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Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 1 DIREITO DO TRABALHO 1- Características do Direito do Trabalho - Direito Autônomo - Direito Especial (particularidades, especialidades) - Normas cogentes, de ordem pública, portanto irrenunciáveis pela vontade das partes (salvo nas hipóteses de Flexibilização) 2 - Autonomia do Direito do Trabalho - o que identifica a autonomia de um ramo do direito, é o fato de apresentar princípios particulares (ex.: princípio da proteção, da primazia da realidade, etc...,); categorias jurídicas próprias( ex.: sindicatos, acordo coletivo, convenção coletiva, sentença normativa, etc...); possuir fontes especiais e específicas, possuir métodos próprios (regras), isto é, utilizar procedimentos especiais para o conhecimento das verdades que constituem objeto de suas investigações. Portanto, podemos concluir que, no Brasil, o Direito do trabalho é um ramo autônomo do direito. 3 - FONTES DE DIREITO DO TRABALHO Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 2 4.1 – Fontes materiais: também denominadas reais ou primárias - momento pré-jurídico – fatores econômicos, sociais, filosóficos, políticos, etc. Exemplo: greves, passeatas 4.2 – Fontes formais: também denominadas secundárias - momento jurídico - normas 4.2.1 – fontes formais heterônomas – formação requer a participação de um agente externo, sem participação direta dos destinatários principais. Exemplos: leis em geral, súmulas vinculantes 4.2.2 – fontes formais autônomas – formação requer participação dos destinatários das regras. Exemplos: ACT e CCT, há quem entenda que regulamento da empresa *****Artigo 8º da CLT: Art. 8º. As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por equidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público. Parágrafo único. O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho, naquilo em que não for incompatível com os princípios fundamentais deste. Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 3 5 - PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO 5.1 – Princípio da proteção –para compensar a hipossuficiência do trabalhador em face da superioridade mormente econômica do empregador, garantir tutela de direitos mínimos ao empregado. Desmembrado em: 5.1.1 - “in dubio pro operario”- o intérprete deve optar pela interpretação mais favorável ao empregado; 5.1.2 - aplicação da norma mais favorável – aplica-se a norma que for mais favorável ao empregado, considerando vários momentos: elaboração, interpretação e hierarquização das normas. Teorias da acumulação, conglobamento e conglobamento por instituto. 5.1.3- condição mais benéfica – condições mais vantajosas ao empregado prevalecerão, independentemente de norma posterior – direitos adquiridos – artigo 444 CLT Exceção: se essa condição mais favorável for concedida sob condição, pois, deste modo, quando a condição se implementar poderá ser suprimida. Súmulas do TST sobre os temas51, 277, 288. SUM-51 NORMA REGULAMENTAR. VANTAGENS E OPÇÃO PELO NOVO REGULAMENTO. ART. 468 DA CLT I - As cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens deferidas anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a revogação ou alteração do regulamento. Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 4 II - Havendo a coexistência de dois regulamentos da empresa, a opção do empregado por um deles tem efeito jurídico de renúncia às regras do sistema do outro. 5.2 – Princípio da irrenunciabilidade de direitos(indisponibilidade ou inderrogabilidade) – as normas trabalhistas não podem ser objeto de renúncia elo trabalhador – ver principalmente art. 9º CLT. Artigo 7º da CF é um mínimo!!! 5.3 – Princípio da continuidade da relação de emprego – presume-se que os contratos de trabalho são firmados por tempo indeterminado, contratos a termo são exceções. Sobre este princípio ver Súmula 212 do TST (ônus da prova do fim da relação empregatícia -exemplos) 5.4 – Princípio da primazia da realidade sobre a forma – realidade prevalece sobre a forma. Súmula 338 do TST 5.5 – Princípio da intangibilidade salarial – salário tem caráter alimentar, defesa do salário. Dele decorre o princípio da irredutibilidade salarial. *** Descontos salariais – artigo 462 CLT (caput: decorrentes de lei, adiantamentos e previsto em negociação coletiva) – ver também parágrafo primeiro (dolo e culpa do empregado) Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 5 - entendimento TST, súmula 342+ OJ 160 sobre não presumir coação na assinatura dos documentos – questão do frentista (OJ 251) Art. 462 - Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo. § 1º - Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde de que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do empregado. § 2º - É vedado à empresa que mantiver armazém para venda de mercadorias aos empregados ou serviços estimados a proporcionar-lhes prestações " in natura " exercer qualquer coação ou induzimento no sentido de que os empregados se utilizem do armazém ou dos serviços. SUM-342 DESCONTOS SALARIAIS. ART. 462 DA CLT Descontos salariais efetuados pelo empregador, com a autorização prévia e por escrito do empregado, para ser integrado em planos de assistência odontológica, médico-hospitalar, de seguro, de previdência privada, ou de entidade cooperativa, cultural ou recreativo-associativa de seus trabalhadores, em seu benefício e de seus dependentes, não afrontam o disposto no art. 462 da CLT, salvo se ficar demonstrada a existência de coação ou de outro defeito que vicie o ato jurídico. OJ-SDI1-160 DESCONTOS SALARIAIS. AUTORIZAÇÃO NO ATO DA ADMISSÃO. VALIDADE. É inválida a presunção de vício de consentimento resultante do fato de ter o empregado anuído expressamente com descontos salariais na Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 6 oportunidade da admissão. É de se exigir demonstração concreta do vício de vontade. OJ-SDI1-251 DESCONTOS. FRENTISTA. CHEQUES SEM FUNDOS. É lícito o desconto salarial referente à devolução de cheques sem fundos, quando o frentista não observar as recomendações previstas em instrumento coletivo. *** Ver também CPC e impenhorabilidade – artigo 649. *** Falência do empregador- artigo 449 CLT e lei 11.101/2005. - irredutibilidade, salvo negociação coletiva – cuidar com redação do art. 503 da CLT – ver em caso de conjuntura econômica a lei 4923/1965 5.6 – Princípio da inalterabilidade contratual lesiva – proibida alteração de cláusulas, na relação de emprego, que signifiquem prejuízo direto ou indireto ao trabalhador, mesmo com a anuência deste. Ver art. 468 da CLT. Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidadeda cláusula infringente desta garantia. Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 7 Parágrafo único - Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que o respectivo empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de confiança. 6 – DIREITOS CONSTITUCIONAIS DOS TRABALHADORES Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos; II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário; III - fundo de garantia do tempo de serviço; IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender as suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho; VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo; VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável; VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria; Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 8 IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa; XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei; XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva; XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal; XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias; XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei; XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 9 XXIV - aposentadoria; XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas; XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho; XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei; XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho; XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência; XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos; XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso. Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social. (EC 72/2013) Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 10 Art. 8º. Art. 9º. É assegurado o direito de greve, Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação. Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores. 7 - RELAÇÃO DE TRABALHO E RELAÇÃO DE EMPREGO Relação de trabalho – toda relação em que alguém preste serviços a outro, mediante compensação. gênero espécie Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 11 7.1 – Relação de trabalho autônomo – não há subordinação jurídica do prestador de serviços e o tomador. Não há dependência do prestador de serviços em relação ao tomador. Prestador de serviços assume o risco de sua atividade econômica, pode ou não haver pessoalidade e habitualidade. **** ver a partir do artigo 593 no Código Civil 7.2 – Relação de trabalho eventual – trabalho realizado em caráter esporádico, em regra que não se relaciona com a atividade principal da empresa, do empregador. 7.3 – Relação de trabalho avulso – A CF (art. 7º, XXXIV) igualou em condições o trabalhador avulso e o trabalhador com vínculo permanente. A competência para processar e julgar demandas também é da Justiça do Trabalho. - portuário - lei 12815/2013, havendo três envolvidos: Órgão Gestor de Mão-de-Obra (OGMO), operador portuário e trabalhador avulso portuário para carga e descarga de embarcações. Art. 32 Lei 12815/13: Os operadores portuários devem constituir em cada porto organizado um órgão de gestão de mão de obra do trabalho portuário, destinado a: I - administrar o fornecimento da mão de obra do trabalhador portuário e do trabalhador portuário avulso; II - manter, com exclusividade, o cadastro do trabalhador portuário e o registro do trabalhador portuário avulso; III - treinar e habilitar profissionalmente o trabalhador portuário, inscrevendo-o no cadastro; IV - selecionar e registrar o trabalhador portuário avulso; Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 12 V - estabelecer o número de vagas, a forma e a periodicidade para acesso ao registro do trabalhador portuário avulso; VI - expedir os documentos de identificação do trabalhadorportuário; e VII - arrecadar e repassar aos beneficiários os valores devidos pelos operadores portuários relativos à remuneração do trabalhador portuário avulso e aos correspondentes encargos fiscais, sociais e previdenciários. Parágrafo único. Caso celebrado contrato, acordo ou convenção coletiva de trabalho entre trabalhadores e tomadores de serviços, o disposto no instrumento precederá o órgão gestor e dispensará sua intervenção nas relações entre capital e trabalho no porto. Art. 28 Lei 12815/13: É dispensável a intervenção de operadores portuários em operações: I - que, por seus métodos de manipulação, suas características de automação ou mecanização, não requeiram a utilização de mão de obra ou possam ser executadas exclusivamente pela tripulação das embarcações; II - de embarcações empregadas: a) em obras de serviços públicos nas vias aquáticas do País, executadas direta ou indiretamente pelo poder público; b) no transporte de gêneros de pequena lavoura e da pesca, para abastecer mercados de âmbito municipal; c) na navegação interior e auxiliar; d) no transporte de mercadorias líquidas a granel; e e) no transporte de mercadorias sólidas a granel, quando a carga ou descarga for feita por aparelhos mecânicos automáticos, salvo quanto às atividades de rechego; III - relativas à movimentação de: a) cargas em área sob controle militar, quando realizadas por pessoal militar ou vinculado a organização militar; b) materiais por estaleiros de construção e reparação naval; e c) peças sobressalentes, material de bordo, mantimentos e abastecimento de embarcações; e IV - relativas ao abastecimento de aguada, combustíveis e lubrificantes para a navegação. - ART. 33 § 1o: O órgão não responde por prejuízos causados pelos trabalhadores portuários avulsos aos tomadores dos seus serviços ou a terceiros. Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 13 Porém... § 2oO órgão responde, solidariamente com os operadores portuários, pela remuneração devida ao trabalhador portuário avulso e pelas indenizações decorrentes de acidente de trabalho. - Art. 41: O órgão de gestão de mão de obra: I - organizará e manterá cadastro de trabalhadores portuários habilitados ao desempenho das atividades referidas no § 1o do art. 40; e II - organizará e manterá o registro dos trabalhadores portuários avulsos. *** ver lei 12023/2009– trabalho avulso em atividades de movimentação de mercadorias Art. 1o As atividades de movimentação de mercadorias em geral exercidas por trabalhadores avulsos, para os fins desta Lei, são aquelas desenvolvidas em áreas urbanas ou rurais sem vínculo empregatício, mediante intermediação obrigatória do sindicato da categoria, por meio de Acordo ou Convenção Coletiva de Trabalho para execução das atividades. Parágrafo único A remuneração, a definição das funções, a composição de equipes e as demais condições de trabalho serão objeto de negociação entre as entidades representativas dos trabalhadores avulsos e dos tomadores de serviços. Art. 2o São atividades da movimentação de mercadorias em geral: I – cargas e descargas de mercadorias a granel e ensacados, costura, pesagem, embalagem, enlonamento, ensaque, arrasto, posicionamento, acomodação, reordenamento, reparação da carga, amostragem, arrumação, remoção, classificação, empilhamento, transporte com empilhadeiras, paletização, ova e desova de vagões, carga e descarga em feiras livres e abastecimento de lenha em secadores e caldeiras; II – operações de equipamentos de carga e descarga; III – pré-limpeza e limpeza em locais necessários à viabilidade das operações ou à sua continuidade. Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 14 Art. 3o As atividades de que trata esta Lei serão exercidas por trabalhadores com vínculo empregatício ou em regime de trabalho avulso nas empresas tomadoras do serviço. Art. 4o O sindicato elaborará a escala de trabalho e as folhas de pagamento dos trabalhadores avulsos, com a indicação do tomador do serviço e dos trabalhadores que participaram da operação, devendo prestar, com relação a estes, as seguintes informações: I – os respectivos números de registros ou cadastro no sindicato; II – o serviço prestado e os turnos trabalhados; III – as remunerações pagas, devidas ou creditadas a cada um dos trabalhadores, registrando-se as parcelas referentes a: a) repouso remunerado; b) Fundo de Garantia por Tempo de Serviço; c) 13o salário; d) férias remuneradas mais 1/3 (um terço) constitucional; e) adicional de trabalho noturno; f) adicional de trabalho extraordinário. (...) Art. 8o As empresas tomadoras do trabalho avulso respondem solidariamente pela efetiva remuneração do trabalho contratado e são responsáveis pelo recolhimento dos encargos fiscais e sociais, bem como das contribuições oude outras importâncias devidas à Seguridade Social, no limite do uso que fizerem do trabalho avulso intermediado pelo sindicato. - devem ser repassados os valores dos serviços arrecadados pelo sindicato aos trabalhadores em até 72 horas do seu recebimento, sob pena de responsabilidade pessoal e solidária dos dirigentes da entidade sindical Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 15 7.4 – Relação de trabalho institucional – relação entre servidores públicos e pessoas de Direito Público interno. Vínculo estatutário (incompetência da Justiça do Trabalho) e não de emprego. Necessidade de concurso público, artigo 37 da CF/88. ***** ver súmula 386 (policial militar), ambas do TST SUM-386 POLICIAL MILITAR. RECONHECIMENTO DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO COM EMPRESA PRIVADA Preenchidos os requisitos do art. 3º da CLT, é legítimo o reconhecimento de relação de emprego entre policial militar e empresa privada, independentemente do eventual cabimento de penalidade disciplinar prevista no Estatuto do Policial Militar. 7.5 – Relação de trabalho – estágio – lei 11788/2008 – não é relação empregatícia, por causa dos objetivos educacionais do pacto. Art. 1º Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam freqüentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos. § 1º O estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, além de integrar o itinerário formativo do educando. Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 16 § 2º O estágio visa ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho. Art. 2º O estágio poderá ser obrigatório ou não-obrigatório, conforme determinação das diretrizes curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e do projeto pedagógico do curso. § 1º Estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto do curso, cuja carga horária é requisito para aprovação e obtenção de diploma. § 2º Estágio não-obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida à carga horária regular e obrigatória. § 3º As atividades de extensão, de monitorias e de iniciação científica na educação superior, desenvolvidas pelo estudante, somente poderão ser equiparadas ao estágio em caso de previsão no projeto pedagógico do curso. Art. 3º O estágio, tanto na hipótese do § 1º do art. 2º desta Lei quantona prevista no § 2º do mesmo dispositivo, não cria vínculo empregatício de qualquer natureza, observados os seguintes requisitos: I - matrícula e freqüência regular do educando em curso de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e nos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos e atestados pela instituição de ensino; II - celebração de termo de compromisso entre o educando, a parte concedente do estágio e a instituição de ensino; III - compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estágio e aquelas previstas no termo de compromisso. § 1º O estágio, como ato educativo escolar supervisionado, deverá ter acompanhamento efetivo pelo professor orientador da instituição de Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 17 ensino e por supervisor da parte concedente, comprovado por vistos nos relatórios referidos no inciso IV do caput do art. 7º desta Lei e por menção de aprovação final. § 2º O descumprimento de qualquer dos incisos deste artigo ou de qualquer obrigação contida no termo de compromisso caracteriza vínculo de emprego do educando com a parte concedente do estágio para todos os fins da legislação trabalhista e previdenciária. (...) Art. 9º As pessoas jurídicas de direito privado e os órgãos da administração pública direta, autárquica e fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como profissionais liberais de nível superior devidamente registrados em seus respectivos conselhos de fiscalização profissional, podem oferecer estágio, observadas as seguintes obrigações: I – celebrar termo de compromisso com a instituição de ensino e o educando, zelando por seu cumprimento; II – ofertar instalações que tenham condições de proporcionar ao educando atividades de aprendizagem social, profissional e cultural; III – indicar funcionário de seu quadro de pessoal, com formação ou experiência profissional na área de conhecimento desenvolvida no curso do estagiário, para orientar e supervisionar até 10 (dez) estagiários simultaneamente; IV – contratar em favor do estagiário seguro contra acidentes pessoais, cuja apólice seja compatível com valores de mercado, conforme fique estabelecido no termo de compromisso; V – por ocasião do desligamento do estagiário, entregar termo de realização do estágio com indicação resumida das atividades desenvolvidas, dos períodos e da avaliação de desempenho; VI – manter à disposição da fiscalização documentos que comprovem a relação de estágio; Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 18 VII – enviar à instituição de ensino, com periodicidade mínima de 6 (seis) meses, relatório de atividades, com vista obrigatória ao estagiário. Parágrafo único. No caso de estágio obrigatório, a responsabilidade pela contratação do seguro de que trata o inciso IV do caput deste artigo poderá, alternativamente, ser assumida pela instituição de ensino. Art. 10. A jornada de atividade em estágio será definida de comum acordo entre a instituição de ensino, a parte concedente e o aluno estagiário ou seu representante legal, devendo constar do termo de compromisso ser compatível com as atividades escolares e não ultrapassar: I – 4 (quatro) horas diárias e 20 (vinte) horas semanais, no caso de estudantes de educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional de educação de jovens e adultos; II – 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais, no caso de estudantes do ensino superior, da educação profissional de nível médio e do ensino médio regular. § 1o O estágio relativo a cursos que alternam teoria e prática, nos períodos em que não estão programadas aulas presenciais, poderá ter jornada de até 40 (quarenta) horas semanais, desde que isso esteja previsto no projeto pedagógico do curso e da instituição de ensino. § 2o Se a instituição de ensino adotar verificações de aprendizagem periódicas ou finais, nos períodos de avaliação, a carga horária do estágio será reduzida pelo menos à metade, segundo estipulado no termo de compromisso, para garantir o bom desempenho do estudante. Art. 11. A duração do estágio, na mesma parte concedente, não poderá exceder 2 (dois) anos, exceto quando se tratar de estagiário portador de deficiência. Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 19 Art. 12. O estagiário poderá receber bolsa ou outra forma de contraprestação que venha a ser acordada, sendo compulsória a sua concessão, bem como a do auxílio-transporte, na hipótese de estágio não obrigatório. § 1o A eventual concessão de benefícios relacionados a transporte, alimentação e saúde, entre outros, não caracteriza vínculo empregatício. § 2o Poderá o educando inscrever-se e contribuir como segurado facultativo do Regime Geral de Previdência Social. Art. 13. É assegurado ao estagiário, sempre que o estágio tenha duração igual ou superior a 1 (um) ano, período de recesso de 30 (trinta) dias, a ser gozado preferencialmente durante suas férias escolares. § 1o O recesso de que trata este artigo deverá ser remunerado quando o estagiário receber bolsa ou outra forma de contraprestação. § 2o Os dias de recesso previstos neste artigo serão concedidos de maneira proporcional, nos casos de o estágio ter duração inferior a 1 (um) ano. Art. 14. Aplica-se ao estagiário a legislação relacionada à saúde e segurança no trabalho, sendo sua implementação de responsabilidade da parte concedente do estágio. Art. 15. A manutenção de estagiários em desconformidade com esta Lei caracteriza vínculo de emprego do educando com a parte concedente do estágio para todos os fins da legislação trabalhista e previdenciária Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 20 7.6 – Relação de trabalho – voluntariado – lei 9608/1998, atividade realizada a título gratuito; trabalho realizado por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza ou a instituição privada em fins lucrativos. Pode haver reembolso de despesas ao prestador de serviço voluntário. Art. 1º. Considera-se serviço voluntário, para fins desta Lei, a atividade não remunerada, prestada por pessoa física à entidade pública de qualquer natureza, ou à instituição privada de fins não lucrativos, que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social, inclusive mutualidade. Parágrafo único. O serviço voluntário não gera vínculo empregatício, nem obrigação de natureza trabalhista, previdenciária ou afim. Art. 2º. O serviço voluntário será exercido mediante a celebração de termo de adesão entre a entidade, pública ou privada, e o prestador do serviço voluntário, dele devendo constar objeto e as condições de seu exercício. Art. 3º. O prestador do serviço voluntário poderá ser ressarcido pelas despesas que comprovadamente realizar no desempenho das atividades voluntárias. 7.7 – Representante Comercial – lei 4886/65 Art. 1º Exerce a representação comercial autônoma a pessoa jurídica ou a pessoa física, sem relação de emprego, que desempenha, em caráter não eventual por conta de uma ou mais pessoas, a mediação para a realização de negócios mercantis, agenciando propostas ou pedidos, Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 21 para transmiti-los aos representados, praticando ou não atos relacionados com a execução dos negócios.7.8 – Relação de trabalho subordinada – relação de emprego – presentes o empregado e o empregador, conforme definição contida nos arts. 2º e 3º da CLT. 7.8.1 – Empregado Características do empregado: art. 3º da CLT, onerosidade (salário), não-eventualidade (também denominado habitualidade), pessoalidade (impossibilidade de substituição e pessoa física), subordinação (chamada jurídica, dependência). *** relação de emprego é “intuito personae” no caso do empregado. *** a questão da continuidade ***a questão da exclusividade *** alteridade (lembrar caráter forfetário do salário) Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 22 Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. 7.8.2 - Empregador Características do empregador: art. 2º CLT, pessoa física ou jurídica (empresa), direção da prestação de serviços, assume os riscos da atividade econômica (alteridade), admite e paga salários. Empregador por equiparação – art. 2º, § 1º CLT - profissionais liberais, instituições de beneficência, associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos. Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. § 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados. § 2º - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas. Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 23 Poderes do empregador – diretivo, regulamentar, disciplinar (depende da doutrina analisada). Grupo econômico: previsto no artigo 2º, § 2º da CLT para urbanos. Responsabilidade solidária. Art. 2ºCLT ... §2º. Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas. Trata-se de um empregador único. Relembre da súmula 129 do TST, ou seja, a prestação de serviços para mais de uma das empresas do grupo, desde que na mesma jornada de trabalho, não caracteriza novo contrato. Súmula 129. A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário. Artigo 3º, § 2º da lei 5889/73 estabelece o grupo econômico para rurícolas: Art. 3º. Considera-se empregador rural, para os efeitos desta lei, a pessoa física ou jurídica, proprietário ou não, que explore atividade agroeconômica, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou através de prepostos e com auxílio de empregados. § 1º. Inclui-se na atividade econômica, referida no caput deste artigo, a exploração industrial em estabelecimento agrário não compreendido na Consolidação das Leis do Trabalho. § 2º. Sempre que uma ou mais empresas, embora tendo cada uma delas personalidade jurídica própria, estiverem sob direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico ou financeiro rural, serão responsáveis solidariamente nas obrigações decorrentes da relação de emprego. Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 24 Empreitada e subempreitada – prevista no art. 455 da CLT – empreiteiro e subempreiteiro. Nesta modalidade de contrato, há uma relação de trabalho, ou seja, não há vínculo de emprego. Um empreiteiro obriga-se a realizar alguma obra ara outrem, mediante um preço. Se este empreiteiro subempreitar a obra, ou seja, passar parte da obra (ou até mesmo toda ela) para uma outra pessoa realizar, a CLT prevê que ambos, subempreiteiro e empreiteiro responderão pelos contratos de trabalho. Esta responsabilidade, embora não esteja expressa na CLT, tem sido entendida como solidária. Art. 455. Nos contratos de subempreitada responderá o subempreiteiro pelas obrigações derivadas do contrato de trabalho que celebrar, cabendo, todavia, aos empregados, o direito de reclamação contra o empreiteiro principal pelo inadimplemento daquelas obrigações por parte do primeiro. Diante desta previsão, doutrina e jurisprudência entenderam, por extensão, que o dono-da-obra deveria responder pelos contratos de trabalho do empreiteiro. Neste caso, o TST editou a OJ 191 da SDI 1 do TST, disciplinando exceção quando este dono-da-obra não for empresa construtora ou incorporadora: DONO DA OBRA. RESPONSABILIDADE. Inserida em 08.11.00. Diante da inexistência de previsão legal, o contrato de empreitada entre o dono da obra e o empreiteiro não enseja responsabilidade solidária ou subsidiária nas obrigações trabalhistas contraídas pelo empreiteiro, salvo sendo o dono da obra uma empresa construtora ou incorporadora. Sucessão de empregadores (artigos 10 e 448 da CLT). Direciona a demanda em relação ao sucessor (divergências quanto à espécie de responsabilidade), mas a corrente majoritária é a de que o sucessor responde integral e exclusivamente pelos débitos trabalhistas. Na dúvida, direcione em relação aos dois, sucessor e sucedido. Explicar o que houve com o contrato de trabalho e as atividades do empregador, requerendo a sucessão e responsabilidade integral do sucessor. Art. 10. Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados. Art. 448. A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados. Quanto aos bancos, relembre-se da OJ 261 da SDI 1 do TST: Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 25 261 BANCOS. SUCESSÃO TRABALHISTA. As obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os empregados trabalhavam para o banco sucedido, são de responsabilidade do sucessor, uma vez que a este foram transferidos os ativos, as agências, os direitos e deveres contratuais, caracterizando típica sucessão trabalhista. Não esquecer, ainda, da recente OJ 411, da SDI 1 do TST, quando a sucessão em grupo econômico: SUCESSÃO TRABALHISTA. AQUISIÇÃO DE EMPRESA PERTENCENTE A GRUPO ECONÔMICO. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DO SUCESSOR POR DÉBITOS TRABALHISTAS DE EMPRESA NÃO ADQUIRIDA. INEXISTÊNCIA. O sucessor não responde solidariamente por débitos trabalhistas de empresa não adquirida, integrante do mesmo grupo econômico da empresa sucedida, quando, à época, a empresa devedora direta era solvente ou idônea economicamente, ressalvada a hipótese de má-fé ou fraude na sucessão. Assim, excluídas as hipóteses de má-fé ou fraude na sucessão, o sucessor somente responderá pelos débitos da empresa adquirida, ficado excluídas de sua responsabilidade os débitos das demais empresas de um grupo econômico.Terceirização, na falta de lei que especificamente regule a matéria, o TST editou a Súmula 331, que traz os casos e terceirização lícita e ilícita. SUM-331 CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE (nova redação do item IV e inseridos os itens V e VI à redação) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011 I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de 03.01.1974). II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com os órgãos da Administração Pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, da CF/1988). III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância (Lei nº 7.102, de 20.06.1983) e de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta. Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 26 IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da relação processual e conste também do título executivo judicial. V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente contratada. VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas decorrentes da condenação referentes ao período da prestação laboral. CONTRATO DE TRABALHO Analisar art. 442 da CLT – acordo tácito ou expresso que corresponde à relação de emprego ***observar art. 442-A CLT – empregador, para contratação, não pode exigir do candidato ao emprego experiência superior a seis meses na atividade Analisar art. 443 da CLT – contrato pode ser tácito ou expresso, verbal ou escrito, prazo determinado ou indeterminado Características do contrato de trabalho: - consensual; - sinalagmático (dependência recíproca quanto às obrigações); - continuidade; - onerosidade; - alteridade; Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 27 - subordinação. Anotação da CTPS – prazo de 48 horas para o empregador anotar, de acordo com o art. 29 da CLT. Ver referido dispositivo quanto às demais anotações necessárias (cuidado com anotações desabonadoras!!!) – súmula 12 do TST, prova das anotações tem valor “juris tantum” ***CTPS – documento obrigatório, ver art. 13 da CLT *** para o empregador, ficha de registro – art. 41 CLT Contrato de Trabalho – elementos (artigo 104 do Código Civil – capacidade das partes, licitude do objeto, consentimento) -trabalho ilícito e trabalho proibido – nulidades – compensação com base no art. 606 *** OJ 199 da SDI I – apontador do jogo do bicho OJ-SDI1-199 JOGO DO BICHO. CONTRATO DE TRABALHO. NULIDADE. OBJETO ILÍCITO. ARTS. 82 E 145 DO CÓDIGO CIVIL. -trabalho ilícito x trabalho proibido Contrato por prazo indeterminado – é a regra geral, ver art. 452 da CLT – seis meses entre um contrato por prazo determinado e outro, do contrário será considerado como por prazo indeterminado. Contrato por prazo determinado Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 28 – art. 443, § 1º CLT – vigência depende de termo, de execução de serviços especificados ou realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada; - art. 443, § 2º CLT – será válido quando ocorrer: serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo; atividade empresarial de caráter transitório, contrato de experiência - art. 445 CLT – prazo não pode ser superior a 2 anos, admitindo uma única prorrogação dentro do prazo máximo (art. 451 CLT) - art. 487 CLT – não há aviso prévio - arts. 479 e 480 CLT – indenizações para empregado e empregador no caso de rescisão antecipada – 50% dos dias faltantes para cômputo do prazo estipulado (empregador ainda paga multa 40% FGTS) - art. 481 CLT – se houver cláusula que assegure rescisão antecipada para ambas partes, serão aplicadas regras dos contratos por prazo indeterminado(ex. aviso prévio) Contrato de experiência – ver regras anteriores e especificamente: prazo de 90 (noventa dias), admitindo uma única prorrogação dentro do período. Súmula 188 TST. Finalidade: avaliação recíproca. Trabalho temporário – lei 6019/74 Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 29 Art. 2º - Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física a uma empresa, para atender à necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou à acréscimo extraordinário de serviços. Art. 4º - Compreende-se como empresa de trabalho temporário a pessoa física ou jurídica urbana, cuja atividade consiste em colocar à disposição de outras empresas, temporariamente, trabalhadores, devidamente qualificados, por elas remunerados e assistidos. Art. 10 - O contrato entre a empresa de trabalho temporário e a empresa tomadora ou cliente, com relação a um mesmo empregado, não poderá exceder de três meses, salvo autorização conferida pelo órgão local do Ministério do Trabalho e Previdência Social, segundo instruções a serem baixadas pelo Departamento Nacional de Mão-de-Obra. (Ver Portaria 789/14 MTE: os contratos de trabalho temporário poderão durar até nove meses, desde que ocorram circunstâncias e motivos a justifiquem e vale exclusivamente na hipótese de substituição de pessoal regular e permanente.) Art. 11 - O contrato de trabalho celebrado entre empresa de trabalho temporário e cada um dos assalariados colocados à disposição de uma empresa tomadora ou cliente será, obrigatoriamente, escrito e dele deverão constar, expressamente, os direitos conferidos aos trabalhadores por esta Lei. Parágrafo único. Será nula de pleno direito qualquer cláusula de reserva, proibindo a contratação do trabalhador pela empresa tomadora ou cliente ao fim do prazo em que tenha sido colocado à sua disposição pela empresa de trabalho temporário. Art. 12 - Ficam assegurados ao trabalhador temporário os seguintes direitos: a) remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma categoria da empresa tomadora ou cliente calculados à base horária, garantida, em qualquer hipótese, a percepção do salário mínimo regional; b) jornada de oito horas, remuneradas as horas extraordinárias não excedentes de duas, com acréscimo de 20% (vinte por cento);( Obs: pós CF/88: 50%) c) férias proporcionais, nos termos do artigo 25 da Lei nº 5.107, de 13 de setembro de 1966; d) repouso semanal remunerado; e) adicional por trabalho noturno; Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 30 f) indenização por dispensa sem justa causa ou término normal do contrato, correspondente a 1/12 (um doze avos) do pagamento recebido; g) seguro contra acidente do trabalho; h) proteção previdenciária nos termos do disposto na Lei Orgânica da Previdência Social, com as alterações introduzidas pela Lei nº 5.890, de 8 de junho de 1973 (art. 5º, item III, letra "c" do Decreto nº 72.771, de6 de setembro de 1973). § 1º - Registrar-se-á na Carteira de Trabalho e Previdência Social do trabalhador sua condição de temporário. § 2º - A empresa tomadora ou cliente é obrigada a comunicar à empresa de trabalho temporário a ocorrência de todo acidente cuja vítima seja um assalariado posto à sua disposição, considerando-se local de trabalho, para efeito da legislação específica, tanto aquele onde se efetua a prestação do trabalho, quanto a sede da empresa de trabalho temporário. ver OJ 383 da SDI 1 sobre isonomia salarial OJ-SDI1-383 TERCEIRIZAÇÃO. EMPREGADOS DA EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇOS E DA TOMADORA. ISONOMIA. ART. 12, “A”, DA LEI N.º 6.019, DE 03.01.1974 A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com ente da Administração Pública, não afastando, contudo, pelo princípio da isonomia, o direito dos empregados terceirizados às mesmas verbas trabalhistas legais e normativas asseguradas àqueles contratados pelo tomador dos serviços, desde que presente a igualdade de funções. Aplicação analógica do art. 12, “a”, da Lei n.º 6.019, de 03.01.1974. Art. 16 - No caso de falência da empresa de trabalho temporário, a empresa tomadora ou cliente é solidariamente responsável pelo recolhimento das contribuições previdenciárias, no tocante ao tempo em que o trabalhador esteve sob suas ordens, assim como em referência ao mesmo período, pela remuneração e indenização previstas nesta Lei. Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 31 Assim, a responsabilidade da empresa tomadora é, em regra, subsidiária, contudo, havendo a insolvência da empresa fornecedora de mão-de-obra, a responsabilidade passará a ser solidária. Trabalho provisório – lei 9601/98 - hipóteses legais de cabimento (previsão em CCT ou ACT, qualquer atividade na empresa) – prazo – prorrogação (sucessivas) – direitos do trabalhador – não cabem indenizações dos artigos 479 e 480 da CLT EMPREGADO DOMÉSTICO - art. 7º, § único CF/88 – LC 150/2015 - não se aplica CLT!!! - conceito: Art. 1o LC 150/15: Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica-se o disposto nesta Lei. Parágrafo único. É vedada a contratação de menor de 18 (dezoito) anos para desempenho de trabalho doméstico, de acordo com a Convenção no 182, de 1999, da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e com o Decreto no 6.481, de 12 de junho de 2008. RURÍCOLA - Lei nº 5889/1973, a qual foi regulamentada pelo Decreto 73.626/1974. Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 32 - A Lei 5889/73 é aplicável a todos os trabalhadores rurais não apenas ao empregado rural (art 17). A legislação ordinária prevê direitos peculiares, que se mantém com CF/88. - não se aplica a CLT ao rurícola, art. 7º, “b” da CLT - a CF/88, no seu art 7º, unifica os direitos dos trabalhadores rurais e urbanos - Art. 2º Lei 5889/73: é toda pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviço de natureza não eventual a empregador rural, sob a dependência deste e mediante salário. - Art. 3º Lei 5889/73: considera-se empregador rural a pessoa física ou jurídica, proprietária ou não, que explore atividade agroeconômica (agricultura ou pecuária), em caráter permanente ou temporário, diretamente ou através de prepostos e com auxílio de empregados. - não é propriamente a localização da propriedade ou do prédio rústico que determina se ele é rural ou urbano, o que importa é se está destinado à atividade agroeconômica (agricultura, pecuária de um modo geral e exploração industrial em estabelecimento agrário – indústria rural do art. 3º, § 1º da lei 5889/1973). - lembrar horário noturno – agricultura e pecuária – lembrar adicional de 25% e não tem hora reduzida Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 33 Agosto de 2015: OJ 315 e 419 SDI-1 TST: canceladas - intervalo intrajornada – art. 5º da lei 5889/1973 – tempo de uma hora, conforme usos e costumes da região, em trabalho contínuo de duração superior a seis horas – tempo não computado na duração do trabalho – OJ 381 SDI 1 sobre supressão - intervalo interjornada – art. 5º da lei 5889/1973 – onze horas - aviso prévio – art. 15 da lei 5889/1973 – se dispensa for promovida pelo empregador, empregado tem direito a um dia por semana para procurar outro trabalho, sem prejuízo do salário -Art. 14, parágrafo único, Lei 5889/73: Contrato de safra: o que tenha a sua duração dependente de variações estacionais da atividade agrária. Típicos do meio rural, por ex, para a safra do café, do milho, etc. Salário e Remuneração A CLT utiliza as expressões SALÁRIO e REMUNERAÇÃO sem fazer muitas distinções (ver artigo 457 caput e 457, § 1º, ver artigo 458, todos da CLT) O propósito do legislador justamente foi não utilizar salário para se referir também a gorjetas. Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 34 Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. § 1º - Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador. § 2º - Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como as diárias para viagem que não excedam de 50% (cinqüenta por cento) do salário percebido pelo empregado. § 3º - Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, como também aquela que fôr cobrada pela emprêsa ao cliente, como adicional nas contas, a qualquer título, e destinada a distribuição aos empregados. Salário é devido ao empregado, pela prestação de serviços, em decorrência do contrato de trabalho, pago diretamente pelo empregador Remuneração é o conjunto de prestações recebidas habitualmente pelo empregado pela prestação de serviços, seja em dinheiro, seja em utilidades, provenientes do empregador ou terceiro, mas decorrentes do contrato de trabalho. - salário - empregador - remuneração é o conjunto de prestações recebidas habitualmente pelo empregado – empregador + terceiros - remuneração = salário + gorjetas (cjto) (diretamente) (3º) Impossibilidade de salário complessivo - idéia de cumulação em um mesmo montante de distintas parcelas salariais. É o pagamento englobado – fraude. Súmula nº 91 do TST. SALÁRIO COMPLESSIVO Nula é a cláusula contratual que fixa determinada importância ou percentagem para atender englobadamente vários direitos legais ou contratuais do trabalhador. Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 35 Intangibilidade salarial – salário tem caráter alimentar, defesa do salário. Dele decorre o princípio da irredutibilidade salarial. *** Descontos salariais – artigo 462 CLT (caput: decorrentes de lei, adiantamentos e previsto em negociação coletiva) – ver também parágrafo primeiro (dolo e culpa do empregado) Art. 462 - Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos,de dispositivos de lei ou de contrato coletivo. § 1º - Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde de que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do empregado. § 2º - É vedado à empresa que mantiver armazém para venda de mercadorias aos empregados ou serviços estimados a proporcionar-lhes prestações " in natura " exercer qualquer coação ou induzimento no sentido de que os empregados se utilizem do armazém ou dos serviços. Se ato doloso, não precisa autorização do empregado para descontar. Se ato culposo, precisa de autorização do empregado. - entendimento TST SUM-342 DESCONTOS SALARIAIS. ART. 462 DA CLT Descontos salariais efetuados pelo empregador, com a autorização prévia e por escrito do empregado, para ser integrado em planos de assistência odontológica, médico- hospitalar, de seguro, de previdência privada, ou de entidade cooperativa, cultural ou recreativo-associativa de seus trabalhadores, em seu benefício e de seus dependentes, não afrontam o disposto no art. 462 da CLT, salvo se ficar demonstrada a existência de coação ou de outro defeito que vicie o ato jurídico. OJ-SDI1-160 DESCONTOS SALARIAIS. AUTORIZAÇÃO NO ATO DA ADMISSÃO. VALIDADE. É inválida a presunção de vício de consentimento resultante do fato de ter o empregado anuído expressamente com descontos salariais na oportunidade da admissão. É de se exigir demonstração concreta do vício de vontade. – questão do frentista Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 36 OJ-SDI1-251 DESCONTOS. FRENTISTA. CHEQUES SEM FUNDOS. É lícito o desconto salarial referente à devolução de cheques sem fundos, quando o frentista não observar as recomendações previstas em instrumento coletivo. *** Ver também CPC e impenhorabilidade – artigo 649. Salário em Utilidades - denominações: utilidade, in natura, indireto - forma pela qual o empregado recebe em bens econômicos - art. 458 da CLT - não pode ser todo o salário em utilidades (ver artigo 82, § único da CLT), o salário em dinheiro não pode ser inferior a 30%. - § 2º do art. 458 estabelece o que não será considerado como salário “in natura” Art. 458 - Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações "in natura" que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas. § 1º Os valores atribuídos às prestações "in natura" deverão ser justos e razoáveis, não podendo exceder, em cada caso, os dos percentuais das parcelas componentes do salário-mínimo (arts. 81 e 82). § 2o Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas pelo empregador: I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local de trabalho, para a prestação do serviço; II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático; III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público; IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde; V – seguros de vida e de acidentes pessoais; VI – previdência privada; VII – (VETADO) § 3º - A habitação e a alimentação fornecidas como salário-utilidade deverão atender aos fins a que se destinam e não poderão exceder, respectivamente, a 25% (vinte e cinco por cento) e 20% (vinte por cento) do salário-contratual. Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 37 § 4º - Tratando-se de habitação coletiva, o valor do salário-utilidade a ela correspondente será obtido mediante a divisão do justo valor da habitação pelo número de co-habitantes, vedada, em qualquer hipótese, a utilização da mesma unidade residencial por mais de uma família. - quanto ao valor atribuído à parcela, ver súmula 258 do TST: SALÁRIO-UTILIDADE. PERCENTUAIS Os percentuais fixados em lei relativos ao salário "in natura" apenas se referem às hipóteses em que o empregado percebe salário mínimo, apurando-se, nas demais, o real valor da utilidade. - configuração da utilidade – dois critérios - artigo 458 – habitualidade e gratuidade Como saber se essas vantagens têm ou não caráter salarial ? * Teoria mais utilizada é a denominada finalística: - pela prestação de serviços - para o trabalho *** ver súmula 367 SUM-367 UTILIDADES "IN NATURA". HABITAÇÃO. ENERGIA ELÉTRICA. VEÍCULO. CIGARRO. NÃO INTEGRAÇÃO AO SALÁRIO I - A habitação, a energia elétrica e veículo fornecidos pelo empregador ao empregado, quando indispensáveis para a realização do trabalho, não têm natureza salarial, ainda que, no caso de veículo, seja ele utilizado pelo empregado também em atividades particulares. II - O cigarro não se considera salário utilidade em face de sua nocividade à saúde. * outra teoria é a da onerosidade: gratuidade ou não: se o empregado custeia parte do bem econômico que lhe é fornecido, não haverá que se falar em natureza salarial. * súmula 241 – vale-refeição – CUIDADO!!! SUM-241 SALÁRIO-UTILIDADE. ALIMENTAÇÃO Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 38 O vale para refeição, fornecido por força do contrato de trabalho, tem caráter salarial, integrando a remuneração do empregado, para todos os efeitos legais. **** Vale-refeição e fornecimento de refeição em diversas espécies - necessária inscrição do empregador no PAT ou previsão sobre o assunto em ACT/CCT. Ver OJ 133 da SDI 1, do TST. AJUDA ALIMENTAÇÃO. PAT. LEI Nº 6.321/76. NÃO INTEGRAÇÃO AO SALÁRIO. A ajuda alimentação fornecida por empresa participante do programa de alimentação ao trabalhador, instituído pela Lei nº 6.321/76, não tem caráter salarial. Portanto, não integra o salário para nenhum efeito legal. **** Finalmente, cuidado com a seguinte OJ: OJ-SDI1-413 AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO. ALTERAÇÃO DA NATUREZA JURÍDICA. NORMA COLETIVA OU ADESÃO AO PAT. (DEJT divulgado em 14, 15 e 16.02.2012) A pactuação em norma coletiva conferindo caráter indenizatório à verba "auxílio- alimentação" ou a adesão posterior do empregador ao Programa de Alimentação do Trabalhador — PAT — não altera a natureza salarial da parcela, instituída anteriormente, para aqueles empregados que, habitualmente, já percebiam o benefício, a teor das Súmulas nos 51, I, e 241 do TST. Adicional de Horas Extras (os adicionais em geral são parcelas pagas em razão de um trabalho realizado em condições peculiares pelo empregado, tratam-se de um plus que, cessada a causa de pagamento, via de regra, cessa a obrigatoriedade deste.) - o adicional de horas extras é de no mínimo 50 % por força da CF/88 (artigo 7º, XVI); cuidado com redação do art. 59 da CLT - é comum se fixar adicionais maiores que o previsto pela CF por ACT e CCT - integra o salário; ***** exceção da regra: a Súmula 291 TST SUM-291 HORAS EXTRAS. HABITUALIDADE. SUPRESSÃO. INDENIZAÇÃO (nova redação em decorrência do julgamento do processo TST-IUJERR 10700- 45.2007.5.22.0101) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011 Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 39 A supressão total ou parcial, pelo empregador, de serviço suplementar prestado com habitualidade, durante pelo menos 1 (um) ano,assegura ao empregado o direito à indenização correspondente ao valor de 1 (um) mês das horas suprimidas, total ou parcialmente, para cada ano ou fração igual ou superior a seis meses de prestação de serviço acima da jornada normal. O cálculo observará a média das horas suplementares nos últimos 12 (doze) meses anteriores à mudança, multiplicada pelo valor da hora extra do dia da supressão. Adicional Noturno – pago em razão do labor realizado em horário noturno, sendo este assim definido pela legislação. (doméstico não tem direito, menor não pode laborar em horário noturno) A partir do artigo 73 da CLT - 20% sobre o salário contratual devido pelos serviços prestados entre as 22 e 5h, nos centro urbanos; URBANO – 20% - hora noturna reduzida (52 minutos e 30 segundos) – horário noturno entre 22h e 5h RURAL – 25% - hora noturna sem redução (60 minutos) – agricultura entre 21h e 5h – pecuária entre 20h e 4h Integra o salário -base para cálculos de 13º salário, férias, etc. *****- Súmula 265 do TST diz que, suprimindo o trabalho noturno o trabalhador perde o direito ao adicional. SUM-265 ADICIONAL NOTURNO. ALTERAÇÃO DE TURNO DE TRABALHO. POSSIBILIDADE DE SUPRESSÃO A transferência para o período diurno de trabalho implica a perda do direito ao adicional noturno. *****- súmula 60 TST - pago habitualmente, integra o salário para todos os efeitos e fala também de prorrogação do horário noturno Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 40 SUM-60 ADICIONAL NOTURNO. INTEGRAÇÃO NO SALÁRIO E PRORROGAÇÃO EM HORÁRIO DIURNO I - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado para todos os efeitos. II - Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é também o adicional quanto às horas prorrogadas. Exegese do art. 73, § 5º, da CLT. Adicional de Insalubridade – pago a quem labora exposto a condições insalubres, assim classificadas de acordo com as NR’s expedidas pelo Ministério do Trabalho. Previsto no artigo 192 da CLT: graus mínimo (10%), médio (20%) e máximo (40%). Base de cálculo, diferentes posicionamentos, atualmente por causa da Súmula vinculante 4 do STF. Adicional que tem natureza salarial. Habitualidade – integra o cálculo de outras verbas ****- trabalho que não é contínuo em condição insalubre, o empregado terá direito ao adicional??? Súmula º 47 do TST- O trabalho executado em condições insalubres, em caráter intermitente, não afasta, só por essa circunstância, o direito à percepção do respectivo adicional. **** - fornecimento de EPI – ARTIGO 191 Súmula 80 do TST - A eliminação da insalubridade mediante fornecimento de aparelhos protetores aprovados pelo órgão competente do Poder Executivo exclui a percepção do respectivo adicional. Súmulaº 289 do TST - O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o exime do pagamento do adicional de insalubridade. Cabe-lhe tomar as medidas que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, entre as quais as relativas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado. Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 41 - artigo 157 CLT (empregador deve cumprir e fazer cumprir) + artigo 158 CLT (deveres do empregado e § único, “b” – hipótese para justa causa, pois é ato faltoso) ***- até quando paga o adicional de insalubridade?? Art. 194 CLT – até quando persistirem as condições insalubres ****- como caracterizar a insalubridade?? Art. 195 CLT – perícia Se empresa ou estabelecimento fechou – juiz pode analisar por outros meios de prova, lembre da OJ 278, SDI 1 do TST, já transcrita neste material *****- e se numa ação a perícia concluir que o agente nocivo é diferente daquele indicado na inicial??? Súmula 293 do TST- A verificação mediante perícia de prestação de serviços em condições nocivas, considerado agente insalubre diverso do apontado na inicial, não prejudica o pedido de adicional de insalubridade. *** médico ou engenheiro do trabalho??? Tanto faz!!! OJ 165 SDI I *** raios solares??? OJ 173 SDI I 173. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. ATIVIDADE A CÉU ABERTO. EXPOSIÇÃO AO SOL E AO CALOR. (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) – Res. 186/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 I – Ausente previsão legal, indevido o adicional de insalubridade ao trabalhador em atividade a céu aberto, por sujeição à radiação solar (art. 195 da CLT e Anexo 7 da NR 15 da Portaria Nº 3214/78 do MTE). II – Tem direito ao adicional de insalubridade o trabalhador que exerce atividade exposto ao calor acima dos limites de tolerância, inclusive em ambiente externo com carga solar, nas condições previstas no Anexo 3 da NR 15 da Portaria Nº 3214/78 do MTE.. *** ver artigo 190 da CLT e OJ 4 SDI I – não basta perícia, deve haver classificação no MTE – limpeza de escritórios e recolhimento de lixo não são atividades insalubres SÚMULA Nº 448. ATIVIDADE INSALUBRE. CARACTERIZAÇÃO. PREVISÃO NA NORMA REGULAMENTADORA Nº 15 DA PORTARIA DO MINISTÉRIO DO TRABALHO Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 42 Nº 3.214/78. INSTALAÇÕES SANITÁRIAS. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 4 da SBDI-1 com nova redação do item II). I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a classificação da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho. II – A higienização de instalações sanitárias de uso público ou coletivo de grande circulação, e a respectiva coleta de lixo, por não se equiparar à limpeza em residências e escritórios, enseja o pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo, incidindo o disposto no Anexo 14 da NR-15 da Portaria do MTE nº 3.214/78 quanto à coleta e industrialização de lixo urbano. Adicional de Periculosidade - pago pelo trabalho em condições perigosas. - artigo 193 CLT – cuidado com atual redação do art. 193 da CLT, após lei 12740/2012 e lei 12997/2014. *** OJ 345 SDI I – radiação ionizante e substâncias radioativas OJ-SDI1-345 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. RADIAÇÃO IONIZANTE OU SUBSTÂNCIA RADIOATIVA. DEVIDO. A exposição do empregado à radiação ionizante ou à substância radioativa enseja a percepção do adicional de periculosidade, pois a regulamentação ministerial (Portarias do Ministério do Trabalho nºs 3.393, de 17.12.1987, e 518, de 07.04.2003), ao reputar perigosa a atividade, reveste-se de plena eficácia, porquanto expedida por força de delegação legislativa contida no art. 200, caput, e inciso VI, da CLT. No período de 12.12.2002 a 06.04.2003, enquanto vigeu a Portaria nº 496 do Ministério do Trabalho, o empregado faz jus ao adicional de insalubridade. - habitualidade integra o salário *** direito também dos cabistas, instaladores e reparadores de linhas telefônicas que trabalhem expostos ao sistema elétrico de potência – OJ 347 SDI I Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 43 OJ-SDI1-347 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA. LEI Nº 7.369, DE 20.09.1985, REGULAMENTADA PELO DECRETO Nº 93.412, DE 14.10.1986. EXTENSÃO DO DIREITO AOS CABISTAS, INSTALADORES E REPARADORES DE LINHAS E APARELHOS EM EMPRESA DE TELEFONIA. É devido o adicional de periculosidade aos empregados cabistas, instaladores e reparadores de linhase aparelhos de empresas de telefonia, desde que, no exercício de suas funções, fiquem expostos a condições de risco equivalente ao do trabalho exercido em contato com sistema elétrico de potência. **** ver Súmula 364 do TST – exposição eventual – NÃO é mais possibilidade de redução do percentual mediante negociação coletiva SUM-364 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. EXPOSIÇÃO EVENTUAL, PERMANENTE E INTERMITENTE (cancelado o item II e dada nova redação ao item I) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011 Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-se de forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido. (ex-Ojs da SBDI-1 nºs 05 - inserida em 14.03.1994 - e 280 - DJ 11.08.2003) *** OJ 385 – devido o adicional de periculosidade para quem labora em prédio vertical de armazenamento de combustíveis OJ-SDI1-385. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. DEVIDO. ARMAZENAMENTO DE LÍQUIDO INFLAMÁVEL NO PRÉDIO. CONSTRUÇÃO VERTICAL. É devido o pagamento do adicional de periculosidade ao empregado que desenvolve suas atividades em edifício (construção vertical), seja em pavimento igual ou distinto daquele onde estão instalados tanques para armazenamento de líquido inflamável, em quantidade acima do limite legal, considerando-se como área de risco toda a área interna da construção vertical. Ver súmula 447 do TST: ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. PERMANÊNCIA A BORDO DURANTE O ABASTECIMENTO DA AERONAVE. INDEVIDO. Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 44 Os tripulantes e demais empregados em serviços auxiliares de transporte aéreo que, no momento do abastecimento da aeronave, permanecem a bordo não têm direito ao adicional de periculosidade a que aludem o art. 193 da CLT e o Anexo 2, item 1, "c", da NR 16 do MTE. **** se o empregado laborar em condições de insalubridade e periculosidade? Receberá os dois adicionais? Opção por um deles, de acordo com o art. 193, § 2º da CLT. Adicional de Transferência – pago em razão da mudança de local de trabalho que gere a mudança de domicílio do empregado. Cessada a causa, cessa a necessidade de pagamento. Art. 469. Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a que não acarretar necessariamente a mudança de seu domicílio. § 1º. Não estão compreendidos na proibição deste artigo os empregados que exerçam cargos de confiança e aqueles cujos contratos tenham como condição implícita ou explícita, a transferência, quando esta decorra de real necessidade de serviço. § 2º. É lícita a transferência quando ocorrer extinção do estabelecimento em que trabalhar o empregado. § 3º. Em caso de necessidade de serviço o empregador poderá transferir o empregado para localidade diversa da que resultar do contrato, não obstante as restrições, do artigo anterior, mas, nesse caso, ficará obrigado a um pagamento suplementar, nunca inferior a 25% (vinte e cinco por cento), dos salários que o empregado percebia naquela localidade, enquanto durar essa situação. - TST firmou entendimento de que é devido nos casos de transferência provisória: OJ-SDI1-113 ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA. CARGO DE CONFIANÇA OU PREVISÃO CONTRATUAL DE TRANSFERÊNCIA. DEVIDO. DESDE QUE A TRANSFERÊNCIA SEJA PROVISÓRIA. O fato de o empregado exercer cargo de confiança ou a existência de previsão de transferência no contrato de trabalho não exclui o direito ao adicional. O pressuposto legal apto a legitimar a percepção do mencionado adicional é a transferência provisória. Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 45 - o TST também entende que mesmo em caso de cargo de confiança e contratos que contenham condição implícita ou explícita a transferência, é necessária a comprovação da necessidade de serviço, súmula 43: TRANSFERÊNCIA Presume-se abusiva a transferência de que trata o § 1º do art. 469 da CLT, sem comprovação da necessidade do serviço. - 25% sobre o salário da salário que o empregado percebia na localidade em que estava laborando Comissões - modalidade de salário - se o salário for somente a base de comissões, ou seja, se não há salário fixo, o empregador deve pagar ao empregado pelo menos o salário mínimo ou o piso da categoria - art. 78, § único da CLT Art. 78 - Quando o salário for ajustado por empreitada, ou convencionado por tarefa ou peça, será garantida ao trabalhador uma remuneração diária nunca inferior à do salário mínimo por dia normal da região, zona ou subzona. Parágrafo único. Quando o salário-mínimo mensal do empregado a comissão ou que tenha direito a percentagem for integrado por parte fixa e parte variável, ser-lhe-á sempre garantido o salário-mínimo, vedado qualquer desconto em mês subseqüente a título de compensação. - artigo 466 da CLT: a partir de quando as comissões passam a ser devidas e a possibilidade de pagamento desta em prestações sucessivas. Lembrar sempre que o risco do negócio é do empregador (art. 2º da CLT), ou seja, não vincule o pagamento das comissões devidas ao empregado em face do adimplemento ou inadimplemento do cliente Art. 466 - O pagamento de comissões e percentagens só é exigível depois de ultimada a transação a que se referem. § 1º - Nas transações realizadas por prestações sucessivas, é exigível o pagamento das percentagens e comissões que lhes disserem respeito proporcionalmente à respectiva liquidação. § 2º - A cessação das relações de trabalho não prejudica a percepção das comissões e percentagens devidas na forma estabelecida por este artigo. Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 46 - verifique também lei 3207/1957 * horas extras – pagamento tão somente do adicional SUM-340 COMISSIONISTA. HORAS EXTRAS O empregado, sujeito a controle de horário, remunerado à base de comissões, tem direito ao adicional de, no mínimo, 50% (cinqüenta por cento) pelo trabalho em horas extras, calculado sobre o valor-hora das comissões recebidas no mês, considerando-se como divisor o número de horas efetivamente trabalhadas. OJ-SDI1-235 HORAS EXTRAS. SALÁRIO POR PRODUÇÃO. O empregado que recebe salário por produção e trabalha em sobrejornada faz jus à percepção apenas do adicional de horas extras. OJ-SDI1-397. COMISSIONISTA MISTO. HORAS EXTRAS. BASE DE CÁLCULO. APLICAÇÃO DA SÚMULA N.º 340 DO TST. O empregado que recebe remuneração mista, ou seja, uma parte fixa e outra variável, tem direito a horas extras pelo trabalho em sobrejornada. Em relação à parte fixa, são devidas as horas simples acrescidas do adicional de horas extras. Em relação à parte variável, é devido somente o adicional de horas extras, aplicando-se à hipótese o disposto na Súmula n.º 340 do TST. Gorjetas - pagas diretamente por clientes ao empregado que o serviu ou cobrada pela empresa do cliente e destinada a distribuir aos empregados - art. 457, § 3º da CLT - compõem a remuneração, mas não são salário - não complementam o salário mínimo e nem o piso salarial *** integram a remuneração para cálculo de 13º salário, férias e FGTS *** muito importante a súmula 354 do TST GORJETAS. NATUREZA JURÍDICA. REPERCUSSÕES Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 47 As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço
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