Buscar

CONTESTAÇÃO PEDRO MALAQUIAS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 3ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE LINS – SP.
Processo nº 005520.13.2011.8.13.0500
 PEDRO MALAQUIAS DA SILVA, já qualificado na inicial, nos autos da AÇÃO INDENIZATÓRIA PELO RITO ORDINÁRIO, que lhe move SEGURADORA TOTAL S/A, vem respeitosamente, à presença de V. Exa., para, com fundamento nos artigos 297 e seguintes do Código de Processo Civil, bem como art. 5º, LV da CRFB/88, apresentar sua CONTESTAÇÃO, pelo que expõe e requer a Vossa Excelência o seguinte.
BREVE SÍNTESE DA LIDE
O Autor propôs a presente ação alegando que o Réu abalroou carro de sua segurada, causando danos que já foram reparados pela via administrativa, requerendo assim indenização em caráter regressivo. 
Em seus argumentos, o Autor alega que a sua segurada estava trafegando em seu carro, um Ford Focus, conforme as regras da via, estrada municipal de Lins, Estado de São Paulo, quando ao entrar em uma curva se deparou com o veículo do Réu, um VW Fox, o qual supostamente estava na contramão, resultando no acidente relatado no BRAT acostado à fl. 12. 
Requerendo provar o alegado por todos os meios em direito admitido, pede o Autor a Condenação do Réu ao pagamento do principal mais as cominações legais, inclusive os honorários advocatícios.
EM PRELIMINAR
 a) Inépcia da inicial
É inepta a petição inicial, eis que o Autor afirma ser pessoa jurídica de Direito Privado, acostando procuração outorgada por, ao que parece, diretores da sociedade anônima ora Autora, não juntando aos autos, sequer, contrato social. 
O referido documento é imprescindível, sendo possível, por ele, verificar a regularidade da representação processual, o que se dá com a análise de quais diretores possuem poderes de representação. Nesse contexto:
RECURSO DE REVISTA. MANDATO. CONTRATO SOCIAL. JUNTADA. NECESSIDADE. EXISTÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DA PARTE CONTRÁRIA. Havendo impugnação da parte contrária, o exame do estatuto social se faz necessário para aferir se a pessoa física que firmou o instrumento de mandato corresponde a alguém que detenha os poderes necessários para tal incumbência. Aplicação da diretriz traçada na Orientação Jurisprudencial nº 255 da SBDI-1 do TST. Recurso de revista conhecido e provido.
(TST - RR: 6145001020085090020 614500-10.2008.5.09.0020, Relator: Emmanoel Pereira, Data de Julgamento: 19/10/2011, 5ª Turma, Data de Publicação: DEJT 28/10/2011) (GRIFO NOSSO)
Em assim sendo, requer que V. Exa. intime o Autor para que emende a inicial no prazo legal, juntando o contrato social da empresa. Caso a parte Autora não atenda o determinado, requer o indeferimento da inicial e a consequente extinção do processo sem resolução do mérito, na forma do art. 267, I e IV, bem como 283 e 295, todos do CPC, visto que ausente pressuposto processual de validade intrínseco.
MÉRITO
Caso V.Exa. não entenda por bem acolher a alegação feita preliminarmente, no mérito, o pedido da ação deverá ser julgado improcedente, pelos motivos que passa a expor:
Alega o Autor que o Réu vinha na contramão na hora e dia do fato ocorrido, causando assim o suposto abalroamento. 
A referida estrada possui duas pistas de rolamento, uma em sentido contrário a outra, ambas em péssima conservação, ostentando buracos em toda a sua extensão. Ademais, a sinalização no local é precária, não possuindo indicações de curva ou lombadas. 
Tais fatos foram omitidos pelo Autor, por simples motivos. A uma, porque foi a segurada do Autor que vinha na contramão, visando desviar dos buracos em seu lado da pista, os quais a pegaram de surpresa. O Réu conhece demais o local, já que lá residir e trafega constantemente, inclusive em razão do seu ofício, pois é motorista profissional, razão pela qual não trafegaria em contramão, mesmo sabendo da existência de buracos na pista, pois sempre reduz a velocidade ao passar por um.
A duas, porque no momento do acidente a Autora pediu ao Réu que retirasse o veículo do local para que não atrapalhasse o fluxo normal, sendo que este prontamente atendeu, incutido pela boa-fé e intenção de não atrapalhar o trânsito. Dessa forma, verifica-se que o Réu foi ludibriado pois se a perícia fosse feita na posição em que se encontravam os veículos, ficaria cristalino que o acidente foi causado por um ato da segurada da Autora. 
Por derradeiro, o BRAT de fls. 12, embora o local estivesse desfeito, ratifica a versão do Réu, mostrando que realmente os fatos não se deram como narrado na inicial. 
Apenas por amor ao debate, caso, porém, entenda V. Exa. por julgar o pedido da ação procedente, o Réu requer seja realizada perícia para aferição do eventual prejuízo sofrido pela segurada da Autora, uma vez que esta acostou aos autos três orçamentos, de cunho unilateral, os quais não correspondem à atual realidade dos fatos, sendo que também opta a Autora pelo orçamento mais caro, não agindo assim com a boa-fé.
Requer a concessão dos benefícios da Assistência Judiciária integral, por ser o Réu pobre na acepção jurídica do termo, laborando como motorista, não tendo condições de dispor de qualquer importância, para recolher custas e despesas processuais, honorários de Advogados e peritos, bem como demais gastos.
Ante ao exposto, com fundamento no artigo 5º, inciso LXXIV c.c. artigo 4º, da Lei 1.060/50, sob as cominações da Lei 7.115/83, requer a concessão da gratuidade da Justiça.
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito, em especial pelo depoimento pessoal do Autor, sob pena de confesso, bem como pela prova pericial, testemunhal e documental suplementar.
Termos em que, pede deferimento.
Rio das Ostras, 20 de agosto de 2011.
 LUIZ CASTRO FREAZA FILHO
Advogado
OAB/VT 154.268
Escritório para intimações: Rua X, n. 12, Bairro Hortoflores, Cosmolândia

Outros materiais