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Filosofia e Sociologia


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FILOSOFIA – MÓDULO 03 - LISTA DE EXERCÍCIOS 
 
 Prof. Rodolfo 
 
1. (Unicamp 2014) A dúvida é uma atitude que contribui para 
o surgimento do pensamento filosófico moderno. Neste 
comportamento, a verdade é atingida através da supressão 
provisória de todo conhecimento, que passa a ser considerado 
como mera opinião. A dúvida metódica aguça o espírito crítico 
próprio da Filosofia. 
(Adaptado de Gerd A. Bornheim, Introdução ao filosofar. 
Porto Alegre: Editora Globo, 1970, p. 11.) 
 
A partir do texto, é correto afirmar que: 
a) A Filosofia estabelece que opinião, conhecimento e verdade 
são conceitos equivalentes. 
b) A dúvida é necessária para o pensamento filosófico, por ser 
espontânea e dispensar o rigor metodológico. 
c) O espírito crítico é uma característica da Filosofia e surge 
quando opiniões e verdades são coincidentes. 
d) A dúvida, o questionamento rigoroso e o espírito crítico são 
fundamentos do pensamento filosófico moderno. 
 
2. (Uel 2014) Leia o texto a seguir. 
 
Kant, mesmo que restrito à cidade de Königsberg, 
acompanhou os desdobramentos das Revoluções Americana e 
Francesa e foi levado a refletir sobre as convulsões da história 
mundial. Às incertezas da Europa plebeia, individualista e 
provinciana, contrapôs algumas certezas da razão capazes de 
restabelecer, ao menos no pensamento, a sociabilidade e a 
paz entre as nações com vista à constituição de uma 
federação de povos – sociedade cosmopolita. 
 
(Adaptado de: ANDRADE, R. C. “Kant: a liberdade, o indivíduo 
e a república”. In: WEFORT, F. C. (Org.). Clássicos da política. 
v.2. São Paulo: Ática, 2003. p.49-50.) 
 
 
Com base nos conhecimentos sobre a Filosofia Política de 
Kant, assinale a alternativa correta. 
a) A incapacidade dos súditos de distinguir o útil do prejudicial 
torna imperativo um governo paternal para indicar a 
felicidade. 
b) É chamado cidadão aquele que habita a cidade, sendo 
considerados cidadãos ativos também as mulheres e os 
empregados. 
c) No Estado, há uma igualdade irrestrita entre os membros da 
comunidade e o chefe de Estado. 
d) Os súditos de um Estado Civil devem possuir igualdade de 
ação em conformidade com a lei universal da liberdade. 
e) Os súditos estão autorizados a transformar em violência o 
descontentamento e a oposição ao poder legislativo 
supremo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Observe a figura a seguir e responda à(s) questão(ões) 
seguinte(s). 
 
 
 
3. (Uel 2014) Leia o texto a seguir. 
 
Descartes, na segunda parte do Discurso do Método, 
apresenta uma crítica às cidades antigas por serem caóticas. 
Tais cidades, por terem sido no início pequenos burgos e 
havendo se transformado, ao longo do tempo, em grandes 
centros, são comumente mal calculadas. Suas ruas curvas e 
desiguais foram obra do acaso e não uma disposição da 
vontade de alguns homens que se utilizaram da razão. 
 
(Adaptado de: DESCARTES, R. Discurso do Método. São Paulo: 
Nova Cultural, 1999. p.43-44. (Coleção Os Pensadores.)) 
 
 
Com base no texto, nos conhecimentos sobre o racionalismo 
cartesiano e sobre uma possível relação com o tema do 
planejamento e da construção das cidades, assinale a 
alternativa correta. 
a) A arquitetura das cidades compreende as edificações 
planejadas, em que coincidem a ordem racional e a ordem 
da realidade objetiva. 
b) A experiência sensível era o princípio capaz de fundamentar 
as leis do conhecimento, permitindo certo ordenamento 
das construções nas cidades. 
c) A mente é como uma folha em branco, isenta de 
impressões, assim, o conhecimento que nos permite 
edificar as cidades inicia-se na execução. 
d) O conhecimento se constrói num processo que vai do 
particular para o universal, o que valoriza o caráter indutivo 
na construção das cidades. 
e) Os engenheiros e os mestres de obras se utilizam do 
conhecimento empírico para a edificação e o planejamento 
de nossas cidades. 
 
4. (Enem 2013) Os produtos e seu consumo constituem a 
meta declarada do empreendimento tecnológico. Essa meta 
foi proposta pela primeira vez no início da Modernidade, 
como expectativa de que o homem poderia dominar a 
natureza. No entanto, essa expectativa, convertida em 
programa anunciado por pensadores como Descartes e Bacon 
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FILOSOFIA – MÓDULO 03 - LISTA DE EXERCÍCIOS 
 
 Prof. Rodolfo 
 
e impulsionado pelo Iluminismo, não surgiu “de um prazer de 
poder”, “de um mero imperialismo humano”, mas da 
aspiração de libertar o homem e de enriquecer sua vida, física 
e culturalmente. 
 
CUPANI, A. A tecnologia como problema filosófico: três 
enfoques, Scientiae Studia. São Paulo, v. 2, n. 4, 2004 
(adaptado). 
 
Autores da filosofia moderna, notadamente Descartes e 
Bacon, e o projeto iluminista concebem a ciência como uma 
forma de saber que almeja libertar o homem das intempéries 
da natureza. Nesse contexto, a investigação científica consiste 
em 
a) expor a essência da verdade e resolver definitivamente as 
disputas teóricas ainda existentes. 
b) oferecer a última palavra acerca das coisas que existem e 
ocupar o lugar que outrora foi da filosofia. 
c) ser a expressão da razão e servir de modelo para outras 
áreas do saber que almejam o progresso. 
d) explicitar as leis gerais que permitem interpretar a natureza 
e eliminar os discursos éticos e religiosos. 
e) explicar a dinâmica presente entre os fenômenos naturais e 
impor limites aos debates acadêmicos. 
 
5. (Enem 2013) TEXTO I 
Há já de algum tempo eu me apercebi de que, desde meus 
primeiros anos, recebera muitas falsas opiniões como 
verdadeiras, e de que aquilo que depois eu fundei em 
princípios tão mal assegurados não podia ser senão mui 
duvidoso e incerto. Era necessário tentar seriamente, uma vez 
em minha vida, desfazer-me de todas as opiniões a que até 
então dera crédito, e começar tudo novamente a fim de 
estabelecer um saber firme e inabalável. 
DESCARTES, R. Meditações concernentes à Primeira Filosofia. 
São Paulo: Abril Cultural, 1973 (adaptado). 
 
TEXTO II 
É de caráter radical do que se procura que exige a 
radicalização do próprio processo de busca. Se todo o espaço 
for ocupado pela dúvida, qualquer certeza que aparecer a 
partir daí terá sido de alguma forma gerada pela própria 
dúvida, e não será seguramente nenhuma daquelas que foram 
anteriormente varridas por essa mesma dúvida. 
SILVA, F. L. Descartes: a metafísica da modernidade. São 
Paulo: Moderna, 2001 (adaptado). 
 
A exposição e a análise do projeto cartesiano indicam que, 
para viabilizar a reconstrução radical do conhecimento, deve-
se 
a) retomar o método da tradição para edificar a ciência com 
legitimidade. 
b) questionar de forma ampla e profunda as antigas ideias e 
concepções. 
c) investigar os conteúdos da consciência dos homens menos 
esclarecidos. 
d) buscar uma via para eliminar da memória saberes antigos e 
ultrapassados. 
e) encontrar ideias e pensamentos evidentes que dispensam 
ser questionados. 
 
6. (Uem 2013) “Pois como se supõe que as faculdades da 
mente são naturalmente iguais em todos os indivíduos – e se 
assim não fosse, nada poderia ser mais infrutífero que 
argumentarmos ou debatermos uns com os outros –, seria 
impossível, se as pessoas associassem as mesmas ideias a seus 
termos, que pudessem durante tanto tempo formar 
diferentes opiniões sobre o mesmo assunto, especialmente 
quando comunicam suas opiniões, e cada uma das partes 
volta-se para todos os lados em busca de argumentos que 
possam dar-lhes a vitória sobre seus antagonistas. É verdade 
que, se os homens tentam discutir questões que estãointeiramente fora do alcance das faculdades humanas, tais 
como as que concernem à origem dos mundos, ou à 
organização do sistema intelectual ou da região dos espíritos, 
eles podem ficar longo tempo golpeando o vazio em suas 
infrutíferas contendas, sem nunca chegar a qualquer 
conclusão determinada. Mas se a questão diz respeito a algum 
assunto da vida e da experiência cotidiana, julgaríamos que 
nada poderia preservar a disputa indecidida por tanto tempo 
[...]” 
 
(HUME, D. Uma investigação sobre o entendimento humano. 
In: MARÇAL, J. Antologia de textos filosóficos. Curitiba: SEED, 
2009, p. 377). 
 
A partir do trecho citado, assinale a(s) afirmativa(s) correta(s). 
01) Tendo em vista que as faculdades da mente são iguais, os 
pensamentos produzidos a partir das mesmas impressões 
sensíveis são também iguais. 
02) As controvérsias existem pelo fato de as opiniões serem 
associações diversas de mesmas ideias a termos 
diferentes. 
04) Disputas que nascem da experiência cotidiana têm sua 
resolução mais rápida, pois não incorrem na confusão das 
ideias. 
08) O campo da experiência está ao alcance das faculdades 
humanas, visto que fornece um fundamento empírico 
para as ideias. 
16) Nas contendas intelectuais, vale utilizar-se de toda e de 
qualquer opinião para obter a vitória. 
 
7. (Ufsj 2013) Sobre “as qualidades úteis da mente”, descritas 
por David Hume, é CORRETO afirmar que 
a) “são aquilo que se pode primeiramente experimentar na 
arte de raciocinar”. 
b) “elas são retratadas no sentido vulgar, pois são 
diametralmente opostas ao poder e ao bom senso ou 
razão”. 
c) “determinam que as virtudes, como a simpatia, por 
exemplo, tenham a força ideal a posteriori para o bem-
estar das sociedades humanas”. 
d) “essas virtudes formam a principal parte da moral”. 
 
 
 
 
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FILOSOFIA – MÓDULO 03 - LISTA DE EXERCÍCIOS 
 
 Prof. Rodolfo 
 
8. (Uel 2013) Leia o texto a seguir. 
 
Hume considerou não haver nenhuma razão para supor que, 
dado o que se chama um “efeito”, deva haver uma causa 
invariavelmente unida a ele. Observamos sucessões de 
fenômenos: à noite sucede o dia, ao dia, a noite etc.; sempre 
que se solta um objeto, ele cai no chão etc. Diante da 
regularidade observada, concluímos que certos fenômenos 
são causas e outros, efeitos. Entretanto, podemos afirmar 
somente que um acontecimento sucede a outro – não 
podemos compreender que haja alguma força ou poder pelo 
qual opera a chamada “causa”, e não podemos compreender 
que haja alguma conexão necessária entre semelhante 
“causa” e seu suposto “efeito”. 
 
(FERRATER-MORA, J. Dicionário de Filosofia, Tomo I, São 
Paulo: Loyola, 2000, p.427.) 
 
a) Com base na filosofia de Hume, explique a importância do 
conceito de causalidade para o conhecimento dos 
fenômenos naturais. 
b) Explicite a leitura que Hume faz do empirismo. 
 
9. (Unesp 2013) Preguiça e covardia são as causas que 
explicam por que uma grande parte dos seres humanos, 
mesmo muito após a natureza tê-los declarado livres da 
orientação alheia, ainda permanecem, com gosto, e por toda a 
vida, na condição de menoridade. É tão confortável ser menor! 
Tenho à disposição um livro que entende por mim, um pastor 
que tem consciência por mim, um médico que prescreve uma 
dieta etc.: então não preciso me esforçar. A maioria da 
humanidade vê como muito perigoso, além de bastante difícil, 
o passo a ser dado rumo à maioridade, uma vez que tutores já 
tomaram para si de bom grado a sua supervisão. Após terem 
previamente embrutecido e cuidadosamente protegido seu 
gado, para que estas pacatas criaturas não ousem dar 
qualquer passo fora dos trilhos nos quais devem andar, os 
tutores lhes mostram o perigo que as ameaça caso queiram 
andar por conta própria. Tal perigo, porém, não é assim tão 
grande, pois, após algumas quedas, aprenderiam finalmente a 
andar; basta, entretanto, o perigo de um tombo para intimidá-
las e aterrorizá-las por completo para que não façam novas 
tentativas. 
 
(Immanuel Kant, apud Danilo Marcondes. Textos básicos de 
ética – de Platão a Foucault, 2009. Adaptado.) 
 
O texto refere-se à resposta dada pelo filósofo Kant à 
pergunta sobre “O que é o Iluminismo?”. Explique o 
significado da oposição por ele estabelecida entre 
“menoridade” e “autonomia intelectual”. 
 
10. (Unioeste 2013) “A necessidade prática de agir segundo 
este princípio, isto é, o dever, não assenta em sentimentos, 
impulsos e inclinações, mas, sim, somente na relação dos 
seres racionais entre si, relação essa em que a vontade de um 
ser racional tem de ser considerada sempre e 
simultaneamente como legisladora, porque de outra forma 
não podia pensar-se como fim em si mesmo. A razão 
relaciona, pois, cada máxima da vontade concebida como 
legisladora universal com todas as outras vontades e com 
todas as ações para conosco mesmos, e isto não em virtude 
de qualquer outro móbil prático ou de qualquer vantagem 
futura, mas em virtude da ideia da dignidade de um ser 
racional que não obedece à outra lei senão àquela que ele 
mesmo simultaneamente dá a si mesmo. [...] O que se 
relaciona com as inclinações e necessidades gerais do homem 
tem um preço venal [...], aquilo, porém, que constitui a 
condição só graças a qual qualquer coisa pode ser um fim em 
si mesma, não tem somente um valor relativo, isto é, um 
preço, mas um valor íntimo, isto é, dignidade”. 
Kant. 
 
Considerando o texto citado e o pensamento ético de Kant, 
seguem as afirmativas abaixo: 
 
I. Para Kant, existe moral porque o ser humano e, em geral, 
todo o ser racional, fim em si mesmo e valor absoluto, não 
deve ser tomado simplesmente como meio ou instrumento 
para o uso arbitrário de qualquer vontade. 
II. Fim em si mesmo e valor absoluto, o ser humano é pessoa e 
tem dignidade, mas uma dignidade que é, apenas, 
relativamente valiosa, por se encontrar em dependência 
das condições psicossociais e político-econômicas nas quais 
vive. 
III. A moralidade, única condição que pode fazer de um ser 
racional fim em si mesmo e valor absoluto, pelo princípio 
da autonomia da vontade, e a humanidade, enquanto 
capaz de moralidade, são as únicas coisas que têm 
dignidade. 
IV. As pessoas têm dignidade porque são seres livres e 
autônomos, isto é, seres que se submetem às leis que se 
dão a si mesmos, atendendo imediatamente aos apelos de 
suas inclinações, sentimentos, impulsos e necessidades. 
V. A autonomia da vontade é o fundamento da dignidade da 
natureza humana e de toda natureza racional e, por esta 
razão, a vontade não está simplesmente submetida à lei, 
mas submetida à lei por ser concebida como vontade 
legisladora universal, ou seja, se submete à lei na exata 
medida em que ela é a autora da lei (moral). 
 
Das afirmativas feitas acima 
a) somente a afirmação I está incorreta. 
b) somente a afirmação III está incorreta. 
c) as afirmações II e IV estão incorretas. 
d) as afirmações II e III estão incorretas. 
e) as afirmações II, III e V estão incorretas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FILOSOFIA – MÓDULO 03 - LISTA DE EXERCÍCIOS 
 
 Prof. Rodolfo 
 
 
11. (Uel 2013) Leia a tirinha e o texto a seguir. 
 
 
 
A visão de Kant sobre o Iluminismo articula-se com sua 
filosofia moral da seguinte forma: o propósito iluminista é 
abandonar a menoridade intelectual para se pensar 
autonomamente. Além disso, pensar por si mesmo não 
significa a rigor ceder aos desejos particulares. Portanto, o 
iluminista não defende uma anarquia de princípios e de ação; 
trata-se, sim, de elevar a moral ao nível da razão, como uma 
legisladora universal que decide sobre máximas que se 
aplicam a todosindistintamente. 
 
(BORGES, M. L.; DALL´AGNOL, D.; DUTRA, D. V. Ética. Rio de 
Janeiro: DP&A, 2002. p.22-23.) 
a) De acordo com a filosofia moral kantiana, explique a 
diferenciação entre autonomia e heteronomia. 
b) Explicite o significado do imperativo categórico de Kant e o 
relacione com a tirinha. 
 
12. (Ufu 2013) Tentemos, pois, uma vez, experimentar se não 
se resolverão melhor as tarefas da metafísica, admitindo que 
os objetos se deveriam regular pelo nosso conhecimento, o 
que assim já concorda melhor com o que desejamos, a saber, 
a possibilidade de um conhecimento a priori desses objetos, 
que estabeleça algo sobre eles antes de nos serem dados. 
KANT, Immanuel. Crítica da Razão Pura. Tradução de Manuela 
Pinto dos Santos. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 
Prefácio da Segunda Edição, B XVI-XVII, p. 20. 
 
 
Com base no texto acima e em seus conhecimentos sobre a 
filosofia de Kant, responda 
a) O que é a Revolução Copernicana operada pelo filósofo? 
b) A que se refere o conhecimento a priori, segundo Kant? 
 
13. (Uem 2013) O filósofo alemão Hegel (1770-1831) afirma 
que “É tarefa da filosofia conceber o que é, pois, aquilo que é 
é a razão. No que concerne ao indivíduo, cada um é, de todo 
modo, um filho de seu tempo; do mesmo modo que a filosofia 
é seu tempo apreendido em pensamentos” (HEGEL, G. W. F. 
Excertos e parágrafos traduzidos. In: Antologia de Textos 
Filosóficos. MARÇAL, J. (org.). Curitiba: SEED-PR, 2009, p. 314). 
A partir do trecho citado, assinale a(s) alternativa(s) 
correta(s). 
01) A razão de algo é o conceito desse algo concebido 
filosoficamente pelo seu tempo. 
02) Aquilo que é, a essência de algo, é para o filósofo um 
conceito racional. 
04) O indivíduo, que é filho de seu tempo, do ponto de vista 
filosófico, pensa os seus problemas a partir de seu 
momento histórico. 
08) Os conceitos filosóficos, por serem determinados 
historicamente, estão restritos ao seu tempo e à sua 
época, não sendo, pois, universais. 
16) A reflexão filosófica está intimamente ligada ao seu 
momento histórico, visto que leva esse mundo ao plano 
do conceito. 
 
14. (Ufu 2013) A dialética de Hegel 
a) envolve duas etapas, formadas por opostos encontrados na 
natureza (dia-noite, claro-escuro, frio-calor). 
b) é incapaz de explicar o movimento e a mudança verificados 
tanto no mundo quanto no pensamento. 
c) é interna nas coisas objetivas, que só podem crescer e 
perecer em virtude de contradições presentes nelas. 
d) é um método (procedimento) a ser aplicado ao objeto de 
estudo do pesquisador. 
 
15. (Ufpa 2012) No contexto da cultura ocidental e na história 
do pensamento político e filosófico, as considerações sobre a 
necessidade de valores morais prévios na organização do 
Estado e das instituições sociais sempre foi um tema 
fundamental devido à importância, para esse tipo de questão, 
dos conceitos de bem e de mal, indispensáveis à vida em 
comum. 
 
Diante desse fato da história do pensamento político e 
filosófico, a afirmação de Espinosa, segundo a qual “Se os 
homens nascessem livres, não formariam nenhum conceito de 
bem e de mal, enquanto permanecessem livres” (ESPINOSA, 
1983, p. 264), quer dizer o seguinte: 
a) O homem é, por instinto, moralmente livre, fato que 
condiciona sua ideia de ética social. 
b) Assim como o indivíduo é anterior à sociedade, a liberdade 
moral antecede noções como bem e mal. 
c) Os valores morais que servem de base para nossa 
socialização são tão naturais quanto nossos direitos. 
d) Não poderíamos falar de bem e de mal se não nos 
colocássemos além da liberdade natural. 
e) Não há nenhum vínculo necessário entre viver livre e saber 
o que são bem e mal. 
 
16. (Ufu 2012) O botão desaparece no desabrochar da flor, e 
poderia dizer-se que a flor o refuta; do mesmo modo que o 
fruto faz a flor parecer um falso ser-aí da planta, pondo-se 
como sua verdade em lugar da flor: essas formas não só se 
distinguem, mas também se repelem como incompatíveis 
entre si [...]. 
 
HEGEL, G.W.F. Fenomenologia do Espírito. Petrópolis: Vozes, 
1988. 
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FILOSOFIA – MÓDULO 03 - LISTA DE EXERCÍCIOS 
 
 Prof. Rodolfo 
 
 
Com base em seus conhecimentos e na leitura do texto acima, 
assinale a alternativa correta segundo a filosofia de Hegel. 
a) A essência do real é a contradição sem interrupção ou o 
choque permanente dos contrários. 
b) As contradições são momentos da unidade orgânica, na 
qual, longe de se contradizerem, todos são igualmente 
necessários. 
c) O universo social é o dos conflitos e das guerras sem fim, 
não havendo, por isso, a possibilidade de uma vida ética. 
d) Hegel combateu a concepção cristã da história ao destituí-
la de qualquer finalidade benevolente. 
 
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 Prof. Rodolfo 
 
Gabarito: 
 
Resposta da questão 1: 
 [D] 
 
O período moderno da filosofia se caracterizou por dois 
movimentos, a saber, a dúvida e o método. A dúvida colocou 
em questão aquilo que se tinha por conhecimento – vale 
ressaltar que a filosofia moderna tem seu início geralmente 
demarcado no século XVII – e o método buscou reconstruir o 
conhecimento de modo que não se pudesse dele duvidar. 
Porém, esta ausência de dúvida não significa dogmatismo, 
mas sim o esforço da dedicação à filosofia, ao estudo da 
sabedoria, ao bem aplicar o espírito. 
 
“Este é o método que segui, e que tu, se te aprouver, poderás 
utilizar. Pois não te recomendo o meu, apenas o proponho. 
Contudo, qualquer que seja o método que empregares, 
gostaria muito de recomendar-te a filosofia, isto é, o estudo 
da sabedoria, por falta do qual todos sofremos recentemente 
muitos males”. (T. Hobbes. Do Corpo – Cálculo ou Lógica. 
Campinas: Editora Unicamp, 2009, 15). 
 
“O bom senso é a coisa do mundo melhor partilhada, pois 
cada qual pensa estar tão bem provido dele, que mesmo os 
que são mais difíceis de contentar em qualquer outra coisa 
não costumam desejar tê-lo mais do que o têm. E não é 
verossímil que todos se enganem a tal respeito; mas isso antes 
testemunha que o poder de bem julgar e distinguir o 
verdadeiro do falso, que é propriamente o que se denomina o 
bom senso ou a razão, é naturalmente igual em todos os 
homens; e, destarte, que a diversidade de nossas opiniões não 
provém do fato de serem uns mais racionais do que outros, 
mas somente de conduzirmos nossos pensamentos por vias 
diversas e não considerarmos as mesmas coisas. Pois não é 
suficiente ter o espírito bom, o principal é aplicá-lo bem. As 
maiores almas são capazes dos maiores vícios, e os que só 
andam muito lentamente podem avançar muito mais, se 
seguirem sempre o caminho reto, do que aqueles que correm 
e dele se distanciam”. (R. Descartes. Discurso do método. In 
Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1983, p. 29). 
 
Resposta da questão 2: 
 [D] 
 
Kant foi um Iluminista que, influenciado por Hume, Newton e 
Rousseau, confiou na capacidade do homem de se aperfeiçoar 
e se tornar autônomo. O seu cosmopolitismo, seguindo essa 
confiança, observava e pensava a história universal a partir do 
ponto de vista universal, isto é, a partir daquilo que pudesse 
beneficiar a todos, sem exceção. Apesar de haver um 
irracionalismo estampado na nossa história, o filósofo tomava 
como possível desvendar os motivos fundamentais que 
determinavam o bem e o mal e, partindo disso, construir 
através do aperfeiçoamento humano uma constituição 
política boa. 
 
Resposta da questão 3: 
 [A] 
 
O conhecimento em Descartes é primeiramente algo uno e 
construído a partir da unidade do intelecto. Issoquer dizer 
que apesar da variedade existente no conjunto dos 
conhecimentos a ciência é na verdade una. Quer dizer 
também que as bases fundadoras de todo o edifício 
desenvolvem-se de maneira uniforme em uma construção 
homogênea. Ou seja, a ciência é una, pois o espírito que o 
desenvolve é uno. O método, por conseguinte, se torna algo 
importantíssimo para Descartes, pois é ele quem demonstra a 
unidade do espírito que procede de maneira uniforme na 
construção dessa ciência que é total. A construção de uma 
ciência total se faz a partir da definição das condições sobre as 
quais se constrói o método através do qual se pode duvidar, 
sistematicamente, e seguindo a ordem das razões, assegurar a 
evidência do conhecimento adquirido. Conhecer para 
Descartes é duvidar sistematicamente para de acordo com o 
método seguir a ordem das razões na construção de uma 
ciência com clareza e distinção. Desse modo, Descartes 
considera ser capaz de conceber uma Mathesis Universalis, 
isto é, uma ciência capaz de explicar tudo que diga respeito à 
ordem e à quantidade. 
 
Resposta da questão 4: 
 [C] 
 
Em geral, a ciência estabelece um método de pesquisa 
racional que busca a construção coletiva de conhecimentos 
refletidos e seguros sobre a variedade da natureza, e, 
também, de conhecimentos esclarecedores sobre os 
fenômenos que nos parecem familiares. Sendo assim, a 
ciência possui uma base racional fundante a qual todo homem 
pode ter acesso e, desse modo, todos podem participar. Ela 
possui, além disso, como objeto de pesquisa a perplexidade 
do homem perante a variância de alguns fenômenos naturais 
e a permanência de outros, e como objetivo da pesquisa 
harmonizar estas diferenças em equilíbrios dinâmicos através 
de conceitos e sistemas de conceitos justificados da melhor 
maneira possível, isto é, pela construção de experimentos 
controlados e avaliações imparciais. 
 
Resposta da questão 5: 
 [B] 
 
Como exemplo da radicalidade indicada pelo prof. Franklin 
Leopoldo e Silva, vale mencionar que Descartes inicia a 
segunda meditação com a metáfora de um homem submerso, 
ele diz: “a meditação que fiz ontem encheu-me de tantas 
dúvidas, que doravante não está mais em meu alcance 
esquecê-las. E, no entanto, não vejo de que maneira poderia 
resolvê-las; e, como se de súbito tivesse caído em águas muito 
profundas, estou de tal modo surpreso que não posso nem 
firmar meus pés no fundo, nem nadar para me manter à 
tona”. Essa metáfora expõe um homem de mãos atadas; 
voltar para a situação anterior é impossível, porém manter-se 
no meio do caminho também. A única opção é manter-se 
trilhando o caminho da dúvida sistemática e generalizada, 
esperando desse modo alcançar algum ponto firme o 
suficiente para ser possível apoiar os pés, e nadar de volta 
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para a superfície. Mantendo-se nesse caminho, o filósofo 
busca o ponto que irá inaugurar uma cadeia de razões da qual 
ele não poderá duvidar. O chão desse mar no qual o filósofo 
está submerso é esta única coisa da qual ele não pode 
duvidar, mesmo se o gênio maligno estiver operando. Tal 
certeza radical é a certeza sobre o fato de que se o gênio 
maligno perverte meus pensamentos, ele nunca poderia 
perverter o próprio fato de que eu devo estar pensando para 
que ele me engane. Penso, existo é a nova raiz que nutre a 
modernidade. 
 
Resposta da questão 6: 
 02 + 04 + 08 = 14. 
 
A divisão entre questões de fato e relações de ideias aparece 
no início da seção IV (Dúvidas céticas sobre as operações do 
entendimento) e quer dizer que a investigação humana possui 
como objetos: 1) toda afirmação intuitivamente ou 
demonstrativamente certa, isto é, aquelas que possuem 
validade independente do que existe no universo, por 
exemplo, o teorema de Pitágoras; e, 2) todas as afirmações 
que possuem um caráter muitíssimo diferente posto que 
qualquer evidência de sua necessidade não seja firmada por 
nada além dos sentidos e dos registros da memória – por 
exemplo, “o sol nascerá amanhã”. Neste sentido, por um lado 
os raciocínios sobre questões de fato fundam-se em relações 
de causalidade e dependem da disposição das coisas 
existentes no universo, e, por outro lado, os raciocínios sobre 
relação de ideias possuem força na sua formalidade e são 
incapazes de serem resolvidos através de um terceiro juiz 
como a experiência. 
 
Resposta da questão 7: 
 [D] 
 
“A maioria das pessoas concordará prontamente que as 
qualidades úteis da mente são virtuosas justamente por causa 
da sua utilidade” (D. Hume, T, III, III, IV, 2). O pensamento 
moral de Hume é baseado na motivação, isto é, a ação moral 
é motivada pelos sentimentos morais que estabelecem as 
razões deste comportamento; a moral excita as paixões 
prevenindo ou motivando as ações e a razão sozinha é incapaz 
de defender a necessidade de qualquer ação correta. 
 
Resposta da questão 8: 
 a) Hume aponta o conceito de causalidade como 
importante para a geração do conhecimento extraído da 
experiência. O conhecimento empírico apreende a relação 
causal dos fenômenos naturais, sendo que pela maneira 
habitual de se conceber a constância e a regularidade do 
dinamismo próprio da natureza que obtemos qualquer 
conhecimento sensível. Logo, o conhecimento empírico é 
formado pela constatação da relação de causalidade 
existente entre os fenômenos da natureza, o que permite 
dizer que sem a causalidade não haveria como processar o 
conhecimento empírico. 
b) As reflexões de Hume sobre o empirismo demonstram a 
existência de um ceticismo mitigado quanto à possibilidade de 
a experiência constituir-se em fundamento último do 
conhecimento. O conhecimento empírico, em última 
instância, baseia-se na crença de que a repetição constante de 
causas semelhantes gera efeitos semelhantes. Essa 
compreensão resulta na convicção de que relações causais 
observadas no passado garantem repetição “certa” no futuro. 
Isso, segundo Hume, não passaria de crença, o que por sua 
vez colocaria uma considerável dose de ceticismo na base do 
próprio empirismo. O hábito é o grande guia da vida humana 
no sentido de que nenhuma questão de fato é resolvida por 
algo além dele. Como Hume diz, “sem a ação do hábito, 
ignoraríamos completamente toda questão de fato além do 
que está imediatamente presente à memória ou aos sentidos” 
(D. Hume. Investigações sobre o entendimento humano. In 
Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1980, p. 
152). Sendo assim, o homem é apenas capaz de crer que a 
relação de causa e efeito entre a chama e o calor, por 
exemplo, se mantenha persistente. A crença é um resultado 
necessário da mente observar regularidades – diferentemente 
da ficção que é uma formulação com aparência de realidade e 
sem um lastro sensitivo. 
 
Resposta da questão 9: 
 A oposição entre menoridade e maioridade (ou autonomia) é 
o recurso alegórico utilizado para falar sobre o estado do 
homem e o movimento Iluminista que buscava retirar o 
homem deste estado. O homem, diz Kant, está acomodado. 
Preguiçoso e covarde, o homem continua, mesmo depois de 
adquirir plenas capacidades de ser autônomo (de se dar a 
própria lei), servo da consciência de outros, das prescrições de 
terceiros. Além da sua própria preguiça e covardia, o ato 
mesmo de se tornar maior é visto como perigoso, o que faria a 
libertação da tutoria uma escolha ainda menos provável. 
Enfim, passar da menoridade para a maioridade é um ato de 
libertação do homem das relações de tutela que direcionam 
opressivamente o seu comportamento. 
 
Estas aulas do professor Franklin comentam com primor a 
ideia de autonomia presente no texto sobre o Iluminismo de 
Kant: 
http://www.youtube.com/watch?v=9a9kWxpnjWk 
http://www.youtube.com/watch?v=lT_3ibYFeqwResposta da questão 10: 
 [C] 
 
Devemos entender inicialmente que a reflexão kantiana a 
respeito da liberdade está organizada em torno da noção de 
autonomia. Isso significa que o homem livre será, para Kant, o 
homem capaz de guiar moralmente sua vida servindo-se do 
seu próprio intelecto, das suas próprias faculdades, dos seus 
próprios esforços. Ou seja, livre será o homem capaz de viver 
sem a tutela do outro, de usar publicamente sua razão, e de 
se responsabilizar por suas palavras sem propaga-las através 
do uso da autoridade de outrem. 
Se livre é o homem que vive uma vida regrada pelas suas 
próprias faculdades, isso significa que livre será o homem 
capaz de definir para si mesmo uma Moral universalizável. 
Quer dizer, a vontade do homem livre precisa ser a boa 
vontade. Em terminologia kantiana, a boa vontade é aquela 
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vontade cujas decisões são totalmente determinadas por 
demandas morais ou, como ele normalmente se refere a isso, 
pela Lei Moral. Os seres humanos veem essa Lei como 
restrição dos seus desejos, por conseguinte uma vontade 
decidida por seguir a Lei Moral só pode ser motivada pela 
ideia de Dever. E Kant distingue dois tipos de lei produzidos 
pela razão. Dado certo fim que nós gostaríamos de alcançar a 
razão pode proporcionar um imperativo hipotético – uma 
regra contingente para a ação alcançar este fim. Um 
imperativo hipotético diz, por exemplo: se alguém deseja 
comprar um carro novo, então se deve previamente 
considerar quais tipos de carros estão disponíveis para 
compra. Mas Kant objeta que a concepção de uma Lei Moral 
não pode ser meramente hipotética, pois uma ação moral não 
pode ser fundada sobre um propósito circunstancial. A 
moralidade exige uma afirmação incondicional do Dever de 
um indivíduo, a moralidade exige uma regra para ação que 
seja necessária, a moralidade exige um imperativo categórico. 
 
Resposta da questão 11: 
 a) Enquanto a autonomia refere-se à capacidade de 
autodeterminação da vontade com o propósito de realizar 
uma ação a partir de um princípio racional, isto é, somente 
determinado pela imposição do dever de cumprir aquilo 
que foi previamente designado pela razão, a heteronomia 
refere-se a ações realizadas sob a influência de elementos 
externos à própria razão. Trata-se de casos em que a 
determinação da vontade humana se dá mediante 
influência externa à própria razão, como o cumprimento de 
mandamentos divinos, ou o impulso na direção de um 
desejo supérfluo, ou o contexto degradante como no caso 
da tirinha, etc. 
b) O imperativo categórico é um procedimento formal 
segundo o qual pela própria razão se disporia das condições 
de discriminação de quais máximas subjetivas são 
universalizáveis, isto é, quais se enquadrariam em uma 
possível legislação universal. No caso da tirinha, o Imperativo 
Categórico é demonstrado na medida em que o personagem, 
diante de um conflito de ação, pondera o valor desta sua ação 
através do imperativo de que ela será necessária se, e 
somente se, puder ser universalizada. 
 
Resposta da questão 12: 
 a) Kant se perguntava se a metafísica também não era 
capaz de realizar o mesmo tipo de juízo que a matemática e 
física eram capazes. Para tentar solucionar esta questão: “é 
possível uma metafísica baseada em juízos sintéticos a 
priori?”, o filósofo irá modificar o ponto de vista da 
investigação da mesma maneira que fez Copérnico e, em 
vez de observar o objeto através do que a experiência 
sensível expõe considerar a possibilidade de a faculdade 
mesma conhecer e constituir a priori o objeto. Copérnico 
fez isso quando, em vez de calcular o movimento dos 
corpos celestes através dos dados da experiência sensível 
(o suposto movimento do sol, etc.), calculou este 
movimento através da suposição de que o próprio 
observador (o homem sobre a Terra) se movia. Essa 
mudança de perspectiva é o que se chama normalmente de 
Revolução Copernicana. 
 
b) Podemos distinguir, na filosofia kantiana, três tipos de 
juízos que podemos fazer sobre as coisas: 1) juízos analíticos 
(ou aqueles juízos nos quais já no sujeito encontramos o 
predicado, ou seja, são tautológicos e, por conseguinte, não se 
obtém por seu intermédio nenhum tipo de conhecimento); 2) 
juízos sintéticos a posteriori (ou aqueles juízos nos quais a 
experiência sensível está presente e se faz parte decisiva do 
julgamento, logo este tipo de juízo é particular e contingente); 
3) juízos sintéticos a priori (ou aqueles juízos nos quais o 
predicado não está contido no sujeito e a experiência não 
constitui alguma parte decisiva do conteúdo, quer dizer, juízos 
nos quais se obtém conhecimento sobre algo, porém sem que 
a experiência seja relevante para a conclusão obtida, o que faz 
deste tipo de juízo universal e necessário). O conhecimento a 
priori é aquele constituído com juízos sintéticos a priori, os 
exemplos de Kant que ilustram esse tipo conhecimento são a 
matemática, a geometria e a física. 
 
Resposta da questão 13: 
 01 + 02 + 04 + 16 = 23. 
 
A estrutura da lógica hegeliana é triádica, esta estrutura 
reflete a organização de um sistema filosófico mais amplo e da 
lógica sobre sua variedade de motivos internos e externos. A 
divisão da lógica é a seguinte: 1) doutrina do ser, 2) doutrina 
da essência e 3) doutrina do conceito. Na doutrina do ser, 
Hegel explica o conceito de "ser-por-si" como uma auto-
relação que resolve a oposição entre o próprio e o outro na 
"idealidade do finito". Na doutrina da essência, Hegel explica 
as categorias de ato e liberdade. Ele diz que ato é a unidade 
de "essência e existência" e argumenta que isso não descarta 
a atualidade de ideias que se tornam atualizadas realizando-se 
na existência externa. E define a liberdade como a "verdade 
da necessidade", ou seja, a liberdade pressupõe a necessidade 
no sentido de que a própria ação e a reação providenciam 
uma estrutura da ação livre. Na doutrina do conceito trabalha-
se o conceito em função da subjetividade, da objetividade e 
da articulação entre subjetividade e objetividade. O conceito 
subjetivo contém três funcionalidades: universalidade, 
particularidade e individualidade. Essas três funções operam 
de acordo com um movimento "dialético" progressivo do 
primeiro para o terceiro e na totalidade expressam o conceito 
de individualidade. As funções relacionam logicamente os 
juízos, porém não dizem respeito apenas às operações 
mentais, mas também explicam as próprias relações reais. 
 
Para uma noção geral: 
http://www.youtube.com/watch?v=tEg1jiXh_lc 
http://www.youtube.com/watch?v=j9RIouTp-nE 
 
Resposta da questão 14: 
 [C] 
 
A dialética hegeliana, basicamente, expõe a natureza do real 
como processo, isto é, que tal natureza seja em si infinita e 
desenvolvida através de contradições – não por outro motivo, 
Heráclito é considerado o primeiro filósofo. Utilizando uma 
forma triádica, inspirada na filosofia de Kant e Fichte, Hegel 
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 Prof. Rodolfo 
 
pretendeu demonstrar uma nova noção de ciência que 
superasse seus antecessores. 
 
 
Resposta da questão 15: 
 [D] 
 
Somente a alternativa [D] está de acordo com a afirmação de 
Espinosa. Segundo ele, a liberdade está ligada à ideia de causa 
ativa e se explica pela ausência de constrangimento externo. 
Somente Deus é livre, enquanto que os homens são seres 
dominados pela paixão. As noções de bem e mal existem, 
nesse contexto relativo aos homens, estando vinculadas à 
utilidade, dando ao homem a possibilidade de ação para além 
das determinações naturais. 
 
Resposta da questão 16: 
 [B] 
 
A estrutura da lógica hegeliana é triádica, que refletea 
organização de um sistema filosófico mais amplo e da lógica 
sobre sua variedade de motivos internos e externos. A divisão 
da lógica é esta: 1) a doutrina do ser, 2) a doutrina da essência 
e 3) a doutrina da noção (ou do conceito). Na doutrina do ser, 
por exemplo, Hegel explica o conceito de "ser-por-si" como 
uma autorrelação que resolve a oposição entre o próprio e o 
outro na "idealidade do finito". Na doutrina da essência, Hegel 
explica as categorias de ato e liberdade. Ele diz que ato é a 
unidade de "essência e existência" e argumenta que isso não 
descarta a atualidade de ideias que se tornam atualizadas, 
realizando-se na existência externa. Também define a 
liberdade como a "verdade da necessidade", ou seja, a 
liberdade pressupõe a necessidade no sentido de que a 
própria ação e a reação providenciam uma estrutura da ação 
livre. Na doutrina do conceito trabalha-se o conceito em 
função da subjetividade, da objetividade e da articulação 
entre subjetividade e objetividade. O conceito subjetivo 
contém três funcionalidades: universalidade, particularidade e 
individualidade. Essas três funções operam de acordo com um 
movimento "dialético" progressivo do primeiro para o terceiro 
e na totalidade expressam o conceito de individualidade. As 
funções relacionam logicamente os juízos, porém não dizem 
respeito apenas às operações mentais, mas também explicam 
as próprias relações reais.