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CARRAPATOS MONOXENOS e HETEROXENOS

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FAUNA BRASILEIRA DE CARRAPATOS
FAMÍLIAS GÊNEROS Nº DE 
ESPÉCIES
IXODIDAE Ixodes
Amblyomma
Haemaphysalis
Anocentor (= Dermacentor)
Rhipicephalus
8
33
3
1
2
ARGASIDAE Argas
Ornithodoros
Antricola
Otobius
1
5
1
1
Classe Arachnida
Ordem Acari
Subordem Prostigmata (=Ixodida)
CARRAPATOS MAIS IMPORTANTES
Família Ixodidae (carrapatos duros: com escudo)
 Rhipicephalus microplus
 Anocentor nitens
Rhipicephalus sanguineus
 Amblyomma cajennense
 Família Argasidae (carrapatos moles: sem escudo)
 Argas miniatus
MONOXENOS
HETEROXENOS
CARRAPATOS MONOXENOS
Rhipicephalus microplus
 Dermacentor nitens
Rhipicephalus microplus
HOSPEDEIROS
 Bovinos (Bos taurus e 
Bos indicus) 
 Pode também parasitar: 
equídeos, bufalinos, 
ovinos, caprinos, caninos 
e alguns animais 
silvestres
 HABITAT NOS ANIMAIS
ACASALAMENTO DO CARRAPATO 
 o macho insere o espermatófaro na abertura genital da 
fêmea)
https://www.youtube.com/watch?v=oL1YMKsDqPg
VIDIO ACASALAMENTO
https://www.youtube.com/watch?v=oL1YMKsDqPg
Es: Espermatófaro
(receptáculo de 
espermatozoides 
imaturos) inserido 
parcialmente na 
abertura genital 
da fêmea de e 
Dermacentor
nitens durante o 
processo de 
acasalamento. 
Es
Acervo do Professor Benigno
EVENTOS BIOLÓGICOS
ALIMENTAÇÃO (TELMOFAGIA)
Peças Bucais Comportamento Alimentar
CEMENT (CEMENTO OU SAPATA)
BG: Base do Gnatosoma
BQ: Bainha da Quelícera
CA: Canal Alimentar
H: Hipostômio
PM: Palpo Maxilar
Q: Quelícera
PM
Q
H
200 μmPM
BQ
BQ
CA
(Suppan, Engel, Marchetti-Deschma, 
Nurnberger, 2018)
BG
“Cd”: dígitos das quelíceras; “bc” , “cm” e “c”: regiões anatômicas das quelíceras;
“hy” hipostômio
http://www.smithsonianmag.com/science-nature/watch-a-tick-burrowing-into-skin-in-microscopic-detail-
6649718/#wEMJdhImGhhebgQc.99
Follow us: @SmithsonianMag on Twitter
http://www.smithsonianmag.com/science-nature/watch-a-tick-burrowing-into-skin-in-microscopic-detail-6649718/
CEMENTO OU 
SAPATA
Aparelho bucal do carrapato é fixado na pele do hospedeiro por um cone de cimento. No local de fixação
de carrapato, é criado um pool hemorrágico. Durante a alimentação de sangue prolongada os carrapatos
segregam um rico coquetel de moléculas bioativas (geralmente proteínas, como as prostaglandinas) pela
saliva que facilitam sua evasão da resposta imune do hospedeiro (prurido, dor, hemostase, inflamação,
reações imunes) para seu benefício, sendo que uma das primeiras e mais importantes funções da saliva
neste processo de evasão, é a regulação da tríade da hemostasia, agregação plaquetária, vasoconstrição e
coagulação.
Cell. Infect. Microbiol., 20 August 2013RESPOSTA IMUNE
DO HOSPEDEIRO
CICLO BIOLÓGICO
 FASE DE VIDA LIVRE: PERÍODOS:
Pré-postura (maturação dos ovários)
Postura (2000 a 3000 ovos)
Incubação dos ovos
Geração da larva infectante
 FASE PARASITÁRIA: 
 Estádios evolutivos: ovo, larva, ninfa e adulto
 Fases em alimentação: Metalarva e Metaninfa
 Fases reprodutivas dos adultos: Neandro e Gonandro (♂), Neógena, 
Partenógena e Teleógena (♀)
Larva infectante Metalarva Ninfa Metaninfa
Neandro
Teleógina Neógina
Partenógina
Gonandro
Ambiente (inicia 
fase de vida livre)
FECUNDAÇÃO
TELEÓGINAS
PARTENÓGINAS TELEÓGINAS (≥ 4,5mm)
GRAUS DE INGURGITAMENTO DAS FÊMEAS
PARTENÓGINA: Fêmea apta a reprodução
TELEÓGINA: Fêmea fecundada
TELEÓGINA (≥ 4,5 mm)
NO ANIMAL
Período de Pré-postura: 2 a 3 dias
 A alimentação é quase contínua com pulsos de salivação, alternando com períodos de
alimentação para garantir a contínua supressão das defesas do hospedeiro
TELEÓGINA
2 mm
Fonte: www.ag.auburn.edu
POSTURA (média 15 dias)
http://www.ag.auburn.edu/
http://www.ag.auburn.edu/aaes/communications/highlights/fall00/images/tickone.gif
http://www.ag.auburn.edu/aaes/communications/highlights/fall00/images/tickone.gif
Site para visualizara fêmea do carrapato 
fazendo a postura: “CICLO BIOLÓGICO 
DE LA GARRAPATA CAFÉ DEL PERRO 
(Rhipicephalus sanguineus)”
POSTURA: Órgão de Gené
COLONIAS (2) DE LARVAS INFECTANTES A ESPERA DO HOSPEDEIRO
Crescimento corporal da Fêmea de Dermacentor variabilis 
de acordo com o volume de sangue ingerido 
 Para que ocorra a mudança de estádio evolutivo (larva 
para ninfa e de ninfa para adulto) o carrapato precisa 
trocar a cutícula para suportar o seu crescimento 
Processo de Muda
EPICUTICULA
EPIDERME
MEMBRANA BASAL
 O carrapato secreta o hormônio da muda (ECDISONA) que sinaliza para as células
epidérmicas produzirem o “LÍQUIDO DA MUDA” (SETA) contendo enzimas
(proteases e quitinases) . Estas enzimas são secretadas no espaço entre a
cutícula velha e a epiderme, para promover a digestão do cutícula (ocorre após a
secreção da nova cutícula. O processo de muda encera com a liberação da
cutícula velha (Apólise) que é chamada de EXÚVIA
LÍQUIDO DA MUDA
EPICUTICULA
EPIDERME
CUTÍCULA A SER DIGERIDA
cutícula velha que vai ser liberada (de uma 
larva que está gerando uma ninfa ou de 
uma ninfa que está gerando um adulto
A nova cutícula
LÍQUIDO DA MUDA
Cutícula a ser
substituída
ECDISE
APÓLISE
Expansão
Cutícula 
substituída 
Cutícula do Novo
Estádio ou
Estágio Evolutivo
 o exoesqueleto deve ser mudado
para ocorra o crescimento do
artrópode acompanhado de
mudança de fase evolutiva
Fluído da muda
digerindo a
cutícula a ser
substituída.
a: Ninfa (seta); b: exúvia ninfal (seta) (Dantas-Torre, 2010)
IMPORTÂNCIA
 ingestão de sangue (uma fêmea pode ingerir até 2 
mililitros de sangue durante sua alimentação sobre 
o hospedeiro) 
Uma carga parasitária entre 20 e 30 teleóginas em um lado do corpo do animal é
considerada adequada para que os bovinos desenvolvam proteção contra os
agentes da tristeza parasitária (carrapato funcionando como um “vacinador
natural” dos bovinos).
 inoculação de toxinas através da saliva que afetam o metabolismo do 
hospedeiro, ocasionando debilidade, decréscimo do hematócrito 
devido a espoliação sanguínea , lesões na pele, paralisias e até a 
morte. 
 vetoroção biológica de bioagentes da TRISTEZA PARASITÁRIA 
BOVINA (Babesia bovis, Babesia bigemina e Anaplasma marginale).
IMPORTÂNCIA
ESFREGAÇO 
SANGUÍNEO
ESFREGAÇO 
SANGUÍNEO
Seta: Dois merozoítos de Babesia bigemina na hemácia
Seta: hemácia com 1 ou 2 corpúsculo 
inicial de Anaplasma marginale
redução da qualidade do couro do animal
(formação de cicatrizes que são visíveis durante
o beneficiamento no cortume).
IMPORTÂNCIA
Dermacentor nitens
DERMACENTOR NITENS
PAVILHÃO AURICULAR DE EQUINO
COLÔNIAS DE D. nitens NAS 
REGIÕES PERI-ANAL E PERI-
VULVAR
COLÔNIA DE D. nitens NA REGIÃO AURICULAR
DIVERTÍCULO 
NASAL
LESÃO NA CARTILAGEM (CAVALO 
TRONCHO)
EQUINO 
PARASITADO PELO 
CARRAPATO
R. microplus
DERMATITE ALÉRGICA
(HIPERSSENSIBILIDADE)
IMPORTÂNCIA
 Vetor biológico dos bioagentes da tristeza parasitária
equina: Theileria equi (1) e Babesia caballi (2)
 Ambas espécies de protozoários parasitam as hemácias
formando 4 merozoítos (T. equi) ou 2 merozoítos (B. caballi)
Figura 1 Figura 2
CARRAPATOS HETEROXENOS
RHIPICEPHALUS SANGUINEUS
Ghosh; M J Parasit Dis (July-Dec 2012) 36(2):239–250
PULVILO 
(
GARRAS
ESCALA = 50 μm
PULVILO é utilizado na movimentação em ambientes compactos (ex.
paredes, pisos) e as GARRAS em ambientes não sólidos (ex. capim, areia)
• HOSPEDEIROS
- Cães
-Pode parasitar gato,
carnívoros silvestres
e homem
CICLO BIOLÓGICO:
- Carrapato trioxeno
- Todas as mudas realizadas fora do
hospedeiro
- Teleóginas põem > 5.000 ovos (aglutinados)
- Terminada ovoposição fêmea morre
(quenógena)
MENESES, AMC
1
2
3
1: Ovos eclodidos (cor clara) e ovos não eclodidos (cor escura)
2: Quenógena
3: Larva
Local de ovoposição das teleóginas (parede localizada atrás do quadro negro)
3 4
2
3
1: Ovos eclodidos
2 Ovos não eclodidos
2: Quenógena
4: Colônia de larvas
1
Teleógina procurando abrigo para ovopositar
a: Ninfa (seta); b: exúvia ninfal (seta) (Dantas-Torre,2010)
a: macho firmemente fixado
b: fêmea exibindo o “cone de cimento” após sua retirada forçada 
(Dantas-Torre 2010)
(Dantas-Torre, 2010)
HÁBITOS DA TELEÓGENA: NIDÍCOLA E GEOTROPISMO NEGATIVO
a: comportamento de “namoro” dos carrapatos (ventre-ventre).
b: Um espermatóforo (seta) anexado a abertura genital feminina.
(Dantas-Torre, 2010)
CICLO BIOLÓGICO:
- Pré-postura: 3 dias
- Incubação: 17-60 dias
- Sucção da larva: 2-7 dias
- Muda da larva: 5-23 dias
- Sucção da ninfa: 4-9 dias
- Muda da ninfa: 11-73 dias
- Sucção da fêmea: 6-30 dias
- Larvas não alimentadas podem sobreviver até 8 meses
- Ninfas 6 meses
- Adultos: 19 meses
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÁRIA E 
SAÚDE PÚBLICA:
1) Este carrapato é comum em cães e pode
provocar desde irritação local até anemia por ação
espoliadora;
2) O carrapato pode atacar qualquer região do
corpo;
3) É considerado o principal transmissor dos
bioagentes da Tristeza Parasitária Canina: Babesiose
(Babesia canis), Ehrlichiose (Ehrlichia canis) e
Anaplasmose (Anaplasma platys)
4) Pode atacar homem causando dermatites
2 Merozoítos de Babesia canis em hemácia
Mórula de Ehrlichia canis em monócito 
MÓRULAS DE EHRLICHIA PLATYS EM PLAQUETAS
CONTROLE:
1) Aplicação de banhos carrapaticidas nos cães,
repetindo-se o tratamento duas ou três vezes com
intervalos de 14 dias
2) Limpeza dos canis
3) Animais que có-habitam com o homem levar
em consideração o hábito nidícola do carrapato (locais
na residência que podem servir de proteção).
3) Aplicação de acaricidas nas paredes e pisos
das instalações
4) Higiene e isolamento dos cães
MENESES, AMC
AMBLYOMMA
EVENTOS BIOLÓGICOS
HOSPEDEIROS NO BRASIL
• Animais Domésticos (4 espécies).
• Animais Silvestres: (mais de 33 
espécies, a maioria do gênero 
Amblyomma).
• O Amblyomma parasita aves, 
mamíferos, répteis e anfíbios. 
 FASE PARASITÁRIA
• No Brasil, mais de 16 espécies de 
Amblyomma já foram registradas 
parasitando humanos.
•Recentemente diagnosticamos 
um caso em um paciente de 
Capanema.
EVENTOS BIOLÓGICOS
FASE PARASITÁRIA
 Parasitismo no Homem
Dantas-Torres Parasites & Vectors 2008 1:25 doi:10.1186/1756-3305-1-25
NO EQUINO
www.labcdl.com.br
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&docid=ZEmZEVqNZRPDxM&tbnid=GA-WQzAiRbH63M:&ved=0CAQQjB0&url=http://www.labcdl.com.br/artigos/febre_maculosa/default.htm&ei=QAB_UcG8BYTS9QTZvYC4Cg&bvm=bv.45645796,d.dmQ&psig=AFQjCNEC_DmlWJkosKSfmbYArRAdyT8qZA&ust=1367363766292193
IMPORTÂNCIA NA SAÚDE ANIMAL
BIOAGENTES
Vetor biológico dos bioagentes Theileria equi) (1) e 
Babesia caballi (2)
1 2
IMPORTÂNCIA NA SAÚDE PÚBLICA
Vulgarmente conhecido como carrapato-estrela ou carrapata
rodeleiro na fase adulta, está amplamente difundido no
território brasileiro.
Na fase de ninfa como vermelhino e na fase de larva como
“micuin”
Os eqüídeos se constituem nos principais hospedeiros desse
carrapato.
Devido sua baixa especificidade, assume um importante papel
na transmissão de patógenos entre os animais e o homem.
“micuin” 
PARASITISMO EM HUMANOS
AÇÕES DIRATAS E INDIRETAS
 Toxicose
Paralisia
 Reações alérgicas
Vetoração e reservatório de bioagentes
transmitidos por carrapatos (BTC) (bactérias, 
virus e protozoários).
 No Brasil, registros de Febre maculosa, Doença 
de Lyme, Babesiose e Ehrliquiose.
“micuin” 
Multiplas pápulas eritematosas
(Fisher et al., 2006)
ESCOLA BOSQUE EM OUTEIRO
ESCOLA BOSQUE EM OUTEIRO
ESCOLA BOSQUE EM OUTEIRO
Com auxílio de pinças, segurar o
carrapato pela extremidade em que
ele se fixa na pele e fazer
movimento lento, mas firme, para
retirá-lo (evitar segurá-lo pelo meio
do corpo).
Remova os carrapatos segurando-
os com uma pinça pela
extremidade mais próxima da pele
possível e puxe-os para fora
(SERRA-FREIRE, 2010)

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