Buscar

Obrigações de Meio e de Resultado, Alternativa e Facultativa

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

DIREITO OBRIGACIONAL
AULA 5
Obrigação de Meio e de Resultado, 
Alternativa e Facultativa
Prof. THIAGO SERRANO
Obrigação de Meio 
e de Resultado
 Necessidade de definir as responsabilidades do devedor.
 Nas Obrigações de Resultado, a execução será
considerada atingida quando o devedor cumprir o objetivo
final definido pelas partes.
 Nas Obrigações de Meio, não há a necessidade de ser
atingida a execução daquilo que foi pactuado pelas
partes, somente se exige a realização comprometida e
diligente do devedor.
 Conclui-se, que, a primeira tem como essência da
prestação a obtenção do bem jurídico almejado, enquanto
na segunda o devedor se obriga a envidar esforços para
atingir certo objetivo, não se comprometendo, no entanto,
em obtê-lo.
Exemplificando
 As obrigações travadas com profissionais liberais
tendem a ser de meio, já que a responsabilidade civil
destes é subjetiva, necessitando da aferição do
elemento culpa, como dispõe o art. 14, parágrafo 4º do
CDC.
 A mesma leitura é realizada em relação aos
profissionais da área de saúde, como estabelece o art.
951, CC.
 Porém, a jurisprudência tem entendido que no caso de
cirurgia plástica estética, a obrigação do médico deve
ser considerada de resultado, em decorrência do
comprometimento do médico em alcançar
determinado resultado.
 Diferente ocorre no caso da cirurgia plástica
reparadora, considerada como obrigação de meio.
INFORMATIVO 550, STJ
No caso em que companhia aérea, além de atrasar
desarrazoadamente o voo de passageiro, deixe de atender
aos apelos deste, furtando-se a fornecer, tanto informações
claras acerca do prosseguimento da viagem (em especial,
relativamente ao novo horário de embarque e ao motivo
do atraso), quanto alimentação e hospedagem
(obrigando-o a pernoitar no próprio aeroporto), tem-se por
configurado dano moral indenizável in re ipsa,
independentemente da causa originária do atraso do voo.
Considerando que o contrato de transporte consiste em
obrigação de resultado, o atraso desarrazoado de voo,
independentemente da sua causa originária, constitui falha
no serviço de transporte aéreo contratado, o que gera para
o consumidor direito a assistência informacional e material.
Obrigação Alternativa
(arts. 252/256, CC)
Conceito: na obrigação alternativa o devedor se
desonera totalmente satisfazendo uma única
obrigação. Aqui, como na obrigação de dar coisa
incerta, existe o momento da escolha,
denominado concentração.
Diferença entre obrigação de dar coisa incerta e
obrigação alternativa: Enquanto na obrigação de
dar coisa incerta temos apenas uma coisa,
designada pelo gênero e pela quantidade; na
obrigação alternativa temos duas coisas, sendo
que a escolha recairá sobre uma delas.
Art. 252, CC: Caberá ao devedor 
escolher na ausência de acordo
Transmissível aos herdeiros e ao cessionário.
No caso de ação judicial, caberá escolher aquele que for
designado no contrato.
§ 1º: Existe a necessidade de respeito à identidade física e
material das prestações, impossibilitando a fragmentação,
o que decorre do art. 313.
§ 2º: Nas obrigações de trato sucessivo a escolha será
realizada em cada período, como estipulado no contrato.
§ 3º: Não havendo consenso, diante da pluralidade de
optantes, o juiz deverá ser chamado a intervir. Processo
denominado de ontognoscologia jurídica (Reale) em que
o aplicador do direito é chamado pela lei para preencher
lacunas e definir conceitos.
§ 4º: Se a escolha couber a um terceiro e, mais uma vez,
não houver tal exercício, o juiz será chamado a intervir.
PERDA DA PRESTAÇÃO:
Escolha pelo devedor
Art. 253: Impossibilidade de uma das
prestações = entrega da prestação
subsistente. Tal artigo expressa a essência
das obrigações alternativas, o que se
denomina concentração automática.
Art. 254: Culpa do devedor +
impossibilidade de todas as prestações +
escolha cabe ao devedor = valor da última
prestação que se impossibilitou + perdas e
danos.
PERDA DA PRESTAÇÃO:
Escolha pelo credor 
(art. 255, CC)
Culpa do devedor + impossibilidade de
uma das prestações + escolha cabe ao
credor = prestação subsistente + perdas
e danos OU valor da prestação que se
perdeu + perdas e danos.
Culpa do devedor + impossibilidade de
todas as prestações + escolha cabe ao
credor = valor de qualquer uma das
prestações + perdas e danos.
PERDA SEM CULPA DO 
DEVEDOR
Ausência de culpa +
impossibilidade de todas as
prestações = extinção da
obrigação sem o pagamento
das perdas e danos, com a
devolução do equivalente (art.
256, CC).
Obrigação Facultativa
Não está regulamentada no Código
Civil.
Para Tartuce, tal obrigação possui
apenas uma faculdade a ser cumprida
pelo devedor de acordo com o
contrato. O credor não pode exigir a
prestação facultativa no caso de
impossibilidade de cumprimento da
obrigação principal.
Para Orlando Gomes, trata-se de
obrigação simples.
Para Caio Mário, trata-se da existência
de um único vínculo e uma única
prestação com cláusula permissiva ao
devedor de se exonerar mediante o
pagamento de prestação diferente.
Segundo a doutrina majoritária:
1. Perecendo a coisa sem culpa: Ocorre a
extinção da obrigação.
2. Perecendo a coisa com culpa: O credor
poderá exigir o equivalente mais perdas e
danos, mas não o cumprimento específico
da obrigação supletária.
3. Perecendo a coisa supletória: Nenhum
efeito terá sobre a obrigação.
Exercício
José pactuou contrato de compra e venda
com Caio, ficando estabelecido que o
primeiro deverá entregar o cavalo
“Príncipe do Egito” e, caso não possa
cumprir com a mencionada obrigação,
poderá entregar o cavalo “Príncipe da
Inglaterra”. Diante da situação
apresentada, é possível classificar a
obrigação como:
Facultativa
Alternativa
De dar coisa certa
De dar coisa incerta
De resultado

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando