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MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO AULA 09 1. Concreto com Adititivos; 2. Controle Tecnológico; 3. Argamassas. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Generalidades • Os aditivos são substâncias adicionadas em reduzida quantidade no preparo do concreto, capazes de modificar o comportamento do concreto tanto fresco como endurecido, reforçando certas propriedades e/ou inibindo outras. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Tipos de Aditivos • Plastificantes ou redutores de água São aditivos que modificam a tensão capilar da água, aumentando o seu poder de molhagem, permitindo redução de seu teor para uma mesma trabalhabilidade ou o aumento da plasticidade do concreto quando não se efetuar a redução de água. A redução de água é tanto maior quanto maior for a dosagem do aditivo, se situando na faixa de 6 a 12% de redução. De um modo geral, os plastificantes são também retardadores de pega, principalmente em superdosagens, sendo comuns os aditivos denominados de plastificantes-retardadores, que a retardação de pega é apreciável mesmo em dosagens menores. Normalmente são usados na forma líquida, misturados na água de amassamento do concreto em dosagens de 0,2 a 0,5% sobre o peso do cimento. São várias as substâncias que podem ser usadas nos plastificantes, com destaque para os lignossulfonatos; MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Tipos de Aditivos • Retardadores São aditivos que retardam o início de pega do concreto, permitindo o manuseio do concreto por mais tempo sem risco de pega. Estes aditivos viabilizam planos de concretagem mais demorados sem riscos de juntas frias. Normalmente são utilizados em teores de 0,15 a 0,30% sobre o peso do cimento, Em dosagens muito elevadas, podem retardar a pega do concreto até por vários dias. O açúcar tem forte efeito retardador; • Aceleradores São aditivos que aceleram o início da pega do concreto e o endurecimento inicial, permitindo obter pega mais rápida e maiores resistências iniciais. Grande parte destes aditivos tem como substância química de base o cloreto de cálcio, o qual favorece a corrosão das armaduras e tem seu uso desaconselhado em face deste efeito; MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Tipos de Aditivos • Expansores São aditivos que provocam expansões no concreto, contrabalançando sua retração, podendo ser usados em situações excepcionais de recuperação de estruturas e enchimento de vazios (concreto secundário). São muito usados em caldas de injeção para estruturas protendidas. Uma das substâncias mais usadas nestes produtos é o pó de alumínio, o qual reage com a cal, formando gás hidrogênio; • Incorporadores de ar Aditivos que provocam a incorporação intencional de bolhas esféricas de ar (0,05 a 0,5mm), que se mantêm mesmo após o adensamento, diminuindo, em consequência, a permeabilidade e a exsudação e aumentando a durabilidade do concreto e a resistência a ciclos de congelamento e degelo. O teor de ar incorporado, geralmente, varia de 2 a 7%. São de uso indispensável no concreto massa de barragens. A resistência à compressão do concreto decresce com o aumento do teor de ar incorporado. São usados em teores muito reduzidos (geralmente menores que 0,15% sobre o peso do cimento); MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Tipos de Aditivos • Impermeabilizantes Como o próprio nome indica, destinam-se a aumentar a impermeabilidade do concreto. São raramente usados em concreto, mas de uso difundido em argamassas rígidas de impermeabilização. Reduzem mais a absorção que a permeabilidade. A redução do fator água/cimento por um aditivo plastificante ou o uso de incorporador de ar costumam ser mais eficazes que o impermeabilizante para aumentar a impermeabilidade do concreto; • Pigmentos São aditivos ou adições, destinados a mudar a cor do concreto com efeitos decorativos ou de segurança (envelopes de eletrodutos de cor avermelhada para avisar em futuras escavações, da presença de cabos elétricos). Para cores claras é melhor o uso de cimento portland branco. O pigmento deve suportar o elevado pH do ambiente no concreto sem descolorir, bem como não deve atacar o concreto e as armaduras. Atualmente, a indústria fabrica pigmentos específicos de diferentes cores para o concreto. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Tipos de Aditivos • Superplastificantes ou superfluidificantes São aditivos redutores de água de ação mais energética que os plastificantes, permitindo reduções de água, por vezes, superiores a 25%. São utilizados em dosagens maiores que as dos plastificantes, da ordem de 0,8 a 2,5% sobre o peso do cimento. Os concretos de alto desempenho praticamente só passaram a existir após o advento dos superplastificantes, pois, para terem elevadas resistências mecânicas (fcj ≥ 50 MPa) e alta impermeabilidade, é necessária a adoção de reduzidos água/cimento (geralmente menores que 0,37 l/kg) somente possíveis em concretos plásticos, quando do uso do superplastificante. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Modos de Apresentação de Traços de Concreto • Traço Unitário em Massa Neste modo, adota-se o cimento como uma unidade de massa e os demais componentes pela relação entre suas massas e a massa do cimento. A composição unitária em peso é o modo mais usado para representar traços de concreto. Exemplo: Em uma betoneira foram colocados; 1 saco de cimento (50 kg), 126 kg de areia com 5 % de umidade superficial, 195 kg de brita 1 e 24 litros de água. Qual o traço unitário em massa ? No traço em massa, os agregados são indicados na condição saturados – superfície seca (SSS). A areia está úmida, logo deve ser convertida para areia SSS. PS = 126 / 1 + 0,05 ; PS = 120 kg. Água total no concreto: 24 + 6 = 30 litros. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Modos de Apresentação de Traços de Concreto • Traço Unitário em Massa PS = 126 / 1 + 0,05 ; PS = 120 kg. Água total no concreto: 24 + 6 = 30 litros. Então o traço fica: Cimento: 50 kg; Areia SSS: 120 kg; Brita 1 SSS: 195 kg; Água: 30 kg. Como o cimento no traço unitário tem que ser igual a 1, deve-se dividir as quantidades por 50, pois 50 / 50 = 1. Assim: Cimento: 50 /50 = 1; Areia SSS: 120 /50 = 2,400; Brita 1 SSS: 195 / 50 = 3,900; Água/cimento: 30 / 50 = 0,600. Resposta: O traço unitário em massa é: 1: 2,400: 3,900 (cimento: areia: brita 1) com água/cimento 0,600. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Modos de Apresentação de Traços de Concreto • Traço Unitário em Volume Indica o volume aparente do cimento como igual a 1 e os demais componentes pela relação entre seus volumes aparentes e o volume aparente do cimento. Não deve ser utilizado em concreto, pois a norma NBR 12655 especifica que o cimento é obrigatoriamente medido em peso (ou massa) ou em número inteiro de sacos. Esta forma de apresentação de traço é muito utilizada em argamassas. Ex. argamassa de cimento e areia de traço volumétrico 1:3 usada em chapisco. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Modos de Apresentação de Traços de Concreto • Traço Misto Indica o cimento em número inteiro de sacos (usualmente 50 kg) e os agregados e a água em volume. Os volumes dos agregados podem ser indicados em unidades de volume ou em padiolas, que são caixas dotadas de alças para o transporte pelos operários (no traço indicam-se as quantidades de padiolas e suas dimensões internas). É muito usado em pequenas obras, onde o concreto é preparado na obra. • Consumo dos Materiais para o Volume de 1m3 de Concreto Adensado Essa forma de apresentação é usada em centrais de concreto gravimétricas e na previsão para compra e controle do consumo dos materiais na obra. Os consumos dos materiais são indicados em (kg/m3) e as quantidades de agregados e de água dizem respeito a agregados saturados-superfície seca, embora alguns adotem as quantidades de agregados na condição seca. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Controle Tecnológico de Concreto • Controle da Qualidade O controle da qualidade consiste em medir o desempenho dos materiais, produtos e serviços, comparando os resultados obtidos nestas medidas, com os padrões especificados e retroalimentando o sistema para a correção de eventuais desvios. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Controle Tecnológico de Concreto • Controle Tecnológico O controle da qualidade do concreto se estende à seleção dos materiais componentes, verificação da adequação das dosagens, controle de preparo, transporte, lançamento, adensamento, acabamento, cura e proteção, eventuais reparos e remoção das formas e retirada do escoramento e, ainda, o controle tecnológico do concreto. No controle do preparo estão incluídas as aferições dos dispositivos de medida dos materiais. O controle tecnológico do concreto, em sua forma restrita, compreende o controle de suas propriedades, através de ensaios, bem como o controle das propriedades de seus materiais componentes (cimento, agregados, água e aditivos), também através de ensaios e inspeções. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Controle Tecnológico de Concreto • Controle do Concreto Em geral, as propriedades do concreto que são sempre controladas, são o abatimento do tronco de cone e a resistência à compressão. O controle da resistência à compressão é realizado pela moldagem de corpos de prova (pelo menos 2 por idade) para ruptura nas idades de 7 e de 28 dais e, às vezes, para 3 dias e outras idades (quando necessário para liberação de protensão, desforma etc). Os resultados de 7 dias servem de aviso sobre a tendência da resistência aos 28 dias, quando se conhece o valor médio da relação entre as resistências de 28 dias e de 7 dias para o cimento em questão, permitindo providências em tempo hábil, na hipótese de resultados baixos. Os resultados de 28 dias têm caráter de aceitação ou não da estrutura através do controle estatístico da resistência, exceto se outra idade for especificada em projeto. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Argamassas • Conceito As argamassas são materiais obtidos na mistura de um ou mais aglomerantes com agregado miúdo, água e eventuais aditivos e adições. • Classificação Há diversas formas de classificação das argamassas. Exemplos: Comuns: Para aplicações comuns; Refratárias: Para resistir a elevadas temperaturas, elaboradas com cimento aluminoso e agregado refratário, como a argila refratária; Simples: Um só aglomerante; Mistas: Mais de um aglomerante. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Argamassas • Conceito As argamassas são materiais obtidos na mistura de um ou mais aglomerantes com agregado miúdo, água e eventuais aditivos e adições. • Classificação Há diversas formas de classificação das argamassas. Exemplos: Comuns: Para aplicações comuns; Refratárias: Para resistir a elevadas temperaturas, elaboradas com cimento aluminoso e agregado refratário, como a argila refratária; Simples: Um só aglomerante; Mistas: Mais de um aglomerante. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Argamassas • Materiais Utilizados - Aglomerantes: Cimento portland, cal hidratada; - Agregados: Areia, saibro, barro, ariola, terra de emboço etc.. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Argamassas • Materiais Utilizados - Saibro O saibro resulta da decomposição de rochas. Contém areia, silte e argila. O teor de argila no saibro não deve superar 35 %. O saibro e o barro funcionam como agregado e, ao mesmo tempo, como aglomerante (quimicamente inativo, endurecendo por secagem). Obrigatoriamente a argamassa com saibro ou barro deve conter areia, embora em algumas regiões haja quem não use. Na ausência de areia a retração é mais intensa e até a aplicação fica dificultada, pois a argamassa gruda na colher de pedreiro. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Argamassas • Materiais Utilizados - Saibro O saibro é usado em muitas regiões, como no Rio, e o barro em outras, como no Maranhão. Servem para dar “liga” à argamassa, ou seja, melhorar algumas das suas propriedades como a coesão e a trabalhabilidade, reduzindo a exsudação e, aparentemente, aumentando a aderência inicial (antes do início de pega). Em compensação, aumentam a retração e a fissuração e diminuem a durabilidade da argamassa, principalmente devido as retrações e expansões que sofre com as variações da temperatura e da umidade ou por eventuais contaminações. Em muitos outros estados o uso de saibro ou de barro é raro e, por vezes, condenado. O barro é mais nocivo que o saibro, por ser mais absorvedor da água e de maior retração (granulometria mais fina). MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Argamassas • Materiais Utilizados - Areola A areola e a terra de emboço, usadas no interior fluminense, também aumentam a “liga”. Geralmente são areias finas contendo argila em filmes (aumenta a “liga” e diminui a resistência) e matéria orgânica. Por poder conter matéria orgânica, estes materiais podem trazer problemas para a argamassa, inclusive formação de vesículas e manchas. Na maioria das aplicações, quando se quer obter a “liga”, aconselha-se desistir do uso de saibro, barro, areola e terra de emboço. Materiais como a cal e o fíler calcário possibilitam a “liga”. A cal, além do mais, não é inerte, mas sim aglomerante, contribuindo também com suas propriedades cimentícias. Por outro lado, durante o endurecimento da cal por reação com o gás carbônico há liberação de água que contribui como agente de “cura”do cimento Portland. Em São Paulo não se costuma usar saibro ou barro e é frequente o uso de argamassas mistas de cimento portland e cal hidratada. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Argamassas • Materiais Utilizados - Areola A areola e a terra de emboço, usadas no interior fluminense, também aumentam a “liga”. Geralmente são areias finas contendo argila em filmes (aumenta a “liga” e diminui a resistência) e matéria orgânica. Por poder conter matéria orgânica, estes materiais podem trazer problemas para a argamassa, inclusive formação de vesículas e manchas. Na maioria das aplicações, quando se quer obter a “liga”, aconselha-se desistir do uso de saibro, barro, areola e terra de emboço. Materiais como a cal e o fíler calcário possibilitam a “liga”. A cal, além do mais, não é inerte, mas sim aglomerante, contribuindo também com suas propriedades cimentícias. Por outro lado, durante o endurecimento da cal por reação com o gás carbônico há liberação de água que contribui como agente de “cura”do cimento Portland. Em São Paulo não se costuma usar saibro ou barro e é frequente o uso de argamassas mistas de cimento portland e cal hidratada. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Argamassas • Materiais Utilizados - Areola A areola e a terra de emboço, usadas no interior fluminense, também aumentam a “liga”. Geralmente são areias finas contendo argila em filmes (aumenta a “liga” e diminui a resistência) e matéria orgânica. Por poder conter matéria orgânica, estes materiais podem trazer problemas para a argamassa, inclusive formação de vesículas e manchas. Na maioria das aplicações, quando se quer obter a “liga”, aconselha-se desistir do uso de saibro, barro, areola e terra de emboço. Materiais como a cal e o fíler calcário possibilitam a “liga”. A cal, além do mais, não é inerte, mas sim aglomerante, contribuindo também com suas propriedades cimentícias. Por outro lado, durante o endurecimento da cal por reação com o gás carbônico há liberação de água que contribui como agente de “cura”do cimento Portland. Em São Paulo não se costuma usar saibro ou barro e é frequente o uso de argamassas mistas de cimento portland e cal hidratada. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Argamassas • Materiais Utilizados - Filito O Filito mineral rochoso e metamórfica de granulação fina, e de composição mineralógica, constituída por 40 a 50% de caulinita, 25 a 30% de sericita e 10 a 25% de quartzo. Podendo dizer que ele intermediaria entre a rocha ardósia e micaxisto, sendo utilizado na construção civil como insumo da argamassa, com a finalidade de dar liga. O Filito é um material largamente utilizado na construção civil pois é ótimo impermeabilizante e isolante térmico sendo essas caracteristicas indicadas para construção civil. Ele só é encontrado no Brasil e vem sendo muito utilizado pois ele serve de apoio pois ele melhora aspectos físicos de outros elementos como areia, cimento etc.. O Filito por ser um mineral “in natura”, apresenta diversas colorações, como: branco, creme, rosado, roxo, cinza, verde e preto. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Argamassas • Argamassas Industrializadas Para preparo de argamassas para contrapiso, assentamento de tijolos e blocos e revestimento de paredes e tetos, existem no comércio argamassas prontas, fornecidas ensacadas, bastando misturar a água. Dispõe-se das argamassas de múltiplo uso e das especializadas como as de revestimento externo e de assentamento. Recomenda-se preferir as argamassas especializadas. São, geralmente, fabricadas com cimento portland, areia fina, filler calcário e aditivos (principalmente incorporadores de ar), podendo conter ou não cal hidratada. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Argamassas • Argamassas Industrializadas Estas argamassas e também as preparadas com os diversos materiais componentes na obra, quando destinadas ao assentamento e aos revestimentos de paredes e tetos, devem obedecer às prescrições da norma NBR 13281. A versão de setembro de 2005 desta norma fixa exigências quanto a resistência à compressão, resistência à tração na flexão, densidade de massa aparente no estado endurecido, retenção de água, densidade de massa aparente no estado fresco (inclui o teor de ar incorporado), coeficiente de capilaridade e resistência potencial de aderência à tração. Na realidade, a NBR 13281 não fixa exigências propriamente ditas para estas propriedades, mas sim classifica as argamassas em função dos valores destas propriedades. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Argamassas • Graute É uma argamassa industrializada para uso em chumbamento, grauteamento (camada de argamassa entre o bloco de concreto e a base metálica da estrutura metálica ou equipamento), reparos de estruturas de concreto (reduzido índice de fissuração), concretos secundários, ou como concreto de baixa retração (misturado com até 50 % de seu peso de brita zero). Os grautes são compostos por cimento portland (geralmente CPV-ARI) ou cimento aluminoso, areia selecionada, aditivos superplastificantes e expansores, de modo a compensar a retração plástica e hidráulica através de expansão. Normalmente conduzem a resistências mecânicas bem mais elevadas que as argamassas comuns de cimento portland e areia desde as idades iniciais. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Argamassas • Argamassas de Alta Resistência Mecânica para Pisos São argamassas (ou concretos) industrializados usados na camada final de pisos, de forma a resistir ao desgaste. Devem atender à norma NBR 11801 que fixa exigências para resistência à compressão (mínima: 40 MPa) e resistência à tração por compressão diametral (mínima: 4,0 MPa). Esta norma estabelece exigências também quanto à resistência ao desgaste, variáveis conforme o tipo de tráfego previsto sobre o piso. Os agregados usados são de elevada dureza. Podem vir prontas, bastando acrescentar água, ou, que é mais comum, acrescentando cimento portland (Traço 1:2 a 1:3 – cimento: agregado de alta resistência) e água. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Argamassas • Argamassas de Regularização São argamassas destinadas a regularizar e nivelar um piso, antes de seu assentamento. Esta camada de argamassa chama-se de regularização e forma a camada sob o piso denominada de contrapiso. A dosagem volumétrica usual é de 1:3,0 a 1:4,5 (cimento portland: areia), existindo, também, argamassas industrializadas para esta finalidade. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Argamassas • Argamassas de Proteção Mecânica São argamassas que, aplicadas sobre uma impermeabilização etc., efetuam sua proteção mecânica. A dosagem volumétrica usual é de 1:3 a 1:5 (cimento portland:areia). • Argamassas de Impermeabilização São argamassas vendidas prontas ou preparadas na obra, servindo para camadas de impermeabilização rígida (em caixas d’água etc.) sobre o concreto previamente chapiscado. A dosagem volumétrica é de 1:3 (cimento portland: areia) usando-se aditivo impermeabilizante (marcas Sika 1, Vedacit etc.). MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Argamassas • Argamassas de Proteção Mecânica São argamassas que, aplicadas sobre uma impermeabilização etc., efetuam sua proteção mecânica. A dosagem volumétrica usual é de 1:3 a 1:5 (cimento portland:areia). • Argamassas de Impermeabilização São argamassas vendidas prontas ou preparadas na obra, servindo para camadas de impermeabilização rígida (em caixas d’água etc.) sobre o concreto previamente chapiscado. A dosagem volumétrica é de 1:3 (cimento portland: areia) usando-se aditivo impermeabilizante (marcas Sika 1, Vedacit etc.). MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Argamassas • Chapisco Camada de argamassa de espessura 3 a 5mm, lançada com força sobre a superfície a revestir (com colher de pedreiro ou à máquina) visando aumentar a aderência do revestimento. O chapisco uniformiza a superfície e aumenta a aderência do revestimento, pois sua superfície cheia de irregularidades aumenta o atrito e a área de contato com o revestimento. O revestimento sobre o chapisco só pode começar decorridas, pelo menos 72 horas da aplicação do mesmo, recomendando-se não esperar muitos dias. O chapisco tem acabamento áspero e cheio de “pontas”. Deve-se evitar areia fina, preferindo-se as médias e grossas. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Argamassas • Chapisco A dosagem volumétrica usual é de 1:3 (cimento portland: areia), com frequente adição de aditivo adesivo para melhorar a aderência ao substrato. Existe, ainda, o chapisco rolado, aplicado com rolo especial como se fosse tinta texturizada e de traço mais plástico. E, por fim, o chapisco industrializado, onde se usa desempenadeira dentada para formar a superfície de aderência, dispondo-se, também, do chapisco rolado industrializado. O chapisco pode ser usado ou não no revestimento de paredes internas e deve ser sempre utilizado em revestimento de tetos, estruturas de concreto e revestimento de paredes externas. Não se aconselha chapisco preparado na obra nas estruturas de concreto, mas somente o chapisco industrializado. É comum o uso de aditivo adesivo no chapisco. Estes adesivos melhoram a aderência do chapisco no substrato, mas podem reduzir a aderência da argamassa de revestimento no chapisco, devido à polimerização do adesivo formando uma película na região de contato. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Argamassas • Argamassas de Assentamento No assentamento de blocos e tijolos, quanto maior a resistência dos blocos e da argamassa de assentamento, maior a resistência da parede. Contudo: Se a argamassa for muito rica em cimento (resistência maior) a sua retração pode provocar, além de fissuração, a redução da aderência (a aderência aumenta com a resistência da argamassa até um certo limite). O módulo de elasticidade também é maior, reduzindo a capacidade de deformação; A espessura das juntas de assentamento em tijolos e blocos influi mais na resistência da parede. Quanto menor a espessura, desde que não seja excessivamente reduzida, maior a resistência (espessura padrão: 1cm); MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Argamassas • Argamassas de Assentamento A argamassa pode ter resistência levemente menor que a do tijolo ou bloco para evitar sua ruptura quando a parede é tensionada (com a argamassa mais fraca, as fissuras de ruptura dar-se-ão na argamassa, o que é preferível). Como os blocos cerâmicos de boa qualidade (tijolos com furos) têm resistência à compressão da ordem de 1,5 a 3 MPa e os blocos de concreto de 2,5 a 5 MPa, pode-se usar argamassa mais rica nos blocos de concreto. Os blocos maciços cerâmicos têm resistência variável, geralmente superior a 1,5 MPa. A tabela que se segue mostra os traços básicos das argamassas de assentamento. Quando contêm saibro, o traço deve ser freqüentemente ajustado. Se o saibro é mais argiloso, deve-se reduzir a sua quantidade e aumentar a de areia. Para blocos cerâmicos, em particular, a presença de saibro é até desejável, visando maior afinidade com a cerâmica (ambos contêm argila). MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Argamassas • Argamassas de Assentamento Para a argamassa de assentamento de blocos e tijolos de alvenaria, as duas primeiras fiadas sobre as fundações devem ser assentadas com argamassa de traço volumétrico 1:3 (cimento portland: areia), aditivada com impermeabilizante, visando barrar a ascensão capilar da umidade do solo. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Argamassas • Argamassas de Revestimento Para revestimento de paredes e tetos, a ABNT dispõe da norma NBR 7200. Em banheiros costuma-se usar revestimento de azulejos, fórmica (laminado melamínico), mármores ou granitos e epóxi. Em construções mais modestas são usados revestimentos de argamassa que freqüentemente são pintados com tinta a óleo, na parede toda ou a partir de determinada altura (até esta cota podem ser usados azulejos). Estes revestimentos são chamados de “barra lisa”. A barra lisa também é usada em outros compartimentos quando se prevê uma pintura mais nobre como à base de borracha clorada (a pintura tradicional de paredes e tetos é à base de látex de PVA ou de acrílico, que pode ser aplicada tanto sobre revestimento comum como sobre massa corrida). MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Argamassas • Argamassas de Revestimento MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Argamassas • Argamassas Colantes As argamassas colantes são utilizadas no assentamento de cerâmicas e azulejos. São fornecidas prontas, bastando acrescentar água. São compostas por cimento portland, agregado miúdo bastante fino, aditivos e adições. Entre os aditivos utilizados, são fundamentais os polímeros retentores de água, os quais, além de aumentar a retenção de água e, em decorrência, aumentar a aderência ao substrato, incorporam ar, aumentam o tempo em aberto e a flexibilidade da argamassa. O tempo em aberto é o tempo máximo que a argamassa pode ficar aplicada no substrato, sem prejuízo da aderência da cerâmica quando aplicada sobre ela. Após o preparo da argamassa, deve-se aguardar um certo tempo antes da aplicação para que o aditivo retentor de água faça efeito. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Argamassas • Argamassas Colantes As argamassas colantes devem atender às exigências da NBR 14081 (31/12/2004). Esta norma classifica as argamassas colantes nos tipos AC-I, AC-II, AC-III e tipo E. A argamassa AC-I, de menores flexibilidade e teor de polímero, deve ser usada somente em revestimentos internos. Em revestimentos externos, mais sujeitos a contrações e dilatações térmicas, deve ser usada a argamassa AC-II, que tem maior resistência ao calor e um pouco mais de flexibilidade. Quando se deseja resistências maiores deve-se usar argamassa AC-III. É o caso do assentamento de porcelanatos, que por terem absorção muito reduzida, dificultam a colagem. Recomenda-se AC- III para pisos com porcelanato e até argamassas especiais de aderência química e de desempenho superior ao da AC-III em paredes com porcelanato, recomendando-se também neste caso e em peças maiores o uso de grampos de fixação como os usados em mármores e granitos. A argamassa AC-III também é indicada para assentamento de cerâmicas e azulejos em saunas e piscinas de água quente, pois resiste melhor ao efeito da maior temperatura.
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