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BACIA HIDROGRÁFICA E BALANÇO HÍDRICO 22/08/16 •Ciclo Hidrológico •zona de aeração •ou •zona não saturada •escoamento •superficial •precipitação •evaporação (interceptação) •transpiração •evaporação •fluxo •ascendente •escoamento •sub-superficial •zona saturada •lençol freático •percolação •rocha de origem •infiltração •Precipitação e evaporação •no espaço e no tempo •Precipitação sobre •áreas impermeáveis •Interceptação •vegetal •Precipitação direta em •lagos, rios e •reservatórios •Interceptação por •diferentes superfícies •Infiltração de •superfícies •permeáveis •Balanço no meio •não-saturado •Escoamento •superficial •Escoamento no meio •não-saturado •Percolação •Escoamento •subterrâneo •Vazão superficial •Evaporação e •evapotranspiração •Evaporação e •evapotranspiração •Processos do ciclo hidrológico •Bacia Hidrográfica Uma região em que a chuva ocorrida em qualquer ponto drena para a mesma seção transversal do curso- d’água. Área de captação natural das precipitações, que faz convergir os escoamentos para um único ponto de saída: o exutório. Para definir uma bacia: • Curso d’água • Seção transversal de referência (exutório) • Informações de topografia. •Destacam-se os seguintes elementos fisiográficos de uma bacia hidrográfica: •Divisores de Água: linha que representa os limites da bacia, determinando o sentido de fluxo da rede de drenagem; •Seção de Controle: local por onde toda a água captada da bacia (enxurrada e corpos d’água) é drenada; •Rede de Drenagem: constitui-se de todos os corpos d’água da bacia e canais de escoamento, não necessariamente perenes. São canais perenes aqueles em regime permanente de fluxo. São considerados intermitentes os corpos d’água que fluem somente na época das chuvas, ou seja, quando as nascentes estão abastecidas. Ao chegar à estação de déficit hídrico, tais canais secam; e são efêmeros os canais pelos quais fluem água somente quando ocorre escoamento originado de precipitação, ou seja, a enxurrada. Quando a precipitação termina, o fluxo cessa. •Definição de Bacia Hidrográfica Diferenciar áreas que contribuem para um ponto Identificar para onde escoa a água sobre o relevo usando como base as curvas de nível. • A água escoa na direção da maior declividade • Assim, as linhas de escoamento são ortogonais às curvas de nível. adaptado do original de Francisco Olivera, Ph.D., P.E. Texas A&M University Department of Civil Engineering •Seção de referência, ou exutório •Fontes de dados de topografia •Divisor não corta drenagem exceto no exutório. •Divisor passa pela região mais elevada da bacia, mas não necessariamente pelos pontos mais altos. Caracterização Fisiográfica de Bacias Hidrográfica •Divisores de Água •O divisor de águas delimita a Bacia Hidrográfica. Existem dois tipos de divisores: o topográfico e o geológico ou freático. O primeiro diz respeito à linha que une os pontos mais elevados do relevo e o segundo, linha que une os pontos mais elevados do lençol freático. O divisor freático varia ao longo do ano em função das estações (época de chuva e seca). Normalmente, não há coincidência entre os dois tipos de divisores, prevalecendo quase sempre o topográfico, por ser fixo e de mais fácil identificação. Conforme a Figura 3.6, o divisor subterrâneo é mais difícil de ser localizado e varia com o tempo. À medida que o lençol freático (LF) sobe, ele tende ao divisor superficial. O subterrâneo só é utilizado em estudos mais complexos de hidrologia subterrânea e estabelece, portanto, os limites dos reservatórios de água subterrânea de onde é derivado o deflúvio básico da bacia. Na prática, assume-se por facilidade que o superficial também é o subterrâneo. . •Figura 3.6 - Corte transversal de bacias hidrográficas. Para definir uma bacia: • Curso d’água • Seção transversal de referência (exutório) • Informações de topografia. • A bacias do riacho Pau D´Arco, riacho do Sapo e riacho Gulandim são sub-bacias da bacia do rio Reginaldo bacias urbanas. • Bacias hidrográficas são compostas por sub-bacias hidrográficas, sendo também estas bacias hidrográficas que podem ser subdividida em sub- bacias, etc. • A bacias dos rios Caçamba, Porangaba, Bálsamo, Seco, Paraibinha, .... são sub-bacias da bacia do rio Paraíba bacias rurais com pequenas aglomerações urbanas. • A bacia hidrográfica do rio Reginaldo: 26,5 km2 • A bacia hidrográfica do riacho Pau D’Arco: 2,74 km2 • A bacia hidrográfica do riacho do Sapo : 1,85 km2 -42 -41 -40 -39 -38 -37 -36 -35 -34 -11 -10 -9 -8 -7 PERNAMBUCO ALAGOAS OC EA NO AT LÂ NT IC O RIO SÃO FRANCISCO MACEÍO RECIFE • A bacia hidrográfica do rio Paraíba: 3.127,83 km2 •Fonte: Plano diretor do rios Sumaúma, Remédios e Paraíba •Sub - bacia •Discretização em Sub-bacias •Sub4 •Sub3 •Sub2 •Sub1 •represa •saída •vários níveis de subdivisão da bacia •saída •1 •3 2 4 divisor superficial x divisor subterrâneo • Divisor: • Características da Bacia Hidrográfica: • Área de drenagem • Comprimento • Declividade • Curva hipsométrica • Forma • Cobertura vegetal e uso do solo • …… •Área da Bacia Hidrográfica •Área da Bacia Hidrográfica • Uma vez definidos os contornos (divisor), a área pode ser calculada por uma integral numérica (SIG) ou por métodos manuais (planímetro, contagem, pesagem). •Comprimento da Bacia Hidrográfica Comprimento da bacia Comprimento do rio principal • Os comprimentos da bacia e do rio principal são importantes para a estimativa do tempo que a água leva para percorrer a bacia. •Ordenamento dos canais • Trata-se de uma hierarquização dos canais fluviais • Cada linha de drenagem pode ser categorizada de acordo com sua posição (ordem ou magnitude) dentro da bacia • A ordenação pode ser utilizada para descrever a linha de drenagem e dividir a rede de drenagem em partes que podem ser quantificadas e comparadas •Ordenamento dos canais • Strahler linhas de 2ª ordem são formadas pela junção de 2 linhas de 1ª ordem, as linhas de 3ª ordem são formadas pela junção de 2 linhas de 2ª ordem e assim sucessivamente as linhas de 3ª ordem, por exemplo, podem também receber um canal de 1ª ordem • como fazer a ordenação? • linhas de drenagem que não possuem nenhum tributário são designadas como linhas de 1ª ordem • A ordem ou magnitude das demais linhas de drenagem depende do método utilizado Horton, Strahler e Shreve •Strahler (1945) • Shreve magnitudes somadas todas as vezes que há a junção de duas linhas de drenagem exemplo quando 2 linhas de 2ª ordem se unem, o trecho a jusante recebe a designação de 4ª ordem • Algumas ordens podem não existir. • Horton canais de 2ª ordem têm apenas afluentes de 1ª ordem. Canais de 3ª ordem têm afluência decanais de 2ª ordem, podendo também receber diretamente canais de 1ª ordem canais de ordem u pode ter tributários de ordem u-1 até 1. • Isto implica atribuir a maior ordem ao rio principal, valendo esta designação em todo o seu comprimento, do exutório à nascente •Shreve • Tem relação com a velocidade com a qual ocorre o escoamento. • Diferença de altitude entre o início e o fim da drenagem dividida pelo comprimento da drenagem. • Equação de Manning: V proporcional a S0.5 •Declividade da Bacia Hidrográfica •Ponto mais alto: 300 m •Ponto mais baixo: 20 m •Comprimento drenagem = 7 km •Declividade = 0,04 m/m ou 40 m por km Declividade no rio •Comprimento do rio principal (L): para cada bacia existe um rio principal. Define-se o rio principal de uma bacia hidrográfica como aquele que drena a maior área no interior da bacia. A medição do comprimento do rio pode ser realizada por curvímetro ou por geoprocessamento; •Perfil típico: •alto •médio •baixo •Distância ao longo do rio principal •A lt it u d e d o l e it o •Valores típicos: •Baixa declividade: alguns cm por km •Alta declividade: alguns m por km •Perfil Longitudinal • Descrição da relação entre área de contribuição e • altitude. •Altitude (m) •350 •890 •Fração da área •0 •1,0 •0,25 •0,75 •0,5 •Curva Hipsométrica •Curva Hipsométrica •Curva Hipsométrica 670 690 710 730 750 770 790 810 830 850 870 890 910 930 950 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45% 50% 55% 60% 65% 70% 75% 80% 85% 90% 95% 100% Curva Hipsométrica •H5 •H95 •Tempo de viagem = 2 min •Tempo de viagem = 15 min •Tempo de escoamento •Q •P •tempo •Chuva de curta duração •15 minutos • Tempo necessário para que a água precipitada no ponto mais distante da bacia escoe até o ponto de controle, exutório ou local de medição. • Relação com: Comprimento da bacia (área da bacia) Forma da bacia Declividade da bacia Alterações antrópicas Vazão (para simplificar não se considera) •Tempo de concentração • Como estimar? • Relação com comprimento do rio • Relação com a declividade • Fórmulas empíricas para tempo de concentração •tc em minutos •L em km •h em m • Kirpich 0,385 3 Δh L 57tc •Tempo de concentração A4,54tc • Ventura para regiões planas • Ventura para regiões em declives I A 4,54tc • Passini para regiões planas IA345,6tc •A em km2 •A em km2 •I em m/km •Fator de forma I alto: cheias mais rápidas I baixo: cheias mais lentas 2LAI L •Índice de conformação •ou fator de forma e índice de compacidade: •índice de compacidade • Relação entre o perímetro da bacia e o perímetro que a bacia teria se fosse circular. •K = 0,28 P / A0.5 •mede mais ou menos a mesma coisa que o fator de forma Igualmente importante, é o formato da bacia hidrográfica. Bacias hidrográficas geralmente apresentam dois formatos básicos, com tendência a serem circulares ou elípticas (alongadas). As formas têm importância especial no comportamento do escoamento superficial. As primeiras têm tendência de promover maior concentração da enxurrada num trecho menor do canal principal da bacia, promovendo vazões maiores e adiantadas, relativamente às bacias alongadas, que produzem maior distribuição da enxurrada ao longo do canal principal, amenizando, portanto, as vazões e retardando a vazão de pico (máxima). • •Outras: • Tietê; • Paranapanema; • Tocantins. •Exemplos: Alongadas •São Francisco •Paraíba PE e AL •Exemplos: Alongadas •Taquari Antas - RS •Rio Itajaí - SC •Exemplos: Circular Maior profundidade de raízes = água consumida pela evapotranspiração pode ser retirada de maiores profundidades do solo. Florestas: maior interceptação; maior profundidade de raízes. Maior interceptação = escoamento demora mais a ocorrer. •Cobertura Vegetal Substituição de florestas por lavoura/pastagens Urbanização: telhados, ruas, passeios, estacionamentos e até pátios de casas Modificação dos caminhos da água • Aumento da velocidade do escoamento (leito natural rugoso x leito artificial com revestimento liso) • Encurtamento das distâncias até a rede de drenagem (exemplo: telhado com calha) •Uso do solo Agricultura = compactação do solo • Redução da quantidade de matéria orgânica no solo • Porosidade diminui • Capacidade de infiltração diminui • Raízes mais superficiais: Consumo de água das plantas diminui •Uso do solo Solos arenosos = menos escoamento superficial Solos argilosos = mais escoamento superficial Solos rasos = mais escoamento superficial Solos profundos = menos escoamento superficial •Tipos de solos Rochas do sub-solo afetam o comportamento da bacia hidrográfica. Rochas porosas tem a propriedade de armazenar grandes quantidades de água (rochas sedimentares – arenito). Rochas magmáticas tem pouca porosidade e armazenam pouca água, exceto quando são muito fraturadas. Bacias com depósitos calcáreos tem grandes cavidades no sub-solo onde a água é armazenada. •Geologia Vertentes: Rede de drenagem: • Escoamento superficial difuso • Não há canais definidos • Escoamento sub-superficial e subterrâneo • Escoamento superficial • Canais bem definidos •Partes da Bacia Dentro da bacia, a forma da rede de drenagem também apresenta variações. Em geral, predomina na natureza a forma dendrítica, a qual deriva da interação clima geologia em regiões de litologia homogênea. Num certo sentido, considerando-se a fase terrestre do ciclo da água, pode-se dizer que a água procura evadir-se da terra para o mar. Assim fazendo, torna-se organizada em sistemas de drenagem, os quais refletem principalmente a estrutura geológica local. A descrição qualitativa dos diferentes sistemas de drenagem pode ser observada de acordo com os esquemas da Figura 3.5. Estes chamados padrões de drenagem podem ser observados pelo exame de mapas topográficos de diferentes províncias geológicas. Densidade da Rede de Drenagem: Forma da Rede de Drenagem: • Controlada pela Geologia e pelo Clima • Controlada pela Geologia •Rede de Drenagem •Forma da rede de Drenagem •Forma da rede de Drenagem •Forma da rede de Drenagem •Forma da rede de Drenagem • A equação abaixo tem que ser satisfeita: •Onde •V variação do volume de água armazenado na bacia (m3) •t intervalo de tempo considerado (s) •P precipitação (m3.s-1) •E evapotranspiração (m3.s-1) •Q escoamento (m3.s-1) QEP Δt ΔV •Balanço Hídrico • Balanço entre entradas e saídas de água em uma bacia hidrográfica • Principal entrada precipitação • Saídas evapotranspiração e escoamento. •Balanço Hídrico •Intervalos de tempo longos (como um ano ou mais) variação de armazenamento pode ser desprezada na maior parte das bacias QEP •As unidades de mm são mais usuais para a precipitação e para a evapotransipiração •Reescrita em unidades de mm.ano-1, o que é feito dividindo os volumes pela área da bacia •Uma lâmina 1 mm de chuva corresponde a um litro de água distribuído sobre uma área de 1 m2. •Percentual da chuva que se transforma em escoamento P Q C •O coeficiente de escoamento tem, teoricamente, valores entre 0 e 1. Na prática os valores vão de 0,05 a 0,5 para a maioria das bacias. •Coeficiente de escoamento •Cada mm de chuva sobre a bacia de 60km2 volume total de 60.000 m3 lançados sobre a bacia em uma hora são lançados 600.000 m3 de água sobre esta bacia. •A bacia é impermeável toda a água deve sair pelo exutório a uma vazão constante de 167 m3.s-1. •Qual seria a vazão de saída de uma bacia completamente impermeável, com área de 60km2, sob uma chuva constante à taxa de 10 mm.hora-1? •Exemplo: •A região da bacia hidrográfica do rio Taquari recebe precipitações médias anuais de 1600 mm. Em Muçum (RS) há um local em que são medidas as vazões deste rio e uma análise de uma série de dados diários ao longo de 30 anos revela que a vazão média do rio é de 340 m3.s-1. •Considerando que a área da bacia neste local é de 15.000 Km2, qual é a evapotranspiração média anual nesta bacia? Qual é o coeficiente de escoamento de longo prazo? •Exemplo: •O balanço hídrico de longo prazo de uma é dado por •onde P é a chuva média anual; E é a evapotranspiração média anual e Q é o escoamento médio anual. •A vazão média de 340 m3.s-1 em uma bacia de 15.000 km2 corresponde ao escoamento anual de uma lâmina dada por: )m(mm 1000 )A(m )ano(s 365243600 )sQ(m Q(mm/ano) 1 2 113 QEP 1anomm 715 15000 365 24 3,6 340Q(mm/ano) •e a evapotranspiração é dada por •O coeficiente de escoamento de longo prazo é dado por -1anomm 8857151600QPE 0,4471600715PQC )m (mm 1000 )A(m )ano (s 365 24 3600 )sQ(m Q(mm/ano) 1 2 113 •ou )A(km 365 . 24 . 3,6 )sQ(mQ(mm/ano) 2 13 • SIG Sistemas de Informação Geográfica • Equivalem a sistemas CAD para a hidrologia • Além de CAD são bancos de dados e permitem análises dos dados •Bacia Hidrográficas e SIG • Isolinhas = curvas de nível • Matriciais = modelos digitais de elevação • TIN = Triangular irregular network •Representações do relevo • no computador • Representação do relevo na forma de uma matriz •92 •91 •88 •87 •82 •85 •83 •81 •78 •MDE ou MNT • Representação do relevo na forma de uma matriz •MDE ou MNT •Identificação da direção de escoamento para cada elemento (célula) da matriz: • Direção de escoamento • Rios principais (rede de drenagem) • Comprimento do rio principal, etc.. • Definição de Bacia e Sub-bacias • Áreas das bacias • Declividade das bacias •O que pode ser obtido do MDE •Rede de drenagem e sub-bacias •Real TIN in 3D! • ARC-GIS • Idrisi • GRASS • Erdas •Softwares www.cruzeirodosul.edu.br
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