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Resumo Direito Civil I Av1 (1)

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Resumo Direito Civil I Av1- Pessoa Natural, Personalidade, Capacidade, Incapacidade , Emancipação, Nome, Individualização da Pessoa Natural, Domicílio, Ausência, Direitos da Personalidade e as grandes “gerações-dimensões” do direito, Pessoa Jurídica 
Gabrielle Denise Alves 
Personalidade 
Art 1 CC – “Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil”
Nasce com vida e adquire personalidade jurídica. Nascituro, mesmo sendo um feto, ou seja, que não tenha nascido já terá seus direitos assegurados desde a concepção. 
Capacidade 
A capacidade é a medida da personalidade jurídica. (ARTS1 ao 5 do CC e ARTS 1177 a 1186 do CPC).
Capacidade de direito de todos, estende –se aos privados de discernimento e aos infantes em geral. Capacidade de fato tem todos tem, só que estão aptos a vida civil. (Capacidade postulatória). Ex: uma criança pode herdar algo, mas não negociar. Capacidade limitada.
Incapacidade
Incapacidade: menores de 16 ou casos especiais. Incapacidade relativa: menores de 18 anos e maiores de 16. São assistidos por representantes legais. Incapacidade absoluta menores de 16 anos, deficientes mentais que não tem discernimento necessário para atos da vida civil ou em causas transitórias. (ex: medicamento muito forte). (ver Art4 inciso II). 
Pródigos podem ser interditados de atos da vida civil atrás do pedido de interdição por prodigalidade deixando com que um curador o represente. (Podem pedir: pais, cônjuge ou qualquer pessoa, Mp ou a própria pessoa). 
A incapacidade pode acabar quando: completar 18 anos, desaparecer os motivos, e emancipação. Pode acontecer de forma voluntária, que é concedida pelos pais se o menor tiver 16 anos. Os pais têm responsabilidade civil sobre os atos ilícitos praticados pelo menor emancipado. A emancipação é irrevogável. A emancipação judicial é feita por sentença. A emancipação legal pode ser por: casamento, exercício de emprego público, pela colação de grau (ex: gênio). Art. 4°. São incapazes, relativamente e certos atos, ou a maneira de os exercer:
I – os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II – os ébrios habituais, os viciados em tóxico, e os que, por deficiência mental, tenham discernimento reduzido;
III – os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;
IV – os pródigos
Individualização da Pessoa Natural
(Art 16 CC) – Pessoas devem ser individualizadas para serem identificadas como titulares de direitos e deveres e para maior segurança dos negócios e da convivência familiar e social.
O nome é extrapatrimonial, ou seja, não integra ao patrimônio da pessoa, é um bem personalíssimo. O nome patronímico é o de família e o oficial pode lançar se os pais não declararem. Agnome: exemplo Junior, Neto, filho. Pseudônimo nome fictício que a pessoa pode adotar legalmente ao nome (exemplo: Pelé) mas somente para atividades lícitas. O nome pode ser alterado em causas naturais como adoção, reconhecimento de paternidade, alteração do nome dos pais. E também por causas voluntárias: casamento, erro gráfico, exposição ao ridículo, estrangeiro e transexual. Os direitos da personalidade são irrenunciáveis e intransmissíveis. (Art11 do CC). Também são absolutos e não limitados. Esses direitos são imprescritíveis, ou seja, não tem prazo de validade. O estado da pessoa natural é soma das qualificações dela na sociedade que causam efeitos jurídicos. Podem ser: individual ou física: sexo, cor, idade, etc. Familiar: indica sua situação na família. Político. O estado da pessoa humana é indivisível, não podendo ter mais de 1. (Exceto em casos de dupla nacionalidade). A individualização da pessoa natural no mundo, ou seja, o que a torna única, é feita por três elementos: nome, estado, domicílio. 
Domicílio 
Domicílio ART70 do CC diz “Domicílio é o lugar onde a pessoa natural estabelece sua residência com ânimo definitivo”, ou seja, onde se presume presente para efeitos de direitos e onde pratica habitualmente seus atos e negócios jurídicos. O domicílio pode voluntário, ou seja, escolhido pela pessoa ou especial. Domicilio necessário é aquele que o juiz determina, igual aos casos do Incapaz, servidor público, militar, marítimo (marinheiro) e preso. (ART76 CC)
Domicilio de eleição é também chamado de domicílio de eleição de foro.
Fim da pessoa natural
A extinção da Pessoa natural (ART 6 CC) pode se dar de algumas formas. Morte real: acontece por atestado de óbito com o diagnóstico de morte encefálica. E também com a morte civil (ART1816 CC) com ou sem declaração de ausência. Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas.
Art. 73. Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada. 
Ausência 
A Ausência se dá quando a pessoa desaparece de seu domicílio sem deixar um represente para administrar seus bens. (ARTS 25 a 38 do CC). Art. 27: Para o efeito previsto no artigo anterior, somente se consideram interessados: I - o cônjuge não separado judicialmente; II - os herdeiros presumidos, legítimos ou testamentários; III - os que tiverem sobre os bens do ausente direito dependente de sua morte; IV - os credores de obrigações vencidas e não pagas.
Art. 28. A sentença que determinar a abertura da sucessão provisória só produzirá efeito cento e oitenta dias depois de publicada pela imprensa; mas, logo que passe em julgado, proceder-se-á à abertura do testamento, se houver, e ao inventário e partilha dos bens, como se o ausente fosse falecido. (Próximos artigos em resumo> Art29 sobre deterioração dos bens, o procurador cuida, mas não é dele. Art30 se o procurador não for herdeiro necessário precisa garantir os bens que irá cuidar, hipotecando seus próprios bens. Art31 só poderá vender os bens se o juiz ordenar. Art32 deve o representando cuidar das ações pendentes. Art33 e 34 os rendimentos dos bens podem ser dos herdeiros e cônjuge, e para os que não puderam garantir (art30) ficam com metade. Art. 37. Dez anos depois de passada em julgado a sentença que concede a abertura da sucessão provisória, poderão os interessados requerer a sucessão definitiva e o levantamento das cauções prestadas. Art. 38. Pode-se requerer a sucessão definitiva, também, provando-se que o ausente conta oitenta anos de idade, e que de cinco datam as últimas notícias dele.
Direitos da Personalidade e as grandes “gerações-dimensões” do direito 
Direitos fundamentais de 1ª dimensão
Princípio da liberdade (sem intervenção do Estado). São direitos ligados a liberdade de caráter negativo, pois não tem intervenção do Estado. (Ex: direito a vida, integridade, liberdade sexual...)
Direitos fundamentais de 2ª dimensão
Princípio da Igualdade (com intervenção do Estado). São direitos de bens coletivos que devem ser assegurados pelo Estado. (Ex: saúde, educação, trabalho...)
Direitos fundamentais de 3ª dimensão
Princípio da Fraternidade. Nesta terceira geração de direitos fundamentais, podemos mencionar: o direito ao desenvolvimento, o direito à paz, o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, o direito à comunicação, os direitos dos consumidores e vários outros direitos especialmente aqueles relacionados a grupos de pessoas mais vulneráveis. (deve abranger a todos). 
Direitos fundamentais de 4ª dimensão
Patrimônio genético. Os números de identificação de DNA da pessoa natural estarão resguardados. 
Direito fundamental de 5ª dimensão
Estão relacionados a proteção do ambiente virtual no âmbito cibernético. 
Pessoa jurídica
A pessoa jurídica é dotada de personalidade jurídica. Tem direitos e deveres na esfera civil. 
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo. (Nascimento da PJ).
Requisitos para constituição da PJ são: vontade humana (affecto societatis) que é separadada personalidade da pessoa física. Por Ato constitutivo feito por escrito. Os atos podem ser por: Estatutos (sem fins lucrativos, como ONGS), contrato social (Para sociedade simples societárias), Escritura pública ou testamento (para fundações). Obs.: até esse passo a PJ é uma ficção, ainda não nasceu. 
A PJ só nasce quando registrada na junta comercial ou no RCPJ- Registro Civil de Pessoa Jurídica e somente poderá ter finalidade lícita. O Art. 46. O registro declarará que o registro da PJ deverá ter: I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando houver; II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores; III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente; IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo; V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais; VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse caso.
A sociedade não personificada é aquela que, embora constituída mediante instrumento escrito, não formalizou o arquivamento ou registro dos seus atos constitutivos. Assim, o contrato ou acordo tem validade somente entre os sócios, não tendo força contra terceiros. Portanto, a sociedade não personificada pode ser constituída de forma oral ou documental. (ART986 CC).  A sociedade empresária irregular ou "de fato" é disciplinada sob a designação de "sociedade em comum". "Não se trata de novo tipo societário, mas de uma situação em que a sociedade empresarial ou simples pode eventualmente se encontrar: a de irregularidade caracterizada pela exploração de negócios sem o prévio registro exigido na lei."

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