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STATUS FAMILIAE
Status libertatis – livre/escravo/ingênuo/liberto.
Status civitatis – cidadão romano/latino (veteres/coloniarii/junianos) /peregrino (ordinário/dediticios).
Status familiae – sui iuris/alieni iuris.
Gens (descendentes de um antepassado comum lendário do qual recebiam o nome gentílico que os unia.
Familia proprio iure: conjunto de pessoas que se encontram sob o pátrio poder de um pater famílias.
Familia natural (família em sentido estrito): constituída pelo casamento; grupo de pessoas formado pelo marido, esposa e filhos (família moderna).
Familia cognaticia (em sentido estrito): ligados pelo parentesco consangüíneo.
Familia proprio iure
Patria potestas (complexo de poderes que tem o pater famílias sobre seus filii famílias)
Pater famílias: tem o pátrio poder; chefia vitalícia absoluta (direito de vida, exposição e morte sobre os filius famílias); domínio sobre o patrimônio e bens adquiridos pelos filhos e não tem, na linha masculina, ascendente vivo.
Pessoas sui iuris: pessoa independente de direito: pater familias
Pessoas alieni iuris: pessoa dependente; submetidas ao pátrio poder pelo ius civile (mulher, filhos, filhas, netos, netas, bisnetos, bisnetas, noras).
Patria potestas: evolução e tendencias:
- Esgarçamento do poder do pater familias
- Substituição do parentesco agnatício pelo parentesco consanguíneo 
Ingresso na patria potestas:
1. Criança nascida de justae nuptiae.
2. Manus maritalis a mulher submete-se a manus do pater ou do pater famílias do marido através da conventio in manum (confarreatio; coemptio; usus). O ato jurídico produz efeitos sobre a condição jurídica da mulher (in loco filiae) e sobre os bens desta, que se tornava agnata da família do pater.
Conventio in manum: confarreatio, coemptio e usus.
Efeitos da conventio in manum:
a) A mulher ingressa na família do pater como filha.
b) A mulher sofre uma capitis deminutio minima: se é sui iuris passa a ser alieni iuris; se é alieni iuris permanece nesta condição. 
c) O pater famílias passa ter todos os poderes sobre a sua mulher (ou do seu filho).
d) Os bens da mulher sui iuris passam a integrar o patrimônio da nova família (da qual é agnata).
e) A mulher alieni iuris não tem patrimônio, não transmite bens (dote).
f) Sucessão universal inter vivos.
Extinção da manus:
a) Remancipatio: mancipatio pro forma (coemptio e usus).
b) Disfarreatio
c) Morte do marido (pater familias; sui iuris) ou da mulher: extinguia o casamento e a manus.
* Caso o marido fosse alieni iuris rompia-se o matrimonio pela morte, mas não a manus.
* Capitis deminutio máxima ou média do marido (alieni iuris) ou da mulher (se o marido é alieni iuris a mulher continuava sob a manus do pater familias deste).
* Capitis deminutio maxima por captura do marido (sui iuris) dissolvia o casamento, mas a manus ficava em suspenso readquirindo o marido se conseguisse escapar e retornar (pelo postliminium).
3. Adoptio ( alieni iuris) ou adrogatio (adoção de pater famílias): ato jurídico através do qual o alieni iuris ou o sui iuris ingressa na família do adotante.
4. Legitimação (ato jurídico mediante o qual os filhos nascidos de concubinato são legitimados).
Extinção da patria potestas:
a) Morte do pater famílias.
b) Capitis deminutio máxima ou média do pater familias
c) Indignidade do pater famílias: quando pater expõe seus filhos, abandona a filha à prostituição ou contrai casamento incestuoso.
d) Ingresso do filho a dignidade de Flamen Dialis (sacerdote de Jupiter) ou vestal, bispo, cônsul etc.(Justiniano).
e) Emancipação: ato jurídico através do qual o pater famílias liberta o filius famílias ou filia famílias do pátrio poder.
Exemplo de parentesco agnatício:
Publio Cornelio Cipião e Cornelia eram irmãos, filhos de cipião, o africano; ambos se casaram e tiveram descendencia. Os filhos de publio cornelio eram agnatos do avô, cipião; já os filhos de cornelia eram apenas cognatos dele porque entre tiberio e caio graco (filhos de cornelia) e cipião, o africano havia uma mulher –cornelia – que não transmitia o parentesco agnaticio. 
TUTELA E CURATELA
Evolução do conceito de tutela e curatela no Direito romano:
a) Direito pré-clássico: potestas sobre o homem livre incapacitado de fato. Objetiva proteger não o incapaz, mas seus futuros herdeiros agnatos próximos ou gentiles mais chegados.
b) Lei das XII Tábuas: concede ao pater familias o direito de designar por testamento tutor que não fosse herdeiro do incapaz (tutela e curatela eram institutos do direito privado, sem interferência do direito publico).
c) A tutela e a curatela se caracterizam como munus publico e visa proteger o próprio incapaz (“A tutela é a força e o poder sobre o homem livre, dados e permitidos pelo direito civil, para proteger quem , por causa da idade, não se pode defender por si mesmo”. Servio).
* A tutela e a curatela no direito moderno têm como finalidade proteger o incapacitado de fato. Trata-se de um encargo público. 
Diferença entre tutela e curatela no Direito romano 
 - A tutela se aplicava aos incapacitados por fato normal: idade (impúberes) e sexo (mulheres).
 - A curatela se aplicava a incapaz por causa anormal: doenças mentais (furiosos, dementes) e prodigalidade (pródigos). No pós-clássico surge a curatela dos púberes menores de 25 anos (causa normal).
* Curator ventris: visava assegurar os direitos dos nasciturus.
Tipos de tutela
a) Tutela testamentária;
b) Tutela legítima;
c) tutela honorária, dativa designada pelo pretor e a maioria dos tribunos da plebe, pelos governadores das províncias, através de proposta do magistrado municipal, cônsules, praetor tutelaris, praefectus urbi, defensores civitatis. 
Quem podia ser tutor?
a) homem livre;
b) cidadão romano;
c) pater famílias;
d) púberes;
e) pessoa idônea;
f) filius famílias
g) mãe e avó.
Impedimentos
 - Loucos; surdo-mudo; cego; menor de 25 anos; soldado; bispo; monge; inimigo capital do pai do incapaz; credor ou devedor do incapaz; aquele que se oferece espontaneamente para ser tutor.
Excusationes 
 - Idade superior a 70 anos; ter mais de três filhos; ser magistrado; veterano do exército, gramático, retórico, sacerdote ou médico.
Administração da tutela: o tutor administrava os bens do tutelado colocando-se no lugar do tutelado (negotiorum gestio) absolutamente incapaz ou completando a vontade do tutelado (auctoritatis interpositio) relativamente incapaz.
Obrigações
 - inventário dos bens do tutelado; 
 - prestação de contas;
 - ações contra o tutor (accusatio suspecti tutoris) para afastá-lo da função; actio tutelae em favor do tutelado e em favor do tutor (após o exercício da função).

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