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Anatomia Básica 33 Objetivos: Conhecer as ligações químicas, identificar os vários tipos de substâncias químicas e e aprender como funciona as reações químicas. Unidade 3 – Conceitos de Solução e Cinética Química. Em nossa terceira unidade, veremos o que é uma Solução, suas concentrações e o uso desses conceitos no nosso cotidiano, veremos ainda a velocidade das reações química e o que fazer para acelerar ou retardar a sua ocorrência. Objetivo: Entender o que é uma Solução e suas concentrações. Aprender a Calcular a velocidade de uma reação química. Unidade 4 – Termoquímica e Equilíbrio químico Nesta unidade, estudaremos o calor liberado ou absorvido nas reações químicas compreenderemos porque alguns alimentos são chamados de calóricos e outros não, veremos ainda que várias reações ocorrem em dois sentidos mantendo certo equilíbrio e estudaremos o que é pH e como este termo está tão presente em nosso dia a dia. Objetivo: Identificar conceitos como: entalpia, caloria e Ph. Unidade 5 – Eletroquímica e seus fenômenos. Nesta unidade, estudaremos a energia elétrica liberada em certas reações químicas e o seu aproveitamento, veremos ainda o que é corrosão e as maneiras de evitar e seus malefícios. Objetivo: Entender o que a oxi-redução, compreender o que é uma pilha, aprender o que é corrosão e como evitá-la. 2Sistema Nervoso Composição do tecido nervoso. Divisão do sistema nervoso. Características anatômicas e funcionais das estruturas nervosas Anatomia Básica 34 Nesta segunda unidade, serão abordadas generalidades sobre o Sistema Nervoso, essenciais para uma compreensão objetiva e básica sobre sua anatomia. Objetivos da unidade: • Conhecer as estruturas anatômicas do Sistema Nervoso; • Identificar as características anatômicas e funcionais das estruturas nervosas; • Localizar e posicionar as estruturas nervosas no corpo humano; • Descrever o sistema nervoso e suas estruturas. Plano da unidade: • Composição do tecido nervoso. • Divisão do sistema nervoso. • Características anatômicas e funcionais das estruturas nervosas: Meninges e Líquor; Medula espinhal; Nervos espinhais e cranianos; Tronco encefálico; Cerebelo; Diencéfalo; Cérebro. Bons Estudos. 35 Anatomia Básica Tecido nervoso O tecido nervoso é constituído por dois tipos de células: neurônio e neuróglia. O neurônio é responsável por receber, processar e enviar informações. É célula altamente especializada, entretanto, após o nascimento perde a capacidade de se reproduzir. A neuróglia situa-se nos espaços entre os neurônios a fim de sustentar, revestir, isolar, modular a atividade neuronal e defender. Esta célula conserva a propriedade reprodutiva. Os neurônios são células amplamente excitáveis, que utilizam as modificações do potencial elétrico de sua membrana para propagar as informações. A maioria dos neurônios apresenta três regiões especializadas: corpo celular, dendrito e axônio, esquematizado a seguir na Figura 15. Sistema Nervoso Figura 15 – Esquema do neurônio. Fonte: http://www.infoescola.com/, acessado em 16/08/2014 às 17:45 h. Anatomia Básica 36 O corpo celular possui o núcleo e o citoplasma com as organelas citoplasmáticas. Os dendritos são geralmente curtos e ramificados, servindo como receptores de estímulos, traduzindo-os em alterações do potencial de repouso da membrana. A maioria dos neurônios apresenta um axônio longo e delgado, envolvido, parcialmente, por bainha de mielina. O axônio é especializado em gerar e conduzir o potencial de ação ou impulso nervoso. A bainha de mielina é rica em lipídios e proteínas, apresentando-se como isolante o que permite maior velocidade na condução do impulso nervoso. A parte do axônio que não é revestida pela bainha de mielina é chamada de nodo de Ranvier, local onde ocorre a alteração do potencial de ação da membrana. Portanto, a condução do impulso nervoso é saltatória e veloz. No estudo macroscópico do sistema nervoso é possível distinguir dois tipos de substâncias a branca e a cinzenta. Em geral, a substância branca é caracterizada pela presença de mielina, enquanto que a substância cinzenta não apresenta mielina. Divisão do Sistema Nervoso: O Sistema Nervoso pode ser dividido de acordo com a anatomia ou por critérios funcionais, entretanto, estas partes relacionam-se intimamente do ponto de vista morfológico e funcional. A divisão anatômica do Sistema Nervoso, esquematizada na Tabela 3, separa a parte localizada no esqueleto axial denominada Sistema Nervoso Central do segmento situado fora deste arcabouço chamado de Sistema Nervoso Periférico. O Sistema Nervoso Central é subdividido em Encéfalo, parte situada no interior do crânio e em Medula Espinhal, alojada no canal vertebral. No Encéfalo distingue-se o Cérebro, o Cerebelo e o Tronco Encefálico. O Sistema Nervoso Periférico é constituído por Nervos Cranianos, ligados ao Encéfalo, por Nervos Espinhais, unidos à Medula Espinhal, além de gânglios e terminações nervosas. Anatomia Básica 37 O Sistema Nervoso é divido funcionalmente, como mostrado a seguir na Tabela 4, em Sistema Nervoso Somático ou da vida de relação e em Sistema Nervoso Visceral ou da vida vegetativa. O Sistema Nervoso Somático relaciona o organismo com o meio ambiente por meio de duas vias. A via aferente é composta por fibras sensitivas que conduz aos centros nervosos impulsos originados em receptores periféricos. A via eferente é formada por fibras motoras que levam aos músculos esqueléticos o comando dos centros nervosos, resultando em movimentos voluntários. O Sistema Nervoso Visceral atua sobre as estruturas viscerais. Também apresenta duas vias. A via aferente conduz os impulsos originados nos visceroreceptores aos centros nervosos. A via eferente leva os impulsos dos centros nervosos até as vísceras, atuando sobre glândulas, músculos lisos ou músculos cardíacos. O componente eferente do Sistema Nervoso Visceral é denominado Sistema Nervoso Autônomo, encontrando-se subdividido em Simpático e Parassimpático. Anatomia Básica 38 Meninges e Líquor Meninges são membranas fibrosas que envolvem o Sistema Nervoso Central, como ilustra a Figura 16. A Dura-máter é a mais superficial, espessa e resistente, apresentando-se rica em fibras colágenas e também possui vasos e nervos. A Aracnoide é muito delicada, justaposta à Dura-máter, da qual se encontra separada pelo espaço subdural. A Pia-máter é a mais interna das meninges, relacionando-se intimamente com a superfície do Sistema Nervoso Central. Entre a Pia-máter e a Aracnoide há o espaço subaracnoideo que contém o Líquor. O Líquor caracteriza-se por ser aquoso, incolor e inodoro. É produzido pelo Plexo Corioide no interior dos ventrículos situados no Encéfalo. O volume de Líquor no espaço subaracnóideo é de 100 a 150 cm3, renovados totalmente a cada oito horas. Atua na proteção mecânica e biológica do Sistema Nervoso Central. Figura 16 – Meninges. Adaptada de imagens disponíveis em: <http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Sobo_1909_681.png>, <http://commons. wikimedia.org/wiki/File:Sobo_1909_37.png> e <http://commons.wikimedia.org/wiki/ File:Gray769-pt.svg>. Acesso em 08/09/2014 às 11h35. Anatomia Básica 39 Medula Espinhal Medula Espinhal é a parte do Sistema Nervoso Central alojado no interior do canal vertebral. No adulto mede aproximadamente 45 cm, relacionando-se superiormente com o bulbo, ao nível do forame magno do osso occipital. O limite inferior situa- se próximo à 2ª vértebra lombar (L2). A Medula Espinhal termina inferiormente afilando-se em uma região denominada Cone Medular. Apresenta formato cilíndrico, porém levementeachatada antero-posteriormente, como se observa na Figura 17. Seu calibre não é uniforme, destacando-se duas intumescências cervical e lombar, de onde partem as raízes nervosas para formar o plexo braquial e o plexo lombossacral destinados a inervação dos membros superiores e inferiores, respectivamente. Figura 17 – Medula Espinhal. Adaptada de imagem disponível em: <http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Sobo_1909_611.png>. Acesso em 08/09/2014 às 10h50. Anatomia Básica 40 A substância cinzenta na Medula Espinhal se distribui na parte central, se apresentado em forma de H. No centro há o canal central da medula ou canal do epêndima. A substância branca situa-se perifericamente, sendo composta principalmente por fibras mielínicas (Figura 18). Os 31 pares de nervos espinhais são constituídos, cada um, por duas raízes conectadas à substância cinzenta da Medula Espinhal. A raiz ventral ou anterior do nervo espinhal é formada por fibras motoras e a raiz dorsal ou posterior por fibras sensitivas, caracterizando o nervo espinhal (Figura 19) funcionalmente como misto. Figura 18 - Distribuição das substâncias branca e cinzenta na Medula Espinhal. Adaptada de imagem disponível em: <http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Gray666. png>. Acesso em 08/09/2014 às 11h10. Figura 19 – Nervo espinhal. Adaptada de imagem disponível em: <http://commons. wikimedia.org/wiki/File:Sobo_1909_612. png>. Acesso em 08/09/2014 às 11h55. Anatomia Básica 41 Tronco Encefálico: O Tronco Encefálico encontra-se no interior do crânio, anteriormente ao cerebelo, entre a Medula Espinhal e o Diencéfalo (Figura 20). Pode ser dividido em três partes: Bulbo, Ponte e Mesencéfalo. O Bulbo é a parte inferior do Tronco Encefálico. Apresenta a forma de cone, cujo limite inferior com a Medula Espinhal é o forame magno do osso occipital e o limite superior com a Ponte é o sulco bulbopontino. Na sua superfície anterior observa-se a fissura mediana anterior. De cada lado da fissura há projeção alongada denominada Pirâmide. Lateralmente as pirâmides localizam-se as Olivas (Figura 21). Internamente, a substância cinzenta do Bulbo é composta por núcleos de nervos cranianos e pelos centros respiratório, vasomotor e do vômito. Figura 20 – Tronco Encefálico. Adaptada de imagem disponível em: <http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Sobo_1909_624.png>. Acesso em 08/09/2014 às 12h10. Anatomia Básica 42 A Ponte situa-se entre o Bulbo e o Mesencéfalo (Figura 21), anteriormente ao cerebelo. O sulco basilar percorre longitudinalmente a face anterior da Ponte e aloja a artéria basilar. A substância cinzenta apresenta núcleos dos nervos cranianos. O Mesencéfalo localiza-se na parte superior do Tronco Encefálico, entre a Ponte e o Diencéfalo (Figura 22). Na superfície posterior encontram-se quatro eminências arredondadas chamadas colículos. Os colículos superiores relacionam-se à visão e os colículos inferiores à audição. Sua substância cinzenta possui núcleos de nervos cranianos. Ele é atravessado pelo aqueduto cerebral, canal que une o 3º ao 4º ventrículos. Figura 21 – Bulbo e Ponte. Adaptada de imagem disponível em: <http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Sobo_1909_647.png>. Acesso em 08/09/2014 às 12h50. Anatomia Básica 43 Nervos Cranianos: Os 12 pares de Nervos Cranianos fazem conexão com o Encéfalo, como observa-se na Figura 23. A maior parte se liga ao Tronco Encefálico, exceto os nervos olfatório (I) e óptico (II), que relacionam com o cérebro e com o diencéfalo, respectivamente. Os nervos cranianos apresentam maior complexidade funcional se comparados aos nervos espinhais e serão elencados a seguir. Par I - Nervo Olfatório: é formado exclusivamente por fibras sensitivas que conduzem impulsos olfatórios classificados como aferentes viscerais especiais. Par II – Nervo Óptico: é constituído exclusivamente por fibras sensitivas que conduzem impulsos visuais classificados como aferentes somáticos especiais. Par III – Nervo Oculomotor: é formado por fibras motoras que penetram na órbita, distribuindo-se aos músculos extrínsecos do bulbo ocular. Suas fibras são classifi- Figura 22 – Mesencéfalo. Adaptada de imagem disponível em: <http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Sobo_1909_661.png>. Acesso em 08/09/2014 às 12h45. Anatomia Básica 44 cadas como eferentes somáticas. Além disso, este nervo possui fibras responsáveis pela inervação pré-ganglionar dos músculos intrínsecos do bulbo ocular. Estas fibras são classificadas como eferentes viscerais gerais. Par IV – Nervo Troclear: é composto por fibras motoras classificadas como eferen- tes somáticas, responsáveis pela inervação do músculo extrínseco do bulbo ocular denominado oblíquo superior. Par V – Nervo Trigêmeo: é um nervo misto, pois possui uma raiz sensitiva e ou- tra motora. Entretanto, seu componente sensitivo é maior, sendo responsável pela sensibilidade geral de grande parte da cabeça. As fibras sensitivas são classificadas como aferentes somáticas gerais. A raiz motora inerva os músculos mastigadores e são classificadas como fibras eferentes viscerais especiais. Par VI – Nervo Abducente: é formado por fibras motoras classificadas como eferen- tes somáticas, responsáveis pela inervação do músculo extrínseco do bulbo ocular chamado reto lateral. Par VII – Nervo Facial: apresenta uma raiz motora, considerada como o nervo facial propriamente dito. Esta raiz apresenta fibras classificadas como eferentes viscerais especiais, responsáveis pela inervação dos músculos faciais. A outra raiz é sensiti- va e visceral, possui fibras classificadas como aferentes viscerais especiais, aferentes viscerais gerais e aferentes somáticas gerais, chamada de nervo intermédio. A raiz sensitiva se une ao VIII par (n. vestíbulo-coclear). Par VIII – Nervo Vestíbulo-coclear: é exclusivamente constituído por fibras sensitivas classificadas como aferentes somáticas especiais. Apresenta duas partes. A parte vestibular conduzem impulsos nervosos relacionados ao equi- líbrio. A parte coclear é composta por fibras que conduzem impulsos nervo- sos relacionados à audição. Anatomia Básica 45 Par IX – Nervo Glossofaríngeo: é um nervo misto inervando a língua e a faringe. Suas fibras sensitivas são classificadas como aferentes viscerais gerais. A parte moto- ra é composta por fibras eferentes viscerais gerais que inervam a glândula Parótida. Par X – Nervo Vago: considerado o maior dos nervos cranianos, pois emerge do crâ- nio pelo forame jugular, percorre o pescoço e o tórax, terminando no abdome. É misto e essencialmente visceral, inervando a faringe e a laringe, além de participar dos ple- xos que inervam as vísceras torácicas e abdominais. Suas fibras são classificadas como aferentes viscerais gerais, eferentes viscerais gerais e eferentes viscerais especiais. Par XI – Nervo Acessório: é formado por uma raiz crania- na que se une ao nervo vago e distribui-se com ele. Esta raiz é formada por fibras eferentes viscerais especiais e eferentes viscerais gerais. A raiz espinhal tem trajeto próprio, dirigindo- -se aos músculos trapézio e es- ternocleidomastóideo, sendo composta por fibras eferentes viscerais especiais. Par XII – Nervo Hipoglosso: é exclusivamente motor, sen- do responsável pala inervação dos músculos intrínsecos e extrínsecos da língua. Suas fi- bras são consideradas eferen- tes somáticas. Figura 23 – Nervos cranianos. Adaptada de imagens disponíveis em: <http://commons.wikimedia.org> Anatomia Básica 46 Cerebelo O Cerebelo encontra-se situado posteriormente ao Bulbo e a Ponte. Atua principalmente nas funções de equilíbrioe coordenação motora. Apresen- ta uma porção ímpar e mediana chamada Vérmis. Lateralmente localizam-se os hemisférios cerebelares direito e esquerdo. Na sua superfície há sulcos predominantemente transversais, delimitando as folhas cerebelares. Existem também sulcos profundos que separam os lóbulos. A seguir, a Figura 24 apre- senta a anatomia do Cerebelo. Figura 24 – Cerebelo. Adaptada de imagens disponíveis em: <http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Sobo_1909_653.png> e <http://commons. wikimedia.org/wiki/File:Sobo_1909_655.png>. Acesso em 09/09/2014 às 11h00. Anatomia Básica 47 No centro do Cerebelo encontra-se a substância branca denominada corpo medular que é revestida externamente pelo córtex cerebelar constituído por substância cinzenta. Diencéfalo Ao Diencéfalo pertencem o tálamo, hipotálamo, subtálamo e epitálamo. Todos se relacionam ao 3º ventrículo, como observado na Figura 25. O Tálamo compreende duas massas ovoides dispostas látero-posteriormente no diencéfalo. É constituído basicamente por substância cinzenta, na qual se distinguem vários núcleos. As principais funções do Tálamo relacionam-se com a sensibilidade, Figura 25 – Cerebelo e Diencéfalo. Adaptada de imagens disponíveis em: <http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Sobo_1909_648.png>. Acesso em 09/09/2014 às 11h08. Anatomia Básica 48 com a motricidade, com o comportamento emocional e com a ativação do córtex. O Hipotálamo situa-se inferiormente ao Tálamo. Compreende pequena dimensão, entretanto desempenha importantes funções relacionadas ao controle de atividades viscerais. Pertencem ao Hipotálamo os corpos mamilares, quiasma óptico, túber cinéreo e infundíbulo. O túber cinéreo prede-se a glândula hipófise por meio do infundíbulo. As funções do Hipotálamo são numerosas e importantes, quase todas relacionadas com a manutenção do meio interno para o funcionamento adequado dos órgãos. Para isto, o Hipotálamo atua como regulador do Sistema Nervoso Autônomo e o Sistema Endócrino, além de controlar processos que incluem fome, sede e sexo. O Subtálamo é uma pequena área localizada na transição com o mesencéfalo. Nele encontra-se o núcleo subtalâmico que desempenha papel importante na regulação da motricidade somática. O Epitálamo forma o limite posterior do 3º ventrículo e contém formações endócrinas e não endócrinas. A formação endócrina mais importante é a glândula pineal que tem ação inibidora sobre as gônadas e nos ritmos circadianos. A maior parte das formações não endócrinas do Epitálamo pertence ao Sistema Límbico, relacionado fundamentalmente a regulação das emoções e do sistema nervoso autônomo. Cérebro O Cérebro compreende dois hemisférios cerebrais, direito e esquerdo. Sua superfície externa é formada por substância cinzenta, o Córtex Cerebral apresenta relevo caracterizado pela presença de giros e sulcos. Os hemisférios são separados parcialmente pela fissura longitudinal, cujo assoalho é composto por fibras comissurais que forma o Corpo Caloso, principal meio de união entre os hemisférios. No interior dos hemisférios há cavidades, os Ventrículos Laterais direito e esquerdo, ligados ao 3º Ventrículo pelos forames interventriculares. Anatomia Básica 49 Cada hemisfério apresenta-se dividido, por meio dos sulcos, em lobos cerebrais que são nomeados de acordo com a sua relação com os ossos do crânio. Assim, identificam-se os lobos: Frontal, Parietal, Temporal e Occipital. Além destes, existe um quinto lobo situado profundamente ao sulco lateral, denominado Ínsula. A Figura 26 ilustra as informações sobre esta parte do Encéfalo. Figura 26 – Cérebro. Adaptada de imagens disponíveis em: <http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Sobo_1909_626.png> e <http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Sobo_1909_633.png>. Acesso em 09/09/2014 às 11h22. Anatomia Básica 50 Leitura Complementar: Aprofunde seus conhecimentos sobre os assuntos abordados nesta unidade lendo o livro: MACHADO, A. Neuroanatomia Funcional. 2. ed. São Paulo: Ed. Atheneu, 2006. Na próxima unidade será estudado o sistema cardiorrespiratório. É HORA DE SE AVALIAR! Lembre-se de realizar as atividades desta unidade de estudo, elas irão ajudá-lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo de ensino- aprendizagem. Caso prefira, redija as respostas no caderno e depois às envie através do nosso ambiente virtual de aprendizagem (AVA). Interaja conosco! Anatomia Básica 51 Exercícios da Unidade 2 1. Leia atentamente as afirmativas e marque apenas a CORRETA: a) A Dura-máter é a meninge mais interna, cobrindo toda a superfície do tecido nervoso. b) Os nervos cranianos são todos mistos, pois apresentam as raízes sensitiva e motora. c) O centro respiratório localiza-se no Bulbo, parte inferior do Tronco Encefálico. d) O IV ventrículo é delimitado pelas porções do Diencéfalo. e) Os hemisférios cerebrais são unidos por meio da fissura longitudinal. 2. O Tronco Encefálico é parte importante do Encéfalo, pois atua sobre atividades vitais. Na sua anatomia destacam-se alguns acidentes anatômicos. Qual é o canal que atravessa o Mesencéfalo, ligando o ventrículo III ao IV? a) Aqueduto Cerebral. b) Canal do Epêndima. c) Plexo Corioide. d) Espaço Subaracnóideo. e) Espaço Subdural. Anatomia Básica 52 3. A glândula Hipófise aloja-se no interior da cabeça e relaciona-se com parte do Encéfalo. Qual é a parte do Encéfalo ligada a esta glândula por meio da estrutura anatômica chamada Infundíbulo? a) Tálamo. b) Hipotálamo. c) Subtálamo. d) Epitálamo. e) Mesencéfalo. 4. A Medula Espinhal localiza-se no interior do canal vertebral. Nesta região do Sistema Nervoso Central observa-se a interligação com os nervos espinhais que compõem o Sistema Nervoso Periférico. Em duas partes distintas, a Medula Espinhal apresenta diâmetro maior, de onde são formados os plexos nervosos responsáveis pela inervação dos membros. Quais os nomes destas duas partes? a) Intumescência Cervical e Intumescência Lombossacral. b) Protuberância Cervical e Protuberância Lombar. c) Proeminência Braquial e Proeminência Lombossacral. d) Intumescência Braquial e Intumescência Lombar. e) Processo braquial e processo Lombar. Anatomia Básica 53 5. Descreva a anatomia externa do Cérebro. 6. Explique a importância da presença do Líquor para o Sistema Nervoso Central.
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