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Saberes Necessários à Prática Docente

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Prévia do material em texto

Responsável pelo Conteúdo: 
Profa. Ms. Julia de Cassia Pereira do Nascimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Saberes Necessários à 
Prática Docente 
Na Unidade VI de nossa disciplina vamos discutir sobre os 
saberes necessários à prática docente. Para tanto, tomaremos 
por base uma análise do relatório elaborado por Delors (1998) 
para a UNESCO, “Os quatro pilares para a educação do 
século XXI”. 
Após estas reflexões, focaremos a Didática e o trabalho 
docente, agora sob um novo tema: o professor na era digital. 
Não se esqueçam de que a aprendizagem ocorre com a 
informação, participação, reflexão e comentários, portanto 
leiam os textos, realizem as atividades propostas e participem 
do fórum. 
Atenção 
Para um bom aproveitamento do curso, leia o material teórico atentamente antes de realizar 
as atividades. É importante também respeitar os prazos estabelecidos no cronograma. 
 
 
 
 
 
 
 
O mundo atual envolve diferentes acontecimentos, além de uma complexa organização 
social, mostrando que a formação escolar é elemento imprescindível na constituição do ser 
humano e do cidadão modernos. 
Nós, educadores, temos que ter em mente quais os tipos de conhecimentos, saberes e 
habilidades que sociedade atual nos cobra. O que se espera de nós, professores, neste cenário 
de novas tecnologias? Devemos conhecê-las e utilizá-las ou somente nosso conhecimento 
didático é suficiente para atender às necessidades de aprendizagem de nossos alunos? 
Assista ao vídeo “Os sete saberes necessários à educação do futuro”, para refletir sobre 
o que nos espera. Pense na maneira como os professores estão atuando nas salas de aula, sob 
quais abordagens e metodologias e se há utilização de novas tecnologias no processo ensino-
aprendizagem. 
O vídeo está disponível em http://www.youtube.com/watch?v=sTGPxWOoeyI acesso 
em 30 de abril de 2012. 
 
 
 
Contextualização 
 
 
 
 
 
Ao discutirmos as necessidades pedagógicas dos professores, na construção de uma 
educação de qualidade e uma aprendizagem mais significativa para seus alunos, pudemos 
perceber a importância da didática no trabalho docente. 
As concepções que guiarão este trabalho para que seja realizado de forma eficiente, 
deverão ter início na formação inicial do professor. Segundo Carvalho&Perez (in Domingues, 
2001, p.105) é preciso que se considere uma base comum nacional para esta formação, a 
qual se apoia em cinco eixos: 
 
1. Sólida formação teórica; 
2. A unidade teoria e prática, sendo que essa relação diz respeito ao como se dá a 
produção de conhecimento na dinâmica curricular do curso; 
3. O compromisso social e a democratização da escola; 
4. O trabalho coletivo; 
5. A articulação entre a formação inicial e continuada. 
 
Segundo os autores, os dois primeiros eixos são de grande importância porque se 
relacionam ao “saber” (conhecimento teórico) e ao “saber fazer” (relação entre teoria e 
prática) dos professores. 
A formação profissional do professor deve, portanto, obedecer a um processo 
pedagógico, intencional e organizado, que lhe permita preparar-se teórico, científico e 
tecnicamente para desenvolver seu trabalho. Este processo deve propiciar continuamente 
reflexões e relações entre teoria e prática, “a teoria vinculada aos problemas reais postos pela 
experiência prática e a ação prática orientada teoricamente” (LIBÂNEO, 1993, P.27-28). 
Para realizar o exercício da docência, o professor necessita de múltiplos saberes, não 
somente relacionados aos conteúdos ou técnicas e métodos, mas saberes relacionados aos 
alunos e à educação como um todo. 
Nesse sentido, é importante que o saber e o saber fazer dos professores estejam 
articulados com as novas exigências educacionais deste século, que visam preparar os alunos 
para uma sociedade cognitiva, onde o conhecimento será a base das competências do futuro. 
Material Teórico 
 
 
 
 
Fonte: 
http://3.bp.blogspot.com/_ZtdkCSocVkE/Sn69ACk6PCI/AAAA
AAAAASg/qTHttx8Z-
yQ/s320/quatro+pilares+da+educa%C3%A7%C3%A3o.jpg 
 
A esse respeito, Delors (1998) nos 
proporciona uma visão da maneira como o 
professor deve organizar seu trabalho 
educacional, tomando por base quatro 
aprendizagens fundamentais, as quais devem 
constituir-se em pilares do conhecimento de cada 
pessoa. Estes pilares foram elaborados baseando-
se nas quatro linhas apontadas pela UNESCO, 
sob a perspectiva de priorizar conteúdos e 
estratégias que levem o aluno, enquanto ser 
humano, a realizar atividades nos três domínios 
da ação humana: a vida em sociedade, a 
atividade produtiva e a experiência subjetiva. 
Assim sendo, apresentam-se os quatro eixos da 
educação em nossa sociedade: 
a) Aprender a conhecer: indica o interesse, a abertura para o conhecimento, que 
verdadeiramente liberta da ignorância. Caracteriza-se pelo exercício da atenção, da 
memória e do pensamento, supondo-se antes de tudo que o aluno deve aprender a 
aprender. O homem é um ser inconcluso, o qual deve estudar, pesquisar e aprender 
durante toda sua vida. O professor deve desenvolver nos alunos a vontade e o impulso 
pelo conhecimento, pela pesquisa e aprendizagem durante toda sua vida, seja na escola, 
no trabalho ou fora deles. 
b) Aprender a fazer: mostra a coragem de executar, de correr riscos, de errar mesmo na busca 
de acertar. Conceito ligado à prática e à formação profissional, porém não deve ser 
considerado simplesmente transmissão de práticas rotineiras ou desenvolvimento de 
habilidade para executar determinada tarefa material. É importante que o aluno possa 
adquirir qualidades tais como capacidade de comunicação, de trabalhar em equipe, de 
administrar e resolver conflitos. Percebe-se então que a escola, na figura do professor, 
muito mais do que ensinar a fazer algo, deve preocupar-se de maneira mais abrangente em 
desenvolver no aluno competências e habilidades que o torne apto a enfrentar diferentes 
situações e a trabalhar em equipe. 
c) Aprender a viver juntos: traz o desafio da convivência que apresenta o respeito a todos e o 
exercício de fraternidade como caminho do entendimento. Desenvolver nos alunos uma 
cultura de paz, em oposição à violência na qual vivemos, levando-os a perceber e aceitar o 
outro, sabendo relacionar-se numa interdependência necessária para que possam trabalhar 
juntos, realizar projetos, gerir conflitos, respeitar o pluralismo, compreender-se mutuamente 
e construir a paz. 
d) Aprender a ser: muito importante por explicitar o papel do cidadão e o objetivo de viver. O 
ser humano é formado por um todo: espírito, corpo, mente, sentimento, inteligência, 
responsabilidades, etc. A educação deve auxiliar os alunos a desenvolverem todas as partes 
deste todo, de forma a desenvolver seus próprios pensamentos e juízos, seu poder de 
decisão, sua capacidade de ação com autonomia, discernimento e responsabilidade 
pessoal. 
 
 
 
Ao desenvolver seu trabalho baseado na visão dos quatro pilares do conhecimento, o 
professor pode planejar suas ações voltando-se para o desenvolvimento dos alunos, mas 
também para seu próprio crescimento como profissional da educação. 
Ao citarmos a importância da didática no trabalho docente, entendemos que o saber e 
o saber fazer do professor também devem estar alicerçados nos pilares do conhecimento, 
proporcionando um processo ensino-aprendizagem que não se preocupe tão somente com a 
assimilação de conteúdos, mas principalmente com o desenvolvimentodo pensamento, da 
comunicação e da pesquisa, do raciocínio lógico, da elaboração de sínteses e teorias, da 
independência e autonomia, tornando alunos e professores, sujeitos competentes socialmente. 
Esta educação, ao fundamentar-se nos quatro pilares sugeridos por Delors, pede dos 
professores a adoção de procedimentos didáticos diferenciados, que possam estar de acordo 
com o que se espera, conforme cita Rodrigues (2008): 
 
 Relacionar o tema com a experiência do estudante e de outros 
personagens do contexto social; 
 Desenvolver a pedagogia da pergunta 
 Proporcionar uma relação dialógica com o estudante; 
 Envolver o estudante num processo que conduz a resultados, conclusões 
ou compromissos com a prática; 
 Oferecer um processo de auto-aprendizagem e co-responsabilidade no 
processo de aprendizagem; 
 Utilizar o jogo pedagógico com o princípio de construir o texto. 
 
Segundo Rodrigues (2008) a aplicação dos quatro pilares da educação, citados por 
Delors (1998) no relatório para a UNESCO, é indispensável para qualquer instituição 
comprometida com uma educação e qualidade. Porém, para que se constituam em uma 
forma didática eficaz, é preciso que sejam diretamente incluídos na ação pedagógica, com um 
estudo aprofundado das características especificas de cada termo e dos objetivos que se 
espera alcançar com a aplicação do conjunto formado pelos quatro indicadores educacionais. 
 
Ao estudar os quatro pilares percebe-se a relação destes com as várias áreas 
de conformação do ser humano, quais sejam: a Psicologia, a Pedagogia, a 
Sociologia, a Biologia e, em grande monta, a Filosofia. Mesmo sem 
nomeação, não há dúvidas de que o aprender a conhecer; aprender a fazer, 
aprender a conviver; aprender a ser abrangem grande parte do conteúdo das 
ciências mencionadas e, consequentemente, contribuem com a formação 
integral do ser humano. (RODRIGUES, 2008) 
 
 
 
Fonte: 
http://www.gracamonteiro.com/news/fotos/professoresemr
euniao.jpg 
 
 
Percebemos aqui a importância da formação do professor, tanto inicial quanto 
continuada, no sentido de entender a educação como um processo que envolve um conjunto 
de conceitos e ações que permitem a apropriação do conhecimento e o estabelecimento de 
ligações entre as diferentes disciplinas e correntes de pensamento. 
É preciso que se entenda a didática como 
um dos pontos que favorecerá a aprendizagem. 
Para uma educação de qualidade é necessário, 
ainda, segundo Rodrigues (2008) que a escola se 
envolva no processo, desde a direção, 
coordenação, corpo docente, funcionários, alunos, 
enfim toda a comunidade escolar ou conjunto 
humano desta instituição seja um grupo unido para 
compartilhar e atingir a educação de seus alunos, 
fundamentando-se não somente na absorção de 
conhecimento, mas nos conceitos de formação de 
valores, prazer de conhecer, solidariedade, 
liberdade e democracia. Estudar e analisar os 
quatro pilares da educação nos indica caminhos 
para esta educação de qualidade e 
comprometimento da comunidade escolar. 
Como futuros educadores, independente da disciplina a ser desenvolvida com nossos 
alunos, é preciso que percebamos a importância de nosso comprometimento no 
desenvolvimento de uma didática voltada para a aprendizagem, mas também para o 
crescimento individual de nossos alunos em sua totalidade. 
Podemos perceber que os quatro pilares da educação, citados por Delors (1998) no 
relatório para UNESCO, vem ao encontro de nossa visão do aluno como um todo. Nosso 
trabalho deve propiciar aos nossos alunos: 
1) O desenvolvimento cognitivo (Aprender a conhecer) – Desenvolvimento de 
capacidades mentais: ouvir, refletir, criticar, discutir, interligar com conhecimento 
intelectual prévio, etc. 
2) O desenvolvimento de habilidades e competências (Aprender a fazer) – O que 
fazer com o conhecimento? Independente da carreira, pesquisar, buscar 
informações, trabalhar em grupo, trabalhar interdisciplinarmente, aplicar 
conhecimentos, redação, comunicação. 
 
 
 
Fonte: http://candil.blogs.sapo.pt/arquivo/red.gif 
 
 
3) O desenvolvimento de valores e atitudes (Aprender a conviver ou viver juntos) 
- Valores que envolvem o exercício de cada área profissional e a postura pessoal de 
cada um: ética, moral, cultural, políticos. 
4) O desenvolvimento afetivo-emocional (Aprender a ser) – Capacidade de 
relacionamento: disponibilidade, interesse, respeito, etc. 
A educação atual nos fornece muitos subsídios para bem desenvolvê-la. Cabe-nos 
estudar, analisar, colocar em prática novas técnicas, métodos ou pesquisas. Mas acima de 
tudo, cabe a nós educadores, por meio de nosso trabalho, mostrar aos alunos a importância 
do exercício da cidadania, da visão analítica e crítica, da importância da reflexão no 
entendimento do contexto no qual estamos inseridos. 
 
[...] ser o ator da própria história, cultivar o sentimento de solidariedade, lutar 
por uma sociedade mais justa e solidária e, acima de tudo, acreditar sempre 
no poder transformador da educação. (RODRIGUES,2008) 
 
 
1. Professor na era digital 
 
Ao tratarmos do trabalho docente, 
especialmente ligado à didática desenvolvida 
para que o aluno aprenda, é impossível não 
discutirmos um assunto tão atual e por vezes 
preocupante na educação: a utilização de novas 
tecnologias da informação e comunicação. 
Podemos conceituar tecnologia, num 
significado mais abrangente, como descobertas 
e invenções do homem, para suprir algo que a 
natureza não lhe oferece, a fim de aumentar seu 
poder e facilitar seu trabalho e sua vida. 
Apresenta-se como um instrumento, uma ferramenta, um equipamento ou procedimentos, 
métodos e técnicas. 
Chaves (2008) destaca que algumas revoluções tecnológicas, como a invenção da fala, 
da escrita alfabética, da impressão tipográfica e por fim do computador e da comunicação 
digital tiveram grande impacto no desenvolvimento humano. Hoje, especialmente com a 
multimídia, sente-se a necessidade de criação de espaços, tempos e ambientes tanto 
presenciais quanto virtuais de aprendizagem, que extrapolem as salas de aula e as escolas. Isto 
 
 
 
Fonte: 
http://2.bp.blogspot.com/_sv2Nle_S65Q/So7YmwpeoUI/
AAAAAAAAAL8/qr-sphDWEuY/s400/TICS.png 
 
porque a multimídia é uma tecnologia que se utiliza do som, da escrita e das imagens, o que 
torna possível um processo educacional mais personalizado, com base no diálogo e discussão 
crítica. 
O que se espera dos professores, é a utilização das tecnologias para tornar a escola um 
espaço inserido no mundo, onde haja aprendizagem contextualizada às exigências de nossos 
alunos e da realidade social que se apresenta. 
É necessário, portanto, que se reflita sobre a necessidade dos professores se atualizarem 
e saberem utilizar as novas tecnologias como recursos pedagógicos, que possibilitarão a 
construção do conhecimento e favoreçam a aprendizagem. 
Com o advento da Internet e a introdução de diferentes multimeios na educação, os 
professores devem repensar suas formas de ensinar e aprender, pois o contexto educacional 
deve ser comunicacional, interativo e vivencial. 
As novas tecnologias digitais já estão presentes nas escolas e influenciam em todas as 
áreas da vida social do aluno. A escola, na figura do professor deve criar alternativas que 
compensem as desigualdades sociais provocadas pelo acesso desigual à tecnologia, fora das 
escolas. 
A aprendizagem como um processo de formação contínua, auxiliada pelas novas 
tecnologias torna professores aprendizes, buscando atualização dos seus saberes e das práticas 
pedagógicas, a fim de ser um facilitador da aprendizagem de seusalunos. 
Os meios educacionais sofreram uma 
grande invasão tecnológica, considerando-se 
desde a imprensa, rádio, fitas de áudio-cassete, a 
televisão, o vídeo, o DVD, as televisões a cabo e 
mais recentemente o computador com a internet e 
comunicação por satélite. Isto faz com que as 
escolas e professores se preocupem com a 
atualização nesse sentido, para não se sentirem 
excluídos de um movimento que se apresenta em 
toda a sociedade. 
Como educação é acima de tudo 
comunicação, ela depende da interação com as 
pessoas, não só através da fala, das atitudes ou 
dinâmicas, mas também da utilização de multimeios como veículos de comunicação. 
Como o professor pode estabelecer um trabalho de qualidade, desenvolvendo este 
trabalho pautado numa didática que realmente o auxilie a atingir seus objetivos educacionais, 
utilizando-se das tecnologias à sua disposição? Estarão os professores preparados para abdicar 
de suas posições de detentores do conhecimento e do saber, dividindo este posto com outros 
meios, educando para e com a tecnologia? 
 
 
 
Fonte: http://penta3.ufrgs.br/univima/TIE/profcomp.gif 
 
Segundo Lima (2005), o professor que 
pretende educar para a tecnologia deve se 
preocupar em preparar seus alunos para enfrentar 
as dificuldades que se apresentam com a nova 
sociedade tecnológica. As mudanças nesta 
sociedade trazem grandes dificuldades de colocação 
no mercado de trabalho, que se torna cada vez mais 
competitivo e exigente, especialmente quanto aos 
conhecimentos e utilização das tecnologias da 
informação e comunicação. São as características da 
sociedade do conhecimento, que privilegie o capital 
humano com suas capacidades cognitivas. É papel 
da escola e do professor preparar os alunos para 
esta sociedade. 
Ao educar para a tecnologia, o professor deve também preparar-se para educar com a 
tecnologia, ou seja, utilizar os benefícios dos recursos tecnológicos na preparação de suas 
aulas, no processo ensino-aprendizagem, sendo parceiro da tecnologia. 
A era digital provocou uma transformação no perfil de nossos alunos, que não querem 
mais aulas expositivas simples, praticamente exigem recursos visuais modernos, mais 
sofisticados, que mostrem na sala de aula o dinamismo que a realidade oferece. Com isto o 
professor tem que se preparar para utilizar todos esses recursos da melhor forma. Mas é 
importante que entenda que não pode se prender somente aos recursos, eles são importantes, 
mas não serão nada sem a criatividade, improvisação, sensibilidade, humildade e domínio de 
si e do conteúdo. 
Educar para a tecnologia e com a tecnologia pede atenção a certos princípios e 
fundamentos que a didática nos traz: a importância do processo ensino-aprendizagem, onde 
os principais sujeitos deste são professor e aluno. Os recursos da tecnologia são elementos de 
apoio que, se bem trabalhados, trarão grandes benefícios a este processo. O conhecimento 
tecnológico não pode ser um fim, mas um meio, uma ferramenta para realizar um trabalho 
docente de qualidade e coerente com a sociedade em que vivemos. (LIMA,2005) 
Se o professor deve estimular seus alunos a pensar, refletir, criticar, tornarem-se 
cidadãos formadores de suas próprias opiniões, as tecnologias poderão favorecer esse 
trabalho do docente. 
Os homens têm necessidade constante de aprender ao longo da vida e a informação 
está na base do conhecimento, que gera reflexão e crítica. Podemos verificar que a imprensa, 
o rádio, a televisão, o cinema e o teatro, e todas as demais formas de comunicação áudio-
visual podem ser utilizadas para fazer o cidadão pensar, crítica e realisticamente sobre a nossa 
realidade. 
 
 
 
Fonte: 
http://mundosebrae.files.wordpress.com/2008/07/ti.jpg 
 
Hoje em dia a maioria das casas possui 
televisão ou computador com internet. São 
recursos que ligam nossos alunos ao mundo 
globalizado e os alimenta com informações à 
espera de transformarem-se em conhecimento. 
A internet é uma poderosa ferramenta de 
trabalho para se atuar em termos educacionais, 
pois oferece cursos em salas de aula virtuais, 
atualiza informações de qualquer área científica 
ou artística, além de constituir-se em um imenso 
espaço aberto internacionalmente a qualquer 
interessado, para discussões sobre os mais 
variados tópicos. 
Como professores, devemos estimular os alunos a utilizarem diferentes tecnologias a 
serviço da própria aprendizagem. Muitos materiais sobre saúde, história, geografia, meio 
ambiente, cultura, literatura brasileira e outros assuntos científicos ou não, que certamente são 
de grande valia no processo educacional, podem ser encontrados em jornais, revistas, 
programas de televisão, internet, todos veiculados pelos multimeios de comunicação. Este é 
um material que certamente poderá ser utilizado e explorado em sala de aula, por meio de 
gravações, exibições e promoção de debates e críticas que trarão socialização, aprendizagem e 
grandes benefícios aos alunos. 
Podemos perceber que a era digital nos trouxe uma nova pedagogia, que estabelece 
um novo papel ao professor, que passa a orientar e acompanhar o trabalho do aluno, 
auxiliando-o a construir o conhecimento. 
Por este motivo, é preciso que o professor cumpra seu papel de educador, que ensina, 
mas que ao ensinar também aprende. Para Kenski (2001), o professor tem algumas ações 
específicas que o tornam participante da educação de seus alunos: 
1) O professor é agente de memória: a ele compete a manutenção da memória social, a 
transmissão da cultura, a realização de interações e intercâmbios que favoreçam o 
acesso dos alunos aos equipamentos e tecnologias que favoreçam a aprendizagem; 
2) O professor é agente de valores: influencia os comportamentos e atitudes dos alunos, 
estimulando a criação da identidade individual e a sociabilidade entre alunos; 
3) O professor é agente das inovações: auxilia os alunos a compreenderem, utilizarem, 
aplicarem e avaliarem as inovações que se incorporam à cultura escolar. 
Podemos perceber que o professor da era digital deve se preparar para realizar seu 
trabalho dentro de um contexto global, não focando somente na transmissão de 
conhecimentos. Deve, portanto, participar e estimular os alunos na utilização das tecnologias 
para pesquisar, conhecer e aprender cada vez mais. 
 
 
 
Fonte: http://www.who-
knows.pt/wk_esqp_mainsite/imagens_portal/b
oneco_TIC.jpg 
 
A pesquisa individual do aluno deve levá-lo a refletir sobre sua responsabilidade pelo 
seu próprio desenvolvimento e isto deve ser trabalhado pelo professor que auxiliará o aluno 
nesta reflexão. 
É certo que as tecnologias que invadem nossos lares, nossas escolas e especialmente 
nossas salas de aula, facilitam a transmissão da informação, mas o papel do professor 
continua sendo fundamental, para que todos aprendam, pois o conhecimento é fruto da 
interpretação que se dá à informação, relacionando-a e processando-a, e o professor deverá 
ser o facilitador dessa interpretação. 
Para Kenski (in Castro&Carvalho, 2001, p.105), o papel dos professores na sociedade 
digital amplia-se e não se extingue: 
 
Novas qualificações para estes professores são exigidas, mas ao mesmo 
tempo, novas oportunidades de ensino se apresentam. Os projetos de 
educação permanente, as diversas instituições e cursos que podem ser 
oferecidos para todos os níveis de ensino e para todas as idades, a 
internacionalização do ensino – através das redes – criam diferentes 
oportunidades educacionais para aqueles professores que aceitam desafios e 
se colocam abertos a estas novas e estimulantes funções. 
 
O professor da era digital é então “um professor 
competente,que corresponde às necessidades de ensino do 
momento, é um profissional necessário”. 
(Kenski,2001,p.105) 
Justamente pelo medo de tornarem-se 
desnecessários, muitos professores são resistentes à 
utilização das Tecnologias da Informação e da 
Comunicação (TIC), em sua prática pedagógica. Com esta 
postura, sua didática, sua visão de educação, seus métodos 
e estratégias de ensino acabam se tornando inviáveis, até 
mesmo obsoletos, diante das cobranças naturais dos alunos 
por inovações. 
Nesta unidade vocês conheceram as diferentes abordagens do ensino aprendizagem, 
pudemos discutir sobre o fazer e o saber fazer dos professores, além de refletirmos sobre a 
importância das novas tecnologias para o trabalho docente e a aprendizagem dos alunos. 
 A escolha da abordagem a ser trabalhada levando em conta os quatro pilares da 
educação e a nova sociedade que se apresenta, com inovações e tecnologias são importantes 
conhecimentos que permitirão constituir sua identidade docente, por meio da reflexão 
didática.
 
 
 
 
 
A fim de proporcionar um melhor entendimento a respeito da importância dos “saberes 
necessários à prática docente” em sua formação profissional, sugiro que leia o texto indicado 
no link abaixo. 
http://www.revistaeducacion.mec.es/re350/re350_09por.pdf acesso em 01 de maio de 
2012. 
Após a leitura do texto , elabore um resumo sobre os principais pontos sobre a 
Formação de Professores abordados por António Nóvoa. 
 
Material Complementar 
 
 
 
 
 
 
 
 
CARVALHO, Ana Maria Pessoa; PEREZ, Daniel Gil. O saber e o saber fazer do professor. In 
CASTRO, Amélia Domingues; CARVALHO, Anna Maria Pessoa, orgs. Ensinar a Ensinar: 
didática para a escola fundamental e média. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2001. 
Cap. 6. p.107-124 
CUNHA, Emmanuel Ribeiro. Os Saberes Docentes ou Saberes Dos Professores. 
Revista Cocar, v. 1, p. 31-39, 2007. Disponível em 
http://www.nead.unama.br/prof/admprofessor/file_producao.asp?codigo=17 Acesso em 
fev.2009. 
DELORS, Jacques et al. Educação: um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortez; Brasília, 
DF: MEC UNESCO, 1998. “Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre 
educação para o século XXI”. 
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1993. Coleção magistério – 2º grau. 
Série formação do professor 
RODRIGUES, Zuleide Blanco. Pensando na qualidade da educação, a partir do 
conhecimento de “Os quatro pilares da Educação do Século XXI”. 2008. Disponível 
em http://www.pedagobrasil.com.br/pedagogia/pensandoaqualidade.htm. Acesso em 
fev.2009. 
CHAVES, Eduardo O.C. Educação e Tecnologia: da fala de Sócrates à multimídia de 
hoje. 2006. Disponível em http://palestras.net/textos-self/edutec.htm. Acesso em fev.2009 
KENSKI, Vani Moreira. O Papel do Professor na Sociedade Digital. In CASTRO, Amélia 
Domingues; CARVALHO, Anna Maria Pessoa, orgs. Ensinar a Ensinar: didática para a 
escola fundamental e média. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2001. Cap. 5. p.95-106 
LIMA, Adriana Luzia. Educar para a Tecnologia ou Educar com a Tecnologia? 2005. 
Disponível em http://www.serprofessoruniversitario.pro.br/ler.php?modulo=18&texto=1016 
Acesso em fev. 2009 
NASCIMENTO, Julia C.P. TIC’s – a difícil inclusão no processo educacional. 2007. 
Disponível em 
http://www.alvoradaplus.com.br/Docs/revista_eletronica/edicao_3/Artigo_julia.pdf. Acesso em 
fev.2009 
 
Referências 
 
 
 
 
 
 
 
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