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Introdução Conceitos importantes em parasitologia: Zoonoses: doenças que são naturalmente transmitidas entre humanos e animais vertebrados Hábitat: é o ecossistema local ou órgão onde determinada espécie ou população vive Profilaxia: é o conjunto de medidas que visa a prevenção, erradicação ou controle de uma doença ou de um fato prejudicial aos seres vivos; as medidas profiláticas sempre dependem dos fatores epidemiológicos. Hospedeiro Definitivo: é o que apresenta o parasito em sua fase de maturidade ou de reprodução sexuada. Hospedeiro Intermediário: é o que apresenta o parasito em sua fase larvária ou assexuada Patogenia: é o mecanismo com o agente etiológico que provoca lesões no hospedeiro. Infestação: é o alojamento, desenvolvimento e reprodução de artrópodes na superfície do corpo, vestes ou moradia de humanos e animais. Vetor: veículo que transmite um parasito entre dois hospedeiros. Portador: hospedeiro infectado que alberga o agente etiológico, sem manifestar sintomas, porém capaz de transmiti-lo a outrem Período Pré-patente: é o período que decorre entre a penetração do agente etiológico e o aparecimento das primeiras formas detectáveis do agente etiológico. Período de Incubação: é o período decorrente entre a penetração do agente etiológico e o aparecimento dos primeiros sintomas clínicos. Infecção: penetração e desenvolvimento ou multiplicação de um agente etiológico no organismo humano ou animal. Patologia: doenças e as alterações que estas provocam no organismo Agente etiológico: é o agente causador ou responsável por uma doença Reservatório: é qualquer local, vegetal, animal ou humano onde vive e multiplica-se um agente etiológico e do qual é capaz de atingir outros hospedeiros. Parasitemia: representa o número de parasitos que estão presentes na corrente sanguínea de um paciente. Ações do parasito sobre o hospedeiro: Espoliativa: absorvem nutrientes e sangue do hospedeiro Tóxica: produzem enzimas ou metabolitos que podem lesar o hospedeiro Mecânica: impedem o fluxo de alimentos, de bile ou a absorção alimentar Traumática: migrações cutâneas e pulmonares, lesões hepáticas, úlceras intestinais, rompimento de hemácias. Irritativa: a presença constante irrita o local parasitado Enzimática: penetração pela pele, ou mucosa intestinal Anóxia: destroem ou consomem hemácias, diminuindo a quantidade de oxigênio para os tecidos. Ascaridíase – Ascaris lumbricoides Conhecidos como: Lombriga ou bicha Parasitam: Intestino delgado de humanos ou suínos (principalmente jejuno e íleo) Geoelmintos: SIM Localização ectópica: Apêndice cecal (apendicite aguda), Canal colédoco (obstrução), Canal de Wirsung (pancreatite aguda), eliminação do verme pela boca e narina. Hospedeiro: Monoxênico. Distribuição geográfica: Cosmopolita com frequência variada. Zoonose: NÃO Grupo de maior incidência: Crianças com menos de 12 anos. Controle: saneamento básico; educação em saúde; tratamento de pessoas infectadas; proteção de alimentos contra insetos e poeira. Ação no hospedeiro: Ocorre em casos mais agudos; Espoliativa: consumo de carboidratos, lipídeos, proteínas e vit A e C desnutrição e problemas físicos e mentais Mecânica: irritação na parede intesnital e podem enovelar-se na luz intestinal intestino preso. Toxica: reação entre antígenos parasitários e e anticorpos do hospedeiro edema, urticária e convulsões. Traumática: sua migração dentro do organismo lesão hepática Patogenia: geralmente sem complicações, em infecções mais graves podem ocasionar lesão hepática e pulmonares. A migração das larvas pelos alvéolos pulmonares podem determinar um quadro pneumônico com febre, tosse, dispneia e eosinofilia dependendo da quantidade. Bem como síndrome de Loeffler, catarro sanguinolento e com larvas. Machos: A Tamanho: 20 a 30 cm Cor: Leitosa Órgão sexual: 1 testículo tubular longo e enovelado, canal deferente, canal ejaculador retilíneo, cloaca e espículos. Extremidade anterior: Boca. Contornada por 3 lábios com serrilha e dentículos Extremidade posterior: Fortemente encurvada para a face ventral. Esôfago: Musculoso Intestino: Retilíneo Fêmea: B Tamanho: 30 a 40 cm Órgão sexual: 2 ovários, filiformes que continuam com ovidutos que e diferenciam em úteros que vão se unir em uma única vagina que se exterioriza pela valva. Extremidade anterior: Valva Extremidade posterior: retilínea. Ovos: podem ser férteis 1 ou inférteis 2 Tamanho: grandes (50mm de diâmetro) Cor: brancos, mas ficam castanhos por causa do contato com as fezes. Formato: oval Cápsula: SIM, espessa. Ovos inférteis: SIM, são mais alongados com mebrna mamilada mais alongada. Ciclo Biológico: 2: O ovo contento L3 vai ser ingerido 3: Vai atravessas todo o trato gastrointestinal. 4: As larvas vão eclodir no intestino delgado. 5: As larvas atravessam a parede intestinal na altura do ceco e caem nos vasos linfáticos e veias. 6: 2-3 dias chegam ao coração, CICLO DE LOSS, 4-5 dias chegam nos pulmões, lá as larvas vão sofrer uma muda para L4. Rompem os capilares, e caem nos alvéolos, onde mudam para L5. 7: L5, vão subir pela arvore brônquica e traqueia chegando a faringe, onde podem ser expelidas ou deglutidas, voltando pro estômago e fixando-se no intestino delgado. 8: Transformam-se em adultos jovens 20-30 dias, em 60 dias alcançam maturidade e fazem a cópula. 9: Os ovos já podem ser encontrados nas fezes. 10: L1, larva rabditoide. 11: Após uma semana sofre a primeira muda, tornando-se L2. 12: Sofre outra muda e torna-se L3, filarióide do tipo infetante. (ESSA É A FORMA QUE VAI SER INGERIDA E INFECTAR). Transmissão: Diagnóstico: Clínico: usualmente é um quadro subclínico; abdome agudo; obstrução intestinal; má digestão; cólicas intermitentes; desconforto abdominal; dor epigástrica; náuseas, anorexia e emagrecimento. Manchas brancas circulares. Laboratorial: Kato-Katz (pesquisa quantitativa de ovos nas fezes). Tratamento: Piperazina: provoca a paralisia muscular flácida do helminto e permite sua expulsão passiva. Pomato de Pirantel: promove a paralisia espástica. Oléo mineral: ajuda a sair. Levamisol, mebendazol, albendazol e flubendazol: anti-helmínticos de amplo espectro. Acylostomidae – Ancilostomose Conhecidos como: Amarelão Parasitam: Intestino delgado de humanos. Geoelmintos: SIM Hospedeiro: homem Distribuição geográfica: Ampla; regiões temperadas e tropicais. Zoonose: NÃO Grupo de maior incidência: Crianças maiores de 6 anos, adolescentes e idosos. Controle: saneamento básico; educação em saúde; tratamento de pessoas infectadas; suplementação alimentar de Fe. Ação no hospedeiro: Ocorre em casos mais agudos; Espoliativa: consumo de sangue anemia Traumática: sua migração pequenas postulas e ulcerações Patogenia: As larvas podem provocar lesões traumáticas nos locais de penetração seguidas de fenômenos vasculares; dor abdominal, anemia, diarreias, perda de apetite, emagrecimento; crescimento e desenvolvimento mental. Acylostoma duodenale Machos: Tamanho: 8 a 11mm Cor: róseo-avermelhada Órgão sexual: bolsa copuladora Extremidade anterior: curvada dorsalmente; capsula bucal profunda com dois dentes ventrais, dois dentes subventrais triangulares. Extremidade posterior bolsa copuladora. Fêmea: Tamanho: 10 a 18 mm Órgão sexual: vulva no terço posterior Extremidade posterior: afilada com um pequeno processo espiniforme terminal e anus. Ovos: Tamanho: grandes (60 mm de diâmetro) Formato: oval Necator americanos: Machos: Tamanho: 5 a 9 mm Cor: róseo-avermelhada Órgão sexual: bolsa copuladora Extremidade anterior: curvada dorsalmente; capsula bucal profunda com duas lâminas cortantes semilunares na margem interna subdorsal, e duas lâminas cortantes internas subventrais. No fundo da cápsula bucal tem um dente longo sustentado por dois dentículos triangulares subventrais. Extremidade posterior bolsa copuladora;lobo dorsal simétrico aos dois laterais. Fêmeas: Tamanho: 9 a 11 mm Órgão sexual: vulva no terço anterior Extremidade posterior: afilada e anus no final da cauda. Ciclo Biológico: 1: Os ovos que foram eliminados para o exterior precisam de um ambiente propicio para se desenvolverem. Assim forma-se a L1 rabiditóide. 2: L1 do tipo rabiditóide vai eclodir. No ambiente ela vai se alimentar de matéria orgânica e microrganismos. Vai haver a perda de uma cutila externa que sera substiuida por uma nova e então ocorre a muda para L2 rabiditóide. 3: Vai haver outra troca de cutícula interna coberta pela externa, transformando-se em L3 filarióide infectante. Por causa da cutícula externa não vai se alimentar. 4: L3 vai penetrar na pele do hospedeiro 5: Através da pele, as larvas vão para a corrente sanguínea e alcançam a circulação sanguínea ou linfática ate chegar ao coração e pulmões. Nos alvéolos pulmonares, migram para os brônquios, atingem traqueia, faringe e laringe, quando então são ingeridas pelo hospedeiro e alcançam o intestino delgado. Durante 2-7 dias a larva perde sua cutícula e sofre a muda para estágio L4. Após 8 dias a larva começa a exercer parasitismo hematófago, fixando sua capsula bucal no duodeno. 15-30 dias depois a larva sofre outra muda, para L5. Os ovos são liberados nas fezes desde o período pre-latente em crca de 35-60 dias para A. Duodenale e 42-60 dias para N. americanos. Transmissão: Mais frequentemente através do contato com solo contaminado. Diagnóstico: Clínico: baseasse na anamnese, associada a sintomas cutâneos, pulmonares e intestinais seguidos ou não de anemia. Laboratorial: Hoffmam, Pons e Jenner (sedimentação espontânea). Tratamento: Pomato de Pirantel: promove a paralisia espástica. Levamisol, mebendazol, albendazol e flubendazol: anti-helmínticos de amplo espectro. Enterobius vermicularis - Enterobíase Conhecidos como: Oxiúros Parasitam: ceco, apêndice vermiforme e região perianal. Geoelmintos: Localização ectópica: vagina (vanigite, metrite, salpingite, e ovarite), útero e bexiga Hospedeiro: Monoxênico. Distribuição geográfica: Cosmopolita com frequência variada. Zoonose: NÃO Grupo de maior incidência: Crianças em idade escolar Controle: saneamento básico; educação em saúde; tratamento de pessoas infectadas; a roupa de cama do infectado não deve ser sacudida, mas deve ser lavada com agua fervente; limpeza domestica. Patogenia: Prurido anal, observação do verme. Machos: Tamanho: 5mm por 0,2 mm Cor: branca Órgão sexual: 1 testiculo; espiculo. Extremidade anterior: lateralmente a boca. Expansões vesiculosas “asas cefálicas” Extremidade posterior: Fortemente encurvada para a face ventral. Esôfago: claviforme Fêmea: Tamanho: 01 cm por 0,4 mm Órgão sexual: vulva, na porção média anterior Extremidade anterior: órgão sexual Extremidade posterior: cauda pontiaguda e longa Ovos: podem ser férteis 1 ou inférteis 2 Tamanho: 50mm por 20mm de diâmetro Formato: D Membrana: dupla, lisa e transparente. Ciclo Biológico: 1: Os ovos eliminados, já embrionados se tornam infectantes em poucas horas. 2: Os ovos serão ingeridos pelo hospedeiro. 3: no intestino delgado as larvas rabditoides esclodem e transformam-se em vermes adultos. 4 e 5: 1 a 2 meses depois as fêmeas já são encontradas na região perianal e os machos são liberados nas fezes. Não havendo reinfecção o parasitismo extingue-se ai. Transmissão: Indireta: quando ocorre com os ovos do próprio hospedeiro Autoinfecção: externa: levam os ovos da região perianal na boca. Autoinfecção: interna: larvas do reto migram pro ceco. Retro infecção: as larvas eclodem na região perianal e do anus migram pro intestino grosso chegando ate o ceco onde se transformam em vermes adultos. Diagnóstico: Clínico: baseasse na constatação de prurido anal. Laboratorial: Graham (fita adesiva). Tratamento: Pomato de Pirantel: promove a paralisia espástica. Levamisol, mebendazol, albendazol e flubendazol: anti-helmínticos de amplo espectro. Strongiloides stercoralis - Estrogiloidíase Parasitam: Parede do intestino (principalmente jejuno e duodeno). Geoelmintos:SIM Hospedeiro: Homem, gatos, cachorros e macacos Distribuição geográfica: ampla; principalmente em regiões tropicais Zoonose: SIM Grupo de maior incidência: Crianças Controle: saneamento básico; educação em saúde; tratamento de pessoas infectadas; lavagem de alimentos e melhoria na alimentação, utilização de calçados Ação no hospedeiro: Ocorre em casos mais agudos; Espoliativa: consumo de proteínas enterite Mecânica: interferem na absorção intestinal diarréia Toxica: reação entre antígenos parasitários e e anticorpos do hospedeiro edema, urticária e convulsões. Traumática: sua migração dentro do organismo lesão hepática Antigênica: Irritativa: Patogenia: geralmente são assintomáticos; em casos agudos podem provocar diarreia, enterite, infecções parasitarias e bacterianas associadas, comprometimento da resposta imunitária, alcoolismo crônico. Macho: Tamanho: 0,7 a 0,04 mm Órgão sexual: testículos, vesícula seminal, canal deferente, canal ejaculador e cloaca. 2 espiculos auxiliares e gubernáculo. Extremidade anterior: arredondada; boca com 3 lábios Extremidade posterior: recurvada ventralmente Esôfago: longo Intestino: simples Fêmea: Tamanho: 1,7 a 2,5 cm Órgão sexual: Útero em disposição anfidelfa, ovários, ovidutos e vulva no terço posterior do corpo. Extremidade anterior: Arredondada; boca contento 3 lábios Extremidade posterior: Afilada; anus Ovos Tamanho: 0.05 mm por 0,03mm Formato: elípticos Cápsula: SIM, fina. Ciclo Biológico: Transmissão: Hétero ou primo-infecção: as larvas penetram pela pele ou mucosas Autoinfecção externa: larvas presentes na região perianal transformam-se em larvas filarióides infectantes e penetram por lá mesmo. Autoinfecção interna: larvas ainda na luz intestinal transformam-se em larvas filarióides infectantes e penetram na mucosa intestinal. Diagnóstico: Clínico: subclinico; todos os sintomas são comuns as outras helmatíases intestinais. Laboratorial: Baermann-Moares e de Rugai (baseados no hidro e termotropismo das larvas) Tratamento: Açbendazol: atua sobre as femeas e larvas. Tiabendazol: atuando apenas nas femas, inibindo as vias metabólicas do parasito. Ivermectina Trichuris trichiura - Tricuríase Parasitam: Intestino grosso (principalmente ceco e cólon ascendente) Geoelmintos: SIM Localização ectópica: Hospedeiro: humanos, porcos e macacos. Distribuição geográfica: Cosmopolita. Porem prevalente em locais de clima úmido. Zoonose: NÃO Grupo de maior incidência: Crianças com menos de 15 anos. Controle: saneamento básico; educação em saúde; tratamento de pessoas infectadas; proteção de alimentos contra insetos e poeira. Ação no hospedeiro: Ocorre em casos mais agudos; Espoliativa: sangue desnutrição e problemas físicos e mentais Toxica: as glândulas esofagianas do parasito secretam enzimas proteolíticas que lisam enetrócitos que serão sua fonte de alimento edema, urticária e convulsões. Mecânica: Obstrução do intestino prolapso retal Patogenia: em pacientes com um nível considerado baixo de parasitos vai ser assintomático; no caso da infecção moderada, o paciente vai apresentar dores de cabeça, dor epigástrica, dor no baixo abdome, náusea e vômito; em infecções intensas pode haver, principalmente em crianças, síndrome desentérica crônica, diarreia intermitente, presença de muco sanguinolento, desnutrição grave, anemia, e prolapso renal. O processo de inflamação pode ser particularmente grave quando os vermes atingem o reto, sendo observados edemas e sangramento da mucosa retal que provavelmente é responsável por iniciar o reflexo da defecação. Machos: Tamanho:3 a 5 cm menor Cor: Leitosa Órgão sexual: 1 testículo, canal deferente, canal ejaculador retilíneo, 1 espículo. Extremidade anterior: Boca; com capsula bucal muito reduzida ou ausente. Extremidade posterior: Fortemente curvada ventralmente. Sistema reprodutor simples, intestino e anus. Esôfago: afilado, com pouca musculatura desenvolvida. Intestino: Retilíneo Fêmea: Tamanho: maior Órgão sexual: 1 ovário, útero que abrem na vulva. Ovos: Tamanho: grandes (50mm por 22mm de diâmetro) Formato: elíptico Poros: salientes e transparentes preenchidos por material lipidico Ciclo Biológico: 1: Fêmeas e machos que habitam no intestino grosso se reproduzem e os ovos são eliminados nas fezes. 2: O período de desenvolvimento das larva depende de condições ambientais e ocorre em cerca de 21 dias em temperatura média de 25 °C. 3: Ovos tornando-se embrionados 4: Ovo infectante. 5: O ovo segue pelo esôfago e atinge o estômago onde é semidigerido, a larva vai eclodir no duodeno e migrar para o ceco, durante essa migração, sofre 4 mudas e cerca de um mês depois iniciam a postura. Transmissão: o ovos são eliminados com as fezes do hospedeiro, portanto contaminam o ambiente em locais sem saneamento básico. Ainda sim podem ser disseminados pelo vento, moscas e podem contaminar a agua e alimentos. Diagnóstico: Clínico: inespecífico. Laboratorial: Kato-Katz (pesquisa quantitativa de ovos nas fezes). Tratamento: Mebendazol e albendazol: anti-helmínticos de amplo espectro. Wuchereria bancrofti – Filariose Linfática Parasitam: vasos e gânglios linfáticos. (principalmente nas regiões pélvica, mamas e braço) Localização ectópica: vasos sanguíneos, tecido subcutâneo e cavidade peritoneal Hospedeiro: artrópodes, acidentalmente humanos. Distribuição geográfica: Regiões de clima tropical e subtropical. Zoonose: SIM Controle: saneamento básico; educação em saúde; tratamento de pessoas infectadas; combate ao vetor. Ação no hospedeiro: Ocorre em casos mais agudos; Irritativa: a presença dos vermes adultos no vasos linfático e os produtos de seu metabolismo ou desintegração fenômenos inflamatórios Mecânica: presença de vermes adultos nos vasos linfáticos estase linfática, inforragia, edema linfático, ascite linfática, linfocele e linfúria. Patogenia: Fenômenos imunológicos, principalmente alérgicos, induzem a patogenia, como por exemplo a eosinofilia pulmonar tropical e elefantíase. Machos: Tamanho: 3, a 4 cm Cor: Leitosa Órgão sexual: 1 testículo tubular longo e enovelado, canal deferente, canal ejaculador retilíneo, cloaca e espículos Extremidade anterior: afilada Extremidade posterior: enrolada ventralmente. Fêmea: Tamanho: 7 a 10 cm Órgão sexual: 2 ovários, filiformes que continuam com ovidutos que e diferenciam em úteros que vão se unir em uma única vagina e vulva. Extremidade anterior: vulva Microfalárias: Tamanho: 250 a 300 mm Membrana: SIM, como uma bainha flexível. Ciclo Biológico: 1: As larvas penetram no hospedeiro durante a hematofagia. 2: migram para os vasos linfáticos 3: Tornam-se vermes adultos e de 7-8 meses depois as fêmeas já produzem as microfalárias. 4: Ao exercer a hematofagia em pessoas parasitadas, a fêmea do mosquito ingere microfalárias. 5: as microfalarias perdem a bainha no estomago e migram para o tórax se alojando nos músculos 6: nos músculos toráxicos se transformam em L1. 7: transformam-se em L2 8: 10-15 dias depois sofre a muda para L3 infectante e migra pelo inseto ate alcançar o aparelho picador concentrando-se no lábio do mosquito. Transmissão: Unicamente pela picada do inseto vetor Diagnóstico: Clínico: febre recorrente, adenolinfagite, alterações pulmonares Laboratorial: técnica da gota espessa, realizada com 20 a 100mil de sangue colhido por pulsão capilar digital. Tratamento: DEC (citrato de dietilcarbamazina): contra o parasito. Teníase e Cisticercose Conhecidos como: Solitária Parasitam: Intestino delgado (tênia), tecidos do hospedeiro intermediário (cisticercose) Hospedeiro: homem (tênia); acidentalmente o homem (cisticerco) Distribuição geográfica: cosmopolita Zoonose: SIM Grupo de maior incidência: populações que tem habito de comer carne crua ou mal cozida Controle: saneamento básico; educação em saúde; tratamento de pessoas infectadas; evitar o contato de porcos com fezes humanas; inspeção dos matadouros; Ação no hospedeiro: Ocorre em casos mais agudos; Tóxica: excretam substâncias alergia Mecânica: fixação na mucosa hemorragias Irritativa: destruição do epitélio produz inflamação com o infiltrado celular Patogenia: Teníase: Tontura, astenia, vômito, apetite excessivo, náuseas, alargamento do abdome, dores de vários graus, perda de peso; Obstrução intestinal provocada pelo estróbilo, penetração da proglote no apêndice (raro). Cisticercose: dores de cabeça frequentes, convulsões, transtornos de visão, alterações psiquátricas, vômitos, infecções na coluna, demência e perda da consciência. A maioria das pessoas com cisticercose nos músculos não apresenta sintomas. Tenia saginata: Cor: leitosa Órgãos sexuais: masculinos e femininos no estróbilo Meio: Colo, porção mais delgada do corpo onde as células do parênquima estão em intensa atividade de multiplicação, é a zona de crescimento do parasito e de formação das proglotes. Extremidade anterior: Excólex inerme (pequena dilatação que funciona como órgão de fixação à mucosa do intestino), ventosas arrendondadas e proeminentes. Extremidade posterior: Estróbilo (quando mais afastada do escolex mais evoluídas são as proglotes) Tenia solium: Extremidade anterior: Escólex globuloso com um rostelo na posição central entre as ventosas, armado com dupla fileira de acúleos em formato de foice. Ovos: Tamanho: 30 mm de diâmetro Formato: esféricos Membrana: casca protetora Cicticerco: Tamanho: 12mm Membrana: externa ou cuticular, celular o uintermediaria e reticular ou interna Ciclo Biológico: Teníase: 1: O homem infectado vai liberar as proglotes grávidas para o exterior. Então, elas vão se romper e liberar milhares de ovos no solo. 2: Os ovos vão ser ingeridos pelo hospedeiro intermediário. 3: Os ovos vão eclodir no duodeno do animal e se diferenciar em oncosferas. Estes vão migrar até atingir a corrente sanguínea, de onde conseguem chegar a todos os tecidos. Essas oncosferas vão se desenvolver em cisticercos e vão se estabelecer em qualquer tecido mole, preferencialmente músculos (coração, cérebro, língua, masseter) 4: A carne crua ou mal cozida contendo o cisticerco vai ser ingerida pelo homem. Chegando no estômago, ele vai sofrer a ação do suco gástrico, vai chegar até o intestino delgado onde vai se fixar. Vai se tornar uma tênia adulta e dentro de 3 meses já vai liberar proglotes gravidas. Cisticercose: ocorre através da ingestão de ovos de Tênia, no intestino elas vão eclodir e atingir o sistema circulatório até chegar ao cérebro, olhos e músculos. Transmissão: através da ingestão de carne contaminada com cisticercos (Teníase) ou pela ingestão dos ovos de Tênia (cisticercose) Diagnóstico: Clínico: procedência do paciente, hábitos higiênicos, ingestão de carne de porco ou boi mal cozida e o relato de teníase do paciente ou familiar é relevante. Laboratorial: Tecnica de tamização, que consiste na lavagem das fezes em peneira fina para recolher proglotes e identifica-las. Tratamento: Teníase: niclosamida e praziquantel Neurocisticercose: albendazol, anticonvulsivantes e corticosteroides Onchocerca volvulus - Oncocercose Conhecida como: cegueira dos rios Parasitam: vasos e gânglios linfáticos. (principalmente nas regiões pélvica, mamas e braço) Localização ectópica: vasos sanguíneos, tecido subcutâneo e cavidade peritoneal Hospedeiro: artrópodes, acidentalmente humanos. Distribuição geográfica: NÃO TEM NO BRASIL. Ásia e África.Zoonose: SIM Grupo de maior incidência: crianças acima de 4 anos, adolescentes e adultos Controle: saneamento básico; educação em saúde; tratamento de pessoas infectadas; combate ao vetor. Ação no hospedeiro: Ocorre em casos mais agudos; Irritativa: a presença dos vermes adultos no vasos linfático e os produtos de seu metabolismo ou desintegração fenômenos inflamatórios Mecânica: presença de vermes adultos nos vasos linfáticos estase linfática, inforragia, edema linfático, ascite linfática, linfocele e linfúria. Patogenia: Fenômenos imunológicos, principalmente alérgicos, induzem a patogenia, como por exemplo a eosinofilia pulmonar tropical e elefantíase. O sintomas aparecem mais cedo. Machos: Tamanho: 2 a 4 cm Cor: Leitosa Fêmea: Tamanho: 40 a 50 cm Microfalárias: Tamanho: 230mm Ciclo Biológico: Transmissão: ocorre exclusivamente por insetos do gênero anopheles Diagnóstico: Clínico: febre recorrente, adenolinfagite, alterações pulmonares Laboratorial: técnica da gota espessa, realizada com 20 a 100mil de sangue colhido por pulsão capilar digital. Tratamento: DEC (citrato de dietilcarbamazina): contra o parasito. Schistosoma Masoni – Esquistossomose Conhecida como: barriga d’agua Parasitam: Intestino, sistema porta-hepatico. Geoelmintos: SIM Localização ectópica: Hospedeiro: homem, e o intermediário é o caramujo. Distribuição geográfica: América, África, e Antilhas. Zoonose: SIM Controle: saneamento básico; educação em saúde; tratamento de pessoas infectadas; evitar ecoturismo em locais com caramujos. Patogenia: No momento da contaminação pode ocorrer uma reação do tipo alérgica na pele com coceira e vermelhidão, desencadeada pela penetração do parasita. Esta reação ocorre aproximadamente 24 horas após a contaminação. Após 4 a 8 semanas surge quadro de febre, calafrios, dor-de-cabeça, dores abdominais, inapetência, náuseas, vômitos e tosse seca. Fígado e baço aumentados e ínguas pelo corpo (linfonodos aumentados ou linfoadenomegalias). Fadiga, dor abdominal em cólica com diarréia intermitente ou disenteria. Machos: Tamanho: 6 a 10 cm Cor: Leitosa Órgão sexual: canal deferente, poro genital canal ginecofor. Extremidade anterior: ventrosa oral Extremidade posterior: canal ginecófaro Esôfago: que se bifurca no nível do acetábulo e funde-se formando o ceco único que termina na extremidade posterior Fêmea: Tamanho: 1,5 cm Cor: mais escura Órgão sexual: 1 ovário, útero que abrem na vulva. Ovos: Tamanho: 150mm Cor: escura Formato: oval com espiculo Cápsula: SIM, espessa. Miracídio: Tamanho: 160mm Forma: cilíndrica Ciliado: SIM Extremidade anterior: papila apical Cercária: Tamanho: 500mm Extremidade anterior: ventosa oral Ciclo Biológico: Transmissão: Os ovos eliminados pela urina e fezes dos homens contaminados evoluem para larvas na água, estas se alojam e desenvolvem em caramujos. Estes últimos liberam a larva adulta, que ao permanecer na água contaminam o homem. Diagnóstico: Clínico: anamnese, hábitos e contato com agua Laboratorial: Kato-Katz (pesquisa quantitativa de ovos nas fezes). Tratamento: Praziquel
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