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Apostila Direito do Trabalho

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Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 
 
 
 
1 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
1- Características do Direito do Trabalho 
 
- Direito Autônomo 
 
- Direito Especial (particularidades, especialidades) 
 
- Normas cogentes, de ordem pública, portanto irrenunciáveis pela 
vontade das partes (salvo nas hipóteses de Flexibilização) 
2 - Autonomia do Direito do Trabalho 
- o que identifica a autonomia de um ramo do direito, é o fato de 
apresentar princípios particulares (ex.: princípio da proteção, da 
primazia da realidade, etc...,); categorias jurídicas próprias( ex.: 
sindicatos, acordo coletivo, convenção coletiva, sentença normativa, 
etc...); possuir fontes especiais e específicas, possuir métodos 
próprios (regras), isto é, utilizar procedimentos especiais para o 
conhecimento das verdades que constituem objeto de suas 
investigações. Portanto, podemos concluir que, no Brasil, o Direito do 
trabalho é um ramo autônomo do direito. 
 
 
 
3 - FONTES DE DIREITO DO TRABALHO 
 
Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 
 
 
 
2 
 
4.1 – Fontes materiais: também denominadas reais ou primárias - 
momento pré-jurídico – fatores econômicos, sociais, filosóficos, políticos, 
etc. Exemplo: greves, passeatas 
 
4.2 – Fontes formais: também denominadas secundárias - momento 
jurídico - normas 
 
4.2.1 – fontes formais heterônomas – formação requer a participação 
de um agente externo, sem participação direta dos destinatários 
principais. Exemplos: leis em geral, súmulas vinculantes 
 
 
4.2.2 – fontes formais autônomas – formação requer participação dos 
destinatários das regras. Exemplos: ACT e CCT, há quem entenda que 
regulamento da empresa 
 
*****Artigo 8º da CLT: 
 
Art. 8º. As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta 
de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela 
jurisprudência, por analogia, por equidade e outros princípios e normas 
gerais de direito, principalmente do direito do trabalho e, ainda, de 
acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de 
maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o 
interesse público. 
Parágrafo único. O direito comum será fonte subsidiária do direito do 
trabalho, naquilo em que não for incompatível com os princípios 
fundamentais deste. 
 
Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 
 
 
 
3 
 
5 - PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO 
 
5.1 – Princípio da proteção –para compensar a hipossuficiência do 
trabalhador em face da superioridade mormente econômica do 
empregador, garantir tutela de direitos mínimos ao empregado. 
Desmembrado em: 
 
5.1.1 - “in dubio pro operario”- o intérprete deve optar pela interpretação 
mais favorável ao empregado; 
 
5.1.2 - aplicação da norma mais favorável – aplica-se a norma que for 
mais favorável ao empregado, considerando vários momentos: 
elaboração, interpretação e hierarquização das normas. Teorias da 
acumulação, conglobamento e conglobamento por instituto. 
 
5.1.3- condição mais benéfica – condições mais vantajosas ao 
empregado prevalecerão, independentemente de norma posterior – 
direitos adquiridos – artigo 444 CLT 
Exceção: se essa condição mais favorável for concedida sob condição, 
pois, deste modo, quando a condição se implementar poderá ser 
suprimida. 
 
Súmulas do TST sobre os temas51, 277, 288. 
 
SUM-51 NORMA REGULAMENTAR. VANTAGENS E OPÇÃO PELO 
NOVO REGULAMENTO. ART. 468 DA CLT 
I - As cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens 
deferidas anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a 
revogação ou alteração do regulamento. 
Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 
 
 
 
4 
 
II - Havendo a coexistência de dois regulamentos da empresa, a opção 
do empregado por um deles tem efeito jurídico de renúncia às regras do 
sistema do outro. 
 
5.2 – Princípio da irrenunciabilidade de direitos(indisponibilidade 
ou inderrogabilidade) – as normas trabalhistas não podem ser objeto 
de renúncia elo trabalhador – ver principalmente art. 9º CLT. Artigo 7º da 
CF é um mínimo!!! 
 
 
5.3 – Princípio da continuidade da relação de emprego – presume-se 
que os contratos de trabalho são firmados por tempo indeterminado, 
contratos a termo são exceções. Sobre este princípio ver Súmula 212 do 
TST (ônus da prova do fim da relação empregatícia -exemplos) 
 
 
5.4 – Princípio da primazia da realidade sobre a forma – realidade 
prevalece sobre a forma. 
 
Súmula 338 do TST 
 
 
5.5 – Princípio da intangibilidade salarial – salário tem caráter 
alimentar, defesa do salário. Dele decorre o princípio da irredutibilidade 
salarial. 
 
*** Descontos salariais – artigo 462 CLT (caput: decorrentes de lei, 
adiantamentos e previsto em negociação coletiva) – ver também 
parágrafo primeiro (dolo e culpa do empregado) 
Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 
 
 
 
5 
 
 
- entendimento TST, súmula 342+ OJ 160 sobre não presumir coação 
na assinatura dos documentos 
 
– questão do frentista (OJ 251) 
 
Art. 462 - Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos 
salários do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de 
dispositivos de lei ou de contrato coletivo. 
§ 1º - Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, 
desde de que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência 
de dolo do empregado. 
§ 2º - É vedado à empresa que mantiver armazém para venda de 
mercadorias aos empregados ou serviços estimados a proporcionar-lhes 
prestações " in natura " exercer qualquer coação ou induzimento no 
sentido de que os empregados se utilizem do armazém ou dos serviços. 
 
SUM-342 DESCONTOS SALARIAIS. ART. 462 DA CLT 
Descontos salariais efetuados pelo empregador, com a autorização 
prévia e por escrito do empregado, para ser integrado em planos de 
assistência odontológica, médico-hospitalar, de seguro, de previdência 
privada, ou de entidade cooperativa, cultural ou recreativo-associativa 
de seus trabalhadores, em seu benefício e de seus dependentes, não 
afrontam o disposto no art. 462 da CLT, salvo se ficar demonstrada a 
existência de coação ou de outro defeito que vicie o ato jurídico. 
 
OJ-SDI1-160 DESCONTOS SALARIAIS. AUTORIZAÇÃO NO ATO DA 
ADMISSÃO. VALIDADE. 
É inválida a presunção de vício de consentimento resultante do fato de 
ter o empregado anuído expressamente com descontos salariais na 
Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 
 
 
 
6 
 
oportunidade da admissão. É de se exigir demonstração concreta do 
vício de vontade. 
 
OJ-SDI1-251 DESCONTOS. FRENTISTA. CHEQUES SEM FUNDOS. 
É lícito o desconto salarial referente à devolução de cheques sem 
fundos, quando o frentista não observar as recomendações previstas em 
instrumento coletivo. 
 
*** Ver também CPC e impenhorabilidade – artigo 649. 
 
*** Falência do empregador- artigo 449 CLT e lei 11.101/2005. 
 
 
- irredutibilidade, salvo negociação coletiva – cuidar com redação do 
art. 503 da CLT – ver em caso de conjuntura econômica a lei 
4923/1965 
 
 
5.6 – Princípio da inalterabilidade contratual lesiva – proibida 
alteração de cláusulas, na relação de emprego, que signifiquem prejuízo 
direto ou indireto ao trabalhador, mesmo com a anuência deste. Ver art. 
468 da CLT. 
 
Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração 
das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim 
desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao 
empregado, sob pena de nulidadeda cláusula infringente desta garantia. 
Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 
 
 
 
7 
 
Parágrafo único - Não se considera alteração unilateral a determinação 
do empregador para que o respectivo empregado reverta ao cargo 
efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de 
confiança. 
 
 
 
6 – DIREITOS CONSTITUCIONAIS DOS TRABALHADORES 
 
Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros 
que visem à melhoria de sua condição social: 
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem 
justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização 
compensatória, dentre outros direitos; 
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário; 
III - fundo de garantia do tempo de serviço; 
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de 
atender as suas necessidades vitais básicas e às de sua família com 
moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, 
transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe 
preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para 
qualquer fim; 
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho; 
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo 
coletivo; 
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que 
percebem remuneração variável; 
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no 
valor da aposentadoria; 
Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 
 
 
 
8 
 
IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; 
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção 
dolosa; 
XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da 
remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, 
conforme definido em lei; 
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de 
baixa renda nos termos da lei; 
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e 
quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a 
redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; 
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos 
ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva; 
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; 
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em 
cinqüenta por cento à do normal; 
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a 
mais do que o salário normal; 
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a 
duração de cento e vinte dias; 
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; 
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos 
específicos, nos termos da lei; 
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo 
de trinta dias, nos termos da lei; 
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de 
saúde, higiene e segurança; 
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres 
ou perigosas, na forma da lei; 
Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 
 
 
 
9 
 
XXIV - aposentadoria; 
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento 
até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas; 
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho; 
XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei; 
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, 
sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em 
dolo ou culpa; 
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, 
com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e 
rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho; 
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de 
critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; 
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e 
critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência; 
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e 
intelectual ou entre os profissionais respectivos; 
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a 
menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis 
anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; 
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo 
empregatício permanente e o trabalhador avulso. 
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores 
domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, 
XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, 
atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a 
simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e 
acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, 
os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua 
integração à previdência social. (EC 72/2013) 
Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 
 
 
 
10 
 
 
 
Art. 8º. 
 
 
Art. 9º. É assegurado o direito de greve, 
 
 
Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores 
nos colegiados dos órgãos públicos em que seus interesses 
profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e 
deliberação. 
 
Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada 
a eleição de um representante destes com a finalidade exclusiva de 
promover-lhes o entendimento direto com os empregadores. 
 
 
 
 
7 - RELAÇÃO DE TRABALHO E RELAÇÃO DE EMPREGO 
 
Relação de trabalho – toda relação em que alguém preste serviços a 
outro, mediante compensação. 
gênero 
espécie 
Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 
 
 
 
11 
 
 
7.1 – Relação de trabalho autônomo – não há subordinação jurídica 
do prestador de serviços e o tomador. Não há dependência do prestador 
de serviços em relação ao tomador. Prestador de serviços assume o 
risco de sua atividade econômica, pode ou não haver pessoalidade e 
habitualidade. 
**** ver a partir do artigo 593 no Código Civil 
 
7.2 – Relação de trabalho eventual – trabalho realizado em caráter 
esporádico, em regra que não se relaciona com a atividade principal da 
empresa, do empregador. 
 
7.3 – Relação de trabalho avulso – A CF (art. 7º, XXXIV) igualou em 
condições o trabalhador avulso e o trabalhador com vínculo 
permanente. A competência para processar e julgar demandas também 
é da Justiça do Trabalho. 
 
- portuário - lei 12815/2013, havendo três envolvidos: Órgão Gestor de 
Mão-de-Obra (OGMO), operador portuário e trabalhador avulso 
portuário para carga e descarga de embarcações. 
 
Art. 32 Lei 12815/13: Os operadores portuários devem constituir em cada porto 
organizado um órgão de gestão de mão de obra do trabalho portuário, destinado 
a: 
I - administrar o fornecimento da mão de obra do trabalhador portuário e do 
trabalhador portuário avulso; 
II - manter, com exclusividade, o cadastro do trabalhador portuário e o registro do 
trabalhador portuário avulso; 
III - treinar e habilitar profissionalmente o trabalhador portuário, inscrevendo-o no 
cadastro; 
IV - selecionar e registrar o trabalhador portuário avulso; 
Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 
 
 
 
12 
 
V - estabelecer o número de vagas, a forma e a periodicidade para acesso ao 
registro do trabalhador portuário avulso; 
VI - expedir os documentos de identificação do trabalhadorportuário; e 
VII - arrecadar e repassar aos beneficiários os valores devidos pelos operadores 
portuários relativos à remuneração do trabalhador portuário avulso e aos 
correspondentes encargos fiscais, sociais e previdenciários. 
Parágrafo único. Caso celebrado contrato, acordo ou convenção coletiva de 
trabalho entre trabalhadores e tomadores de serviços, o disposto no instrumento 
precederá o órgão gestor e dispensará sua intervenção nas relações entre capital 
e trabalho no porto. 
Art. 28 Lei 12815/13: É dispensável a intervenção de operadores portuários em 
operações: 
I - que, por seus métodos de manipulação, suas características de automação ou 
mecanização, não requeiram a utilização de mão de obra ou possam ser 
executadas exclusivamente pela tripulação das embarcações; 
II - de embarcações empregadas: 
a) em obras de serviços públicos nas vias aquáticas do País, executadas direta 
ou indiretamente pelo poder público; 
b) no transporte de gêneros de pequena lavoura e da pesca, para abastecer 
mercados de âmbito municipal; 
c) na navegação interior e auxiliar; 
d) no transporte de mercadorias líquidas a granel; e 
e) no transporte de mercadorias sólidas a granel, quando a carga ou descarga for 
feita por aparelhos mecânicos automáticos, salvo quanto às atividades de 
rechego; 
III - relativas à movimentação de: 
a) cargas em área sob controle militar, quando realizadas por pessoal militar ou 
vinculado a organização militar; 
b) materiais por estaleiros de construção e reparação naval; e 
c) peças sobressalentes, material de bordo, mantimentos e abastecimento de 
embarcações; e 
IV - relativas ao abastecimento de aguada, combustíveis e lubrificantes para a 
navegação. 
 
- ART. 33 § 1o: O órgão não responde por prejuízos causados pelos 
trabalhadores portuários avulsos aos tomadores dos seus serviços ou a terceiros. 
 
Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 
 
 
 
13 
 
Porém... 
§ 2oO órgão responde, solidariamente com os operadores portuários, pela 
remuneração devida ao trabalhador portuário avulso e pelas indenizações 
decorrentes de acidente de trabalho. 
- Art. 41: O órgão de gestão de mão de obra: 
I - organizará e manterá cadastro de trabalhadores portuários habilitados ao 
desempenho das atividades referidas no § 1o do art. 40; e 
II - organizará e manterá o registro dos trabalhadores portuários avulsos. 
 
*** ver lei 12023/2009– trabalho avulso em atividades de 
movimentação de mercadorias 
 
Art. 1o As atividades de movimentação de mercadorias em geral 
exercidas por trabalhadores avulsos, para os fins desta Lei, são aquelas 
desenvolvidas em áreas urbanas ou rurais sem vínculo empregatício, 
mediante intermediação obrigatória do sindicato da categoria, por meio 
de Acordo ou Convenção Coletiva de Trabalho para execução das 
atividades. 
Parágrafo único A remuneração, a definição das funções, a composição 
de equipes e as demais condições de trabalho serão objeto de 
negociação entre as entidades representativas dos trabalhadores 
avulsos e dos tomadores de serviços. 
Art. 2o São atividades da movimentação de mercadorias em geral: 
I – cargas e descargas de mercadorias a granel e ensacados, costura, 
pesagem, embalagem, enlonamento, ensaque, arrasto, posicionamento, 
acomodação, reordenamento, reparação da carga, amostragem, 
arrumação, remoção, classificação, empilhamento, transporte com 
empilhadeiras, paletização, ova e desova de vagões, carga e descarga 
em feiras livres e abastecimento de lenha em secadores e caldeiras; 
II – operações de equipamentos de carga e descarga; 
III – pré-limpeza e limpeza em locais necessários à viabilidade das 
operações ou à sua continuidade. 
Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 
 
 
 
14 
 
Art. 3o As atividades de que trata esta Lei serão exercidas por 
trabalhadores com vínculo empregatício ou em regime de trabalho 
avulso nas empresas tomadoras do serviço. 
Art. 4o O sindicato elaborará a escala de trabalho e as folhas de 
pagamento dos trabalhadores avulsos, com a indicação do tomador do 
serviço e dos trabalhadores que participaram da operação, devendo 
prestar, com relação a estes, as seguintes informações: 
I – os respectivos números de registros ou cadastro no sindicato; 
II – o serviço prestado e os turnos trabalhados; 
III – as remunerações pagas, devidas ou creditadas a cada um dos 
trabalhadores, registrando-se as parcelas referentes a: 
a) repouso remunerado; 
b) Fundo de Garantia por Tempo de Serviço; 
c) 13o salário; 
d) férias remuneradas mais 1/3 (um terço) constitucional; 
e) adicional de trabalho noturno; 
f) adicional de trabalho extraordinário. 
(...) 
Art. 8o As empresas tomadoras do trabalho avulso respondem 
solidariamente pela efetiva remuneração do trabalho contratado e são 
responsáveis pelo recolhimento dos encargos fiscais e sociais, bem 
como das contribuições oude outras importâncias devidas à Seguridade 
Social, no limite do uso que fizerem do trabalho avulso intermediado 
pelo sindicato. 
 
- devem ser repassados os valores dos serviços arrecadados pelo 
sindicato aos trabalhadores em até 72 horas do seu recebimento, sob 
pena de responsabilidade pessoal e solidária dos dirigentes da entidade 
sindical 
Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 
 
 
 
15 
 
 
 
7.4 – Relação de trabalho institucional – relação entre servidores 
públicos e pessoas de Direito Público interno. Vínculo estatutário 
(incompetência da Justiça do Trabalho) e não de emprego. Necessidade 
de concurso público, artigo 37 da CF/88. 
 
***** ver súmula 386 (policial militar), ambas do TST 
 
SUM-386 POLICIAL MILITAR. RECONHECIMENTO DE VÍNCULO 
EMPREGATÍCIO COM EMPRESA PRIVADA Preenchidos os requisitos 
do art. 3º da CLT, é legítimo o reconhecimento de relação de emprego 
entre policial militar e empresa privada, independentemente do eventual 
cabimento de penalidade disciplinar prevista no Estatuto do Policial 
Militar. 
 
 
7.5 – Relação de trabalho – estágio – lei 11788/2008 – não é relação 
empregatícia, por causa dos objetivos educacionais do pacto. 
 
Art. 1º Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no 
ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo 
de educandos que estejam freqüentando o ensino regular em 
instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino 
médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, 
na modalidade profissional da educação de jovens e adultos. 
§ 1º O estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, além de 
integrar o itinerário formativo do educando. 
Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 
 
 
 
16 
 
§ 2º O estágio visa ao aprendizado de competências próprias da 
atividade profissional e à contextualização curricular, objetivando o 
desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho. 
 
Art. 2º O estágio poderá ser obrigatório ou não-obrigatório, 
conforme determinação das diretrizes curriculares da etapa, 
modalidade e área de ensino e do projeto pedagógico do curso. 
§ 1º Estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto do curso, 
cuja carga horária é requisito para aprovação e obtenção de diploma. 
§ 2º Estágio não-obrigatório é aquele desenvolvido como atividade 
opcional, acrescida à carga horária regular e obrigatória. 
§ 3º As atividades de extensão, de monitorias e de iniciação científica na 
educação superior, desenvolvidas pelo estudante, somente poderão ser 
equiparadas ao estágio em caso de previsão no projeto pedagógico do 
curso. 
 
Art. 3º O estágio, tanto na hipótese do § 1º do art. 2º desta Lei 
quantona prevista no § 2º do mesmo dispositivo, não cria vínculo 
empregatício de qualquer natureza, observados os seguintes 
requisitos: 
I - matrícula e freqüência regular do educando em curso de 
educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da 
educação especial e nos anos finais do ensino fundamental, na 
modalidade profissional da educação de jovens e adultos e atestados 
pela instituição de ensino; 
II - celebração de termo de compromisso entre o educando, a parte 
concedente do estágio e a instituição de ensino; 
III - compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estágio e 
aquelas previstas no termo de compromisso. 
§ 1º O estágio, como ato educativo escolar supervisionado, deverá ter 
acompanhamento efetivo pelo professor orientador da instituição de 
Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 
 
 
 
17 
 
ensino e por supervisor da parte concedente, comprovado por vistos nos 
relatórios referidos no inciso IV do caput do art. 7º desta Lei e por 
menção de aprovação final. 
§ 2º O descumprimento de qualquer dos incisos deste artigo ou de 
qualquer obrigação contida no termo de compromisso caracteriza 
vínculo de emprego do educando com a parte concedente do estágio 
para todos os fins da legislação trabalhista e previdenciária. 
(...) 
Art. 9º As pessoas jurídicas de direito privado e os órgãos da 
administração pública direta, autárquica e fundacional de qualquer 
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, bem como profissionais liberais de nível superior 
devidamente registrados em seus respectivos conselhos de 
fiscalização profissional, podem oferecer estágio, observadas as 
seguintes obrigações: 
I – celebrar termo de compromisso com a instituição de ensino e o 
educando, zelando por seu cumprimento; 
II – ofertar instalações que tenham condições de proporcionar ao 
educando atividades de aprendizagem social, profissional e cultural; 
III – indicar funcionário de seu quadro de pessoal, com formação ou 
experiência profissional na área de conhecimento desenvolvida no curso 
do estagiário, para orientar e supervisionar até 10 (dez) estagiários 
simultaneamente; 
IV – contratar em favor do estagiário seguro contra acidentes pessoais, 
cuja apólice seja compatível com valores de mercado, conforme fique 
estabelecido no termo de compromisso; 
V – por ocasião do desligamento do estagiário, entregar termo de 
realização do estágio com indicação resumida das atividades 
desenvolvidas, dos períodos e da avaliação de desempenho; 
VI – manter à disposição da fiscalização documentos que comprovem a 
relação de estágio; 
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18 
 
VII – enviar à instituição de ensino, com periodicidade mínima de 6 
(seis) meses, relatório de atividades, com vista obrigatória ao estagiário. 
Parágrafo único. No caso de estágio obrigatório, a responsabilidade 
pela contratação do seguro de que trata o inciso IV do caput deste artigo 
poderá, alternativamente, ser assumida pela instituição de ensino. 
 
Art. 10. A jornada de atividade em estágio será definida de comum 
acordo entre a instituição de ensino, a parte concedente e o aluno 
estagiário ou seu representante legal, devendo constar do termo de 
compromisso ser compatível com as atividades escolares e não 
ultrapassar: 
I – 4 (quatro) horas diárias e 20 (vinte) horas semanais, no caso de 
estudantes de educação especial e dos anos finais do ensino 
fundamental, na modalidade profissional de educação de jovens e 
adultos; 
II – 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais, no caso de 
estudantes do ensino superior, da educação profissional de nível 
médio e do ensino médio regular. 
§ 1o O estágio relativo a cursos que alternam teoria e prática, nos 
períodos em que não estão programadas aulas presenciais, poderá ter 
jornada de até 40 (quarenta) horas semanais, desde que isso esteja 
previsto no projeto pedagógico do curso e da instituição de ensino. 
§ 2o Se a instituição de ensino adotar verificações de 
aprendizagem periódicas ou finais, nos períodos de avaliação, a 
carga horária do estágio será reduzida pelo menos à metade, 
segundo estipulado no termo de compromisso, para garantir o bom 
desempenho do estudante. 
 
Art. 11. A duração do estágio, na mesma parte concedente, não 
poderá exceder 2 (dois) anos, exceto quando se tratar de estagiário 
portador de deficiência. 
 
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19 
 
Art. 12. O estagiário poderá receber bolsa ou outra forma de 
contraprestação que venha a ser acordada, sendo compulsória a sua 
concessão, bem como a do auxílio-transporte, na hipótese de estágio 
não obrigatório. 
§ 1o A eventual concessão de benefícios relacionados a transporte, 
alimentação e saúde, entre outros, não caracteriza vínculo 
empregatício. 
§ 2o Poderá o educando inscrever-se e contribuir como segurado 
facultativo do Regime Geral de Previdência Social. 
 
Art. 13. É assegurado ao estagiário, sempre que o estágio tenha 
duração igual ou superior a 1 (um) ano, período de recesso de 30 
(trinta) dias, a ser gozado preferencialmente durante suas férias 
escolares. 
§ 1o O recesso de que trata este artigo deverá ser remunerado quando 
o estagiário receber bolsa ou outra forma de contraprestação. 
§ 2o Os dias de recesso previstos neste artigo serão concedidos de 
maneira proporcional, nos casos de o estágio ter duração inferior a 1 
(um) ano. 
Art. 14. Aplica-se ao estagiário a legislação relacionada à saúde e 
segurança no trabalho, sendo sua implementação de responsabilidade 
da parte concedente do estágio. 
 
Art. 15. A manutenção de estagiários em desconformidade com 
esta Lei caracteriza vínculo de emprego do educando com a parte 
concedente do estágio para todos os fins da legislação trabalhista 
e previdenciária 
 
 
 
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20 
 
 
7.6 – Relação de trabalho – voluntariado – lei 9608/1998, atividade 
realizada a título gratuito; trabalho realizado por pessoa física a entidade 
pública de qualquer natureza ou a instituição privada em fins lucrativos. 
Pode haver reembolso de despesas ao prestador de serviço voluntário. 
 
Art. 1º. Considera-se serviço voluntário, para fins desta Lei, a atividade 
não remunerada, prestada por pessoa física à entidade pública de 
qualquer natureza, ou à instituição privada de fins não lucrativos, que 
tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos 
ou de assistência social, inclusive mutualidade. 
Parágrafo único. O serviço voluntário não gera vínculo empregatício, 
nem obrigação de natureza trabalhista, previdenciária ou afim. 
Art. 2º. O serviço voluntário será exercido mediante a celebração de 
termo de adesão entre a entidade, pública ou privada, e o prestador do 
serviço voluntário, dele devendo constar objeto e as condições de seu 
exercício. 
Art. 3º. O prestador do serviço voluntário poderá ser ressarcido pelas 
despesas que comprovadamente realizar no desempenho das 
atividades voluntárias. 
 
 
 
7.7 – Representante Comercial – lei 4886/65 
 
Art. 1º Exerce a representação comercial autônoma a pessoa jurídica ou 
a pessoa física, sem relação de emprego, que desempenha, em caráter 
não eventual por conta de uma ou mais pessoas, a mediação para a 
realização de negócios mercantis, agenciando propostas ou pedidos, 
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21 
 
para transmiti-los aos representados, praticando ou não atos 
relacionados com a execução dos negócios.7.8 – Relação de trabalho subordinada – relação de emprego – 
presentes o empregado e o empregador, conforme definição contida nos 
arts. 2º e 3º da CLT. 
 
7.8.1 – Empregado 
 
Características do empregado: art. 3º da CLT, onerosidade (salário), 
não-eventualidade (também denominado habitualidade), pessoalidade 
(impossibilidade de substituição e pessoa física), subordinação 
(chamada jurídica, dependência). 
 
*** relação de emprego é “intuito personae” no caso do empregado. 
 
*** a questão da continuidade 
 
***a questão da exclusividade 
 
 
*** alteridade (lembrar caráter forfetário do salário) 
 
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22 
 
Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar 
serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência 
deste e mediante salário. 
 
 
7.8.2 - Empregador 
 
Características do empregador: art. 2º CLT, pessoa física ou jurídica 
(empresa), direção da prestação de serviços, assume os riscos da 
atividade econômica (alteridade), admite e paga salários. 
 
Empregador por equiparação – art. 2º, § 1º CLT - profissionais liberais, 
instituições de beneficência, associações recreativas ou outras 
instituições sem fins lucrativos. 
 
Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, 
que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e 
dirige a prestação pessoal de serviço. 
§ 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da 
relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de 
beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins 
lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados. 
§ 2º - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma 
delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle 
ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de 
qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de 
emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma 
das subordinadas. 
 
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23 
 
Poderes do empregador – diretivo, regulamentar, disciplinar (depende 
da doutrina analisada). 
 
Grupo econômico: previsto no artigo 2º, § 2º da CLT para urbanos. 
Responsabilidade solidária. 
 
Art. 2ºCLT ... 
§2º. Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade 
jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo 
grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os 
efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada 
uma das subordinadas. 
Trata-se de um empregador único. Relembre da súmula 129 do TST, ou seja, a 
prestação de serviços para mais de uma das empresas do grupo, desde que na mesma 
jornada de trabalho, não caracteriza novo contrato. 
 
Súmula 129. A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo 
econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais 
de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário. 
 
Artigo 3º, § 2º da lei 5889/73 estabelece o grupo econômico para rurícolas: 
 
Art. 3º. Considera-se empregador rural, para os efeitos desta lei, a pessoa física ou 
jurídica, proprietário ou não, que explore atividade agroeconômica, em caráter 
permanente ou temporário, diretamente ou através de prepostos e com auxílio de 
empregados. § 1º. Inclui-se na atividade econômica, referida no caput deste artigo, a 
exploração industrial em estabelecimento agrário não compreendido na Consolidação das 
Leis do Trabalho. 
§ 2º. Sempre que uma ou mais empresas, embora tendo cada uma delas personalidade 
jurídica própria, estiverem sob direção, controle ou administração de outra, ou ainda 
quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico ou 
financeiro rural, serão responsáveis solidariamente nas obrigações decorrentes da 
relação de emprego. 
 
 
 
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24 
 
Empreitada e subempreitada – prevista no art. 455 da CLT – empreiteiro e 
subempreiteiro. Nesta modalidade de contrato, há uma relação de trabalho, ou seja, não há 
vínculo de emprego. Um empreiteiro obriga-se a realizar alguma obra ara outrem, mediante 
um preço. Se este empreiteiro subempreitar a obra, ou seja, passar parte da obra (ou até 
mesmo toda ela) para uma outra pessoa realizar, a CLT prevê que ambos, subempreiteiro e 
empreiteiro responderão pelos contratos de trabalho. Esta responsabilidade, embora não 
esteja expressa na CLT, tem sido entendida como solidária. 
 
Art. 455. Nos contratos de subempreitada responderá o subempreiteiro pelas obrigações 
derivadas do contrato de trabalho que celebrar, cabendo, todavia, aos empregados, o 
direito de reclamação contra o empreiteiro principal pelo inadimplemento daquelas 
obrigações por parte do primeiro. 
 
Diante desta previsão, doutrina e jurisprudência entenderam, por extensão, que o 
dono-da-obra deveria responder pelos contratos de trabalho do empreiteiro. 
Neste caso, o TST editou a OJ 191 da SDI 1 do TST, disciplinando exceção 
quando este dono-da-obra não for empresa construtora ou incorporadora: 
 
DONO DA OBRA. RESPONSABILIDADE. Inserida em 08.11.00. Diante da inexistência 
de previsão legal, o contrato de empreitada entre o dono da obra e o empreiteiro não 
enseja responsabilidade solidária ou subsidiária nas obrigações trabalhistas contraídas 
pelo empreiteiro, salvo sendo o dono da obra uma empresa construtora ou incorporadora. 
 
Sucessão de empregadores (artigos 10 e 448 da CLT). 
Direciona a demanda em relação ao sucessor (divergências quanto à espécie de 
responsabilidade), mas a corrente majoritária é a de que o sucessor responde integral e 
exclusivamente pelos débitos trabalhistas. Na dúvida, direcione em relação aos dois, 
sucessor e sucedido. 
Explicar o que houve com o contrato de trabalho e as atividades do empregador, 
requerendo a sucessão e responsabilidade integral do sucessor. 
 
Art. 10. Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos 
adquiridos por seus empregados. 
 
Art. 448. A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os 
contratos de trabalho dos respectivos empregados. 
 
Quanto aos bancos, relembre-se da OJ 261 da SDI 1 do TST: 
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25 
 
 
261 BANCOS. SUCESSÃO TRABALHISTA. 
As obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os empregados 
trabalhavam para o banco sucedido, são de responsabilidade do sucessor, uma vez que 
a este foram transferidos os ativos, as agências, os direitos e deveres contratuais, 
caracterizando típica sucessão trabalhista. 
 
Não esquecer, ainda, da recente OJ 411, da SDI 1 do TST, quando a sucessão 
em grupo econômico: 
 
SUCESSÃO TRABALHISTA. AQUISIÇÃO DE EMPRESA PERTENCENTE A GRUPO 
ECONÔMICO. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DO SUCESSOR POR DÉBITOS 
TRABALHISTAS DE EMPRESA NÃO ADQUIRIDA. INEXISTÊNCIA. 
O sucessor não responde solidariamente por débitos trabalhistas de empresa não 
adquirida, integrante do mesmo grupo econômico da empresa sucedida, quando, à 
época, a empresa devedora direta era solvente ou idônea economicamente, ressalvada a 
hipótese de má-fé ou fraude na sucessão. 
 
Assim, excluídas as hipóteses de má-fé ou fraude na sucessão, o sucessor 
somente responderá pelos débitos da empresa adquirida, ficado excluídas de sua 
responsabilidade os débitos das demais empresas de um grupo econômico.Terceirização, na falta de lei que especificamente regule a matéria, o TST editou 
a Súmula 331, que traz os casos e terceirização lícita e ilícita. 
 
SUM-331 CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE (nova redação 
do item IV e inseridos os itens V e VI à redação) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 
30 e 31.05.2011 
I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo 
diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei nº 
6.019, de 03.01.1974). 
II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo 
de emprego com os órgãos da Administração Pública direta, indireta ou fundacional (art. 
37, II, da CF/1988). 
III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância 
(Lei nº 7.102, de 20.06.1983) e de conservação e limpeza, bem como a de serviços 
especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a 
pessoalidade e a subordinação direta. 
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26 
 
IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a 
responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações, desde 
que haja participado da relação processual e conste também do título executivo judicial. 
V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta respondem 
subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso evidenciada a sua conduta 
culposa no cumprimento das obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente 
na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de 
serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero 
inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente 
contratada. 
VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas 
decorrentes da condenação referentes ao período da prestação laboral. 
 
 
CONTRATO DE TRABALHO 
 
Analisar art. 442 da CLT – acordo tácito ou expresso que corresponde 
à relação de emprego 
 ***observar art. 442-A CLT – empregador, para contratação, não 
pode exigir do candidato ao emprego experiência superior a seis meses 
na atividade 
 
Analisar art. 443 da CLT – contrato pode ser tácito ou expresso, verbal 
ou escrito, prazo determinado ou indeterminado 
 
Características do contrato de trabalho: 
- consensual; 
- sinalagmático (dependência recíproca quanto às obrigações); 
- continuidade; 
- onerosidade; 
- alteridade; 
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27 
 
- subordinação. 
 
Anotação da CTPS – prazo de 48 horas para o empregador anotar, de 
acordo com o art. 29 da CLT. Ver referido dispositivo quanto às demais 
anotações necessárias (cuidado com anotações desabonadoras!!!) – 
súmula 12 do TST, prova das anotações tem valor “juris tantum” 
 
***CTPS – documento obrigatório, ver art. 13 da CLT 
*** para o empregador, ficha de registro – art. 41 CLT 
 
 
Contrato de Trabalho – elementos (artigo 104 do Código Civil – 
capacidade das partes, licitude do objeto, consentimento) -trabalho ilícito 
e trabalho proibido – nulidades – compensação com base no art. 606 
 
*** OJ 199 da SDI I – apontador do jogo do bicho 
OJ-SDI1-199 JOGO DO BICHO. CONTRATO DE TRABALHO. 
NULIDADE. OBJETO ILÍCITO. ARTS. 82 E 145 DO CÓDIGO CIVIL. 
 
-trabalho ilícito x trabalho proibido 
 
 
Contrato por prazo indeterminado – é a regra geral, ver art. 452 da 
CLT – seis meses entre um contrato por prazo determinado e outro, do 
contrário será considerado como por prazo indeterminado. 
 
Contrato por prazo determinado 
 
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28 
 
– art. 443, § 1º CLT – vigência depende de termo, de execução de 
serviços especificados ou realização de certo acontecimento suscetível 
de previsão aproximada; 
 
- art. 443, § 2º CLT – será válido quando ocorrer: serviço cuja natureza 
ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo; atividade 
empresarial de caráter transitório, contrato de experiência 
 
- art. 445 CLT – prazo não pode ser superior a 2 anos, admitindo uma 
única prorrogação dentro do prazo máximo (art. 451 CLT) 
 
- art. 487 CLT – não há aviso prévio 
 
- arts. 479 e 480 CLT – indenizações para empregado e empregador no 
caso de rescisão antecipada – 50% dos dias faltantes para cômputo do 
prazo estipulado (empregador ainda paga multa 40% FGTS) 
 
- art. 481 CLT – se houver cláusula que assegure rescisão antecipada 
para ambas partes, serão aplicadas regras dos contratos por prazo 
indeterminado(ex. aviso prévio) 
 
 
Contrato de experiência – ver regras anteriores e especificamente: 
prazo de 90 (noventa dias), admitindo uma única prorrogação dentro do 
período. Súmula 188 TST. Finalidade: avaliação recíproca. 
 
 
Trabalho temporário – lei 6019/74 
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29 
 
Art. 2º - Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física a uma empresa, 
para atender à necessidade transitória de substituição de seu pessoal 
regular e permanente ou à acréscimo extraordinário de serviços. 
Art. 4º - Compreende-se como empresa de trabalho temporário a pessoa física ou 
jurídica urbana, cuja atividade consiste em colocar à disposição de outras 
empresas, temporariamente, trabalhadores, devidamente qualificados, por elas 
remunerados e assistidos. 
Art. 10 - O contrato entre a empresa de trabalho temporário e a empresa 
tomadora ou cliente, com relação a um mesmo empregado, não poderá exceder 
de três meses, salvo autorização conferida pelo órgão local do Ministério do 
Trabalho e Previdência Social, segundo instruções a serem baixadas pelo 
Departamento Nacional de Mão-de-Obra. 
(Ver Portaria 789/14 MTE: os contratos de trabalho temporário poderão durar até 
nove meses, desde que ocorram circunstâncias e motivos a justifiquem e 
vale exclusivamente na hipótese de substituição de pessoal regular e 
permanente.) 
Art. 11 - O contrato de trabalho celebrado entre empresa de trabalho temporário e 
cada um dos assalariados colocados à disposição de uma empresa tomadora ou 
cliente será, obrigatoriamente, escrito e dele deverão constar, 
expressamente, os direitos conferidos aos trabalhadores por esta Lei. 
Parágrafo único. Será nula de pleno direito qualquer cláusula de reserva, 
proibindo a contratação do trabalhador pela empresa tomadora ou cliente ao 
fim do prazo em que tenha sido colocado à sua disposição pela empresa de 
trabalho temporário. 
Art. 12 - Ficam assegurados ao trabalhador temporário os seguintes direitos: 
a) remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma categoria 
da empresa tomadora ou cliente calculados à base horária, garantida, em 
qualquer hipótese, a percepção do salário mínimo regional; 
b) jornada de oito horas, remuneradas as horas extraordinárias não excedentes 
de duas, com acréscimo de 20% (vinte por cento);( Obs: pós CF/88: 50%) 
c) férias proporcionais, nos termos do artigo 25 da Lei nº 5.107, de 13 de 
setembro de 1966; 
d) repouso semanal remunerado; 
e) adicional por trabalho noturno; 
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30 
 
f) indenização por dispensa sem justa causa ou término normal do contrato, 
correspondente a 1/12 (um doze avos) do pagamento recebido; 
g) seguro contra acidente do trabalho; 
h) proteção previdenciária nos termos do disposto na Lei Orgânica da Previdência 
Social, com as alterações introduzidas pela Lei nº 5.890, de 8 de junho de 1973 
(art. 5º, item III, letra "c" do Decreto nº 72.771, de6 de setembro de 1973). 
§ 1º - Registrar-se-á na Carteira de Trabalho e Previdência Social do trabalhador 
sua condição de temporário. 
§ 2º - A empresa tomadora ou cliente é obrigada a comunicar à empresa de 
trabalho temporário a ocorrência de todo acidente cuja vítima seja um assalariado 
posto à sua disposição, considerando-se local de trabalho, para efeito da 
legislação específica, tanto aquele onde se efetua a prestação do trabalho, quanto 
a sede da empresa de trabalho temporário. 
 
ver OJ 383 da SDI 1 sobre isonomia salarial 
 
OJ-SDI1-383 TERCEIRIZAÇÃO. EMPREGADOS DA EMPRESA 
PRESTADORA DE SERVIÇOS E DA TOMADORA. ISONOMIA. ART. 
12, “A”, DA LEI N.º 6.019, DE 03.01.1974 
A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, 
não gera vínculo de emprego com ente da Administração Pública, não 
afastando, contudo, pelo princípio da isonomia, o direito dos 
empregados terceirizados às mesmas verbas trabalhistas legais e 
normativas asseguradas àqueles contratados pelo tomador dos 
serviços, desde que presente a igualdade de funções. Aplicação 
analógica do art. 12, “a”, da Lei n.º 6.019, de 03.01.1974. 
 
 
Art. 16 - No caso de falência da empresa de trabalho temporário, a empresa 
tomadora ou cliente é solidariamente responsável pelo recolhimento das 
contribuições previdenciárias, no tocante ao tempo em que o trabalhador esteve 
sob suas ordens, assim como em referência ao mesmo período, pela 
remuneração e indenização previstas nesta Lei. 
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31 
 
Assim, a responsabilidade da empresa tomadora é, em regra, subsidiária, 
contudo, havendo a insolvência da empresa fornecedora de mão-de-obra, a 
responsabilidade passará a ser solidária. 
 
 
Trabalho provisório – lei 9601/98 - hipóteses legais de cabimento 
(previsão em CCT ou ACT, qualquer atividade na empresa) – prazo – 
prorrogação (sucessivas) – direitos do trabalhador – não cabem 
indenizações dos artigos 479 e 480 da CLT 
 
 
EMPREGADO DOMÉSTICO 
 
- art. 7º, § único CF/88 – LC 150/2015 
- não se aplica CLT!!! 
 
- conceito: Art. 1o LC 150/15: Ao empregado doméstico, assim considerado 
aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal 
e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial 
destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica-se o disposto nesta Lei. 
Parágrafo único. É vedada a contratação de menor de 18 (dezoito) anos para 
desempenho de trabalho doméstico, de acordo com a Convenção no 182, de 1999, 
da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e com o Decreto no 6.481, de 12 de 
junho de 2008. 
 
 
RURÍCOLA 
 
- Lei nº 5889/1973, a qual foi regulamentada pelo Decreto 73.626/1974. 
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32 
 
 
- A Lei 5889/73 é aplicável a todos os trabalhadores rurais não apenas 
ao empregado rural (art 17). A legislação ordinária prevê direitos 
peculiares, que se mantém com CF/88. 
 
- não se aplica a CLT ao rurícola, art. 7º, “b” da CLT 
 
- a CF/88, no seu art 7º, unifica os direitos dos trabalhadores rurais e 
urbanos 
 
 
- Art. 2º Lei 5889/73: é toda pessoa física que, em propriedade rural ou 
prédio rústico, presta serviço de natureza não eventual a empregador 
rural, sob a dependência deste e mediante salário. 
 
 
- Art. 3º Lei 5889/73: considera-se empregador rural a pessoa física ou 
jurídica, proprietária ou não, que explore atividade agroeconômica 
(agricultura ou pecuária), em caráter permanente ou temporário, 
diretamente ou através de prepostos e com auxílio de empregados. 
 
- não é propriamente a localização da propriedade ou do prédio rústico 
que determina se ele é rural ou urbano, o que importa é se está 
destinado à atividade agroeconômica (agricultura, pecuária de um modo 
geral e exploração industrial em estabelecimento agrário – indústria rural 
do art. 3º, § 1º da lei 5889/1973). 
 
- lembrar horário noturno – agricultura e pecuária – lembrar adicional de 
25% e não tem hora reduzida 
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33 
 
 
 
Agosto de 2015: OJ 315 e 419 SDI-1 TST: canceladas 
 
- intervalo intrajornada – art. 5º da lei 5889/1973 – tempo de uma hora, 
conforme usos e costumes da região, em trabalho contínuo de duração 
superior a seis horas – tempo não computado na duração do trabalho – 
OJ 381 SDI 1 sobre supressão 
 
- intervalo interjornada – art. 5º da lei 5889/1973 – onze horas 
 
- aviso prévio – art. 15 da lei 5889/1973 – se dispensa for promovida 
pelo empregador, empregado tem direito a um dia por semana para 
procurar outro trabalho, sem prejuízo do salário 
 
 
-Art. 14, parágrafo único, Lei 5889/73: Contrato de safra: o que tenha 
a sua duração dependente de variações estacionais da atividade 
agrária. Típicos do meio rural, por ex, para a safra do café, do milho, etc. 
 
 
 
Salário e Remuneração 
 
A CLT utiliza as expressões SALÁRIO e REMUNERAÇÃO sem fazer muitas 
distinções 
(ver artigo 457 caput e 457, § 1º, ver artigo 458, todos da CLT) 
 
O propósito do legislador justamente foi não utilizar salário para se referir 
também a gorjetas. 
 
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34 
 
Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, 
além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do 
serviço, as gorjetas que receber. 
§ 1º - Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as 
comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos 
pelo empregador. 
§ 2º - Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como as diárias para 
viagem que não excedam de 50% (cinqüenta por cento) do salário percebido pelo 
empregado. 
§ 3º - Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao 
empregado, como também aquela que fôr cobrada pela emprêsa ao cliente, como 
adicional nas contas, a qualquer título, e destinada a distribuição aos empregados. 
 
 
Salário é devido ao empregado, pela prestação de serviços, em decorrência do 
contrato de trabalho, pago diretamente pelo empregador 
 
Remuneração é o conjunto de prestações recebidas habitualmente pelo 
empregado pela prestação de serviços, seja em dinheiro, seja em utilidades, provenientes 
do empregador ou terceiro, mas decorrentes do contrato de trabalho. 
 
- salário - empregador 
- remuneração é o conjunto de prestações recebidas habitualmente pelo empregado – 
empregador + terceiros 
- remuneração = salário + gorjetas 
 (cjto) (diretamente) (3º) 
 
Impossibilidade de salário complessivo - idéia de cumulação em um mesmo 
montante de distintas parcelas salariais. É o pagamento englobado – fraude. Súmula nº 91 
do TST. 
 
 
SALÁRIO COMPLESSIVO 
Nula é a cláusula contratual que fixa determinada importância ou percentagem para 
atender englobadamente vários direitos legais ou contratuais do trabalhador. 
 
Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 
 
 
 
35 
 
 
Intangibilidade salarial – salário tem caráter alimentar, defesa do salário. Dele 
decorre o princípio da irredutibilidade salarial. 
*** Descontos salariais – artigo 462 CLT (caput: decorrentes de lei, 
adiantamentos e previsto em negociação coletiva) – ver também parágrafo primeiro (dolo e 
culpa do empregado) 
 
Art. 462 - Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do 
empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos,de dispositivos de lei ou de 
contrato coletivo. 
§ 1º - Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde de que 
esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do empregado. 
§ 2º - É vedado à empresa que mantiver armazém para venda de mercadorias aos 
empregados ou serviços estimados a proporcionar-lhes prestações " in natura " exercer 
qualquer coação ou induzimento no sentido de que os empregados se utilizem do 
armazém ou dos serviços. 
 
Se ato doloso, não precisa autorização do empregado para descontar. Se ato 
culposo, precisa de autorização do empregado. 
 
- entendimento TST 
 
SUM-342 DESCONTOS SALARIAIS. ART. 462 DA CLT 
Descontos salariais efetuados pelo empregador, com a autorização prévia e por escrito 
do empregado, para ser integrado em planos de assistência odontológica, médico-
hospitalar, de seguro, de previdência privada, ou de entidade cooperativa, cultural ou 
recreativo-associativa de seus trabalhadores, em seu benefício e de seus dependentes, 
não afrontam o disposto no art. 462 da CLT, salvo se ficar demonstrada a existência de 
coação ou de outro defeito que vicie o ato jurídico. 
 
 
 
OJ-SDI1-160 DESCONTOS SALARIAIS. AUTORIZAÇÃO NO ATO DA ADMISSÃO. 
VALIDADE. 
É inválida a presunção de vício de consentimento resultante do fato de ter o empregado 
anuído expressamente com descontos salariais na oportunidade da admissão. É de se 
exigir demonstração concreta do vício de vontade. 
 
– questão do frentista 
Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 
 
 
 
36 
 
 
OJ-SDI1-251 DESCONTOS. FRENTISTA. CHEQUES SEM FUNDOS. 
É lícito o desconto salarial referente à devolução de cheques sem fundos, quando o 
frentista não observar as recomendações previstas em instrumento coletivo. 
*** Ver também CPC e impenhorabilidade – artigo 649. 
 
 
Salário em Utilidades - denominações: utilidade, in natura, indireto - forma pela 
qual o empregado recebe em bens econômicos - art. 458 da CLT 
- não pode ser todo o salário em utilidades (ver artigo 82, § único da CLT), o 
salário em dinheiro não pode ser inferior a 30%. 
 
- § 2º do art. 458 estabelece o que não será considerado como salário “in natura” 
 
Art. 458 - Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os 
efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações "in natura" que a 
empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. 
Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas. 
§ 1º Os valores atribuídos às prestações "in natura" deverão ser justos e razoáveis, não 
podendo exceder, em cada caso, os dos percentuais das parcelas componentes do 
salário-mínimo (arts. 81 e 82). 
§ 2o Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as 
seguintes utilidades concedidas pelo empregador: 
I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e 
utilizados no local de trabalho, para a prestação do serviço; 
II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, 
compreendendo os valores relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e 
material didático; 
III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso 
servido ou não por transporte público; 
IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou 
mediante seguro-saúde; 
V – seguros de vida e de acidentes pessoais; 
VI – previdência privada; 
VII – (VETADO) 
§ 3º - A habitação e a alimentação fornecidas como salário-utilidade deverão atender aos 
fins a que se destinam e não poderão exceder, respectivamente, a 25% (vinte e cinco por 
cento) e 20% (vinte por cento) do salário-contratual. 
Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 
 
 
 
37 
 
§ 4º - Tratando-se de habitação coletiva, o valor do salário-utilidade a ela correspondente 
será obtido mediante a divisão do justo valor da habitação pelo número de co-habitantes, 
vedada, em qualquer hipótese, a utilização da mesma unidade residencial por mais de 
uma família. 
 
 
- quanto ao valor atribuído à parcela, ver súmula 258 do TST: 
 
SALÁRIO-UTILIDADE. PERCENTUAIS 
Os percentuais fixados em lei relativos ao salário "in natura" apenas se referem às 
hipóteses em que o empregado percebe salário mínimo, apurando-se, nas demais, o real 
valor da utilidade. 
 
- configuração da utilidade – dois critérios - artigo 458 – habitualidade e gratuidade 
 
Como saber se essas vantagens têm ou não caráter salarial ? 
 
* Teoria mais utilizada é a denominada finalística: 
- pela prestação de serviços 
- para o trabalho 
 
*** ver súmula 367 
 
SUM-367 UTILIDADES "IN NATURA". HABITAÇÃO. ENERGIA ELÉTRICA. VEÍCULO. 
CIGARRO. NÃO INTEGRAÇÃO AO SALÁRIO 
I - A habitação, a energia elétrica e veículo fornecidos pelo empregador ao empregado, 
quando indispensáveis para a realização do trabalho, não têm natureza salarial, ainda 
que, no caso de veículo, seja ele utilizado pelo empregado também em atividades 
particulares. 
II - O cigarro não se considera salário utilidade em face de sua nocividade à saúde. 
 
* outra teoria é a da onerosidade: gratuidade ou não: se o empregado custeia parte do 
bem econômico que lhe é fornecido, não haverá que se falar em natureza salarial. 
 
* súmula 241 – vale-refeição – CUIDADO!!! 
 
SUM-241 SALÁRIO-UTILIDADE. ALIMENTAÇÃO 
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38 
 
O vale para refeição, fornecido por força do contrato de trabalho, tem caráter salarial, 
integrando a remuneração do empregado, para todos os efeitos legais. 
 
**** Vale-refeição e fornecimento de refeição em diversas espécies - necessária inscrição do 
empregador no PAT ou previsão sobre o assunto em ACT/CCT. Ver OJ 133 da SDI 1, do 
TST. 
 
AJUDA ALIMENTAÇÃO. PAT. LEI Nº 6.321/76. NÃO INTEGRAÇÃO AO SALÁRIO. 
A ajuda alimentação fornecida por empresa participante do programa de alimentação ao 
trabalhador, instituído pela Lei nº 6.321/76, não tem caráter salarial. Portanto, não integra 
o salário para nenhum efeito legal. 
 
**** Finalmente, cuidado com a seguinte OJ: 
 
OJ-SDI1-413 AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO. ALTERAÇÃO DA NATUREZA JURÍDICA. 
NORMA COLETIVA OU ADESÃO AO PAT. (DEJT divulgado em 14, 15 e 16.02.2012) 
A pactuação em norma coletiva conferindo caráter indenizatório à verba "auxílio-
alimentação" ou a adesão posterior do empregador ao Programa de Alimentação do 
Trabalhador — PAT — não altera a natureza salarial da parcela, instituída anteriormente, 
para aqueles empregados que, habitualmente, já percebiam o benefício, a teor das 
Súmulas nos 51, I, e 241 do TST. 
 
Adicional de Horas Extras (os adicionais em geral são parcelas pagas em 
razão de um trabalho realizado em condições peculiares pelo empregado, tratam-se de um 
plus que, cessada a causa de pagamento, via de regra, cessa a obrigatoriedade deste.) 
 
- o adicional de horas extras é de no mínimo 50 % por força da CF/88 (artigo 7º, XVI); 
cuidado com redação do art. 59 da CLT - é comum se fixar adicionais maiores que o 
previsto pela CF por ACT e CCT 
 
- integra o salário; 
 
***** exceção da regra: a Súmula 291 TST 
 
SUM-291 HORAS EXTRAS. HABITUALIDADE. SUPRESSÃO. INDENIZAÇÃO (nova 
redação em decorrência do julgamento do processo TST-IUJERR 10700-
45.2007.5.22.0101) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011 
Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 
 
 
 
39 
 
A supressão total ou parcial, pelo empregador, de serviço suplementar prestado com 
habitualidade, durante pelo menos 1 (um) ano,assegura ao empregado o direito à 
indenização correspondente ao valor de 1 (um) mês das horas suprimidas, total ou 
parcialmente, para cada ano ou fração igual ou superior a seis meses de prestação de 
serviço acima da jornada normal. O cálculo observará a média das horas suplementares 
nos últimos 12 (doze) meses anteriores à mudança, multiplicada pelo valor da hora extra 
do dia da supressão. 
 
Adicional Noturno – pago em razão do labor realizado em horário noturno, 
sendo este assim definido pela legislação. (doméstico não tem direito, menor não pode 
laborar em horário noturno) 
 
A partir do artigo 73 da CLT - 20% sobre o salário contratual devido pelos 
serviços prestados entre as 22 e 5h, nos centro urbanos; 
 
URBANO – 20% - hora noturna reduzida (52 minutos e 30 segundos) 
 – horário noturno entre 22h e 5h 
 
 
RURAL – 25% - hora noturna sem redução (60 minutos) 
 – agricultura entre 21h e 5h 
 – pecuária entre 20h e 4h 
 
Integra o salário -base para cálculos de 13º salário, férias, etc. 
 
*****- Súmula 265 do TST diz que, suprimindo o trabalho noturno o trabalhador perde o 
direito ao adicional. 
 
SUM-265 ADICIONAL NOTURNO. ALTERAÇÃO DE TURNO DE TRABALHO. 
POSSIBILIDADE DE SUPRESSÃO 
A transferência para o período diurno de trabalho implica a perda do direito ao adicional 
noturno. 
 
 
*****- súmula 60 TST - pago habitualmente, integra o salário para todos os efeitos e fala 
também de prorrogação do horário noturno 
 
Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 
 
 
 
40 
 
SUM-60 ADICIONAL NOTURNO. INTEGRAÇÃO NO SALÁRIO E PRORROGAÇÃO EM 
HORÁRIO DIURNO 
I - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado para 
todos os efeitos. 
II - Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é 
também o adicional quanto às horas prorrogadas. Exegese do art. 73, § 5º, da CLT. 
 
 
Adicional de Insalubridade – pago a quem labora exposto a condições 
insalubres, assim classificadas de acordo com as NR’s expedidas pelo Ministério do 
Trabalho. 
 
Previsto no artigo 192 da CLT: graus mínimo (10%), médio (20%) e máximo 
(40%). 
Base de cálculo, diferentes posicionamentos, atualmente por causa da Súmula 
vinculante 4 do STF. 
 
Adicional que tem natureza salarial. Habitualidade – integra o cálculo de outras 
verbas 
 
****- trabalho que não é contínuo em condição insalubre, o empregado terá direito ao 
adicional??? 
 
Súmula º 47 do TST- O trabalho executado em condições insalubres, em caráter 
intermitente, não afasta, só por essa circunstância, o direito à percepção do respectivo 
adicional. 
 
**** - fornecimento de EPI – ARTIGO 191 
 
Súmula 80 do TST - A eliminação da insalubridade mediante fornecimento de aparelhos 
protetores aprovados pelo órgão competente do Poder Executivo exclui a percepção do 
respectivo adicional. 
 
Súmulaº 289 do TST - O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador 
não o exime do pagamento do adicional de insalubridade. Cabe-lhe tomar as medidas 
que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, entre as quais as relativas ao 
uso efetivo do equipamento pelo empregado. 
 
Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 
 
 
 
41 
 
- artigo 157 CLT (empregador deve cumprir e fazer cumprir) + artigo 158 CLT (deveres do 
empregado e § único, “b” – hipótese para justa causa, pois é ato faltoso) 
 
***- até quando paga o adicional de insalubridade?? 
Art. 194 CLT – até quando persistirem as condições insalubres 
 
****- como caracterizar a insalubridade?? 
Art. 195 CLT – perícia 
Se empresa ou estabelecimento fechou – juiz pode analisar por outros meios de 
prova, lembre da OJ 278, SDI 1 do TST, já transcrita neste material 
 
*****- e se numa ação a perícia concluir que o agente nocivo é diferente daquele indicado na 
inicial??? 
 
Súmula 293 do TST- A verificação mediante perícia de prestação de serviços em 
condições nocivas, considerado agente insalubre diverso do apontado na inicial, não 
prejudica o pedido de adicional de insalubridade. 
 
*** médico ou engenheiro do trabalho??? Tanto faz!!! OJ 165 SDI I 
 
*** raios solares??? OJ 173 SDI I 
 
173. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. ATIVIDADE A CÉU ABERTO. EXPOSIÇÃO AO 
SOL E AO CALOR. (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 
14.09.2012) – Res. 186/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 
I – Ausente previsão legal, indevido o adicional de insalubridade ao trabalhador em 
atividade a céu aberto, por sujeição à radiação solar (art. 195 da CLT e Anexo 7 da NR 
15 da Portaria Nº 3214/78 do MTE). 
II – Tem direito ao adicional de insalubridade o trabalhador que exerce atividade exposto 
ao calor acima dos limites de tolerância, inclusive em ambiente externo com carga solar, 
nas condições previstas no Anexo 3 da NR 15 da Portaria Nº 3214/78 do MTE.. 
 
*** ver artigo 190 da CLT e OJ 4 SDI I – não basta perícia, deve haver classificação no MTE 
– limpeza de escritórios e recolhimento de lixo não são atividades insalubres 
 
SÚMULA Nº 448. ATIVIDADE INSALUBRE. CARACTERIZAÇÃO. PREVISÃO NA 
NORMA REGULAMENTADORA Nº 15 DA PORTARIA DO MINISTÉRIO DO TRABALHO 
Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 
 
 
 
42 
 
Nº 3.214/78. INSTALAÇÕES SANITÁRIAS. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 
4 da SBDI-1 com nova redação do item II). 
I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o 
empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a classificação da 
atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho. 
II – A higienização de instalações sanitárias de uso público ou coletivo de grande 
circulação, e a respectiva coleta de lixo, por não se equiparar à limpeza em residências e 
escritórios, enseja o pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo, incidindo 
o disposto no Anexo 14 da NR-15 da Portaria do MTE nº 3.214/78 quanto à coleta e 
industrialização de lixo urbano. 
 
 
 
 Adicional de Periculosidade - pago pelo trabalho em condições perigosas. 
 
- artigo 193 CLT – cuidado com atual redação do art. 193 da CLT, após lei 12740/2012 e lei 
12997/2014. 
 
*** OJ 345 SDI I – radiação ionizante e substâncias radioativas 
 
OJ-SDI1-345 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. RADIAÇÃO IONIZANTE OU 
SUBSTÂNCIA RADIOATIVA. DEVIDO. 
A exposição do empregado à radiação ionizante ou à substância radioativa enseja a 
percepção do adicional de periculosidade, pois a regulamentação ministerial (Portarias do 
Ministério do Trabalho nºs 3.393, de 17.12.1987, e 518, de 07.04.2003), ao reputar 
perigosa a atividade, reveste-se de plena eficácia, porquanto expedida por força de 
delegação legislativa contida no art. 200, caput, e inciso VI, da CLT. No período de 
12.12.2002 a 06.04.2003, enquanto vigeu a Portaria nº 496 do Ministério do Trabalho, o 
empregado faz jus ao adicional de insalubridade. 
 
 
- habitualidade integra o salário 
 
 
*** direito também dos cabistas, instaladores e reparadores de linhas telefônicas que 
trabalhem expostos ao sistema elétrico de potência – OJ 347 SDI I 
 
Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 
 
 
 
43 
 
OJ-SDI1-347 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA. 
LEI Nº 7.369, DE 20.09.1985, REGULAMENTADA PELO DECRETO Nº 93.412, DE 
14.10.1986. EXTENSÃO DO DIREITO AOS CABISTAS, INSTALADORES E 
REPARADORES DE LINHAS E APARELHOS EM EMPRESA DE TELEFONIA. 
É devido o adicional de periculosidade aos empregados cabistas, instaladores e 
reparadores de linhase aparelhos de empresas de telefonia, desde que, no exercício de 
suas funções, fiquem expostos a condições de risco equivalente ao do trabalho exercido 
em contato com sistema elétrico de potência. 
 
 
**** ver Súmula 364 do TST – exposição eventual – NÃO é mais possibilidade de redução 
do percentual mediante negociação coletiva 
 
SUM-364 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. EXPOSIÇÃO EVENTUAL, 
PERMANENTE E INTERMITENTE (cancelado o item II e dada nova redação ao item I) - 
Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011 
Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou 
que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco. Indevido, apenas, quando o 
contato dá-se de forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, 
dá-se por tempo extremamente reduzido. (ex-Ojs da SBDI-1 nºs 05 - inserida em 
14.03.1994 - e 280 - DJ 11.08.2003) 
 
*** OJ 385 – devido o adicional de periculosidade para quem labora em prédio vertical de 
armazenamento de combustíveis 
 
OJ-SDI1-385. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. DEVIDO. ARMAZENAMENTO DE 
LÍQUIDO INFLAMÁVEL NO PRÉDIO. CONSTRUÇÃO VERTICAL. 
É devido o pagamento do adicional de periculosidade ao empregado que desenvolve 
suas atividades em edifício (construção vertical), seja em pavimento igual ou distinto 
daquele onde estão instalados tanques para armazenamento de líquido inflamável, em 
quantidade acima do limite legal, considerando-se como área de risco toda a área interna 
da construção vertical. 
 
 
Ver súmula 447 do TST: 
 
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. PERMANÊNCIA A BORDO DURANTE O 
ABASTECIMENTO DA AERONAVE. INDEVIDO. 
Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 
 
 
 
44 
 
Os tripulantes e demais empregados em serviços auxiliares de transporte aéreo que, no 
momento do abastecimento da aeronave, permanecem a bordo não têm direito ao 
adicional de periculosidade a que aludem o art. 193 da CLT e o Anexo 2, item 1, "c", da 
NR 16 do MTE. 
 
 
**** se o empregado laborar em condições de insalubridade e periculosidade? Receberá os 
dois adicionais? 
Opção por um deles, de acordo com o art. 193, § 2º da CLT. 
 
 
Adicional de Transferência – pago em razão da mudança de local de trabalho 
que gere a mudança de domicílio do empregado. Cessada a causa, cessa a necessidade de 
pagamento. 
 
Art. 469. Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para 
localidade diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a que 
não acarretar necessariamente a mudança de seu domicílio. 
§ 1º. Não estão compreendidos na proibição deste artigo os empregados que exerçam 
cargos de confiança e aqueles cujos contratos tenham como condição implícita ou 
explícita, a transferência, quando esta decorra de real necessidade de serviço. 
§ 2º. É lícita a transferência quando ocorrer extinção do estabelecimento em que 
trabalhar o empregado. 
§ 3º. Em caso de necessidade de serviço o empregador poderá transferir o empregado 
para localidade diversa da que resultar do contrato, não obstante as restrições, do artigo 
anterior, mas, nesse caso, ficará obrigado a um pagamento suplementar, nunca inferior a 
25% (vinte e cinco por cento), dos salários que o empregado percebia naquela localidade, 
enquanto durar essa situação. 
 
- TST firmou entendimento de que é devido nos casos de transferência provisória: 
 
OJ-SDI1-113 ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA. CARGO DE CONFIANÇA OU 
PREVISÃO CONTRATUAL DE TRANSFERÊNCIA. DEVIDO. DESDE QUE A 
TRANSFERÊNCIA SEJA PROVISÓRIA. 
O fato de o empregado exercer cargo de confiança ou a existência de previsão de 
transferência no contrato de trabalho não exclui o direito ao adicional. O pressuposto 
legal apto a legitimar a percepção do mencionado adicional é a transferência provisória. 
 
Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 
 
 
 
45 
 
- o TST também entende que mesmo em caso de cargo de confiança e contratos que 
contenham condição implícita ou explícita a transferência, é necessária a comprovação da 
necessidade de serviço, súmula 43: 
 
TRANSFERÊNCIA 
Presume-se abusiva a transferência de que trata o § 1º do art. 469 da CLT, sem 
comprovação da necessidade do serviço. 
 
- 25% sobre o salário da salário que o empregado percebia na localidade em que estava 
laborando 
 
 
Comissões - modalidade de salário 
 
- se o salário for somente a base de comissões, ou seja, se não há salário fixo, o 
empregador deve pagar ao empregado pelo menos o salário mínimo ou o piso da categoria - 
art. 78, § único da CLT 
 
Art. 78 - Quando o salário for ajustado por empreitada, ou convencionado por tarefa ou 
peça, será garantida ao trabalhador uma remuneração diária nunca inferior à do salário 
mínimo por dia normal da região, zona ou subzona. 
Parágrafo único. Quando o salário-mínimo mensal do empregado a comissão ou que 
tenha direito a percentagem for integrado por parte fixa e parte variável, ser-lhe-á sempre 
garantido o salário-mínimo, vedado qualquer desconto em mês subseqüente a título de 
compensação. 
 
- artigo 466 da CLT: a partir de quando as comissões passam a ser devidas e a 
possibilidade de pagamento desta em prestações sucessivas. Lembrar sempre que o risco 
do negócio é do empregador (art. 2º da CLT), ou seja, não vincule o pagamento das 
comissões devidas ao empregado em face do adimplemento ou inadimplemento do cliente 
 
Art. 466 - O pagamento de comissões e percentagens só é exigível depois de ultimada a 
transação a que se referem. 
 § 1º - Nas transações realizadas por prestações sucessivas, é exigível o pagamento das 
percentagens e comissões que lhes disserem respeito proporcionalmente à respectiva 
liquidação. 
 § 2º - A cessação das relações de trabalho não prejudica a percepção das comissões e 
percentagens devidas na forma estabelecida por este artigo. 
Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 
 
 
 
46 
 
 
 
- verifique também lei 3207/1957 
 
* horas extras – pagamento tão somente do adicional 
 
 
SUM-340 COMISSIONISTA. HORAS EXTRAS 
O empregado, sujeito a controle de horário, remunerado à base de comissões, tem direito 
ao adicional de, no mínimo, 50% (cinqüenta por cento) pelo trabalho em horas extras, 
calculado sobre o valor-hora das comissões recebidas no mês, considerando-se como 
divisor o número de horas efetivamente trabalhadas. 
 
OJ-SDI1-235 HORAS EXTRAS. SALÁRIO POR PRODUÇÃO. O empregado que recebe 
salário por produção e trabalha em sobrejornada faz jus à percepção apenas do adicional 
de horas extras. 
 
OJ-SDI1-397. COMISSIONISTA MISTO. HORAS EXTRAS. BASE DE CÁLCULO. 
APLICAÇÃO DA SÚMULA N.º 340 DO TST. 
O empregado que recebe remuneração mista, ou seja, uma parte fixa e outra variável, 
tem direito a horas extras pelo trabalho em sobrejornada. Em relação à parte fixa, são 
devidas as horas simples acrescidas do adicional de horas extras. Em relação à parte 
variável, é devido somente o adicional de horas extras, aplicando-se à hipótese o 
disposto na Súmula n.º 340 do TST. 
 
Gorjetas - pagas diretamente por clientes ao empregado que o serviu ou 
cobrada pela empresa do cliente e destinada a distribuir aos empregados 
 
- art. 457, § 3º da CLT - compõem a remuneração, mas não são salário 
 
- não complementam o salário mínimo e nem o piso salarial 
 
*** integram a remuneração para cálculo de 13º salário, férias e FGTS 
 
*** muito importante a súmula 354 do TST 
 
GORJETAS. NATUREZA JURÍDICA. REPERCUSSÕES 
Núcleo Preparatório de Exame de Ordem 
 
 
 
47 
 
As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço

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