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RESUMÃO Restaurações Provisórias temporárias Aula 1 Prova 2

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UFF - Universidade Federal Flumiense -> 2016.1 (5ª Período)
Disciplina: Prótese Fixa
Aula 1 – Prova 2 – Restaurações Protéticas Temporárias
Bartira Sampaio Santos
Restaurações protéticas temporárias consistem em trabalhos provisórios que possuem a função de proteger o dente preparado e suas estruturas adjacentes, bem como devolver a forma e a função do definitivo proporcionando ao paciente conforto estético.
As restaurações provisórias por sua vez são confeccionadas por meio de RESINA ACRÍLICA, as quais apresentam dois componentes: PÓ e LÍQUIDO. O PÓ por sua vez apresenta colorações diferentes que permitem que o profissional escolha a tonalidade melhor para cada paciente. 
RESQUISITOS PARA AS RESINAS ODONTOLOGICAS:
As resinas odontológicas utilizadas para confecção de próteses provisórias devem apresentar alguns requisitos básicos, que são:
- Compatibilidade biológica;
- Propriedades físicas – como resistência a compreensão e ao desgaste, bem como estabilidade dimensional.
- Facilidade de manipulação;
- Qualidade de cor;
- Custo baixo
- Estabilidade química – não de gradação polimérica, visto que se tem nesses casos contração de polimerização e reação exotérmica. 
COMPOSIÇÃO DA RESINA:
Quanto a composição da resina o profissional por sua vez deve se atentar a:
- Natureza química;
- Processo de polimerização;
- Ativação da resina, que pode ser por meio físico (calor) ou por meio químico (ativador – dimetitoluidina);
PROPRIEDADES DAS RESINAS:
- Monômeros – unidade fundamental;
- Estrutura molecular, número e tipos e ligações;
- Contração de polimerização
- Sorção de agua – expansão higroscópica de presa ou degradação de cadeias poliemricas
- Grau de conversão. 
COMPOSIÇÃO DAS RESINAS:
PÓ:
- Perólas do polímero: Polimetacrilato de Metila
LÍQUIDO:
- Mônomero: Dimetil
- Ativador: Dimetiltoluidina provoca por sua vez a quebra de um monômero estável, o qual por sua vez passa a excitar outros monômeros induzindo a união entre eles em cadeia, sendo por sua vez convertidos. 
ESTÁGIOS DA RESINA:
- ATIVAÇÃO: ocorre imediatamente após a incorporação do pó e do líquido. Nesse caso ocorre a dissolução e a catalisação da ação da resina, onde os monômeros passam a entrar em reação.
- PROPAGAÇÃO: consiste no processo de formação da cadeia polimérica pela união dos monômeros até onde der.
- TERMINAÇÃO: O radical livre resultante do processo é convertido em um grupo molecular estável e então cessa-se a reação de polimerização.
FASES DA RESINA: 
- ARENOSA: compreende a fase da resina em que não se tem uma adequada incorporação do pó e do líquido. Não se tem como confeccionar o provisório, para pode se trabalhar para que alcance uma fase adequada. 
- FIBRILAR: compreende a fase da resina em que ao se tocar com uma espátula a resina e eleva-la tem-se se a formação de fios. Entretanto a resina não favorece a confecção do provisório nessa fase, mas pode se trabalhar para que ela alcance a fase adequada. 
- PLÁSTICA: compreende a fase da resina ideal para a confecção do provisório. Ou seja, é a fase de trabalho da resina para a confecção do provisório. 
- BORRACHOIDE ou ELÁSTICA: compreende a fase da resina em que mesmo tentando acomoda-la sobre a o dente que necessita de uma restauração provisória a mesma retorna a sua forma inicial, não tendo dessa forma como confeccionar o provisório. Devendo fazer outro. 
- DENSA: compreende a fase em que o monômero já evaporou e então a massa de resina apresenta-se seca, caracterizando o processo de degradação. 
PROCESSO DE POLIMERIZAÇÃO DA RESINA:
- A resina pode ser TERMICAMENTE ATIVADA ou QUÍMICAMENTE ATIVADA.
TERMICAMENTE ATIVADA: 
Nesse caso a resina é ativada por meio do CALOR. 
Quando atividade dssa forma o CALOR promover a decomposição de peroxido de benzoíla que por sua vez da origem a um radical livre que por sua vez estimula o processo de reação do monômero, formando polímero. NESSE CASO O CALOR DEVE POR SUA VEZ FORMAR RADICAL LIVRE.
QUÍMICAMENTE ATIVADA:
Nesse caso o ATIVADOR presente no líquido da resina que geralmente compreende a DIMETILTOLUIDINA, que por sua vez quebra um monômero estável o qual em sequencia excita outros monômeros que passam a se unir e formando uma cadeia polimérica, sendo esses convertidos a polímeros. 
EFEITOS BIOLOGICOS:
- Irritante tecidual pela união cruzada com proteínas.
- Irritante tecidual local pela presença de monômeros que não reagiram – isso ocorre em pacientes que utilizam provisório por muito tempo ou PT ou PPR. 
- Reação alérgica – em pacientes sensíveis aos polímeros devem utilizar uma opção alternativa.
- Ocorrência de infiltração ou colonização fúngica devido à instabilidade dimensional. 
PRINCIPAIS PROBLEMAS ASSOCIADOS AOS PROVISÓRIOS:
- Descaso profissional;
- Incompatibilidade tecidual – no caso de reações alérgicas;
PROCEDIMENTOS BASICOS NECESSÁRIOS:
- Proteção do complexo dentinho-pulpar
- Estabilidade e resistência – verificados com espessimetro
- Estética aceitável
- Adaptação marginal e contorno adequado
- Função oclusal e contato proximais adequados
VANTAGENS DE UMA PRÓTESE PROVISÓRIA:
- Estabilidade da oclusão
- Restabelecimento da dimensão vertical de oclusão
- Elemento facilitador em tratamento periodontais e endodotais;
- Facilita processo de moldagem de preparos dentários
- Mensura a solidez da restuaração
- Restabelece estética e demonstra incapacidade
- Demonstra capacidade do profissional
DESVANTAGENS DE UMA PRÓTESE PROVISÓRIA:
- Aumento do custo do tratamento
- Retarda a restauração definitiva
TÉCNICAS PARA CONFECÇÃO DE PROVISÓRIO:
Técnica direta: massa grossa ou bolinha, moldagem previa ou casca de ovo, dentes de estoque ou facetas pré-fabricadas.
Técnica direta: compreende a provisórios feitos com resina acrílica autopolimerizável que apresenta uma infra-estrutura metálica (cerômero).
Técnica hibrida: matriz de acetato, poli-propileno....
DEVE SE OBSERVAR ANTES DA CONFECÇÃO DE UM PRÓTESE PROVISÓRIA:
- Deve se observar o remanescente dentário existe para que esse auxilia na escolha da técnica a ser utilizada. Em geral, para dentes anteriores utiliza-se a técnica da faceta, em quanto que para dentes posteriores técnica de massa grossa.
- Deve se observar o termino cervical do preparo o qual deve estar em remanescente dental sadio.
- Deve-se remover ou neutralizar áreas retentivas se possível
- Deve-se verificar a necessidade de se utilizar retentores para restaurações provisórias, que podem ser fio de orto ou retentores intra-radiculares ou intradentinários pré-fabricados para provisórios.
ACABAMENTO E POLIMENTO:
O acabamento e polimento é feito por matérias ABRASIVOS.
Consiste por sua vez na utilização de um material que possui abrasividade para promover o desgaste de uma superfície por outro.
FATORES INFLUENCIADORES NO PERCENTUAL DE CORTE, DESGASTE, ACABAMENTO E POLMENTO:
- Natureza do material abrasivo, tamanho das partículas do material abrasivo, o formato das partículas do material abrasivo e a força utilizada.
Com relação ao tamanho, as partículas podem pequenas (0 a 10 mm), médias (10 a 100 mm) e grossas (100 a 500 mm).
QUAIS EFEITOS BIOLOGICOS SE ESPERA:
- Saúde oral: diminuição da capacidade de retenção de alimentos e bactérias patogênicas.
- Função: restabelecimento oclusal e permissão da maceração dos alimentos.
- Estética: permitir a transclucidez, deflexão e reflexão de luz. 
SEQUÊNCIA DE DESGASTE:
Utiliza-se brocas de carbureto de tungstênio ou disco de papel
Pontas de borracha de sequencia de cor – apresentam granulações diferentes e devem seguir a orientação da maior para a menor granulação.
Pedra pomes, rodas de feltro e escova Robson.
CIMENTAÇÃO DE PEÇA PROVISÓRIA:
Pode ser utilizado CIMENTO DE ÓXIDO DE ZINCO.
- Com eugenol -> para provisórios metalocerâmicos
- Sem eugenol para provisórios resinosos estéticos 
MATERIAIS ALTERNATIVOS: 
Resina Polimetilmetacrilado:
Vantagens:- Excelente estética
- Boas propriedades mecânicas e resistência ao desgaste
Desvantagens:
- Alta contração de polimerização – o que compromete o termino da preparo.
- Reação exotérmica.
- Monomeros residuais – podem vir a provocar processos alérgicos.
Algumas cargas são adicionadas a PMMA para melhor a cor, tornando a translucida. Isso é bom para a estética porem tem pouca qualidade.
Polietilmetacrilado:
Vantagens: 
- menos exortermica e toxicidade menor comaprada ao PMMA
Desvantagens: 
sofre porosidade comprometendo a resistência, se fraturar pode ser reparada com resina de baixa viscosidade.
BISGMA:
Vantagens: 
- procedimentos restauradores resinosos, maleabilidade e varidade de cores maiores
Desvantagens:
- fragilidade associada a múltiplos elementos
BIS ACRÍLICA: 
Compreende a uma material que é formado por um outro tipo de matriz, tem formulação em cartucho e deve ser utilizada principalmente para técnica hibrida de matriz de acetato, por apresentar-se significativamente fluida, e uma reação exotérmica de até 30ºC e ela é muito precisa. 
Vantagens:
- Menor exotermia
- Menor contração de polimerização
- Maior microdureza e resistência ao desgaste e fratura intermediárias.

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