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Patologia Oral neoplasias malignas epiteliais

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Patologia Oral – aula 07
Neoplasias malignas epiteliais 
Quando se tem uma neoplasia epitelial precursora e realiza-se biopsia da região, temos como objetivo observar se o tecido tem displasia, qual o tipo de displasia/nível ou gradação ou se já é uma lesão maligna – carcinoma de células escamosas ou carcinoma in cito – não invade o tecido. É importante lembrar que dependendo do tipo de displasia, está pode se tornar um carcinoma. 
O Carcinoma de células escamosas (CCE) pode ter sua origem a partir de lesões precursoras epiteliais – Leucoplasia, Eritroplasia ou Queilite Actínia, bem como a partir de uma nova lesão. É importante citar que a principal diferença entre o carcinoma de células escamosas e o carcinoma in cito é a invasão do tecido epitelial no tecido conjuntivo, este último não invade o tecido. Quando se faz tratamento das lesões pré - malignas, o profissional está fazendo uma intervenção em estágio precoce, minimizando a possibilidade da lesão pré – maligna se tornar uma lesão maligna.
As neoplasias malignas são definidas como sendo lesões que apresentam crescimento desordenado de origem maligna. As causas dessas neoplasias são multifatoriais. 
As neoplasias são classificadas de acordo com o tecido ou célula de origem; vale lembrar que o sufixo OMA é de origem benigna, enquanto, o sufixo SARCOMA que é de origem maligna epitelial. O carcinoma de células escamosas é maligno com origem nas células epiteliais.
“De um total de 100 pacientes com lesões orais malignas, 90% a 94% por casos será de carcinoma de células escamosas.” A etiologia desta patologia por ser multifatorial irá apresentar alguns fatores que podem ajudar no desenvolvimento desta lesão. Esses fatores são os extrínsecos e os intrínsecos. Aqueles são representados pelo tábaco, pelo etilismo e por doenças virais e/ou bacterianas; já o fator intrínseco é representado pela desnutrição, anemia e deficiência de vitaminas. 
O Tábaco apresenta várias substâncias tóxicas, sendo que algumas dessas são carcinogênicas, além do risco de dependência. O uso do fumo é um dos fatores mais agressivos quanto ao carcinoma de células escamosas. O uso de cachimbo e/ou charuto causa lesões diretamente no palato. “Alguns autores acreditam que pacientes que fazem uso de maconha podem desenvolver carcinoma de células escamosas.” 
O Álcool assim, como o tábaco é um dos fatores predisponíveis para o surgimento de Carcinoma de células escamosas. Um fato importante e que deve ser lembrado é que o etanol sozinho não é carcinogênico, ele só se torna carcinogênico quando é convertido em acetaldeido pela ação da enzima acetaldeido hidroxigenase/desidrogenase, presentes em bactérias encontradas na cavidade oral e no fígado. É considerável citar ainda que o álcool aumenta a permeabilidade das células escamosas, permitindo que aquele entre mais rapidamente nas mucosas. O fato do individuo beber regularmente pode vim a desenvolver um quadro de anemia – deficiência nutricional, pelo fato de não se alimentar direito. 
O Vírus HPV (causador do câncer/carcinoma de colo do útero) apresenta uma forte relação com o surgimento de carcinoma de células escamosas, pois, aquele apresenta alguns tipos oncogênicos, principalmente os subtipos 16, 18, 31 e 33.
Como a maioria da população – algo em torno de 50% a 70% apresenta o HPV na cavidade bucal, não se sabe se este vírus estaria ali contribuindo para o desenvolvimento do carcinoma ou se estaria presente por si só.
O paciente que seja alcoólico e/ou fumante, que apresenta uma deficiência nutricional e/ou seja, imunossuprimido terá maiores chances de desenvolver o Carcinoma de células escamosas. 
O Carcinoma de células escamosas tem predileção pelo sexo masculino, idade entre 50 e 60 anos, contudo, pode desenvolver - se em jovens. Acomete principalmente a Borda Lateral da Língua, assoalho de boca, lábio inferior (principal causa – radiação ultravioleta), palato mole, mucosa jugal, gengiva e palato duro. Clinicamente essa lesão pode ser classificada em exofítica – aumento de volume, verruciforme e endofítica; está é uma lesão destrutiva, invasiva e ulcerada. O carcinoma de células escamosas pode ter sua origem associado às lesões displásicas, como, por exemplo, Leuco e Eritroplasia, bem como Queilite actínia. 
Histopatologicamente iremos observar um epitélio estratificado pavimento displásico, bem como a presença de ilhas ou cordões invadindo o tecido conjuntivo. As células apresentam certo grau de pleomorfismo; nota-se a presença de pérolas de queratina no tecido conjuntivo, além da presença de uma hipercromatina (núcleos fortemente corados). Em uma lâmina de carcinoma de células escamosas, pode-se observar ainda uma gradação ou diferenciação do epitélio, indo do bem diferenciado ao pouco diferenciado, essa gradação mostra o poder de malignidade do tumor que vai do menor ao maior grau respectivamente; observa-se ainda cristas em gotas que invadem o tecido conjuntivo. 
O Carcinoma verrucoso – é uma variante de baixo grau do CCE apresentam em sua superfície inúmeras verrugas, com intensa presença de queratina. Esse tumor tem uma característica exofítica, não tem tendência em sofrer metástases. Tem um crescimento lento sendo removido cirurgicamente. Tem predileção pelo sexo masculino. A sua etiologia está relacionada com o uso de tábaco, álcool e infecção por HPV; acomete principalmente Fundo de vestíbulo, gengiva, língua, palato e mucosa jugal. Histopatologicamente iremos observar um epitélio estratificado pavimentoso hiperqueratizado com projeções papilares na superfície, cristas epiteliais que empurram o tecido conjuntivo, bem como células pleomorficas e acantolíticas, presença de pouca atípia celular.

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