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Patologia Oral Neoplasias Malignas Epiteliais Neoplasia: Desordens potencialmente malignas, normalmente, carregam uma displasia epitelial. Já as neoplasias são caracterizadas como um crescimento novo. Existem as benignas e as malignas. Diferenças entre as neoplasias benignas e malignas: Pleomorfismo celular maior nas malignas; Taxa de crescimento mais acelerada nas malignas; Presença de invasão local nas malignas; Presença de metástase nas malignas; Neoplasia benigna X Neoplasia maligna: Assinaturas do câncer: Auto suficiência dos sinais de crescimento; A célula maligna produz citocinas e substâncias que ela mesma utiliza. Insensibilidade aos sinais de anti-crescimento; Mesmo que o corpo envie sinais de anti-crescimento a célula decide “não ouvir”. Capacidade de invasão tecidual e metástase; Produção de substâncias que faz com que a neoplasia invada o tecido conjuntivo e não respeite os limites teciduais. Potencial replicativo blindado; Possuem potencial de replicação ilimitada e dificilmente morrem. Capacidade de angiogênese; Produção de vasos para conseguir se nutrir. Evasão à apoptose; Evasão dos comandos de morte celular. Neoplasia Benigna As células são bem típicas; Pode ser encapsulada; Respeita os limites de órgãos, vasos e tecidos na maioria das vezes; Neoplasia Maligna Possuem células bem atípicas; Possuem Pleomorfismo; Crescimento bem desordenado; A capacidade de metástase é seu grande diferencial. Neoplasias malignas na boca: Melanoma; Ostossarcoma; Leiomiossarcoma; Tumores odontológicos malignos; Carcionoma mucoepidermoide; Carcionoma epidermoide oral; Carcinoma verrucoso; 1. Carcinoma epidermoide oral/Carcinoma de células escamosas: Diferenças entre etiologia dos que acometem o lábio e os que acometem a mucosa oral; Seu diagnóstico precoce é muito importante; Etiologia: Multifatorial: Fatores extrínsecos – São componentes que o paciente teve contato que estimularam o desenvolvimento do câncer. Ex: tabaco, álcool, vírus oncogênico e radiação UVA; 1- Tabaco: Possui diversas substâncias que são carcinogênicas, aproximadamente 70 substâncias carcinogênicas. A substâncias do tabaco atuam de 2 maneiras: Inativação dos genes supressores de tumor. Ativação dos proto-oncogenese. 2- Etilismo crônico: Aumenta os riscos de potencializar o efeito carcinogênico. Não se sabe se ele sozinho é capaz de desenvolver a carcinogênese. O álcool forma o acetaldeído que gera radicais livres, estes interagem com o DNA e podem alterar sua estrutura e forma. O álcool aumenta a permeabilidade da mucosa e a pessoa pode receber mais substâncias carcinogênicas. Indivíduos que bebem frequentemente podem não se alimentar de forma correta acarretando imunossupressão. 3- Radiação UV: Associa-se com o carcinoma epidermóide oral nos casos que ocorrem a vermelhão no lábio. A queilite actínica pode progredir para CEO de lábio. A exposição frequente e contínua à radiação UV pode acarretar processos malignos. A radiação lisa o DNA, facilitando a formação de dímeros de pirimidina; 4- Vírus oncogênicos: HPV (16, 18, 31, 52, 58) – alto risco de se tornar um carcinoma epidermóide. Mais presente na região de orofaringe; Esse vírus causa lesão epidermóide de orofaringe, onde infecta primariamente a membrana basal. Por conta dessa característica mulheres podem desenvolver câncer no útero por exemplo, pois a membrana dali é desprovida de queratina e o vírus atravessa facilmente. Fatores intrínsecos - Estão relacionados com a imunossupressão e deficiência nutricional. Ex: Pacientes que não conseguem absorver ferro por conta de síndromes terão uma atrofia das papilas, o que favorece o desenvolvimento do carcinoma epidermóide. Obs.: (CONTROVÉRSIA) A prótese mal adaptada, má higiene, periodontite e gengivite não causam câncer diretamente, portanto, eles são fatores modificadores e não determinantes Aspectos clínicos: Pode ser uma lesão: Esofítica; Endofítica; Leucoplásica; Leucoeritoplásica; Pode ter um aspecto endurecido, com formação de crosta e uma úlcera central. Pode se apresentar em várias regiões da cavidade oral como orofaringe (placa branca), lábio, língua etc. Características histológicas: Invasão de tecido conjuntivo; Ilhas e cordões de células epiteliais malignas; Mitoses típicas e atípicas; Pleomorfismo celular e nuclear; Pérolas de queratina (córneas) dentro do tecido conjuntivo; Invasão perineural e vascular; Infiltração muscular, tecido adiposo e osso; Aumento da metástase linfática; Em geral as lesões malignas tentam imitar um pouco da estrutura original. No caso de CEO ele produz pérolas de queratina. Classificação: 1. Bem diferenciado: Consegue distinguir bem a célula. 2. Moderadamente diferenciado: Parece a célula original, porém com diferenças. 3. Indiferenciado ou pobremente diferenciado: Muita dificuldade de reconhecer porque a célula já está em um grau bem elevado de neoplasia. A proliferação pode ir para os linfonodos e normalmente é do mesmo lado (se for do lado direito o linfonodo será o direito). Os linfonodos ficam endurecidos, aumentados, indolores e frios. Metástase: Ocorre principalmente nos linfonodos da região; Consistência de firme a pétrea, indolor e aumentado; Não é um evento precoce/rápido; 21% dos pacientes apresentam; 2% dos pacientes apresentam metástase à distância (ex: pulmão). Estadiamento (TNM): Estima o diagnóstico; Quantifica parâmetros clínicos; Tamanho do tumor; Extensões metastáticas.
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