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Impostos em espécie 2º semestre

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IMPOSTOS EM ESPÉCIE
IMPOSTO DE RENDA
Competência e sujeito ativo:
 	
 	A Constituição da República contempla o Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza. Dispõe o art. 153 da CF que a instituição do IR é de competência da União:
Art. 153. Compete à União instituir imposto sobre: (...)
III – renda e proventos de qualquer natureza.
 	O imposto de renda é de competência da União, devendo ser utilizado como meio hábil a promover a adequada distribuição de renda. É a principal fonte de receita tributária da União, quanto aos impostos, possuindo nítida função fiscal.
Art. 145 (...)
§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. (...)
 	O referido artigo nos da uma base sobre como o IR pode ser cobrado, tendo em vista citar o princípio da capacidade do contribuinte, estipulando que se deve levar em conta o patrimônio, rendimentos e atividades econômicas (Base para fruição de riqueza ou facetas de riquezas, nos dando a entender que renda e proventos levam em consideração estes fatos).
→ Sujeito passivo:
 	O contribuinte do Imposto sobre a renda é a pessoa física ou jurídica, titular de renda ou provento de qualquer natureza. A lei pode atribuir à fonte pagadora da renda a responsabilidade pela retenção e recolhimento do IR, figurando o empregado como contribuinte, e o empregador, como responsável. Por conveniência administrativa e sempre por meio de lei, visando à praticabilidade da arrecadação, a fonte pagadora pode ficar no polo passivo da relação jurídica na situação de responsável pelo recolhimento do tributo.
Obs.: No caso de omissão de retenção do IRRF, a fonte pagadora irá arcar com a multa pelo não cumprimento da obrigação, enquanto deve ser cobrado o imposto não recolhido da pessoa física, contribuinte do imposto.
 	O imposto tem como hipótese de sua incidência o acréscimo patrimonial, em razão da aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica da renda decorrente do capital, do trabalho ou da combinação de ambos, além de proventos de qualquer natureza.
→ Princípios gerais que norteiam o Imposto de Renda:
Estrita legalidade: 
 	O art. 5º, II, da Constituição Federal declara que “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude de lei”. Fundamental garantia deferida aos cidadãos significa que o Estado somente pode modular o comportamento destes mediante o instrumento denominado lei. Em outras palavras, para impor -se um comportamento aos particulares, bem como para vedar -lhes uma conduta, é imprescindível o instrumento legislativo.
Isonomia, em suas subdivisões da Capacidade contributiva e Vedação ao confisco:
 	A Constituição da República preceitua, em seu art. 5º, caput, que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, e, em seu inciso I, que homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos nela previstos.
 	O princípio da capacidade contributiva encontra -se positivado no art. 145, § 1º, CF, segundo o qual “sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados consoante a capacidade econômica do contribuinte, ou seja, aptidão, da pessoa colocada na posição de destinatário legal tributário, para suportar a carga tributária, numa obrigação cujo objeto é o pagamento de imposto, sem o perecimento da riqueza lastreadora da tributação. 
 	O confisco é a absorção total ou substancial da propriedade privada, pelo Poder Público, sem a correspondente indenização. Em nosso ordenamento jurídico, diante da grande proteção conferida ao direito de propriedade, o confisco é, portanto, medida de caráter sancionatório, sendo admitida apenas excepcionalmente.
Irretroatividade da lei:
 	A noção de irretroatividade da lei repousa em norma expressa, hospedada no art. 5º, XXXVI, CF, que estatui que “a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada”. No âmbito tributário, a norma correspondente vem abrigada no art. 150, III, a, CF, segundo a qual é vedado às pessoas políticas cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado.
Anterioridade Clássica:
 	A lei tributária que institua tributo, revoga benefício ou majora a tributação, deve respeitar obrigatoriamente o decurso do prazo do exercício financeiro. Em outras palavras, a lei tributária deve gerar os seus efeitos apenas a partir do primeiro dia do exercício financeiro seguinte. Quer dizer que, uma lei tributária qualquer publicada no meio do exercício (por exemplo, no dia 3 de março de 2007), instituindo um determinado tributo (ou aumentando sua base de cálculo, aumentando sua alíquota, instituindo um novo sujeito passivo, revogando uma isenção, entre outra forma de majoração), somente passará a produzir os seus efeitos a partir do primeiro dia do exercício seguinte (em 1º de janeiro de 2008, no caso do exemplo).
Uniformidade Geográfica:
 	A norma reforça a diretriz maior da isonomia, sobre a qual repousa a Federação, que consiste na forma de Estado traduzida na autonomia recíproca entre União, Estados membros e, no Brasil, também Municípios, isto porque, salienta que a União não pode tratar de forma diferente contribuintes de Estados diferentes. Dessa forma, a União deve tratar todos da mesma maneira, excetos em situações especifica
Obs: O Princípio da não discriminação não se aplica ao IR, tendo em vista visar os Estados e Municípios, e o IR além de ser de competência da União, visa o contribuinte em si e não os entes federativos.
→ Princípios específicos do Imposto de Renda:
Art. 153. (...) CF
§ 2º O imposto previsto no inciso III (IR):
I - será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da progressividade, na forma da lei;
	Os critérios orientadores da imposição fiscal em foco também merecem ser abordados, devendo salientar -se que constituem desdobramentos da ideia de isonomia: generalidade, universalidade e progressividade.
Generalidade: Significa que todos que auferirem renda e proventos de qualquer natureza são contribuintes do imposto, sem discriminações injustificadas, sendo excepcionada pelas imunidades e isenções. Dessa forma, todas pessoas devem pagar o IR.
Universalidade: Impõe que todas as modalidades de renda ou proventos, seja qual for sua origem – o capital, o trabalho ou a combinação de ambos – submetam -se ao gravame, ou seja, o IR não pode ser seletivo em função da natureza do rendimento auferido. Deve-se levar em conta o Universo do patrimônio da pessoa física ou jurídica, onde quer que ele esteja (Exterior ou em Território Nacional).
Progressividade: Implica seja a tributação mais do que proporcional à riqueza de cada um (um imposto é progressivo quando a alíquota se eleva à medida que aumenta a base de cálculo). Desse modo, esse principio aduz que quanto mais ganhar o contribuinte, maior será a tributação.
→ Imunidades do IR: 
Art. 150 - Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (...) CF
VI – instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros (Imunidade Recíproca dos entes);
b) templos de qualquer culto;
c) Patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações; das entidades sindicais dos trabalhadores; e das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei. (...)
Obs.: Livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão, videograma e fonogramas, NÃO SÃO IMUNES AO IR, pois este imposto visa a PESSOA, logo, somente lhe toca imunidades relacionadas à pessoa física ou jurídica.
→ Impostode Renda em si:
 	O Código Tributário Nacional cuida do Imposto sobre a Renda em seus arts. 43 a 45.
Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica:
I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos;
II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior.
§ 1o A incidência do imposto independe da denominação da receita ou do rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção. 
§ 2o Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei estabelecerá as condições e o momento em que se dará sua disponibilidade, para fins de incidência do imposto referido neste artigo.
Obs.: Quando o valor tributário esteja expresso em moeda estrangeira, no lançamento far-se-á sua conversão em moeda nacional ao câmbio do dia da ocorrência do fato gerador da obrigação.
Análise do artigo 43 do CTN:
I - de renda:
 	Renda é o aumento de riqueza obtido num dado período de tempo, deduzidos os gastos necessários à sua aquisição e manutenção. A renda constitui acréscimo patrimonial, que não se confunde com o patrimônio de onde deriva – o capital, o trabalho ou a combinação de ambos.
 	Distingue –se de rendimento, que corresponde a qualquer ganho, isoladamente considerado, remuneração dos fatores patrimoniais (capital e trabalho), independentemente da ideia de período.
Renda: Renda é o acréscimo patrimonial, produto do capital, do trabalho ou combinação de ambos. (Salário, pró-labore, participação nos lucros, e etc). A renda tributável é sempre renda líquida ou lucro, isto é, o resultado de uma série de deduções e abatimentos feitos sobre os rendimentos brutos.
Obs.: Patrimônio parado, estático, igual, não é renda, logo, não incide o IR, pois, como expressado no caput, deve haver um acréscimo patrimonial. Este acréscimo deve levar em conta a capacidade do contribuinte e a progressividade, fazendo com que a tributação tenha um caráter individual e diferenciado.
 	A renda é considerada de 2 formas:
Possibilidade/Condição Jurídica: Ter juridicamente o bem, ou seja, tem o direito do valor e a quantidade.
Possibilidade/Condição Econômica: Tem o valor econômico, porém, não possui a quantidade exata.
- Ambas as formas são passíveis de incidir o IR, indistintamente, ou seja, não importa se a renda é de possibilidade jurídica ou econômica, ela será tributada.
II - de proventos de qualquer natureza:
 	Sãos assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior, ou seja, é tudo o que não é renda, quando se obtém valores econômicos sem ter trabalho para determinada finalidade naquele referido mês. Também gera um acréscimo patrimonial
Exemplos: Aposentados, pensionistas, recebimento de PIS, prêmio de loteria (concurso de prognóstico).
III – Independência da incidência do imposto. 
§ 1o A incidência do imposto independe da denominação da receita ou do rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção.
 	O §1º do artigo 43 aduz que o IR incide da mesma forma, independente se é renda ou provento. Se o patrimônio está no Brasil ou não, se é renda de condição jurídica ou econômica, e independente da nacionalidade do indivíduo, são considerações irrelevantes para a aplicação do IR, bastando apenas que o contribuinte tenha residência no Brasil para ser tributado.
IV – Receita ou rendimento oriundo do exterior 
§ 2o Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei estabelecerá as condições e o momento em que se dará sua disponibilidade, para fins de incidência do imposto referido neste artigo.
 	Se receber valores do exterior, a lei estabelece as condições e o momento da incidência do IR.
→ Exemplos de renda: 
Comprar um caminhão para prestar serviços: inversão de capital 
Trabalhar como motorista de caminhão empregado: trabalho 
Comprar um caminhão para prestar serviços e dirigir o veículo 
Combinação de inversão de capital e trabalho.
→ Base de cálculo do IR: 
 	A base de cálculo, em consonância com o art. 44, CTN, possuí 3 espécies: Real, arbitrada e presumida.
Art. 44. A base de cálculo do imposto é o montante, real, arbitrado ou presumido, da renda ou dos proventos tributáveis.
Real: É a que tem por base a efetividade do patrimônio, daquilo que o sujeito passivo lucrou. 
Presumido: É aquele onde se presume o quanto a pessoa lucrou, o sujeito passivo lança uma estimativa, e com base nessa o IR é calculado. 
Arbitrada: Quando na fiscalização há constatação de que o lançamento foi fraudulento. A partir deste momento o fisco solicita informações ao devedor, para que possibilite a realização da base de cálculo REAL. Na omissão no fornecimento destes dados, o fiscal pode realizar a base de cálculo arbitrada, ou seja, o próprio fiscal arbitra o valor que será a base do IR.
 	Na hora do lançamento do IR, o sujeito passivo tem a liberdade de escolher entre a base de cálculo real ou presumida. Na fiscalização, o fiscal pode optar por aceitar a base de cálculo fornecida, ou substituir está por uma nova base real ou arbitrada.
 	Quando o fiscal discorda da base de cálculo fornecida pelo sujeito passivo e realiza uma nova conta para auferir a nova base de cálculo (Real ou Arbitrada), ele está realizando um lançamento de ofício para substituir o lançamento por homologação.
Art. 45. Contribuinte do imposto é o titular da disponibilidade a que se refere o artigo 43, sem prejuízo de atribuir a lei essa condição ao possuidor, a qualquer título, dos bens produtores de renda ou dos proventos tributáveis.
Parágrafo único. A lei pode atribuir à fonte pagadora da renda ou dos proventos tributáveis a condição de responsável pelo imposto cuja retenção e recolhimento lhe caibam.
 	A segunda parte deste artigo fala dos casos em que há tentativa de fraudar o Fisco (Empresas ou Sócios Laranjas) onde nestas hipóteses o contribuinte é o laranja, mas verificando essa condição, pode o fisco ir atrás do verdadeiro dono do objeto e atribuir a condição de contribuinte a este sujeito.
Art. 45. Contribuinte do imposto é o titular da disponibilidade a que se refere o artigo 43, sem prejuízo de atribuir a lei essa condição ao possuidor, a qualquer título, dos bens produtores de renda ou dos proventos tributáveis.
Parágrafo único. A lei pode atribuir à fonte pagadora da renda ou dos proventos tributáveis a condição de responsável pelo imposto cuja retenção e recolhimento lhe caibam.
 	Em suma, o parágrafo único aduz que responsável é aquele que possibilitou a prática do fato gerador pelo contribuinte. Aquele que se beneficiou indiretamente com a prática do fato gerador
→ Critérios do Fato Gerador: 
 	Os fatos geradores estão previstos no art. 43 do CTN,
Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica:
I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos;
II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior.
 § 1o A incidência do imposto independe da denominação da receita ou do rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção. 
§ 2o Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei estabelecerá as condições e o momento em que se dará sua disponibilidade, para fins de incidência do imposto referido neste artigo. 
Quanto ao aspecto espacial, este é o território nacional, ainda que seja possível a tributação de renda obtida no exterior, respeitados os acordos que visam evitar a bitributação, em função do mesmo critério da universalidade.
Quanto ao aspecto material, avalia-se o verbo descrito na lei.O aspecto temporal desse imposto, por sua vez, enseja importante observação. Como a conduta de auferir renda e proventos de qualquer natureza é aferida à vista de determinado lapso de tempo, o aspecto temporal há de ser fixado no encerramento desse período-base. Assim, o marco temporal do nascimento da obrigação correspondente é 31 de dezembro de cada exercício.
Quanto ao aspecto pessoal, temos como sujeito ativo a União, e o sujeito passivo direto, ou contribuinte, pode ser pessoa física ou jurídica (como são pessoas de configuração bastante distinta, o regime jurídico do imposto relativo a cada uma é substancialmente, havendo figuras relevantes de responsabilidade, como é o caso da fonte pagadora de rendimentos, que atua como retentora do imposto).
Quanto ao aspecto quantitativo, o art. 44 prescreve que “a base de cálculo do imposto é o montante, real, arbitrado ou presumido, da renda ou dos proventos tributáveis”. Esse aspecto será melhor desenvolvido nos tópicos subsequentes.
 Análise concisa:
Critério Material: AUFERIR RENDA
Critério Temporal: O ANO
Critério Espacial: TERRITÓRIO NACIONAL PARA VERIFICAR SE A PESSOA TEM CONEXÃO NO BRASIL, E A PARTIR DESTA PREMISSA LEVA-SE EM CONSIDERAÇÃO O PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE DOS BENS. 
Critério Pessoal: O CONTRIBUINTE DO IMPOSTO TITULAR DA DISPONIBILIDADE A QUE SE REFERE O FATO GERADOR OU O RESPONSÁVEL PELO IMPOSTO CUJA RETENÇÃO RECAIA.
Critério Quantitativo: 
BASE DE CÁLCULO: REAL, PRESUMIDA OU ARBITRADA.
ALÍQUOTA: DEVE LEVAR EM CONSIDERAÇÃO SE O IR IRÁ INCIDIR SOBRE PATRIMÔNIO DE PESSOA FISICA OU JURIDICA (Os índices variam de acordo com a pessoa, devendo ser auferidos de acordo com a tabela abaixo). 
→ Imposto sobre a Renda de Pessoa Física – IRPF
	O Imposto sobre a Renda de Pessoa Física rege -se pelo sistema de bases correntes, segundo o qual se impõe recolhimentos mensais do tributo, ou seja, a cada mês, o contribuinte, auferindo rendimentos, deve pagar o imposto relativo a esse mês. O sistema em questão visa o empate entre as retenções mensais na fonte e os recolhimentos mensais de imposto, sem prejuízo da declaração de ajuste anual.
 	Esse sistema, portanto, trabalha com duas ferramentas: a antecipação do imposto, traduzida em recolhimentos mensais, e a declaração de ajuste anual. Desse modo, subtraindo -se do imposto devido o imposto recolhido em antecipação, calculado à vista da renda auferida mensalmente, abrem -se as seguintes hipóteses: se restar saldo positivo, ainda há imposto a pagar; se o saldo for negativo, o contribuinte faz jus à restituição da quantia correspondente.
 	Na apuração do IR da pessoa física existe a possibilidade de abatimento de determinados custos necessários do indivíduo. Dentre as deduções legalmente previstas estão o pagamento de pensão alimentícia; as despesas com instrução do contribuinte e dependentes; as despesas médicas; e as contribuições com previdência oficial e privada, educação, dependentes até 24 anos ou aposentados e idosos, e saúde. 
Obs.: Esta possibilidade não é tão abrangente quanto à da PJ (A empresa individual não é considerada PJ para cálculos de IR).
 	É importante frisar que o abatimento da saúde abrange somente R$2.500,00 por ano, de modo que, ultrapassando tal montante, o valor remanescente não é abatido. Tal questão vendo sendo objeto de mandados de seguranças e até mesmo de ação civil pública, tendo grande incidência nos tribunais federais. 
 	Ainda vale lembrar que o aluguel para aqueles que não possuem casa própria também é tema de grande discussão perante os Tribunais Superiores. 
 	Estas discussões sobre abatimentos no IR de PF são possíveis graças aos Direitos Humanos, pois, com base em nossa Constituição Federal todo indivíduo tem que ter direito ao mínimo existencial, não podendo os tributos invadiram sua ceara de subsistência.
 	Os rendimentos são classificáveis em tributáveis, não tributáveis, e tributáveis exclusivamente na fonte:
Rendimentos tributáveis: A regra do Imposto de Renda 2016 determina que estão obrigados a declarar, entre outras situações, todos os contribuintes que  tiveram rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte acima de R$ 40 mil em 2015.
Rendimentos não tributáveis: Os rendimentos não tributáveis são os ingressos que não integram o conceito de renda, e podem ser:
Rendimentos isentos, tais como diárias de empregado que reside em um local e vai trabalhar em outro, e ajuda de custo, porquanto tais verbas visam compensar gastos, revestindo caráter indenizatório, não traduzindo, portanto, acréscimo patrimonial.
Rendimentos imunes.
Rendimentos tributáveis exclusivamente na fonte: São aqueles que sofrem tributação na própria fonte pagadora, não ensejando sejam submetidos ao ajuste anual, como ocorre com os dividendos pagos aos acionistas, em que a retenção do imposto é efetuada pela sociedade anônima.
 	O carnê -leão é o sistema de recolhimento do IRPF efetuado pelos próprios contribuintes, mensalmente e em caráter obrigatório, no caso de rendimentos e ganhos de capital que não tenham sido tributados na fonte, no País, recebidos de outras pessoas físicas ou de fontes situadas no exterior. Constituem exemplos de rendimentos sujeitos a esse regime os decorrentes de alugueres e de trabalho não assalariado.
 	O recolhimento mensal complementar feito pelo próprio contribuinte, o chamado “mensalão”, igualmente objetiva o empate de contas, desejado pelo sistema de bases correntes. É cabível quando há mais de uma fonte pagadora, ocorrendo a retenção do IRPF na fonte sob alíquota inferior àquela devida se somados os rendimentos.
→ Exemplo: Se uma pessoa tem dois empregos e, em ambos, a retenção do IR na fonte é feita à alíquota de 15%, mas somados os rendimentos é aplicável a alíquota de 27,5%, devido o imposto complementar; o sistema é facultativo, pois o contribuinte pode fazer o recolhimento mensal ou efetuar o pagamento somente por ocasião da declaração de ajuste anual.
 	Cada desconto ou abatimento realizado é previsto na lei, sendo que estes abatimentos são pessoais, ligados a cada um de forma individual, e sempre limitados pela própria lei.
 	A partir do ano -calendário de 2009 foram adotadas as alíquotas de 7,5, 15, 22,5 e 27,5% por intermédio da Lei n. 11.945, de 2009, art. 23.
	VALOR (Base Cálculo)
	ALÍQUOTA
	PARCELA A DEDUZIR
	ATÉ R$ 1.903,98
	ISENTO
	ISENTO
	DE R$ 1.903,99 ATÉ R$2826.65
	7,5%
	R$ 142,80
	DE R$ 2826,66 ATÉ R$3.751,05
	15%
	R$ 354,80
	DE R$3.751,06 ATÉ R$ 4.664,68
	22,5%
	R$ 636,13
	ACIMA DE R$ 4.664,69
	27,5%
	R$ 869,36
O campo do ‘’Valor’ e da ‘’Parcela a Deduzir’’ é alterado todo ano, para acompanhar a inflação e o valor do salário mínimo. Contudo, a alíquota permanece a mesma, tendo em vista ser estipulada pela lei.
Os valores da tabela são chamados valores nominais e alíquotas nominais, ou seja, são aqueles dados pela lei vigente, que devem ser a base para se fazer o cálculo da base de cálculo.
→ Aplicação da tabela e funcionamento: 
 	Verifica-se o valor da remuneração (quanto se recebe), olha o campo o qual o montante se enquadra e se extrai a porcentagem deste valor. O resultado dessa operação deve ser subtraído com o valor da ‘’Parcela a deduzir’’, sendo que o valor constante desta subtração será o valor devido a ser pago a título de IR.
 	Importante frisar que os valores estipulados na tabela são mensais, para se fazer por ano devem ser multiplicados por doze.
O Critério material: É a renda do último instante do último dia do ano correspondente. Deve ser levada em consideração a condição financeira do indivíduo neste último momento (Dia 31/12/16 às 23:59:59).
O Critério temporal: É o ano
 O Critério espacial: É território nacional para verificar se a pessoa tem conexão no brasil, e a partir desta premissa leva-se em consideração o princípio da universalidade dos bens.
O Critério pessoal: O contribuinte do imposto titular da disponibilidade a que se refere ofato gerador ou o responsável pelo imposto cuja retenção recaia.
O critério quantitativo: A base de cálculo é a tabela acima, levando em consideração as despesas que devem ser deduzidas. Já a Alíquota também é a estipulada na tabela.
OBS: O salário mínimo é descontado diretamente na renda, ou seja, é feito automaticamente de forma mensal.
→ Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica – IRPJ.
 	O sistema de bases correntes também é aplicável à pessoa jurídica. No entanto, neste caso, não se considera a renda auferida mensalmente, como no caso da pessoa física, mas sim por períodos de apuração trimestrais.
 	Assim, o regime jurídico do IR para a pessoa jurídica opera com antecipação do imposto e declaração de ajuste anual. 
 	
O Critério material: É a renda do último instante do último dia do ano correspondente. Deve ser levada em consideração a condição financeira da empresa neste último momento e a apuração mensal ou trimestral, dependendo do fato praticado. 
O Critério temporal: Não é só o último instante do ano, mas também apuração mensal ou trimestral, dependendo do fato praticado.
 O Critério espacial: É território nacional para verificar se a pessoa tem conexão no Brasil, e a partir desta premissa leva-se em consideração o princípio da universalidade dos bens.
O Critério pessoal: Responsável pelo imposto cuja retenção recaia.
O critério quantitativo: Analisa-se a base de cálculo e a alíquota. .
- Base de cálculo:
 	Quanto à base de cálculo da IRPJ, à luz do disposto no art. 44, CTN, temos três possibilidades: lucro real, presumido ou arbitrado.
Art. 44. A base de cálculo do imposto é o montante, real, arbitrado ou presumido, da renda ou dos proventos tributáveis.
Real: É a regra para empresas, base de cálculo de adoção obrigatória pelas empresas que tiveram receita superior ao valor estabelecido em lei no ano-calendário, sociedades anônimas e bancos. O lucro real consiste, basicamente, no lucro líquido, com alguns ajustes, adições etc.
Presumido: É aquele onde se presume o quanto a pessoa lucrou, o sujeito passivo lança uma estimativa, e com base nessa o IR é calculado. Dessa forma, é o resultante da aplicação do percentual previsto em lei sobre a receita bruta. Pode-se utilizar desse sistema a empresa que tiver receita igual ou inferior ao valor estabelecido em lei no ano-calendário. O lucro presumido corresponde a 8% da receita bruta total da empresa.
Arbitrado: O lucro arbitrado é apurado sendo conhecida ou não a receita bruta da empresa. Quando conhecida a receita bruta, apura -se o lucro arbitrado mediante a identificação do lucro presumido, aplicando-se 20% sobre esse valor. Caso não conhecida a receita bruta da empresa, aplica-se diversos critérios para o cálculo do lucro arbitrado, previstos no art. 51 da Lei n. 8.981, de 1995. Não há uma ordem para a utilização de tais critérios; o Fisco tem a opção de utilizar o critério que entender mais adequado.
Obs.: Cabe informar que a PJ também pode escolher entre qual forma de lucro (Real ou Presumido) quer realizar a base de cálculo, inclusive podendo o fisco realizar o lançamento de ofício com base em lucro diferenciado (Real ou Arbitrado).
A regra de escolha no lucro não é absoluta, sendo determinadas pessoas juridicas obrigadas a optar pelo real, por exemplo, as Sociedades anônimas construtoras e as empresas de grande porte.
 	Para a apuração da base de cálculo do imposto, tal como acontece no IRPF e visando aferir a real capacidade contributiva, a lei admite que a pessoa jurídica efetue deduções, tais como incentivos fiscais; imposto pago antecipadamente; PAT (Programa de Assistência ao Trabalhador); vale-transporte, dentre outros.
- Alíquota:
 	Quanto às alíquotas, a lei estabelece uma alíquota padrão de 15%, com a possibilidade de um adicional de 10%, imprimindo -se ao IRPJ uma tímida progressividade
- Na lucratividade real:
 15% + (10% do que exceder R$240.000,00 por ano) 
A alíquota é o 15% + os 10% quando couberem
- Na lucratividade presumida:
Receita total (O que você presume ser) x32% = Base de cálculo do IR, 
- Na contabilidade, o modo de cálculo para chegar a base do IR segue a seguinte fórmula:
Alíquota (15% lá de cima) x32% = Base de cálculo 
(Modo utilizado pelos contadores) 
Obs.: a tributação especial sobre rendas variáveis – nos casos de operações em bolsa, alienação de ouro ativo financeiro, alienação de ações, mercadorias e futuros – em relação aos quais aplica -se a alíquota de 25%.
IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO – II
Dispositivos que regem o II: artigos 19 a 22 do CTN e Decreto Lei n
° 37/66 e suas alterações. 
 	Constitui um dos tributos que incidem sobre o comércio exterior, isto é, sobre negócios jurídicos de compra e venda de bens e serviços realizados entre pessoas situadas em diferentes países.
 	O Imposto de Importação possui conotação extrafiscal e regulatória, consistindo na utilização de instrumentos tributários visando o atingimento de finalidades outras que não a meramente arrecadatória – objetivos sociais, econômicos etc. Significa que, por meio de expedientes tributários, o Estado interfere na conduta das pessoas, incentivando ou inibindo comportamentos, à vista do interesse público.
 	O objetivo maior da exigência fiscal não é gerar receita, mas, sim, proteger a indústria nacional, uma vez que sua incidência onera o produto estrangeiro, tornando-o mais caro e, portanto, menos competitivo com o produto nacional.
→ Competência do sujeito ativo: O artigo 153, I da CF determina a competência da União:
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
I - Importação de produtos estrangeiros;
→ O imposto de importação engloba as seguintes imunidades tributárias:
Imunidade recíproca: 
	O artigo 150, VI “a”, da CF afirma que existirá imunidade recíproca sempre que houver uma relação de ente político com outro ente político. Vale ressaltar que a imunidade recíproca as pessoas políticas se estende às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público. 
Imunidade de templos de qualquer culto: 
	O artigo 150, VI, “b” da Constituição Federal, prescreve ser vedado às pessoas políticas instituir impostos sobre os templos de qualquer culto. Importante frisar que tal vedação compreende somente o patrimônio, a renda e os serviços relacionados com as finalidades essenciais da entidade. A renda considera imune é aquela que decorre da prática do culto religioso, compreendendo as doações dos fiéis, inclusive as espórtulas e os dízimos, bem como as consequentes de aplicações financeiras, pois estas visam à preservação do patrimônio da entidade.
Imunidade dos partidos políticos e suas fundações: 
 	Preceitua a Lei Maior, em seu artigo 150, IV, “c” ser vedado instituir impostos sobre o patrimônio, a renda ou os serviços dos partidos políticos e suas fundações. São os partidos políticos, instrumentos de governo, entidades fundadas e mantidas exclusivamente para fins públicos, como órgãos imediatos e complementares da organização estatal, desempenhando o papel de veículos entre o cidadão e o exercício do poder político. 
Imunidade das entidades sindicais de trabalhadores:
	Preceitua a Constituição Federal, em seu artigo 150, IV, “c” ser vedado instituir impostos sobre o patrimônio, a renda ou os serviços das entidades sindicais de trabalhadores. Convém frisas que a imunidade em análise alcança tão somente as entidades sindicais de trabalhadores, não abrangendo os sindicatos patronais, que, usualmente, dispõem de mais recursos para a sua manutenção.
Imunidade das instituições de educação e de assistência social: 
	Preceitua a Lei Maior, em seu artigo 150, IV, “c” ser vedado instituir impostos sobre o patrimônio, a renda ou os serviços das instituições de educação e de assistência social. Aquele que, sem visar o lucro, cumpre um dos objetivos previstos no artigo 203 da Constituição Federal, ou seja, pratica um ato que implique na proteção a família, a maternidade, a infância, a adolescência,a velhice, o amparo as crianças e adolescentes carentes, a promoção da integração ao mercado de trabalho, a habitação a reabilitação de pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração a vida comunitária, ou a garantia de um salário mínimo mensal a pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprove não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, desde que, a prática desse ato seja voluntária e implique em mera liberalidade do praticante, ou seja, não decorra de imposição legal.
Imunidade dos livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão: 
	Preceitua a Lei Maior, em seu artigo 150, IV, “d” ser vedado instituir impostos sobre dos livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão brasileiros. Prestigia esta imunidade diversos valores, sendo a liberdade de comunicação, a liberdade de manifestação do pensamento, a expressão da atividade intelectual, artística, cientifica, visando ao acesso à informação e à difusão da cultura e da educação, bem como o direito exclusivo dos autores de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar.
Imunidade de fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil, contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros, bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser: 
 	A Constituição Federal prelecionou a hipótese supracitada em seu artigo 150, VI “e. Dessa forma, o intuito é incentivar a produção musical de autoria e/ou interpretação brasileiras, por meio de CDs, DVDs e outras mídias, desonerando esses itens de carga tributária de impostos.
→ Princípios gerais que norteiam o Imposto de Importação:
Estrita legalidade: 
 	O art. 5º, II, da Constituição Federal declara que “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude de lei”. Fundamental garantia deferida aos cidadãos significa que o Estado somente pode modular o comportamento destes mediante o instrumento denominado lei. Em outras palavras, para impor -se um comportamento aos particulares, bem como para vedar -lhes uma conduta, é imprescindível o instrumento legislativo.
Isonomia, em suas subdivisões da Capacidade contributiva e Vedação ao confisco:
 	A Constituição da República preceitua, em seu art. 5º, caput, que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, e, em seu inciso I, que homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos nela previstos.
 	O princípio da capacidade contributiva encontra -se positivado no art. 145, § 1º, CF, segundo o qual “sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados consoante a capacidade econômica do contribuinte, ou seja, aptidão, da pessoa colocada na posição de destinatário legal tributário, para suportar a carga tributária, numa obrigação cujo objeto é o pagamento de imposto, sem o perecimento da riqueza lastreadora da tributação. 
 	O confisco é a absorção total ou substancial da propriedade privada, pelo Poder Público, sem a correspondente indenização. Em nosso ordenamento jurídico, diante da grande proteção conferida ao direito de propriedade, o confisco é, portanto, medida de caráter sancionatório, sendo admitida apenas excepcionalmente.
Irretroatividade da lei:
 	A noção de irretroatividade da lei repousa em norma expressa, hospedada no art. 5º, XXXVI, CF, que estatui que “a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada”. No âmbito tributário, a norma correspondente vem abrigada no art. 150, III, a, CF, segundo a qual é vedado às pessoas políticas cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado.
Uniformidade Geográfica:
 	A norma reforça a diretriz maior da isonomia, sobre a qual repousa a Federação, que consiste na forma de Estado traduzida na autonomia recíproca entre União, Estados membros e, no Brasil, também Municípios, isto porque, salienta que a União não pode tratar de forma diferente contribuintes de Estados diferentes. Dessa forma, a União deve tratar todos da mesma maneira, excetos em situações especifica
Obs: O Princípio da não discriminação e o Princípio da não limitação ao tráfego de bens e pessoas não se aplicam ao II, tendo em vista visar os Estados e Municípios, e o II além de ser de competência da União, visa o contribuinte em si. O principio da anterioridade, tanto a clássica quanto a qualificada também não se aplicam ao II, vez que analisa-se o momento da ação de entrada do objeto no Brasil e não o exercício seguinte ou o lapso temporal de 90 dias. 
→ Regra matriz de incidência tributária:
Critério temporal (CT): Registro da declaração de importação do objeto. É necessário analisar o momento da entrada da coisa no território nacional, e o momento de entrada é considerado aquele no qual se registra a declaração de importação, atrelada ao controle de câmbio. A declaração pode ser realizada antes ou depois do produto chegar.
Art. 19. O imposto, de competência da União, sobre a importação de produtos estrangeiros tem como fato gerador a entrada destes no território nacional.
Critério espacial (CE): Território nacional, mais especificamente quando o objeto passar pela repartição aduaneira (alfandega), onde ocorrerá o desembaraço dos produtos importados. 
Art. 19. O imposto, de competência da União, sobre a importação de produtos estrangeiros tem como fato gerador a entrada destes no território nacional.
Obs.: O artigo 19 do CTN menciona “entrada no território nacional”, fazendo confusão entre os aspectos material e temporal da hipótese de incidência, lapso cometido reiteradamente pelo legislador do Código Tributário Nacional.
Critério material (CM): Importar produtos estrangeiros.
Não há previsão expressa na lei sobre o critério, no entanto a doutrina considera que é importar produtos estrangeiros. 
Critério pessoal (CP): 
→ Sujeito ativo: União.
→ Sujeito passivo: 
Importador → indivíduo que importa o objeto.
Arrematante → pode ser o arrematante na possibilidade de abandono do objeto na repartição aduaneira, quando a coisa é apreendida e o importador não possui dinheiro para arcar com o imposto, deixando o objeto na alfandega. 
Responsável → quando houver previsão legal para responsáveis tributários. 
Art. 22. Contribuinte do imposto é:
I - o importador ou quem a lei a ele equiparar;
II - o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados.
Critério quantitativo (CQ): O aspecto quantitativo, revelado pela conjugação da base de cálculo e da alíquota, é regrado pelo art. 20, CTN:
Art. 20. A base de cálculo do imposto é:
I - Quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária;
II - Quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da importação, em uma venda em condições de livre concorrência, para entrega no porto ou lugar de entrada do produto no País;
III - Quando se trate de produto apreendido ou abandonado, levado a leilão, o preço da arrematação.
→ Base de cálculo: Considera-se o valor do produto já em território nacional, incluindo o preço base + seguro + frete + juros + taxas, etc. 
→ Alíquota: A lei pode alterar qualquer outro aspecto que não seja a alíquota, pois está só pode ser alterada pelo Poder Executivo. 
Art. 21. O Poder Executivo pode, nas condições e nos limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas ou as bases de cálculo do imposto, a fim de ajustá-lo aos objetivos da política cambial e do comércio exterior.
 	Se a base de cálculo for fixada em unidade de medida, a alíquota será específica. Exemplo: se o produto importado é seda, a tributação pode se dar por metro do produto importado (base de cálculo), e a alíquota será um valor em reais. Já se a basede cálculo for o preço do produto, a alíquota será ad valorem, isto é, um percentual aplicado a essa base de cálculo, critério adotado atualmente pela lei.
IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO (IE)
Dispositivos que regem o IE: artigos 23 a 28 do CTN e Decreto-lei 1.578/77.
Obs.: O normal no Imposto de Exportação é não haver tributação (isenç0ão), exceto quando o governo visualiza um possível problema com exportação sucessiva do produto. 
 	Apresenta feição nitidamente extrafiscal ou regulatória, que pode ser sintetizada numa máxima do comércio exterior segundo a qual “não se deve exportar impostos”. A exigência do Imposto de Exportação onera os produtos nacionais, tornando-os menos competitivos no mercado externo. Então, se o objetivo for incentivar as exportações, o Imposto de Exportação não deve ser exigido 8 ou, sendo necessário fazê-lo, deve constituir exigência de baixo impacto econômico. 
→ Competência do sujeito ativo: O artigo 153, I da CF determina a competência da União:
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
→ O imposto de exportação engloba as seguintes imunidades tributárias:
Imunidade recíproca: 
	O artigo 150, VI “a”, da CF afirma que existirá imunidade recíproca sempre que houver uma relação de ente político com outro ente político. Vale ressaltar que a imunidade recíproca as pessoas políticas se estende às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público. 
Imunidade de templos de qualquer culto: 
	O artigo 150, VI, “b” da Constituição Federal, prescreve ser vedado às pessoas políticas instituir impostos sobre os templos de qualquer culto. Importante frisar que tal vedação compreende somente o patrimônio, a renda e os serviços relacionados com as finalidades essenciais da entidade. A renda considera imune é aquela que decorre da prática do culto religioso, compreendendo as doações dos fiéis, inclusive as espórtulas e os dízimos, bem como as consequentes de aplicações financeiras, pois estas visam à preservação do patrimônio da entidade.
Imunidade dos partidos políticos e suas fundações: 
 	Preceitua a Lei Maior, em seu artigo 150, IV, “c” ser vedado instituir impostos sobre o patrimônio, a renda ou os serviços dos partidos políticos e suas fundações. São os partidos políticos, instrumentos de governo, entidades fundadas e mantidas exclusivamente para fins públicos, como órgãos imediatos e complementares da organização estatal, desempenhando o papel de veículos entre o cidadão e o exercício do poder político. 
Imunidade das entidades sindicais de trabalhadores:
	Preceitua a Constituição Federal, em seu artigo 150, IV, “c” ser vedado instituir impostos sobre o patrimônio, a renda ou os serviços das entidades sindicais de trabalhadores. Convém frisas que a imunidade em análise alcança tão somente as entidades sindicais de trabalhadores, não abrangendo os sindicatos patronais, que, usualmente, dispõem de mais recursos para a sua manutenção.
Imunidade das instituições de educação e de assistência social: 
	Preceitua a Lei Maior, em seu artigo 150, IV, “c” ser vedado instituir impostos sobre o patrimônio, a renda ou os serviços das instituições de educação e de assistência social. Aquele que, sem visar o lucro, cumpre um dos objetivos previstos no artigo 203 da Constituição Federal, ou seja, pratica um ato que implique na proteção a família, a maternidade, a infância, a adolescência, a velhice, o amparo as crianças e adolescentes carentes, a promoção da integração ao mercado de trabalho, a habitação a reabilitação de pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração a vida comunitária, ou a garantia de um salário mínimo mensal a pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprove não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, desde que, a prática desse ato seja voluntária e implique em mera liberalidade do praticante, ou seja, não decorra de imposição legal.
Imunidade dos livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão: 
	Preceitua a Lei Maior, em seu artigo 150, IV, “d” ser vedado instituir impostos sobre dos livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão brasileiros. Prestigia esta imunidade diversos valores, sendo a liberdade de comunicação, a liberdade de manifestação do pensamento, a expressão da atividade intelectual, artística, cientifica, visando ao acesso à informação e à difusão da cultura e da educação, bem como o direito exclusivo dos autores de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar.
Imunidade de fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil, contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros, bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser: 
 	A Constituição Federal prelecionou a hipótese supracitada em seu artigo 150, VI “e. Dessa forma, o intuito é incentivar a produção musical de autoria e/ou interpretação brasileiras, por meio de CDs, DVDs e outras mídias, desonerando esses itens de carga tributária de impostos.
→ Princípios gerais que norteiam o Imposto de Exportação:
Estrita legalidade: 
 	O art. 5º, II, da Constituição Federal declara que “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude de lei”. Fundamental garantia deferida aos cidadãos significa que o Estado somente pode modular o comportamento destes mediante o instrumento denominado lei. Em outras palavras, para impor -se um comportamento aos particulares, bem como para vedar -lhes uma conduta, é imprescindível o instrumento legislativo.
Isonomia, em suas subdivisões da Capacidade contributiva e Vedação ao confisco:
 	A Constituição da República preceitua, em seu art. 5º, caput, que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, e, em seu inciso I, que homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos nela previstos.
 	O princípio da capacidade contributiva encontra -se positivado no art. 145, § 1º, CF, segundo o qual “sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados consoante a capacidade econômica do contribuinte, ou seja, aptidão, da pessoa colocada na posição de destinatário legal tributário, para suportar a carga tributária, numa obrigação cujo objeto é o pagamento de imposto, sem o perecimento da riqueza lastreadora da tributação. 
 	O confisco é a absorção total ou substancial da propriedade privada, pelo Poder Público, sem a correspondente indenização. Em nosso ordenamento jurídico, diante da grande proteção conferida ao direito de propriedade, o confisco é, portanto, medida de caráter sancionatório, sendo admitida apenas excepcionalmente.
Irretroatividade da lei:
 	A noção de irretroatividade da lei repousa em norma expressa, hospedada no art. 5º, XXXVI, CF, que estatui que “a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada”. No âmbito tributário, a norma correspondente vem abrigada no art. 150, III, a, CF, segundo a qual é vedado às pessoas políticas cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado.
Uniformidade Geográfica:
 	A norma reforça a diretriz maior da isonomia, sobre a qual repousa a Federação, que consiste na forma de Estado traduzida na autonomia recíproca entre União, Estados membros e, no Brasil, também Municípios, isto porque, salienta que a União não pode tratar de forma diferente contribuintes de Estados diferentes. Dessa forma, a União deve tratar todos da mesma maneira, excetos em situações especifica
Obs: O Princípio da não discriminação e o princípio da não limitação ao tráfego de bens e pessoas não se aplicam ao IE, tendo em vista visar os Estados e Municípios, e o II alémde ser de competência da União, visa o contribuinte em si. O princípio da anterioridade, tanto a clássica quanto a qualificada também não se aplicam ao IE, vez que analisa-se o momento da ação de exportação do objeto e não o exercício seguinte ou o lapso temporal de 90 dias. 
→ Regra matriz de incidência tributária:
Critério temporal (CT): Momento da saída do objeto do território nacional, o qual é caracterizado pelo registro da declaração de exportação/expedição da guia de exportação, seguido do desembaraço aduaneiro. 
Art. 23. O imposto, de competência da União, sobre a exportação, para o estrangeiro, de produtos nacionais ou nacionalizados tem como fato gerador a saída destes do território nacional.
Critério Material (CM): Exportar produto nacional (produzido ou fabricado no Brasil) ou nacionalizado (o bem entra para sair, por exemplo, o produto da Bolívia chega ao Brasil, onde é declarado na aduaneira e exportado para outro país – breve passagem, apenas porque a Bolívia não é cercada por mares). 
Art. 23. O imposto, de competência da União, sobre a exportação, para o estrangeiro, de produtos nacionais ou nacionalizados tem como fato gerador a saída destes do território nacional.
Critério espacial (CE): Território nacional, especificamente a repartição aduaneira (sob pena de descaminho). 
Critério pessoal (PE): 
→ Sujeito ativo: União.
→ Sujeito passivo: 
Exportador
Quem a lei equiparar ao exportador. 
Responsável tributário.
 Art. 27. Contribuinte do imposto é o exportador ou quem a lei a ele equiparar.
Critério quantitativo (CQ): 
 	O aspecto quantitativo vem definido nos arts. 24 e 25, CTN: 
Art. 24. A base de cálculo do imposto é: 
I – Quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária; 
II – Quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência. Parágrafo único. Para os efeitos do inciso II, considera-se a entrega como efetuada no porto ou lugar da saída do produto, deduzidos os tributos diretamente incidentes sobre a operação de exportação e, nas vendas efetuadas a prazo superior aos correntes no mercado internacional, o custo do financiamento. 
Art. 25. A lei pode adotar como base de cálculo a parcela do valor ou do preço, referidos no artigo anterior, excedente de valor básico, fixado de acordo com os critérios e dentro dos limites por ela estabelecidos.
→ Base de cálculo: Preço em condições normais do mercado, em condições de livre concorrência (preço do mercado interno). 
→ Alíquota: A alíquota pode ser modificada por decreto, mas a base de cálculo não. 
Art. 26. O Poder Executivo pode, nas condições e nos limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas ou as bases de cálculo do imposto, a fim de ajustá-los aos objetivos da política cambial e do comércio exterior.
 	Se a base de cálculo for unidade de medida (ex.: caixa de bebidas, com doze garrafas), a alíquota será específica (o valor de uma garrafa). Se a base de cálculo for o preço normal do produto, a alíquota será ad valorem, ou seja, um percentual a incidir sobre a base de cálculo. 
Obs.: O artigo 28 do CTN apresenta destinação especifica, mas o aludido artigo não foi recepcionado pela Constituição Federal, por estar em desacordo com o artigo 145 da CF, a medida que o imposto não pode apresentar destinação especifica, pois é a lei orgânica que o destina. 
Art. 28. A receita líquida do imposto destina-se à formação de reservas monetárias, na forma da lei.
IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES FINANCEIRAS (IOF)
Dispositivos que regem o II: artigos 63 a 67 do CTN e lei ordinária n
° 7.766/89.
 	A Lei Maior, em seu art. 153, V, consigna competir à União instituir imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários, aduzindo, no § 5º, que o ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se exclusivamente à incidência desse imposto, devido na operação de origem.
 	Suas múltiplas materialidades podem ser reunidas sob a denominação de Imposto sobre Operações Financeiras – IOF.
 	Trata-se de imposto de caráter marcadamente extrafiscal, porquanto opera como instrumento regulador do mercado financeiro.
 	Desse modo, a União tem a seu dispor eficiente instrumento destinado a moldar a conduta dos investidores no mercado financeiro, por razões de interesse público, podendo estimular a aplicação de recursos em certos investimentos mediante a concessão de isenção ou instituição de alíquotas baixas (poupança, por exemplo), como também estabelecer alíquotas elevadas a outros investimentos, inibindo sejam-lhes vertidos recursos em demasia.
→ Competência do sujeito ativo: O artigo 153, III da CF determina a competência da União:
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
III - renda e proventos de qualquer natureza
→ O IOF engloba as seguintes imunidades tributárias:
Imunidade recíproca: 
	O artigo 150, VI “a”, da CF afirma que existirá imunidade recíproca sempre que houver uma relação de ente político com outro ente político. Vale ressaltar que a imunidade recíproca as pessoas políticas se estende às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público. 
Imunidade de templos de qualquer culto: 
	O artigo 150, VI, “b” da Constituição Federal, prescreve ser vedado às pessoas políticas instituir impostos sobre os templos de qualquer culto. Importante frisar que tal vedação compreende somente o patrimônio, a renda e os serviços relacionados com as finalidades essenciais da entidade. A renda considera imune é aquela que decorre da prática do culto religioso, compreendendo as doações dos fiéis, inclusive as espórtulas e os dízimos, bem como as consequentes de aplicações financeiras, pois estas visam à preservação do patrimônio da entidade.
Imunidade dos partidos políticos e suas fundações: 
 	Preceitua a Lei Maior, em seu artigo 150, IV, “c” ser vedado instituir impostos sobre o patrimônio, a renda ou os serviços dos partidos políticos e suas fundações. São os partidos políticos, instrumentos de governo, entidades fundadas e mantidas exclusivamente para fins públicos, como órgãos imediatos e complementares da organização estatal, desempenhando o papel de veículos entre o cidadão e o exercício do poder político. 
Imunidade das entidades sindicais de trabalhadores:
	Preceitua a Constituição Federal, em seu artigo 150, IV, “c” ser vedado instituir impostos sobre o patrimônio, a renda ou os serviços das entidades sindicais de trabalhadores. Convém frisas que a imunidade em análise alcança tão somente as entidades sindicais de trabalhadores, não abrangendo os sindicatos patronais, que, usualmente, dispõem de mais recursos para a sua manutenção.
Imunidade das instituições de educação e de assistência social: 
	Preceitua a Lei Maior, em seu artigo 150, IV, “c” ser vedado instituir impostos sobre o patrimônio, a renda ou os serviços das instituições de educação e de assistência social. Aquele que, sem visar o lucro, cumpre um dos objetivos previstos no artigo 203 da Constituição Federal, ou seja, pratica um ato que implique na proteção a família, a maternidade, a infância, a adolescência, a velhice, o amparo as crianças e adolescentes carentes, a promoção da integração ao mercado de trabalho, a habitação a reabilitação de pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração a vida comunitária, ou a garantia de um salário mínimo mensal a pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprove não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, desde que, a prática desse ato seja voluntária e implique em mera liberalidade do praticante, ou seja, não decorra de imposição legal.
Obs.: Em relação a imunidade dos livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão, sobre o livro não tem incidência, mas sobre o câmbio de importação do livro incide, porque o ato é diferenciado. 
→ Princípiosgerais que norteiam o Imposto de Importação:
Estrita legalidade: 
 	O art. 5º, II, da Constituição Federal declara que “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude de lei”. Fundamental garantia deferida aos cidadãos significa que o Estado somente pode modular o comportamento destes mediante o instrumento denominado lei. Em outras palavras, para impor -se um comportamento aos particulares, bem como para vedar -lhes uma conduta, é imprescindível o instrumento legislativo.
Isonomia, em suas subdivisões da Capacidade contributiva e Vedação ao confisco:
 	A Constituição da República preceitua, em seu art. 5º, caput, que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, e, em seu inciso I, que homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos nela previstos.
 	O princípio da capacidade contributiva encontra -se positivado no art. 145, § 1º, CF, segundo o qual “sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados consoante a capacidade econômica do contribuinte, ou seja, aptidão, da pessoa colocada na posição de destinatário legal tributário, para suportar a carga tributária, numa obrigação cujo objeto é o pagamento de imposto, sem o perecimento da riqueza lastreadora da tributação. 
 	O confisco é a absorção total ou substancial da propriedade privada, pelo Poder Público, sem a correspondente indenização. Em nosso ordenamento jurídico, diante da grande proteção conferida ao direito de propriedade, o confisco é, portanto, medida de caráter sancionatório, sendo admitida apenas excepcionalmente.
Irretroatividade da lei:
 	A noção de irretroatividade da lei repousa em norma expressa, hospedada no art. 5º, XXXVI, CF, que estatui que “a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada”. No âmbito tributário, a norma correspondente vem abrigada no art. 150, III, a, CF, segundo a qual é vedado às pessoas políticas cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado.
Uniformidade Geográfica:
 	A norma reforça a diretriz maior da isonomia, sobre a qual repousa a Federação, que consiste na forma de Estado traduzida na autonomia recíproca entre União, Estados membros e, no Brasil, também Municípios, isto porque, salienta que a União não pode tratar de forma diferente contribuintes de Estados diferentes. Dessa forma, a União deve tratar todos da mesma maneira, excetos em situações especifica.
Obs: O Princípio da não discriminação e o Princípio da não limitação ao tráfego de bens e pessoas não se aplicam ao II, tendo em vista visar os Estados e Municípios, e o II além de ser de competência da União, visa o contribuinte em si. O principio da anterioridade, tanto a clássica quanto a qualificada também não se aplicam ao II, vez que analisa-se o momento da ação de entrada do objeto no Brasil e não o exercício seguinte ou o lapso temporal de 90 dias. 
→ Regra matriz de incidência tributária:
→ OPERAÇÃO DE CRÉDITO: 
Critério temporal (CT): Momento da entrega ou da colocação do valor. 
Art. 63. O imposto, de competência da União, sobre operações de crédito, câmbio e seguro, e sobre operações relativas a títulos e valores mobiliários tem como fato gerador:
I - quanto às operações de crédito, a sua efetivação pela entrega total ou parcial do montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou sua colocação à disposição do interessado;
Critério material (CM): Oferecer ou conceder o crédito, sendo que, considera-se como oferecer ou conceder a real oferta ou disposição da coisa (não o limite disponível de cheque especial), ou seja, não é o simples oferecimento, mas sim a efetiva disposição de pegar/tomar o valor, configurando então a materialidade. 
Critério espacial (CE): Território nacional. 
Critério pessoal (CP):
→ Sujeito ativo: União. 
→ Sujeito passivo: Contribuintes e responsáveis tributários. O CTN, em seu art. 66, limita-se a declarar que contribuinte imposto é qualquer das partes na operação tributada, como dispuser a lei. Assim, de acordo com a disciplina legal desse imposto, são contribuintes, respectivamente, os que tomam o crédito.
Art. 66. Contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação tributada, como dispuser a lei.
Critério quantitativo (CQ): 
→ Base de cálculo: Diz respeito ao valor da operação, sendo o montante pago + juros.
→ Alíquota: Varia de acordo com decreto, haja vista que incide sobre várias materialidades, no entanto, usualmente costuma ser por volta de 0,38% e 25%.
Art. 64. A base de cálculo do imposto é: 
I – quanto às operações de crédito, o montante da obrigação, compreendendo o principal e os juros; 
II – quanto às operações de câmbio, o respectivo montante em moeda nacional, recebido, entregue ou posto à disposição; 
III – quanto às operações de seguro, o montante do prêmio; 
IV – quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários: 
a) na emissão, o valor nominal mais o ágio, se houver; 
b) na transmissão, o preço ou o valor nominal, ou o valor da cotação em Bolsa, como determinar a lei; 
c) no pagamento ou resgate, o preço.
Art. 65. O Poder Executivo pode, nas condições e nos limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas ou as bases de cálculo do imposto, a fim de ajustá-lo aos objetivos da política monetária.
→ OPERAÇÕES DE CÂMBIO:
 	Diz respeito a operações simples como comprar e vender dólar, comprar em sites internacionais com cartões de crédito, comprar fisicamente em outro país, sacar dinheiro no exterior direito de caixa eletrônico, entre outras. 
Critério temporal (CT): Momento da efetiva troca da moeda.
Art. 63. O imposto, de competência da União, sobre operações de crédito, câmbio e seguro, e sobre operações relativas a títulos e valores mobiliários tem como fato gerador:
II - Quanto às operações de câmbio, a sua efetivação pela entrega de moeda nacional ou estrangeira, ou de documento que a represente, ou sua colocação à disposição do interessado em montante equivalente à moeda estrangeira ou nacional entregue ou posta à disposição por este;
Critério material (CM): Realizar a troca da moeda nacional por estrangeiro, ou vice-versa. 
Art. 63. O imposto, de competência da União, sobre operações de crédito, câmbio e seguro, e sobre operações relativas a títulos e valores mobiliários tem como fato gerador:
II - Quanto às operações de câmbio, a sua efetivação pela entrega de moeda nacional ou estrangeira, ou de documento que a represente, ou sua colocação à disposição do interessado em montante equivalente à moeda estrangeira ou nacional entregue ou posta à disposição por este;
Critério espacial (CE): Território nacional (se fizer a operação no Brasil é cobrado). 
Critério pessoal (CP):
→ Sujeito ativo: União. 
→ Sujeito passivo: Contribuintes e responsáveis tributários. O CTN, em seu art. 66, limita-se a declarar que contribuinte imposto é qualquer das partes na operação tributada, como dispuser a lei. Assim, de acordo com a disciplina legal desse imposto, são contribuintes, respectivamente, os que tomam o crédito.
Art. 66. Contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação tributada, como dispuser a lei.
Critério quantitativo (CQ): 
→ Base de cálculo: Diz respeito ao valor da operação. Pode se dar em moeda estrangeira ou nacional.
→ Alíquota: Varia de acordo com decreto, haja vista que incide sobre várias materialidades, no entanto, usualmente costuma ser por volta de 0,38% e 25%. Para operações realizadas com cartão de crédito a alíquota é de 6,8% e para as demais operações é de 0,38%, em regra. 
Art. 64. A base de cálculo do imposto é: 
I – Quanto às operações de crédito, o montante da obrigação, compreendendo o principal e os juros; 
II – Quanto às operações de câmbio, o respectivo montante em moeda nacional, recebido, entregue ou posto à disposição; 
III – Quanto às operações de seguro, o montante do prêmio; 
IV – Quanto às operações relativas atítulos e valores mobiliários: 
a) na emissão, o valor nominal mais o ágio, se houver; 
b) na transmissão, o preço ou o valor nominal, ou o valor da cotação em Bolsa, como determinar a lei; 
c) no pagamento ou resgate, o preço.
Art. 65. O Poder Executivo pode, nas condições e nos limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas ou as bases de cálculo do imposto, a fim de ajustá-lo aos objetivos da política monetária.
→ SEGURO:
Critério temporal (CT): Momento da efetivação do contrato pela entrega do prêmio. Vale ressaltar que o prêmio é o que o contratante paga para contratar o seguro, ou seja, é o pagamento que o segurado dispões para a seguradora (a incidência pode se dar parceladamente).
Art. 63. O imposto, de competência da União, sobre operações de crédito, câmbio e seguro, e sobre operações relativas a títulos e valores mobiliários tem como fato gerador:
III - quanto às operações de seguro, a sua efetivação pela emissão da apólice ou do documento equivalente, ou recebimento do prêmio, na forma da lei aplicável;
Critério material (CM): Realizar a operação de seguro de qualquer direito. 
Art. 63. O imposto, de competência da União, sobre operações de crédito, câmbio e seguro, e sobre operações relativas a títulos e valores mobiliários tem como fato gerador:
III - quanto às operações de seguro, a sua efetivação pela emissão da apólice ou do documento equivalente, ou recebimento do prêmio, na forma da lei aplicável;
Critério espacial (CE): Território nacional 
Critério pessoal (CP):
→ Sujeito ativo: União. 
→ Sujeito passivo: Contribuintes e responsáveis tributários. O CTN, em seu art. 66, limita-se a declarar que contribuinte imposto é qualquer das partes na operação tributada, como dispuser a lei. Assim, de acordo com a disciplina legal desse imposto, são contribuintes, respectivamente, os que tomam o crédito.
Art. 66. Contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação tributada, como dispuser a lei.
Critério quantitativo (CQ): 
→ Base de cálculo: Diz respeito ao valor da operação – Montante pago a título de prêmio.
→ Alíquota: Varia de acordo com decreto, haja vista que incide sobre várias materialidades, no entanto, usualmente costuma ser por volta de 0,38% e 25%. 
Art. 64. A base de cálculo do imposto é: 
I – Quanto às operações de crédito, o montante da obrigação, compreendendo o principal e os juros; 
II – Quanto às operações de câmbio, o respectivo montante em moeda nacional, recebido, entregue ou posto à disposição; 
III – Quanto às operações de seguro, o montante do prêmio; 
IV – Quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários: 
a) na emissão, o valor nominal mais o ágio, se houver; 
b) na transmissão, o preço ou o valor nominal, ou o valor da cotação em Bolsa, como determinar a lei; 
c) no pagamento ou resgate, o preço.
Art. 65. O Poder Executivo pode, nas condições e nos limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas ou as bases de cálculo do imposto, a fim de ajustá-lo aos objetivos da política monetária.
→ TITULOS E VALORES MOBILIÁRIOS: 
 	Existe uma pluralidade de substantivos de verbos (emissão transmissão, pagamento e resgate), que deriva da diversidade de opções para se realizar. 
Critério temporal (CT): Momento da emissão, transmissão, pagamento ou resgate. 
Art. 63. O imposto, de competência da União, sobre operações de crédito, câmbio e seguro, e sobre operações relativas a títulos e valores mobiliários tem como fato gerador:
IV - quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários, a emissão, transmissão, pagamento ou resgate destes, na forma da lei aplicável.
Critério material (CM): Emitir, transmitir, pagar ou resgatar. 
Art. 63. O imposto, de competência da União, sobre operações de crédito, câmbio e seguro, e sobre operações relativas a títulos e valores mobiliários tem como fato gerador:
IV - quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários, a emissão, transmissão, pagamento ou resgate destes, na forma da lei aplicável.
Critério espacial (CE): Território nacional 
Critério pessoal (CP):
→ Sujeito ativo: União. 
→ Sujeito passivo: Contribuintes e responsáveis tributários. O CTN, em seu art. 66, limita-se a declarar que contribuinte imposto é qualquer das partes na operação tributada, como dispuser a lei. Assim, de acordo com a disciplina legal desse imposto, são contribuintes, respectivamente, os que tomam o crédito.
 	Sempre que houver uma Corretora de Valores ou uma Instituição Financeira, ela será responsável, isto porque essas instituições retém o valor do IOF e repassam para a União, de modo que o contribuinte já recebe o valor descontado o imposto. 
Art. 66. Contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação tributada, como dispuser a lei.
Critério quantitativo (CQ): 
→ Base de cálculo: Diz respeito ao valor da operação, ou seja, o montante emitido, pago, resgatado ou transferido. 
→ Alíquota: Varia de acordo com o investimento, na forma da lei, haja vista que incide sobre várias materialidades, no entanto, usualmente costuma ser por volta de 0,38% e 25%. 
Art. 64. A base de cálculo do imposto é: 
I – Quanto às operações de crédito, o montante da obrigação, compreendendo o principal e os juros; 
II – Quanto às operações de câmbio, o respectivo montante em moeda nacional, recebido, entregue ou posto à disposição; 
III – Quanto às operações de seguro, o montante do prêmio; 
IV – Quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários: 
a) na emissão, o valor nominal mais o ágio, se houver; 
b) na transmissão, o preço ou o valor nominal, ou o valor da cotação em Bolsa, como determinar a lei; 
c) no pagamento ou resgate, o preço.
Art. 65. O Poder Executivo pode, nas condições e nos limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas ou as bases de cálculo do imposto, a fim de ajustá-lo aos objetivos da política monetária.
Observação: A Emenda Constitucional n° 3, de 1993 traz a alíquota de 1% quando fizer referência em ouro como investimento, na operação de origem (1ª operação), como por exemplo quando o banco compra ouro como artigo financeiro (é a finalidade que impõe). 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
§ 5º O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se exclusivamente à incidência do imposto de que trata o inciso V do "caput" deste artigo, devido na operação de origem; a alíquota mínima será de um por cento, assegurada a transferência do montante da arrecadação nos seguintes termos: 
I - Trinta por cento para o Estado, o Distrito Federal ou o Território, conforme a origem;
II - Setenta por cento para o Município de origem.
IPI e ICMS 
 	O IPI e o ICMS são tributos sobre consumo (impostos indiretos) e são geridos pelos princípios da não cumulatividade e por substituição. 
Não cumulatividade:
 	O principio da não-cumulatividade visa a evitar a atribulada tributação "em cascata", ou seja, busca garantir a neutralidade do IPI e do ICMS nas diversas fases da cadeia produtiva, independentemente do número de operações. O imposto total arrecadado sobre determinada mercadoria desde a sua produção até o consumo final será o mesmo independente do número de operações comerciais. Cada contribuinte suporta apenas o valor do tributo que agregou à mercadoria ou serviço.
→ Em cada etapa da circulação de mercadorias e em toda prestação de serviço sujeita ao imposto deve haver emissão da nota fiscal física ou eletrônica, ou cupom fiscal.
 	O princípio da não-cumulatividade, quer no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), quer no Imposto sobre Operações de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), atribui ao produtor ou ao promotor da operação tributada o direito-dever de compensar o crédito gerado pelo imposto incidente na matéria-prima ou na operação anterior, recolhendo o contribuinte aos cofres públicos apenas a diferença.
Obs.: a não-cumulatividade, enquanto princípio constitucional tributário, não pode ser objeto de alteraçõespor meio de Emendas Constitucionais, leis infraconstitucionais, convênio ou resolução da SRFB.
 	Dessa forma, o princípio da não cumulatividade funciona sendo o imposto cobrado sobre o valor agregado ao produto em cada etapa do processo de comercialização até a venda final ao consumidor.
 	Como o IPI e o ICMS são impostos retidos na fonte (nota fiscal), o desconto já está no valor do produto e é o vendedor que faz a tributação, mediante preço pago pelo consumidor, ou seja, o vendedor lança o tributo na nota fiscal, de modo que ele esta incluído no preço do produto. 
Substituição tributária:
 	O regime de substituição tributária caracteriza-se pelo fato de o contribuinte substituto responsabilizar-se, antecipadamente, pelo cálculo e pagamento do montante do tributo da operação própria e das sucessivas, desobrigando os contribuintes subsequentes do seu recolhimento. Tal sistemática, encerrando o ciclo de tributação, antecipa uma obrigação tributária que só seria devida quando da ocorrência no caso concreto das sucessivas hipóteses de incidência expressamente previstas em lei. 
 	A substituição tributária foi instituída no ordenamento jurídico brasileiro com um único objetivo: evitar a sonegação por meio da facilitação do controle e da fiscalização através dos órgãos competentes. Consequentemente, atingindo-se o objetivo, seria propiciada maior arrecadação do aludido imposto ao ente competente para tanto.
Obs.: Apesar da forma diferenciada da sistemática de apuração do tributo devido, tal regime não induz a qualquer alteração na essência dos institutos que os norteiam, inclusive quanto ao atendimento ao princípio da não-cumulatividade, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias com o montante cobrado nas anteriores.
 	Através do regime de substituição tributária, o tributo devido em cada operação é apurado de forma individualizada, operação a operação, seguindo rigorosamente o sistema compensatório entre débito e crédito, diferenciando-se do regime normal, onde o confronto é efetivado em períodos legalmente determinados.
 	Dessa forma, a emenda constitucional nº 03/1993, apenas um contribuinte arca com o valor total do imposto, sendo sempre o contribuinte do começo da cadeia, haja vista que, é mais fácil de fiscalizar do momento em que se origina a circulação. 
 	O fabricante libera uma pauta de valores respectivos aos produtos que serão tributados. Tal pauta é debatida junto à federação, onde é previsto “mais ou menos” o custo daquele determinado produto e consegue “estipular” em torno do quanto vai ser vendido esse objeto no mercado. O tributo será calculado com base nesse valor provisionado, tornando-se uma presunção absoluta. De qualquer forma, é um cálculo um tanto quando falho, haja vista que, tudo decorre de meras provisões, não sendo possível calcular corretamente o montante e não cabe ingressar na justiça para debater a diferença de valores, porque em tese, o contribuinte não reclama quando o Fisco cobra menos, então, também não deveria reclamar quando a Receita cobra mais.
Exemplo: Indústria de bebidas. 
IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS – IPI
→ Legislação: Artigos 46 a 51 do CTN e Decreto nº 6.006/2006.
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
IV - produtos industrializados;
§ 3º O imposto previsto no inciso IV:
I - será seletivo, em função da essencialidade do produto;
II - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores;
III - não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior.
IV - terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do imposto, na forma da lei.
→ Competência: O IPI é competência da União. 
 	O IPI é revestido de conotação extrafiscal, o que se extrai de sua submissão a regime jurídico diferenciado quanto à anterioridade da lei e à possibilidade de alteração de suas alíquotas.
Seletividade: 
A seletividade existe em razão da essencialidade do produto. 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
IV - produtos industrializados;
§ 3º O imposto previsto no inciso IV:
I - será seletivo, em função da essencialidade do produto;
 	Para que se possa bem compreender o alcance dessa regra constitucional, cumpre recordar que o IPI é considerado um imposto indireto, assim entendido aquele cujo ônus financeiro não é suportado pelo contribuinte de jure, mas sim pelo contribuinte de facto, ou consumidor final.
 	Trata -se do fenômeno da repercussão econômica do tributo ou translação tributária. O valor do imposto é embutido no preço do produto e, por essa razão, estatui a CF que a lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços, assegurando o direito do consumidor de saber a carga tributária a ser por ele suportada na aquisição desses itens.
 	Nesse contexto, portanto, a seletividade do imposto significa que a lei procederá a discriminações de tratamento estabelecidas em função da essencialidade do produto, critério apontado constitucionalmente. Em outras palavras, a exigência do IPI há de ser modulada consoante o grau de essencialidade dos produtos industrializados para o consumidor: quanto mais essenciais, menor deve ser a tributação; quanto menos essenciais, o imposto deve atingi -los com maior intensidade.
→ Paulo de Barros Carvalho dispõe sobre a classificação dos produtos industrializados para atender à seletividade de alíquotas desse imposto:
Produtos necessários: em relação aos quais a incidência há de se dar mediante alíquotas baixas, se não for possível conceder - se a isenção.
Produtos úteis: para aos quais autorizada está a tributação por meio de alíquotas moderadas.
Produtos supérfluos ou nocivos: cuja tributação há de ser efetuada mediante a aplicação de alíquotas elevadas.
 	A seletividade pode ser implementada mediante mais de uma técnica: quer pela diferenciação ou progressividade de alíquotas, quer por variações de base de cálculo, ou, ainda, pela instituição de incentivos fiscais. A técnica mais utilizada, em razão de sua eficácia, tem sido a diferenciação de alíquotas, que consiste em a lei adotar alíquotas distintas para diversas hipóteses, consoante um ou mais critérios.
Obs.: A progressividade significa a técnica de tributação segundo a qual, na medida em que aumenta a base de cálculo, aumenta a alíquota sobre ela incidente (não se aplica ao IPI). 
 	A noção de essencialidade há de ser aferida segundo as coordenadas de tempo e espaço, vale dizer, à vista de dada sociedade e em determinado momento histórico.
Não cumulatividade:
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
IV - produtos industrializados;
§ 3º O imposto previsto no inciso IV:
II - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores;
 	Preceitua o art. 153, § 3º, II que o imposto “será não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores.
 	O objetivo de tal regra é evitar -se a chamada tributação em cascata, de modo que, a incidência de imposto sobre imposto, uma vez que o IPI é um imposto plurifásico, porquanto incide em operações sucessivas.
 	A não cumulatividade visa impedir que o imposto se torne um gravame cada vez mais oneroso nas várias operações de circulação do produto, deixando-o proibitivo.
 	Estabelece -se, assim, um sistema de créditos que poderá ser usado como forma de pagamento do imposto. O contribuinte deve subtrair da quantia devida a esse título os créditos acumulados nas operações anteriores. Os créditos funcionam, assim, como autênticas moedas de pagamento do IPI.
→ Exemplo: A empresa A produz chapa de aço e a vende à empresa B. Nessa operação, incide o IPI. A empresa B, por sua vez, utiliza a chapa de aço para fabricar peças para máquinas. Quando vende a peça para a empresa C, que monta as máquinas, incide novamente

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