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Teoria Geral dos Recursos

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TEORIA GERAL DOS RECURSOS
25/07/2013
Prof.ª Helena.
Prova: 9,0 -> objetiva
Ida ao julgamento: 1,0.
Assistir aos julgamentos: 3ª, 4ª e 5ª -> à partir das 13:30 -> 1º andar do prédio anexo (TJ).
levar a declaração da presença na data da prova.
Livro:Teoria Geral dos recursos - Nelson Néri. 
26/07/2013
Conceito de Recurso
	é uma característica essencial dos recursos.
* Remédio 	
 idôneo a ensejar, dentro do mesmo processo, a reforma, a 
invalidação, o esclarecimento ou a integração de decisão judicial que se impugna." (Barbosa Moreira).
* É um limitador do poder.
* Recurso em sentido estrito se põe numa decisão judicial.
Recurso é voluntário
Por esse motivo, não se trata de recurso o instituto previsto no art. 475 do CPC, chamado de REEXAME NECESSÁRIO.
Reexame Necessário é condição de eficácia da sentença proferida contra o poder público, sempre que a condenação, ou o direito controvertido, for de valor certo excedente a 60 (sessenta) salários mínimos. Quando a sentença estiver fundada em jurisprudência plenária do STF ou em Súmula do STF ou de Tribunal Superior Competente, dispensa-se da remessa oficial.
Recurso X Ação Autônoma de Impugnação
Recurso é manifestado na mesma relação jurídica processual e somente é interposto contra decisão que não transitou em julgado.
Ações Autônomas de Impugnação, como o próprio nome diz, instauram nova relação jurídica processual e podem ser manejadas, inclusive, contra decisão judicial transitada em julgado, como é o caso, p. ex, da ação rescisória. (Outras ações autônomas de impugnação são as cautelares, mandado de segurança, reclamação). 
01/08/2013
Natureza jurídica de recurso
AÇÃO distinta e autônoma em relação àquela em que se vinha exercitando no processo. É defendida por Betti, Gilles, Del Pozo entre outros.
ASPECTO, ELEMENTO ou MODALIDADE, EXTENSÃO do próprio direito de ação exercido no processo, tem em Rocco e Calamandrei seus principais representantes. Corrente dominante, da qual concordam os autores contemporâneos como Fredie Didier Jr., Flávio Cheim Jorge, Nelson Nery Junior.
Ônus processual: é o ato que deve praticar...... É a conseqüência.
“O direito de recorrer é um direito que se insere nos desdobramentos dos atos....”
Atos processuais impugnáveis por recurso
Atos = pronunciamentos.
Art. 162, CPC: são atos do juiz: sentença, decisões interlocutórias e despachos.
Sentença é ato do juiz que implica algumas das situações previstas nos arts. 267 e 269, CPC; (Lei n. 11.232/05). -> extingue o processo no 1º Grau de Jurisdição;
Decisão interlocutória é o ato pelo qual o juiz, no curso do processo, resolve questão incidente (§ 2º) -> é uma decisão que não interrompe o processo.
São despachos todos os demais pronunciamentos -> tem uma decisão que não é suscetível de causar prejuízo. Os despachos são irrecorríveis.
O art. 163 denomina o acórdão o julgamento proferido pelos tribunais.
Classificação dos recursos
Ordinários e extraordinários
Comuns (ordinários) e não comuns (Extraordinários ou excepcionais) classificam-se desta forma dependendo dos pressupostos recursais, objetivos e natureza do juízo AD QUEM
Recursos de fundamentação livre e Recursos de fundamentação vinculada
Nos recursos de fundamentação livre, o recorrente pode alegar livremente os fundamentos de seu recurso e do pedido de nova decisão, diferentemente dos recursos de fundamentação vinculada, nos quais o recorrente só pode alegar as matérias (questões) determinadas pela lei para aquele tipo de recurso.
 
02/08/2013
JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE E JUÍZO DE MÉRITO DOS RECURSOS.
Juízo de admissibilidade dos recursos - o exame das condições que devem estar presentes para que o recurso seja admitido para julgamento do mérito
Terminologia adequada: CONHECIMENTO ou NÃO CONHECIMENTO 
O juízo de mérito dá-se pelo exame do pedido formulado no recurso, ou seja, averiguar se o recorrente tem ou não razão, quando então, concluir-se-á pelo PROVIMENTO ou NÃO PROVIMENTO do recurso. 
Terminologia adequada: PROVER/DESPROVER 
PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE
EXTRÍNSECOS: são aqueles referentes a fatores externos à decisão judicial, geralmente posteriores a ela. São pertinentes ao modo de exercer o recurso. São eles: tempestividade, regularidade formal e preparo 
INTRÍNSECOS: são aqueles pertinentes à decisão judicial em si, que Barbosa Moreira prefere ligar ao poder de recorrer. São eles: o cabimento, a legitimação para recorrer e o interesse em recorrer. 
Divergência doutrinária relativa a classificação dos pressupostos recursais
“Não há unanimidade, entre os autores, sobre a classificação dos pressupostos atinentes ao juízo de admissibilidade recursal […]”(Cássio S. Bueno).
Barbosa Moreira/Nelson Nery – extrínsecos e intrínsecos 
Moacyr Amaral Santos – objetivos e subjetivos 
Cabimento do recurso = RECORRIBILIDADE + ADEQUAÇÃO
Legitimidade para recorrer = CPC 499
Parte vencida, terceiro prejudicado (recurso de terceiro prejudicado) e Ministério Público
 interesse = NECESSIDADE + UTILIDADE
08/08/2013
* Tempestividade: é a interposição do recurso dentro do prazo designado em lei (arts. 508�, 522�, 532�, 536�, 545�, 557 -> §1º�, CPC).
* Regularidade formal: a lei determina que o recorrente observe uma determinada forma para a interposição do recurso.
* Preparo: 
"Pagamento antecipado das custas do recurso." (Nelson Nery Junior);
Regra Geral -> art. 511�, CPC -> tem que ser comprovado no momento da interposição.
* a ausência de preparo leva à deserção (pena estipulada para ausência de preparo).
* Inexistência de fato impeditivo ou extintivo do poder de recorrer
desistência do recurso - art. 501, CPC. o recorrente poderá, a qualquer tempo (até que o recurso possa ser julgado), sem a anuência do recorrido, ou dos litisconsortes desistir do recurso.
-> Recurso adesivo: É uma forma de recorrer. É possível na apelação, nos embargos infringentes, no Resp. e no recurso extraordinário. Art. 500�, CPC - somente se usa como estratégia, pois fica subordinado ao recurso principal e, somente vai ser julgado, se o principal também for.
 
09/08/2013
ACEITAÇÃO DA DECISÃO
* art. 503�, CPC.
DESISTÊNCIA DA AÇÃO
* Se a parte desistir, não pode recorrer.
RENÚNCIA AO DIREITO QUE FUNDAMENTAÇÃO E RECONHECIMENTO JURÍDICO DO PEDIDO
* Reconhecimento jurídico do pedido é ato do réu que ao invés de contestar, comparece para reconhecer. Ex: Ação de cobrança.
* Extingue o processo com resolução de mérito em favor do autor. Art. 269. V - A, CPC.
* Se o autor renunciar, o juiz extingue o processo com resolução de mérito.
* O réu não renuncia, ele só reconhece o pedido do autor.
SÚMULA IMPEDITIVA DE RECURSO
* A lei permite ao juiz que não receba o recurso de apelação quando a sentença estiver em conformidade com súmula do STJ rido STF, art. 518, §1º, CPC.
* EFEITOS DOS RECURSOS
* (Não formação da coisa julgada e efeito infringente) 
- Devolutivo;
- Suspensivo/ Ope legis (decorre de lei. Ex: art. 520, CPC)/ Ope judicis (é atribuído pelo juiz)) -> é o efeito pelo qual se retira a eficácia de uma decisão recorrida;
- Translativo: vem de translado/transferência. É o efeito pelo qual se transfere o conhecimento das matérias de ordem pública (não precisam ser de provocação) do juiz ad quo para o juiz ad quem;
- Expansivo (objetivo/subjetivo): é o efeito pelo qual a decisão do recurso expande atingindo um objeto maior do que foi pedido. Pode também atingir outras pessoas;
- Substitutivo; é o efeito pelo qual a decisão de mérito do recurso substitutivo a decisão recorrida.
- Efeito Devolutivo: É através deste efeito, que se limita a competência de reforma do tribunal. 
15/08/2013
PRINCÍPIOS GERAIS DOS RECURSOS
DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO: "Consiste na possibilidade de impugnar-sea decisão judicial, que seria reexaminada pelo mesmo ou outro órgão de jurisdição. Não é ilimitado, podendo a lei restringir o cabimento de recursos e suas hipóteses de incidência." (Nelson Nery, CPC Comentado). É um princípio de índole constitucional.
TAXATIVIDADE: Os recursos são enumerados no sistema processual civil brasileiro em numerus clausus. Somente é recurso o que a legislação federal definir como tal.
Art. 496 – são cabíveis os seguintes recursos:
I – Apelação;
II – Agravo;
III – Embargos infringentes;
IV – Embargos de declaração;
V – Recurso ordinário;
VI – Recurso especial;
VII – Recurso extraordinário;
VIII – Embargos de divergência em recurso especial e em recurso extraordinário.
SINGULARIDADE: “pelo princípio da singularidade, para cada decisão judicial recorrível é cabível um único tipo de recurso, vedado á parte ou interessado interpor mais de um tipo de recurso contra a mesma decisão”. (Nery Junior). O princípio da singularidade admite exceções.
FUNGIBILIDADE: “É o princípio pelo qual se permite a troca de um recurso por outro: o tribunal pode conhecer do recurso erroneamente interposto.” (Nery Jr)
- Regras:
* Inexistência de erro grosseiro;
* Dúvida objetiva -> tem que ser atual;
* Prazo. 
DIALETICIDADE: Recurso é dialético (razões e contrarrazões) -> o recurso tem que conversar com a sentença.
VOLUNTARIEDADE: O recurso é voluntário.
IRRECORRABILIDADE EM SEPARADO DAS INTERLOCUTÓRIAS: Significa que o recurso interposto das decisões interlocutórias não paralisa o processo. É o caso do agravo de instrumento que, em regra, não tem efeito suspensivo. Somente o terá se o relator entender a fundamentação e houver fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação ao recorrente, desde que haja pedido de efeito suspensivo.
Não se pode entender separação em sentido físico, ou seja, se recorre em outros autos, como no caso do agravo de instrumento. A expressão “em separado” quer dizer não paralisação do processo.
16/08/2013
PROIBIÇÃO DA REFORMATIO IN PEJUS
“O sistema recursal do processo civil brasileiro não admite a reformatio in pejus quando a questão depender de alegação da parte para poder ser apreciada. O recurso devolve ao órgão ad quem o conhecimento da matéria impugnada. Não poderá o tribunal decidir mais do que lhe foi pedido pelo recorrente (CPC, 515)” (Nery Jr).
CONSUMAÇÃO
 Uma vez exercido o direito de recorrer, consumou-se a oportunidade de fazê-lo de sorte a impedir que o recorrente torne a impugnar o pronunciamento judicial já impugnado. 
COMPLEMENTARIEDADE
No processo civil brasileiro o recurso deve ser interposto no prazo legal juntamente com as razões recursais. Não se permite que primeiro se interponha o recurso, para depois apresentar as razões de inconformismo, como ocorre no processo penal. Com a interposição do recurso ocorre para a parte a chamada preclusão consumativa quanto às deduções das razões. O princípio da complementaridade permite justamente a complementação das razões do recurso, havendo justo motivo, como por exemplo, a integração da decisão pelo acolhimento de embargos de declaração. (NERY JR. Nelson. Princípios Fundamentais – Teoria Geral dos Recursos – 4a ed. f. 151) 
22/08/2013
APELAÇÃO
* DISCIPLINA LEGAL – ARTS. 513 A 521, CPC;
CONCEITO: “RECURSO QUE SE INTERPÕE DAS SENTENÇAS DOS JUÍZES DE PRIMEIRO GRAU DE JURISDIÇÃO PARA LEVAR A CAUSA A REEXAME DOS TRIBUNAIS DE SEGUNDO Grau, visando a obter uma reforma total ou parcial da decisão impugnada, ou mesmo sua invalidação” (Humberto Theodoro Junior)
CABIMENTO: É o recurso que cabe de toda e qualquer sentença proferida em todos os tipos de processo em todos os ritos. Ou seja, “são apeláveis as sentenças proferidas em processos de contenciosos e de jurisdição voluntária, nos processos incidentes ou acessórios, medidas cautelares, habilitação, restauração de autos, liquidação de sentença, etc.” (HTJ, f. 503) [na Impugnação ao Valor da Causa e nas Exceções ocorrem apenas decisões interlocutórias por isso são agraváveis]. 
EXCEÇÕES: 
Sentenças proferidas no âmbito dos juizados especiais cíveis/federais 
Sentenças proferidas pelo Juiz Federal nas causas em que for parte, de um lado, Estado Estrangeiro ou Organismo Internacional e de outro Município ou Pessoa residente ou domiciliada no Brasil. art. 105, II, CF. 
LEGITIMIDADE/ INTERESSE: pode apelar a parte que sucumbiu. Ou melhor, as partes podem apelar desde que tenham interesse jurídico.
Pode também apelar o terceiro prejudicado e o Ministério Público. Lembrando que o terceiro deve demonstrar interesse jurídico demonstrando o nexo de interdependência entre seu interesse de intervir e a relação jurídica discutida no processo.
Regularidade Formal - Forma de interposição 
O apelante deverá manifestar seu recurso através de petição dirigida ao juiz de primeiro grau, que conterá, os nomes e a qualificação das partes, os fundamentos de fato e de direito e o pedido de nova decisão. 
CPC, 514: A apelação, interposta por petição dirigida ao juiz, conterá:
I – os nomes e a qualificação das partes;
II – os fundamentos de fato e de direito;
III – o pedido de nova decisão.
 
Caput: petição dirigida ao juiz a quo. São, na verdade, duas petições, uma de interposição do recurso dirigida ao juiz (folha de rosto) e outra com as razões, dirigida ao tribunal.
Cota nos autos – não se admite apelação feita por cota lançada em espaço em branco dos autos. Deve obrigatoriamente ser interposta mediante petição dirigida ao juiz da causa.
Interposição por Fax: os Tribunais admitem e a legislação permite estas formas de interposição de recurso, mas o original deve chegar ao Tribunal até 5 dias após o término do prazo. 
Inciso I: Nome e qualificação das partes, tratando-se de recurso da própria parte, não haverá necessidade de nova qualificação discriminada, porque a parte já estará qualificada nos autos. Não obstante, tratando-se de terceiro, deve-se fazer a qualificação completa.
Inciso II: Fundamentos de fato e de direito – esse requisito é imprescindível. Não basta a parte apelar e pedir nova decisão. Ela deve motivar o pedido de nova decisão, deve, necessariamente, impugnar a sentença. Demonstrar fática e juridicamente o porque da necessidade de reforma da sentença pelo Tribunal. A fundamentação deve acompanhar o recurso, sob pena de preclusão consumativa (princípio da consumação). 
Inciso III: Pedido de nova decisão – pode se referir ou não ao mérito, à questões de procedimento ou à erros de julgamento, ou seja, pode se referir a errores in procedendo ou a errores in judicando. Pode ser pertinente ao direito da parte, a preliminares de ordem processual, à nulidade da decisão, etc.
A ausência de pedido de nova decisão impede o conhecimento da apelação (HTJ)
23/08/2013
Juntada de Novos Documentos – somente podem acompanhar a petição de recursos da parte quando se destinarem a comprovar fatos novos. Isto porque é requisito também da petição inicial, posto no artigo 283, do CPC, que os documentos acompanhem a inicial. Via de regra não se admite a juntada de documentos posteriormente.
 
CPC, 517 – As questões de fato não propostas no juízo inferior, poderão ser suscitadas na apelação, se a parte provar que deixou de fazê-lo por motivo de força maior.
CPC. 397 – É lícito às partes, em qualquer tempo, juntar aos autos documentos novos, quando destinados a fazer prova de fatos ocorridos depois dos articulados ou para contrapô-los aos que foram produzidos nos autos.
“demonstrando a parte justificada razão e inexistindo o propósito de ocultar ou supreender, deve o juiz ordenar a juntada de documentos até a sentença definitiva.” 
 
“a prova documental deve acompanhar a inicial e a contestação, após, somente é permitida juntada de documentos referentes a fatos novos” 
Documentos no recurso do terceiro: naturalmente o terceiro (quem não era parte) pode sempre instruir o recurso com os documentos deque disponha. Pelo fato de não ter sido parte, não teve oportunidade anteriormente de juntar documentos.
Tempestividade 
Prazo – 15 dias (CPC, 508).
CPC, 184. Salvo disposição em contrário, computar-se-ão os prazos, excluindo o dia do começo e incluindo o do vencimento.
§2o – os prazos somente começam a correr do 1o dia útil após a intimação.
CPC, 506. O prazo para interposição do recurso, aplicável em todos os casos o disposto no artigo 184 e seus parágrafos, contar-se-á da data.
I – da leitura da sentença em audiência.
II – da intimação das partes, quando a sentença não for proferida em audiência.
III – da publicação da súmula do acórdão no órgão oficial.
Parágrafo único. No prazo para a interposição do recurso, a petição será protocolada em cartório ou segundo a norma de organização judiciária, ressalvado o disposto no art. 524 (Agravo de Instrumento)
 
“A intempestividade do recurso é matéria de ordem pública, passível de ser declarada de ofício pelo Tribunal”. 
Juízo de retratação 
É a possibilidade do juiz a quo reformar sua decisão com a interposição do recurso.
Com a sentença termina a função jurisdicional do juiz de primeiro grau, de forma que após proferida a sentença não pode mais o juiz voltar atrás.
Exceto na hipótese do juiz indeferir liminarmente a inicial, caso em que o juiz, no prazo de 48 horas, pode se retratar (prazo impróprio) e na hipótese do art. 285-A. 
O indeferimento liminar da inicial acontece porque a petição inicial tinha um vício de forma ou de conteúdo que não foi, ou não pode ser, corrigido pela parte na oportunidade dada pelo juiz. Nestes casos, o réu sequer chegou a ser citado.
 A regra se justifica pelo economia processual. Ou seja, se houver retratação, o juiz determina a continuidade do processo, com a citação do réu e atos subseqüentes. Se não houver a retratação, ele remete os autos ao Tribunal, que julga o recurso sem a participação do réu (neste caso, não haverá contra-razões).
PREPARO
Há necessidade de comprovar o pagamento de preparo no ato de interposição do recurso (CPC, 511) 
Efeitos da apelação 
Obstar o trânsito em julgado da sentença.
Devolutivo (devolução da matéria impugnada)
Regra geral: suspensivo. Será recebida somente no efeito devolutivo nos casos do art. 520, do CPC.
 
Art. 520.  A apelação será recebida em seu efeito devolutivo e suspensivo. Será, no entanto, recebida só no efeito devolutivo, quando interposta de sentença que: 
I - homologar a divisão ou a demarcação; 
II - condenar à prestação de alimentos;  
III - (Revogado pela Lei nº 11.232, de 2005)
IV - decidir o processo cautelar; 
V - rejeitar liminarmente embargos à execução ou julgá-los improcedentes; 
VI - julgar procedente o pedido de instituição de arbitragem.
VII – confirmar a antecipação dos efeitos da tutela; 
29/08/2013
Processamento em 1o grau 
O juiz exerce um primeiro juízo de admissibilidade, declara os efeitos em que recebe o recurso e dá vista à parte contrária para contra-razões.
Com ou sem contra-razões determina a remessa ao tribunal competente.
PRINCÍPIO DA REVOGABILIDADE DO JUÍZO POSITIVO DE ADMISSIBILIDADE 
Art. 518.  Interposta a apelação, o juiz, declarando os efeitos em que a recebe, mandará dar vista ao apelado para responder. 
§ 1. O juiz não receberá o recurso de apelação quando a sentença estiver em conformidade com súmula do Superior Tribunal de Justiça ou do Supremo Tribunal Federal. 
§ 2. Apresentada a resposta, é facultado ao juiz, em cinco dias, o reexame dos pressupostos de admissibilidade do recurso.   
CPC, 521. Recebida a apelação em ambos os efeitos, o juiz não poderá inovar no processo, recebida só no efeito devolutivo, o apelado poderá promover, desde logo, a execução provisória da sentença, extraindo a respectiva carta.
Prot -> conduso----------------------------( CR-----------------------------------( Concluso
 Juiz Juiz
 Receba -> efeitos -> CR rever juízo de 
 admissibilidade
Processamento em 2o grau (Ordem dos processos no Tribunal) 
Registro e distribuição para Câmara, relator e revisor.
Relator verifica admissibilidade (preparo, tempestividade, competência)
Nos casos em que houver revisor, faz o relatório e encaminha os autos à revisão.
O revisor pede inclusão em pauta de julgamento.
Na sessão de julgamento pode haver sustentação oral.
Os juízes votam e o Presidente da Câmara anuncia o julgamento.
O relator lavra o acórdão.
Se o relator for vencido é designado outro juiz para lavrar o acórdão e o relator declara voto vencido. 
Art. 515. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada.
§ 1° Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que a sentença não as tenha julgado por inteiro.
§ 2° Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais.
§ 3° Nos casos de extinção do processo sem julgamento do mérito (art. 267), o tribunal pode julgar desde logo a lide, se a causa versar questão exclusivamente de direito e estiver em condições de imediato julgamento. 
§ 4° Constatando a ocorrência de nulidade sanável, o tribunal poderá determinar a realização ou renovação do ato processual, intimadas as partes; cumprida a diligência, sempre que possível prosseguirá o julgamento da apelação. 
Art. 516. Ficam também submetidas ao tribunal as questões anteriores à sentença, ainda não decididas. 
Art. 517. As questões de fato, não propostas no juízo inferior, poderão ser suscitadas na apelação, se a parte provar que deixou de fazê-lo por motivo de força maior.
03/10/2013
Agravo
Disciplina Legal
CPC, 522 a 529
Conceito/Cabimento - é o recurso que cabe das decisões interlocutórias, proferidas em qualquer tipo de processo, como também em qualquer tipo de procedimento, assim como nos processos de jurisdição voluntária ou contenciosa.
Espécies
* Agravo retido e agravo de instrumento
* O agravo, manejável durante a tramitação do processo em primeiro grau de jurisdição pode ser: Agravo Retido (CPC, 523) ou Agravo de Instrumento (CPC, 524).
OUTROS AGRAVOS (AGRAVOS INTERNOS) – estes não estão disciplinados nos arts. 522 a 529, do CPC.
Interpostos nos Tribunais.
Hipóteses de agravos internos:
Decisão do relator que nega seguimento a recurso manifestamente inadmissível, improcedente, prejudicado ou contrário à súmula do respectivo tribunal ou de tribunal superior (art. 557, § 1o).
Decisão do relator que indefere embargos infringentes (art. 532).
Decisão do presidente ou vice-presidente do tribunal que não admite recurso especial ou extraordinário (art. 544), quando será cabível agravo nos autos do processo. 
Decisão do relator que, no STF ou STJ, não admite o agravo relativo ao cabimento do recurso extraordinário ou especial, ou lhe nega provimento (art. 545).
Decisão do relator que nega seguimento a recurso, no STF e no STJ, seja por perda de objeto, ou por intempestividade, descabido ou improcedente, ou ainda contrariar súmula do respectivo tribunal (Lei 8038, de 25.05.90, art. 38).
Agravo - retido
* Conceito: diz-se retido o agravo quando a parte ao invés de se dirigir diretamente ao tribunal para provocar o imediato julgamento de recurso, volta-se para o juiz da causa, autor do decisório impugnado, e apresenta o recurso, pedindo que permaneça no bojo dos autos, para que dele o tribunal conheça, preliminarmente, por ocasião do julgamento da apelação (art. 523).
* O agravo retido é exclusivo do 1º grau de jurisdição.
* Prazo do agravo de instrumento e do agravoretido: 10 dias (art. 522, CPC).
 - Exceção: art. 523, §3º, CPC.
Obrigatoriedade
* É obrigatória a modalidade retida.
* Quando o recurso for interposto das decisões proferidas na audiência de instrução e julgamento, o agravo será sempre retido, interposto oral e imediatamente.
* Nas demais hipóteses o recurso deverá ser interposto por petição, dirigida ao Juiz da Causa, protocolado em primeiro grau, sem necessidade de pagamento de custas (isento de preparo).
Após a sentença, quando houver interposição de recurso de apelação, o agravante (retido) deverá reiterar o pedido de julgamento do seu recurso, em preliminar, nas razões de apelação ou nas contra-razões.
A ausência de pedido faz presumir falta de interesse em recorrer.
Art. 523.  Na modalidade de agravo retido o agravante requererá que o tribunal dele conheça, preliminarmente, por ocasião do julgamento da apelação. 
§ 1o  Não se conhecerá do agravo se a parte não requerer expressamente, nas razões ou na resposta da apelação, sua apreciação pelo Tribunal.  
§ 2o Interposto o agravo, e ouvido o agravado no prazo de 10 (dez) dias, o juiz poderá reformar sua decisão 
§ 3o Das decisões interlocutórias proferidas na audiência de instrução e julgamento caberá agravo na forma retida, devendo ser interposto oral e imediatamente, bem como constar do respectivo termo (art. 457), nele expostas sucintamente as razões do agravante. 
Juízo de retratação – como regra geral, é possível ao juiz que proferiu a decisão agravada exercer juízo de retratação.
Havendo juízo de retratação o agravo fica prejudicado (art. 529, CPC).
Agravo de Instrumento
 
Cabível em 3 hipóteses:
Quando a decisão for suscetível de causar lesão grave ou de difícil reparação ao agravante;
Nos casos de inadmissão da apelação;
Relativamente aos efeitos nos quais a apelação é recebida.
Art. 524. O agravo de instrumento será dirigido diretamente ao tribunal competente, através de petição com os seguintes requisitos: 
I - a exposição do fato e do direito;
II - as razões do pedido de reforma da decisão; 
III -  o nome e o endereço completo dos advogados, constantes do processo.
AGRAVO Disciplina Legal 
C
Conceito/Cabimento – é o recurso que cabe das decisões interlocutórias, proferidas em qualquer tipo de processo, como também em qualquer tipo de procedimento, assim como nos processos de jurisdição voluntária ou contenciosa.
PC, 522 a 529.
ESPÉCIES
AGRAVO RETIDO E AGRAVO DE INSTRUMENTO
O agravo, manejável durante a tramitação do processo em primeiro grau de jurisdição pode ser: Agravo Retido (CPC, 523) ou Agravo de Instrumento (CPC, 524).
OUTROS AGRAVOS (AGRAVOS INTERNOS) – estes não estão disciplinados nos arts. 522 a 529, do CPC.
Hipóteses de agravos internos:
Decisão do relator que nega seguimento a recurso manifestamente inadmissível, improcedente, prejudicado ou contrário à súmula do respectivo tribunal ou de tribunal superior (art. 557, § 1o).
Decisão do relator que indefere embargos infringentes (art. 532).
Decisão do presidente ou vice-presidente do tribunal que não admite recurso especial ou extraordinário (art. 544), quando será cabível agravo nos autos do processo.
Decisão do relator que, no STF ou STJ, não admite o agravo relativo ao cabimento do recurso extraordinário ou especial, ou lhe nega provimento (art. 545).
Decisão do relator que nega seguimento a recurso, no STF e no STJ, seja por perda de objeto, ou por intempestividade, descabido ou improcedente, ou ainda contrariar súmula do respectivo tribunal (Lei 8038, de 25.05.90, art. 38).
Interpostos nos Tribunais
AGRAVO RETIDO
Conceito – diz-se retido o agravo quando a parte ao invés de se dirigir diretamente ao tribunal para provocar o imediato julgamento do recurso, volta-se para o juiz da causa, autor do decisório impugnado, e apresenta o recurso, pedindo que permaneça no bojo dos autos, para que dele o tribunal conheça, preliminarmente, por ocasião do julgamento da apelação (art. 523).
O agravo retido é exclusivo do 1o grau de jurisdição.
Obrigatoriedade
É obrigatória a modalidade retida.
 Quando o recurso for interposto das decisões proferidas na audiência de instrução e julgamento, o agravo será sempre retido, interposto oral e imediatamente.
Nas demais hipóteses o recurso deverá ser interposto por petição, dirigida ao Juiz da Causa, protocolado em primeiro grau, sem necessidade de pagamento de custas (isento de preparo).
Após a sentença, quando houver interposição de recurso de apelação, o agravante (retido) deverá reiterar o pedido de julgamento do seu recurso, em preliminar, nas razões de apelação ou nas contra-razões.
A ausência de pedido faz presumir falta de interesse em recorrer.
Art. 523.  Na modalidade de agravo retido o agravante requererá que o tribunal dele conheça, preliminarmente, por ocasião do julgamento da apelação. 
§ 1o  Não se conhecerá do agravo se a parte não requerer expressamente, nas razões ou na resposta da apelação, sua apreciação pelo Tribunal. 
§ 2o Interposto o agravo, e ouvido o agravado no prazo de 10 (dez) dias, o juiz poderá reformar sua decisão
§ 3o Das decisões interlocutórias proferidas na audiência de instrução e julgamento caberá agravo na forma retida, devendo ser interposto oral e imediatamente, bem como constar do respectivo termo (art. 457), nele expostas sucintamente as razões do agravante.
Juízo de retratação – como regra geral, é possível ao juiz que proferiu a decisão agravada exercer juízo de retratação.
Havendo juízo de retratação o agravo fica prejudicado (art. 529, CPC).
Agravo de Instrumento
Cabível em 3 hipóteses:
Quando a decisão for suscetível de causar lesão grave ou de difícil reparação ao agravante;
Nos casos de inadmissão da apelação;
Relativamente aos efeitos nos quais a apelação é recebida.
Art. 524. O agravo de instrumento será dirigido diretamente ao tribunal competente, através de petição com os seguintes requisitos: 
I - a exposição do fato e do direito;
II - as razões do pedido de reforma da decisão; 
III -  o nome e o endereço completo dos advogados, constantes do processo.
Art. 525. A petição de agravo de instrumento será instruída:
I - obrigatoriamente, com cópias da decisão agravada, da certidão da respectiva intimação e das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado; 
II - facultativamente, com outras peças que o agravante entender úteis. 
§ 1o  Acompanhará a petição o comprovante do pagamento das respectivas custas e do porte de retorno, quando devidos, conforme tabela que será publicada pelos tribunais. 
§ 2o  No prazo do recurso, a petição será protocolada no tribunal, ou postada no correio sob registro com aviso de recebimento, ou, ainda, interposta por outra forma prevista na lei local.
Requisito do artigo 526, do CPC.
O agravante, no prazo de três (3) dias, requererá juntada, aos autos do processo, de cópia da petição do agravo de instrumento e do comprovante de sua interposição, assim como a relação dos documentos que instruíram o recurso.
Parágrafo único. O não cumprimento do disposto neste artigo, desde que argüido e provado pelo agravado, importa inadmissibilidade do agravo
Efeito suspensivo - o relator poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso (art. 558) , ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão; (CPC, 527,II e III)
Requisitos:
requerimento do agravante
possibilidade que do cumprimento da decisão agravada possa resultar lesão grave e de difícil reparação ao agravante até o pronunciamento definitivo da Câmara (ou turma) julgadora.
CONVERSÃO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO EM AGRAVO RETIDO
inciso II, do artigo 527, autoriza o relator a converter o agravo de instrumento em agravo retido, por decisão IRRECORRÍVEL.
Embargos Infringentes
Cabimento: 
Art.530. Cabem embargos infringentes quando o acórdão não unânime houver reformado, em grau de apelação, a sentença de mérito, ou houver julgado procedente ação rescisória.
Se o desacordo for parcial, os embargos serão restritos à matéria objeto da divergência
O que justifica a apresentação do recurso é a conclusão divergente do acórdão embargado, e não a sua motivação (a sua fundamentação). Nas hipóteses em que a divergência for parcial, ao capítulo respectivo ficam restritos os embargos infringentes, no que é expressa a segunda oração do art. 530.”(Cassio S. Bueno, Curso Sistematizado de Direito Processual Civil. 3a ed., 2011, p. 241)
Superior Tribunal de Justiça
Sum. 390. Nas decisões por maioria, em reexame necessário, não se admitem
embargos infringentes.
Sum. 255. Cabem embargos infringentes contra acórdão, proferido por maioria, em agravo retido, quando se tratar de matéria de mérito
Sum. 207. É inadmissível recurso especial quando cabíveis embargos infringentes contra acórdão proferido no Tribunal de origem
Requisitos da lei:
Sentença de mérito
Reformada por maioria de votos no julgamento da apelação
Ação Rescisória julgada procedente por maioria de votos
Princípio da dupla sucumbência ou dupla conformação (impeditivo dos E.Inf.)
RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS INFRINGENTES. ACÓRDÃO QUE, POR MAIORIA, REFORMA SENTENÇA TERMINATIVA E ADENTRA O JULGAMENTO DO MÉRITO. CABIMENTO.
I. Conforme estabelecido pelo artigo 530 do CPC, com a redação atualizada pela Lei n. 10.352/01, são cabíveis Embargos Infringentes contra Acórdão não unânime que reforme, em grau de Apelação, sentença de mérito .
II. A jurisprudência desta Corte reconhece o cabimento dos Embargos Infringentes na hipótese em que o Tribunal, no julgamento da apelação, afasta a extinção do processo e aplica a regra do art. 515, § 3º, do Código de Processo Civil, julgando o mérito da causa, havendo divergência de votos. Recurso Especial provido. (REsp 1111012/RS, Rel. Ministro SIDNEI BENETI, TERCEIRA TURMA, julgado em 22/02/2011, DJe 02/03/2011)
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. EMBARGOS INFRINGENTES. VIOLAÇÃO DO ART. 530 DO CPC. NÃO-CABIMENTO DE EMBARGOS INFRINGENTES QUANDO O ACÓRDÃO DA APELAÇÃO ANULA SENTENÇA DE 1º GRAU.
1. A alusão à "reforma", no texto do art. 530 do CPC, exige que o acórdão tenha examinado o mérito da demanda para que sejam cabíveis os Embargos Infringentes.
2. Hipótese em que o acórdão da apelação anulou a sentença por incompetência da Justiça Federal e remeteu os autos à Justiça estadual. Manifesto, portanto, o descabimento dos Embargos Infringentes.
3. Recurso Especial provido.
(REsp 1211971/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 23/11/2010, DJe 10/12/2010)
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS INFRINGENTES. CABIMENTO. INTERPRETAÇÃO DO ART. 530 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. REQUISITOS. DIVERGÊNCIA APTA A VIABILIZAR A INTERPOSIÇÃO DOS EMBARGOS. DISCREPÂNCIA ENTRE O PROVIMENTO MINISTRADO NOS VOTOS PROFERIDOS PELOS INTEGRANTES DA TURMA. RECURSO ESPECIAL PROVIDO. 1. Interpretação do art. 530 do Código de Processo Civil. 2. Embargos infringentes. Cabimento. A divergência apta a embasar a oposição destes é a que se dá em relação ao provimento judicial ministrado nos votos dos integrantes da turma julgadora. 3. Sentença de mérito reformada pelo Tribunal a quo. Divergência quanto à sua extensão. O voto vencido: exoneração da responsabilidade dos fiadores, após a data do término do contrato de locação. Voto vencedor: obrigação pelos encargos locatícios confirmada - período compreendido entre o fim do contrato e a efetiva entrega das chaves - limitação da responsabilidade conforme os parâmetros contratuais. 4. Nítido caráter divergente entre os votos vencido e vencedor, porquanto o primeiro rechaça a responsabilidade dos recorrentes, mas o segundo considera-os responsáveis pela fiança. 5. Recurso especial provido. REsp 1199158/SP, Rel. Ministro VASCO DELLA GIUSTINA (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/RS), TERCEIRA TURMA, julgado em 19/10/2010, DJe 26/10/2010) 
PREPARO
Os embargos infringentes – recurso que se fundamenta no voto isolado de um dos integrantes do órgão julgador proferido em sede de apelação ou de ação rescisória – obedecem aos mesmos requisitos de admissibilidade observados na teoria geral dos recursos, no que toca ao preparo (Lei n. 8.950/1994, que alterou a redação do art. 511 do CPC, cujo caput foi reproduzido pela Lei n. 9.756/1998). Em regra, o regimento de custas dos tribunais e os respectivos regimentos internos o prevêem; uma vez estabelecido o preparo, impõe seja ele comprovado no ato da interposição do recurso (ex vi do art. 511 do CPC). Ressalva-se que, se apenas em momento posterior se puder conhecer o quantum devido, em virtude de alguma norma especial, não será exigível o preparo prévio. Malgrado o RITJ estadual extrapole a determinação contida no CPC, estabelecendo prazo para comprovação do preparo maior que aquele previsto pelo art. 511, a pena de deserção não pode ser relevada, ante a prevalência da legislação federal. Precedentes citados: REsp 530.697-RS, DJ 15/3/2004, e REsp 326.289-RS, DJ 8/4/2002. EREsp 488.304-MA, Rel. Min. Luiz Fux, julgados em 19/11/2008.
FINALIDADE
Objetivo para o embargante – fazer com que prevaleça o voto vencido. Está limitado à discussão da matéria objeto da divergência. 
Objetivo legal – compor a divergência INTERNA no Tribunal de Justiça ou no Tribunal Regional Federal
EFEITOS
Obstam a coisa julgada e possibilitam a reforma do julgado (ef. Infringente)
devolutivo restrito (à divergência existente no acórdão). “uma vez cabíveis os infringentes, os julgadores não ficam adstritos às razões de decidir utilizadas no julgamento original, em que se verificou a discrepância”(C.S.Bueno, p. 247)
Translativo. Os embargos infringentes configuram-se recurso ordinário de fundamentação livre e, essa medida, uma vez conhecidos transferem ao colegiado a competência para apreciação das questões de ordem pública. Não é necessária que sobre a matéria tenha havido divergência anterior.
 Suspensivo. Divergência doutrinária
Cássio S. Bueno: “No que tange ao efeito suspensivo dos embargos infringentes, é amplamente majoritário o entendimento de que ele existe nos casos em que o anterior recurso de apelaçãojá o tinha, não afetando, os infringentes, a exequibilidade imediata da decisão embargada” (cita Barbosa Moreira)
Suspensivo. Cuidado na análise
Cássio S. Bueno: “No que tange ao efeito suspensivo dos embargos infringentes, é amplamente majoritário o entendimento de que ele existe nos casos em que o anterior recurso de apelação já o tinha, não afetando, os infringentes, a exequibilidade imediata da decisão embargada” (cita Barbosa Moreira)
Quando a apelação não tem efeito suspensivo, nas exceções previstas no art. 520, I a VII, do CPC, a interposição dos infringentes não deve obstar a produção de efeitos do acórdão embargado. Ou seja, se a apelação não suspendeu os efeitos da sentença, os embargos infringentes não suspenderão o cumprimento do acórdão que reformou a sentença. 
PROCEDIMENTO 
PRAZO: 15 dias (CPC, art. 508) 
  
PRAZO DOS EMBARGOS INFRINGENTES E PRAZO DOS RECURSOS ESPECIAL E EXTRAORDINÁRIO (CPC, art. 498) 
  
O art. 498 determina que “quando o dispositivo do acórdão contiver julgamento por maioria de votos e julgamento unânime, e forem interpostos embargos infringentes, o prazo para recurso extraordinário ou recurso especial, relativamente ao julgamento unânime, ficará sobrestado até a intimação da decisão nos embargos”. 
No parágrafo único determina que “quando não forem interpostos embargos infringentes, o prazo relativo à parte unânime da decisão terá como dia de início aquele em que transitar em julgado a decisão por maioria de votos”. 
Art. 534. Caso a norma regimental determine a escolha de novo relator, este recairá, se possível, em juiz que não hajaparticipado do julgamento anterior. 
O processamento (procedimento) dos embargos infringentes rege-se pelo regimento interno do tribunal. 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Cabimento – art. 535, CPC
quando, na sentença ou acórdão, houver obscuridade, contradição ou omissão
Prazo – 5 dias. 
AGRAVO REGIMENTAL - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR ACIDENTE DE VEÍCULO - FASE DE EXECUÇÃO - COMINAÇÃO DE MULTA DIÁRIA PARA O CUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO ATINENTE À CONSTITUIÇÃO DE CAPITAL GARANTIDOR - DECISÃO MONOCRÁTICA QUE CONHECEU DO AGRAVO PARA DE PRONTO PROVER, EM PARTE O RECURSO ESPECIAL, E LIMITAR A EXECUÇÃO DA MULTA COMINATÓRIA AO VALOR DA OBRIGAÇÃO PRINCIPAL.
INSURGÊNCIA DO EXEQUENTE.
É pacífico no âmbito do STJ o entendimento de que os embargos de declaração podem ser opostos contra qualquer decisão judicial, interrompendo o prazo para interposição de outros recursos, salvo se não conhecidos em virtude de intempestividade. Precedentes.
2. A multa prevista no art. 461, § 6º, do Código de Processo Civil não faz coisa julgada material, podendo ter seu valor alterado pelo juiz a qualquer tempo, desde que tenha se tornado insuficiente ou excessivo, como é o caso dos autos. Precedentes.
3. Agravo regimental não provido.
(AgRg no AREsp 14.395/SP, Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA TURMA, julgado em 02/08/2012, DJe 09/08/2012)
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. DECISÃO DO TRIBUNAL DE ORIGEM QUE NEGA SEGUIMENTO AO RECURSO ESPECIAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. NÃO CABIMENTO. AGRAVO DE INSTRUMENTO INTEMPESTIVO.
1. O agravo de instrumento é o único recurso cabível contra decisão que nega seguimento a recurso especial (CPC, art. 544). Desse modo, a oposição de embargos de declaração não interrompe o prazo para a interposição do agravo de instrumento. Precedentes do STF e do STJ.
2. Agravo regimental a que se nega provimento.
(AgRg no Ag 1341818/RS, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em 20/09/2012, DJe 31/10/2012)
EMBARGOS DECLARATÓRIOS NO AGRAVO REGIMENTAL. ERRO DE JULGAMENTO.
ACÓRDÃO OBJURGADO CONTRÁRIO JURISPRUDÊNCIA PACIFICADA DESTA CORTE.
SANAÇÃO. HOMOLOGAÇÃO. PEDIDO DE DESISTÊNCIA. RECURSO CONTRA DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. CONDENAÇÃO. NÃO CABIMENTO.
1. Os embargos de declaração são cabíveis quando houver no acórdão ou sentença, omissão, contradição ou obscuridade, nos termos do art. 535, I e II, do CPC, ou para sanar erro material.
2. A homologação do pedido de desistência do recurso especial não implica em condenação do desistente em honorários advocatícios, na hipótese em que o apelo extremo é manejado em autos de agravo de instrumento de decisão interlocutória que sequer analisa questão de mérito. Precedentes: (AgRg na DESIS no REsp 1012687/RS, Rel.
Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA, julgado em 23/06/2009, DJe 06/08/2009; EDcl no AgRg na DESIS no Ag 1197104/RS, Rel. Ministro HAMILTON CARVALHIDO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 01/06/2010, DJe 28/06/2010; AgRg no REsp 555.040/RS, Rel. Ministra Denise Arruda, Primeira Turma, julgado em 02.12.2004, DJ 17.12.2004).
4. Embargos declaratórios acolhidos.
(EDcl no AgRg no REsp 1066309/PE, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA, julgado em 19/10/2010, DJe 04/11/2010)
Efeitos – interrompem o prazo para interposição de qualquer outro recurso, por qualquer das partes. 
Art. 535. Cabem embargos de declaração quando:
I - houver, na sentença ou no acórdão, obscuridade ou contradição; 
II - for omitido ponto sobre o qual devia pronunciar-se o juiz ou tribunal.
Art. 536. Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petição dirigida ao juiz ou relator, com indicação do ponto obscuro, contraditório ou omisso, não estando sujeitos a preparo.
Art. 537.  O juiz julgará os embargos em 5 (cinco) dias; nos tribunais, o relator apresentará os embargos em mesa na sessão subseqüente, proferindo voto 
Art. 538. Os embargos de declaração interrompem o prazo para a interposição de outros recursos, por qualquer das partes 
Parágrafo único.  Quando manifestamente protelatórios os embargos, o juiz ou o tribunal, declarando que o são, condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente de 1% (um por cento) sobre o valor da causa. Na reiteração de embargos protelatórios, a multa é elevada a até 10% (dez por cento), ficando condicionada a interposição de qualquer outro recurso ao depósito do valor respectivo. 
SÚMULA 98/STJ
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO MANIFESTADOS COM NOTORIO PROPOSITO DE PREQUESTIONAMENTO NÃO TEM CARÁTER PROTELATÓRIO 
SUM. 418/STJ
É inadmissível o recurso especial interposto antes da publicação do acórdão dos embargos de declaração, sem posterior ratificação.
RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL 
RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL
PREVISÃO LEGAL
CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ARTS. 102, II E 105, II
CPC, ARTS. 539 E 540.
CABIMENTO
Art. 539. Serão julgados em recurso ordinário:
I – pelo STF, os mandados de segurança, os habeas data e os mandados de injunção decididos em única instancia pelos Tribunais Superiores, quando denegatória a decisão.
II – pelo STJ:
a) os mandados de segurança decididos em única instancia pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais dos Estados e do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;
b) as causas em que forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional e, de outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País.
Parágrafo único: Nas causas referidas no inciso II, alínea b, caberá agravo das decisões interlocutórias
COMPETÊNCIA DO STF
TRIBUNAIS SUPERIORES
TST – TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
TSE – TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL
STM - SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR
STJ – SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
ÚNICA INSTÂNCIA – matérias de competência originária
DECISÃO DENEGATÓRIA (recurso cidadão)
COMPETÊNCIA DO STJ
TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS
TRIBUNAIS DE JUSTIÇA
ÚNICA INSTÂNCIA – competência originária
DENEGATÓRIA DECISÃO (recurso cidadão)
OU 
SENTENÇAS proferidas pelos JUÍZES FEDERAIS nas causas em que forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional e, de outro, MUNICIPIO ou PESSOA residente ou domiciliada no Brasil.
SENTENÇAS proferidas pelos JUÍZES FEDERAIS nas causas em que forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional e, de outro, MUNICIPIO ou PESSOA residente ou domiciliada no Brasil.
Nesse caso, o TRF não tem competência recursal, motivo pelo qual os recursos de AGRAVO serão interponíveis para o STJ, diretamente.
PROCESSA-SE DE ACORDO COM O RECURSO DE APELAÇÃO. A doutrina afirma trata-se de “apelação” (natureza jurídica) com outro nome, isto é, “recurso ordinário”, para diferenciar, principalmente, a competência para julgamento e o nomen iuris atribuído constitucionalmente.
CASUÍSTICA
INTERNACIONAL E CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ORDINÁRIO. ART. 105, II, "C" DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. CABÍVEL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO CONSULAR ESTRANGEIRO. NEGATIVA DE VISTO. IMUNIDADE DE JURISDIÇÃO. ART. 43, § 1º, DA CONVENÇÃO DE VIENA SOBRE RELAÇÕES CONSULARES. DECRETO 61.078, DE 26.7.1967. NÃO CABIMENTO DO WRIT.
1. Cuida-se de recurso ordinário interposto com fulcro no art. 105, II, 'c', da Constituição Federal contra sentença proferida por juízo federal da Seção Judiciária Federal que apreciou writ impetrado contra autoridade consular estrangeira. O impetrante postulava o direito à expedição de visto de entrada em país estrangeiro, por decorrência familiar, baseado no art. 227, § 6º, da Constituição Federal, bem como pelo art. 41, da Lei n. 8.069/90.
2. O recurso ordinário é cabível, pois, segundo Otavio Luiz Rodrigues Junior, "a alínea 'c' se destina a regular o julgamento de apelações (das sentenças) tiradas de decisões de juízos de primeiro grau que envolvam Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, município ou pessoa residente ou domiciliada no Brasil" (In: Comentáriosà Constituição Federal de 1988. Forense, 2009, p. 1416).
3. As autoridades consulares possuem imunidade de jurisdição, de acordo com o art. 43, § 1º, da Convenção de Viena sobre Relações Consulares: "os funcionários consulares e os empregados consulares não estão sujeitos à jurisdição das autoridades judiciárias e administrativas do Estado receptor pelos atos realizados no exercício das funções consulares".
4. Não é cabível a impetração contra autoridade consular estrangeira por negativa de visto de entrada, pelo que está consignado no art. 43, § 1º, da Convenção de Viena sobre Relações Consulares, promulgada por meio do Decreto 61.078, de 26.7.1967.
Recurso ordinário improvido.
(RO .126/SP, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 02/08/2012, DJe 08/08/2012)
DIREITO INTERNACIONAL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. VÍTIMA DE ATO DE GUERRA.
ESTADO ESTRANGEIRO. IMUNIDADE.
1 - O Estado estrangeiro, ainda que se trate de ato de império, tem a prerrogativa de renunciar à imunidade, motivo pelo qual há de ser realizada a sua citação.
2 - Recurso ordinário conhecido e provido para determinar a volta dos autos ao juízo de origem.
(RO . 74/RJ, Rel. Ministro FERNANDO GONÇALVES, QUARTA TURMA, julgado em 21/05/2009, DJe 08/06/2009)
PROCESSO CIVIL E INTERNACIONAL - RECURSO ORDINÁRIO - - COMPETÊNCIA DO STJ - ESTADO ESTRANGEIRO - PROMESSA DE RECOMPENSA - CIDADÃO BRASILEIRO - PARANORMALIDADE - AÇÃO ORDINÁRIA VISANDO AO RECEBIMENTO DA GRATIFICAÇÃO - COMPETÊNCIA CONCORRENTE DA JUSTIÇA BRASILEIRA - IMUNIDADES DE JURISDIÇÃO E EXECUÇÃO - POSSIBILIDADE DE RENÚNCIA - CITAÇÃO/NOTIFICAÇÃO DO ESTADO RÉU - NECESSIDADE - EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO - AFASTAMENTO - RECURSO PROVIDO.
1 - Competência ordinária deste Colegiado para o julgamento da presente via recursal, porquanto integrada por "Estado estrangeiro (...), de um lado, e, do outro, (...) pessoa residente ou domiciliada no País" (art. 105, II, "c", da CF/88).
2 - Recurso Ordinário interposto contra r. sentença que, concluindo pela incompetência da Justiça pátria, extinguiu, sem exame de mérito, Ação Ordinária proposta por cidadão brasileiro contra ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA - EUA, sob alegação de constituir-se em credor da promessa de recompensa publicamente efetivada pelo Estado recorrido, equivalente a US$ 25.000.000,00 (vinte e cinco milhões de dólares norte-americanos), porquanto, possuindo o dom da premonição, teria indicado o esconderijo do ex-ditador iraquiano Saddam Hussein, capturado aos 14.12.2003.
3 - Conquanto o local de constituição/cumprimento da obrigação unilateral decorrente da promessa de recompensa não sirva à determinação da competência judiciária nacional (art. 88, II, do CPC), o local em que supostamente praticado o fato do qual deriva a presente ação (ou seja, em que remetidas as cartas indicativas do paradeiro do ex-ditador), é dizer, o território brasileiro, mediante a qual se busca justamente provar o adimplemento das condições impostas pelo Estado ofertante, a fim de que lá se possa buscar a recompensa prometida, configura a competência das autoridades judiciárias pátrias (art. 88, III, do CPC), não obstante, como assinalado, em concorrência à competência das autoridades jurisdicionais norte-americanas.
4 - Contudo, em hipóteses como a vertente, a jurisdição nacional não pode ser reconhecida com fulcro, exclusivamente, em regras interiores ao ordenamento jurídico pátrio; ao revés, a atividade jurisdicional também encontra limitação externa, advinda de normas de Direito Internacional, consubstanciado aludido limite, basicamente, na designada "teoria da imunidade de jurisdição soberana" ou "doutrina da imunidade estatal à jurisdição estrangeira".
5 - In casu, seja com fulcro na distinção entre atos de império e gestão, seja com lastro na comparação das praxes enumeradas em leis internas de diversas Nações como excludentes do privilégio da imunidade, inviável considerar-se o litígio, disponente sobre o recebimento, por cidadão brasileiro, de recompensa prometida por Estado estrangeiro (EUA) enquanto participante de conflito bélico, como afeto à jurisdição nacional. Em outros termos, na hipótese, tal manifestação unilateral de vontade não evidenciou caráter meramente comercial ou expressou relação rotineira entre o Estado promitente e os cidadãos brasileiros, consubstanciando, ao revés, expressão de soberania estatal, revestindo-se de oficialidade, sendo motivada, de forma atípica, pela deflagração de guerra entre o Estado ofertante (EUA) e Nação diversa (Iraque), e conseqüente persecução, por aquele, de desfecho vitorioso; por outro lado, não se inclui a promessa de recompensa, despida de índole negocial, entre as exceções habitualmente aceitas pelos costumes internacionais à regra da imunidade de jurisdição, quais sejam, ações imobiliárias e sucessórias, lides comerciais e marítimas, trabalhistas ou concernentes à responsabilidade civil extracontratual, pelo que de rigor a incidência da imunidade à jurisdição brasileira.
6 - Ademais, releva consignar a previsão, em princípio, no tocante ao Estado estrangeiro, do privilégio da imunidade à execução forçada de bens de sua propriedade, eventualmente localizados em território pátrio, não obstante traduzindo-se tal argumento em mera corroboração à imunidade de jurisdição já reconhecida, porquanto "o privilégio resultante da imunidade de execução não inibe a justiça brasileira de exercer jurisdição nos processos de conhecimento instaurados contra Estados estrangeiros" (STF, AgRg RE nº 222.368-4/PE, Rel. Ministro CELSO DE MELLO, DJU 14.02.2003).
7 - Mesmo vislumbrando-se, em tese, a incidência ao réu, Estado estrangeiro, das imunidades de jurisdição e execução a obstaculizar o exercício da atividade jurisdicional pelo Estado brasileiro, cumpre não olvidar a prerrogativa soberana dos Estados de renúncia a mencionados privilégios.
8 - Recurso Ordinário conhecido e provido para, reconhecendo-se a competência concorrente da autoridade judiciária brasileira, nos termos do art. 88, III, do CPC e, simultaneamente, as imunidades de jurisdição e execução ao Estado estrangeiro, determinar o prosseguimento do feito, com a notificação ou citação do Estado demandado, a fim de que exerça o direito à imunidade jurisdicional ou submeta-se voluntariamente à jurisdição pátria.
(RO . 39/MG, Rel. Ministro JORGE SCARTEZZINI, QUARTA TURMA, julgado em 06/10/2005, DJ 06/03/2006, p. 387)
RECURSO ESPECIAL E RECURSO EXTRAORDINÁRIO
CABIMENTO
CF, art. 102, III (REXT) e art, 105, III (RESP)
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: 
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida: 
a) contrariar dispositivo desta Constituição; 
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição.
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal
§ 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros. 
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: 
III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida:
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;
b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal; 
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.
COISA JULGADA
Conceito legal:
Art. 467, CPC
Art. 467. Denomina-se coisa julgada material a eficácia, que torna imutável e indiscutível a sentença, não mais sujeitaa recurso ordinário ou extraordinário.
voluntário
� Art. 508. Na apelação, nos embargos infringentes, no recurso ordinário, no recurso especial, no recurso extraordinário e nos embargos de divergência, o prazo para interpor e para responder é de 15 (quinze) dias. � HYPERLINK "http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/L8950.htm" \l "art508" �(Redação dada pela Lei nº 8.950, de 13.12.1994)�
� Art. 522. Das decisões interlocutórias caberá agravo, no prazo de 10 (dez) dias, na forma retida, salvo quando se tratar de decisão suscetível de causar à parte lesão grave e de difícil reparação, bem como nos casos de inadmissão da apelação e nos relativos aos efeitos em que a apelação é recebida, quando será admitida a sua interposição por instrumento. � HYPERLINK "http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11187.htm" \l "art1" �(Redação dada pela Lei nº 11.187, de 2005)�
Parágrafo único. O agravo retido independe de preparo. � HYPERLINK "http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9139.htm" \l "art522" �(Redação dada pela Lei nº 9.139, de 30.11.1995)�
� Art. 532. Da decisão que não admitir os embargos caberá agravo, em 5 (cinco) dias, para o órgão competente para o julgamento do recurso. � HYPERLINK "http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/L8950.htm" \l "art532" �(Redação dada pela Lei nº 8.950, de 13.12.1994)�
� Art. 536. Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petição dirigida ao juiz ou relator, com indicação do ponto obscuro, contraditório ou omisso, não estando sujeitos a preparo. � HYPERLINK "http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/L8950.htm" \l "art536" �(Redação dada pela Lei nº 8.950, de 13.12.1994)�
� Art. 545.  Da decisão do relator que não conhecer do agravo, negar-lhe provimento ou decidir, desde logo, o recurso não admitido na origem, caberá agravo, no prazo de 5 (cinco) dias, ao órgão competente, observado o disposto nos §§ 1o e 2o do art. 557. � HYPERLINK "http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12322.htm" \l "art1" �(Redação dada pela Lei nº 12.322, de 2010)�
�Art. 557. O relator negará seguimento a recurso manifestamente inadmissível, improcedente, prejudicado ou em confronto com súmula ou com jurisprudência dominante do respectivo tribunal, do Supremo Tribunal Federal, ou de Tribunal Superior. � HYPERLINK "http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9756.htm" \l "art557" �(Redação dada pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998)�
§ 1o-A Se a decisão recorrida estiver em manifesto confronto com súmula ou com jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal, ou de Tribunal Superior, o relator poderá dar provimento ao recurso. � HYPERLINK "http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9756.htm" \l "art557" �(Incluído pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998)�
§ 1o Da decisão caberá agravo, no prazo de cinco dias, ao órgão competente para o julgamento do recurso, e, se não houver retratação, o relator apresentará o processo em mesa, proferindo voto; provido o agravo, o recurso terá seguimento. � HYPERLINK "http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9756.htm" \l "art557" �(Incluído pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998)�
§ 2o Quando manifestamente inadmissível ou infundado o agravo, o tribunal condenará o agravante a pagar ao agravado multa entre um e dez por cento do valor corrigido da causa, ficando a interposição de qualquer outro recurso condicionada ao depósito do respectivo valor. � HYPERLINK "http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9756.htm" \l "art557" �(Incluído pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998)� 
�Art. 511. No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção. � HYPERLINK "http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9756.htm" \l "art511" �(Redação dada pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998)�
§ 1º São dispensados de preparo os recursos interpostos pelo Ministério Público, pela União, pelos Estados e Municípios e respectivas autarquias, e pelos que gozam de isenção legal. � HYPERLINK "http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9756.htm" \l "art511" �(Parágra único renumerado pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998)�
§ 2º   A insuficiência no valor do preparo implicará deserção, se o recorrente, intimado, não vier a supri-lo no prazo de cinco dias. � HYPERLINK "http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9756.htm" \l "art511" �(Incluído pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998)�
 
� Art. 500. Cada parte interporá o recurso, independentemente, no prazo e observadas as exigências legais. Sendo, porém, vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir a outra parte. O recurso adesivo fica subordinado ao recurso principal e se rege pelas disposições seguintes: � HYPERLINK "http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1970-1979/L5925.htm" \l "art500" �(Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)� I - será interposto perante a autoridade competente para admitir o recurso principal, no prazo de que a parte dispõe para responder; � HYPERLINK "http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/L8950.htm" \l "art500i" �(Redação dada pela Lei nº 8.950, de 13.12.1994)�
II - será admissível na apelação, nos embargos infringentes, no recurso extraordinário e no recurso especial; � HYPERLINK "http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8038.htm" \l "art500ii" �(Redação dada pela Lei nº 8.038, de 25.5.1990)�
III - não será conhecido, se houver desistência do recurso principal, ou se for ele declarado inadmissível ou deserto. � HYPERLINK "http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1970-1979/L5925.htm" \l "art500" �(Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)�
Parágrafo único. Ao recurso adesivo se aplicam as mesmas regras do recurso independente, quanto às condições de admissibilidade, preparo e julgamento no tribunal superior. � HYPERLINK "http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1970-1979/L5925.htm" \l "art500" �(Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)�
� Art. 503. A parte, que aceitar expressa ou tacitamente a sentença ou a decisão, não poderá recorrer.
Parágrafo único. Considera-se aceitação tácita a prática, sem reserva alguma, de um ato incompatível com a vontade de recorrer.

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