Buscar

LDB PNE e novas funcões das secretarias

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

LDB, PNE E NOVAS FUNÇÕES 
DAS SECRETARIAS MUNICIPAIS 
DE EDUCAÇÃO1
Mariza Abreu
Consultora Legislativa da Câmara dos Deputados 
Área de Educação, Cultura e Desporto
1
 Esse texto foi extraído e adaptado do trabalho elaborado para a Secretaria de Educação de 
Pernambuco relativo a Instrumentos para Desenvolvimento da Gestão da Educação Municipal. 
Colaborou na elaboração deste texto Marisa Timm Sari, consultora em educação.
Por um novo padrão de gestão educacional
A partir dos anos 50, de forma simultânea e articulada com o processo de ex-
pansão do atendimento educacional à população brasileira, desenvolveu-se, 
no País, um padrão de gestão da educação pública com as seguintes caracte-
rísticas, apresentadas de maneira sintetizada:
• centralização administrativa – a maioria das decisões educacionais 
eram tomadas predominantemente nos órgãos centrais de educação, em 
detrimento das unidades escolares e, no caso das Secretarias Estaduais, 
também de suas seções regionais;
• escolas com restrito poder de decisão – em conseqüência da centrali-
zação administrativa nos órgãos educacionais, as escolas funcionavam 
com seu cotidiano ordenado de fora para dentro, por meio de normas 
de organização e funcionamento e de ordenamentos de natureza peda-
gógica definidos pelas burocracias estatais;
• diferenciação de qualidade entre as escolas públicas, de acordo prin-
cipalmente com o nível sócio-econômico dos alunos – as normas, mo-
72 CADERNOS ASLEGIS 18
delos e regramentos homogêneos definidos de forma centralizada não 
incorporavam a diversidade que as escolas passaram a apresentar, em 
decorrência da expansão do atendimento e da conseqüente incorpora-
ção à escola dos setores de baixa renda da população;
• recursos destinados predominantemente para atividades-meio – como 
conseqüência das características anteriores, parcela significativa dos 
recursos públicos destinados à manutenção e desenvolvimento do en-
sino não chegava às escolas, sendo aplicados em atividades-meio e na 
manutenção das estruturas administrativas da educação;
• foco da gestão educacional na própria administração – desviando 
o foco de seu objetivo principal que é a aprendizagem dos alunos, a 
gestão educacional passou a se caracterizar por privilegiar atividades 
burocráticas, com escolas mais envolvidas em responder às demandas 
das Secretarias de Educação do que em resolver os problemas de rendi-
mento escolar de seus alunos;
• decisões tomadas pelos gestores sem participação da sociedade – de 
forma coerente com o período político de exceção e com a gestão cen-
tralizada da educação, era praticamente inexistente a participação da 
comunidade no processo de tomada de decisões relativas à educação, 
desde o âmbito da escola até a formulação da política educacional a ser 
implementada pelo poder público.
Esse padrão tradicional de gestão educacional caracterizou especialmente 
as Secretarias Estaduais de Educação, uma vez que os Estados foram, pelo 
menos até a década de 70, os principais responsáveis pela oferta da educação 
escolar à população brasileira, no nível de ensino então de 1º grau, hoje fun-
damental. Entretanto, com o crescimento da participação dos Municípios na 
oferta de matrículas notadamente nesse nível de ensino, órgãos responsáveis 
pela administração da educação passaram a se estruturar e a se expandir nas 
Prefeituras Municipais, em geral denominados por secretaria, departamento, 
divisão ou serviço. E, na maioria dos casos, os órgãos municipais da educa-
ção foram organizados com base na experiência das Secretarias de Educação 
dos Estados. É claro que, devido à escala da gestão, problemas, como a 
centralização administrativa, são menos intensos na educação municipal do 
que na estadual. 
73LDB, PNE E NOVAS FUNÇÕES DAS SECRETARIAS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO
Desde a intensificação dos movimentos sociais pela democratização da 
sociedade, a partir da década de 70, passando pelo processo constituinte 
nos anos 80 e pelo debate em torno da elaboração da Lei de Diretrizes e 
Bases da Educação Nacional na década de 90, a sociedade brasileira vem 
questionando esse padrão tradicional de gestão educacional e amadurecendo 
uma concepção e um conjunto de propostas para a implantação de um novo 
padrão de gestão da educação no País. Esse processo apresenta-se na forma 
de síntese nas metas relativas à gestão educacional no Plano Nacional de 
Educação – PNE. 
Para opor-se e superar o padrão em grande parte ainda vigente, formulou-se 
a meta nº 24 do Capítulo da Gestão do PNE, que, por ser de caráter geral, sin-
tetiza o novo padrão de gestão educacional a ser implementado no Brasil:
Desenvolver padrão de gestão que tenha como elementos a destinação 
de recursos para as atividades-fim, a descentralização, a autonomia da 
escola, a eqüidade, o foco na aprendizagem dos alunos e a participa-
ção da comunidade.
A partir dessa meta geral, identificam-se, nas demais metas do PNE, princí-
pios e diretrizes que devem orientar a reorganização da gestão educacional 
no País, a saber:
1. Qualificação da gestão, por meio de planejamento, informatização das 
Secretarias de Educação e das escolas, implantação e consolidação de 
sistemas de avaliação, e capacitação de pessoal técnico das Secreta-
rias.
2. Promoção da autonomia da escola, por meio do repasse de recursos 
financeiros às unidades escolares públicas, capacitação de seus gestores 
e apoio à elaboração e cumprimento de suas propostas pedagógicas.
3. Implementação da gestão democrática, assegurando a participação da 
comunidade, por meio de conselhos escolares nas escolas e, no âmbito 
dos Municípios, dos Conselhos do Fundef e da Alimentação Escolar e 
do Conselho Municipal de Educação.
4. Aperfeiçoamento do regime de colaboração, entre Estado e Municípios 
e entre Municípios.
74 CADERNOS ASLEGIS 18
No Brasil, a partir da década de 70, foram realizadas experiências de descen-
tralização da educação, como a municipalização do ensino, que, entretanto, 
frustraram a expectativa de reversão dos alarmantes indicadores de fracasso 
escolar, produzidos pela contradição entre a incorporação de alunos de di-
ferentes origens sociais e a estruturação da escola destinada a servir a elite 
social que antes a freqüentava praticamente com exclusividade. Em muitos 
casos, os resultados insuficientes dessas políticas de descentralização foram 
atribuídos ao fato de não terem tomado as escolas como espaço privilegiado 
de sua ação descentralizadora. Em outras palavras, a municipalização pode 
ter implicado a transferência do poder decisório da esfera do Estado para 
o Município, mas também a transposição das características da gestão da 
educação estadual para a municipal, como a centralização administrativa e o 
pouco poder de decisão das escolas.
Na seqüência, durante a década de 80, tiveram início no País experiências de 
descentralização da gestão educacional tendo como eixo central a autonomia 
da escola. Em muitas redes públicas, criaram-se colegiados ou conselhos 
escolares deliberativos, com participação da comunidade escolar, algumas 
vezes associados à eleição dos diretores, e, ainda, em um número menor de 
casos, deu-se início a repasse de recursos para despesas com manutenção 
e conservação das unidades escolares. Entretanto, essas experiências têm 
encontrado limites como a continuidade da elaboração de normas e regras 
homogêneas para todas as escolas, a ausência de políticas de financiamento 
e alocação sistemática de recursos financeiros para as unidades escolares e, 
ainda, a não alteração das estruturas centrais da administração da educação.
Dito de outra forma, não basta pensar a nova organização da escola autôno-
ma – sobre o que ela deve passar a decidir, como e quem deve nela decidir, 
quais são as condições para sua autonomia etc. A construção da autonomia 
da escola implica necessariamentetambém a redefinição do papel e atribui-
ções e, em conseqüência, da estrutura e organização dos órgãos centrais da 
gestão educacional. O desenvolvimento de um padrão de gestão com foco 
na escola e na aprendizagem do aluno não dispensa a atuação da Secretaria 
de Educação, mas impõe a revisão de seu funcionamento anterior, com defi-
nição de novas funções e papéis.
75LDB, PNE E NOVAS FUNÇÕES DAS SECRETARIAS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO
No quadro do novo padrão de gestão, são tarefas fundamentais do poder 
público:
1ª - definição de diretrizes básicas comuns, mínimas e flexíveis, sobre 
o que se deve garantir para todos, tanto em relação a currículos e seus 
conteúdos mínimos, aí incluindo capacidades a serem desenvolvidas 
e conhecimentos a serem adquiridos, quanto em relação a padrões 
mínimos de qualidade do ensino, referindo-se a condições de funciona-
mento das escolas, com a variedade e quantidade mínimas de insumos 
materiais e humanos, e a padrões de gestão educacional;
2ª - definição das normas de gestão democrática para as escolas públi-
cas, garantindo a participação não só de professores e demais servi-
dores da educação mas também de alunos, pais e outros segmentos da 
comunidade no poder decisório;
3ª - desenvolvimento de um sistema externo de avaliação dos resultados, 
aferidos pela aprendizagem dos alunos de conteúdos básicos e comuns, 
como estratégia para garantir a qualidade e evitar a fragmentação, iden-
tificando necessidades de compensação financeira e técnica, premiando 
os que progridem em relação aos objetivos propostos pela própria es-
cola e informando a população; 
4ª - implementação de ações de compensação das desigualdades, que 
impeçam possíveis efeitos regressivos da descentralização e assegurem 
a eqüidade, que só será alcançada se houver êxito em oferecer a todos 
um patamar básico comum de escolaridade com qualidade. Para atingir 
este patamar a partir de pontos de partida tão desiguais, é imprescindí-
vel articular modelos diferenciados e flexíveis de organização escolar, 
viáveis apenas com autonomia da escola, com fortes mecanismos de 
compensação financeira e técnica, por meio de programas de discrimi-
nação positiva que transfiram recursos materiais, humanos e técnicos 
adicionais a escolas, regiões ou populações específicas que apresentem 
dificuldades, aferidas nos processos de avaliação externa.
Entre essas tarefas, algumas se configuram como funções dos órgãos norma-
tivos dos sistemas de ensino, como a definição de diretrizes básicas comuns 
para a educação nacional e de normas educacionais complementares no 
âmbito de cada sistema de ensino; outras, como funções de caráter perma-
76 CADERNOS ASLEGIS 18
nente dos órgãos da administração da educação, como a implementação de 
mecanismos de avaliação externa do rendimento escolar dos alunos e de 
ações compensatórias das desigualdades verificadas no interior dos sistemas 
de ensino. 
É necessário, portanto, pensar quais são as novas funções básicas das Se-
cretarias de Educação, face ao novo padrão de gestão educacional com foco 
na escola e na aprendizagem do aluno. Em outras palavras, que atribuições 
antes assumidas pela Secretaria passam agora para o âmbito da escola, no 
exercício de sua autonomia pedagógica, administrativa e financeira, e, em 
conseqüência, que novas atribuições passam a ser da Secretaria, que deve ter 
todas as suas atividades desenvolvidas como suporte ao processo educacio-
nal efetivamente vivenciado nas unidades escolares, nas relações interpesso-
ais cotidianas entre professores e alunos.
No estudo de alguns organogramas de Secretarias Municipais de Educação 2, 
o padrão tradicional de gestão caracteriza-se pela seguinte estrutura básica:
Observa-se que o critério de organização fundamenta-se na distinção entre 
atividades-fim (ensino) e atividades-meio (administração e finanças) da Se-
cretaria. De fato, nesse modelo de gestão, as instâncias centrais da gestão 
da educação realizavam o planejamento do fato educacional a ser executado 
na escola, definindo, por exemplo, currículos, programas escolares, meto-
dologias de ensino e formas de avaliação da aprendizagem a serem imple-
mentadas nas unidades escolares. Ao mesmo tempo, a gestão de pessoal 
encontrava-se totalmente centralizada na Secretaria de Educação e todas 
as ações relativas à manutenção e conservação dos prédios, equipamentos 
e materiais escolares dependiam de solicitação encaminhada às Secretarias 
2
 Extraídos do Levantamento da Situação Institucional dos órgãos municipais de educação, 
realizado pelo MEC/Fundescola, 2000.
Secretaria Municipal de Educação
Departamento, diretoria ou divisão
Pedagógica ou de Ensino
Departamento, diretoria ou divisão
Administrativa e Financeira
77LDB, PNE E NOVAS FUNÇÕES DAS SECRETARIAS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO
pelas escolas, pois estas não dispunham de autonomia e de recursos para fa-
zerem frente a despesas como, por exemplo, compra de giz, papel, material 
de limpeza etc.
É preciso inverter os termos dessa equação, entendendo todas as atividades 
da Secretaria como meio para o bom desempenho da relação educacional 
que ocorre na escola. Assim, devemos compreender a Secretaria como ativi-
dade-meio e a escola e, nela, a aprendizagem do aluno como atividade-fim.
Para definir as principais funções das Secretarias de Educação, deve-se re-
correr à legislação educacional vigente e identificar as principais atribuições 
que hoje são fixadas para a administração da educação em todos os seus 
níveis. 
Mais evidente quando se trata do MEC, essas novas atribuições consistem 
em: coordenação da política de educação, planejamento educacional, orga-
nização de um sistema de informações e estatísticas educacionais, e imple-
mentação de procedimentos de avaliação do funcionamento e resultados 
do sistema educacional. No ordenamento jurídico da educação brasileira, 
articula-se descentralização, flexibilidade e autonomia da escola com o papel 
de avaliador a ser desempenhado pelo poder público. Em outras palavras, os 
sistemas de ensino (em relação à educação nacional) e as escolas (em relação 
aos respectivos sistemas de ensino) possuem liberdade de organização para 
implementarem o processo educativo sob sua responsabilidade, mas devem 
devolver à sociedade um serviço educacional de qualidade, aferido em pro-
cessos sistemáticos de avaliação. 
No caso das Secretarias Estaduais e Municipais de Educação, sobressai-se 
ainda a função de suporte pedagógico, administrativo e financeiro às escolas 
de suas respectivas redes de ensino, e, nas Secretarias Estaduais de Educação 
e no caso das Secretarias Municipais em Municípios que optaram pela ins-
tituição de sistema de ensino próprio, o papel de coordenação do respectivo 
sistema, articulando e integrando todas as redes de ensino que compõem seu 
sistema, inclusive as escolas privadas. Dito de outra forma, as Secretarias de 
Educação dos Estados, Distrito Federal e Municípios precisam desempenhar 
o duplo papel de mantenedoras de suas próprias redes de ensino e coorde-
nadoras da política educacional implementada em sua respectiva jurisdição, 
articulando as diferentes redes e sistemas de ensino nela presentes. 
78 CADERNOS ASLEGIS 18
Novas funções das Secretarias Municipais de Educação
Com base nesse entendimento das novas atribuições dos órgãos gestores da 
educação, nos Anexos I e II apresentamos respectivamente quadro síntese e 
organograma com as funções que todas as Secretarias Municipais de Edu-
cação precisam desempenhar de forma a desenvolver e concretizar o novo 
padrão de gestão da educação, proposto pela comunidade educacional e 
consubstanciado nas metas do PNE em vigência. Antes da apresentação das 
funções previstas nos referidos quadro e organograma, convém destacar que 
não se tratam de setores ou divisões dos órgãos gestores da educação muni-
cipal,e sim de funções que necessariamente devem ser por eles assumidas, 
independentemente do porte do Município, da rede municipal de ensino e, 
portanto, do próprio órgão gestor da educação. 
Antes de passarmos ao exame das funções das Secretarias de Educação 
conforme o novo paradigma de gestão educacional, cabe ainda lembrar que, 
uma vez definidas essas funções e sub-funções, será necessário e convenien-
te buscar apoio de especialistas em administração pública e teoria das orga-
nizações para a elaboração definitiva dos organogramas a serem adotados 
pelas Secretarias Municipais de Educação. Os organogramas apresentados 
neste trabalho baseiam-se na concepção clássica segundo a qual as organiza-
ções correspondem a uma reunião de pessoas para realização de fins comuns 
e, portanto, implicam coordenação de esforços e distribuição ordenada de 
responsabilidades entre os integrantes do grupo. Assim, as linhas contínu-
as no organograma indicam subordinação e as tracejadas, vinculação não 
hierárquica – é o caso da relação da Secretaria com os conselhos sociais da 
área da educação. Essa maneira de representação gráfica da estrutura orga-
nizacional das Secretarias não implica necessariamente processo decisório 
e relacionamento interno de caráter autoritário. Isso depende das formas de 
comunicação adotadas internamente pela Secretaria e da maneira como as 
decisões são tomadas – exclusivamente pelo secretário (a) ou com partici-
pação de seus auxiliares mais diretos e, em cada setor, isoladamente por seu 
responsável direto ou com participação de seus demais integrantes. Por outro 
lado, entendemos que podem ser adotadas outras formas de representação 
gráfica para esses organogramas, substituindo a dimensão vertical por outra 
caracterizada pela horizontalidade, de maneira a melhor representar a nova 
79LDB, PNE E NOVAS FUNÇÕES DAS SECRETARIAS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO
dimensão democrática e participativa em que se deve fundamentar a gestão 
educacional.
Função de Coordenação e Representação Política:
Corresponde à relação interna com o órgão municipal de educação e ao 
relacionamento com o mundo exterior. A função de coordenação implica a 
condução de todas as atividades desenvolvidas pela Secretaria de Educação, 
ou seja, a coordenação do trabalho interno da Secretaria, assegurando o não 
afastamento de seus objetivos e atribuições próprias, a integração e não su-
perposição de competências entre seus diferentes setores, e a coerência na 
implementação de suas ações. Para o desempenho desta função, é necessário 
atentar para o processo interno de comunicação (quem seleciona e transmite 
as informações necessárias aos trabalhos da Secretaria e como o faz – perio-
dicidade, meios de comunicação etc.) e para o processo de tomada de deci-
sões. O (a) secretário (a) municipal de educação deve dirigir pessoalmente a 
tomada das principais decisões relativas ao processo educacional no âmbito 
do Município; entretanto, não deve fazê-lo sozinho – é recomendável a ins-
tituição de um conselho diretor com a participação de seus principais asses-
sores – e deve delegar a esses assessores e outros integrantes de sua equipe 
a competência para deliberar sobre questões setoriais em consonância com a 
política geral da Secretaria. Organismos de decisão colegiada já vêm sendo 
instituídos em Secretarias Municipais de Educação. Por exemplo, na estrutu-
ra organizacional da Secretaria de Educação e Promoção Social de Gravatá, 
no Estado de Pernambuco, está previsto um Colegiado de Direção Superior 
constituído pelo (a) próprio (a) Secretário (a) e pelos Titulares das Diretorias 
de Planejamento, Ensino e Coordenação Escolar, e Administrativa.
A função de representação diz respeito à relação com todos os órgãos, ins-
tituições e setores sociais fora da Secretaria. Incluem-se aí, por exemplo: 
articulação com o Prefeito, outras secretarias municipais, Câmara de Verea-
dores etc.; colaboração com a União, Estado e outros Municípios, por meio 
da relação com o MEC e seus órgãos, como o INEP, FNDE, SEF, Fundes-
cola etc.; com a Secretaria Estadual de Educação, por intermédio do setor 
responsável pela articulação com os Municípios e outros setores do referido 
órgão; com a UNDIME, seção estadual e nacional, e grupos de Municípios 
80 CADERNOS ASLEGIS 18
reunidos em associações regionais e/ou em consórcios intermunicipais etc.; 
relação institucional com os conselhos sociais existentes no Município, es-
pecialmente com os da área da educação, como o Conselho do Fundef e o 
da Alimentação Escolar e, quando já instituído, o Conselho Municipal de 
Educação, e também com associações, entidades e sindicatos representativos 
da comunidade educacional, como sindicatos de professores e associações 
de pais; parcerias com empresas, organizações não governamentais, clubes 
sociais e outras instituições da sociedade civil.
Em qualquer estrutura organizacional da Prefeitura, o desempenho dessa 
função é atribuição do principal responsável pela gestão da educação no 
Município. Em geral, é competência do (a) secretário (a) municipal de 
educação. Em Municípios de pequeno porte, esta função pode ser desem-
penhada exclusivamente pelo (a) secretário (a), chegando em Municípios 
de grande porte, com gestão educacional mais complexa, a envolver, além 
do (a) secretário (a), também um (a) secretário (a) adjunto (a) ou diretor (a) 
geral, uma secretaria executiva e assessoria (s). 
Função de Planejamento e Avaliação Educacional:
Corresponde à função estratégica da Secretaria de Educação de planejar e 
acompanhar a execução das atividades educacionais no âmbito do Municí-
pio, no que se refere à sua rede de escolas, ao sistema municipal de ensino, se 
já instituído, e à articulação e colaboração com as instituições educacionais 
integrantes de outras redes e sistemas de ensino presentes no Município, e 
também de implementar processos de avaliação dos serviços educacionais 
oferecidos à população, por meio de iniciativas próprias ou em parceria com 
outros entes federados e/ou instituições educacionais.
Esta função tem sua maior expressão na elaboração dos planos municipais 
de educação e no acompanhamento e avaliação permanente de sua execução. 
Por força do ordenamento jurídico vigente no País, os Municípios devem 
elaborar planos de educação integrados aos Planos Plurianuais – PPA das 
Prefeituras, com duração de quatro anos, e planos decenais, para o período 
de 2001/2010, em consonância com o Plano Nacional de Educação, vigente 
desde janeiro de 2001. 
81LDB, PNE E NOVAS FUNÇÕES DAS SECRETARIAS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO
Embora presente em organogramas de Secretarias de Educação, a função de 
planejamento foi até agora, na prática, pouco desempenhada por essas Se-
cretarias, por não haver compreensão da sua necessidade e importância, e/ou 
ausência de dados e informações sobre a realidade local para permitir um 
diagnóstico correto da educação municipal, e/ou, ainda, falta de competência 
técnica em seus quadros para a realização dessa tarefa. Já a função de ava-
liação era pouco prevista e quase não implementada. Nas estruturas organi-
zacionais tradicionais, as Secretarias de Educação desempenhavam o papel 
de inspeção e supervisão dos estabelecimentos de ensino, o que implicava 
conferir documentos para verificar o cumprimento da legislação e normas 
educacionais e a correção dos registros escolares. Entretanto, não era presen-
te na gestão da educação a concepção segundo a qual cabe ao Poder Público 
a avaliação institucional do funcionamento das escolas e órgãos da educação 
e dos resultados do processo educacional, entendidos como o rendimento 
escolar do alunos aferido em procedimentos externos de avaliação. 
Ao mesmo tempo, para o bom desempenho da função de planejamento edu-
cacional, afirma-se a compreensão que é preciso que o órgão gestor da edu-
cação desenvolva competências e seorganize para participar da elaboração 
e execução do orçamento municipal e para manter um setor de estatísticas 
e informações educacionais. Em conseqüência, essa função desdobra-se nas 
seguintes sub-funções:
Sub-função de planejamento e programação e execução 
orçamentária:
Cabe a essa sub-função coordenar o processo de elaboração, acompanha-
mento e avaliação do plano municipal de educação e de quaisquer outras 
ações de planejamento educacional no Município, como as relativas à ex-
pansão da rede física ou à reconstrução e reforma de prédios escolares. Em 
articulação com a função de coordenação e representação política, deve en-
carregar-se do desenvolvimento de mecanismos de participação da socieda-
de civil na formulação, acompanhamento e avaliação da política educacional 
no Município. Para coordenar o processo de planejamento, é necessário, por 
exemplo, desenvolver ou apoiar a realização de pesquisas sobre a realidade 
da educação municipal e, em articulação com as sub-funções de informações 
e estatísticas educacionais e de avaliação educacional, utilizar os dados es-
82 CADERNOS ASLEGIS 18
tatísticos coletados pelo Censo Escolar e outros instrumentos de pesquisa no 
planejamento educacional no Município. Por fim, sendo o plano municipal 
de educação necessariamente de duração plurianual, é preciso concretizá-
lo em planos anuais de trabalho da Secretaria Municipal de Educação, que 
devem ser formulados de forma articulada com a elaboração do orçamento 
para a educação municipal. 
Portanto, com base no conhecimento das fontes de financiamento da educa-
ção e da legislação relativa às despesas com manutenção e desenvolvimento 
do ensino - MDE e ao Fundef, cabe também ao encarregado por esta sub-
função a coordenação da elaboração do orçamento anual da Secretaria Muni-
cipal de Educação e acompanhamento de sua execução. Para isso, é preciso, 
por exemplo: acompanhar a arrecadação de impostos municipais e o repasse 
à Prefeitura das transferências constitucionais de impostos, inclusive dos 
recursos do Fundef; exercer o controle sobre a aplicação dos recursos desti-
nados às despesas com MDE, orientando os diferentes setores da Secretaria 
e outros órgãos municipais sobre sua correta utilização; articular-se com o 
Prefeito, secretarias e/ou órgãos da Prefeitura responsáveis pela fazenda 
(ou finanças), planejamento e administração, de forma a assegurar o uso 
correto dos recursos vinculados para o ensino; assessorar o (a) secretário (a) 
municipal de educação no relacionamento institucional com o Conselho do 
Fundef, Conselho Municipal de Educação, Câmara de Vereadores, Tribunal 
de Contas, Promotoria Pública etc. em assuntos relativos ao financiamento 
da educação no Município; analisar os documentos pertinentes à gestão fi-
nanceira da educação, como extratos bancários, balancetes de receita e des-
pesa, demonstrativos da tesouraria etc.; elaborar pareceres e relatórios sobre 
a aplicação dos recursos da educação; fornecer, no processo de elaboração 
dos planos municipais de educação, projeções dos recursos disponíveis para 
o ensino no Município nos anos de vigência desses planos.
Sub-função de informações e estatísticas educacionais:
Além de acompanhar e supervisionar a aplicação anual do Censo Escolar e 
outros levantamentos do INEP/MEC no Município, cabe ao encarregado por 
esta sub-função manter, na Secretaria, informações e estatísticas educacio-
nais atualizadas sobre a realidade da educação no Município. Para isso, ao 
lado dos resultados dos censos e outros dados do INEP, obtidos junto a esse 
83LDB, PNE E NOVAS FUNÇÕES DAS SECRETARIAS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO
Instituto (via correspondência ou internet) ou junto à Secretaria Estadual de 
Educação e também de indicadores econômicos e sociais obtidos junto ao 
IBGE, este setor da Secretaria Municipal deve, dentro de suas possibilida-
des, proceder à coleta e organização de outras informações relevantes para o 
planejamento e a gestão educacional no Município. Além disso, é necessário 
assessorar os outros setores da Secretaria na utilização e interpretação das 
informações e estatísticas educacionais disponíveis, por exemplo, no plane-
jamento da educação no Município e na elaboração das propostas pedagógi-
cas das escolas. Em Municípios de pequeno porte, a implementação dessas 
tarefas pode se viabilizar pela colaboração com outras Prefeituras e/ou pela 
assistência técnica do Estado e/ou da União.
Sub-função de avaliação educacional:
Como já dito, esta sub-função constitui tarefa relativamente nova para os 
órgãos gestores da educação. Trata-se de superar as antigas práticas de 
inspeção e supervisão, de caráter predominantemente burocrático, mais 
preocupadas com a observância das regras legais do que com os resultados 
do sistema educacional, por procedimentos novos e participativos que visem 
à melhoria da qualidade da educação escolar oferecida à população, enten-
dida como superação do fenômeno da evasão escolar, aumento das taxas de 
aprovação e promoção na escola, e melhoria dos indicadores de desempenho 
acadêmico dos alunos. 
Convém ressaltar a necessária articulação entre as três dimensões da ava-
liação educacional: avaliação do rendimento escolar do aluno, avaliação do 
desempenho profissional do magistério (e também dos demais servidores da 
educação) e avaliação institucional das escolas e dos órgãos municipais de 
educação (da própria Secretaria e dos conselhos da área educacional). No 
caso da avaliação externa do rendimento escolar, cabe a este setor da Secre-
taria Municipal acompanhar a realização do SAEB e, se for o caso, imple-
mentar no Município sistema estadual de avaliação externa da aprendizagem 
escolar, participando ativamente das discussões relativas ao seu planejamen-
to, orientando suas escolas em relação a esse processo, e, principalmente, 
utilizando os resultados da avaliação para reprogramar ações no âmbito da 
educação municipal, por exemplo, relativas à formação continuada do ma-
gistério e a revisões e adaptações curriculares.
84 CADERNOS ASLEGIS 18
Quanto à avaliação de desempenho do magistério e à avaliação institucional 
das unidades escolares e órgãos educacionais, há ainda mais o que fazer, 
pois se trata de desenvolver e experimentar, com o objetivo de institucio-
nalização, modelos e procedimentos de avaliação. Para isso, os Municípios 
precisarão buscar parcerias com agências de formação e outras instituições 
educacionais.
Por fim, cabe enfatizar a necessária articulação desta sub-função de ava-
liação educacional com as atividades de planejamento educacional no seu 
conjunto e com a função de desenvolvimento da gestão escolar, em todas as 
suas dimensões.
Função de Desenvolvimento da Gestão Escolar:
Esta função constitui o principal desafio para a implementação de um novo 
padrão de gestão educacional. Trata-se de concretizar, na definição das 
funções e da estrutura da Secretaria de Educação, seu novo papel face à 
autonomia das escolas. A Secretaria passa, assim, a desempenhar duas fun-
ções estratégias básicas: uma delas relativa à educação municipal vista em 
seu aspecto geral, que é a de planejamento e avaliação educacional, e outra 
que é a de apoio ou suporte ao processo educacional que se desenvolve na 
escola. Não se trata mais, por exemplo, de organizar currículos escolares nas 
Secretarias para que os estabelecimentos de ensino os implementem, e sim 
de prestar assessoria técnica e acompanhamento permanente às unidades 
escolares para que elas, com base nas diretrizes curriculares nacionais e nas 
normas complementares do respectivo sistema de ensino, elaborem e execu-
tem suas propostas pedagógicas. Nesta função, sobressai-se a atribuição de 
suporte pedagógico, pois se refere à atividade-fim da escola, qual seja, o pro-
cesso educacional propriamente dito e a aprendizagem do aluno. As demais 
dimensões do desenvolvimentoda gestão escolar referem-se a atividades-
meio, qual seja a gestão de recursos humanos, financeiros e materiais pela 
escola e o desenvolvimento da gestão democrática das unidades escolares.
Sub-função de suporte pedagógico:
Esta função pode ser sintetizada na atribuição de assessorar as escolas na 
elaboração e execução de sua proposta pedagógica, primeira e principal in-
cumbência dos estabelecimentos de ensino segundo a LDB (art. 12).
85LDB, PNE E NOVAS FUNÇÕES DAS SECRETARIAS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO
Para isso, os órgãos gestores da educação devem, por exemplo: assessorar 
as equipes diretivas e os professores no estudo e discussão das diretrizes 
curriculares nacionais para os níveis e modalidades de educação escolar 
oferecidas pela rede ou sistema municipal de ensino; desenvolver programas 
de formação e atualização para as equipes diretivas, professores e pessoal 
auxiliar que atuam nesses níveis e modalidades de educação escolar, com 
ênfase na educação infantil, por ser uma das áreas de atuação prioritária 
dos Municípios e encontrar-se em processo de transição relativo à sua inte-
gração aos sistemas educacionais; assessorar as escolas regulares e apoiar 
os professores no atendimento aos educandos com necessidades especiais. 
Convém ressaltar que esse trabalho deve desenvolver-se, na Secretaria, de 
forma integrada e articulada com as atividades implementadas na função de 
planejamento e de avaliação educacional. Por exemplo, os procedimentos de 
avaliação externa do rendimento do aluno precisam necessariamente tomar 
como ponto de partida o fazer pedagógico das escolas e, principalmente, 
seus resultados precisam reverter para dentro das unidades escolares no 
sentido de se agir sobre fragilidades e deficiências detectadas no processo 
de avaliação. 
As ações relativas ao suporte pedagógico da Secretaria de Educação às es-
colas devem considerar os níveis e modalidades de educação escolar que o 
Município deve oferecer à sua população, a saber: educação infantil, ensino 
fundamental para crianças e adolescentes na faixa etária apropriada, educa-
ção de jovens e adultos no nível do ensino fundamental, educação especial 
na educação infantil e no ensino fundamental. Além disso, se for o caso, 
deve dispensar a necessária atenção à educação indígena. A centralidade do 
suporte pedagógico às escolas no conjunto das incumbências da Secretaria 
é destacada no organograma apresentado à página 104, pois somente nessa 
dimensão de suas funções é detalhado este terceiro nível de sub-funções.
Sub-função de apoio administrativo e financeiro:
Nesta sub-função, cabe à Secretaria apoiar às escolas, prestando-lhes assis-
tência técnica e assessoria no que se refere à gestão de recursos humanos, 
financeiros e materiais. Quanto aos recursos humanos, é atribuição do encar-
regado por esta sub-função assessorar as escolas nas tarefas de, por exemplo, 
elaboração de seu quadro de pessoal, levantamento de necessidades e seu 
86 CADERNOS ASLEGIS 18
encaminhamento à Secretaria; manutenção dos registros funcionais de seus 
servidores atualizados; aplicação da legislação vigente no que se refere à dis-
tribuição de trabalho entre os servidores da escola, observando habilitação, 
funções dos respectivos cargos, duração e composição da jornada de traba-
lho etc.; encaminhamento das informações relativas à freqüência dos servi-
dores para efeito de pagamento ao órgão indicado da Prefeitura (secretaria 
de administração ou de educação que repassa essas informações para o setor 
de pagamento); realização dos procedimentos de avaliação de desempenho 
internos à escola; utilização das horas-atividade na jornada de trabalho do 
magistério para promoção de atividades de formação continuada etc.
Na gestão financeira, as escolas têm hoje a incumbência de: elaborar planos 
de aplicação dos recursos financeiros recebidos do MEC e/ou da Prefeitura; 
executar as despesas com estes recursos, com observância da legislação refe-
rente às despesas com manutenção e desenvolvimento do ensino e às normas 
gerais do direito público financeiro; prestar contas das despesas realizadas 
com os recursos geridos diretamente pela escola; proceder à captação de 
recursos para suplementação das necessidades da escola. No desempenho 
destas tarefas, a escola deve contar com apoio na forma de assessoria técni-
ca e supervisão da Secretaria de Educação. Em articulação com o setor de 
finanças da Secretaria, o encarregado do apoio administrativo e financeiro 
às escolas deve acompanhar e controlar o repasse de recursos financeiros às 
unidades escolares da rede municipal de ensino, de acordo com os critérios 
estabelecidos na legislação local, e analisar as prestações de contas encami-
nhadas pelas escolas.
A gestão dos recursos materiais da escola (terreno, prédio, mobiliário, 
equipamentos, material didático, demais materiais de consumo – inclusive 
os destinados à merenda escolar, e serviços, como energia elétrica, abaste-
cimento de água e gás) implica as fases de planejamento (levantamento de 
necessidades e seleção), aquisição, manutenção, reposição e alienação ou 
descarte. O encarregado pelo apoio à gestão administrativa e financeira das 
escolas deve, por exemplo: alertar constantemente sobre a necessidade de 
observar os princípios de adequação dos recursos materiais aos objetivos da 
proposta pedagógica da escola e de equilíbrio entre a economia de recursos 
financeiros e a qualidade dos bens e serviços adquiridos; orientar as escolas 
sobre o sistema de administração de material e patrimônio adotado pela Pre-
87LDB, PNE E NOVAS FUNÇÕES DAS SECRETARIAS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO
feitura, relativo, por exemplo, ao registro dos bens sob responsabilidade da 
escola (identificação por plaqueta, etiqueta ou outro meio), procedimentos 
administrativos a serem adotados nos casos em que a escola recebe bens 
por doação ou os adquire com recursos financeiros sob sua gestão, em que 
ocorre furto, perda ou destruição de bem sob a guarda da escola, ou, ainda, 
para alienação de bens públicos.
O desempenho desta sub-função deve se dar em articulação direta com a 
Função de Apoio Administrativo e Financeiro da Secretaria. Dependendo do 
porte do Município, pode não ser necessária a presença de mais de um servi-
dor para tratar dos assuntos relativos à administração e finanças no âmbito da 
Secretaria e no setor de apoio às escolas. Entretanto, é preciso que a escola 
seja considerada na sua unidade pela Secretaria, pois assim será possível 
implementar um padrão de gestão escolar que tenha na dimensão pedagógica 
sua centralidade e onde efetivamente a gestão de recursos humanos, mate-
riais e financeiros constitua atividade-meio da unidade escolar.
Sub-função de desenvolvimento da gestão democrática:
Trata-se de assessorar as escolas nos processos de gestão participativa, por 
meio de ações como: mobilizar e assessorar a instituição de conselhos esco-
lares e acompanhar o seu funcionamento; apoiar a implementação de dife-
rentes formas de participação dos pais na escola e de integração da escola 
com a comunidade; orientar a organização de entidades representativas de 
segmentos da comunidade escolar, como associações de pais, grêmios estu-
dantis (conforme preconizam a Lei federal 7.398/85 e o ECA, art. 53, IV) 
etc., assim como a relação da escola com essas e outras entidades represen-
tativas da sociedade local, como associações de bairro, clubes de mães etc. 
Cabe também ao encarregado por esta sub-função assessorar o (a) secretário 
(a) municipal de educação e as próprias comunidades escolares nos proces-
sos de escolha dos diretores, assim como coordenar os programas de capa-
citação dos gestores escolares a serem implementados pela Secretaria. Na 
verdade, será importante e mesmo necessário que todos os técnicos da Secre-
taria de Educação que atuam no desenvolvimento da gestão escolar tomemconhecimento e/ou participem ativamente das capacitações direcionadas às 
equipes gestoras das escolas. Por fim, convém ressaltar o caráter eminente-
mente pedagógico da gestão escolar, na medida em que, entre as finalidades 
88 CADERNOS ASLEGIS 18
da educação básica, inscreve-se a de formação para o exercício da cidadania, 
mesmo porque participação e democracia aprendem-se na prática. 
Sub-função de educação rural e registros escolares:
Nesta sub-função, trata-se de coordenar o processo de adequação da oferta 
da educação escolar às peculiaridades da vida no meio rural, como preco-
niza a LDB (art. 28). Em articulação com outras funções e sub-funções da 
Secretaria Municipal de Educação, é preciso, por exemplo, assegurar a im-
plementação de currículos escolares apropriados às necessidades e interesses 
dos alunos na zona rural; garantir transporte escolar no trajeto residência-
escola-residência para os estudantes que dele necessitam; promover a parti-
cipação das famílias e da comunidade na gestão da escola rural etc. Caberá 
ainda a esse setor da Secretaria implementar, quando for o caso, projetos de 
nucleação de escolas; isto porque são metas do Plano Nacional de Educação 
transformar progressivamente as escolas unidocentes em escolas de mais de 
um professor (...) e associar as classes isoladas unidocentes remanescentes 
a escolas de, pelo menos, quatro séries completas (metas nº 15 e 16 do En-
sino Fundamental).
Cabe também a esta sub-função executar na Secretaria atividades relativas 
às pequenas escolas que não contam com diretor e/o secretário escolar, ativi-
dades que, no caso das escolas maiores, são realizadas nas próprias unidades 
escolares, como, por exemplo: registrar os resultados do rendimento escolar 
dos alunos, elaborar atas e ofícios, expedir atestados e históricos escolares, 
fornecer guias de transferência de alunos, encaminhar a freqüência dos 
professores etc. Este setor da Secretaria pode também ser responsável por 
elaborar orientações gerais sobre registros escolares para todas as unidades 
escolares da rede ou sistema municipal de ensino e por organizar a guarda 
de documentos escolares, no caso do encerramento das atividades de escolas 
municipais. Conforme a estrutura organizacional de cada Secretaria, esses 
documentos podem ficar guardados junto aos registros escolares ou aos ser-
viços gerais, no arquivo passivo.
Função de Administração e Finanças:
Esta função corresponde às atividades-meio da Secretaria Municipal de Edu-
cação, ficando sua dimensão nesta Secretaria na dependência da estrutura or-
89LDB, PNE E NOVAS FUNÇÕES DAS SECRETARIAS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO
ganizacional da Prefeitura. Por exemplo, as atividades de pessoal e de execu-
ção financeira podem ser realizadas quase que integralmente pela secretaria 
responsável por esta área da administração ou podem ser distribuídas pelas 
diferentes secretarias municipais. Hoje, no País, estão em implementação 
diferentes modelos de estrutura organizacional da administração pública 
municipal. Ao reorganizar o órgão gestor da educação deve-se considerar a 
opção de organização adotada pela respectiva Prefeitura.
Sub-função de pessoal:
Em primeiro lugar, os procedimentos relativos a pessoal, que as escolas rea-
lizam em relação aos servidores nelas lotados, são de responsabilidade deste 
setor em relação ao pessoal lotado na própria Secretaria. Além disso, outras 
incumbências relativas à gestão dos recursos humanos da rede municipal de 
ensino são de responsabilidade deste setor, como por exemplo: designação e 
alteração de designação dos servidores entre as escolas, controle da cedência 
dos servidores para fora do sistema de ensino, encaminhamentos relativos 
à contratação temporária e realização de concursos públicos para a área da 
educação, procedimentos referentes à gestão do plano de carreira do magis-
tério, tais como concessão de vantagens e encaminhamento da progressão 
funcional na carreira etc.
Sub-função de execução financeira:
Trata-se aqui de executar os procedimentos relativos à execução financeira 
realizada na própria Secretaria. Por exemplo, cabe a este setor encaminhar 
solicitação de adiantamentos financeiros à secretaria da fazenda, realizar 
despesas e efetuar pagamentos, elaborar e encaminhar prestações de contas 
etc. Este setor deve trabalhar de forma articulada com o apoio administrativo 
e financeiro às escolas municipais.
Sub-função de material e patrimônio:
Cabe a este setor realizar as atividades relativas à gestão de material e pa-
trimônio da própria Secretaria e, no que couber, das escolas. Por exemplo, 
é preciso proceder ao levantamento anual das necessidades de material da 
Secretaria e das escolas; encaminhar solicitação de material a outros órgãos 
90 CADERNOS ASLEGIS 18
da Prefeitura ou realizar os procedimentos necessários à sua aquisição; orga-
nizar e controlar o material armazenado na Secretaria; manter atualizado os 
registros de distribuição e de estoque de material, o inventário do mobiliário 
e outros materiais permanentes, o registro de empréstimo de material; coor-
denar a distribuição de material às escolas; acompanhar projetos de obras 
de construção, reforma e ampliação de escolas; articular-se com o setor 
competente da Prefeitura para acompanhar os processos de legalização e re-
gularização de terrenos e prédios da Secretaria e das escolas, inclusive para a 
construção de novos estabelecimentos de ensino etc. Face à autonomia da es-
cola, hoje é bem menor o número de atividades de aquisição, armazenagem 
e distribuição de bens materiais, realizado pelas Secretarias em relação ao 
passado recente. Entretanto, da mesma forma que o setor anterior, esta sub-
função precisa ser desempenhada em articulação com o apoio administrativo 
e financeiro às escolas municipais, pois a Secretaria passa a ter a função de 
orientar as unidades escolares na realização das atividades relativas à gestão 
de material e patrimônio.
Sub-função de serviços gerais:
Nesta sub-função, incluem-se atividades como: executar tarefas de recepção 
ao público; controlar o recebimento, distribuição e expedição de corres-
pondência; controlar o uso dos veículos da Secretaria; executar serviços de 
copa e tarefas de limpeza, higiene e vigilância do prédio; realizar trabalhos 
relativos à reprodução e ao arquivamento de documentos (organização dos 
arquivos ativo e passivo) etc. A organização deste setor da Secretaria deve 
variar significativamente de acordo com o porte da gestão educacional. Por 
exemplo, como já vimos, no arquivo passivo da Secretaria pode ficar tam-
bém armazenada a documentação das escolas desativadas da rede municipal 
de ensino.
Sub-função de assistência ao educando:
Hoje, a implementação dos programas suplementares ao educando ocupa 
boa parte do tempo e das ações das Secretarias Municipais de Educação, 
notadamente no que se refere à merenda e ao transporte escolar. Assim, a 
esse setor da Secretaria cabe, por exemplo: coordenar a aquisição e distri-
91LDB, PNE E NOVAS FUNÇÕES DAS SECRETARIAS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO
buição dos gêneros do programa de alimentação escolar, assessorando, em 
articulação com os encarregados do desenvolvimento da gestão escolar, as 
unidades escolares na execução do referido programa; realizar treinamentos 
de merendeiras e orientar a organização dos cardápios da merenda escolar; 
articular-se com a secretaria municipal de saúde e com outras instituições 
para a implementação de programas de saúde do escolar; coordenar o pro-
grama de transporte escolar no âmbito do Município; orientar a escolha do 
livro didático pelos professores e acompanhar sua distribuição às escolas etc. 
Além disso, hoje é freqüente que Prefeituras Municipais implementem pro-
gramas suplementares de material didático-escolar, por meio da aquisição e 
distribuição gratuita de cadernos, lápis, borrachas,pastas, agendas, unifor-
mes ou fardamentos etc. aos alunos de sua rede de ensino.
Organização da gestão educacional por porte dos Municípios
Para assegurar o desempenho das funções descritas anteriormente, são apre-
sentadas a seguir diferentes possibilidades de organização das Secretarias 
Municipais de Educação conforme o porte dos Municípios, considerando-se, 
por exemplo, a população e a dimensão da gestão educacional, segundo a 
matrícula e o número de escolas da rede municipal de ensino.
Nos Anexos III, IV e V, encontram-se três propostas de organogramas 
para organização das Secretarias Municipais de Educação, corresponden-
do respectivamente a Municípios de pequeno, médio e grande porte. Na 
estruturação desses organogramas, foi adotada a seguinte seqüência para 
apresentação dos níveis hierárquicos no interior da Secretaria: gabinete do 
(a) secretário (a) diretorias coordenações gerências.
Observe-se que, conforme a estrutura organizacional da Prefeitura, a gestão 
da educação municipal por estar integrada com a saúde, assistência social, 
cultura etc., em secretaria mais abrangente, como a de Desenvolvimento 
Social e Promoção Humana da Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho, no 
Estado de Pernambuco. Nesse caso, as propostas aqui apresentadas referem-
se ao setor ou à secretaria executiva da educação na estrutura dessa secretaria 
mais abrangente.
92 CADERNOS ASLEGIS 18
Em qualquer porte de Município, o (a) secretário (a) municipal de educação 
responde diretamente pela função de coordenação e representação política. 
Nos Municípios pequenos, o (a) secretário (a) desempenha integralmente 
esta função, sendo assessorado diretamente pelos diretores responsáveis 
pelas outras três funções básicas da Secretaria; nos Municípios de porte 
médio, o (a) secretário (a) já pode contar com a presença de um (a) diretor 
(a) geral que o substitui e assessora diretamente na função de coordenação e 
representação política da Secretaria; e, nos Municípios grandes, além do (a) 
diretor (a) geral, compõem o grupo de trabalho do (a) secretário (a) muni-
cipal de educação uma secretaria executiva, com chefe de gabinete e outros 
servidores, e assessorias técnica, jurídica, de articulação política e/ou de 
comunicação, encarregadas, por exemplo, da organização de material a ser 
utilizado pelo (a) secretário (a) em palestras sobre a educação no Município, 
de consultas ao setor jurídico da Prefeitura sobre questões educacionais, do 
levantamento de informações sobre demandas de segmentos sociais que so-
licitam audiência com o (a) secretário (a), das relações com a imprensa (ou 
mídia).
Nos Municípios de pequeno porte, pode ser suficiente a presença, além do 
(a) secretário (a), de mais três integrantes na área técnica, sendo dois com 
perfil mais técnico-pedagógico, para responderem pelas diretorias de plane-
jamento e avaliação educacional e de desenvolvimento da gestão escolar, 
este com ênfase no suporte pedagógico das escolas, e outro com perfil mais 
técnico-administrativo, para assumir a responsabilidade pela diretoria de 
administração e finanças, inclusive para trabalhar em conjunto com o res-
ponsável pela gestão escolar no que se refere à orientação às escolas quanto 
à gestão de recursos humanos, materiais e financeiros das unidades escola-
res. Em Municípios efetivamente muito pequenos, com matrícula inferior a 
1000 alunos, o (a) secretário (a) pode acumular o desempenho das funções 
de coordenação e representação política e de planejamento e avaliação edu-
cacional. Nesse caso, além do (a) secretário (a), a Secretaria contaria com 
apenas mais dois integrantes, sendo um com perfil mais técnico-pedagógico, 
para responder pela diretoria de desenvolvimento da gestão escolar, este 
com ênfase no suporte pedagógico das escolas, e outro com perfil mais 
técnico-administrativo, para assumir a diretoria de administração e finanças. 
93LDB, PNE E NOVAS FUNÇÕES DAS SECRETARIAS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO
Além disso, sempre será necessária a presença de servidores para funções de 
apoio, como servente (s), porteiro (s) ou vigilante (s), motorista (s) etc.
Para desempenhar a função de suporte pedagógico às escolas, na impossibi-
lidade de possuir em seu próprio quadro professores, técnicos e/ou pedago-
gos em quantidade suficiente, a Secretaria deve articular-se com outros entes 
federados e organizações, especialmente com as instituições de educação 
superior. Assim, o (a) diretor (a) de desenvolvimento da gestão escolar deve 
atuar como mediador entre as necessidades das unidades escolares e as 
agências e instituições educacionais que produzem teoria e conhecimentos 
pedagógicos, nas diferentes áreas do saber presentes nos currículos escola-
res da educação básica. Trata-se, assim, de firmar contratos de consultoria 
com instituições credenciadas, superando a impossibilidade de contar com 
quadros técnicos e assessorias na estrutura organizacional da Secretaria, vale 
dizer, em seu organograma.
Em Municípios de porte médio, o organograma da Secretaria, além do (a) 
secretário (a) e do (a) diretor (a) geral, prevê três diretorias, organizadas em 
coordenações, cujas tarefas específicas foram descritas quando da apresen-
tação das funções e sub-funções das Secretarias Municipais de Educação. 
A diretoria de planejamento e avaliação educacional organiza-se com as 
coordenações de planejamento e programação e execução orçamentária, de 
informações e estatísticas educacionais, e de avaliação educacional. Na di-
retoria de desenvolvimento da gestão escolar, encontram-se as coordenações 
de suporte pedagógico, de gestão administrativa e financeira, de desenvolvi-
mento da gestão democrática e de educação rural e registros escolares. Por 
fim, a diretoria de administração e finanças inclui as coordenações de pesso-
al, execução financeira, material e patrimônio, serviços gerais e assistência 
ao educando. A realidade de cada Município determinará qual a dimensão 
necessária para cada uma dessas coordenações. Por exemplo, o volume 
de trabalho da coordenação de execução financeira fica na dependência 
da forma como a Prefeitura está organizada e, em conseqüência, do papel 
desempenhado pela Secretaria da Educação; assim, serão mais ou menos 
volumosas as tarefas dessa coordenação se o (a) secretário (a) é ordenador 
de despesas e a maioria das despesas com recursos vinculados à MDE é 
efetuada diretamente pela Secretaria ou se, ao contrário, essas despesas são 
realizados por outro órgão da Prefeitura Municipal. Nesse aspecto, não é ne-
94 CADERNOS ASLEGIS 18
cessário que a Secretaria de Educação execute diretamente a maior parte das 
atividades relativas à gestão de pessoal (elaboração da folha de pagamento, 
emissão de contra-cheques etc.), de recursos materiais e patrimônio (ma-
nutenção de almoxarifado, aquisição de bens etc.) e de recursos financeiros 
(acompanhamento da arrecadação de impostos, prestação de contas etc.). 
Entretanto, é imprescindível que o gestor da educação possa acompanhar as 
ações de interesse direto da educação que são realizadas no âmbito de outra 
(s) secretaria (s). Para isso, pode contribuir decisivamente o processo de in-
formatização da administração municipal, ao possibilitar que as secretarias 
comuniquem-se em rede, com acesso on-line sobre todas as informações de 
interesse de cada uma delas.
Entre as coordenações que compõem a diretoria de administração e finanças, 
a de assistência ao educando deve assumir muita importância, na quase tota-
lidade dos Municípios, pelo significado que os programas de transporte e de 
alimentação escolar adquiriram na gestão da educação pública brasileira nos 
últimos anos, especialmente na municipal.
Nos Municípios de porte médio, pelo menos a coordenação de suporte pe-
dagógico deverá subdividir-se em gerências que correspondem aos níveis e 
modalidades de educação escolar oferecidas na redeou sistema municipal de 
ensino, desta forma, assegurando que a dimensão pedagógica efetivamente 
constitua-se no aspecto central da gestão da educação no Município.
Nos Municípios de grande porte, a coordenação de planejamento e pro-
gramação e execução orçamentária poderá organizar-se em duas gerências 
específicas e a coordenação de avaliação educacional deverá, por sua vez, 
subdividir-se nas gerências de avaliação externa do rendimento escolar do 
aluno, de avaliação do desempenho profissional do magistério e demais ser-
vidores da educação, e de avaliação institucional das escolas e dos órgãos da 
educação municipal. Da mesma forma, pelas razões antes expostas, na dire-
toria de administração e finanças, a coordenação de assistência ao educando 
deve desdobrar-se nas gerências de transporte escolar e de merenda escolar. 
Observe-se que todas as coordenações podem ser subdivididas em diferentes 
gerências; entretanto, é intenção apontar que os setores da Secretaria com 
maior importância (inclusive no que se refere à expressão no organograma 
95LDB, PNE E NOVAS FUNÇÕES DAS SECRETARIAS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO
e quantitativo de pessoal) devem ser aqueles mais diretamente relacionados 
ao fazer pedagógico das escolas.
Por fim, cabe ressaltar que essas estruturas organizacionais precisam ser 
compatibilizadas com a realidade de cada Município, de forma a construir 
o caminho entre a estrutura hoje vigente e, muitas vezes, já aprovada em 
lei, inclusive para a Prefeitura como um todo, e aquela à qual se pretende 
chegar.
Implantação de um novo padrão de gestão da educação 
municipal
A implementação de um novo padrão de gestão da educação nos Municípios 
pressupõe não só a definição de uma proposta de estrutura organizacional, 
com base nas novas funções a serem desempenhadas pela Secretaria Muni-
cipal de Educação, mas também a execução de várias ações que possibilitem 
a implantação desse novo modelo gerencial.
Tomando como referência a concepção de modernização da gestão presente 
no Plano Nacional de Educação e as necessidades apresentadas por Municí-
pios em diferentes Estados brasileiros, entende-se que são necessárias para o 
desenvolvimento do novo padrão de gestão educacional as seguintes ações:
1. Informatização das Secretarias, implicando não somente a aquisição 
de computadores mas também a disponibilização de programas (sof-
twares), a capacitação de pessoal para sua utilização e a montagem de 
redes de gestão entre Municípios, entre Municípios e Estado e, ainda, 
com a União, de forma a assegurar a efetiva informatização da gestão 
educacional. O PNE fixa a meta de informatização de todas as Secreta-
rias Municipais de Educação em dez anos, e, em cinco anos, pelo me-
nos de metade dos Municípios com mais de 20.000 habitantes. Propõe 
também informatizar, gradualmente, com auxílio técnico e financeiro 
da União, a administração das escolas com mais de 100 alunos, conec-
tando-as em rede com as Secretarias de Educação, de tal forma que, 
em dez anos, todas as escolas estejam no sistema. A informatização 
pode assegurar condições para agilização da gestão educacional, sua 
maior transparência, e desenvolvimento de processos de controle de 
96 CADERNOS ASLEGIS 18
qualidade, pela possibilidade de acompanhamento da evolução de indi-
cadores educacionais.
2. Capacitação de pessoal técnico das Secretarias, para, além da utiliza-
ção da informática em termos gerais, suprir, pelo menos, as necessida-
des dos setores de informação e estatísticas educacionais, planejamento 
e avaliação. O PNE propõe que essa capacitação seja desenvolvida no 
prazo de cinco anos. Com a autonomia da escola e a gestão democrá-
tica do ensino, os órgãos gestores da educação devem enfatizar suas 
funções de: coleta, organização e disseminação de informações sobre 
a realidade educacional; planejamento educacional, por meio da elabo-
ração e implementação de planos de educação, de forma integrada, no 
caso dos Municípios, às políticas e planos educacionais da União e dos 
Estados; organização de sistema de avaliação que articule avaliação ex-
terna do rendimento escolar dos alunos com avaliação institucional dos 
estabelecimentos de ensino e avaliação de desempenho dos profissio-
nais da educação. Essas funções não poderão ser implementadas sem a 
necessária capacitação de pessoal no âmbito das Secretarias.
3. Capacitação de gestores escolares, por meio da promoção de sua 
formação inicial em nível superior mas principalmente por meio de 
programas de formação continuada e em serviço, implementados de 
maneira regular na rede pública de ensino. Com a construção da auto-
nomia da escola, avulta-se o papel dos gestores escolares na promoção 
da melhoria da qualidade da educação escolar, não sendo mais sufi-
ciente apenas capacitação das equipes técnicas das Secretarias e dos 
professores. Enquanto a capacitação destes últimos tem sido bastante 
freqüente em diferentes redes de ensino no País, só recentemente vêm 
se desenvolvendo programas para capacitação de gestores que levam 
em conta a nova realidade da gestão escolar decorrente do processo de 
construção da autonomia das unidades escolares públicas de educação 
básica. Juntamente com diretores, vice-diretores, coordenadores peda-
gógicos etc., devem também ser capacitados os integrantes dos conse-
lhos escolares das escolas públicas de educação básica.
4. Capacitação de integrantes dos conselhos sociais na área da educa-
ção, especialmente dos Conselhos Municipais de Educação, do Fundef 
e da Alimentação Escolar. Na implementação da gestão democrática 
97LDB, PNE E NOVAS FUNÇÕES DAS SECRETARIAS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO
do ensino público, ganha especial importância a instituição de órgãos 
colegiados com presença de representantes de setores organizados da 
chamada sociedade civil. Em regra geral, esses conselhos devem cum-
prir o papel de mediação entre o poder executivo e as demandas da 
sociedade, assegurando a participação social na formulação e no acom-
panhamento da execução de políticas públicas setoriais e, em alguns 
casos, exercendo o controle social sobre as ações do executivo; por 
exemplo, quando têm a incumbência de aprovação prévia de presta-
ções de contas do uso de recursos públicos, como é o caso do convênio 
da merenda escolar, do programa Recomeço e do Fundef. Entretanto, 
apesar do intenso processo de instituição de conselhos sociais nos 
Municípios brasileiros (parte como exigência de legislação federal), 
constata-se que a maioria deles não funciona ou funciona em condições 
extremamente insatisfatórias. Várias são as razões para isso, como falta 
de legitimidade de seus componentes, pressão política dos executivos, 
inexistência de condições para sua atuação (como local para reunião, 
material de expediente etc.), falta de conhecimentos técnicos necessá-
rios para o exercício de suas atribuições etc. Alguns desses obstáculos 
para o bom funcionamento dos conselhos sociais podem ser enfrenta-
dos por meio de programas de capacitação de conselheiros. Além disso, 
de forma a assegurar o necessário respaldo aos conselhos, reduzindo o 
risco da pressão e da intimidação política, recomenda-se parceria com 
o Ministério Público no planejamento e execução dos programas de 
capacitação desses órgãos colegiados.
5. Desenvolvimento de política de valorização dos recursos humanos, 
por meio de planos de carreira e remuneração para o magistério e 
avaliação de desempenho do pessoal da educação, visando à melhoria 
da atuação profissional e, em conseqüência, dos resultados de aprendi-
zagem escolar dos alunos. Em geral, os gestores da educação municipal 
têm se reportado, de maneiras diversas, à gestão de pessoal como um 
dos principais desafios da gestão educacional – dificuldade de fazer 
os servidores cumprirem com suas obrigações, falta de compreensão 
política de seu papel na prestação de serviçospúblicos aos cidadãos, 
interferência política em defesa de interesses pessoais de servidores, 
reações de defesa corporativa dos interesses da categoria em prejuízo 
98 CADERNOS ASLEGIS 18
da garantia do direito à educação aos cidadãos (como a não aceitação 
da ampliação da duração do ano letivo para 200 dias, identificada como 
proposta neoliberal) etc. Nesse sentido, a melhoria da gestão educa-
cional passa necessariamente pelo desenvolvimento de proposta para 
avaliação de desempenho profissional de todos os que atuam na rede 
pública de ensino, uma das atuais urgências da educação brasileira.
6. Desenvolvimento de programas de acompanhamento e avaliação 
dos estabelecimentos de educação infantil. Sendo a oferta da educa-
ção infantil responsabilidade dos Municípios, a expansão, manutenção 
e gestão dessa etapa inicial da educação básica constitui, hoje, um dos 
principais desafios enfrentados pela gestão municipal na área da edu-
cação, em especial, como decorrência da incorporação das creches às 
respectivas redes e sistemas de ensino. Os Municípios estão às voltas 
com problemas relativos ao financiamento das instituições de educação 
infantil, à definição de seus quadros de pessoal no que se refere aos seus 
quantitativos e nível de formação, e à construção de propostas pedagó-
gicas que dêem conta da especificidade dessa etapa da educação esco-
lar, articulando adequadamente o binômio cuidar e educar as crianças 
na faixa etária de zero a seis anos de idade. De acordo com meta cons-
tante do PNE, é necessário que se desenvolva, com participação das 
Secretarias Municipais de Educação, programa de acompanhamento e 
avaliação das instituições de educação infantil. No desenvolvimento 
desse programa, deve-se considerar a necessidade de instituir mecanis-
mos de colaboração entre os setores de educação, saúde e assistência 
social na manutenção, expansão, controle e avaliação das instituições 
de atendimento das crianças de 0 a 3 anos de idade, conforme dispõe a 
meta nº 11 do Capitulo da Educação Infantil do PNE.
Após a definição do novo organograma das Secretarias Municipais de Edu-
cação, será necessário desenvolver estudos relativos a padrões mínimos de 
funcionamento dessas Secretarias, considerando os portes dos Municípios, 
visando a definição de espaços e equipamentos, quantitativo e habilitação 
do pessoal necessário ao desempenho das funções anteriormente estabele-
cidas, assim como procedimentos e rotinas de trabalho Esse estudo deve 
ser realizado de forma articulada com a definição dos padrões mínimos de 
funcionamento das escolas, meta do Plano Nacional de Educação, e deverá, 
99LDB, PNE E NOVAS FUNÇÕES DAS SECRETARIAS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO
entre outras recomendações, oportunizar parâmetros para a definição do 
quantitativo de pessoal adequado às Secretarias Municipais de Educação, 
fixado, por exemplo, como proporção da matrícula na rede municipal e/ou 
em todas as redes de ensino no Município.
Por fim, convém lembrar que as Secretarias de Estado da Educação também 
precisam passar por uma reestruturação organizacional de forma a desempe-
nhar as funções de gestão da sua rede de escolas e de coordenação do sistema 
estadual de ensino. Especial atenção deverá ser dispensada à colaboração 
dos Governos dos Estados com seus Municípios na oferta da educação bá-
sica. As antigas relações de subordinação dos Municípios à Secretaria Esta-
dual de Educação, predominantes na vigência da legislação educacional ora 
revogada, não evoluem automaticamente para a colaboração; ao contrário, a 
autonomia dos Municípios parece, às vezes, estar conduzindo a uma relação 
de concorrência ou competição entre a rede estadual e as municipais, outras 
vezes, reforçando a desarticulação ou paralelismo entre as redes públicas de 
ensino. Assim, a nova estrutura organizacional das Secretarias Estaduais de 
Educação deverá refletir uma nova relação com os Municípios, que deverão 
deixar de ser tratados à parte para serem considerados no conjunto das ações 
da Secretaria. 
DOCUMENTOS CONSULTADOS
Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que “estabelece as diretrizes e bases da Educação 
Nacional”.
Lei nº 10.172, de 9 de janeiro de 2001, que “aprova o Plano Nacional de Educação”.
MEC. Decreto n.º 3.772, de 14 de março de 2001, que “Aprova a Estrutura Regimental e o 
Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das Funções Gratificadas do Ministério da 
Educação, e dá outras providências” e organograma disponível no site do Ministério.
MEC. FUNDESCOLA. Programa de Apoio aos Secretários Municipais de Educação – PRA-
SEM III. Caderno de Oficinas. Oficina 1 – Organização e Gestão da Educação Municipal, 
100 CADERNOS ASLEGIS 18
elaborada por Marisa Timm Sari e Adeum Sauer. 4ª Parte – Qualificação das Secretarias para 
Funções Estratégias, p. 11 a 14. Brasília, 2001.
MEC. FUNDESCOLA. Levantamento da Situação Institucional – LSI dos Órgãos Dirigentes 
Municipais de Educação. Questionário para preenchimento. Brasília, 2000.
MEC. FUNDESCOLA. Levantamento da Situação Institucional – LSI dos Órgãos Dirigentes 
Municipais de Educação. Seleção de organogramas de quatro Municípios, a saber Aquiraz/CE, 
Jaru/RO, Maués/AM e Pirenópolis/GO, anexados no item 36 do questionário. Brasília, 2001.
MEC. FUNDESCOLA. Minuta de Termo de Cooperação e Apoio Técnico a ser celebrado entre 
o MEC/SEF/FUNDESCOLA e Municípios. Mimeo. Brasília, 2001.
MEC.INEP. SAEMEC – Sistema de Administração Escolar. Manual do Usuário. Brasília, 29 
de maio de 2000.
PREFEITURA MUNICIPAL DE AFOGADOS DA INGAZEIRA. Plano Municipal de Educa-
ção 2002-2005. Secretaria de Educação, Cultura e Esporte. Afogados da Ingazeira/PE, 2002.
PREFEITURA MUNICIPAL DO CABO DE SANTO AGOSTINHO. Caderno Municipal de 
Educação – Sistema Municipal de Ensino. Secretaria de Desenvolvimento Social e Promoção 
Humana – Secretaria Executiva de Educação. Cabo de Santo Agostinho/PE, 2002.
PREFEITURA MUNICIPAL DO CABO DE SANTO AGOSTINHO. Organograma da Prefei-
tura, incluindo o da Secretaria de Desenvolvimento Social e Promoção Humana e da Secretaria 
Executiva de Educação. Cabo de Santo Agostinho/PE, 2002.
PREFEITURA MUNICIPAL DE CACHOEIRA DO SUL. Estrutura organizacional da Se-
cretaria Municipal de Educação e Cultura de 1998, de 1999 e proposta em estudo em 2002. 
Cachoeira do Sul/RS, 2002.
PREFEITURA MUNICIPAL DE GRAVATÁ. Plano Municipal de Educação 2002 – 2005. Se-
cretaria de Educação e Promoção Social. Gravatá/PE, 2001.
PREFEITURA MUNICIPAL DE GRAVATÁ. Relatório Anual de Ações Educacionais 2001. 
Secretaria de Educação e Promoção Social. Gravatá/PE, 2001.
PREFEITURA MUNICIPAL DE GRAVATÁ. Regulamento da Secretaria de Educação e Pro-
moção Social. Gravatá/PE, 2001.
PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE. Relatório da Comissão de Formalização 
do Novo Organograma da Secretaria Municipal de Educação – maio de 1998 e Nova Estrutura 
da Secretaria Municipal de Educação – 1999. Porto Alegre/RS, 1998 e 1999. Mimeo.
101LDB, PNE E NOVAS FUNÇÕES DAS SECRETARIAS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO
BIBLIOGRAFIA
ABREU, Mariza. Organização da Educação Nacional na Constituição e na LDB. Ijuí/RS, 
UNIJUÌ, 1998. 160 p.
BARROS NETO, João Pinheiro de. Teorias de Administração: curso compacto: manual prático 
para estudantes & gerentes profissionais. Rio de Janeiro, Qualitymark Ed., 2001. 168 p.
BEDÊ, Waldyr Amaral. “Estrutura e funcionamento do Órgão Municipal de Educação” in 
Município e Educação, organizado por Moacir Gadotti e José Eustáquio Romão. São Paulo, 
Cortez: Instituto Paulo Freire; Brasília, DF: IDEM, 1993. p. 33 a 69.
FERRERIA, Naura S. C. e AGUIAR, Márcia Ângela S. da (orgs.). Gestão da Educação: impas-
ses, perspectivas e compromissos. São Paulo, Editora Cortez, 2001. 2ª ed. 320 p.
LOPES, Vera Neusa. “Órgão Municipal de Educação – Como definir a estrutura organizacionalmais adequada” in Revista do Professor. Porto Alegre, 10 (38): 41-46, abril/jun. 1994. 
_________________ . Secretaria Municipal de Educação. Texto elaborado para o 
FUNDESCOLA/MEC. Mimeo. 2000.
WITTMANN, Lauro Carlos e GRACINDO, Regina Vinhaes (coords.). O Estado da Arte em 
Política e Gestão da Educação no Brasil: 1991 a 1997. Brasília, ANPAE, Campinas: Editora 
Autores Associados, 2001. 272 p.
102 CADERNOS ASLEGIS 18
ANEXO I
Funções e Sub-funções das Secretarias Municipais de 
Educação
FUNÇÃO SUB-FUNÇÕES SÍNTESE DAS PRINCIPAIS ATIVIDADES
COORDENAÇÃO E 
REPRESENTALÇAO 
POLÍTICA
• Coordenação dos trabalhos intermos da Secretaria, assegurando inte-
gração, não superposição e coerência nas ações (importantes os pro-
cessos de comunicação interna e externa e de tomada de decisões).
• Representação da Secretaria junto a Prefeito, outras secretarias, 
vereadores, MEC, Estado, outros Municípios, conselhos sociais, orga-
nizações da sociedade civil etc.
PLANEJAMENTO E
AVALIAÇÃO 
EDUCACIONAL
PLANEJAMENTO E
PROGR. E EXEC.
ORÇAMENTÁRIA
• Coordenação do processo de elaboração, acompanhamento e avalia-
ção do plano municipal de educação e do plano anual de trabalho da 
Secretaria
• Coordenação da elaboração e acompanhamento da execução do 
orçamento anual da Secretaria de Educação
INFORMAÇÕES E
ESTATÍSTICAS 
EDUCACIONAIS
• Manutenção atualizada das informações e estatísticas educacionais, 
com os resultados do Censo Escolar e outros levantamentos do INEP 
e indicadores sociais e econômicos do IBGE, e com outros dados 
coletados no Município
• Assessoramento a outros setores da Secretaria e a escolas na uti-
lização e interpretação das informações e estatísticas educacionais 
disponíveis
AVALIAÇÃO 
EDUCACIONAL
• Implementação de sistemas de avaliação externa de aprendizagem 
dos alunos no Município, como o SAEB e outros, participando de seu 
planejamento, orientação às escolas etc.
• Desenvolvimento do processo de avaliação de desempenho profissio-
nal dos servidores da educação
• Desenvolvimento do processo de avaliação institucional das escolas e 
dos órgãos municipais da educação
DESENVOLVIMENTO 
DA GESTÃO
ESCOLAR
SUPORTE 
PEDAGÓGICO
• Assessoramento às escolas para elaboração e execução de suas 
propostas pedagógicas
• Estudo e discussão com as escolas sobre as diretrizes curriculares 
nacionais, parâmetros curriculares nacionais etc.
• Desenvolvimento de programas de formação continuada para o 
magistério etc.
APOIO 
ADMINISTRATIVO E
FINANCEIRO
• Assessoramento às escolas na gestão de pessoal (elaboração do 
quadro de pessoal, levantamento de necessidades etc.), financeira 
(acompanhamento do repasse de recursos às escolas e da 
elaboração do plano de aplicação, análise das prestações de contas 
etc.) e de materiais (orientação para planejamento, aquisição de bens 
e serviços, manutenção etc.).
DESENVOLVIMENTO 
DA GESTÃO
DEMOCRÁTICA
• Mobilização e assessoramento na instituição dos conselhos escolares
• Apoio à implementação da participação dos pais na escola e na 
integração da escola com a comunidade
• Orientação para relacionamento da escola com entidades 
representativas da comunidade escolar, parcerias etc.
EDUCAÇAO RURAL
E REGISTROS
ESCOLARES
• Coordenação do processo de adequação da oferta da educação 
escolar às peculiaridades da vida no meio rural
• Execução dos registros escolares das pequenas escolas que não 
contam com diretor (a) e/ou secretário (a) escolar
• Elaboração de orientações sobre registros escolares para todas as 
escolas da rede ou sistema municipal de ensino
103LDB, PNE E NOVAS FUNÇÕES DAS SECRETARIAS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO
FUNÇÃO SUB-FUNÇÕES SÍNTESE DAS PRINCIPAIS ATIVIDADES
ADMINISTRAÇÃO E
FINANÇAS
PESSOAL • Registros e acompanhamento da vida funcional dos servidores 
lotados na Secretaria de Educação e procedimentos relativos à 
gestão de pessoal na rede de ensino – efetividades, cedências ou 
permutas, concursos, contratações etc.
EXECUÇAO 
FINANCEIRA
• Procedimentos relativos à execução financeira realizada na Secretaria 
– solicitação de adiantamentos financeiros á secretaria da fazenda, 
realização de despesas, elaboração de prestação de contas etc.
MATERIAL E
PATRIMÔNIO
• Levantamento das necessidades de obras, mobiliário, equipamento e 
material da Secretaria e escolas, sua aquisição ou solicitação a outros 
órgãos, controle e distribuição de material, acompanhamento de 
obras, inventário de material permanente etc.
• Acompanhamento dos processos de legalização e regularização dos 
terrenos e prédios da Secretaria e das escolas
SERVIÇOS GERAIS • Execução de tarefas como recepção ao público, correspondência, uso 
de veículos, limpeza, higiene e vigilância do prédio, reprodução de 
documentos, manutenção do equipamento, organização dos arquivos 
ativo e passivo etc.
ASSISTÊNCIA AO
EDUCANDO
• Implementação dos programas de assistência ao educando: aquisição 
e distribuição de gêneros para a merenda escolar, treinamento 
de merendeiras; definição de trajetos para o transporte escolar; 
orientação para a escolha e acompanhamento da distribuição do 
livro didático; acompanhamento de ações de assistência à saúde do 
escolar etc.
104 CADERNOS ASLEGIS 18
105LDB, PNE E NOVAS FUNÇÕES DAS SECRETARIAS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO
106 CADERNOS ASLEGIS 18
107LDB, PNE E NOVAS FUNÇÕES DAS SECRETARIAS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO
108 CADERNOS ASLEGIS 18

Outros materiais