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VÍCIOS OU DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO

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VÍCIOS OU DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO
Tais vícios atingem a vontade ou geram repercussão social , tornando o Negócio Jurídico passível de ação anulatória ou declaratória de nulidade pelo prejudicado ou interessado
Vícios do NJ atingem os negócios jurídicos em geral, mais especificamente a manifestação da vontade ou a órbita social
Ressalte-se que os vícios ou defeitos do NJ estão no seu plano da validade
QUADRO 1
DO ERRO OU DA IGNORÂNCIA
O erro é um engano fático, uma falsa noção, em relação:
 a uma pessoa
ao objeto do NJ
a um direito
Acomete a vontade de uma das partes que celebrou o NJ
O erro merece o mesmo tratamento legal da ignorância, que é um desconhecimento total quanto ao objeto do NJ, sendo anulável o negócio toda vez que o erro ou a ignorância for substancial ou essencial (art. 139, CC) Ex.: comprar bijuteria pensando que é ouro
DO ERRO OU DA IGNORÂNCIA
Erro acidental (art. 142, CC): diz respeito aos elementos secundários, e não essenciais do NJ. Ao contrário do erro essencial, o erro acidental não gera anulabilidade do negócio, não atingindo o plano de sua validade
Erro de cálculo (art. 143, CC): não anula o NJ, mas apenas autoriza a possibilidade de retificação da declaração de vontade, hipótese de convalidação prévia.
Princípio da conservação do Negócio Jurídico
Respeito à intenção real dos negociantes
PRAZO PARA ANULAR O NJ (art. 178, II, CC): Decadencial de quatro anos, contados da celebração do negócio jurídico
DO DOLO
É o artifício ardiloso empregado para enganar alguém, com intuito de benefício próprio. É a “arma do estelionatário”.
O negócio praticado com dolo é anulável
Uma das partes do NJ utiliza artifícios maliciosos, visando a obter vantagem, geralmente com vistas ao enriquecimento sem causa
Dolo de terceiro (art. 148, CC): se a parte a quem aproveite dele tinha ciência, o NJ é anulável; se não tinha, o NJ não é anulável, mas o lesado pode pedir perdas e danos ao autor do dolo
Dolo do Representante Legal (art. 149, CC): só obriga o representado a responder civilmente até a importância do proveito que teve
DO DOLO
Classificação doutrinária
Quanto ao conteúdo:
A)Dolus bonus (Ex.:lábia do comerciante) 
B) Dolus Malus
Quando à conduta das partes:
A) Dolo positivo (Ex.: publicidade enganosa por ação)
B) Dolo negativo (Ex.: vendas de apartamentos decorados em que não se revela ao comprador que os móveis são feitos sob medida) 
C) Dolo recíproco ou bilateral
DA COAÇÃO
Pressão física ou moral exercida contra o negociante, visando obrigá-lo a assumir uma obrigação que não lhe interessa
Para viciar o NJ, a coação há de ser relevante (art. 151, CC)
Classificação:
Coação física
Coação moral ou psicológica
DO ESTADO DE PERIGO
Haverá Estado de Perigo toda vez que o próprio negociante, pessoa da família ou pessoa próxima estiver em perigo, conhecido da outra parte, sendo este a única causa para a celebração do negócio (art. 156, CC)
No estado de perigo, o negociante temeroso de grave dano ou prejuízo acaba celebrando o negócio, mediante uma prestação exorbitante, presente a onerosidade excessiva
Estado de perigo – situação de perigo conhecido da outra parte (elemento subjetivo) + onerosidade excessiva (elemento objetivo
DA LESÃO
Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta (art. 157, CC)
Para a caracterização da lesão é necessária a presença de um elemento objetivo, formado pela desproporção das prestações, a gerar uma onerosidade excessiva, um prejuízo a uma das partes, bem como um elemento subjetivo: a premente necessidade ou inexperiência, conforme art. 157, CC

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