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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE FÍSICA – DEPARTAMENTO DE FÍSICA GERAL FÍSICA GERAL E EXPERIMENTAL II PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES Resultados e Discussões Trabalho realizado para a disciplina de Física Geral e Experimental II do departamento de física, sob a orientação do Professor Tiago Paes, e apresentado pelos alunos Deborah Santos, Pedro Araújo, Letícia Rodrigues e Érica Bispo. Salvador 2016 2 PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES FIS122 – Física Geral e Experimental II Professor: Tiago Paes Turma P04 1. Determinando a Densidade do Álcool Para determinar a densidade do álcool, medimos a massa de um picnomêtro vazio, depois cheio com álcool e depois com água. Obtivemos os seguintes resultados: Tabela 01 – Medidas com o picnômetro A partir dos valores na tabela 01, calcularemos a densidade do álcool da seguinte forma: 𝑑𝑟𝑒𝑙 = 𝑑𝑒𝑛𝑠. 𝑑𝑜 á𝑙𝑐𝑜𝑜𝑙 𝑑𝑒𝑛𝑠. 𝑑𝑎 á𝑔𝑢𝑎 = 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 á𝑙𝑐𝑜𝑜𝑙 𝑉⁄ 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 á𝑔𝑢𝑎 𝑉⁄ = 𝑚1 −𝑚0 𝑚2 −𝑚0 𝑑𝑟𝑒𝑙 = 𝑚1 −𝑚0 𝑚2 −𝑚0 𝑑𝑟𝑒𝑙 = 75,6 − 34 83,8 − 34 𝑑𝑟𝑒𝑙 = 0,84 Com o valor da densidade relativa (drel) e considerando o valor da densidade da água (d2) como 1g/cm3, temos que a densidade do álcool (d1) será: 𝑑1 = 𝑑𝑟𝑒𝑙 ∙ 𝑑2 = 𝑑𝑟𝑒𝑙 𝑑1 = 0,84 𝑔 𝑐𝑚³⁄ Já era de se esperar que a densidade do álcool fosse menor que a da água, afinal a massa do picnômetro cheio de água foi maior que a massa do picnômetro cheio de álcool. 2. Imersão das Massas em Álcool Depois de saber a densidade do álcool, iremos agora determinar o empuxo para massas imersas parcialmente e totalmente no álcool. massa picnômetro vazio 34 g massa picnômetro c. álcool 75,6 g massa picnômetro c. água 83,8 g 𝑚0 𝑚1 𝑚2 3 Os pesos foram medidos usando o dinamômetro. O peso real (Preal) usando o dinamômetro com a massa fora do álcool e o peso aparente (Paparente) para quando as massas estavam imersas no álcool. Para determinar o empuxo (E) consideramos o sistema de forças aplicadas na massa, ou seja, Preal = Paparente + E. O volume inicial de álcool utilizado foi 150 cm³. Os valores obtidos encontram-se na tabela 02 a seguir: Tabela 02 – Valores medidos para imersão em álcool Na tabela 02, temos a massa dos objetos medida na balança, porém a massa que está relacionada com o empuxo serão as massas dos volumes deslocados do líquido, sendo assim a massa de álcool deslocada (m) será dado por m=V∙d1, onde d1 é a densidade do álcool calculada na parte 1 deste documento. Como o empuxo está associado a massa do volume deslocado, podemos construir um gráfico E x m, para encontrar a relação entre essas grandezas. Na tabela 03 a seguir, podemos encontrar os valores encontrados para m e E utilizados para construção do Gráfico 01. Tabela 03 – Dados para o gráfico 01 Objeto Massa do objeto (g) Imersão Peso real (N) Peso aparente (N) Empuxo (N) Volume final (cm³) Total 1.20 0.15 164 14 Parcial 1.30 0.05 153 3 Total 0.35 0.25 173 23 Parcial 0.40 0.20 161 11 Total 0.05 0.10 156 6 Parcial 0.10 0.05 152 2 1.35 0.60 0.15 1 2 3 143.7 64.2 19.6 𝑉 = 𝑉 −𝑉0 (cm³) Objeto Massa do objeto (g) Empuxo (N) 0.15 0.0118 0.05 0.0025 0.25 0.0193 0.20 0.0092 0.10 0.0050 0.05 0.0017 1 143.7 2 64.2 3 19.6 𝑚 (kg) 4 Gráfico 01 – Empuxo vs. Massa deslocada de Álcool Utilizando o método dos mínimos quadrados podemos determinar a equação para a melhor reta do gráfico 01. A equação obtida foi: 𝐸 = 11,46 𝑚 + 0,04 Considerando então que esta equação de melhor reta se compare com a relação teórica do empuxo com a gravidade, dada por: 𝐸 = 𝑔 ∙ 𝑚 Onde g é a gravidade, que para este relatório iremos considerar 9,81 m/s². Sendo assim comparando o valor experimental encontrado com o valor teórico, calcularemos o erro da medida experimental: gexp = 11,45 m/s² gteórico = 9,81 m/s² %E = erro experimental %𝐸 = |𝑔𝑒𝑥𝑝 − 𝑔𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜| 𝑔𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜 %𝐸 = |11,45 − 9,81| 9,81 %𝐸 = 16% Considerando todos os erros possíveis nas medidas (como quanto de cada massa foi inserido no volume já que as massas tinham formatos diferentes, erros de leitura do dinamômetro) podemos dizer que os valores encontrados estão dentro do aceitável e demonstraram a relação com pouco erro relativo. 5 Considerando também que o coeficiente linear da relação deveria ser zero, o valor encontrado foi de 0,04; podemos dizer que esta medida também está dentro do aceitável pois o valor encontrado está bem próximo do esperado (zero). 3. Imersão das Massas em Água Depois de observar a relação para o álcool, realizamos o mesmo experimento só que desta vez com a água. Esperamos encontrar a mesma relação que encontramos no experimento anterior e as mesmas equações e condições iniciais foram utilizadas para este experimento com água. O volume inicial também foi 150 cm³. Tabela 04 – Valores medidos para imersão em água Na tabela 04, temos a massa dos objetos medida na balança, porém a massa que está relacionada com o empuxo serão as massas dos volumes deslocados do líquido, sendo assim a massa de água deslocada (m) será dado por m=V∙d2, onde d2 é a densidade do álcool calculada na parte 1 deste documento. Como o empuxo está associado a massa do volume deslocado, podemos construir um gráfico E x m, para encontrar a relação entre essas grandezas. Na tabela 05 a seguir, podemos encontrar os valores encontrados para m e E utilizados para construção do Gráfico 02. Tabela 05 – Dados para o gráfico 02 Objeto Massa do objeto (g) Imersão Peso real (N) Peso aparente (N) Empuxo (N) Volume final (cm³) Total 1.20 0.15 164 14 Parcial 1.30 0.05 158 8 Total 0.30 0.30 172 22 Parcial 0.40 0.20 164 14 Total 0.05 0.10 156 6 Parcial 0.10 0.05 154 4 3 19.6 0.15 1 143.7 1.35 2 64.2 0.60 𝑉 = 𝑉 − 𝑉0 (cm³) Objeto Massa do objeto (g) Empuxo (N) 0.15 0.014 0.05 0.008 0.30 0.022 0.20 0.014 0.10 0.006 0.05 0.004 1 143.7 2 64.2 3 19.6 𝑚 (kg) 6 Gráfico 02 - Empuxo vs. Massa deslocada de Água Utilizando o método dos mínimos quadrados podemos determinar a equação para a melhor reta do gráfico 02. A equação obtida foi: 𝐸 = 13,86 𝑚 + 0,01 Considerando então que esta equação de melhor reta se compare com a relação teórica do empuxo com a gravidade, dada por: 𝐸 = 𝑔 ∙ 𝑚 Onde g é a gravidade, que para este relatório iremos considerar 9,81 m/s². Sendo assim comparando o valor experimental encontrado com o valor teórico, calcularemos o erro da medida experimental: gexp = 13,86 m/s² gteórico = 9,81 m/s² %E = erro experimental %𝐸 = |𝑔𝑒𝑥𝑝 − 𝑔𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜| 𝑔𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜 %𝐸 = |13,86 − 9,81| 9,81 %𝐸 = 41% Podemos observar que o experimento teve maior erro quando utilizamos a água, isso pode ter acontecido por erros de leitura das medidas e calibração do dinamômetro ou até mesmo se a densidade da água utilizada foi 1 g/cm³. Mas ainda assim, podemos observar a relação que a medida que aumentamos a massa a ser 7 deslocada maior será o empuxo necessário, então a relação foi observada, porém fora de um grau de qualidade aceitável para o experimento. Também podemos considerar satisfatório o coeficiente linear que deveria ser zero e foi de 0,01. 4. Plotando valores para imersão em água e álcool no mesmo gráfico Dada a universalidade da equação querelaciona o empuxo e gravidade: 𝐸 = 𝑔 ∙ 𝑚 podemos plotar apenas um gráfico com os valores das tabelas 03 (para o álcool) e 05 (para a água) e observar que a relação também pode ser observada. No gráfico 03, plotamos essa relação em um único gráfico com os valores das tabelas 03 e 05. Para auxiliar na observação do fenômeno, forçaremos a curva a passar pela origem, para observar uma equação experimental mais próxima da equação teórica. Gráfico 03 - Empuxo vs. Massa deslocada de Líquido Utilizando o método dos mínimos quadrados podemos determinar a equação para a melhor reta do gráfico 03. A equação obtida foi: 𝐸 = 13,64 𝑚 Sendo assim comparando o valor experimental encontrado com o valor teórico da gravidade (9,81 m/s²), calcularemos o erro da medida experimental: gexp = 13,64 m/s² gteórico = 9,81 m/s² %E = erro experimental %𝐸 = |𝑔𝑒𝑥𝑝 − 𝑔𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜| 𝑔𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜 %𝐸 = |13,46 − 9,81| 9,81 %𝐸 = 37% Pudemos perceber que o erro aumentou pois como já visto no experimento com a água tivemos um erro maior e no álcool um erro menor, então utilizando as duas medidas tivemos um erro médio entre os dois. Mas a relação foi observada, e também a universalidade da relação independendo do líquido utilizado. Podemos concluir também que essa reta deve passar pela origem pois quando não há massa deslocada (m = 0) não há empuxo, nada acontecerá.
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