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DIREITO PROCESSUAL CIVIL I

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
JURISDIÇÃO
I. Conceito: É o poder de agir do Estado-Juiz que tem como uma de suas finalidades a aplicação do direito e, como fim imediato, a composição dos litígios. O Estado assume a responsabilidade e o poder de fazer justiça.
II. Finalidade:	
1. Escopo Jurídico:	a. Certificação: Processo de conhecimento.
Ação declaratória: Declara a existência ou inexistência de uma relação jurídica.
Ação condenatória: Visa condenar a “dar”, “fazer” ou “não fazer”.
Ação constitutiva ou desconstitutiva: constituir ou desconstituir uma relação jurídica.
b. Assecuração: Processo cautelar. É uma ação assessória (acompanha o principal = processo).
Ação cautelar preparatória: visa preparar a chegada de um processo, vem antes da propositura da ação principal. Caduca em 30 dias.
Ação cautelar incidental: incide sobre o processo já existente, depois do processo.
c. Efetivação: Processo executivo: Visa efetivar uma sentença, o cumprimento do foi certificado. Hoje chamamos: Cumprimento de sentença.
Título executivo extra-judicial: Equivale a sentença (cheques, notas promissórias).
d. Integração: Procedimento: Visa a integração da vontade dos interessados.	
Processo sincrético: Fase cognitiva ( Fase do cumprimento da sentença ( Fase cautelar
Obs.: Não há processo sincrético nas ações declaratórias. Só servem para ações condenatórias.
2. Escopo Social: é o restabelecimento da paz social.
3. Escopo político: o Estado declara na forma da Lei. Demonstração da soberania plena da autoridade.
III. Características:
Substituição: substitui a vontade do autor.
Definitiva: não há discussão sobre a coisa julgada.
Juiz imparcial: tem que agir da mesma forma com o autor e o réu.
Unicidade: é única e exercida pelos juízes. Não há a necessidade de esgotamento da via administrativa, única exceção é o Habeas Data.
IV. Princípios:
Inevitabilidade: a parte não pode se negar a fazer o que foi decidido pela atividade estatal.
Indeclinabilidade ou Inafastabilidade: a atividade jurisdicional não pode se negar a declarar direito, por falta/defeito da Lei.
Investidura ou Juiz natural: a jurisdição é exercida por órgãos constitucionalmente constituídos, não podendo existir juízo ou tribunal de exceção. Os agentes são captados por concurso público ou pelo quinto constitucional (ora do MP, ora da OAB) ou indicação do executivo. Não se pode criar tribunais, juízos, para julgar causas já existentes, não podendo, também, escolher o juiz que vai julgar a causa.
Indelegabilidade: o juiz não pode delegar a atividade a nenhuma outra pessoa.
Inércia ou Demanda: “ne procedat índex ex officio” não há providência o Estado se ele não for provocado. Exceção: Inventário (é o Juiz que abre o inventário. Art. 989, CPC).
Aderência ou Improrrogabilidade ou Territorialidade: a atividade está vinculada a uma prévia delimitação territorial prevista em lei não podendo exercer suas funções fora do território.
V. Limitações:
Arbitragem: as pessoas plenamente capazes podem atribuir a decisão de suas pendências e controvérsias à decisão de árbitros por elas escolhidos, furtando-se assim, de recorrer diretamente ao Poder Judiciário, este árbitro pode ser qualquer pessoa capaz e que tenha a confiança das partes.
Senado: algumas causas são julgadas pelo Senado.
Missão Diplomática: Imunidade, algumas pessoas são julgadas por outras específicas.
Tribunal de contas: julga as contas públicas.
VI. Equivalentes Jurisdicionais:
Arbitragem: Cláusula Compromissória: no contrato eles pactuam que se houver conflito naquele negócio, “tal” pessoa vai julgar.
Compromisso Arbitral: será após a existência do conflito.
Auto-tutela: 1.210 do CC. Possuidor pode resistir à “turbação”.
Auto-composição: pode ser:
Judicial: feita pelas partes no próprio processo, no acordo, o autor renunciando o direito ou o réu reconhecendo.
Extrajudicial: acordo feito fora do processo.
Mediação: Duas pessoas em conflito, que buscam a ajuda de um terceiro, que se coloca na posição de conciliador, para resolver o conflito.
Jurisdição voluntária (“inter volente” /graciosa): a ordem jurídica deixa a critério dos particulares regularem, uns em face dos outros, suas relações, livremente criando, modificando ou extinguindo direitos e obrigações recíprocas. Não há partes, há interessados. Não há processo, há procedimento.
Jurisdição contenciosa (“Inter nolente”): é aquela que tem por objetivo a composição e solução de um litígio. Na Jurisdição contenciosa, existem: 
Atividade jurisdicional;
Composição de litígios;
Bilateralidade da causa;
Lides ou litígios em busca ou questionando-se direitos e obrigações contrapostas;
Partes - autor e réu;
Jurisdição;
Ação; 
Processo;
Legalidade estrita - o juiz deve conceder o que está na lei a uma das partes; 
Há coisa julgada formal e material;
Pode ocorrer à revelia;
Há contraditório ou a sua possibilidade. Verdadeira jurisdição.
CONDIÇÕES DA AÇÃO:
O processo vai existir, mas não vai chegar ao final, sem essas condições.
Legitimidade para a causa: só terá legitimidade ativa da ação, em princípio, apenas quem se julga portador do direito em conflito, que pretende o mesmo bem que esta sendo resistido pelo réu. Ordinária (quando for pelo mesmo originário do direito material) e extraordinária (quando não é mesmo originário do direito material).
Legitimação ordinária: Os originários da relação jurídica de direito material são os mesmos da relação jurídica processual, esta é a regra. E quando não são os mesmos é Legitimação Extraordinária (Substituição processual). O advogado age em nome da pessoa, e não em nome próprio. 
Legitimação extraordinária ou Substituição processual: O Art. 6º do CPC diz que: “Ninguém poderá pleitear, em nome próprio, direito alheio, salvo quando autorizado por Lei”. Mas, existem casos em que a Lei permite que outros pleiteiem direito alheio. Exemplo: o marido que defende os bens dotais da mulher (Art. 289, III do CC), o Ministério Público; o promotor de justiça, quando propõe ação de indenização a favor da família pobre da vítima (Art. 68 CPP); ou do Sindicato ao pleitear melhorias salariais para toda classe que representa (Art. 872, §único CLT). 
Interesse de Agir: Funda-se na necessidade, utilidade, e adequação ao objeto do litígio.
Possibilidade Jurídica do Pedido: Cuida da viabilidade da pretensão deduzida pela parte, em relação do direito positivo. Verifica-se se não há uma vedação na Lei pelo que se pretende.
ELEMENTOS DA AÇÃO 
Estão dentro da petição inicial.
Elementos Subjetivos:	a. Partes (autor e réu): pessoas que vão integrar o litígio perante o Estado-Juiz. 
Elementos Objetivos:	b. Causa de Pedir: é o relato dos fatos ocorridos (causa de pedir remota: origem), fundamentação jurídica (causa de pedir próxima: qual o motivo, o porquê) justificadores da presente ação.
c. Pedido: é o objeto da pretensão litigiosa, pode ser mediato (secundário) ou imediato (principal). Imediato: é a pretensão estatal. Mediato: bem da vida. Nas ações declaratórias, os pedidos mediatos e imediatos se confundem.
COMPETÊNCIA DOS ÓRGÃOS JURISDICIONAIS
Critérios:
A competência é estabelecida pela:
Pessoa (Ex.: União).
Valor da causa.
Pela matéria (Ex.: civil e/ou criminal).
Pela função do juiz com relação ao processo ou hierarquia.
Pelo território. 
As competências são:
Supremo Tribunal Federal: no juízo cível, tem competência originária e recursal.
Superior Tribunal de Justiça: na área cível, tem competência original e recursal.
Tribunais Regionais Federais: julgam originalmente a ação rescisória de seus julgados ou dos juízes federais da região; os mandados de segurança e os habeas data contra ato próprio do Tribunal ou de Juiz Federal; os conflitos de competência entre juízes federais vinculados ao tribunal.
Juízes Federais: compete o processamento e o julgamento de causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadasna condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes.
Tribunais e Juízes Estaduais: tem competência recursal para todas as causas julgadas pelos juízes estaduais, à exceção daquelas cuja previsão venha em contrário.
Fontes da competência:	
É onde origina/inicial. A fonte principal é a Constituição Federal, que definiu com clareza as competências. A Constituição Estadual, Código de Processo Civil, Código de organização judiciária, Regimento interno do Tribunal, Leis, Estatutos (idoso, etc.).
a. Competência absoluta: A competência é considerada absoluta, em princípio, quando fixada em razão da matéria, em razão da pessoa ou pelo critério funcional. A competência absoluta é inderrogável, não podendo ser modificada. 
b. Competência relativa: Considera-se competência relativa quando fixada em razão do território ou em razão do valor da causa.
Conexão de causas
Ocorre quando for comum, em duas ou mais causas, o objeto ou a causa de pedir. Há também, conexão pela causa de pedir pelo objeto, conjuntamente, quando há identificação destes elementos, mas não há de partes.
RELAÇÃO JURÍDICA PROCESSUAL
I. Processo – RJP
Uma relação jurídica processual é um vínculo que une as pessoas com direitos e obrigações. A partir do momento que o judiciário é provocado existirá uma relação jurídica Linear representada pelo o Autor e Juiz. Quando o Juiz recebe a petição inicial deve observar se ela possui os pressupostos processuais e as condições da ação. Após os requisitos cumpridos será dado o primeiro despacho do Juiz, que vai determinar a Citação do réu (dar ciência ao réu que existe contra ele uma ação), o réu não tem obrigação de responder (mas, se não contestar, será considerado revel, todos os fatos ditos pelo autor serão considerados verdadeiros), o contraditório, não é a contestação (se defender), é a oportunidade que ele tem de responder após a citação. Após a citação a relação jurídica será uma Relação Jurídica Processual Triangular, ou Angular (Autor, Réu e Juiz). Só quem pede positivamente é o autor (que seja favorável a ele), o pedido negativo é do réu (que não seja favorável ao autor), o Juiz só irá julgar favorável ao Réu caso ele tenha feito uma reconvenção (o autor vira réu e vice-versa). Desta forma, a relação terá os Sujeitos Processuais: autor e réu (que são parciais, possuem vontades) e o Juiz (que é imparcial). As partes são somente o autor e o réu. Todas as outras pessoas são auxiliares da Justiça (escrivão, escrevente, etc.).
II. Características
A relação jurídica processual é autônoma, pois ela não depende da relação jurídica material. Ainda que um Juiz diga que o autor não teve o direito favorável a si, pode julgar improcedente e dizer que não existiu o direito material, mas, da mesma forma, existiu o processo. As partes do direito processual, não necessariamente, precisam ser as mesmas do direito material.
A relação jurídica é trilateral. Pois, exige a presença do autor, réu e Juiz.
A relação jurídica é pública. Por que é exercida pelo Estado, que é um ente público (Poder Judiciário).
A relação jurídica é complexa. Por que há direitos e obrigações para todos os sujeitos.
A relação jurídica é dinâmica. Pois, ela começa e termina, e os atos são praticados seguindo uma ordem, até a sentença, no modo e na forma determinada por Lei. Devido a toda a tramitação.
III. Princípio da Dualidade das Partes
Sempre que houver um processo devem existir as partes (autor e réu), quando for somente autor e juiz, haverá um procedimento, e não processo.
IV. Princípio da Igualdade das Partes
Dentro da relação jurídica processual, os sujeitos têm obrigação de tratar tecnicamente o autor e réu, como sujeitos iguais, com os mesmo direitos, podendo ser apresentadas as mesmas provas, mesmos prazos, etc., para igualar as partes hipo-suficientes (menos favorecidas). Porém, o Código do Consumidor inverteu o ônus da prova e, quem tem que provar é o réu. É uma igualdade técnica, e não em termos de justiça.
V. Pressupostos Processuais 
Referentes aos Sujeitos da RJP:	Sujeito Imparcial: Juiz
Sujeitos Parciais: Partes (Autor e réu)
Referentes às Partes: o que é necessário para que o processo prossiga. Pode ser de: 	
Existência: capacidade de ser parte.
Validade: capacidade processual e de estar em Juízo, assim como a capacidade postulatória; sem isso o processo pode ser considerado inválido. Dependendo do pressuposto o processo deve ser extinto sem resolução do mérito, por exemplo, se não houver a capacidade para ser parte. E se estiver, por exemplo, na fase postulatória do processo, o Juiz suspende o processo e dá um prazo razoável para que seja sanado o problema/erro (Fases: postulatória, saneadora, instrutória e decisória). Se o erro estiver na fase decisória, como tem sido julgado ultimamente, o processo não será extinto, pois o interesse é de finalizar o processo e dar a sentença, desta forma, as Sentenças têm sido mantidas e o processo julgado normalmente. Só será invalido o processo, caso haja prejuízo à parte que não possui o pressuposto.
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
Capacidade de ser parte: Capacidade de direito ou de gozo. Capacidade de estar em um dos pólos da ação (pólo ativo ou passivo). Aptidão para adquirir direitos e obrigações, nas órbitas do processo. Qualquer pessoa que possua personalidade (capacidade de direito/plena, a partir do nascimento com vida - Parte geral do código Civil). Isso para pessoa física. Mas as pessoas jurídicas também podem figurar como autores ou réus. Além desses, também podem ser os Entes despersonalizados, que a Justiça confere poderes, por exemplo: condomínios (não possuem CNPJ), massa falida (conjunto de haveres e deveres de uma pessoa jurídica que não tem mais condição de exercer a sua atividade), espólio (conjunto de haveres e deveres de uma pessoa física). Também tem capacidade para ser parte o Nascituro, que é o feto, aquele que esta para nascer, como por exemplo, se o pai do nascituro morre, após o momento dele nascer com vida, ele já possui o direito à herança do pai, antes disso ele possui a expectativa. 
Capacidade Processual: está relacionada à capacidade de fato (capacidade civil), capacidade para estar em Juízo (legitimidade ad processum), não como parte, mas como praticante de todos os atos. Possui por si só direitos e obrigações. Os menores de 16 anos não possuem essa capacidade, devem ser representados. Os menores de 18 e maiores de 16 devem ser assistidos, pois não podem praticar os atos sozinhos. Somente os que possuem plena capacidade.
Capacidade Postulatória: Capacidade técnica. Está relacionada à capacidade de postular, para conversar com o Juiz, requerer perante o juízo. Quem tem essa capacidade são os Advogados, devidamente inscritos na OAB (não pode bacharel), quando o MP age como substituto processual, não precisa contratar advogado, pois sabe como postular. A capacidade postulatória também é conferida aos estagiários de direito devidamente inscritos na OAB, após o 7º período. Pode ser:
A. de ordem absoluta/plena: quando puder sozinho praticar o ato, Art. 29, §1º do Estatuto da OAB;
B. de ordem relativa: quando o ato praticado tem que ser em conjunto com o advogado, Art. 23, §2º do Estatuto da OAB.
Também possui capacidade postulatória qualquer pessoa que queira impetrar com um Habeas Corpus. No juizado especial a capacidade postulatória é inerente ao próprio reclamante, requerente, ele não precisa de acompanhamento de advogado, desde que a causa seja inferior a 20 salários mínimos. Acima de 20 salários mínimos, a capacidade postulatória é do advogado. E, no caso de Recurso, é obrigatório o advogado. (Ler estatuto da OAB para ver qual a capacidade do estagiário).
IV. Pessoas não naturais. Representação. 
A Lei diz quem possui a capacidade processual, ou de estar em Juízo. Se o Estatuto da UVV não designar ninguém, algum diretor da UVV pode representá-la. E quem representa ativamente a União? É a Advocacia Geral da União, cada Estado possui um advogado regionalda União. E quem representa o Estado? É o Procurador Geral do Estado. E quem é que representa o Município? O Procurador do Município ou o Prefeito. E quem representa o Espólio (bens e deveres deixados pelo falecido/de cujos; se ele era casado ele deixou a cônjuge Supestite)? Quem vai representar é o inventariante (Art. 12, V CPC). Deve abrir o inventário em 30 dias, se ninguém abrir o juiz pode, assim, a ação será contra os herdeiros. No caso da massa falida o Juiz nomeará um Síndico para representar a empresa que faliu. Uma pessoa possui vários bens e morre, mas não possui nenhum herdeiro, assim, o Juiz irá nomear um curador que irá administrar tal herança por 5 anos (Herança Jacente), após os 5 anos, herança será Vacante e o curador procurará os herdeiros por mais 5 anos). Se esses herdeiros não forem encontrados, os bens irão para o Município. 
V. Irregularidades Sanáveis
Ex.: Um condomínio (representado pelo contador/condômino) x Morador. Há algo errado (o Art. 12, IX, CPC estabelece que o condomínio só pode ser representado pelo síndico) assim, o Juiz suspenderá o processo por um prazo razoável (30 dias) para sanar o erro. Caso fosse o Morador (réu) que estivesse com algo errado, e ele não sanasse o erro, seria decretada a revelia, e o processo seria extinto.
VI. Curador Especial
Art. 9: O juiz dará curador especial:
I. ao incapaz, se não tiver representante legal, ou se os interesses deste colidirem com os daquele;
II. ao réu preso, bem como ao revel citado por edital ou com hora certa.
Parágrafo único. Nas comarcas onde houver representante judicial de incapazes ou de ausentes, a este competirá a função de curador especial.
O curador especial vai igualar as partes, vai fazer com que haja equilíbrio na relação jurídica vai fazer com que a desigualdade que existe não exista mais. É função da defensoria publica, mas o juiz nomeia outros advogados para tal cargo. Ex.: um incapaz tem um interesse e o seu representante tem outro, eles não podem entrar em conflito, assim o juiz nomeará um curador especial. Ex.: Maria quer entrar com uma ação de união estável contra José, mas José falece, dessa forma ela tem que entrar com a ação contra os herdeiros (seus próprios filhos), assim, haverá um conflito de interesses entre as partes, por isso o Juiz nomeia um curador especial. Não há necessidade de nomear curador especial caso o réu preso tenha advogado (doutrina majoritária), mas a Lei diz que há a necessidade de nomear curador especial ao réu preso. Citação real (quando o Juiz tem a certeza de que o réu foi citado pelo correio ou oficial de justiça) e ficta (o Juiz não tem certeza que o réu foi citado, isto ocorre quando a citação é feita pelo Edital, ou Citação por Hora Certa (ocorre quando o oficial marca com alguém, secretária, por exemplo, um horário para encontrar com o réu, se ele estiver no local na hora marcada, é uma citação real, mas se ele não estiver, será considerado citado por meio de sua secretária). Para ser nomeado um curador especial, é somente se o réu for citado fictamente e não comparecer (for revel), Art. 9º, II, CPC.
Citação:		Real:	Correios
			Oficial de justiça
			Meio eletrônico
		
 		Ficta:	Edital
			Hora certa
Exercício: José e Maria mantêm relacionamento íntimo advindo o menor Zezinho que não foi reconhecido por José. Maria registra Zezinho apenas no seu nome. O MP toma conhecimento do fato e ajuíza a competente ação de investigação de paternidade. Pergunta-se: 
Quem são os sujeitos da relação jurídica material? Resposta: Zezinho e José.
Quem são os sujeitos da relação jurídica processual? Resposta: MP, Juiz e José.
VII. Sucessão e Substituição Processual
Não podemos confundir substituição processual com substituição das partes. A regra é que a parte não pode ser substituída após a citação (“o autor morrerá autor, e o réu morrerá réu”). Quando houver essa mudança estamos diante de uma sucessão processual. É a lei que autoriza essa sucessão. O autor deve autorizar a sucessão processual do réu. Ex.: João entra em uma ação contra Marcos (querendo um mesmo terreno que ele diz ser seu), Marcos vende o terreno para Zé, se João não permitir a Sucessão Processual das partes (substituindo o réu de Marcos para Zé) Marcos estará agindo como substituto, pois agora ele não possui interesse na ação e está postulando o direito alheio em nome próprio (substituto Processual); caso ele seja substituído e João permita a substituição, o nome é Sucessão Processual. 
Sucessão Voluntária: alienação, cessão; 
Sucessão Involuntária: morte (sucessão processual involuntária, João morre e há a sucessão do espólio).
VIII. Capacidade Processual dos Cônjuges (Art. 10 CPC)
Apenas para o regime de comunhão de bens (parcial ou universal). Em determinadas situações os cônjuges são uma só pessoa. Ação Real Imobiliária (Ação; Real = Res: coisa; Imóvel = Propriedade) discute a propriedade e seus fracionamentos, uso, uso-fruto, habitação (não a posse). Se o marido for entrar com uma ação ele precisa somente de uma outorga uxória (autorização) da esposa, e se for à mulher que quiser entrar com a ação ela precisa de uma autorização marital. Na causa se o réu for casado deve-se entrar com a ação contra o réu e a esposa, se não souber se o réu é casado ou não, diz-se que o estado civil é desconhecido. Os casais com regime de separação total de bens, não necessitam de autorização, mas se for união parcial ou total de bens, precisa da autorização da mulher. Da mesma forma se for convivente deve haver a autorização da convivente também, no caso de citação deve ser feita da mesma maneira. No caso de aluguel, não estamos diante de uma ação real imobiliária, e sim uma ação pessoal imobiliária, desta forma, não há a necessidade da esposa constar no pólo passivo nem ativo. Ação real é diferente de ação possessória, pois, a possessória discute somente posse. Art. 10, §2º. Quando um cônjuge contrair um bem que seja para o bem da família, os dois devem ser citados, caso não seja para o bem da família, não há necessidade de citação dos dois, Art. 10, §1º, III. Art. 10, §1º, IV, bem imóvel o autor e o réu precisam da autorização do cônjuge. Art. 11, autorização do marido e a outorga da mulher, podem ser impossíveis caso o cônjuge desapareça, suma, e o outro cônjuge não saiba onde encontrá-lo. Nestes casos do artigo o Juiz dá a autorização ao cônjuge para propor a ação sem a autorização do cônjuge. Caso o Juiz não conceda esta autorização necessária, o processo pode ser inválido. Mas, se a parte que foi “prejudicada” ganhar a causa, não há a necessidade de invalidar o processo.
Fases do processo de conhecimento:
1ª Fase: Postulatória (Autor ( Peça inicial / Réu ( Resposta (contestação, reconvenção, exceção de competência ou impugnação do valor da causa).
2ª Fase: Saneadora. Ocorre na audiência preliminar.
3ª Fase: Probatória ou Instrutória. Serve para instruir, ou seja, provar. Ocorre na audiência de instrução.
4ª Fase: Decisória. Onde é proferida a sentença.
Preliminares Processuais:	PP 	Preliminares de Mérito: 	D 	Mérito: 	CP 	R
			CA 				P 			P
			PI 						P 	I
										M			
Exercício: 
Altafim, casado em comunhão parcial de bens, adquiriu um imóvel para investimento oportunidade em que alugou para Daniel, também casado, em regime de comunhão universal de bens. Durante os 6 primeiros meses, Daniel cumpriu rigorosamente com sua obrigação, estando em débito a aproximadamente 4 meses. Altafin ajuizará ação de despejo contra o inquilino. Pergunta-se:
a. Há necessidade do consentimento da esposa de Altafim para que ele proponha a ação? Mesmo se tratando de regime de comunhão parcial de bens, não haverá necessidade de autorização da esposa por não se tratar de bem de família.
b. A obrigatoriedade que a esposa de Daniel esteja no pólo passivo da referida ação? No caso de aluguel, não estamos diante de uma ação real imobiliária, e sim uma ação pessoal imobiliária, desta forma, não há a necessidade da esposa constar no pólo passivo nemativo.
IX. Dos Deveres das Partes e dos Advogados
Art. 14	falar a verdade; boa-fé; não falar nada sem fundamento; não praticar atos inúteis ao processo (por isso o Juiz pode negar as provas); e cumprir com exatidão os provimentos mandamentais e não criar embaraços à efetivação de provimentos judiciais, de natureza antecipatória ou final.
Art. 17	litigante de má-fé é aquele que:
I. vai contra o texto expresso de lei ou fato incontroverso;
II. altera a verdade dos fatos;
III. usa do processo para conseguir objetivo ilegal;
IV. opuser resistência injustificada ao andamento do processo;
V. proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo;
Vl. provocar incidentes manifestamente infundados.
VII. interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório.
Art. 416, §1º	As partes devem fazer perguntas às testemunhas que tenha haver com o processo sem envergonhá-la, e etc.
Art. 446, III	Os advogados e o MP (Ministério Público) devem se tratar com elevação e urbanidade.
Art. 445, II	quem não se comportar da forma devida pode ser obrigado a se retirar da sala de audiência.
Art. 599, II	o Juiz pode advertir ao devedor que o seu procedimento constitui ato atentatório à dignidade da justiça.
LITISCONSÓRCIO
Pluralidade de Partes
Conceito:	É o laço que une ao processo dois ou mais litigantes na posição de autor ou na posição de réu. É cumulação (juntar) subjetiva (sujeitos). É a pluralidade de partes, mais de um autor (litisconsórcio ativo) e/ou mais de um réu (litisconsórcio passivo), caso se forme litisconsórcio das duas partes será um litisconsórcio misto.
Finalidade:	Para economia processual (tempo, dinheiro) e obter segurança jurídica (para evitar sentenças contraditórias).
Classificação:
a. Quanto ao Pólo ou posição: a relação jurídica processual possui dois pólos, o ativo e o passivo (autor e réu, respectivamente), o litisconsórcio será ativo quando possuir mais de um autor, passivo quando possuir mais de um réu, misto quando possuir mais de um em cada pólo, e multitudinário quando possuir uma multidão/várias partes. No sindicato não há litisconsórcio. No condomínio só há litisconsórcio caso o morador do apartamento queira entrar, juntamente com o condomínio, com a ação. 
b. Quanto à formação, ao tempo ou momento: ele pode ser inicial ou anterior (REGRA), quando a relação jurídica processual já se inicia com várias pessoas em um dos pólos da ação. Ex.: Ação Real Imobiliária, quando o réu for casado, deve ter também o cônjuge. Ele pode ser também posterior ou ulterior, quando se forma após a propositura da ação, só irá ocorrer em casos excepcionais para não violar o principio do Juiz natural (não pode escolher o Juiz que vai julgar a sua causa, pois, se um dos autores impetrar com a ação, e cair na Vara de um Juiz que eles “gostam”, eles irão litisconsorciar, mas se for o contrário, eles não irão). 
1ª Corrente: Se tratando do mandado de segurança diz que pode haver o litisconsórcio ulterior desde que não tenha havido a citação da autoridade competente. 
2º Corrente: Diz que NUNCA poderá haver o litisconsórcio ulterior, no caso de mandado de segurança.
Casos em que permite a formação ulterior ou posterior:
Intervenção de terceiro, na modalidade chamamento ao processo e denunciação da Lide.
Sucessão processual/substituição das partes. Ex.: João entra com uma ação de paternidade contra José, José morre, quem fará parte do processo passivamente são seus herdeiros.
Conexão (Art. 103-105, CPC)
c. Quanto à Obrigatoriedade de formação:
 Facultativo: quando por vontade própria, por liberalidade eles resolvem se unir, sem que haja nenhuma exigência legal para que eles estejam juntos. Essa vontade é vinculada em lei.
Obrigatório ou Necessário: há obrigatoriedade para validade do processo, que tenha no pólo mais de uma pessoa, vai derivar da Lei ou da natureza da relação jurídica. 
Exemplo 1: Ação real imobiliária (autor não forma litisconsórcio), mas necessita do litisconsórcio passivo caso seja casado. 
Exemplo 2: Ação de usucapião (quando transforma a posse, em domínio). 
Exemplo 3: Para pedir a dissolução da comissão de formatura, deve ser feita contra todos. Somente irá ocorrer no pólo PASSIVO da ação, por que não se pode obrigar ninguém a ser autor em uma ação, o direito de ação é um direito subjetivo. Existem decisões, que obrigam que haja litisconsórcio necessário ou obrigatório no pólo ativo, mas a formação será ulterior ou posterior, e dependerá da vontade deles. Ex.: João quer propor uma ação para desfazer um negócio jurídico que possui com José, mas João possui sócios que também participaram do negócio, assim, ele pede a citação destes sócios, que irão decidir se querem permanecer como réus (não concordando com o desfazimento do contrato), ou se querem passar para o pólo ativo (aceitam desfazer o negócio jurídico). Assim, ele começa como facultativo, e depois passa a ser obrigatório ou necessário, em virtude da natureza jurídica.
d. Quanto ao conteúdo da Sentença:
Unitário: quando o Juiz tiver que decidir para todos os litisconsortes de forma igual. Ex.: Anular um casamento para um cônjuge e não para o outro. Ex.²: Desfazer a comissão de formatura somente para parte da turma e não desfazer para a outra. Temos a unidade da pluralidade (uma sentença para várias pessoas, elas são vistas como apenas um pessoa). 
Simples ou comum: o Juiz pode prolatar uma única sentença com conteúdos distintos. Cada um é visto de maneira distinta na relação processual. 
I. Litisconsórcio Facultativo
Exemplo: Zé morre credor de 10 mil reais. Quem pode cobrar o valor é o espólio, representado pelo inventariante e, se possuir herdeiros, estes podem litisconsorciar com o inventariante, mas não há necessidade.
Se houver afinidade.
Casos: Art. 46 
I. entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide;
II. os direitos ou as obrigações derivarem do mesmo fundamento de fato ou de direito;
III. entre as causas houver conexão pelo objeto ou pela causa de pedir;
IV. ocorrer afinidade de questões por um ponto comum de fato ou de direito.
Recusa de ofício: Quando não se atender qualquer das hipóteses do artigo 46, deve o Juiz, de ofício, recusar o litisconsórcio, determinando o desmembramento dos processos, sem necessidade de indeferimento liminar. Se não houver afinidade entre as partes (IV), o Juiz de oficio vai determinar a recusa do litisconsórcio. Mas, o processo continua para uma das partes que o autor irá escolher.
Limitação: Caso haja um litisconsórcio multitudinário (número imenso de autores ou réus), o Juiz, quando achar necessário, pode limitar o litisconsórcio, que é apenas desmembrar os feitos de forma tal que um ou alguns dos processos cumulados passem a correr em outros autos. Materialmente o desmembramento faz-se por translado. Quando alguém requer, o simples fato de requerer a limitação do litisconsórcio interrompe-se o prazo do réu se manifestar. O prazo suspensivo pára e, quando recomeça, recomeça de onde parou. E o prazo interrompido, quando recomeça, recomeça do zero, como se nunca tivesse existido, o Juiz não precisa deferir o pedido do réu (a limitação). O pedido de limitação interrompe o prazo para resposta, que recomeça da intimação da decisão (Art. 46, §1º).
II. Litisconsórcio Necessário/Obrigatório
Casos:	
1. Litisconsórcio Unitário: quando o Juiz tiver que decidir para todos os litisconsortes de forma igual. Exemplo: Anular um casamento para um cônjuge e não para o outro. Exemplo 2: Desfazer a comissão de formatura somente para parte da turma e não desfazer para a outra. 
2. Litisconsórcio Simples ou comum: Não há uma sentença igual para todas as partes.
O Art. 47 diz que: “Há litisconsórcio necessário, quando, por disposição de lei ou pela natureza da relação jurídica, o juiz tiver de decidir a lide de modo uniforme para todas as partes; caso em que a eficácia da sentença dependerá da citação de todos os litisconsortesno processo”. Neste artigo só englobou o litisconsórcio unitário, pois nem sempre o Juiz decidirá a lide de modo uniforme/igual para todas as partes.
OBS: se a citação de um terceiro incerto não conhecido for por edital e ele for revel, não há como designar um curador especial, mas se souber o nome da pessoa e não for pessoa incerta, é necessário um curador especial. 
Conseqüência da não formação: Intervenção “iussu iudicis” Lei 4.717/65 Art. 6º §3º. Era a intervenção pedindo a integração à lide daqueles outros que poderiam fazer o mesmo pedido, provocada pelo próprio Juiz, com base na economia processual, para evitar sentenças contraditórias. Só irá ocorrer em litisconsórcio necessário, diferente do sistema americano. O CPC não admite para o litisconsórcio facultativo. Nas ações coletivas do Código do Consumidor o juiz publica o edital para chamar todos os interessados, também na ação popular, o juiz comunica, manda notificar o ente público para representar o povo. O Juiz chama para si.
III. Princípio da Autonomia dos co-litigantes ou Litisconsortes – Art. 48
Se for o litisconsórcio facultativo as partes são autônomas, um litisconsorte não representa o outro e as relações processuais entre os litisconsortes e a parte adversa são distintos. Tanto no litisconsórcio simples quanto no unitário os litisconsortes são autônomos. No litisconsórcio necessário a regra é que o juiz decidirá de maneira igual para todos, não é um princípio de natureza absoluta, pois, um litisconsorte pode prejudicar ou beneficiar o outro, com seus atos (quando a defesa for comum aos demais vai beneficiar aos outros). Exemplo: o fiador pode alegar que o contrato principal é nulo, mas se ele alegar que somente o contrato acessório, de fiança, é nulo. Art. 319, e 320, I (quando um deles contestar a ação e o fato for comum), 509. Art. 191 - se tiverem advogados distintos os prazos serão dobrados (devem comunicar ao Juiz antes do vencimento do prazo), ocorre a mesma coisa com defensor público. Prejudica quando uma das partes confessar (Art. 350), por exemplo, pois a confissão é uma prova e ela vale ou não vale e, se valer, deve valer para todos, mas o Juiz deverá indicar na sentença o motivo, Princípio da persuasão racional do Juiz (Art. 131).
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
1. Extensão Subjetiva da Sentença: o Juiz resolve o conflito com a sentença, após ela transitar em julgado, ela irá atingir todas as partes. Mas ela terá reflexos fora do processo (pessoas que não fazem partem da relação jurídica processual, que são os terceiros), isso é extensão subjetiva da sentença. Ela não atinge aos substituintes, por exemplo, o sindicato, a sentença vai atingir os sindicalizados. O que vai autorizar os terceiros a interferirem na relação é o interesse jurídico e não de fato. Exemplo: João possuía um imóvel e o imóvel do lado era de Maria, mas ela perde o bem com uma causa na justiça, para Marcos, que constrói um prédio, que tampa o sol da piscina de João. João possui um interesse de fato. Mas, se João estivesse incomodado com o espaçamento que Marcos está dando na construção do prédio, que está fora do permitido, o fato é jurídico. Para que a sentença não atinja terceiros vai ser autorizado que o terceiro intervenha.
2. Terceiros: Quem são esses terceiros? Terceiros são pessoas estranhas à relação jurídica de direito material, deduzida em juízo e estranhas à relação jurídica processual já constituída, mas sujeitos de uma relação de direito material que àquela se liga intimamente, intervêm no processo a fim de defender interesse próprio. “É aquele que não é o primeiro nem o segundo”.
3. Justificativas:
O terceiro pode ser prejudicado pela sentença.
Segurança jurídica. Impede sentenças contraditórias no caso de o terceiro prejudicado entrar com uma nova ação.
Economia processual.
Questão psicossocial (ansiedade, inquietude, expectativa que vai ter o terceiro em saber que seu direito está sendo disputado por outrem ou que seu bem seja perdido.
4. Pressupostos Processuais de Existência do Processo principal:
Jurisdição.
Legitimidade e capacidade processual das partes.
Existência de um processo pendente de julgamento.
Que haja um pedido.
5. Pressupostos Processuais de Existência do Processo Superveniente:
Que o processo principal seja válido (pressupostos e condições da ação).
A condição de terceiro interessado juridicamente.
Que ele possa ser alcançado pela coisa julgada do processo originário.
A possibilidade da pretensão na condição de terceiro. Proibição da intervenção de terceiro no rito sumário e sumaríssimo e nos procedimentos de jurisdição voluntária.
6. Classificação: 
Quanto a ampliação ou modificação subjetivamente da Relação Jurídica:
“Ad coadjuvando”: O terceiro intervém na relação jurídica processual visando cooperar com uma das partes. 
“Ad excludendun”: O terceiro ao intervir na relação jurídica processual visa excluir uma ou ambas as partes da relação jurídica processual.
Quanto a iniciativa da medida pode ser: Espontânea ou Voluntária.
7. Modalidades:
Por deliberação espontânea (Intervenção espontânea ou voluntária): ocorre quando o terceiro por sua própria vontade intervém no processo, sem ninguém chamar, com interesse jurídico.
Assistência: ele vai assistir, vai dar uma ajuda, por que ele tem uma relação jurídica com uma delas, e se ele perder ela será prejudicada.
Oposição: para opor, rebater. Diz que o direito não é do autor nem do réu, e sim, dele.
Embargos de terceiros: Processo Civil III.
Intervenção de credores na execução: Processo Civil III.
Recurso de terceiro prejudicado: Processo Civil II.
Por provocação de uma das partes (Intervenção provocada ou coacta): o terceiro vem ao processo, pois o autor, o réu ou ambos o chamam no processo, ele é coagido a participar do processo.
Nomeação à autoria: O réu indica ao autor quem é o verdadeiro réu em virtude de sua ilegitimidade (ilegitimidade passiva). O autor propôs a ação contra a pessoa errada. “Teoria da aparência”.
Denunciação da lide: quando é chamado ao processo o garantidor (pelo autor, pelo réu ou ambos) para que, caso percam a ação, seja reembolsado.
Chamamento ao processo: o réu (apenas o réu) chama ao processo os demais devedores solidários (co-obrigados) para que cada um deles venha responder pelas suas respectivas cotas (litisconsórcio passivo ulterior). 
Controle do Magistrado: o que autoriza o terceiro a intervir na relação jurídica Processual? Interesse jurídico. E o controle do magistrado é que vai dizer se ele tem interesse jurídico na relação, caso não possua, o juiz não permitirá que ele faça parte da relação jurídica. Controle da legitimidade interventiva.
Em que situação NÃO se admite intervenção de terceiros? 
1. Em se tratando de juizados especiais, pois precisa ter celeridade processual, e também porque possui causas de menor potencialidade, rito sumaríssimo (processo não anda, corre; no máximo 30 dias). 
2. Bem como, não se permite a intervenção no rito sumário, pois, também deve ser rápido o corrimento do processo (entre 60 e 70 dias), salvo assistência e intervenção fundada em seguro (contrato de seguro). Art. 280. Admite-se no Rito ordinário (15 dias pra contestar), causas de maior complexidade, há necessidade de amadurecimento do processo. 
3. ADC / ADIN - Ação declaratória de constitucionalidade ou na ação direta de inconstitucionalidade (pois, a questão é objetiva, ali se discute se a lei é apenas constitucional ou não, não interfere na vida de ninguém), previstos lei 9.868/99, Art. 7º e 18º.
DA ASSISTÊNCIA
I. Conceito: primeira modalidade de intervenção de terceiros. Intervenção espontânea, voluntária, para ajudar, dar assistência a uma das partes.
II. Modalidades:
Assistência simples ou adesiva: é a única modalidade em que o terceiro continua sendo terceiro até o final do processo (Art. 52).
Poderes do assistente: o terceiro intervém a fim de defender direito jurídico que não é próprio. Ex.:João vendeu um imóvel para Maria e Roberto está dizendo que o imóvel é dele, então João intervêm no processo para ajudar Maria e dizer que ele vendeu para ela. Ele é um mero assistente, e tudo que ele for fazer deve pedir a assistida (Maria), salvo para alegar impedimento e suspeição do Juiz. E a assistida pode fazer qualquer coisa que o assistente tem que aceitar (acordo, desistir da ação...). Ele tem entrar no processo para ajudar, e não para prejudicar. E pode sair do processo quando quiser.
Assistido Revel (Art. 52, §1º): se o assistido for revel, o assistente irá defender seus interesses (do revel) e irá gerir seus negócios. Ele estará em seu nome, pleiteando em nome próprio, direito alheio, sendo substituto processual (substituição processual suigeneres/subordinada). Desta forma, o assistente não mais necessita autorização, pois o autor já não está mais no processo. E, se o autor voltar ao processo, o substituto processual, volta a ser um simples assistente.
Assistência qualificada autônoma ou litisconsorcial
Poderes e restrição do assistente: ele é co-titular do direito/objeto do litígio, por isso ele tem interesse jurídico direto naquela causa. 
Ex.1: Um condomínio (representado pelo síndico) entra com um processo contra um condômino e um dos moradores, que também é titular de parte do direito, entra no processo para assistir. Ele age no processo como se fosse parte, mas não é parte. 
Ex.2: João está discutindo a propriedade de um bem com Marcos. Marcos vende o bem para José, se João não permitir que haja a sucessão processual, José mesmo sendo o TITULAR do direito, age como assistente (Art. 42, §2º). Não precisa pedir autorização alguma, para praticar nenhum ato. Mesmo que o assistido desista da ação, faça um acordo, o assistente pode continuar no processo, pois, ele é co-titular. A restrição é que ele não pode entrar no processo para prejudicar. E se o autor desistir da ação, o assistente passa a ser autor, se ele quiser permanecer. A assistência é uma modalidade de intervenção de terceiro por mera inserção. Assistência é uma legitimação extraordinária subordinada.
III. Adquirente ou cessionário: Aquele que adquire ou recebe um bem sob litígio. Torna-se, assim, titular do direito e pode exercer assistência qualificada.
IV. Coisa Julgada: é a imutabilidade da decisão envolvendo os mesmos elementos da ação (partes, pedido e causa de pedir). 
A.S (Assistência simples): Não tem coisa julgada, pois, o assistente não é parte.
A.L (Assistência litisconsorcial): Pode ter coisa julgada, em virtude da representação. Ex.: o síndico que representa todos os condôminos, se o juiz proferir uma sentença, julgando procedente, em parte, o pedido autoral, e ninguém recorrer. Mas, se o Juiz julgar improcedente o pedido, os condôminos podem entrar novamente com o processo, individualmente e também podem ser assistentes.
V. Justiça da Decisão: é impedir que o assistente venha rediscutir aquilo que já foi discutido no processo em que ele interveio. Porém, se alegar que foi impedido de apresentar novos documentos ou provas (exceptio male gesti processus), poderá solicitar nova discussão. Em qualquer modalidade de assistência. Ele poderá rediscutir na sua ação tudo aquilo que o assistido não o autorizou e, também, quando ele entrou no processo não pôde discutir, pois já havia passado a fase (Art. 55).
VI. Processos em que cabe a assistência: vai caber em todos os tipos de processo, de conhecimento, de execução, cautelar; desde que seja demonstrado o interesse jurídico.
VII. Jurisdição Voluntária: não cabe, pois, não há litígio, não há processo, não há partes (há interessados).
VIII. Momento da intervenção: o assistente pode intervir a qualquer momento e em qualquer grau de jurisdição (TJ, STJ, STF). Somente depois de transitada em julgado a sentença (não existe mais processo) é que não poderá mais intervir. 
IX. Procedimento: Cabe tanto no rito ordinário quanto no sumário. Não é admitida no rito sumaríssimo. É o único tipo de intervenção admitido no rito sumário. Para postular perante o juiz tem que estar representado de um advogado (capacidade postulatória).
Ação: A x R ( Requerimento de assistência (a parte constitui um advogado, que irá requerer a assistência);
( Vista às partes (o juiz abre vista às partes, com um prazo de 5 dias para cada um dizer se concordam ou não);
( Se uma das partes discordar, o juiz desentranha o requerimento de assistência (o único motivo para discordância é a falta de interesse jurídico) e apensa ao processo, junto com a impugnação, que causa um incidente.
( O juiz decide/resolve o incidente no prazo de 5 dias, se o motivo da discordância é jurídico ou não. 
Na vista às partes o juiz suspende o processo. Por isso só cabe no rito sumário (que é um rito demorado).
Despacho: serve para dar andamento ao processo.
Decisão interlocutória: resolve um incidente, uma questão, sem por fim ao processo.
Sentença: ato pelo qual o juiz encerra uma fase do processo resolvendo ou não o mérito.
Acórdão: decisão de um Colegiado.
	
X. Recurso: Com uma decisão interlocutória o terceiro pode recorrer com o Agravo de Instrumento (alguns Juízes utilizam o nome Despacho, pois seguem doutrinas diferentes, mas se resolver um incidente é decisão). Tem prazo de 10 dias.
XI. Não se admite assistência: Ações declaratórias de inconstitucionalidade (ADIN), constitucionalidade (ADC); preceito fundamental (ADPF); nos juizados especiais (rito sumaríssimo); código do consumidor e Ação Civil Pública.
DA OPOSIÇÃO
I. Conceito: o terceiro vem para opor, prejudicar as duas partes. Pois ele se diz titular do direito, objeto do litígio, diz que não pertence nem ao autor, nem ao réu. É uma modalidade de intervenção voluntária em que o terceiro pretende no todo ou em parte a coisa ou o direito sobre que discutem autor e réu. Ele será chamado de opoente ou oponente. E as outras partes (autor e réu) serão chamadas de opostos. No império germânico, as decisões eram tomadas em assembléias e quem não concordava, se opunha, criando uma nova relação jurídica processual. Da mesma forma é hoje em dia, se forma uma nova relação jurídica processual em que de um lado está o opoente e do outro lado estão os opostos (formando um litisconsórcio).
II. Momento Hábil: Até a prolação da sentença ele pode intervir, após a sentença não há como ele se opor, não precisa transitar em julgado. O terceiro quer interferir no processo por causa da economia processual e da segurança jurídica. 
III. Autonomia e Conexão: A segunda relação jurídica é autônoma em relação à primeira. Ainda que as partes desistam da ação, a ação continua, pois a segunda relação jurídica é autônoma, ela necessita da primeira ação para existir, após existir, ela é autônoma. A Conexão é uma forma de mudança de competência em virtude da mesma causa de pedir ou mesmo pedido (mediato, o bem da vida, é aquilo que vai auferir).
IV. Oposição e Assistência: na oposição o terceiro vira parte, na assistência o terceiro continua sendo terceiro.
V. Litisconsórcio ulterior passivo necessário: é necessário em virtude da Lei. Pois, o autor e réu da primeira relação, viram litisconsortes passivos.
VI. Processo em que é cabível: só cabe em se tratando de processo de conhecimento (pois é onde o juiz vai declarar o direito).
VII. Procedimento do Processo Principal: o rito que vai aceitar a oposição é o ordinário, só se aceita no sumário a assistência, pois o processo fica suspenso e pára. O único rito que aceita é o ordinário. 
VIII. Procedimento: o juiz verifica, antes de citar o réu, se a petição inicial apresenta os pressupostos processuais, as condições da ação, elementos da ação e, na nova petição da segunda relação processual devem estar presentes todos os requisitos. Na oposição a citação será dos advogados, pois o juiz já sabe quem são os advogados das partes, por causa da relação anterior. Se o réu for revel, o autor deverá ser citado pelo advogado e o réu pessoalmente(não se pode aproveitar a revelia). Os prazos para contestar não dobram, permanecem de 15 dias, pois é prazo de Lei, mas para os outros atos os prazos não dobram (Art. 56-57). 
Iter Procedimental (caminho do processo, começo e término).
1ª fase – Postulatória: é em que se postula. Quem postula é o autor e o réu, o autor é pela petição inicial e o réu pela contestação, reconvenção, exceção e impugnação do valor da causa.
2ª fase – Saneadora: é limpar o processo, tirar as impurezas do processo, verificar se o processo pode continuar o seu caminho. Vai verificar se estão presentes os pressupostos processuais, condições da ação e etc. Marcando uma audiência de conciliação (sumário) ou preliminar (ordinário). Ele resolve questões processuais pendentes. Após o saneamento, ainda nesta fase, o juiz fixa o ponto controvertido (verificar aquilo que o autor disse e o réu contradisse), pergunta a parte se há necessidade de produção de provas, defere ou indefere.
3ª fase – Probatória ou instrutória: Fase da coleta de provas orais, na audiência de instrução e julgamento.
4ª fase – Decisória: o juiz decide, é onde ele prolata a sentença. Até a chegada desta fase o opoente pode entrar no processo.
I___Fase postulatória____I_____Fase Saneadora____I_______Fase Probatória___________I____Fase Decisória__I
 Peça Inicial / Resposta Audiência Preliminar Audiência de Instrução e julgamento Sentença 
IX. Oferecimento ANTES da A.I.J. - oposição interveniente
Pois teremos a ação e a oposição sendo julgadas simultaneamente pois elas estão caminhando juntas. E a oposição deve ser apensada, vai junto ao processo (mas, na prática não é apensado, é juntado, um processo com 2 relações jurídicas, um único processo com 2 ações). Art. 59.
X. Oferecimento APÓS a A.I.J. – oposição atípica ou demanda autônoma
O juiz pode sentenciar o processo que está na fase decisória, ou suspende o processo pelo prazo máximo de 90 dias (a Lei que diz, pois é rito ordinário, e esse é o prazo do rito), até que a oposição venha seguindo o procedimento e as duas possam ser julgadas simultaneamente, por segurança jurídica. Mas o juiz, para ter segurança jurídica, espera mais do que o prazo estipulado em Lei. Dois processos com duas ações. Art. 60. 
XI. Ordem do Julgamento – “Simultaneus Processus”
A ação e a oposição devem ser julgadas simultaneamente. E a oposição deve ser julgada em primeiro lugar, pois é uma prejudicial, um incidente, e depois vamos julgar a ação (Art. 61). Se o juiz julgar primeiro a ação, há uma irregularidade e, não, nulidade. Isso não vai fazer com que a sentença perca o efeito dela e, sim, que tenha sido feita de forma irregular. 
Julgamento da oposição (Prioridade):
Julga Procedente a Oposição = Ação prejudicada
Julga Improcedente a Oposição = Julga a Ação
XII. Natureza Jurídica da Sentença: toda sentença tem conteúdo declaratório.
Oposição:
Depende do pedido, daquilo que se pretende. Ex.: se, é de constituir, ela é constitutiva. Se, é para declarar, ela será declaratória.
A natureza jurídica da sentença que julga improcedente o pedido, SEMPRE é declaratória.
A natureza jurídica da sentença que julga procedente o pedido é declaratória para o autor (dizendo que ele não possui o direito), e condenatória para o réu (condenando-o a entregar o bem, por exemplo). Assim, possuirá duas naturezas - LPUNS (litisconsórcio passivo ulterior necessário simples).
Ação:
Improcedente – declaratória (declara improcedente o direito do autor)
Procedente - condenatória (declara procedente o pedido do autor e condena o réu)
XIII. Oposição Convergente
Vários terceiros (oposição, da oposição, da oposição...). Terceiros reivindicando coisas. É a possibilidade da apresentação da oposição de oposições já apresentadas.
DA NOMEAÇÃO À AUTORIA
I. Propriedade/Posse/Detenção
Propriedade/Domínio ( Direito ( Ação Reivindicatória
Posse ( Fato ( Ação Possessória
Posse direta: alguém detém a coisa em seu poder temporariamente em virtude de direito pessoal (contrato de locação) ou real (uso, usufruto ou habitação). Art. 1.197 CC.
Posse indireta: apenas recebe o que poderia estar usufruindo (aluguel). 
Detenção ( Posse precária ( Submissão: Possui a coisa em nome do proprietário/possuidor. Art. 1.198 CC.
II. Conceito de Nomeação à Autoria
O terceiro é chamado ao processo. É uma modalidade de intervenção de terceiro provocada ou coacta em que o réu (só quem nomeia autoria é o réu) nomeia ao autor o verdadeiro réu em virtude da falsa aparência (ilegitimidade). ESTAMOS DIANTE DA TEORIA DA APARÊNCIA.
III. Finalidade
O Juiz deve extinguir o processo por ilegitimidade passiva da ação, pois leva a carência da ação, sem resolução do mérito. Mas, se o autor não souber, se achar que o réu é o verdadeiro titular do direito, ele está como um mero detentor (e não possuidor, pois a posse é também do proprietário, mesmo que indireta, e detenção é uma “posse fraca”, ele não pode entrar com uma ação de usucapião – Art. 62 CPC), mas todos acham que ele é o proprietário, possuidor, tendo em vista, a teoria da aparência. Então o legislador permite que réu indique o verdadeiro réu sem que o processo seja extinto, por economia processual. E o réu “falso” vai ser sucedido, pelo verdadeiro. O réu tem o dever, por lealdade processual de indicar quem é o verdadeiro réu.
Extromissão = Substituição das Partes = Sucessão Processual.
IV. Casos: Só será possível em dois casos:
1º Caso: Art. 62 CPC (deverá). Quando todos acham que ele é o proprietário, mas ele é o detentor, cabe também o possuidor.
2º Caso: Art. 63 CPC. Ação de “dano infectu” (indenização). Ex.: um empregado que cumpre ordens do patrão. Mas o Art. 932, III CC diz que aquele que pratica o ato e aquele que mandou respondem pelo ato. Assim, a doutrina diz ser um litisconsórcio passivo e, não, a nomeação à autoria, pois o empregado não deve sair do processo, caso de co-responsabilidade.
Art. 69, I: o réu não indica o réu “verdadeiro”, sendo assim condenado em perdas e danos e o processo julgado extinto sem julgamento do mérito. Responsabilidade objetiva
Art. 69, II: o réu nomeia pessoa adversa do réu “verdadeiro”, sendo assim condenado em perdas e danos e o processo julgado extinto sem julgamento do mérito. Responsabilidade subjetiva.
V. Procedimento da Nomeação à autoria
Citação do réu, para contestar (possui um prazo de 15 dias, pois é rito ordinário), neste prazo ele deve apresentar a nomeação (se ele não apresentar a nomeação e apresentar a contestação normalmente, será condenado em perdas e danos - Art. 69 CPC, pois ele possui a obrigação de nomear). O réu será chamado de nomeante e o terceiro (que é o verdadeiro réu) é chamado de nomeado. O nomeante vai até a ação e faz a nomeação à autoria (por uma petição indica quem é o verdadeiro réu), e vai dizer por que ele está nomeando a autoria (somente nos casos do Art. 62 e 63). O juiz vai determinar que seja escutado o autor, no prazo de 5 dias; e o processo vai ficar suspenso (Art. 64). O autor pode não aceitar a nomeação, o processo deixa de ficar suspenso e agora o réu vai ter novo prazo para resposta (Contestação), este alegará ilegitimidade passiva e o juiz extinguirá o processo na forma do Art. 267, VI (sem julgamento do mérito). O autor pode aceitar a nomeação, ou se calar. O autor tem que requerer a citação do nomeado (Art. 65), enquanto isso o processo está suspenso em relação ao nomeante. Após, irá ocorrer a citação, para que no prazo de 15 dias, ele dizer se concorda ou não com a citação. Se ele aceitar (que realmente é o proprietário), ele deverá contestar, assim há uma sucessão (o nomeante sai do processo e o nomeado entra) para que isso aconteça há a necessidade de dupla aceitação, primeiro do autor e depois do nomeado. Caso o nomeado não aceite a nomeação, o Juiz não pode obrigar o nomeado a ser réu (é o único caso em queo verdadeiro réu pode escolher se quer ser réu ou não); então terá vista ao nomeante e o processo deixa de estar suspenso e ele contesta alegando ilegitimidade (Art. 267, VI). Para alguns doutrinadores (minoritário) não importa se ele quer ser réu ou não, o que importa é que ele foi citado. Então o autor, já sabendo quem é o verdadeiro réu, propõe uma ação contra ele. O nomeante pode permanecer se quiser, mas como assistente simples (Art. 62), apenas se for de acordo com o Art. 63, ele será um litisconsorte passivo. O processo é suspenso, mas o prazo é interrompido (ele ganha novamente os 15 dias), Art. 67.
Exemplo de pergunta para a prova: qual a modalidade de intervenção de terceiros que exige dupla aceitação? Por quê? Explique?
Resumo do Procedimento (Rito Ordinário):
Ação: Autor x Réu ( Citação do Réu (15 dias para resposta) ( Nomeação à autoria ( Vista ao Autor (5 dias)...
... Se o Autor não aceitar ( Resposta do réu (15 dias) ( contestação ( ILEGÍTIMA ( Extinção (Art. 67 CPC) Fim.
... Se o Autor aceitar ( Requerer aceitação do nomeado (15 dias)...
	... Se o Nomeado não aceitar ( Réu nomeante. Contestação (15 dias) ( ILEGÍTIMA ( Extinção (Art. 67 CPC) Fim.
	... Se o Nomeado aceitar ( Réu nomeado. Contestação (15 dias) = EXTROMISSÃO.
*Dupla aceitação. 
DENUNCIAÇÃO DA LIDE ou CHAMAMENTO À AUTORIA ou CHAMAMENTO À GARANTIA ou LITISDENUNCIAÇÃO
I. Conceito
É a modalidade de intervenção de terceiro provocada em que o autor, o réu ou ambos, chama a Juízo terceira pessoa como seu garantidor, a fim de resguardá-lo no caso de ser vencido na ação (Evicção). Na denunciação da lide falamos que há uma ampliação, expansão objetiva e subjetiva da lide. Será subjetiva por que vai ter a entrada do terceiro e objetiva, porque vai ampliar o pedido, o objeto da lide (o pedido principal é um, mas se for condenado, quer outro).
Tipo de nomeação em que ambas as partes podem provocar o terceiro, para que ele intervenha em virtude dele ser o garantidor, pode ser em virtude da Lei (ex. o empregador e o empregado, o Estado e os agentes) ou do Contrato (ex. contrato de seguro). Se o autor ou o réu perder a ação, este terceiro vai ressarcir-los. Pois eles podem possuir garantias distintas. Principalmente nos contratos de compra e venda, pois há uma garantia de que a pessoa irá aproveitar, usufruir o bem. Se o terceiro (garantidor) não for ao processo voluntariamente prestar assistência, a parte pode chamá-lo ao processo. 
Aquele que chamar o terceiro, que pode ser autor ou réu, será chamado de: denunciante, chamante, chamador, litisdenunciante. E o terceiro será chamado de: denunciado, chamado, e litisdenunciado.
Características:
É uma ação incidental: incide sobre uma ação já existente.
É uma ação regressiva: existe uma relação de direito material anterior de garantia, regressiva entre o denunciante e o denunciado.
É uma ação eventual: só será necessário discutir se o denunciante perder.
É uma ação antecipada: não há necessidade de entrar com a denunciação, pois se ele perdesse, poderia entrar com uma ação contra o garantidor, mas ele está antecipando a ação.
II. Obrigatoriedade (?) Art. 70
Art. 70. A denunciação da lide é obrigatória:
I. ao alienante, na ação em que terceiro reivindica a coisa, cujo domínio foi transferido à parte, a fim de que esta possa exercer o direito que da evicção lhe resulta;
Cada doutrinador entende de uma forma, pois a denunciação é uma ação incidente (incidental), na eventualidade de perda o Juiz teria que decidir uma ação de regresso (e ninguém pode impedir de entrar com a ação, nem de propor a ação). Se a Lei está dizendo que a denunciação é obrigatória, é como se a Lei estivesse obrigando alguém a propor uma ação. Somente é pacífico na doutrina o inciso I.
III. Casos:
Art. 70: A denunciação da lide é obrigatória:
I. ao alienante, na ação em que terceiro reivindica a coisa, cujo domínio foi transferido à parte, a fim de que esta possa exercer o direito que da evicção lhe resulta;
Evicção: é a perda da coisa, em virtude de uma decisão/sentença judicial (então, se entra com uma ação de evicção). Está errado (erro técnico) no inciso, “terceiro” é o autor, ou réu, e não terceiro. Trata-se de uma ação reivindicatória, (que discute domínio), mas neste artigo pode se discutir posse ou usucapião. 
Seria obrigatório, por uma questão de economia processual, 2 ações dentro de 1 único processo, que embora seja um incidente, só será apreciado caso o que tem a garantia perder. Se ele não denunciar a lide, ele perde a garantia (se não denunciar, perece). Art. 447-448, CC
O Art. 456 CC possui cinco correntes:
1ª Nelson Neri Junior: que fala da denunciação per saltum (denunciação em que pode chamar qualquer um dos alienantes anteriores (pode buscar no Cartório) se daria na ação reivindicatória, pois, só tem o registro em caso de propriedade e não de posse).
2ª Monis de Aragão: denunciação coletiva. Deve chamar todos de uma vez só (litisconsórcio multitudinário), se daria na ação reivindicatória, pois, só tem o registro em caso de propriedade e não de posse).
3ª Flávio Yarshell: é a corrente que está no Código, defende a denunciação sucessiva, Art. 73. Majoritária.
4ª Capixaba – Marcelo Abelha: defende que todos os vendedores anteriores são solidários (solidariedade não se presume, somente é expressa em Lei). É a corrente mais criticada.
5ª Alexandre Câmara: diz que a denunciação tem que ser feita no alienante imediato, não se permitindo nenhum tipo de salto. Afirma que o Art. 456 é uma “conversa furada” – 3ª Corrente
II. ao proprietário ou ao possuidor indireto quando, por força de obrigação ou direito, em casos como o do usufrutuário, do credor pignoratício, do locatário, o réu, citado em nome próprio, exerça a posse direta da coisa demandada; 
Propriedade e possuidor indireto: aquele que dá em usufruto tem que garantir que ele vai usar e tirar os frutos. Não há a obrigatoriedade de denunciação e ele não perde o direito de receber a indenização, então, caso ele perca a ação, ele propõe nova ação contra o “terceiro” para ser ressarcido. Credor pignoratício – quando o devedor pignoratício tem um crédito ele tem que garantir que ela irá usufruir. Locatário. Réu, citado em nome próprio. Nesse inciso, o único que tem a garantia é o réu.
III. àquele que estiver obrigado, pela lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo do que perder a demanda. 
Não estando diante de uma denunciação obrigatória (ela é facultativa). Ela decorre ou de contrato ou de Lei. Ex.: Contrato: seguradora é a garantidora. Lei: Constituição Federal, Art. 37, §6º - responsabilidade do empregador quanto ao empregado (responsabilidade objetiva independe de culpa). Possui duas correntes:
1ª Corrente Restritiva: Min. Sidnei Schances, Nelson Neri Junior, Vicente Greco Filho, Cássio Scarpinela Bueno. Não é possível a denunciação da lide em virtude de estar se trazendo ao processo a responsabilidade subjetiva, que é algo que não interessa ao autor. Isto é, ela não admite quando a responsabilidade da ação principal é objetiva, e a secundária é subjetiva (a ampliativa permite). Cássio entende que: está se trazendo discussão quem não faz parte da ação principal, mas se for discutida responsabilidade subjetiva nos dois casos admite-se. STJ - Sálvio de Figueiredo, Eliana Calmon. 
2ª Corrente ampliativa: Candido Dinamarco, Luiz Forquex, Wiliam Couto, Arruda Alvim, Alexandre Câmara, e Humberto Teodoro Junior – não importa se estará respondendo por uma responsabilidade subjetiva, o que importa e que nós vamos ter economia processual, não levam em consideração a ação do autor. Só que nós não teremos a rapidez desejada (então existem dois princípios, o da economia processual, e o da celeridade. O juiz vai decidir o caso concreto, se vai atrasar ou não). Admite-se a responsabilidade objetiva e subjetiva. STJ – Aldir passarinho, José Deodato.
Art. 280: No procedimento sumário não são admissíveis a ação declaratória incidental e aintervenção de terceiros, salvo a assistência, o recurso de terceiro prejudicado e a intervenção fundada em contrato de seguro.
	Art. 70
	Denunciante(s)
	Denunciado(s)
	I
	AUTOR, RÉU ou ambos
	ALIENANTE
	II
	RÉU (credor pignoratício, usufrutuário, locatário)
	PROPRIETÁRIO ou POSSUIDOR INDIRETO
	III
	RÉU, AUTOR ou ambos
	TERCEIRO - o obrigado a indenização, pela lei ou contrato. Ex.: seguradora, por força de contrato, empregador, ou servidor público, da Lei.
IV. Procedimento (não admite rito sumário, somente ordinário).
Pelo autor. Art. 71 (1ª parte): Na petição inicial o autor irá dizer que possui um garantidor. Antes da citação do réu, suspende o processo e chama. Citação, se for na mesma comarca ele será citado no prazo de 10 dias, e, fora da Comarca, no prazo de 30 dias, pode ser feita Carta Precatória (fora da comarca mas dentro do país), ou Carta Rogatória (fora da Comarca e fora do País); existe também a Carta de Ordem, em que o superior diligencia o órgão inferior. Não é prazo para defesa, é para o autor pagar as custas para a citação do denunciado, para ele dizer se é ou não o garantidor. 
Pelo réu: O réu no prazo de 15 dias (é o mesmo prazo utilizado para Contestar, mas ele não está contestando), informa que quer denunciá-lo, assim, o processo fica suspenso, ele não contestou, apenas denunciou (para a citação é o mesmo para do autor, dentro da comarca 10 dias, e fora da comarca 30 dias).
V. Posição do Denunciado
A. Denunciante autor: O que ele pode fazer?
Aceita a denunciação. Assume que é o garantidor e forma um litisconsórcio com o autor, aditando (acrescentando ou modificando) a petição inicial (por não concordar com a petição inicial, achar estar faltando algo), por isso o processo fica suspenso. Art. 74.
Não aceita a denunciação. Nega a qualidade de garantidor, ele pode assumir que vendeu o bem, mas não garantiu a evicção (por isso, vendeu mais barato do que o preço de mercado). Embora ele negue, o Juiz terá que decidir no final.
Não diz nada, o Juiz julga a causa normalmente, mas no final, caso seja necessário, ele terá que julgar em relação ao garantidor.
Se ele for revel, só pode alegar matéria de ordem pública é aquela que se conhecida invalida o negócio (pressupostos da ação, elementos da ação...).
Após, o réu será citado e o processo correrá normalmente.
B. Denunciante réu: O que ele pode fazer?
Aceitar a denunciação. Assume que é o garantidor e forma um litisconsórcio com o réu (passivo). Art. 71 (2ª Parte).
Recusar a denunciação. O processo vai prosseguir entre o autor e o réu, se o réu perder, o Juiz resolverá a ação entre eles (ele pode entrar no processo a hora que quiser e pode alegar matéria de ordem pública).
Pode não dizer nada.
Se ele contestar, ocorre a Preclusão.
Princípio da autonomia dos co-litigantes.
ART. 75, II – revogado pelo – 456, § ÚNICO, CC (Parágrafo único - Não atendendo o alienante à denunciação da lide, e sendo manifesta a procedência da evicção, pode o adquirente deixar de oferecer contestação, ou usar de recursos)
VI. Denunciação sucessiva (Art. 73)
Sempre chamar o alienante imediato e ele por sua vez vai chamando os outros garantidores. Estamos na fase postulatória (fase inicial). 
VII. Sentença
Após passadas todas as fases, vamos para a fase da Sentença. Dependendo do caso o juiz não precisa julgar a denunciação, se for a favor do denunciante (autor). 
O Juiz julga a relação principal:
Julgou procedente o pedido do autor: a denunciação está prejudicada.
Julgou improcedente o pedido do autor: o juiz tem que julgar a denunciação da lide.
Pode julgar procedente a denunciação (condena o garantidor a restituir). Natureza Jurídica Condenatória (pois, condena o garantidor a reembolsar o prejuízo).
Pode julgar improcedente a denunciação. Natureza Jurídica Declaratória (diz que o denunciante não tem o direito, sempre que o Juiz julga improcedente o pedido é declaratória).
Dependendo do caso o juiz não precisa julgar a denunciação, se for a favor do denunciante (réu).
O juiz julga a relação principal:
Julgou improcedente o pedido do autor: o réu ganhou a ação. Não há necessidade de julgar a denunciação. Denunciação Prejudicada.
Julgou procedente o pedido do autor: o réu perdeu, e ele que possui a garantia. Tem que julgar a denunciação:
Pode julgar procedente a denunciação. Natureza jurídica condenatória.
Pode julgar improcedente a denunciação. Natureza jurídica declaratória.
O juiz pode, no caso do autor ou réu, julgar procedente, em parte, o pedido, com isso será julgada a denunciação, na parte em que o denunciante perdeu.
O STJ que na execução se houvesse o cruzamento do autor com o denunciado, o autor proporia diretamente a fase executiva contra o denunciado, quando o denunciante (réu) não possuísse a condição de pagar. Mas, ultimamente o STJ tem dito que o Juiz não erra quando condena diretamente o denunciado na sentença, quando o denunciante não possui condições. Para que não haja a necessidade do processo de execução, e para que o denunciado não possa dizer que não vai reembolsar, por que o réu (denunciante) não pagou.
DO CHAMAMENTO AO PROCESSO
I. Conceito
O que vai diferenciar este da denunciação é a solidariedade. Que será encontrada no chamamento ao processo, na denunciação, é o direito de regresso sem solidariedade, e no chamamento é com solidariedade. O autor é quem escolhe se quer litigar com um, alguns ou todos. Mas o Processo Civil diz que o réu pode chamar os outros devedores, se quiser.
É uma modalidade de intervenção de terceiros, provocada ou coacta em que o réu citado como devedor chama ao processo o devedor principal, ou os co-responsáveis, ou co-obrigados solidários, para virem responder por suas respectivas obrigações/cotas.
II. Finalidade
Economia processual e proporcionar ampliação do campo de defesa de todos os réus (dos devedores terem que pagar, cada um, uma porcentagem menor e terem a oportunidade de alegar o que realmente aconteceu, por exemplo: se o autor estava devendo a eles, se a dívida já está prescrita, se já foram perdoados).
III. Casos
Art. 77 CPC: 	É admissível o chamamento ao processo:
I. do devedor, na ação em que o fiador for réu;
II. dos outros fiadores, quando para a ação for citado apenas um deles;
III. de todos os devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns deles, parcial ou totalmente, a dívida comum.
Obs: O devedor não pode chamar o fiador, pois a dívida não é deste, é apenas garantidor.
IV. Procedimento (Art. 78-79)
É proposta a ação, é enviada a citação, o réu possui 15 dias para resposta (pois é rito ordinário), mas neste prazo ele (chamante) chama ao processo, os terceiros (chamados), assim o processo fica suspenso, até a citação dos terceiros (mesma comarca 10 dias, fora da comarca, 30 dias), o prazo para contestar será contado em dobro se eles tiverem advogados distintos (30 dias, se não for o mesmo advogado 15 dias).
V. Sentença (Art. 80)
O Juiz irá condenar alguém a pagar o valor total e dará um título executivo para este ser reembolsado.
DA FORMAÇÃO, DA SUSPENSÃO E DA EXTINÇÃO DO PROCESSO
I. Conceito de Instância
Foi muito usada para designar uma relação jurídica processual, é como se fosse um grau de jurisdição, ou pedido urgente que não é o que nos interessa. A nós interessa, pois, esta palavra é sinônima de relação jurídica processual, processo, litígio, lide, causa. Como se dá início a relação jurídica processual? Quando houver uma provocação. No Art. 263 do CPC, diz que considera-se proposta a ação quando protocolada ou quando há o despacho do Juiz, ou simplesmente a distribuição (quando houver apenas uma Vara). É ai que entra o principio da demanda e do impulso oficial (Art. 262).
II. Formação do processo
Princípio da demanda (como ele se inicia): o Estado só se manifestará quando houver uma provocação, um acionamento. Assim, esta relação não terá necessidade deninguém dizer ao juiz o que ele tem fazer, ele deve saber o que fazer.
Princípio do impulso oficial (como ele se desenvolve): a máquina judiciária se movimenta por si só, não há necessidade de que ninguém diga o que deve ser feito. Mas, necessita da manifestação, colaboração das partes. 
III. Citação: quando o Juiz percebe que a petição inicial possui todos os requisitos ele determina a citação do réu, antes da citação possuía uma relação jurídica linear e após a citação passa a ser uma relação jurídica processual trilateral, triangular. E quando ele extingue a relação sem a citação, por falta de requisitos ele extingue o processo sem resolução do mérito, também pode ser com resolução caso ele já tenha julgado o mesmo caso várias vezes (cabe recurso). É o ato pelo qual se dá conhecimento ao réu de que contra ele possui uma ação e, se ele quiser, apresente uma resposta, não só se defender, pois ele pode reconvir (contra-atacando). Art. 213, 214 (citação válida). Princípio do contraditório é a oportunidade do réu de se defender.
Efeitos (Art. 219 e 264):
a. Efeito de Ordem processual: quando o instituto estiver previsto no código de processo civil.
Torna Prevento o Juízo: Competência. Aquele juiz que proceder a citação do réu será o competente para julgar a causa (em se tratando de comarcas distintas, pois ela ocorre com a citação da primeira comarca, mas se for em mesma comarca, é aquele Juiz que despachar em primeiro lugar a causa; caso tenha sido despachado no mesmo dia olha-se o dia do protocolo da petição inicial.
Litispendência: Pendência de uma lide com os mesmos elementos da ação (parte, causa de pedir e pedido). Esta segunda lide será extinta sem resolução do mérito por falta de requisitos.
Torna litigiosa a coisa: É dizer que a coisa está diante do judiciário.
Inalterabilidade da causa de pedir e do pedido (Art. 264): pois o réu já teve conhecimento, já constitui advogado, entre outros. A princípio é proibido o autor alterar, mas se o réu concordar, consentir com a mudança, nova oportunidade será dada ao réu de apresentar nova defesa. Depois do saneamento nunca poderá ocorrer a mudança.
Imutabilidade das partes: Perpetuacio legitimaciones. Exceto nos casos de alienação ou cessão de bens, morte, falência; sucessão processual e intervenção de terceiros (salvo a assistência, pois, ele continua sendo terceiro).
b. Efeito de Ordem material: quando instituto está previsto no Código Civil.
Constitui o devedor em Mora: Mora é a demora de uma obrigação, é o inadimplemento do devedor (ele estará em mora, após a informação extrajudicial do credor, ou citação).
Interrompe a Prescrição: é a perda do direito de ação. E decadência é a perda do próprio direito, deixou o tempo passar. Só se interrompe a prescrição uma única vez. É uma preliminar do mérito.
Carta precatória: Diligência dirigida para local dentro do país.
Carta rogatória: Diligência dirigida para local fora do país.
Carta de ordem: Diligência dirigida para instância inferior.
IV. Desenvolvimento normal do processo (Rito ordinário)
Petição inicial (Art. 282 e 283).
Despacho inicial, liminar ou preliminar (não tem nada haver com a liminar pedida pelo autor, tem haver com aquilo que vem de inicio, o que vem de primeiro), este despacho determina a citação.
Citação (prazo de 15 dias para resposta) pode ser real, ficta, não importa desde que seja válida.
Resposta do Réu (Contestação, Exceção de competência, Reconvenção, Impugnação do valor da causa). Resposta do réu, para que seja o desenvolvimento do normal do processo ele deve apresentar uma resposta, aqui que ele deve alegar prescrição.
Até aqui, fase postulatória (é a fase do requerimento da produção de provas).
Início da fase saneadora ou ordinatória (onde o juiz coloca em ordem o processo, tirar as impurezas, limpar).
Audiência preliminar (pode haver o acordo, uma auto-composição, ou o autor renunciar o direito, ou o réu assumir, se houver acaba o processo com julgamento de mérito). Caso não haja o acordo, o juiz fixa o ponto controvertido (o que o autor disse, e o que o réu contradisse, caso o réu não conteste todos os fatos, é tido como verdadeiro e este é o ponto incontroverso) somente o ponto controvertido será discutido, somente o que foi contestado, e designará uma audiência para coleta das provas orais (em que o juiz defere as provas pedidas pelas partes, perícia, testemunha e etc. e as provas documentais já devem estar no processo.
Fase de produção de provas orais: Audiência de Instrução e Julgamento, onde as partes vão produzir as provas orais, pois todas as outras já estão nos autos (depoimento pessoal do autor, réu, testemunhas, perícia). Alegações finais ou memoriais (último momento para falar com o Juiz, para tentar convencer o Juiz em 15 minutos, o problema é que os advogados não sabem argumentar. Últimas alegações são feitas em audiência), porém o juiz pode, se quiser, por memoriais, que são na forma escrita, se isto acontece ele não dará a sentença em audiência. 
Fase da Sentença de mérito (pode ser logo após a audiência, quando por alegações finais, ou após algum prazo, quando por memorial), é conhecida como sentença definitiva. Antes iria finalizar o processo e caso não houvesse o cumprimento da sentença, o autor tinha que entrar com outro processo de execução, mas agora dá fim a fase do conhecimento do processo e não do processo, caso não haja o cumprimento vai para a fase executória, no mesmo processo, mesmos autos.
PI ( Citação do Réu ( Resposta do Réu ( Audiência Preliminar ( Audiência de Instrução e Julgamento ( Sentença definitiva.
					(SANEAMENTO)		(COLETA DE PROVAS ORAIS)
V. Desenvolvimento anormal do processo
Alguma coisa do desenvolvimento normal, não acontece, até que o juiz tenha que decidir com uma sentença terminativa, sem mérito. O processo teve uma crise que levou a extinção sem resolução do mérito, esta crise é uma crise definitiva. Pode ser também uma crise passageira, temporária, mas ela passa e não extingue o processo. Mas no código não fala em crise, somente na parte de suspensão, entre outros.
DAS CRISES DO PROCEDIMENTO
I. Conceito
“Crises do procedimento são um modo de ser anormal do procedimento, em virtude do qual se detém o seu curso temporária, ou definitivamente” (Carnelute). “Acontecimentos anormais do processo”.
À crise temporária, damos o nome de suspensão do processo, e à crise definitiva é aquela que leva a extinção sem resolução do mérito.
II. Classificação
Objetiva: está relacionada ao objeto da ação, do pedido mediato (ex.: na compra de um cavalo o credor não o entrega e, após proposta a ação contra o dono do cavalo, este morre, ficando sem objeto, assim o juiz transforma o pedido em perdas e danos).
Subjetiva: está relacionada aos sujeitos, o réu, o autor (sujeitos parciais) e o Juiz (sujeito imparcial). Se o direito for transmissível a ação continua, mas é paralisado temporariamente; se não for transmissível o processo é extinto (ex.: José esta litigando com João e está cobrando 100 reais de João, José morreu. O processo não é extinto, pois o espólio (quem representa é o inventariante) entra no lugar dele, e não os herdeiros, então o processo fica paralisado até sanar a crise. Ocorre uma sucessão involuntária; mas quando se tratar, por exemplo, da paternidade, identidade, filiação, não será chamado o espólio, o processo será paralisado e todos os herdeiros deverão ser chamados ao processo). O mesmo ocorre com empresas, em que a massa falida substitui a empresa. Da mesma forma ocorre com o Juiz, que será substituído no caso de morte. O sujeito só pode perder a capacidade de ser parte, com a morte; e ele perde a capacidade processual, quando é interditado; e o advogado pode perder a capacidade postulatória, caso passe em um concurso que não possa advogar ou também se for excluído da OAB.
Atividade processual: crise relacionada à paralisação do processo para a prática de algum ato. Ex.: um indivíduo teve o filho morto e pede

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