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MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 
AULA 09 
1. Concreto com Adititivos; 
2. Controle Tecnológico; 
3. Argamassas. 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 
Generalidades 
• Os aditivos são substâncias adicionadas em reduzida quantidade no 
preparo do concreto, capazes de modificar o comportamento do 
concreto tanto fresco como endurecido, reforçando certas propriedades 
e/ou inibindo outras. 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 
Tipos de Aditivos 
• Plastificantes ou redutores de água 
São aditivos que modificam a tensão capilar da água, aumentando o seu 
poder de molhagem, permitindo redução de seu teor para uma mesma 
trabalhabilidade ou o aumento da plasticidade do concreto quando não se 
efetuar a redução de água. A redução de água é tanto maior quanto maior for 
a dosagem do aditivo, se situando na faixa de 6 a 12% de redução. De um 
modo geral, os plastificantes são também retardadores de pega, 
principalmente em superdosagens, sendo comuns os aditivos denominados 
de plastificantes-retardadores, que a retardação de pega é apreciável mesmo 
em dosagens menores. Normalmente são usados na forma líquida, 
misturados na água de amassamento do concreto em dosagens de 0,2 a 0,5% 
sobre o peso do cimento. São várias as substâncias que podem ser usadas 
nos plastificantes, com destaque para os lignossulfonatos; 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 
Tipos de Aditivos 
• Retardadores 
São aditivos que retardam o início de pega do concreto, permitindo o 
manuseio do concreto por mais tempo sem risco de pega. Estes aditivos 
viabilizam planos de concretagem mais demorados sem riscos de juntas frias. 
Normalmente são utilizados em teores de 0,15 a 0,30% sobre o peso do 
cimento, Em dosagens muito elevadas, podem retardar a pega do concreto 
até por vários dias. O açúcar tem forte efeito retardador; 
 
• Aceleradores 
São aditivos que aceleram o início da pega do concreto e o endurecimento 
inicial, permitindo obter pega mais rápida e maiores resistências iniciais. 
Grande parte destes aditivos tem como substância química de base o cloreto 
de cálcio, o qual favorece a corrosão das armaduras e tem seu uso 
desaconselhado em face deste efeito; 
 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 
Tipos de Aditivos 
• Expansores 
São aditivos que provocam expansões no concreto, contrabalançando sua 
retração, podendo ser usados em situações excepcionais de recuperação de 
estruturas e enchimento de vazios (concreto secundário). São muito usados 
em caldas de injeção para estruturas protendidas. Uma das substâncias mais 
usadas nestes produtos é o pó de alumínio, o qual reage com a cal, formando 
gás hidrogênio; 
 
• Incorporadores de ar 
Aditivos que provocam a incorporação intencional de bolhas esféricas de ar 
(0,05 a 0,5mm), que se mantêm mesmo após o adensamento, diminuindo, 
em consequência, a permeabilidade e a exsudação e aumentando a 
durabilidade do concreto e a resistência a ciclos de congelamento e degelo. O 
teor de ar incorporado, geralmente, varia de 2 a 7%. São de uso indispensável 
no concreto massa de barragens. A resistência à compressão do concreto 
decresce com o aumento do teor de ar incorporado. São usados em teores 
muito reduzidos (geralmente menores que 0,15% sobre o peso do cimento); 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 
Tipos de Aditivos 
• Impermeabilizantes 
Como o próprio nome indica, destinam-se a aumentar a impermeabilidade do 
concreto. São raramente usados em concreto, mas de uso difundido em 
argamassas rígidas de impermeabilização. Reduzem mais a absorção que a 
permeabilidade. A redução do fator água/cimento por um aditivo 
plastificante ou o uso de incorporador de ar costumam ser mais eficazes que 
o impermeabilizante para aumentar a impermeabilidade do concreto; 
 
• Pigmentos 
São aditivos ou adições, destinados a mudar a cor do concreto com efeitos 
decorativos ou de segurança (envelopes de eletrodutos de cor avermelhada 
para avisar em futuras escavações, da presença de cabos elétricos). Para 
cores claras é melhor o uso de cimento portland branco. O pigmento deve 
suportar o elevado pH do ambiente no concreto sem descolorir, bem como 
não deve atacar o concreto e as armaduras. Atualmente, a indústria fabrica 
pigmentos específicos de diferentes cores para o concreto. 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 
Tipos de Aditivos 
• Superplastificantes ou superfluidificantes 
São aditivos redutores de água de ação mais energética que os plastificantes, 
permitindo reduções de água, por vezes, superiores a 25%. São utilizados em 
dosagens maiores que as dos plastificantes, da ordem de 0,8 a 2,5% sobre o 
peso do cimento. Os concretos de alto desempenho praticamente só 
passaram a existir após o advento dos superplastificantes, pois, para terem 
elevadas resistências mecânicas (fcj ≥ 50 MPa) e alta impermeabilidade, é 
necessária a adoção de reduzidos água/cimento (geralmente menores que 
0,37 l/kg) somente possíveis em concretos plásticos, quando do uso do 
superplastificante. 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 
Modos de Apresentação de Traços de Concreto 
• Traço Unitário em Massa 
Neste modo, adota-se o cimento como uma unidade de massa e os demais 
componentes pela relação entre suas massas e a massa do cimento. 
A composição unitária em peso é o modo mais usado para representar traços 
de concreto. 
Exemplo: Em uma betoneira foram colocados; 1 saco de cimento (50 kg), 126 
kg de areia com 5 % de umidade superficial, 195 kg de brita 1 e 24 litros de 
água. Qual o traço unitário em massa ? 
No traço em massa, os agregados são indicados na condição saturados – 
superfície seca (SSS). A areia está úmida, logo deve ser convertida para areia 
SSS. 
PS = 126 / 1 + 0,05 ; PS = 120 kg. 
Água total no concreto: 24 + 6 = 30 litros. 
 
 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 
Modos de Apresentação de Traços de Concreto 
• Traço Unitário em Massa 
PS = 126 / 1 + 0,05 ; PS = 120 kg. 
Água total no concreto: 24 + 6 = 30 litros. 
Então o traço fica: 
Cimento: 50 kg; 
Areia SSS: 120 kg; 
Brita 1 SSS: 195 kg; 
Água: 30 kg. 
Como o cimento no traço unitário tem que ser igual a 1, deve-se dividir as 
quantidades por 50, pois 50 / 50 = 1. Assim: 
Cimento: 50 /50 = 1; 
Areia SSS: 120 /50 = 2,400; 
Brita 1 SSS: 195 / 50 = 3,900; 
Água/cimento: 30 / 50 = 0,600. 
Resposta: O traço unitário em massa é: 1: 2,400: 3,900 (cimento: areia: brita 1) 
com água/cimento 0,600. 
 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 
Modos de Apresentação de Traços de Concreto 
• Traço Unitário em Volume 
Indica o volume aparente do cimento como igual a 1 e os demais 
componentes pela relação entre seus volumes aparentes e o volume 
aparente do cimento. 
Não deve ser utilizado em concreto, pois a norma NBR 12655 especifica que o 
cimento é obrigatoriamente medido em peso (ou massa) ou em número 
inteiro de sacos. 
Esta forma de apresentação de traço é muito utilizada em argamassas. 
Ex. argamassa de cimento e areia de traço volumétrico 1:3 usada em 
chapisco. 
 
 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 
Modos de Apresentação de Traços de Concreto 
• Traço Misto 
Indica o cimento em número inteiro de sacos (usualmente 50 kg) e os 
agregados e a água em volume. Os volumes dos agregados podem ser 
indicados em unidades de volume ou em padiolas, que são caixas dotadas de 
alças para o transporte pelos operários (no traço indicam-se as quantidades 
de padiolas e suas dimensões internas). É muito usado em pequenas obras, 
onde o concreto é preparado na obra. 
 
• Consumo dos Materiais para o Volume de 1m3 de Concreto Adensado 
Essa forma de apresentação é usada em centrais de concreto gravimétricas e 
na previsão para compra e controle do consumo dos materiais na obra. 
Os consumos dos materiais são indicados em (kg/m3) e as quantidades de 
agregados e de água dizem respeito
a agregados saturados-superfície seca, 
embora alguns adotem as quantidades de agregados na condição seca. 
 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 
Controle Tecnológico de Concreto 
• Controle da Qualidade 
O controle da qualidade consiste em medir o desempenho dos materiais, 
produtos e serviços, comparando os resultados obtidos nestas medidas, com 
os padrões especificados e retroalimentando o sistema para a correção de 
eventuais desvios. 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 
Controle Tecnológico de Concreto 
• Controle Tecnológico 
O controle da qualidade do concreto se estende à seleção dos materiais 
componentes, verificação da adequação das dosagens, controle de preparo, 
transporte, lançamento, adensamento, acabamento, cura e proteção, 
eventuais reparos e remoção das formas e retirada do escoramento e, ainda, 
o controle tecnológico do concreto. No controle do preparo estão incluídas as 
aferições dos dispositivos de medida dos materiais. 
O controle tecnológico do concreto, em sua forma restrita, compreende o 
controle de suas propriedades, através de ensaios, bem como o controle das 
propriedades de seus materiais componentes (cimento, agregados, água e 
aditivos), também através de ensaios e inspeções. 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 
Controle Tecnológico de Concreto 
• Controle do Concreto 
Em geral, as propriedades do concreto que são sempre controladas, são o 
abatimento do tronco de cone e a resistência à compressão. 
O controle da resistência à compressão é realizado pela moldagem de corpos 
de prova (pelo menos 2 por idade) para ruptura nas idades de 7 e de 28 dais 
e, às vezes, para 3 dias e outras idades (quando necessário para liberação de 
protensão, desforma etc). Os resultados de 7 dias servem de aviso sobre a 
tendência da resistência aos 28 dias, quando se conhece o valor médio da 
relação entre as resistências de 28 dias e de 7 dias para o cimento em 
questão, permitindo providências em tempo hábil, na hipótese de resultados 
baixos. Os resultados de 28 dias têm caráter de aceitação ou não da estrutura 
através do controle estatístico da resistência, exceto se outra idade for 
especificada em projeto. 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 
Argamassas 
• Conceito 
As argamassas são materiais obtidos na mistura de um ou mais aglomerantes 
com agregado miúdo, água e eventuais aditivos e adições. 
 
• Classificação 
Há diversas formas de classificação das argamassas. Exemplos: 
Comuns: Para aplicações comuns; 
Refratárias: Para resistir a elevadas temperaturas, elaboradas com cimento 
aluminoso e agregado refratário, como a argila refratária; 
Simples: Um só aglomerante; 
Mistas: Mais de um aglomerante. 
 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 
Argamassas 
• Conceito 
As argamassas são materiais obtidos na mistura de um ou mais aglomerantes 
com agregado miúdo, água e eventuais aditivos e adições. 
 
• Classificação 
Há diversas formas de classificação das argamassas. Exemplos: 
Comuns: Para aplicações comuns; 
Refratárias: Para resistir a elevadas temperaturas, elaboradas com cimento 
aluminoso e agregado refratário, como a argila refratária; 
Simples: Um só aglomerante; 
Mistas: Mais de um aglomerante. 
 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 
Argamassas 
• Materiais Utilizados 
- Aglomerantes: Cimento portland, cal hidratada; 
- Agregados: Areia, saibro, barro, ariola, terra de emboço etc.. 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 
Argamassas 
• Materiais Utilizados 
- Saibro 
O saibro resulta da decomposição de rochas. Contém areia, silte e argila. O 
teor de argila no saibro não deve superar 35 %. O saibro e o barro funcionam 
como agregado e, ao mesmo tempo, como aglomerante (quimicamente 
inativo, endurecendo por secagem). Obrigatoriamente a argamassa com 
saibro ou barro deve conter areia, embora em algumas regiões haja quem 
não use. Na ausência de areia a retração é mais intensa e até a aplicação fica 
dificultada, pois a argamassa gruda na colher de pedreiro. 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 
Argamassas 
• Materiais Utilizados 
- Saibro 
O saibro é usado em muitas regiões, como no Rio, e o barro em outras, como 
no Maranhão. Servem para dar “liga” à argamassa, ou seja, melhorar algumas 
das suas propriedades como a coesão e a trabalhabilidade, reduzindo a 
exsudação e, aparentemente, aumentando a aderência inicial (antes do início 
de pega). Em compensação, aumentam a retração e a fissuração e diminuem 
a durabilidade da argamassa, principalmente devido as retrações e expansões 
que sofre com as variações da temperatura e da umidade ou por eventuais 
contaminações. Em muitos outros estados o uso de saibro ou de barro é raro 
e, por vezes, condenado. O barro é mais nocivo que o saibro, por ser mais 
absorvedor da água e de maior retração (granulometria mais fina). 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 
Argamassas 
• Materiais Utilizados 
- Areola 
A areola e a terra de emboço, usadas no interior fluminense, também 
aumentam a “liga”. Geralmente são areias finas contendo argila em filmes 
(aumenta a “liga” e diminui a resistência) e matéria orgânica. Por poder 
conter matéria orgânica, estes materiais podem trazer problemas para a 
argamassa, inclusive formação de vesículas e manchas. 
Na maioria das aplicações, quando se quer obter a “liga”, aconselha-se 
desistir do uso de saibro, barro, areola e terra de emboço. Materiais como a 
cal e o fíler calcário possibilitam a “liga”. A cal, além do mais, não é inerte, 
mas sim aglomerante, contribuindo também com suas propriedades 
cimentícias. Por outro lado, durante o endurecimento da cal por reação com 
o gás carbônico há liberação de água que contribui como agente de “cura”do 
cimento Portland. 
Em São Paulo não se costuma usar saibro ou barro e é frequente o uso de 
argamassas mistas de cimento portland e cal hidratada. 
 
 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 
Argamassas 
• Materiais Utilizados 
- Areola 
A areola e a terra de emboço, usadas no interior fluminense, também 
aumentam a “liga”. Geralmente são areias finas contendo argila em filmes 
(aumenta a “liga” e diminui a resistência) e matéria orgânica. Por poder 
conter matéria orgânica, estes materiais podem trazer problemas para a 
argamassa, inclusive formação de vesículas e manchas. 
Na maioria das aplicações, quando se quer obter a “liga”, aconselha-se 
desistir do uso de saibro, barro, areola e terra de emboço. Materiais como a 
cal e o fíler calcário possibilitam a “liga”. A cal, além do mais, não é inerte, 
mas sim aglomerante, contribuindo também com suas propriedades 
cimentícias. Por outro lado, durante o endurecimento da cal por reação com 
o gás carbônico há liberação de água que contribui como agente de “cura”do 
cimento Portland. 
Em São Paulo não se costuma usar saibro ou barro e é frequente o uso de 
argamassas mistas de cimento portland e cal hidratada. 
 
 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 
Argamassas 
• Materiais Utilizados 
- Areola 
A areola e a terra de emboço, usadas no interior fluminense, também 
aumentam a “liga”. Geralmente são areias finas contendo argila em filmes 
(aumenta a “liga” e diminui a resistência) e matéria orgânica. Por poder 
conter matéria orgânica, estes materiais podem trazer problemas para a 
argamassa, inclusive formação de vesículas e manchas. 
Na maioria das aplicações, quando se quer obter a “liga”, aconselha-se 
desistir do uso de saibro, barro, areola e terra de emboço. Materiais como a 
cal e o fíler calcário possibilitam a “liga”. A cal, além do mais, não é inerte, 
mas sim aglomerante, contribuindo também com suas propriedades 
cimentícias. Por outro lado, durante o endurecimento da cal por reação com 
o gás carbônico há liberação de água que contribui como agente de “cura”do 
cimento Portland. 
Em São Paulo não se costuma usar saibro ou barro e é frequente o uso de 
argamassas mistas de cimento portland
e cal hidratada. 
 
 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 
Argamassas 
• Materiais Utilizados 
- Filito 
O Filito mineral rochoso e metamórfica de granulação fina, e de composição 
mineralógica, constituída por 40 a 50% de caulinita, 25 a 30% de sericita e 10 
a 25% de quartzo. Podendo dizer que ele intermediaria entre a rocha ardósia 
e micaxisto, sendo utilizado na construção civil como insumo da argamassa, 
com a finalidade de dar liga. 
O Filito é um material largamente utilizado na construção civil pois é ótimo 
impermeabilizante e isolante térmico sendo essas caracteristicas indicadas 
para construção civil. 
Ele só é encontrado no Brasil e vem sendo muito utilizado pois ele serve de 
apoio pois ele melhora aspectos físicos de outros elementos como areia, 
cimento etc.. 
O Filito por ser um mineral “in natura”, apresenta diversas colorações, como: 
branco, creme, rosado, roxo, cinza, verde e preto. 
 
 
 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 
Argamassas 
• Argamassas Industrializadas 
Para preparo de argamassas para contrapiso, assentamento de tijolos e 
blocos e revestimento de paredes e tetos, existem no comércio argamassas 
prontas, fornecidas ensacadas, bastando misturar a água. Dispõe-se das 
argamassas de múltiplo uso e das especializadas como as de revestimento 
externo e de assentamento. Recomenda-se preferir as argamassas 
especializadas. 
 
São, geralmente, fabricadas com cimento portland, areia fina, filler calcário e 
aditivos (principalmente incorporadores de ar), podendo conter ou não cal 
hidratada. 
 
 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 
Argamassas 
• Argamassas Industrializadas 
Estas argamassas e também as preparadas com os diversos materiais 
componentes na obra, quando destinadas ao assentamento e aos 
revestimentos de paredes e tetos, devem obedecer às prescrições da norma 
NBR 13281. A versão de setembro de 2005 desta norma fixa exigências 
quanto a resistência à compressão, resistência à tração na flexão, densidade 
de massa aparente no estado endurecido, retenção de água, densidade de 
massa aparente no estado fresco (inclui o teor de ar incorporado), 
coeficiente de capilaridade e resistência potencial de aderência à tração. Na 
realidade, a NBR 13281 não fixa exigências propriamente ditas para estas 
propriedades, mas sim classifica as argamassas em função dos valores destas 
propriedades. 
 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 
Argamassas 
• Graute 
É uma argamassa industrializada para uso em chumbamento, grauteamento 
(camada de argamassa entre o bloco de concreto e a base metálica da 
estrutura metálica ou equipamento), reparos de estruturas de concreto 
(reduzido índice de fissuração), concretos secundários, ou como concreto de 
baixa retração (misturado com até 50 % de seu peso de brita zero). 
Os grautes são compostos por cimento portland (geralmente CPV-ARI) ou 
cimento aluminoso, areia selecionada, aditivos superplastificantes e 
expansores, de modo a compensar a retração plástica e hidráulica através de 
expansão. 
Normalmente conduzem a resistências mecânicas bem mais elevadas que as 
argamassas comuns de cimento portland e areia desde as idades iniciais. 
 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 
Argamassas 
• Argamassas de Alta Resistência Mecânica para Pisos 
São argamassas (ou concretos) industrializados usados na camada final de 
pisos, de forma a resistir ao desgaste. Devem atender à norma NBR 11801 
que fixa exigências para resistência à compressão (mínima: 40 MPa) e 
resistência à tração por compressão diametral (mínima: 4,0 MPa). Esta norma 
estabelece exigências também quanto à resistência ao desgaste, variáveis 
conforme o tipo de tráfego previsto sobre o piso. Os agregados usados são de 
elevada dureza. 
Podem vir prontas, bastando acrescentar água, ou, que é mais comum, 
acrescentando cimento portland (Traço 1:2 a 1:3 – cimento: agregado de alta 
resistência) e água. 
 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 
Argamassas 
• Argamassas de Regularização 
São argamassas destinadas a regularizar e nivelar um piso, antes de seu 
assentamento. Esta camada de argamassa chama-se de regularização e forma 
a camada sob o piso denominada de contrapiso. 
A dosagem volumétrica usual é de 1:3,0 a 1:4,5 (cimento portland: areia), 
existindo, também, argamassas industrializadas para esta finalidade. 
 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 
Argamassas 
• Argamassas de Proteção Mecânica 
São argamassas que, aplicadas sobre uma impermeabilização etc., efetuam 
sua proteção mecânica. 
A dosagem volumétrica usual é de 1:3 a 1:5 (cimento portland:areia). 
 
• Argamassas de Impermeabilização 
São argamassas vendidas prontas ou preparadas na obra, servindo para 
camadas de impermeabilização rígida (em caixas d’água etc.) sobre o 
concreto previamente chapiscado. 
A dosagem volumétrica é de 1:3 (cimento portland: areia) usando-se aditivo 
impermeabilizante (marcas Sika 1, Vedacit etc.). 
 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 
Argamassas 
• Argamassas de Proteção Mecânica 
São argamassas que, aplicadas sobre uma impermeabilização etc., efetuam 
sua proteção mecânica. 
A dosagem volumétrica usual é de 1:3 a 1:5 (cimento portland:areia). 
 
• Argamassas de Impermeabilização 
São argamassas vendidas prontas ou preparadas na obra, servindo para 
camadas de impermeabilização rígida (em caixas d’água etc.) sobre o 
concreto previamente chapiscado. 
A dosagem volumétrica é de 1:3 (cimento portland: areia) usando-se aditivo 
impermeabilizante (marcas Sika 1, Vedacit etc.). 
 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 
Argamassas 
• Chapisco 
Camada de argamassa de espessura 3 a 5mm, lançada com força sobre a 
superfície a revestir (com colher de pedreiro ou à máquina) visando 
aumentar a aderência do revestimento. O chapisco uniformiza a superfície e 
aumenta a aderência do revestimento, pois sua superfície cheia de 
irregularidades aumenta o atrito e a área de contato com o revestimento. 
O revestimento sobre o chapisco só pode começar decorridas, pelo menos 72 
horas da aplicação do mesmo, recomendando-se não esperar muitos dias. 
O chapisco tem acabamento áspero e cheio de “pontas”. Deve-se evitar areia 
fina, preferindo-se as médias e grossas. 
 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 
Argamassas 
• Chapisco 
A dosagem volumétrica usual é de 1:3 (cimento portland: areia), com 
frequente adição de aditivo adesivo para melhorar a aderência ao substrato. 
Existe, ainda, o chapisco rolado, aplicado com rolo especial como se fosse 
tinta texturizada e de traço mais plástico. E, por fim, o chapisco 
industrializado, onde se usa desempenadeira dentada para formar a 
superfície de aderência, dispondo-se, também, do chapisco rolado 
industrializado. 
O chapisco pode ser usado ou não no revestimento de paredes internas e 
deve ser sempre utilizado em revestimento de tetos, estruturas de concreto e 
revestimento de paredes externas. Não se aconselha chapisco preparado na 
obra nas estruturas de concreto, mas somente o chapisco industrializado. 
É comum o uso de aditivo adesivo no chapisco. Estes adesivos melhoram a 
aderência do chapisco no substrato, mas podem reduzir a aderência da 
argamassa de revestimento no chapisco, devido à polimerização do adesivo 
formando uma película na região de contato. 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 
Argamassas 
• Argamassas de Assentamento 
No assentamento de blocos e tijolos, quanto maior a resistência dos blocos e 
da argamassa de assentamento, maior a resistência da parede. Contudo: 
Se a argamassa for muito rica em cimento (resistência maior) a sua retração 
pode provocar, além de fissuração, a redução da aderência (a aderência 
aumenta com a resistência da argamassa até um certo limite). O módulo de 
elasticidade também é maior, reduzindo a capacidade de deformação; 
A espessura das juntas de assentamento em tijolos e blocos influi mais na
resistência da parede. Quanto menor a espessura, desde que não seja 
excessivamente reduzida, maior a resistência (espessura padrão: 1cm); 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 
Argamassas 
• Argamassas de Assentamento 
A argamassa pode ter resistência levemente menor que a do tijolo ou bloco 
para evitar sua ruptura quando a parede é tensionada (com a argamassa mais 
fraca, as fissuras de ruptura dar-se-ão na argamassa, o que é preferível). 
Como os blocos cerâmicos de boa qualidade (tijolos com furos) têm 
resistência à compressão da ordem de 1,5 a 3 MPa e os blocos de concreto de 
2,5 a 5 MPa, pode-se usar argamassa mais rica nos blocos de concreto. Os 
blocos maciços cerâmicos têm resistência variável, geralmente superior a 1,5 
MPa. 
A tabela que se segue mostra os traços básicos das argamassas de 
assentamento. Quando contêm saibro, o traço deve ser freqüentemente 
ajustado. Se o saibro é mais argiloso, deve-se reduzir a sua quantidade e 
aumentar a de areia. Para blocos cerâmicos, em particular, a presença de 
saibro é até desejável, visando maior afinidade com a cerâmica (ambos 
contêm argila). 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 
Argamassas 
• Argamassas de Assentamento 
Para a argamassa de assentamento de blocos e tijolos de alvenaria, as duas 
primeiras fiadas sobre as fundações devem ser assentadas com argamassa de 
traço volumétrico 1:3 (cimento portland: areia), aditivada com 
impermeabilizante, visando barrar a ascensão capilar da umidade do solo. 
 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 
Argamassas 
• Argamassas de Revestimento 
Para revestimento de paredes e tetos, a ABNT dispõe da norma NBR 7200. 
Em banheiros costuma-se usar revestimento de azulejos, fórmica (laminado 
melamínico), mármores ou granitos e epóxi. Em construções mais modestas 
são usados revestimentos de argamassa que freqüentemente são pintados 
com tinta a óleo, na parede toda ou a partir de determinada altura (até esta 
cota podem ser usados azulejos). Estes revestimentos são chamados de 
“barra lisa”. A barra lisa também é usada em outros compartimentos quando 
se prevê uma pintura mais nobre como à base de borracha clorada (a pintura 
tradicional de paredes e tetos é à base de látex de PVA ou de acrílico, que 
pode ser aplicada tanto sobre revestimento comum como sobre massa 
corrida). 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 
Argamassas 
• Argamassas de Revestimento 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 
Argamassas 
• Argamassas Colantes 
As argamassas colantes são utilizadas no assentamento de cerâmicas e 
azulejos. São fornecidas prontas, bastando acrescentar água. São compostas 
por cimento portland, agregado miúdo bastante fino, aditivos e adições. 
Entre os aditivos utilizados, são fundamentais os polímeros retentores de 
água, os quais, além de aumentar a retenção de água e, em decorrência, 
aumentar a aderência ao substrato, incorporam ar, aumentam o tempo em 
aberto e a flexibilidade da argamassa. O tempo em aberto é o tempo máximo 
que a argamassa pode ficar aplicada no substrato, sem prejuízo da aderência 
da cerâmica quando aplicada sobre ela. 
Após o preparo da argamassa, deve-se aguardar um certo tempo antes da 
aplicação para que o aditivo retentor de água faça efeito. 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 
Argamassas 
• Argamassas Colantes 
As argamassas colantes devem atender às exigências da NBR 14081 
(31/12/2004). Esta norma classifica as argamassas colantes nos tipos AC-I, 
AC-II, AC-III e tipo E. A argamassa AC-I, de menores flexibilidade e teor de 
polímero, deve ser usada somente em revestimentos internos. Em 
revestimentos externos, mais sujeitos a contrações e dilatações térmicas, 
deve ser usada a argamassa AC-II, que tem maior resistência ao calor e um 
pouco mais de flexibilidade. 
Quando se deseja resistências maiores deve-se usar argamassa AC-III. É o 
caso do assentamento de porcelanatos, que por terem absorção muito 
reduzida, dificultam a colagem. Recomenda-se AC- III para pisos com 
porcelanato e até argamassas especiais de aderência química e de 
desempenho superior ao da AC-III em paredes com porcelanato, 
recomendando-se também neste caso e em peças maiores o uso de grampos 
de fixação como os usados em mármores e granitos. A argamassa AC-III 
também é indicada para assentamento de cerâmicas e azulejos em saunas e 
piscinas de água quente, pois resiste melhor ao efeito da maior temperatura.

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