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Resumo de Parasitologia - Helmintos

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Introdução
Conceitos importantes em parasitologia:
Zoonoses: doenças que são naturalmente transmitidas entre humanos e animais vertebrados
Hábitat: é o ecossistema local ou órgão onde determinada espécie ou população vive
Profilaxia: é o conjunto de medidas que visa a prevenção, erradicação ou controle de uma doença ou de um fato prejudicial aos seres vivos; as medidas profiláticas sempre dependem dos fatores epidemiológicos.
Hospedeiro Definitivo: é o que apresenta o parasito em sua fase de maturidade ou de reprodução sexuada.
Hospedeiro Intermediário: é o que apresenta o parasito em sua fase larvária ou assexuada
Patogenia: é o mecanismo com o agente etiológico que provoca lesões no hospedeiro.
Infestação: é o alojamento, desenvolvimento e reprodução de artrópodes na superfície do corpo, vestes ou moradia de humanos e animais.
Vetor: veículo que transmite um parasito entre dois hospedeiros.
Portador: hospedeiro infectado que alberga o agente etiológico, sem manifestar sintomas, porém capaz de transmiti-lo a outrem
Período Pré-patente: é o período que decorre entre a penetração do agente etiológico e o aparecimento das primeiras formas detectáveis do agente etiológico.
Período de Incubação: é o período decorrente entre a penetração do agente etiológico e o aparecimento dos primeiros sintomas clínicos.
Infecção: penetração e desenvolvimento ou multiplicação de um agente etiológico no organismo humano ou animal.
Patologia: doenças e as alterações que estas provocam no organismo
Agente etiológico: é o agente causador ou responsável por uma doença
Reservatório: é qualquer local, vegetal, animal ou humano onde vive e multiplica-se um agente etiológico e do qual é capaz de atingir outros hospedeiros.
Parasitemia: representa o número de parasitos que estão presentes na corrente sanguínea de um paciente.
Ações do parasito sobre o hospedeiro: 
Espoliativa: absorvem nutrientes e sangue do hospedeiro
Tóxica: produzem enzimas ou metabolitos que podem lesar o hospedeiro
Mecânica: impedem o fluxo de alimentos, de bile ou a absorção alimentar
Traumática: migrações cutâneas e pulmonares, lesões hepáticas, úlceras intestinais, rompimento de hemácias. 
Irritativa: a presença constante irrita o local parasitado
Enzimática: penetração pela pele, ou mucosa intestinal
Anóxia: destroem ou consomem hemácias, diminuindo a quantidade de oxigênio para os tecidos.
Ascaridíase – Ascaris lumbricoides
Conhecidos como: Lombriga ou bicha
Parasitam: Intestino delgado de humanos ou suínos (principalmente jejuno e íleo)
Geoelmintos: SIM
Localização ectópica: Apêndice cecal (apendicite aguda), Canal colédoco (obstrução), Canal de Wirsung (pancreatite aguda), eliminação do verme pela boca e narina.
Hospedeiro: Monoxênico. 
Distribuição geográfica: Cosmopolita com frequência variada.
Zoonose: NÃO
Grupo de maior incidência: Crianças com menos de 12 anos.
Controle: saneamento básico; educação em saúde; tratamento de pessoas infectadas; proteção de alimentos contra insetos e poeira.
Ação no hospedeiro: Ocorre em casos mais agudos; 
 Espoliativa: consumo de carboidratos, lipídeos, proteínas e vit A e C desnutrição e problemas físicos e mentais
 Mecânica: irritação na parede intesnital e podem enovelar-se na luz intestinal intestino preso. 
 Toxica: reação entre antígenos parasitários e e anticorpos do hospedeiro edema, urticária e convulsões.
 Traumática: sua migração dentro do organismo lesão hepática
Patogenia: geralmente sem complicações, em infecções mais graves podem ocasionar lesão hepática e pulmonares. A migração das larvas pelos alvéolos pulmonares podem determinar um quadro pneumônico com febre, tosse, dispneia e eosinofilia dependendo da quantidade. Bem como síndrome de Loeffler, catarro sanguinolento e com larvas. 
Machos: A
 Tamanho: 20 a 30 cm
 Cor: Leitosa
 Órgão sexual: 1 testículo tubular longo e enovelado, canal deferente, 
canal ejaculador retilíneo, cloaca e espículos.
 Extremidade anterior: Boca. Contornada por 3 lábios com serrilha e dentículos
 Extremidade posterior: Fortemente encurvada para a face ventral.
 Esôfago: Musculoso
 Intestino: Retilíneo
Fêmea: B
Tamanho: 30 a 40 cm 
 Órgão sexual: 2 ovários, filiformes que continuam com ovidutos que e diferenciam em úteros que vão se unir em uma única vagina que se exterioriza pela valva.
 Extremidade anterior: Valva
 Extremidade posterior: retilínea.
Ovos: podem ser férteis 1 ou inférteis 2
 Tamanho: grandes (50mm de diâmetro)
 Cor: brancos, mas ficam castanhos por causa do contato com as fezes.
 Formato: oval
 Cápsula: SIM, espessa.
 Ovos inférteis: SIM, são mais alongados com mebrna mamilada mais alongada.
Ciclo Biológico:
2: O ovo contento L3 vai ser ingerido 
3: Vai atravessas todo o trato gastrointestinal. 
4: As larvas vão eclodir no intestino delgado.
5: As larvas atravessam a parede intestinal na altura do ceco e caem nos vasos linfáticos e veias.
6: 2-3 dias chegam ao coração, CICLO DE LOSS, 4-5 dias chegam nos pulmões, lá as larvas vão sofrer uma muda para L4. Rompem os capilares, e caem nos alvéolos, onde mudam para L5.
7: L5, vão subir pela arvore brônquica e traqueia chegando a faringe, onde podem ser expelidas ou deglutidas, voltando pro estômago e fixando-se no intestino delgado.
8: Transformam-se em adultos jovens 20-30 dias, em 60 dias alcançam maturidade e fazem a cópula.
9: Os ovos já podem ser encontrados nas fezes.
10: L1, larva rabditoide.
11: Após uma semana sofre a primeira muda, tornando-se L2.
12: Sofre outra muda e torna-se L3, filarióide do tipo infetante. (ESSA É A FORMA QUE VAI SER INGERIDA E INFECTAR).
Transmissão:
Diagnóstico: 
 Clínico: usualmente é um quadro subclínico; abdome agudo; obstrução intestinal; má digestão; cólicas intermitentes; desconforto abdominal; dor epigástrica; náuseas, anorexia e emagrecimento. Manchas brancas circulares. 
 Laboratorial: Kato-Katz (pesquisa quantitativa de ovos nas fezes).
Tratamento: 
 Piperazina: provoca a paralisia muscular flácida do helminto e permite sua expulsão passiva.
 Pomato de Pirantel: promove a paralisia espástica.
 Oléo mineral: ajuda a sair.
 Levamisol, mebendazol, albendazol e flubendazol: anti-helmínticos de amplo espectro.
Acylostomidae – Ancilostomose
Conhecidos como: Amarelão
Parasitam: Intestino delgado de humanos.
Geoelmintos: SIM
Hospedeiro: homem
Distribuição geográfica: Ampla; regiões temperadas e tropicais.
Zoonose: NÃO
Grupo de maior incidência: Crianças maiores de 6 anos, adolescentes e idosos.
Controle: saneamento básico; educação em saúde; tratamento de pessoas infectadas; suplementação alimentar de Fe.
Ação no hospedeiro: Ocorre em casos mais agudos; 
 Espoliativa: consumo de sangue anemia
 Traumática: sua migração pequenas postulas e ulcerações
Patogenia: As larvas podem provocar lesões traumáticas nos locais de penetração seguidas de fenômenos vasculares; dor abdominal, anemia, diarreias, perda de apetite, emagrecimento; crescimento e desenvolvimento mental. 
Acylostoma duodenale 
 Machos: 
Tamanho: 8 a 11mm
Cor: róseo-avermelhada 
Órgão sexual: bolsa copuladora
Extremidade anterior: curvada dorsalmente; capsula bucal profunda com dois dentes ventrais, dois dentes subventrais triangulares.
Extremidade posterior bolsa copuladora.
 Fêmea: 
Tamanho: 10 a 18 mm 
Órgão sexual: vulva no terço posterior
Extremidade posterior: afilada com um pequeno 
processo espiniforme terminal e anus.
 
Ovos: 
Tamanho: grandes (60 mm de diâmetro)
Formato: oval
Necator americanos:
Machos:
Tamanho: 5 a 9 mm
Cor: róseo-avermelhada 
Órgão sexual: bolsa copuladora
Extremidade anterior: curvada dorsalmente; capsula bucal profunda com duas lâminas cortantes semilunares na margem interna subdorsal, e duas lâminas cortantes internas subventrais. No fundo da cápsula bucal tem um dente longo sustentado por dois dentículos triangulares subventrais. 
Extremidade posterior bolsa copuladora;lobo dorsal simétrico aos dois laterais. 
Fêmeas:
 Tamanho: 9 a 11 mm 
Órgão sexual: vulva no terço anterior
Extremidade posterior: afilada e anus no final da cauda.
Ciclo Biológico:
1: Os ovos que foram eliminados para o exterior precisam de um ambiente propicio para se desenvolverem. Assim forma-se a L1 rabiditóide.
2: L1 do tipo rabiditóide vai eclodir. No ambiente ela vai se alimentar de matéria orgânica e microrganismos. Vai haver a perda de uma cutila externa que sera substiuida por uma nova e então ocorre a muda para L2 rabiditóide. 
3: Vai haver outra troca de cutícula interna coberta pela externa, transformando-se em L3 filarióide infectante. Por causa da cutícula externa não vai se alimentar.
4: L3 vai penetrar na pele do hospedeiro 
5: Através da pele, as larvas vão para a corrente sanguínea e alcançam a circulação sanguínea ou linfática ate chegar ao coração e pulmões.
 Nos alvéolos pulmonares, migram para os brônquios, atingem traqueia, faringe e laringe, quando então são ingeridas pelo hospedeiro e alcançam o intestino delgado. Durante 2-7 dias a larva perde sua cutícula e sofre a muda para estágio L4. Após 8 dias a larva começa a exercer parasitismo hematófago, fixando sua capsula bucal no duodeno. 15-30 dias depois a larva sofre outra muda, para L5. 
 Os ovos são liberados nas fezes desde o período pre-latente em crca de 35-60 dias para A. Duodenale e 42-60 dias para N. americanos. 
Transmissão: Mais frequentemente através do contato com solo contaminado.
Diagnóstico: 
 Clínico: baseasse na anamnese, associada a sintomas cutâneos, pulmonares e intestinais seguidos ou não de anemia. 
 Laboratorial: Hoffmam, Pons e Jenner (sedimentação espontânea).
Tratamento: 
 Pomato de Pirantel: promove a paralisia espástica.
 Levamisol, mebendazol, albendazol e flubendazol: anti-helmínticos de amplo espectro.
Enterobius vermicularis - Enterobíase
Conhecidos como: Oxiúros 
Parasitam: ceco, apêndice vermiforme e região perianal. 
Geoelmintos: 
Localização ectópica: vagina (vanigite, metrite, salpingite, e ovarite), útero e bexiga
Hospedeiro: Monoxênico. 
Distribuição geográfica: Cosmopolita com frequência variada.
Zoonose: NÃO
Grupo de maior incidência: Crianças em idade escolar
Controle: saneamento básico; educação em saúde; tratamento de pessoas infectadas; a roupa de cama do infectado não deve ser sacudida, mas deve ser lavada com agua fervente; limpeza domestica.
Patogenia: Prurido anal, observação do verme.
Machos: 
 Tamanho: 5mm por 0,2 mm
 Cor: branca
 Órgão sexual: 1 testiculo; espiculo.
 Extremidade anterior: lateralmente a boca. Expansões vesiculosas “asas cefálicas”
 Extremidade posterior: Fortemente encurvada para a face ventral.
 Esôfago: claviforme
Fêmea: 
 Tamanho: 01 cm por 0,4 mm
 Órgão sexual: vulva, na porção média anterior
 Extremidade anterior: órgão sexual
 Extremidade posterior: cauda pontiaguda e longa
Ovos: podem ser férteis 1 ou inférteis 2 
 Tamanho: 50mm por 20mm de diâmetro
 Formato: D
 Membrana: dupla, lisa e transparente.
Ciclo Biológico:
1: Os ovos eliminados, já embrionados se tornam infectantes em poucas horas.
2: Os ovos serão ingeridos pelo hospedeiro.
3: no intestino delgado as larvas rabditoides esclodem e transformam-se em vermes adultos. 
4 e 5: 1 a 2 meses depois as fêmeas já são encontradas na região perianal e os machos são liberados nas fezes. Não havendo reinfecção o parasitismo extingue-se ai.
Transmissão: 
 
 Indireta: quando ocorre com os ovos do próprio hospedeiro
 Autoinfecção: externa: levam os ovos da região perianal na boca. 
 Autoinfecção: interna: larvas do reto migram pro ceco.
 Retro infecção: as larvas eclodem na região perianal e do anus migram pro intestino grosso chegando ate o ceco onde se transformam em vermes adultos.
Diagnóstico: 
 Clínico: baseasse na constatação de prurido anal.
 Laboratorial: Graham (fita adesiva).
Tratamento: 
 Pomato de Pirantel: promove a paralisia espástica.
 Levamisol, mebendazol, albendazol e flubendazol: anti-helmínticos de amplo espectro.
Strongiloides stercoralis - Estrogiloidíase
Parasitam: Parede do intestino (principalmente jejuno e duodeno).
Geoelmintos:SIM
Hospedeiro: Homem, gatos, cachorros e macacos
Distribuição geográfica: ampla; principalmente em regiões tropicais 
Zoonose: SIM
Grupo de maior incidência: Crianças
Controle: saneamento básico; educação em saúde; tratamento de pessoas infectadas; lavagem de alimentos e melhoria na alimentação, utilização de calçados
Ação no hospedeiro: Ocorre em casos mais agudos; 
 Espoliativa: consumo de proteínas enterite
 Mecânica: interferem na absorção intestinal diarréia 
 Toxica: reação entre antígenos parasitários e e anticorpos do hospedeiro edema, urticária e convulsões.
 Traumática: sua migração dentro do organismo lesão hepática
 Antigênica:
 Irritativa:
Patogenia: geralmente são assintomáticos; em casos agudos podem provocar diarreia, enterite, infecções parasitarias e bacterianas associadas, comprometimento da resposta imunitária, alcoolismo crônico.
Macho: 
 Tamanho: 0,7 a 0,04 mm
 Órgão sexual: testículos, vesícula seminal, canal deferente, canal ejaculador e cloaca. 2 espiculos auxiliares e gubernáculo.
 Extremidade anterior: arredondada; boca com 3 lábios
 Extremidade posterior: recurvada ventralmente
 Esôfago: longo
 Intestino: simples
Fêmea: 
Tamanho: 1,7 a 2,5 cm 
 Órgão sexual: Útero em disposição anfidelfa, ovários, ovidutos e vulva no terço posterior do corpo. 
 Extremidade anterior: Arredondada; boca contento 3 lábios
 Extremidade posterior: Afilada; anus 
Ovos
 Tamanho: 0.05 mm por 0,03mm
 Formato: elípticos 
 Cápsula: SIM, fina. 
Ciclo Biológico:
Transmissão: 
 
 Hétero ou primo-infecção: as larvas penetram pela pele ou mucosas
 Autoinfecção externa: larvas presentes na região perianal transformam-se em larvas filarióides infectantes e penetram por lá mesmo. 
 Autoinfecção interna: larvas ainda na luz intestinal transformam-se em larvas filarióides infectantes e penetram na mucosa intestinal. 
Diagnóstico: 
 Clínico: subclinico; todos os sintomas são comuns as outras helmatíases intestinais.
 Laboratorial: Baermann-Moares e de Rugai (baseados no hidro e termotropismo das larvas)
Tratamento: 
 Açbendazol: atua sobre as femeas e larvas.
 Tiabendazol: atuando apenas nas femas, inibindo as vias metabólicas do parasito.
 Ivermectina
Trichuris trichiura - Tricuríase
Parasitam: Intestino grosso (principalmente ceco e cólon ascendente)
Geoelmintos: SIM
Localização ectópica: 
Hospedeiro: humanos, porcos e macacos.
Distribuição geográfica: Cosmopolita. Porem prevalente em locais de clima úmido.
Zoonose: NÃO
Grupo de maior incidência: Crianças com menos de 15 anos.
Controle: saneamento básico; educação em saúde; tratamento de pessoas infectadas; proteção de alimentos contra insetos e poeira.
Ação no hospedeiro: Ocorre em casos mais agudos; 
 Espoliativa: sangue desnutrição e problemas físicos e mentais
 Toxica: as glândulas esofagianas do parasito secretam enzimas proteolíticas que lisam enetrócitos que serão sua fonte de alimento edema, urticária e convulsões.
 Mecânica: Obstrução do intestino prolapso retal
Patogenia: em pacientes com um nível considerado baixo de parasitos vai ser assintomático; no caso da infecção moderada, o paciente vai apresentar dores de cabeça, dor epigástrica, dor no baixo abdome, náusea e vômito; em infecções intensas pode haver, principalmente em crianças, síndrome desentérica crônica, diarreia intermitente, presença de muco sanguinolento, desnutrição grave, anemia, e prolapso renal. O processo de inflamação pode ser particularmente grave quando os vermes atingem o reto, sendo observados edemas e sangramento da mucosa retal que provavelmente é responsável por iniciar o reflexo da defecação.
Machos: 
 Tamanho:3 a 5 cm menor
 Cor: Leitosa
 Órgão sexual: 1 testículo, canal deferente, 
canal ejaculador retilíneo, 1 espículo.
 Extremidade anterior: Boca; com capsula bucal muito reduzida ou ausente.
 Extremidade posterior: Fortemente curvada ventralmente. Sistema reprodutor simples, intestino e anus. 
 Esôfago: afilado, com pouca musculatura desenvolvida. 
 Intestino: Retilíneo
Fêmea: 
Tamanho: maior 
 Órgão sexual: 1 ovário, útero que abrem na vulva.
Ovos: Tamanho: grandes (50mm por 22mm de diâmetro)
 Formato: elíptico 
 Poros: salientes e transparentes preenchidos por material lipidico
Ciclo Biológico:
1: Fêmeas e machos que habitam no intestino grosso se reproduzem e os ovos são eliminados nas fezes.
2: O período de desenvolvimento das larva depende de condições ambientais e ocorre em cerca de 21 dias em temperatura média de 25 °C.
3: Ovos tornando-se embrionados
4: Ovo infectante.
5: O ovo segue pelo esôfago e atinge o estômago onde é semidigerido, a larva vai eclodir no duodeno e migrar para o ceco, durante essa migração, sofre 4 mudas e cerca de um mês depois iniciam a postura.
Transmissão: o ovos são eliminados com as fezes do hospedeiro, portanto contaminam o ambiente em locais sem saneamento básico. Ainda sim podem ser disseminados pelo vento, moscas e podem contaminar a agua e alimentos.
Diagnóstico: 
 Clínico: inespecífico.
 Laboratorial: Kato-Katz (pesquisa quantitativa de ovos nas fezes).
Tratamento: 
Mebendazol e albendazol: anti-helmínticos de amplo espectro.
Wuchereria bancrofti – Filariose Linfática
Parasitam: vasos e gânglios linfáticos. (principalmente nas regiões pélvica, mamas e braço)
Localização ectópica: vasos sanguíneos, tecido subcutâneo e cavidade peritoneal
Hospedeiro: artrópodes, acidentalmente humanos.
Distribuição geográfica: Regiões de clima tropical e subtropical.
Zoonose: SIM
Controle: saneamento básico; educação em saúde; tratamento de pessoas infectadas; combate ao vetor.
Ação no hospedeiro: Ocorre em casos mais agudos; 
 Irritativa: a presença dos vermes adultos no vasos linfático e os produtos de seu metabolismo ou desintegração fenômenos inflamatórios
 Mecânica: presença de vermes adultos nos vasos linfáticos estase linfática, inforragia, edema linfático, ascite linfática, linfocele e linfúria. 
Patogenia: Fenômenos imunológicos, principalmente alérgicos, induzem a patogenia, como por exemplo a eosinofilia pulmonar tropical e elefantíase.
Machos: 
 Tamanho: 3, a 4 cm
 Cor: Leitosa
 Órgão sexual: 1 testículo tubular longo e enovelado, canal 
deferente, canal ejaculador retilíneo, cloaca e espículos
 Extremidade anterior: afilada
 Extremidade posterior: enrolada ventralmente.
Fêmea: 
Tamanho: 7 a 10 cm 
 Órgão sexual: 2 ovários, filiformes que continuam com ovidutos que e diferenciam em úteros que vão se unir em uma única vagina e vulva.
 Extremidade anterior: vulva 
Microfalárias: 
 Tamanho: 250 a 300 mm
 Membrana: SIM, como uma bainha flexível.
Ciclo Biológico: 
1: As larvas penetram no hospedeiro durante a hematofagia.
2: migram para os vasos linfáticos
3: Tornam-se vermes adultos e de 7-8 meses depois as fêmeas já produzem as microfalárias.
4: Ao exercer a hematofagia em pessoas parasitadas, a fêmea do mosquito ingere microfalárias.
5: as microfalarias perdem a bainha no estomago e migram para o tórax se alojando nos músculos
6: nos músculos toráxicos se transformam em L1.
7: transformam-se em L2
8: 10-15 dias depois sofre a muda para L3 infectante e migra pelo inseto ate alcançar o aparelho picador concentrando-se no lábio do mosquito. 
Transmissão: Unicamente pela picada do inseto vetor
Diagnóstico: 
 Clínico: febre recorrente, adenolinfagite, alterações pulmonares
 Laboratorial: técnica da gota espessa, realizada com 20 a 100mil de sangue colhido por pulsão capilar digital.
Tratamento: 
 DEC (citrato de dietilcarbamazina): contra o parasito.
Teníase e Cisticercose
Conhecidos como: Solitária
Parasitam: Intestino delgado (tênia), tecidos do hospedeiro intermediário (cisticercose)
Hospedeiro: homem (tênia); acidentalmente o homem (cisticerco)
Distribuição geográfica: cosmopolita
Zoonose: SIM
Grupo de maior incidência: populações que tem habito de comer carne crua ou mal cozida
Controle: saneamento básico; educação em saúde; tratamento de pessoas infectadas; evitar o contato de porcos com fezes humanas; inspeção dos matadouros;
Ação no hospedeiro: Ocorre em casos mais agudos; 
 Tóxica: excretam substâncias alergia
 Mecânica: fixação na mucosa hemorragias
 Irritativa: destruição do epitélio produz inflamação com o infiltrado celular
Patogenia: 
 Teníase: Tontura, astenia, vômito, apetite excessivo, náuseas, alargamento do abdome, dores de vários graus, perda de peso; Obstrução intestinal provocada pelo estróbilo, penetração da proglote no apêndice (raro).
 Cisticercose: dores de cabeça frequentes, convulsões, transtornos de visão, alterações psiquátricas, vômitos, infecções na coluna, demência e perda da consciência. A maioria das pessoas com cisticercose nos músculos não apresenta sintomas.
Tenia saginata:
Cor: leitosa 
 Órgãos sexuais: masculinos e femininos no estróbilo
 Meio: Colo, porção mais delgada do corpo onde as células do parênquima estão em intensa atividade de multiplicação, é a zona de crescimento do parasito e de formação das proglotes.
 Extremidade anterior: Excólex inerme (pequena dilatação que funciona como órgão de fixação à mucosa do intestino), ventosas arrendondadas e proeminentes.
 Extremidade posterior: Estróbilo (quando mais afastada do escolex mais evoluídas são as proglotes)
 Tenia solium:
Extremidade anterior: Escólex globuloso com um rostelo na posição central entre as ventosas, armado com dupla fileira de acúleos em formato de foice.
Ovos: 
 Tamanho: 30 mm de diâmetro
 Formato: esféricos 
 Membrana: casca protetora
Cicticerco:
 Tamanho: 12mm 
 Membrana: externa ou cuticular, celular o uintermediaria e reticular ou interna
Ciclo Biológico: 
Teníase:
 1: O homem infectado vai liberar as proglotes grávidas para o exterior. Então, elas vão se romper e liberar milhares de ovos no solo.
 2: Os ovos vão ser ingeridos pelo hospedeiro intermediário.
 3: Os ovos vão eclodir no duodeno do animal e se diferenciar em oncosferas. Estes vão migrar até atingir a corrente sanguínea, de onde conseguem chegar a todos os tecidos.
 Essas oncosferas vão se desenvolver em cisticercos e vão se estabelecer em qualquer tecido mole, preferencialmente músculos (coração, cérebro, língua, masseter)
 4: A carne crua ou mal cozida contendo o cisticerco vai ser ingerida pelo homem. Chegando no estômago, ele vai sofrer a ação do suco gástrico, vai chegar até o intestino delgado onde vai se fixar. Vai se tornar uma tênia adulta e dentro de 3 meses já vai liberar proglotes gravidas.
Cisticercose: ocorre através da ingestão de ovos de Tênia, no intestino elas vão eclodir e atingir o sistema circulatório até chegar ao cérebro, olhos e músculos.
Transmissão: através da ingestão de carne contaminada com cisticercos (Teníase) ou pela ingestão dos ovos de Tênia (cisticercose) 
Diagnóstico: 
 Clínico: procedência do paciente, hábitos higiênicos, ingestão de carne de porco ou boi mal cozida e o relato de teníase do paciente ou familiar é relevante.
 Laboratorial: Tecnica de tamização, que consiste na lavagem das fezes em peneira fina para recolher proglotes e identifica-las. 
Tratamento: 
 Teníase: niclosamida e praziquantel
 Neurocisticercose: albendazol, anticonvulsivantes e corticosteroides
Onchocerca volvulus - Oncocercose
Conhecida como: cegueira dos rios
Parasitam: vasos e gânglios linfáticos. (principalmente nas regiões pélvica, mamas e braço)
Localização ectópica: vasos sanguíneos, tecido subcutâneo e cavidade peritoneal
Hospedeiro: artrópodes, acidentalmente humanos.
Distribuição geográfica: NÃO TEM NO BRASIL. Ásia e África.Zoonose: SIM
Grupo de maior incidência: crianças acima de 4 anos, adolescentes e adultos
Controle: saneamento básico; educação em saúde; tratamento de pessoas infectadas; combate ao vetor.
Ação no hospedeiro: Ocorre em casos mais agudos; 
 Irritativa: a presença dos vermes adultos no vasos linfático e os produtos de seu metabolismo ou desintegração fenômenos inflamatórios
 Mecânica: presença de vermes adultos nos vasos linfáticos estase linfática, inforragia, edema linfático, ascite linfática, linfocele e linfúria. 
Patogenia: Fenômenos imunológicos, principalmente alérgicos, induzem a patogenia, como por exemplo a eosinofilia pulmonar tropical e elefantíase. O sintomas aparecem mais cedo.
Machos: 
 Tamanho: 2 a 4 cm
 Cor: Leitosa
Fêmea: 
Tamanho: 40 a 50 cm
Microfalárias: 
 Tamanho: 230mm
Ciclo Biológico:
Transmissão: ocorre exclusivamente por insetos do gênero anopheles
Diagnóstico: 
 Clínico: febre recorrente, adenolinfagite, alterações pulmonares
 Laboratorial: técnica da gota espessa, realizada com 20 a 100mil de sangue colhido por pulsão capilar digital.
Tratamento: 
 DEC (citrato de dietilcarbamazina): contra o parasito.
Schistosoma Masoni – Esquistossomose 
Conhecida como: barriga d’agua
Parasitam: Intestino, sistema porta-hepatico.
Geoelmintos: SIM
Localização ectópica: 
Hospedeiro: homem, e o intermediário é o caramujo.
Distribuição geográfica: América, África, e Antilhas.
Zoonose: SIM
Controle: saneamento básico; educação em saúde; tratamento de pessoas infectadas; evitar ecoturismo em locais com caramujos. 
Patogenia: No momento da contaminação pode ocorrer uma reação do tipo alérgica na pele com coceira e vermelhidão, desencadeada pela penetração do parasita. Esta reação ocorre aproximadamente 24 horas após a contaminação. Após 4 a 8 semanas surge quadro de febre, calafrios, dor-de-cabeça, dores abdominais, inapetência, náuseas, vômitos e tosse seca. Fígado e baço aumentados e ínguas pelo corpo (linfonodos aumentados ou linfoadenomegalias). Fadiga, dor abdominal em cólica com diarréia intermitente ou disenteria.
Machos: 
 Tamanho: 6 a 10 cm
 Cor: Leitosa
 Órgão sexual: canal deferente, poro genital canal ginecofor.
 Extremidade anterior: ventrosa oral
 Extremidade posterior: canal ginecófaro 
 Esôfago: que se bifurca no nível do acetábulo e funde-se formando o ceco único que termina na extremidade posterior 
Fêmea: 
Tamanho: 1,5 cm
 Cor: mais escura
 Órgão sexual: 1 ovário, útero que abrem na vulva.
Ovos: 
 Tamanho: 150mm
 Cor: escura
 Formato: oval com espiculo
 Cápsula: SIM, espessa.
Miracídio: 
 Tamanho: 160mm 
 Forma: cilíndrica
 Ciliado: SIM
 Extremidade anterior: papila apical
Cercária: 
 Tamanho: 500mm
 Extremidade anterior: ventosa oral
 
Ciclo Biológico:
 
Transmissão: Os ovos eliminados pela urina e fezes dos homens contaminados evoluem para larvas na água, estas se alojam e desenvolvem em caramujos. Estes últimos liberam a larva adulta, que ao permanecer na água contaminam o homem. 
Diagnóstico: 
 Clínico: anamnese, hábitos e contato com agua 
 Laboratorial: Kato-Katz (pesquisa quantitativa de ovos nas fezes).
Tratamento: 
 Praziquel

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