Buscar

Teoria Geral do Direito Penal

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Teoria Geral do Direito Penal – 2º Semestre – 2016
RESUMÃO
Prezado leitor, seja bem-vindo ao maravilhoso mundo do Direito! 
O resumo que você tem em mãos foi confeccionado com o maior esmero possível, e é resultado do entendimento do autor acerca das aulas que assistiu e das pesquisas que realizou sobre o tema. 
Em razão disso, nenhum professor, aluno ou instituição é responsável por este material, especialmente a FMU e seus Ilustres docentes. Ele foi elaborado como um caderno de estudante, e exatamente por isso representa unicamente a visão do aluno sobre o que compreendeu. Por isso não há garantia de isenção de erros. Entretanto, conforme mencionado, o que você lerá foi confeccionado com muita dedicação, e por isso certamente poderá acrescentar valor aos seus estudos. 
É importante ressaltar ainda que esse material não tem fins lucrativos. O autor disponibilizou este material à todos os alunos por meio da RD, e você tem autorização para utilizá-lo como desejar, bem como para divulgar esse material a vontade. Conhecimento é para ser disseminado, multiplicado e perpetuado! 
Agradecemos sua atenção, e esperamos que este material de estudo o ajude na consecução de seus objetivos!  
REVISÃO ÉPICA DO 2º SEMESTRE
TEORIA GERAL DO DIREITO PENAL
Introdução ao estudo do Direito Penal
- Conceito de direito penal: Direito Penal é o conjunto de regras definidoras dos ilícitos penais e punições correspondentes.
- Função de tutela jurídica:
	- A principal função do direito penal é proteger bens jurídicos, porém somente os mais importantes, não todos.
	- As funções secundárias são: Servir como freio da arbitrariedade, função preventiva, punitiva, controladora de conduta, controle social e de violência, et cetera.
- Denominação: Pode ser chamada de disciplina Penal, Criminal, Repressiva ou Sancionista.
- Características do direito penal
	- Ramo do direito público
		- jus puniendi – Direito de Punir – Pertence ao Estado
		- jus persequedi – Direito de processar, direito de exercer o direito penal
	- Normativo: Porque tem como objeto o estudo da norma
	- Finalista: Tem uma finalidade que é visar à proteção dos bens jurídicos fundamentais.
	- Valorativo: Apenas violações (descritas pelo CP) mais gravosas ensejam a aplicação do direito penal
	- Sancionador: Porque estabelece sanção a violação de um bem jurídico que já foi tutelado por outros ramos do direito
	*Constitutivo: Porque estabelece pela primeira vez proteção a um determinado bem e também estabelece sanção.
- Direito penal mínimo (ultima ratio):
	- Proteção do mínimo possível dos bens jurídicos
	- Se não seguirmos isso, corremos o perigo de tornar o direito penal em simbólico.
	- Direito Penal mínimo é a diretriz contemporânea da nossa disciplina, tendo em vista que o escopo (finalidade) do nosso ramo do direito é proteger só os bens mais importantes nas situações em que os outros ramos do direito não foram suficientes para solucionar a questão. Isso não quer dizer que o direito penal é sucessivo, ou seja, que existe uma ordem no direito.
- Fragmentariedade
	- O Direito Penal só vai se apropriar de uma parte dos bens jurídicos
- Direito penal objetivo e subjetivo
	- Objetivo: São literalmente as regras descritas no ordenamento. ( Código Penal e leis fora do CP que são penais)
	- Subjetivo: É a possibilidade de punir, regulado e limitado pelo descrito no direito objetivo.
- Direito penal comum e especial
	- Diferente da legislação comum e especial
	- Comum: Enga omnes – Contratados, todas as pessoas são submetidas a lei penal
	- Especial: Diplomas penais específicos (militar e eleitoral, por exemplo), esses serão submetidos tanto ao comum quanto ao especial. Também pode acontecer de um civil infringir a lei militar.
- Direito penal material e formal:
	- Expressão obsoleta que dá a ideia que penal é de menor relevância
	- Material: Objetivo – Conjunto total de regras
	- Formal: Penal Processual – Busca a maneira que se utiliza o direito
História do Direito Penal (generalidades)
- Tempos primitivos
	- Direito surge com a necessidade a partir do momento em que começam a viver em grupos (principalmente o Penal e Civil)
	- Havia uma inquietação para entender os fenômenos naturais, interpretados como manifestações punitivas divinas.
	- Quem liderava, punia. Dizia-se saber interpretar a vontade dos deuses.
- Fase das vinganças – privada, divina e pública.
	- Vingança Privada: Em alguns lugares já tem Estado. Tratava-se da retribuição, da reação entre privados que se resolviam sem o estado.
	- Vingança Pública: Um forte exército que exercia o poder arbitrariamente, assim aplicando as regras somente aos cidadãos e não a si. Também não existia a obrigatoriedade da lei escrita e mudava a justificativa em relação àvingança divina.
		- Considerado o Período das Trevas, no qual as demonstrações primitivas e públicas do poder dos violadores, representando a morte e tortura como exemplo de obediência.
	- Vingança Divina: Civilização grega. Consistia em devolver o mal que lhe foi causado e era uma punição para satisfazer o deus ofendido.
- Período Humanitário (Escola Clássica)
	- Século XVIII: Renascimento
	- Escola Clássica: Grandes pensadores
	- Francesco Carrara (Dos Delitos e das Penas), Italiano, só considera-se crime o que está escrito na lei
	- CesareBonnesana
- Período criminológico (Escolas Positiva e Correcionalista)
	- Século XIX: Não entendiam o conceito de crime e não aceitavam o que a escola clássica falava que crimes eram cometidos por livre arbítrio e também os tipos de punição. Então, começam a surgir as punições de privação de liberdade.
	- Escola positiva: Linha de pensamento
	- CesareLambroso: Estudo do homem delinquente. Fatores endógenes e os outros dois autores abaixo completam seu pensamento.
	- Enrico Ferri: Acreditava nas influências da sociedade na prática criminosa
	- Alessandro Garafalo: Jurista. Baseado em outros concluiu que pesquisaria como resolver e punir esse problema do desenvolvimento do criminoso, surgindo assim uma forma de tratamento para que o criminoso volte para a sociedade. Eram imputados por tempo indeterminado. Arbitrariedade.
- Escolas Ecléticas: Procuram juntar ideias das escolas positivas e das escolas clássicas.
- Movimentos de política criminal contemporâneos
	- Movimento de lei e ordem: são as penas duras e com mais tempo de duração
	- Defesa social: Em defesa da sociedade
	- Nova defesa social: Sociais, Autor, Vítima. Propósito de defender os bens jurídicos.
A norma penal
- Generalidades
	- Normas incriminadoras: Tem a função de definir as infrações penais, proibindo (crimes comissivos) ou impondo (crimes omissivos) a prática de condutas, sob a ameaça expressa e específica de pena, e, por isso, são consideradas normas penais em sentido estrito.
		- Preceito Primário: Descrição do crime escrito de forma afirmativa
		- Preceito secundário: Pena
	- Normas não incriminadoras: Representam autenticas garantias dentro do procedimento de atribuição de responsabilidade penal, na medida em que pautam a atividade jurisdicional no exercício do jus puniendi estatal.
- Fontes do Direito Penal – São todas as formas ou modalidade por meio das quais são criadas, modificadas ou aperfeiçoadas as normas de um ordenamento jurídico.
	- Material: Costumes e analogias que na regra geral não são admitidas
	- Formal – A única fonte formal é a lei que provém do legislativo e de acordo com a lei ordinária (Art. 22, I, CF)
		- Mediatas: Costumes e princípios gerais
		- Imediatas: A própria lei
Aplicação da Lei Penal - Do Princípio da Legalidade
- Fundamentos e histórico
	- Só é crime o que a lei estabelecer e na medida de punição disposta na mesma
	- Previsão Legal: Art. 5º, XXXIX, CF e Art. 1º, CP
- Princípio da legalidade e da anterioridade da lei
	- Legalidade = reserva legal + anterioridade (Reserva Legal é a obrigatoriedade da previsão de ilícitos penais e penas na lei em sentido estrito; e Anterioridade da lei, de acordo comart. 1, não há crime sem lei anterior que o defina e não há pena sem prévia cominação legal)
	- Taxatividade: Obrigação do legislador de descreve um fato detalhadamente.
	- Mínimo de determinação: É o princípio que estabelece a descrição do fato criminoso que deve se dar na exata medida para que haja a individualização da conduta ilícita penal.
- Desdobramentos – lei prévia, lei escrita, lei estrita e lei certa.
- lexpraevia: lei previa; significa o princípio da anterioridade
- lexscrita: lei escrita; o direito brasileiro é escrito. Costume jamais estabelece um crime. Obs: Os costumes não têm um condão de criar ilícitos penais.
- lexstrita: lei estrita; obrigatoriedade de previsão dos crimes na lei.
- lex certa: é igual a taxatividade e mínimo de determinação.
Classificação das Leis Penais
- Leis Incriminadoras (As que descrevem o crime)
	- Completas: As completas são as recomendáveis. Essas são o ideal por descrever e definir todos os elementos do crime para a individualização da conduta (Ex: Artigos 121, CP ; Art. 129, CP), não importando se a descrição é curta ou longa.
	- Incompleta: Exemplo: Lei 2889/56. Necessita de um complemento para integrar a conduta e se dividem em:
		- Elemento normativo: é a palavra ou expressão contida na lei incriminadora que demanda um juízo de valor por parte do magistrado. (Juízo de valor é uma análise de sentido) – Exemplo: Art. 297
		- Norma penal em branco: O complemento vai aparecer em um ato normativo (qualquer diploma legal)
			- Homogênea (ou em sentido amplo)1; Mesma hierarquia
			- Heterogênea (ou em sentido estrito): Diferentes hierarquias, outro ato.Ex.: art 28; Lei 11.343/06 -> "Drogas", não sei todas e não esta em lei. Art 66, Lei 11.343/06. Portaria: 344/98
Eficácia da Lei Penal no Tempo
- Nascimento, revogação e extratividade da lei penal
	- A lei penal é uma lei condicionaria. Regras gerais também são validas para as leis penais, assim como a irretroatividade.
	- Funções extra ativas da lei penal: As exceções são “extra – ativas” que é quando a lei pode ser aplicada e são divididas em dois casos
		- Retroativa: é a possibilidade de aplicação de uma lei a fatos ocorridos antes da sua entrada em vigor
		- Ultratividade: É a possibilidade aplicação dos efeitos de uma lei após o término de sua vigência desde que completem o fato que tenha sido praticado durante a vigência da lei. Para beneficiar o réu, no caso de leis excepcionais e leis temporárias.
			- Leis excepcionais: São as que vigem por prazo indeterminado em razão de uma situação de anormalidade
			- Leis temporárias: A vigência de lei temporária.
- Combinação de leis:Pegar um pedaço da lei antiga e um pedaço da lei nova. 
	- Não há uma resposta concreta, mas a maioria dos juristas acredita que a combinação de leis não é possível. Sendo assim, uma minoria de jurista aceita a combinação de leis desde que seja para beneficiar. Eles o fazem através de uma interpretação diferente da Constituição
Do tempo do crime
- Surgiu para individualizar qual o tempo em que a lei deve ser melhor aplicada. Existem três teorias:
	- Teoria da atividade: Considera-se para julgamento o momento da prática da ação ou omissão (Art. 4 do CP)
	- Teoria do Resultado: Diz que o dia válido é o do resultado do crime. Porém, não é o adotado pelo judiciário.
	- Teoria mista: Se um homem começa a cometer um crime no brasil e termina em outro país, ele responde pela atividade e pelo resultado.
Eficácia da Lei Penal no Espaço
- Noções: A lei para ser eficaz deve ser aplicada em todo território nacional
- Território Nacional: O que é considerado território nacional? Onde o país tem soberania, composto por: Espaço de território propriamente dito, subsolo, território aéreo e mar territorial. No Direito Penal levamos em conta o território nacional jurídico.
- Extensão do Território Nacional:
	- Principio da territoriedade temperada ou relativa (Art. 5 , CP): Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. 
	- § 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. 
- § 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em voo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil. 
Lugar do Crime
- Artigo 6º do Código Penal: Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
	- Teoria da atividade: Considera-se para julgamento o lugar da prática da ação ou omissão
	- Teoria do Resultado: Diz que o lugar é o do resultado do crime. Porém, não é o adotado pelo judiciário.
	- Teoria mista: Se um homem começa a cometer um crime no brasil e termina em outro país, ele responde pela atividade e pelo resultado. (Art. 6, do CP)
Extraterritorialidade
- Conceito: É a possibilidade de aplicação da lei penal brasileira a fatos ocorridos fora do território nacional
- Artigo 7 do CP
- Incondicionada (essas envolvem a representatividade do governo)
	- Artigo 7, Parágrafo 1 do CP
	 a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; 
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; 
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; 
- Condicionada
	- Artigo 7, inciso 2 do CP
	- a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir;
- b) praticados por brasileiro; 
- c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados. 
	* Condições (Artigo 7, parágrafo 2 do CP):
		- a) entrar o agente no território nacional; 
- b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; 
- c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; 
-d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; 
- e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável. 
- Principio da nacionalidade passiva (Artigo 7, parágrafo 3)
	- “§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior:”
	- Para a aplicação dalei brasileira a casos de vítimas brasileiras em outro país somam-se as condições do parágrafo2 já descritas e as do parágrafo 3:
	- a) não foi pedida ou foi negada a extradição; 
- b) houve requisição do Ministro da Justiça. 
Pena cumprida no estrangeiro
- Artigo 8 do CP: A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas.” Ou seja, temos duas hipóteses:
	- Penas idênticas: Serve para quando a pessoas já foram condenadas no exterior, descontar a pena já cumprida de mandado pelo ordenamento brasileiro.
	- Penas diversas: As penas são de espécies diferentes, como por exemplo, a pena privativa de liberdade e a revogativa de direitos. Se a pessoa for condenada com multa e prisão, por exemplo, ocorre uma redução de pena não prevista no ordenamento, por isso é erguida pela jurisprudência.
Prazo penal
- Artigo 10 do CP: O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendáriocomum. (Só tratando de pena e se tratando de prescrições)
- Artigo 11 do CP: Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos, as frações de dia, e, na pena de multa, as frações de cruzeiro. (Trocar cruzeiros por reais)
Teoria Geral do Crime
- Terminologia:
	- Infração legal: Qualquer violação afronte as regras penais. Existem duas espécies:
		- Crime ou delito (são sinônimos)
		- Contravenção penal: São infrações menos graves, com punições mais leves. Normalmente são sanadas por multa.
	- Observação: Para menores de 18 anos que praticam infração penal, o delito é denominado ato infracional - > ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente)
-Conceito: Há 3 conceitos, sendo o mais importante para o nosso estudo, o analítico.
	- Formal: Artigo 1 da LICP – Acabou não dizendo o que é o crime e só expondo os tipos de punição de crime ou contravenção.
	- Material: Conceito doutrinário. Crimeé a violação ou ameaça de violação a um bem jurídico tutelado pelo direito penal que gira em torno do objeto.
	- Analítico (Teoria finalista): Para a Teoria finalista, toda ação ou omissão direcionada por vontade.
		- Tripartida (Hans Welzel): Divide o conceito em três elementos, ou seja, crime é um fato típico, antijurídico e culpável.
		- Bipartida: Crime seria um fato jurídico e antijurídico, sendo que a culpabilidade não é elemento do crime, mas sim, pressuposto de aplicação da pena.
Sujeito ativo (Autor ou agente)
- Conceito: Sujeito ativo é em regra a pessoa física que pratica o fato criminoso. ( Se a professora frisa que é em regra, quer dizer que existem exceções). Pessoa jurídica jamais é responsável por um homicídio, por exemplo.
- Capacidade Penal: Capacidade civil não interfere na capacidade penal. Então, quem pode sofrer punição na esfera penal? Todo mundo que tenho 18 anos ou mais, independentemente de ter discernimento ou não, tem capacidade penal.
	- Esse conceito não se confunde com o conceito de imputabilidade que é: Imputabilidade é a capacidade de discernimento. Obs.: Todo imputável tem capacidade penal, mas nem todos os capazes penais são imputáveis.
- Pessoa jurídica(artigo 225, parágrafo 3 da CF):
	- Em regra, não possui capacidade penal, mas excepcionalmente sim, porém só pessoas jurídicas da esfera privada. Fato possível pela adoção da Teoria da Realidade. Somente por crimes ambientais.
Sujeito Passivo (Vítima ou ofendido)
- Conceito: Sujeito passivo é o titular do direito violado pela prática da conduta ilícita. É importante lembrar que nem toda vítima sofre o crime.
- Espécies de sujeito passivo:
	- Formal ou indireto: Estado
	- Material ou direto: Titular do bem violado
	- Obs.: Há crimes em que o Estado é ambos: formal e material. Ex.: Servidor público
- Obs.: Crime vago tem como sujeito passivo pessoas sem personalidade jurídica. Ex.: Coletividade, família, massa falida.
- Outras observações:
- Pessoa jurídica pode ser sujeito passivo de direito penal.
- Morto: Se não é mais detentor de direitos, não pode ser mais sujeito passivo. No caso de difamação, o sujeito passivo é a família do falecido.
- Feto: Para fins penais, somente em relação a vida, a personalidade civil é antecipada. Para fins também de punir o aborto.
- Animais: Não são titulares de direitos, são tratados como bens. Assim como os objetos inanimados.
Classificação – Crimes comuns, próprios, de mãos próprias e funcionais.
- Comuns: Crimes que podem ser praticados por qualquer pessoa
- Próprios: A lei vai dizer que é que pode praticar o crime. Quanto ao sujeito, a lei determina o sujeito ativo porem admite-se concurso de pessoas tanto na modalidade de coautoria quanto na modalidade de participação
- De mão própria: A lei diz quem é o sujeito ativo, porém só é possível concurso de pessoas na modalidade de participação.
- Funcionais: Cometidos por funcionários públicos
Objeto do delito
- Espécies:
	- Objeto jurídico: Refere-se ao bem jurídico tutelado pelo direito penal. Sempre terá um objeto jurídico em cada previsão legal.
	- Objeto material: É a coisa ou pessoa sob a qual recai a conduta ilícita penal(No caso exemplificado do carro furtado enquanto o sujeito passivo está na aula, o objeto material é o carro)
Fato típico
- Seus elementos são: Conduta, Resultado naturalístico, Nexo causal e Tipicidade
Conduta
- Noções Gerais: Conduta é o primeiro elemento do fato típico e os elementos da vontade serão um desses três: Dolo, culpa e preterdolo
- Conceito: Conduta é o movimento ou inércia corporal direcionado por vontade
- Existem duas formas de conduta sem levar em conta a vontade:
	- Crime comissivo: Crime praticado por ação, movimento positivo.
	- Crime omissivo: Depende de um não fazer.
		- Próprios ou puros: No crime omissivo próprio ou puro o legislador descreve a conduta omissiva no preceito primário da lei incriminadora
		- Impróprios ou impuros ou comissivos por omissão: No crime comissivo por omissão, também chamados de impróprios, neste caso, o agente deixa de agir em uma situação em que poderia fazê-lo, sendo que é garante de acordo com o artigo 13, parágrafo 2 do Código Penal.
Do Resultado (evento)
- Jurídico: Violação efetiva do bem tutelado por meio da prática penal. Obs.: Todo crime tem resultado jurídico.
- Naturalístico: 2º elemento do crime. Modificação do mundo físico por meio da prática da conduta ilícita. Alteração do objeto material. Ex.: Homicídio, objeto = pessoa. Mudou de estado de vida -> Morte.
- Classificação Doutrinária: Só se aplica a crimes consumados/ Resultado naturalístico
	- Crimes materiais: Só se consumam com a ocorrência do resultado naturalístico. Ex.: Homicídio, furto.
	- Crimes formais: Se consumam antes da ocorrência do resultado naturalístico. Obs.: Não se trata de hipótese de tentativa. Ex.: Corrupção passiva (art.317) Formas de participar vistas pelos verbos:
		- Solicitar: Formal
		- Receber: material
		- Aceitar promessa: Formal
	- Crime de mera conduta: Se consuma com a simples atividade do agente. Sendo que nesse caso não há sequer previsão legal de resultado naturalístico. Ex: Invasão sem permissão e sem modificar o objeto, no caso o lugar.
	* Uma classificação não se transforma em outra
Da Relação de Causalidade (nexo de causalidade ou nexo etiológico)
- Introdução ao temada causalidade na omissão
- Teoria da causalidade adequada e sua aplicação
- Teoria da imputação objetiva
Superviniencia causal
- É a quebra do desdobramento causal pela prática de outra causa não esperada (Ex: Esfaqueado e atropelado)
- Causas absolutamente independentes: (Exemplo: Facada e erro médico)
	- Preexistente: É a primeira causa que mata. Exemplo: Veneno mata em vez do tiro.
	- Concomitantes: Na dúvida, os dois respondem por tentativa.
	- Supervenientes: É a segunda causa que mata. Exemplo: Morre de tiro em vez de veneno.
- Causas relativamente independentes:
Tipicidade
- Noções Gerais:
	- Quarto elemento do fato típico
	- Conduta e tipicidade SEMPRE estarão no fato típico
- Tipo penal ou legal (sinônimos): Tipo penal ou tipo legal é a descrição do fato ilícito no preceito primário das leis incriminadoras
- Tipicidade é a subsunção (vai implicar a incidência da lei no fato ocorrido que se encaixe exatamente na lei) do fato concreto na lei em abstrato.
- Nem sempre um fato típico é ilícito.
- Elemento do tipo: Um mesmo tipo penal pode conter os três elementos.
	- Objetivo: De fácil compreensão.
	- Subjeto do tipo ou do injusto: São finalidades especiais estabelecidas pelo legislador que deverão ocorrer quando da prática, da conduta principal (a qual é contida no núcleo do verbo)
	- Normativo: Palavra ou expressão contida no tipo penal que demanda um juízo de valor por parte do magistrado quando da aplicação da lei.
- A ausência da finalidade no caso concreto pode ocasionar duas consequências:
	- Primeira: O enquadramento ocorrerá em outro tipo penal.
	- Segunda: Haverá a atipicidade da conduta.
- Adequação típica: Boa maioriaconsidera sinônimo de tipicidade.
	- Subordinação direto ou imediata: Que o encaixe do fato concreto se dá diretamente, perfeitamente na lei. A subsunção se dá em um único tipo legal.
	- Subordinação indireta ou mediato: Vai ocorrer sempre que por necessário utilizar uma norma de ligação para que haja subsunção perfeita.
- Como funciona com tentativa?
	- Norma de ligação (Artigo 14, II, CP) – Combinando o artigo incriminador e o artigo 14.
	- Artigo 121, “caput”, CC. E artigo 14, II.
- Tipo Simples: (Ou base ou básica) e subordinado (ou derivado).
- Princípio da insignificância:
	- Atipicidade
	- O princípio da insignificância é a excludente de tipicidade em situações de ínfima ofensividade da conduta do agente e lesão insignificante do bem jurídico tutelado.
Crime Doloso
- Noções Gerais: Principal diferença no doloso, é que o autor quer e aceita o resultado (Artigo 18, I)
- Conceito:
	- Dolo natural: Vontade livre consciente de praticar a conduta ilícita. Pouco se importa se ela sabe ou não é ilícita.
- Teorias do Dolo
	- Da representação: Haveria dolo sempre que o agente
	- Da vontade
	- Do assentimento ou consentimento.
DÚVIDAS
- Porque o a divisão entre direito penal material e direito penal formal é obsoleta?
- Contagem do prazo

Outros materiais