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Família IXODIDEA Murray, 1877

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Carrapato duro: 
Família IXODIDAE Murray, 1877.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA NATUREZA
CURSO DE BACHARELADO EM MEDICINA VETERINÁRIA
PARASITOLOGIA VETERINÁRIA
DOCENTE: DR. FRANCISCO GLAUCO DE ARAÚJO DOS SANTOS
Leonardo de Barros Pessoa
Shayanne Freitas Alves
Shirle Ferreira Lima
Tiago Natan Lopes Damasceno
Rio Branco
2016
INTRODUÇÃO:
• Parasitos de mamíferos (quase sempre);
• Cerca de 14 gêneros distintos;
• Cerca de 702 espécies;
• Espécies de considerável importância econômica e sanitária (vetores);
• Zoonoses.
TAXONOMIA:
• REINO: Animalia
• FILO: Arthropoda
• CLASSE: Arachnida
• ORDEM: Acarina
• FAMÍLIA: Ixodidae
• GÊNEROS: Amblyomma; Anocentor; Boophilus; Haemaphysalis; 
Ixodes; Rhipicephalus
• ESPÉCIES: A. cajennense; A. nitens; B. microplus; H. 
leporispalustris; I. ricinus; R. saguineus
MORFOLOGIA GERAL DOS IXODÍDEOS:
• Presença de revestimento quitinoso (quitina) ou escudo:
• Estende-se por toda superfície dorsal dos machos;
• Na larva, na ninfa ou na fêmea cobre apenas uma pequena área atrás da 
cabeça.
• Peças bucais presentes no capítulo são anteriores e visíveis na 
superfície dorsal;
• Série de sulcos no escudo e no corpo
• Algumas espécies com uma fileira de detalhes (festões);
• Placas quitinosas na superfície ventral dos machos (às vezes).
MORFOLOGIA GERAL DOS IXODÍDEOS:
• Orifício genital fica na linha média ventral e o ânus é posterior;
• Algumas espécies possuem áreas envernizadas coloridas no corpo 
(carrapatos ornamentados);
• Adultos possuem um par de espiráculos atrás do quarto par de patas;
• Olhos (quando presentes) na margem externa do escudo.
FIGURA 01: Morfologia externa dos carrapatos ixodídeos. 
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CICLO BIOLÓGICO GERAL DOS IXODÍDEOS:
• Fêmea fixa-se no hospedeiro, permanecendo assim até o momento 
da fertilização;
• Geralmente o acasalamento ocorre no hospedeiro;
• Na grande maioria da vezes é o macho quem vai em busca da fêmea;
• Acoplamento é pelas faces ventrais: orifícios sexuais se 
correspondem;
• O macho não possui órgão copulador: introduz seu rostro na vulva da 
fêmea (para sua dilatação);
• O macho deposita um ou dois espermáforos (espermatozoides) no 
receptáculo seminal.
CICLO BIOLÓGICO GERAL DOS IXODÍDEOS:
• Cópula de aproximadamente 36 hrs;
• Fêmea depois de fecundada e ingurgitada (teleógina):
• Cai no solo;
• Procura um lugar abrigado para a ovipostura
• Cada macho pode fertilizar várias fêmeas, que permanece no 
hospedeiro durante um período aproximado de 3 meses;
• Período de pré-postura depende de condições climáticas:
• Temperaturas menores que 15 ͦͦC retardam;
• Temperaturas altas (27 ͦͦC) aceleram.
CICLO BIOLÓGICO GERAL DOS IXODÍDEOS:
• Postura única (pelo tocóstoma);
• Postura de milhares de ovos durante vários dias;
• Morte da fêmea (quenógina).
OBS.: À medida que a fêmea realiza ovipostura, desloca-se para 
trás, deixando os ovos aglutinados, devido a uma substância produzida 
pelas glândulas da vagina e órgão de Gené.
CICLO BIOLÓGICO GERAL DOS IXODÍDEOS:
• Do ovo eclode uma larva (hexápode) que sobe nas hastes dos capins 
e ai permanece até a passagem do hospedeiro normal;
• Depois de alimentar-se do hospedeiro, sofre muda e origina o estádio 
seguinte: ninfa (octópode);
• A ninfa alimenta-se, muda e se transforma em imago;
• O imago fêmea ingurgita-se de sangue depois da cópula (telógina);
• A fêmea desprende-se do hospedeiro e o ciclo volta a se repetir.
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FIGURA 02: Estrutura e ciclo evolutivo de um carrapato ixodídeo.
Nº de hospedeiros necessários para a 
evolução:
• CARRAPATOS DE UM ÚNICO HOSPEDEIRO:
• Boophilus microplus;
• Os três estádios nutrem-se no mesmo hospedeiro.
• CARRAPATOS DE DOIS HOSPEDEIROS:
• Rhipicephalus evertsi;
• Larva e ninfa nutrem-se num hospedeiro
• A segunda muda se dá no solo;
• Adulto busca um novo hospedeiro (ex.: cão, equino, bovino)
• CARRAPATOS DE TRÊS HOSPEDEIROS:
• Rhipicephalus saguineus e Amblyomma spp;
• Cada estádio ocorre no corpo de um hospedeiro;
• Todas as mudas ocorrem fora do corpo do hospedeiro.
Amblyomma cajennense Koch, 1844:
• MORFOLOGIA:
• Corpo oval, mais largo posteriormente;
• Escudo escuro;
• Macho com desenho prateado no escudo em forma de estrela;
• Escudo da fêmea é arredondado anteriormente, apresentando desenhos de cor 
castanho-avermelhada sobre um fundo mais claro;
• Possui olhos e festões;
• Ovos avermelhados.
Amblyomma cajennense Koch, 1844:
• CICLO BIOLÓGICO:
• Carrapato de 03 hospedeiros;
• Larvas eclodidas atacam mamíferos;
• Crescem depois de 3 a 5 dias e destacam-se;
• No solo ocorrem as mudas e as larvas viram ninfas octópodes;
• Fixam-se em um novo hospedeiro;
• Ficam de 5 a 8 dias e destacam-se;
• No solo ocorrem as mudas de ninfas para machos e fêmeas adultos;
• Adultos atacam um novo hospedeiro (reprodução).
Amblyomma cajennense Koch, 1844:
• QUADRO CLÍNICO E PATOGENIA:
• Infestações maciças: irritação e anemia;
• Consequências das ações espoliadoras sobre os animais parasitados;
• Picadas: lesões de difícil recuperação;
• Vetor da bactéria Rickettsia rickettsii (febre maculosa) e do protozoário 
Babesia equi (agente etiológico da nutaliose).
• EPIDEMIOLOGIA:
• Importante carrapato na América do Sul;
• Zoonose;
• Pouca especificidade parasitária;
• Ataca equídeos e bovídeos.
Amblyomma cajennense Koch, 1844:
• DIAGNÓSTICO:
• Pelos sinais e constatação da presença de carrapatos
• Análise laboratorial: coleta dos carrapatos para identificação microscópica.
• PROFILAXIA:
• Pastoreio em campos com pastagens mantidas limpas e baixas;
• Rotação de pastagens (piquetes);
• Drenagem de campos úmidos.
• TRATAMENTO:
• Uso de carrapaticida (sob indicação médico-veterinária);
• Banhar ou pulverizar o gado com carrapaticida em intervalos quinzenais, 
sempre que se constar presença do carrapato;
• Inspeção dos animais a fim de comprovar a presença ou não de carrapatos.
Anocentor nitens Schulze, 1937:
• MORFOLOGIA:
• Corpo elíptico
• Macho com escudo castanho-escura;
• Coxas de tamanho crescente do 1º ao 4º par de patas;
• Hipostômio com 4 fileiras de dentes recorrentes de cada lado.
• CICLO BIOLÓGICO:
• Infesta a região do pavilhão auricular do hospedeiro;
• Ocorre em um único hospedeiro;
• Fêmea põe cerca de 3000 ovos;
• Macho vive aprox. 100 dias;
• Adultos copulam 2 dias depois do nascimento e assim permanecem até o 
desprendimento da fêmea;
• Período de pré-postura é de 3 a 15 dias.
Anocentor nitens Schulze, 1937:
• QUADRO CLÍNICO E PATOGENIA:
• Obstrução do conduto auditivo do animal infestado;
• Substância que lembra sangue coagulado na região do pavilhão auricular;
• Origem de supurações (ataque de moscas = miíase);
• Inflamação e mutilação na cartilagem da orelha do animal infestado.
• EPIDEMIOLOGIA:
• Hospedeiros: equinos, asininos, bovinos, caprinos e caninos;
• Vetor da Babesia caballi e B. equi;
• Importante nas Américas.
Anocentor nitens Schulze, 1937:
• DIAGNÓSTICO:
• CLÍNICO: pelos sinais e constatação da presença de carrapatos;
• LABORATORIAL: coletas de carrapatos da orelha paraanálise microscópica.
• Profilaxia e tratamentos idênticos ao do Amblyomma cajennense.
Boophilus microplus Canestrini, 1887:
• MORFOLOGIA:
• Escudo cor castanho-avermelhada;
• Macho apresenta apêndice caudal;
• Hipostômio tem 4 séries de dentes recorrentes de cada lado;
• Peritremas arredondados;
• Coxa I é bífida.
• CICLO BIOLÓGICO:
• Único hospedeiro;
• Machos fixos sob as fêmeas;
• Ciclo comum de ixodídeos.
Boophilus microplus Canestrini, 1887:
• ETIOLOGIA:
• As larvas infestantes são muito ativas;
• Animais (bovídeos) infectam-se ao roçar pela vegetação onde encontra-se as 
larvas.
• QUADRO CLÍNICO E PATOGENIA:
• Não alimenta-se corretamente;
• Emagrecimento;
• Baixa produção em termos zootécnicos (carne, leite e couro mais 
desvalorizados);
• Irritação da pele;
• Anemia (perda de sangue).
Boophilus microplus Canestrini, 1887:
• EPIDEMIOLOGIA:
• Comum em pastos;
• Geralmente infesta bovinos;
• Localizada no tegumento do hospedeiro enquanto parasita;
• O ectoparasito mais comum em bovinos na América do Sul;
• Pode ser encontrado em outros animais (domésticos e silvestres);
• Causa enorme prejuízo à pecuária;
• Vetor da Babesia bigemina, B. bovis e Anaplasma marginale.
Boophilus microplus Canestrini, 1887:
• DIAGNÓSTICO:
• CLÍNICO: pelos sinais e constatação da presença de carrapatos;
• LABORATORIAL: coleta e identificação dos carrapatos em laboratório.
• Profilaxia e tratamento comum aos ixodídeos.
Haemaphysalis leporispalustris Packard,1867:
• MORFOLOGIA:
• Hipostômio com 3 fileiras de dentes recorrentes de cada lado;
• Macho sem placas adanais e sem prolongamento caudal;
• Festões presentes.
• CICLO BIOLÓGICO:
• Comum a dos ixodídeos;
• Com 3 hospedeiros;
• Hospedeiros: coelhos, aves, felinos ou equinos;
• Todas sua mudas ocorrem no chão.
Haemaphysalis leporispalustris Packard,1867:
• QUADRO CLÍNICO E PATOGENIA:
• Animais parasitados apresentam irritação e desassossego em consequência 
das picadas dos carrapatos;
• Podem transmitir riquétsias entre coelhos silvestres.
• DIAGNÓSTICO:
• Pelos sinais;
• Coleta e identificação microscópica dos carrapatos.
• Profilaxia e tratamento comum a espécies de ixodídeos já citadas 
anteriormente.
Ixodes ricinus Lineu, 1758:
• MORFOLOGIA:
• Corpo ovalado, avermelhado e semeado de pelos;
• Faixas laterais não cobertas pelo escudo (estreitas e claras);
• Orifício genital localizado ao nível do 3º par de patas;
• Hipostômio com 6 a 8 fileiras de dentes recorrentes que aumentam de 
tamanho da extremidade anterior para posterior;
• Vulva situada ao nível do 4º par de patas.
• CICLO BIOLÓGICO:
• Três hospedeiros;
• Todas as mudas ocorrem no solo;
• Ciclo comum aos ixodídeos.
Ixodes ricinus Lineu, 1758:
• QUADRO CLÍNICO E PATOGENIA:
• Presença de parasitos e reações cutâneas locais às picadas;
• Lesões expostas que predispõem o ataque de varejeiras;
• Transmite Babesia divergens (causa da hematúria em Bovinos);
• EPIDEMIOLOGIA:
• Distribuição geográfica: Europa, América do Norte, Austrália e África do sul;
• Comum em terrenos pantanosos.
• DIAGNÓSTICO:
• Pelos sinais e a detecção de carrapatos no hospedeiro;
• Análise microscópica para identificação.
• Profilaxia e tratamento semelhantes aos preconizados para Boophilus 
microplus.
Rhipicephalus sanguineus Latreille, 1804:
• MORFOLOGIA:
• “Carrapato vermelho do cão”;
• Escudo dorsal de coloração castanha com margem esbranquiçada;
• Placas adanais triangulares.
• CICLO BIOLÓGICO:
• Hospedeiros: caninos, felinos e carnívoros silvestres
• Três hospedeiros;
• Todas as mudas ocorrem fora do corpo do hospedeiro;
• Fêmeas põem aproximadamente 4000 ovos.
Rhipicephalus sanguineus Latreille, 1804:
• QUADRO CLÍNICO E PATOGENIA:
• Irritação;
• Espoliação sanguínea; 
• Anemia.
• DIAGNÓSTICO:
• Pelos sinais;
• Coleta dos carrapatos e identificação microscópica.
• PROFILAXIA:
• Pulverizar carrapaticida em canis ou cocheiras;
• Proceder a inspeção de animais;
• TRATAMENTO:
• Banhar o animal infestado com carrapaticida adequado.
REFERÊNCIAS:
• ARMOUR, J. et al. QUINTANILHA, A. M. N. P. (trad.). Parasitologia 
veterinária. 2.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1996. p. 158-
163.
• FORTES, Elinor. Parasitologia veterinária. 4.ed. São Paulo: Ícone, 
2004. p. 504-520.
• NEVES, David Pereira. Parasitologia Humana. 12.ed. São Paulo: 
Atheneu, 2011. p. 452-458.

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