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RESENHA ESCOLA DO BEHAVIORISMO RADIAL

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Psicologia Jurídica
Professor: Luís Felipe.
Burrhus Frederic Skinner e o Behaviorismo Radical
Francisca Jessyele Sousa dos Reis Oliveira – 201603654.
Brasília, setembro de 2016. 
Burrhus Frederic Skinner e o Behaviorismo Radical 
 Skinner, B. F. Behaviorismo Radical. (1948).
	O comportamento humano é um dos aspectos mais fascinantes e também considerado o principal objeto de estudo da psicologia. Muitos foram os estudiosos que se dedicaram a esta área e através de experimentos e observações deram origem as teorias do behaviorismo (comportamentalismo), influenciando sobretudo, instituições e programas comportamentais nos E.U.A e Brasil. O psicólogo norte-america B. F. Skinner nascido em 1904 foi um dos que mais se destacaram nessa linha de atuação, que contou primeiramente com os experimentos de Jonh B. Watson. Para os adeptos do behaviorismo, somos essencialmente parecidos com os animais, onde o comportamento está diretamente ligado, ou condicionado, a algo externo.
Para Watson, pioneiro na teoria do condicionamento do comportamento, não existe consciência, contestando a teoria da psicanálise de Freud; toda aprendizagem e desenvolvimento humano são dependentes do ambiente externo que fornece estímulos correspondidos com determinados comportamentos. Ivan Pavlov, outro partidário do behaviorismo, realizou trabalho importante sobre o comportamento condicionado, admitindo não apenas a existência, mas também a probabilidade da ocorrência de eventos como resposta a estímulos. Estes pensadores do behaviorismo com sua teoria comportamental admitiam um ser-humano incapaz de racionalizar e determinar suas preferencias; quando se julga o comportamento como uma resposta a estímulos, ignora-se todas as descobertas da evolução mental do homem.
 Para Skinner apenas o comportamento pode ser objeto de estudo, assumindo a inexistência de ego, personalidade ou vontade e considerando as emoções e o intelecto apenas como manifestações comportamentais. Jung vai alegar o intelecto com processos conscientes dirigidos e o comportamento como orientações do interior e exterior (introversão e extroversão) além de ver a vontade como energia a disposição do ego ou consciência. Quanto ao condicionamento do comportamento, se dedicou ao estudo do condicionamento operante, - fortalecedor ou enfraquecedor do comportamento -, dependente dos eventos que ocorrem depois que o comportamento termina. Esse tipo de condicionamento é responsável por modelar e manter determinada conduta através das consequências, utilizando reforços positivos ou negativos para controlar e regular sua incidência. 
A recompensa como meio de se melhorar a aprendizagem e a condenação da punição, vista como obstáculo ao crescimento, também estão presentes na visão behaviorista de Skinner. Esse tipo de alegação é bastante aceita quando se analisa a questão carcerária, onde se pune, restringindo a liberdade com o propósito de preparar o indivíduo para retornar a vida em sociedade, essa punição apenas incapacita a ressocialização. Quando o quadro a ser examinado é outro, como a educação de filhos indisciplinados, essa teoria é inválida, pois pressupõe que seres em formação estejam livres de intervenções e de medidas que imponham limites. O método de aprendizagem defendido por Skinner que consistia na utilização de feedback preciso e imediato revolucionou toda uma geração marcada pela presença monótona e rígida do professor. O desenvolvimento de novos métodos e o uso de novas tecnologias de tratamento na terapia foi outra forte influência behaviorista. 
Skinner apesar de ter suas ideias bastante aceitas pela comunidade da época, enfrentou correntes contrárias ao pensamento behaviorista que tinham a liberdade, a autonomia, a dignidade e a criatividade humanas (ficções explanatórias na definição de Skinner) como meios para se explicar os diversos comportamentos presenciáveis. Sobre o trabalho de Skinner pairou as críticas quanto a sua negação do que ele denominou de ficções explanatórias e generalização do comportamento humano e animal, além do polêmico uso de animais em seu experimentos.
A proposta do behaviorismo radical foi bem sucedida ao incitar o ser humano a rever as formas de comportamento, as formas de relacionamento com o meio ambiente, a admissão de um novo caminho para a aprendizagem e crescimento e a instituição de uma nova era para a psicologia aplicada. Foi falho, assim como os demais pensadores do behaviorismo ao não ver nos componentes mentais fontes para externalização do processo comportamental, afinal, não se pode analisar apenas o fator externo, antes buscar sua origem interna, como fez Carl Jung e Freud. 
Referências Bibliográficas:
Skinner, B. F. Behaviorismo Radical. (1948).
Freud, Sigmund. Conferências Introdutórias sobre psicanálise. (1916-1917).
Jung, C.G. Memórias, sonhos e reflexões. (1961).

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