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2° Bimestre – Humanismo Conceitos de Gestalt terapia É dividido em dois aspectos básicos a imagem do ser humano e o conceito de doença. A imagem do ser humano pode ser expressa: Self-support (conceituação básica) Totalidade e integração Contato e fronteira de contato Percepção Consciência Aqui e agora No conceito de doença da GT: é de especial interesse a visão das neuroses. GT e a imagem do ser humano Self support: A GT a partir da visão positiva do homem, parte do princípio de que o homem dispõe de todo equipamento necessário para enfrentar a vida, mas só precisa ter consciência das suas forças, mas a GT supõe que o paciente carece do Self support. Self support na terapia: o objetivo da terapia é possibilitar self support ao paciente, facilitar-lhes os meios (que estejam à disposição) com os quais possa resolver seus problemas atuais e futuros. O self support é alcançado quando o cliente aprende a utilizar, consigo e com seus problemas, todos os meios que tenha no momento à disposição e no aqui e agora e nele permanecer. Totalidade e integração: é pensar o sujeito como um todo, é pensar o homem holisticamente. Isto irá envolver vários conceitos que se integram e formam um todo, são eles: O ser humano como unidade de corpo-alma-mente: Indica um organismo do ser humano forma uma unidade e os três não são separáveis e nem hierarquizáveis. O organismo como unidade de corpo-alma-mente alcança e mantém seu equilíbrio, através do processo homeostático (auto regulação – regular ambiente interno) no qual o organismo interage com o meio e consegue manter a sua saúde. A unidade de passado, presente e futuro: O presente é o ponto de transformação entre o passado e futuro, suposição fundamental para o princípio do aqui e agora. A unidade do se aceitar e do se modificar: A aceitação deve implicar em uma modificação. Quando a pessoa se aceita ela reconhece as suas atitudes e se responsabiliza, se modifica automaticamente. Essa modificação não é apenas de comportamento, e sim envolve reconhecimento. A unidade do ser humano como determinante e determinado: A GT diz que o homem não é apenas determinado pelo meio, mas também é determinante dele. Ligado a isso está a responsabilização, pois já que o homem reage e também age então deverá ser responsável pelas suas ações O ser humano como unidade indivíduo-meio (dividido em 2): Pode ser dividida em unidade dependência-independência dos outros no âmbito interpessoal e unidade dependência-independência do ser humano em relação à sociedade. A unidade dependência-independência dos outros no âmbito interpessoal A consciência de nossa independência nos possibilita assumir compromissos sociais, sem renunciar à nossa independência pessoal. A unidade dependência-independência do ser humano em relação à sociedade Colocam-se limites à autorrealização, ao crescimento pessoal, ao desenvolvimento da independência e à independência, esses limites são colocados pelas condições sociais em geral por leis, pela escola, pelo sistema social, etc. Mas cabe o indivíduo decidir se irá ficar à mercê desses limites. Contato e limite de contato O contato não se limita a um contato social, físico. Ele irá envolver, principalmente, as necessidades psíquicas. O contato é o modo de estar comigo ou com outra pessoa. O contato fala da percepção, tanto a percepção que ele tem de si, quanto a percepção que ele tem do mundo. É a percepção e a aceitação das novidades assimiláveis, mas também a rejeição. E o limite de contato é aonde o indivíduo e o meio se tocam. Existe um limite físico e outro psíquico. Eu posso estar em contato comigo mesma e com o meio. O contato pode ocorrer em 3 níveis: Cognitivo: Como eu penso e o que eu penso sobre mim, o mundo, as pessoas e as situações. Emocional: sentimento, o modo de me sentir e de sentir o outro. Comportamental: Atitudes O contato pode ser de 2 tipos porque é um modo de ser: Aproximação: Pode ser saudável e doentio (relação simbiótica) Afastamento: Pode ser saudável e doentio (Adolescente) Ex: - Se eu penso que todas as pessoas são simpáticas é porque estou em um nível de contato cognitivo e tipo de contato aproximação. - Se acredito que as pessoas só chegam perto de mim para me humilhar eu estou no nível de contato emocional e o tipo é de afastamento. Importância para GT: Só quando o indivíduo alcança seu limite de contato, onde experiencia ao mesmo tempo: - Estar ligado e estar separado em relação ao meio: onde está aberto para o novo, exposto a coisas ameaçadoras, ocorre contato e possibilidade de modificação. Os limites, os pontos de contato constituem o ego. Só onde e quando o próprio (self) encontrar o desconhecido, o ego começa a funcionar, torna-se existente, determina o limite entre o campo pessoal e o impessoal. O contato ocorre no limite entre duas entidades independentes: Totalidades e gestalts, que se dirigem entre si, mantendo sua identidade e procurando se expandir. Contato não é um estar junto e tomar parte, uma interação pode ocorrer sem que exista contato: eu falo mais meu amigo não está prestando atenção, não está ali. Contato não é bom bem ruim, assim como... Contato e retraimento são contrários e dialéticos, são a expressão dos nossos jeitos e maneiras de lidar com os acontecimentos psíquicos, são as funções mais importantes de toda personalidade. Percepção, consciência, aqui e agora Ênfase no aqui e agora e os estímulo da consciência são dois princípios ligados, a consciência e requer percepção consciente, fazendo sentido em ralação à consciência no aqui e agora, pois só podem ocorrer no presente. Percepção A percepção sensorial, as formas de comportamento e os fenômenos são definidos de sua organização, e não de seus componentes adquirindo um sentido através dessa organização. Constante aparecimento e desmoronamento de Gestalts apesar de existir uma dinâmica constante e viva entre figura/Gestalt/ e fundo. Importância para a GT: A GT é de opinião de que a figura sempre corresponde àquilo que em determinado momento, se reveste de maior significado ou importância. Consciência Estar consciente é um estado de consciência, uma condição atenta de vigília frente aos fatos que estão ocorrendo no aqui e agora, em mim, comigo, a minha volta. Existem 3 níveis de consciência: Interno: auto percepção, autoconsciência, estar em contato comigo mesma (processos internos e comportamento) Externo: Consciência em relação à outras pessoas e o meio. Mediação: domínios das fantasias e das projeções em geral e mecanismos de defesa que ajudam a evitar um contato com a realidade. Importante a consciência seja fomentada em seus três níveis. Ênfase no aqui e agora Para a GT o passado não existe, não se pode comprovar acontecimentos passados no mundo atual, existem pessoas que lidam com o seu passado falando dele sem alterar seu comportamento, muitas pessoas perdem o contato com o acontecimento atual por ficarem presas ao passado. Permanecer no aqui e agora nada mais é que voltar-se para quilo que é agora, que viver conscientemente aquilo que acontece no momento. Viver no agora por si só já é curativo. Ênfase no aqui e agora e consequências para a terapia: Partir da unidade de passado, presente e futuro O enorme papel da experiência no presente. Falar sobre o assunto como uma fuga de aqui e agora O significado do passado e do futuro para o aqui e agora Para a GT passado e futuro são atuantes no aqui e agora, não os negligencia, mas sustar a negligência até agora atribuída ao presente. O presente prevalece em relação ao passado e futuro, pois objetivamente vivemos no presente e viver no passado significa esquiva. Passado e futuro são importantes na terapia quando emergem no presente, especialmente quando não exercem uma influência perturbadora. O papel de experiência A experiência ocorre no aqui e agora, produz significados e símbolos que são testemunhos válidos que se estendem aos limites da interação terapêutica, o significado se revestem para cada um de valor diferente o presenteé ligado à experiência. Fundamento mais importante do aprender. Consciência, contato e ensaio são importantes campos da experiência e modificação. Não é interpretativa. O “falar por cima” Manobras que tornam a vida segura, mas também desinteressante. Falar sobre. As pessoas discutem como as relações poderiam ser, terem clareza sobre suas próprias relações recíprocas atuais. É importante e benéfico que se fale sobre o assunto, no entanto o “como” eu converso sobre esses temas, se estou incluído com meus sentimentos e incluo o outro ou fazendo como se estivesse sobre as coisas. Com interesse intelectual, por exemplo. É mais fácil falar não falar sobre as nossas relações, falamos por cima delas. GT e o conceito de doença A concepção da neurose aparece sempre que o contato consigo mesmo e ou com o meio se torne perturbado, é um distúrbio do crescimento e do desenvolvimento. Neurose: Contato consigo e/ou com o meio entra-se perturbado. Percepção distorcida. O objetivo da terapia: é a suspensão da recusa de contato e, ao invés disso, uma concentração sobre o contato, livrar o ser humano de seus modelos de comportamento enrijecidos, torna-lo novamente capaz de contato. Mecanismos neuróticos: É a forma que encontramos para dar conta da realidade ameaçadora, que nos faz sofrer. Os mecanismos neuróticos, como perturbações na fronteira de contato, se apresentam em 5 formas de resistência: Introjeção: A pessoa fixa em si, normas, valores, atitudes, pensamentos que não lhe são próprios. Incorporação de uma realidade que não é minha. Ex: Bebê e homem. Objetivo da terapia: através da tomada de consciência, colocar o indivíduo, diante de suas reais escolhas. Projeção: Responsabilizar o outro por aquilo que tem origem em si mesmo. Objetivo da terapia: integrar as partes dispersas da identidade, e confronta-la com aspectos da personalidade até então evitados. Retroflexão: A pessoa dirige a si próprio a energia que gostaria de dirigir ao outro. Objetivo da terapia: Dirigir essa energia para fora, descobrir a que ou a quem se dirige essa energia. Deflexão: evitação do contato com o outro. Objetivo da terapia: Volta-se para a energia desviada para os seus objetivos, estabelece um enfoque direto, clareza e conscientização de como a pessoa evita os contatos. Confluência: A pessoa não percebe o limite de contato entre si e o mundo, relações simbióticas, o eu se perde no outro não sei quem é quem, perda de si mesmo. Objetivo da terapia: fomentar o sentido de limite e a capacidade de diferenciar as necessidades dos outros e de si.