ser aceita como verdadeira por algum setor 
representativo da populaçãoEx: Todos sabem que a Terra é plana. 
11.ATAQUES PESSOAIS O foco não é o argumento, mas a pessoa. 
Ex: Dizes que não devo beber, mas não estás sóbrio 
faz mais de um ano. 
12.APELO À AUTORIDADE A pessoa citada não está qualificada para ter uma 
opinião de perito no assunto. Não há acordo entre 
os peritos do campo em questão. 
Ex: O psicólogo Dr. Frasier Crane recomenda-lhe 
que compre o ultimo modelo de carro da Skoda. 
13.AUTORIDADE ANÔNIMA A autoridade não é indicada ou sequer citada. 
Ex: Um membro do governo disse que uma nova lei 
sobre posse e uso de armas será proposta amanhã. 
14.ESTILO EM SUBSTÃNCIA Confusão entre aparência e conteúdo. 
Ex: Nixon perdeu o debate presidencial porque 
tinha suor na testa. 
15.FALÁCIAS INDUTIVAS Inferir de uma amostra para as propriedades de um 
elemento não pertencente à amostra ou para as 
propriedades da população como um todo. 
Ex: 1000 feijões. Alguns pretos e alguns brancos. 
Uma amostra de 100 feijões mostra que 50 eram 
pretos e 50 eram brancos. Conclui-se que metade 
da lata é preta e metade é branca. 
16.GENERALIZAÇÃO PRECIPITADA A amostra é muito limitada e usada apenas para 
apoiar uma conclusão tendenciosa. 
Ex: Fred, australiano, roubou minha carteira. 
Portanto, australianos são ladrões. 
17.AMOSTRA LIMITADA Diferenças relevantes entre a amostra usada na 
inferência dedutiva e a população como um todo. 
Ex: As maçãs do topo da caixa parecem boas. 
Portanto, todas as maçãs desta caixa devem ser 
boas. 
18.FALSA ANALOGIA Não presta atenção na diferença entre os casos. 
Ex: Empregados são como pregos: temos que 
martelar a cabeça dos pregos para estes 
desempenharem a sua função. O mesmo deve 
acontecer com os empregador. 
19.PETIÇÃO DE PRINCÍPIO Argumento circular. A verdade da conclusão é 
pressuposta pelas premissas. A conclusão só 
reafirma as premissas. 
Ex: Dado que não estou mentindo, estou falando a 
verdade. 
20.CONCLUSÃO IRRELEVANTE Argumento prova uma coisa diferente da 
pretendida. As premissas não fundamentam a 
conclusão. 
Ex: Deves aceitar a nova política do arrendamento. 
Não podemos continuar a ver pessoas a viver nas 
ruas, devemos ter rendas mais baratas. 
21.ESPANTALHO O autor, ao invés de atacar o melhor argumento do 
seu opositor, ataca um argumento diferente, mais 
fraco ou tendenciosamente interpretado. 
Ex: As pessoas que querem legalizar o aborto 
querem prevenção irresponsável da gravidez, mas 
nós queremos uma sexualidade responsável. 
Portanto, o aborto não deve ser legalizado. 
22.NON-SEQUITUR Falácias que ocorrem em consequência da forma 
inválida do argumento usado. 
23.AFIRMAÇÃO CONSEQUENTE Confusão entre condição suficiente e necessária. 
Todo argumento com a seguinte forma é inválido 
(Se P então Q. Ora, Q. Logo, P). 
Ex: Se jogamos bem, ganhamos. Ora, ganhamos. 
Logo, jogamos bem. 
24.NEGAÇÃO DA ANTECEDENTE Confunde-se a condição suficiente com a condição 
necessária. Com uma frase condicional (se P, então 
Q) dizemos que se P for verdadeira, Q também é; 
mas não dizemos que a recíproca é verdadeira. (Se 
P, então Q. Não P. Logo, não Q.) 
Ex: Se fores atingido por um carro quando tiveres 6 
anos, morres jovem. Mas não foste atingido por um 
carro aos 6 anos. Logo, não vais morrer jovem. 
25.INCONSISTÊNCIA O autor avança pelo menos duas proposições que 
não podem ser verdadeiras ao mesmo tempo. As 
proposições podem ser contrárias ou 
contraditórias. 
Ex: John é maior que Jake, e Jake é maior que Fred, 
enquanto Fred é maior que o John. 
 
SISTEMA JURÍDICO COMO SISTEMA DE REGRAS E PRINCÍPIOS 
 O sistema jurídico é um sistema de normas jurídicas e são regras ou princípios. 
 O Estado de Direito constitucional democrático exige um sistema normativo de 
regras e princípios. 
 
Problema de um sistema jurídico só de 
regras: 
As regras não podem determinar tudo. O 
legislador não consegue disciplinas, 
antecipadamente, todos os fatos da vida. 
Quando isso acontece, o juiz está livre para 
se valer de critérios extrajurídicos. 
Problema de um sistema jurídico só de 
princípios: 
Indeterminação normativa. O auto grau de 
indeterminação dos princípios leva à 
incerteza, instabilidade, 
imprevisibilidade e insegurança jurídica. 
 
 
 O sistema jurídico ideal é o de regras e princípios. 
 O argumento de separação forte de regras e princípios foi desenvolvido por 
Dworkin e Alexy: distinção qualitativa entre estes. 
 
COMO SÃO APLICADAS AS REGRAS E OS PRINCÍPIOS? (DWORKIN) 
1.REGRAS: 
 São tudo ou nada (ou se aplica ou não se aplica). 
 No caso de incidência de uma regra, há duas opções possíveis: 
1a. A regra é valida, vinculando juridicamente e, assim, vale para determinar a proposição 
normativa singular da decisão judicial. Tem que se dar exatamente o que a regra 
determina. 
2a. A regra é invalida e, portanto, incapaz de vincular juridicamente qualquer decisão 
judicial. 
2.PRINCÍPIOS: 
 Não determinam obrigatoriamente a decisão a ser tomada. Constituem 
fundamentos, razões, servem para fundamentar uma decisão, mas não diz qual 
decisão a ser tomada. 
 O caso de colisão de princípios é resolvido pela dimensão de peso: 
-O princípio com peso relativamente maior supera o princípio de peso 
menor. 
-O peso maior ou menor depende do caso concreto. 
-O princípio de maior ou menor peso não é declarado inválido ou 
excluído do sistema jurídico. 
-O princípio de maior peso fundamenta a decisão do caso concreto. 
 
COMO SÃO APLICADAS AS REGRAS E OS PRINCÍPIOS? (ALEXY) 
1.REGRAS: 
 São mandamentos definitivos. 
 São aplicadas mediante subsunção. 
 Normas que ordenam definitivamente (devem ser cumpridos exatamente 
conforme o determinado). 
 Se uma regra vale, está ordenado fazer exatamente o fixado no espaço do fático e 
do juridicamente possível. Se não se aceita isso, há duas alternativas: 
1a. A regra deve ser declarada inválida e, assim, excluída do ordenamento jurídico; 
2a. Deve ser inserida uma exceção na regra, criando-se, assim, uma nova regra. 
2.PRINCÍPIOS: 
 Normas que ordenam que algo seja realizado em uma medida tão alta quanto 
possível relativamente às possibilidades jurídicas e fáticas. 
 São mandamentos a serem otimizados. 
 Admitem o cumprimento em diferentes graus. A possibilidade fática e jurídica 
determina o grau. 
 Constituem um dever ideal e não contem um dever definitivo, mas um dever 
prima-facie. 
 Em caso de colisão entre princípios: a forma típica de aplicação dos princípios é a 
ponderação. Se da conforme as circunstâncias. 
 A ponderação leva do dever prima-facie ideal ao dever real e definitivo. 
 
CRITICA À TEORIA DOS PRINCÍPIOS 
 As normas jurídicas não são dividas em regras e princípios. 
 Não existem regras e princípios, mas normas jurídicas. 
 A interpretação e aplicação do direito não depende da distinção entre regras e 
princípios, mas dos cânones interpretativos dados pela hermenêutica. 
 Teoria dos princípios leva à incerteza e insegurança jurídica. 
 A teoria dos princípios abre espaço para o arbítrio e decisionismo judicial. 
 Usurpação da competência do legislador democraticamente escolhido pelo povo. 
 Judicialização da política e politização da atividade judicial.

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