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05/12/13 online.unip.br/Imprimir/ImprimirConteudo
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O trabalho das redações é organizado em editorias, que correspondem à especialização
temática do trabalho jornalístico.
Cidade
Primeiro era chamada de “geral”, e aglutinava os assuntos que não se encaixavam nas
demais editorias. Com a designação “cidade”, ganhou uma caracterização mais clara: cobre
assuntos ligados a várias questões do cotidiano das cidades – das políticas públicas a crônicas do
dia-a-dia de personagens anônimos.
Muitos jornalistas consideram-na uma editoria de “segunda categoria”, pois trata de
assuntos triviais, sem grandes furos e sem repercussão nacional. Grande equívoco esse, pois a
editoria é uma das grandes escolas de reportagem, é um trabalho que permite um contato com
personagens concretos, com espaços públicos, com a rua, com acontecimentos vivenciados e
visíveis aos leitores. São assuntos de grande interesse público, o que faz dela uma das editoriais
mais democráticas. Os repórteres da área são muito acionados pelos leitores (cartas, telefonemas,
e-mails...).
O trabalho dessa editoria tende a sofrer menor controle por parte das instâncias de poder
das empresas jornalísticas, por isso é possível realizar trabalhos de grande criatividade desde que
os repórteres tenham disposição buscar novas formas de olhar para o cotidiano.
Polícia
A cobertura policial está muitas vezes associada à editoria de cidade, mas tem corpo
profissional próprio que se especializa nesse tipo de trabalho.
As pautas de polícia incluem: assassinatos; assaltos; seqüestros; tráfico de drogas, armas
e animais; estelionato; desvio de dinheiro, entre outros crimes; prisões, fugas; rebeliões; eventos
e assuntos ligados à instituição policial, à Justiça, Ministério Público e ao sistema penitenciário;
políticas públicas para a área e dia-a-dia do setor.
É uma das especializações mais tradicionais do jornalismo, que gerou várias reportagens
com tratamento literário. Atualmente o texto desse tipo de cobertura tende a ser mais direto e
enxuto no jornalismo diário.
A apuração desse tipo de assunto envolve sempre riscos, por isso é preciso uma apuração
cuidadosa e os repórteres da área normalmente têm uma rede de conhecimentos e fontes
consistentes.
A cobertura policial no Brasil foi marcada historicamente por um excesso de oficialismo
(versões oficiais tratadas como “fato”). Mas, a partir dos anos 1970/80 (em função das torturas e
extorsões policiais no período da ditadura militar), houve um redirecionamento do jornalismo policial
para questões sociais e direitos humanos, por meio da prática de reportagem mais aprofundada
que ficou conhecida como “jornalismo investigativo”.
Política
É tida como uma das áreas mais nobres do jornalismo devido à sua proximidade com o
poder instituído. No entanto, é uma das editorias em que os profissionais mais se confrontam com
dilemas éticos.
A reportagem política pede uma boa agenda de fontes, grande parte delas oficiosas e
sigilosas. O jornalista pode ficar tão devedor às suas fontes que isso chega a comprometer as
abordagens e as escolhas que faz em suas matérias – a chamada “troca de favores”. 
Os profissionais da área deveriam ter uma boa formação em história, política, sociologia e
economia.
Internacional
É também uma das áreas consideradas nobres do jornalismo e da qual surge uma das
figuras mais míticas do imaginário do jornalismo: o correspondente de guerra.
Mas a maior parte de trabalho da editoria não é de reportagem investigativa, feita em loco,
e é sim uma compilação de materiais fornecidos pelas agências de notícias estrangeiras. Os
profissionais da área normalmente devem ter uma boa formação geral e conhecer alguns idiomas.
A maior dificuldade para os profissionais que trabalham com noticiário internacional é o de
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conseguir compreender eventos do mundo por óticas culturais distintas da sua – quando não
conseguem isso, o resultado são coberturas superficiais e preconceituosas.
Economia
Cobertura considerada muito especializada e que não desperta a atenção de um público
mais amplo. O excesso de jargões e termos técnicos da área é uma das razões da pouca simpatia
exalada por esse tipo de noticiário.
Dentro dos jornais, é uma área tida como nobre, pois exige grande especialização dos
jornalistas – muitos têm formação universitária em economia. Trabalha com a precisão dos dados,
assim nessa editoria a apuração e a checagem tendem a ser mais minuciosas que as das demais –
uma simples cifra equivocada pode causar uma crise de credibilidade para o jornal.
Cultura
Área de especialização do jornalismo, a editoria de cultura desperta certo interesse de um
público mais amplo. Há leitores assinam um jornal para acompanhar o caderno cultural.
As reportagens da área tendem a ter tom e peso de crítica – o que pode ser problemático
já que o noticiário pode acabar determinando o sucesso ou fracasso de parte da produção cultural.
Muitas vezes o noticiário de cultura confunde-se com uma agenda de eventos. Um dos
grandes desafios da área deveria ser o de se aproximar de manifestações realmente populares, já
que tradicionalmente os grandes jornais têm se restringindo à cultura ligada ao mercado ou então
aos meios eruditos.
Esporte
Área bastante popular do jornalismo e que determina o sucesso comercial de muitos
jornais. Os jornalistas de esporte são freqüentemente aficcionados pelo tema. Alimentam paixões e
ódios. Criam fortes laços de fidelidade com o leitor.
Alguns minutos de uma competição geram um volume muito grande de materiais. É uma
área que cada vez mais depende das sofisticadas tecnologias de captação de imagens.
Ciência/tecnologia
A editoria e ciência é outra área também que exige muita especialização e é normal os
jornalistas investirem bastante em alguma formação específica (por exemplo: astronomia, meio
ambiente, genética etc.). Ocupa um espaço restrito nos jornais – com exceção de alguns
acontecimentos “grandes” como viagens espaciais, descoberta de uma vacina... – mas vem
ganhando espaço e status dentro das redações. É considerada uma das grandes áreas de aposta
para o jornalismo daqui a alguns anos, principalmente pela vertente do meio ambiente.
A cobertura sobre tecnologia que tradicionalmente vinha acoplada à de ciência ganhou na
última década autonomia e na maior parte dos jornais já é uma área separada, com caderno
semanal. Isso se deu em função da informática e o noticiário dessa área – diferentemente do
acontece nas seções de ciência -- é muito vinculado à indústria e ao mercado, e não tanto à
pesquisa de forma mais estrita.
Exercício de Fixação:
É considerada uma das grandes escolas da reportagem, uma vez que permite o contato com personagens
concretos, espaços públicos, acontecimentos variados e visíveis aos leitores. A qual editoria essa descrição
se refere?
A- Política.
B- Cidades.
C- Esporte.
D- Economia
E- Turismo.
 Resposta: B
Comentário: também chamada de Geral, a editoria de “Cidades”, por tratar temas diversos favorece o
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aprendizado generalista, sobretudo dos jovens repórteres, o que faz dela – segundo opiniões de muitos
profissionais da imprensa – uma das grandes escolas da reportagem.

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