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Lei 9.296/1996

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www.cers.com.br 
 
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL PARA CARREIRA JURÍDICA 
Lei de Interceptação Telefônica 
Guilherme Rocha 
 
1 
Interceptações Telefônicas, Telemáticas & 
de Informática 
(Lei n.º 9.296/96) 
 
 
Generalidades 
 
 
1. Legislação Aplicável: CF/88, art. 5º, X, 
XII, LIV, LV e LVI; Lei n.º 9.296/96; 
 
2. Abrangência da Lei n.º 9.296/96: 
2.1. Interceptações Telefônicas; 
2.2. Interceptações de Informática; 
2.3. Interceptações Telemáticas. 
 
3. Não-Abrangência da Lei n.º 9.296/96: 
3.1. Quebra de Sigilo Telefônico; 
3.2. Gravações Telefônicas por Algum dos 
 Interlocutores. 
 
4. Requisitos às Interceptações (art. 2º): 
4.1. Indícios Razoáveis de Autoria ou de 
 Participação em Crime Apenado 
 com Reclusão (art. 2º, I e III); 
4.2. A Prova do Crime Apenado com 
 Reclusão Não Poder ser Feita por 
 Outros Meios Disponíveis (art. 2º, II). 
 
5. Momento da Decretação (art. 3º): 
5.1. Investigação Criminal (art. 3º, caput, e 
I): 
a) Ex Officio pelo Juízo; 
b) Requerimento da Autoridade Policial; 
c) Requerimento do Parquet. 
5.2. Instrução Processual Penal (art. 3º, 
 caput, e II): 
a) Ex Officio pelo Juízo; 
b) Requerimento do Parquet. 
 
6. Imprescindibilidade de Ordem 
 Escrita e Fundamentada da 
Autoridade Judiciária Competente, 
Sob Pena de Nulidade (Cláusula de 
Reserva Jurisdicional – CF/88, art. 5º, 
XII, in fine), a Ser Tomada em 24 
horas, Devendo Outrossim Indicar a 
Forma de Execução da Diligência (Lei 
n.º 9.296/96, arts. 4º e 5º, caput); 
 
7. Execução da Diligência (arts. 5º a 8º): 
7.1. Interceptação, Gravação e 
 Degravação (Transcrição) das 
 Conversas (art. 6º, § 1º) (STF, AgR na 
 AP n.º 508/AP, em 07/02/2013); 
7.2. Duração: 15 (quinze) dias, admitindo 
 sucessivas prorrogações 
 fundamentadas (art. 5º, caput); 
7.3. A Autoridade Policial poderá 
 requisitar Serviços e Técnicos 
 Especializados às Concessionárias de 
Serviço Público (art. 7º); 
7.4. O Ministério Público poderá 
 Acompanhar a Interceptação (art. 6º, 
 caput); 
7.5. A Autoridade Policial, Após Cumprida 
a Interceptação, encaminhará o 
 resultado desta ao Juiz, 
 acompanhado de Auto 
 Circunstanciado, que deverá 
conter o Resumo das 
 Operações Realizadas (art. 6º, § 2º); 
7.6. Apensamento da Interceptação (art. 
 8º). 
 
8. Incidente de Inutilização (art. 9º): 
 
“Art. 9º. A gravação que não interessar à 
prova será inutilizada por decisão judicial, 
durante o inquérito, a instrução processual 
ou após esta, em virtude de requerimento do 
Ministério Público ou da parte interessada. 
 
Parágrafo único. O incidente de inutilização 
será assistido pelo Ministério Público, sendo 
facultada a presença do acusado ou de seu 
representante legal.” 
 
9. Crimes de Interceptação Clandestina 
& Violação de Sigilo (art. 10): 
 
“Art. 10. Constitui crime realizar interceptação 
de comunicações telefônicas, de informática 
ou telemática, ou quebrar segredo da Justiça, 
sem autorização judicial ou com objetivos não 
autorizados em lei. 
 
Pena — reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) 
anos, e multa.” 
 
Questões Especiais 
 
1. Interceptação Telefônica versus: 
1.1. Quebra do Sigilo Telefônico: Conceitos 
 Técnica e Juridicamente Distintos, de 
 Forma que a Quebra do Sigilo de 
Dados Telefônicos, por não se ajustar 
 
 
 
 
 
 
 
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LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL PARA CARREIRA JURÍDICA 
Lei de Interceptação Telefônica 
Guilherme Rocha 
 
2 
à Cláusula de Reserva Jurisdicional 
(CF/88, art. 5º, XII, in fine), Prescinde 
de Ordem Judicial (STF, MS n.º 
21.729-4/DF, em 05/10/1995; STJ, 
EDcl no RMS n.º 17.732/MT, em 
23/08/2005); 
1.2. Interceptação / Gravação Ambiental: 
 Conceitos Técnica e Juridicamente 
 Distintos. Não há previsão 
constitucional ou legal; logo, não há 
infração penal se realizada sem ordem 
judicial. Questões sobre (i)licitude da 
prova se a gravação ambiental é 
realizada sem ordem judicial:
 em local público (prova lícita) ou 
 privado (prova ilícita – CF/88, art. 5º, 
XI). 
 
2. Gravação Telefônica por um dos 
 Interlocutores: Licitude da Prova (STF, 
 RE- AgR n.º 453.562/SP, em 
23/09/2008); 
 
3. Interceptação Telefônica Sem Ordem 
 Judicial com Aquiescência de um dos 
 Interlocutores: Ilicitude da Prova 
Somente com Relação ao Interlocutor 
 Insciente (STF, HC n.º 80.949/RJ, em 
30/10/2001); 
 
4. Sucessivas Prorrogações da Diligência 
de Interceptação Telefônica: 
Admissibilidade (STF, RHC n.º 
85.575/SP, em 28/03/2006); 
 
5. Desnecessidade da Transcrição 
Integral das Gravações Telefônicas 
(STF, HC-MC n.º 91.207/RJ, em 
11/06/2007); 
 
6. (Fenômeno da) Serendipidade - 
Encontro Fortuito de Provas de Crimes 
 Punidos com Detenção Conexos aos 
 Apenados com Reclusão (que 
 Justificaram o Deferimento Judicial da 
 Diligência): Licitude das Provas (STF, 
 RHC n.º 116.179 MC/DF, em 
09/04/2013; STJ, RHC n.º 28.794/RJ, 
em 06/12/2012); 
6.1. Serendipidade de Primeiro Grau; 
6.2. Serendipidade de Segundo Grau. 
 
7. Provas Obtidas em Interceptações 
 Telefônicas, Judicialmente Autorizadas 
 em Investigação Criminal ou Instrução 
 Processual Penal, para Instruir 
 Procedimento Administrativo 
 Disciplinar contra Agentes Públicos 
 (Prova Emprestada): Admissibilidade 
 (STF, Inq-QO-QO n.º 2.424/RJ, em 
 20/06/2007; STF, RMS n.º 24.956/DF, 
em 09/08/2005); 
 
8. Interceptação Telefônica para Instruir 
 Procedimento Administrativo 
Disciplinar contra Agentes Públicos: 
Inadmissibilidade & Ilicitude da Prova 
(STJ, RMS n.º 16.429/SC, em 
 03/06/2008); 
 
9. Interceptação Telefônica em 
Investigação Criminal Anterior à 
Instauração do Inquérito Policial: 
Admissibilidade (STJ, HC n.º 
43.234/SP, em 03/11/2005); 
 
10. Interceptação Telefônica para 
Subsidiar Investigação Criminal do 
Ministério Público: Admissibilidade 
(STJ: HC n.º 33.462/DF, em 
27/09/2005; HC n.º 26.543/PR, em 
1º/03/2005; RHC n.º 15.128/PR, em 
03/02/2005; HC n.º 20.087/SP, em 
19/08/2003; RHC n.º 10.974/SP, em 
26/02/2002); 
 
11. Interceptação Telefônica para 
Subsidiar Inquérito Parlamentar - CPI: 
 Admissibilidade, com Ordem Judicial 
 (STF: MS n.º 27.483 MC-REF/DF, em 
 14/08/2008; HC n.º 83.515/RS, em 
 16/09/2004; MS n. 23.652/DF, em 
 22/11/2000); 
 
12. Interceptação Telefônica Decretada, 
no Curso da Investigação Criminal, por 
 Juízo que, Posteriormente, Verificou-
se ser Incompetente para a Ação 
Penal (Teoria do Juízo Aparente): 
Conservação da Licitude da Prova 
(STF, HC n.º 81.260/ES, em 
14/11/2001; STJ: HC n.º 56.222/SP, 
em 11/12/2007; HC n.º 
 27.119/RS, em 24/06/2003; RHC n.º 
 15.128/PR, em 03/02/2005); 
 
13. Interceptação Telefônica Decretada, 
no Curso da Ação Penal, por Juízo 
 
 
 
 
 
 
 
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Lei de Interceptação Telefônica 
Guilherme Rocha 
 
3 
que, Posteriormente, Verificou-se ser 
 Incompetente para a Ação Penal: 
Ilicitude da Prova & Nulidade Ab Initio 
do Processo (STF, HC n.º 
80.197/GO, em 08/08/2000; STJ: 
 HC n.º 43.741/PR, em 23/08/2005; HC 
n.º 10.243/RJ, em 18/12/2000). 
 
14. Podem o Querelante, o Assistente de 
 Acusação e a Defesa requerer a 
 Interceptação Telefônica no Curso da 
 Ação Penal? 
 
15. Pode a Interceptação Telefônica de 
uma Persecução Criminal ser 
Emprestada a uma Outra Persecução 
Criminal? (STF, RE n.º 
 114.074/SC, em 07/05/2013); 
 
16. Proibição da Interceptação Telefônica 
 “Prospectiva”: Inadmissibilidade (STJ, 
 HC n.º 152.194/BA, Rel.: Mini. Maria 
 Thereza de Assis Moura; em 
11/09/2012).

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