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4 Segmentação

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Embriologia Animal 
.Segmentação 
 
 1 
 
 
 
Universidade de Brasília 
Instituto de Ciências Biológicas 
Departamento de Genética e Morfologia 
 
 
 
 
 
 
Aula 4: 
Segmentação ou 
clivagem 
 
 
 
 
 
Síntese: 
Tipos de ovos e processos de segmentação 
e blastulação 
 
Brasília, 2012 
Embriologia Animal 
.Segmentação 
 
 2 
 
 
 
 
 
 
Informações gerais da aula 
 
1- Objetivos: geral e específicos 
2- Conteúdo da aula: Segmentação 
2.1- Introdução 
2.2- Tipos de segmentação. 
2.3- Tipos de blastulação. 
3- Metodologia de estudo 
4- Atividade de aprendizagem 
5- Bibliografia 
 
1- Objetivo geral 
 A aprimorar e aprofundar os conhecimentos sobre a segmentação e blastulação 
como suporte para compreensão e desenvolvimento embrionário. 
 
1.2- Objetivos específicos 
1.2.1- identificar e exemplificar a ocorrência de diferentes tipos de ovos. 
1.2.2- Definir e caracterizar a segmentação em geral destacando a sua importância. 
1.2.3- Caracterizar os processos envolvidos na segmentação dos diferentes tipos de 
ovos. 
1.2.4- Caracterizar os processos envolvidos na blastulação dos diferentes tipos de ovos. 
 
 
 
 
 
 
Embriologia Animal 
.Segmentação 
 
 3 
 
 
2. Conteúdo da aula: Segmentação 
 
2.1- Introdução 
 Também chamada de clivagem, esta é a etapa do desenvolvimento que tem 
como finalidade aumentar o número de células a partir do zigoto. Alguns fatores 
interferem diretamente na divisão celular nesse período, entre eles a quantidade de 
vitelo, formado por substâncias nutritivas. Entre os diferentes grupos animais 
encontramos uma grande variedade de tipos de ovos também classificados de acordo 
com a quantidade de vitelo. 
Os animais que apresentam desenvolvimento externo possuem ovos com 
grande quantidade de vitelo, cuja finalidade é nutrir o embrião durante todo o 
desenvolvimento embrionário que ocorrerá fora do corpo da mãe. Basicamente, esses 
animais apresentam três tipos de ovos: aqueles com vitelo amplamente distribuído por 
toda a célula com desigual distribuição e outros com vitelo totalmente segregado do 
restante da célula podendo estar localizado em quase que toda a estrutura ou na 
região central. 
Os ovos heterolécitos ou panlécitos ou mixolécitos, apresentam-se com o vitelo 
está distribuído no interior da célula com maior concentração em uma região 
denominada polo ou hemisfério vegetativo, estão presentes nos dos anfíbios, 
anelídeos, gastrópodos e alguns peixes. 
Os ovos telolécitos ou megalécitos das aves, répteis, cefalópodos e alguns 
grupos de peixes apresentam o citoplasma ativo reduzido a uma pequena área 
circular, o blastodisco com núcleo central. 
Já os ovos centrolécitos ou mediolécitos, dos insetos, possuem o vitelo 
localizado na região central, havendo uma camada periférica de citoplasma anucleada. 
O núcleo está localizado no centro do ovo totalmente circundado por vitelo. 
Os poríferos, celenterados e mamíferos apresentam ovos do tipo alécito, 
totalmente desprovidos de vitelo com núcleo central. No caso específico de mamíferos 
devido à presença da zona pelúcida e da corona radiata recebem também o nome de 
metalécitos. 
Embriologia Animal 
.Segmentação 
 
 4 
 
 
Nos equinodermos e no anfioxo, os ovos oligolécitos apresentam pouca 
quantidade de vitelo igualmente distribuída por todo o citoplasma e núcleo central. 
São também chamados de isolécitos. 
 
2.2- Tipos de segmentação 
A segmentação é classificada de acordo com a presença ou não de vitelo e da 
sua distribuição podendo ocorrer em todo o ovo, sendo chamada de segmentação 
total, as células iniciais, os blastômeros poderão ter tamanhos iguais ou diferentes. Em 
ovos alécitos e oligolécitos, os blastômeros apresentam o mesmo tamanho, sendo a 
segmentação total e igual. 
Já nos ovos heterolécitos, os blastômeros formados apresentam tamanhos 
diferentes, os macrômeros, células maiores, com grande quantidade de vitelo e os 
micrômeros, células menores, com pouco vitelo. Nesse caso a segmentação é total e 
desigual. ver na Figura 1 o exemplo do anfioxo e do anfíbio. 
Quando a segmentação ocorre em apenas uma determinada região do ovo, no 
disco germinativo, como em ovos telolécitos de répteis e aves, por exemplo, 
denomina-se segmentação parcial e discoidal. No caso dos centrolécitos, dos insetos, a 
segmentação é parcial e superficial. Nesse tipo de ovo, o vitelo não entra em divisão. 
Em nosso exemplo da espécie humana, a segmentação é total e igual conforme será 
descrita a seguir. Nas Figura 1 na coluna ave está ilustrada a segmentação discoidal. 
Após e fecundação e a fertilização do ovócito, o zigoto formado sofrerá 
sucessivas divisões mitóticas sem, contudo, cumprirem a etapa de síntese que ocorre 
sempre nas divisões comuns, ou seja, as células filhas originadas da divisão não 
crescem até o tamanho da célula mãe antes de tornarem a se dividir. Dessa forma, ao 
final da segmentação ou clivagem do zigoto, o volume inicial desse ovo não terá sido 
alterado significativamente. No entanto, o resultado final será um conjunto de células 
de tamanho muito menor que o inicial. Se considerarmos que o zigoto é uma célula 
volumosa, com uma extensão citoplasmática muito grande em relação ao núcleo, 
sabendo que o núcleo é o coordenador de todos os processos metabólicos da célula, 
fica fácil perceber que o equilíbrio na relação núcleo/ citoplasma deve ser 
Embriologia Animal 
.Segmentação 
 
 5 
 
 
restabelecido. E isso é conseguido pelas divisões sucessivas que não cumprem a 
intérfase. 
 
Figura 1- Comparação do desenvolvimento em 
Diferentes tipos de ovos. (HOUILLON, 1972) 
 
 Após a fecundação, a segmentação dos ovos segue um determinado padrão 
comum. A primeira divisão do zigoto é sempre ao longo de seu eixo maior, ou seja, ela 
é longitudinal e origina dois blastômeros. A segunda divisão também é longitudinal, 
porém é perpendicular à primeira, formando quatro blastômeros. A terceira é 
horizontal, originando oito blastômeros. As divisões vão sendo intercaladas entre 
vertical e longitudinal. As primeiras células formadas já constituem um embrião, na 
fase de blastocisto. Suas células se caracterizam por serem totipotentes e, 
posteriormente, pluripotentes. São essas as células utilizadas para estudos com células 
tronco embrionárias, ver Figura 2. 
Embriologia Animal 
.Segmentação 
 
 6 
 
 
 
 
Figura 2: Etapas de divisão do zigoto. A primeira figura (à esquerda) mostra o zigoto já pronto para 
iniciar a primeira divisão. A do meio mostra a presença de dois blastômeros, já em blastocisto. E na 
figura da direita vê-se a segmentação já em fase avançada. Em todas as figuras a zona pelúcida ainda 
está presente. 
 
 
A segmentação do zigoto acontece de maneira bastante semelhante nos 
diversos tipos de ovos encontrados na natureza. Não é difícil imaginar que o 
desenvolvimento animal requer condições diferentes conforme o exemplo estudado. 
Um embrião de um animal de vida aquática mantém-se hidratado sem necessidade de 
acessórios para desempenhar essa função. O mesmo não acontece com os répteis, 
aves e mamíferos, cujos embriões se desenvolvem no ambiente terrestre sejam dentro 
de um ovo ou dentro do organismo da mãe. 
As divisões não formam células exatamente do mesmo tamanho, e nem ao 
mesmo tempo. Particularmente na espécie humana, essa divisão pode ocorrer 
primeiramente em um dos blastômeros o que resulta em três células e não em quatro. 
Os blastômeros agora passam por um processo de reorganização da mórula ou 
blastocisto. Ascélulas, fortemente unidas, orientam-se e organizam-se em camadas na 
porção externa, formando o trofoblasto. Internamente, forma-se um conjunto de 
células fracamente unidas, formando a massa celular interna que constitui o nó 
embrionário ou embrioblasto, indicado na Figura 3. 
Embriologia Animal 
.Segmentação 
 
 7 
 
 
 
 
Figura 3: O esquema mostra o trofoblasto (a), o embrioblasto (b) e a blastocele (c). 
 A figura a direita mostra uma blástula, em montagem total (in toto) ainda envolvida 
pela zona pelúcida. Adaptado de (MOORE, 2010) 
 
 
 
 
O espaço criado pela compactação celular é preenchido por líquido uterino, 
essa cavidade é denominada blastocele. Nessa fase, o embrião é chamado de blástula. 
Cinco dias após a fecundação esse blastocisto chega à cavidade uterina, ocorrendo sua 
implantação. 
 
 
2.3- Tipos de blastulação 
 A blastulação consiste em sua maioria na formação de um espaço ocupado por 
líquido do meio em que se encontra, denominado blastocele que permite 
posteriormente a migração e diferenciação de células na fase de gastrulação. De 
acordo com os tipos de ovos de origem, forma e posicionamento recebe 
denominações específicas de classificação. 
 
2.3.1- Celoblástula regular 
Na blastulação de ovos alécitos e oligolécitos, ocorre a formação de um espaço 
central denominado blastocele decorrente do afastamento das células do blastocisto, 
ver o exemplo ilustrativo no segundo desenho da Figura 4. 
 
 
Embriologia Animal 
.Segmentação 
 
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2.3.2- Celoblástula irregular 
Na blastulação de ovos heterolécitos, terceiro desenho da Figura 4, ocorre 
também a formação de um espaço decorrente do afastamento dos macrômeros e 
micrômeros, porém em posição deslocada para a região dos micrômeros, também 
denominado polo animal, indicado na Figura 4 por PA, no lado oposto está o polo 
vegetativo, PV. Este deslocamento é atribuído à presença de grande quantidade de 
vitelo nos macrômeros impedindo um afastamento regular entre estas células. 
 
 
Figura 4 – Mórula com, celoblástulas regular e irregular. (GILBERT, 1995) 
 
2.3.3- Discoblástula 
 Este tipo de blástula ocorre em ovos telolécitos, inicialmente forma-se a 
discoblástula primária, esta blastocele tem sua formação no disco germinativo ou 
blastodisco. Observar que os blastômeros mais profundos degeneram-se formando a 
blastocele primária, separando a blastoderme do vitelo. Ocorre tanto em peixes como 
em répteis e aves. Já a discoblástula Secundária com ocorrência apenas em répteis e 
aves surge da divisão da blastocele primária, a partir da camada germinativa, 
formando camadas de blastômeros separadas por uma cavidade denominada 
blastocele secundária. A camada superior é chamada de epiblasto e a inferior de 
hipoblasto, conforme mostrado na Figura 5. Observar que entre hipoblasto e o vitelo 
está a cavidade subgerminal e a área de sobreposição do epiblasto-hipoblasto 
denomina-se área Pelúcida enquanto que as laterais, área opaca. 
Embriologia Animal 
.Segmentação 
 
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Figura 5 – Esquema geral da segmentação e blastulação do ovo telolécito. (HOUILLON, 1972) 
 
2.3.4- Periblástula 
Neste tipo de blástula, ilustrado na Figura 6, que ocorre apenas em ovos 
centrolécitos, a blastocele e é virtual, pois está situada entre o blastoderma periférico 
e o vitelo central sem, no entanto haver um espaço físico quando observado 
macroscopicamente. 
 
 
Figura 6 – Esquema geral da segmentação e blastulação do ovo centrolécito. (GILBERT, 1995) 
 
 
Embriologia Animal 
.Segmentação 
 
 10 
 
 
Na Figura 7 é apresentado um quadro sintético da segmentação e blastulação 
nos diferentes grupos animais. Observar que na segmentação total ou holoblástica os 
planos de segmentação são sempre os mesmos. No que caso da segmentação parcial 
ou meroblástica tanto no tipo discoidal quanto superficial não há divisão do vitelo pois 
se encontra totalmente segregado da porção celular. 
 
 
Figura 7- Esquema da segmentação em diversas espécies animais. Adaptação de (HOUILLON, 1972) 
 
3- Metodologia de Estudo 
Leitura atenta dos conteúdos da aula e redação das respostas. Nem sempre 
somente essa leitura será suficiente, portanto para melhor compreensão do assunto 
complemente a leitura com a bibliografia indicada e com os conteúdos adquiridos em 
outras disciplinas estudadas. 
 O recurso fundamental para o seu estudo e para as respostas da atividade é 
este guia de aula, nele encontrarão a maior parte das informações sobre o ciclo sexual. 
É importante ressaltar que para se adquirir conhecimentos mais aprofundados e 
críticos e respostas mais completas das atividades propostas, é necessário apoiar em 
Embriologia Animal 
.Segmentação 
 
 11 
 
 
outras informações contidas não somente na bibliografia indicada mas também de 
outras bibliografias de áreas complementares sobretudo de morfologia e fisiologia. 
 
4- Atividade de aprendizagem 
Responder as quatro questões propostas após o texto explicativo. Para 
responder as questões das atividades propostas é necessário estar atento aos 
objetivos da aula, pois eles serão os guias e suportes correções de cada uma das 
respostas. 
Como já afirmado anteriormente, para responder as atividades é necessário 
leitura complementar que está indicada na bibliografia da aula ou da disciplina, além 
de conteúdos de outras disciplinas da área de Morfologia. 
Questões 
1- Definir, caracterizar e exemplificar os diferentes tipos de ovos. 
2- Definir e caracterizar a segmentação destacando a sua importância. 
3- Explique a segmentação nos diferentes tipos de ovos. 
4- Explique a blastulação nos diferentes tipos de ovos. 
 
Esta atividade deverá ser original, redigida em no mínimo 10 e máximo 20 
linhas e não sendo permitido cópias de textos, livros ou similares, pois esta prática é 
caracterizada como plágio. 
 
5- Bibliografia. 
1- HOUILLON, C. Embriologia. São Paulo: Edgard Blücher, 1972. 160p. 
2- GARCIA, S. M. L., CASEMIRO, G. F. Embriologia. 3. ed. Porto Alegre: ArtMed, 2012. 
668p. 
3- GILBERT, S. F. Biologia do desenvolvimento. 2. ed. Ribeirão Preto: Sociedade 
Brasileira de Genética, 1995. 563p. 
4- MOORE, K, L., PERSAUD, T.V.N. Embriologia clínica. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 
2010. 536p. 
5- HAFEZ, E. S. A. Reprodução animal. 7. ed. São Paulo: Manole, 2004. 530p. 
Embriologia Animal 
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6- WOLPERT, L. Princípios de biologia do desenvolvimento. 3. ed. Porto Alegre: 
ArtMed, 2008, 576p. 
 
 
 
Professor Dr. Umberto Euzebio 
GEM/IB/UnB 
Matrícula UnB 148610

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