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@apostilas_medvet 1 MORFOLOGIA GERAL São de corpo cilíndrico, filiforme ou fusiforme, com extremidades atenuadas ou truncadas, sexos separados. Externamente, o corpo é revestido por cutícula elástica. Na extremidade anterior, encontra-se a boca, que pode ter a forma circular, hexagonal, triangular ou puntiforme, podendo ser simples ou guarnecida de lábios interlábios, coroa radiada ou papilas peribucais. Nas fêmeas, a extremidade posterior e a cauda são cônicas, a cauda é alongada. Nos machos podem existir expansões da cutícula que, quando sustentadas por feixes de músculos dispostos em forma de raios, constituem a bolsa caudal ou copuladora e, quando menores e sustentadas por papilas pedunculadas, constituem as asas caudais. Outras estruturas tais como: espículo, gubernáculo e ventosa podem estar presentes na extremidade posterior dos machos. A parede do corpo é constituída de três partes principais: cutícula, hipoderme e camada muscular. Ela limita uma cavidade virtual, não revestida por epitélio (pseudoceloma), onde há os sistemas digestório e reprodutor. A cutícula é a parte externa do corpo. Admite-se que a cutícula seja secretada pela hipoderme. A hipoderme é a camada situada entre a cutícula e os músculos. A hipoderme projeta-se para dentro da cavidade geral formando os campos laterais e os medianos dorsal e ventral. A musculatura dos diversos grupos de nematóides possui diferentes graus de desenvolvimento. A locomoção é efetuada por oscilações ondulantes produzidas pela contração e pelo relaxamento da musculatura. A cavidade geral ou pseudoceloma é ocupada pelo líquido perientérico que banha os músculos, os sistemas digestório e reprodutivo e os celomócitos ou pseudocelomócitos. Aos celomócitos tem-se atribuído a função fagocitária e absorção e a filtração do fluido, a secreção de enzimas, entre outras. A circulação do líquido é promovida pelas contrações do corpo. A pressão do líquido atua na manutenção da turgidez e na forma do corpo. O sistema digestório é um tubo quase reto que se estende da extremidade anterior a posterior, com lábios, boca, cavidade bucal, esôfago, intestino, reto, ânus ou cloaca e glândulas digestivas, que são denominadas cefálicas ou esofagianas, conforme estejam situadas na parede da cápsula bucal ou no esôfago, respectivamente. O sistema nervoso é constituído por um conjunto de gânglios nervosos esofagianos (anel nervoso) O sistema excretor/osmorregulador do tipo glandular está usualmente presente em nematóides de vida livre e consta de uma ou duas células glandulares, ligadas por canal único ao poro excretor, localizado na superfície ventral da região esofagiana. O aparelho genital masculino é constituído de um longo tubo diferenciado em testículo, canal deferente, vesícula seminal e canal ejaculador. As glândulas de cimento, espículo, gubernáculo, telamon, papilas, asas caudais e bolsa copuladora são relacionadas com a cópula. O aparelho genital feminino é constituído por um tubo análogo ao do aparelho genital masculino e é formado pelos seguintes órgãos: ovário, oviduto, receptáculo seminal, útero, ovijetor, vagina e vulva. FILO NEMATODA • Possuem dimorfismo sexual • Sofrem mudas/ecdises ao longo do desenvolvimento • L3 é a forma infectante para a maioria dos ciclos de nematoides • Ciclo hepatotraqueal: migração parasitária no fígado → veia hepática e cava superior → coração → artéria pulmonar → pulmões → traqueia → deglutição → intestinos • Formas de contaminação: ingestão da forma infectante, ingestão do ovo larvado ou ovo normal, transplacentária, transmamaria, transcutânea, inoculação da forma infectante por vetores. NEMATELMINTOS @apostilas_medvet 2 • O período entre o desenvolvimento da infecção e da produção de ovos ou larvas pelos parasitos adultos é chamado de Período Pré-Patente (PPP). ORDEM OXYURIDA OXYURIS EQUI • Hospedeiros: equinos e asininos • Localização: IG - ceco, cólon, reto • Forma infectante: ovos larvados (L3- larva de estágio 3) • PPP (período pré patente) 4 a 5 meses • Ciclo direto • Distribuição cosmopolita MORFOLOGIA • Corpo com extremidade anterior grossa e posterior afilada • Peça bucal simples e Esôfago do tipo rabditiforme • Machos: asas caudais (auxilia na cópula), 1 espículo, ausência do gubernáculo. Tamanho: de 10 a 12 mm. • Fêmeas: branco-acinzentadas, opacas, grandes, cauda estreita afilada e longa, vulva anteriormente. Tamanho: 4 a 15 cm. • Ovos: alongados, amarelados, casca grossa/espessa, assimétrico. Em cima possui tampão mucoso - opérculo. Funciona como tampão que abre e fecha , depois da fase larva. Vistos macroscopicamente como faixas gelatinosas branco-amareladas na pele das regiões perineal ou perianal CICLO BIOLOGICO • Vermes adultos no lúmen do ceco, do cólon menor e do cólon maior → fêmea grávida migra para o ânus → se livra de sua extremidade anterior e põe seus ovos em agregados (até 50.000 ovos por fêmea) → desenvolvimento dentro de 4 a 5 dias → ovo contém L3 infectante dentro do ovo → Os ovos se desprendem e contaminam o ambiente. • A infecção ocorre pela ingestão de ovos com L3 na forragem/gramínea/cama → opérculo se abre → larvas são liberadas no intestino delgado → se deslocam para o intestino grosso e migram para as criptas da mucosa do ceco e do cólon → muda para L4 dentro de 10 dias → muda para L5, que se alimentam na mucosa → adulto → lúmen e se alimentarem de conteúdo intestinal. • O PPP de O.equi é de, aproximadamente, 5 meses. A longevidade das fêmeas é de cerca de 6 meses SINAIS CLÍNICOS E PATOGENIA • Sintomatologia clínica: Prurido anal, Feridas na região perineal ou musculatura adjacente, Alopecia caudal, pelos arrepiado, Enterite, ulcerações e outras inflamações devido a L4 se alimentar da mucosa. Irritação perineal devido à ovoposição • Patogenia: Grupos de ovos são espalhados no ambiente quando o animal se coça. Há indícios de pouca imunidade à reinfecção. DIAGNÓSTICO • Sintomatologia clínica + achado de massas de ovos com substância amarelada no períneo. • Método de Graham: Consiste em utilizar uma fita adesiva, onde será feito um imprint - colar na parte perianal - e retirar, onde existe a presença da secreção amarela-esbranquiçada. Colocará então numa lâmina e colocar as info do animal para correta identificação. Levar para microscópio para analisar. Geralmente os ovos estarão todos juntos • Ovos são raramente encontrados no exame de fezes colhidas do reto. São mais facilmente encontrados em materiais colhidos do períneo e de fezes colhidas do solo. • Os vermes (fêmeas) são encontrados nas fezes. Foram expelidas durante a postura dos ovos. Filo: Nematoda Classe: Secernentea Ordem: Oxyurida Família: Oxyuridae Gênero/espécie: Oxyuris equi @apostilas_medvet 3 TRATAMENTO E CONTROLE • Uso de Lactonas macrocíclicas (ivermectina, abamectina e moxidectin), Piperazina, Pirantel, Fembendazol • Higienização das baias e piquetes • Lavar região perineal com água e sabão. • Isolar os animais infectados até o término do tratamento. ORDEMENOPLIDA TRICHURIS SPP. CARACTERISTICAS E MORFOLOGIA • Localização: intestino grosso - ceco • Verme com aspecto de chicote • Parte posterior é mais espessa e se afila abruptamente até a parte anterior, que fica encravada na mucosa. • Possui boca simples, sem lábios • Forma infectante: ovos larvados (L1) • Tamanho adultos: 3-8 cm (visíveis a olho nú) • Macho: cauda espiralada, 1 única espícula. Medem de 2,1 a 4,5 cm • Ovos sobrevivem no solo por muito tempo (3 a 4 anos). São acastanhados, forma de barril, opérculos paralelos (bioperculado) • Fêmeas ovipostura diária de milhares de ovos, vulva localizada próximo à junção da região anterior e posterior e o ânus terminal. Medem de 3,1 a 7,5 cm. CICLO BIOLÓGICO Ovos embrionados são eliminados com as fezes → Em 1 a 2 meses a L1 se desenvolve dentro do ovo → ovos larvados podem sobreviver e permanecer viáveis por vários anos → hospedeiro definitivo se infecta após ingerir os ovos L1 → opérculos são digeridos → larvas L1 liberadas → penetram nas glândulas da mucosa do íleo distal, ceco e cólon → todas mudas de L2 até L5 acontecem nestas glândulas → adultos emergem para repousar na superfície da mucosa PPP: aproximadamente de 7 a 10 semanas SINAIS CLÍNICOS E PATOGENIA • Contaminação: por meio de ingestão de ovos e de água contaminada com ovos. • Baixa carga parasitária: infecções leves e assintomáticas • Alta carga parasitária: gastroenterite, diarreia, fezes sanguinolentas, tenesmo (força extrema para defecar) prolapso retal. • Em ruminantes a sintomatologia clínica é praticamente inexistente. Infecções graves são raras. • Pode causar dor, distensão abdominal e diarreia, podendo ser sanguinolenta em cães e suínos. DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E CONTROLE • Diagnóstico: Flutuação fecal (Método de Willis - Molay) técnica qualitativa: utiliza para ver se tem o ovo ou não, Técnica de flutuação de ovos (ovos com densidade menor flutua), Centrífugo flutuação (Método de faust) , Contagem de ovos por grama de fezes (Método de Gordone Whitlock) • Tratamento: pró-benzimidazóis, benzimidazóis, ivermectina, Levamisol para ruminantes, mebendazol e fenbendazol para cães. Controle: limpeza e desinfecção (vassoura de fogo) das instalações dos suínos e dos cães. CAPILLARIA SPP. Filo: Nematoda Classe: Adenophorea Ordem: Enoplida Família: Truchuridae Gênero: Trichuris Espécies: o T. vulpis : cães o T. campanula: gatos o T. suis : suinos o T. discolor : bovinos/ovinos o T. ovis: ovinos/caprinos Filo: Nematoda Classe: Adenophorea Ordem: Enoplida Família: Trichuroidea Subfamília: Capillariinae Gênero: Capillaria spp. @apostilas_medvet 4 CARACTERISTICAS E MORFOLOGIA • Localização: depende da espécie • Forma infectante: ovos larvados (L1) • Tamanho: 6-50 mm . Finos, esbranquiçados e filamentares • Boca simples sem cápsula bucal • Ovos: bioperculado (opérculos em locais diferentes, mais próximos de um lado do que do outro), mais claros e amarelados. • Machos: possuem espículas únicas, longas, finas e incolores. • PPP: 3 a 4 semanas • Extremidades anteriores do parasitam ficam fixadas na mucosa CICLO BIOLOGICO Ovos saem nas fezes/urina → A L1 infectante se desenvolve dentro do ovo em cerca de 3 a 4 semanas, no próprio ambiente → Minhoca (hospedeiro intermediário) ingere o ovo e as aves ingerem as minhocas infectadas com os ovos → Liberação da larva no tubo digestivo das aves → Larva penetra na mucosa intestinal → Desenvolvimento para adultos (sem fase de migração) SINAIS CLÍNICOS E PATOGENIA • Processo inflamatório levando a inapetência, emaciação e diarreia, perda de peso, apatia, asas decaídas, diminuição na produção de ovos e anemia (compete por nutrientes) • Índices de mortalidade podem ser altos em plantéis comerciais • Baixa carga parasitária: infecções leves e assintomáticas • Alta carga parasitária: gastroenterite, diarreia, perda de peso, apatia, emagrecimento, óbito EPIDEMIOLOGIA • Aves jovens são mais suscetíveis Animais adultos servem como fonte de contaminação – reservatório • Ambientes com terra possui melhores condições para sobrevivência dos parasitas • Higiene da cama é fundamental para longevidade dos ovos DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E CONTROLE • Diagnóstico: Exame clínico possui pouca importância pois a sintomatologia é inespecífica. Exame de fezes para confirmação, Flutuação fecal (Método de Willis - Molay) técnica qualitativa: utiliza para ver se tem o ovo ou não, Técnica de flutuação de ovos -- ovos com densidade menor flutua, Centrífugo flutuação (Método de faust), Contagem de ovos por grama de fezes (Método de Gordone Whitlock), necropsia • Tratar com Levamisol (na água de beber). Aves afetadas devem ser isoladas em local com piso impermeável com cama nova • Fazer a remoção de uma camada do solo do recinto ou transferência para outro local • Proceder com tratamento preventivo regular • Limpeza e tratamento com calor (vassoura de fogo) ORDEM ASCARIDIDA • Alta especificidade parasitária • Esôfago sem bulbo posterior • São vermes grandes 6-60 cm • Possuem boca com 3 lábios (trilabiados) • Nutrição: conteúdo intestinal pré-digerido • Ovos: resistentes ao ambiente e que se desenvolve neste. Possuem membrana espessa • Fêmeas: 200.000 – 1.000.000 ovos por dia (ovíparas) . Possuem vulva abrindo-se na região mediana do corpo e cauda romba. • Machos: possuem dois espículos, sem bolsa copulatória, asa caudal, cauda romba e curva. • Monoxenos --- apenas 1 hospedeiro TOXOCARA SPP Espécies: o Capillaria spp: aves - TGI o C.bovis: bovinos – ID o C.feliscati: gatos – bexiga o C.plica: cães – bexiga C.longipes: ovi/capr - ID Família: Trichuroidea Subfamília: Capillariinae Gênero: Capillaria spp. Filo: Nematoda Classe: Scernentea Ordem: Ascaridida Família: Ascarididae Gênero: Toxocara Espécies: o T.vitulorum : bovinos, bubalinos o T.canis: cães, raposas o T.cati: gatos @apostilas_medvet 5 CARACTERISTICAS E MORFOLOGIA • Hospedeiro definitivo: depende da espécie • Localização: intestino delgado • Forma Infectiva: Ingestão da L2 • São grandes, com cor branca/creme. Róseo quando fresco. Fêmeas: 6 -18 cm e Machos: 4 a 10 cm (2 espiculas) T.CANIS • Possui asa cervical longa e estreita. Cabeça elíptica • Boca trilabiada, sem cápsula bucal, esôfago sem bulbo • Macho: cauda com apêndice terminal e asas caudais • Ovos: tamanho médio, castanho escuro, suglobulares, casca espessa e rugosa • Hospedeiros: cães e raposas • Sintomas: vermes adultos causam enterite mucoide. Pode haver edema pulmonar e pneumonias, bloqueio dos ductos biliares do fígado, falha em ganhar peso, vômito, diarreia, tosse, aumento da secreção nasal • PPP: 6 semanas T.CATI • possui asa cervical curta e larga. • Cor branca/creme, até 10cm de comprimento • Machos: cauda com apêndice terminal estreito • Ovos: sublogbulares, casca espessa e rugosa facilmente reconhecidos nas fezes • Hospedeiro: gatos • Transmissão via leite e via hospedeiro paratênico. • Sintomas: crescimento ruim, abdome penduloso, diarréia • PPP: 7 semanas T. VITULORUM: • não possui asas cervicais, possui cutícula estriada transversalmente, lábios largos na base e afilados na extremidade. • Hospedeiro: bovinos,zebus, búfalos • Sintomas: redução do crescimento, diarreia • Macho: cauda forma um pequeno apêndice como ponta • Ovo: sublogbular, casca espessa albuminosa, incolor. • PPP: 4 semanas CICLO BIOLÓGICO: • Via Oral: Adultos no intestino delgado → fêmeas se reproduzem e produzem ovos embrionados que são eliminados nas fezes → desenvolvimento de L1 a L2 dentro do ovo → ingestão pelo HD → eclosão da L2 no intestino delgado → penetração na mucosa intestinal → corrente sanguínea → fígado → pulmões → muda para L3 → traqueia → deglutição → estômago → muda para L4 →Intestino delgado → Muda para L5 → reprodução → início do ciclo Pode ocorrer também da larva ir para circulação e se encistar no tecido, ocasionando o que chamamos de hipobiose. Ela sai dessa fase quando as condições estão favoráveis a ela novamente. • Via transmamaria: transmissão da L3 para os filhotes/bezerros a partir da glândula mamária. PPP é de 3 a 4 semanas. T.cati só possui esse tipo ciclo. • Via transplacentária: Terço final da gestação → ingestão da forma infectante ou larvas em hipobiose → diminuição da resposta imune → larvas saem do cisto e migram até chegar no feto → fígado no feto → nascimento → muda para L3 → pulmão → traqueia → deglutida → estômago → muda para L4 → ID → muda para L5 → adultos → reprodução. • Via hospedeiro paratênico : Hospedeiro de transporte, que ingere o ovo contaminado → tecidos → O hospedeiro definitivo ingere o paratênico → direto pro ID → de L3 para L5 → reprodução → circulação → hipobiose. Ex de hospedeiros: roedores e aves SINAIS CLÍNICOS E PATOGENIA • Secreção e fluxo nasal, lesões pulmonares (tosse, taqpnéia), Convulsões, ganho de peso, Diarreia, Abdômen dilatado, Dor a palpação, Aumento da frequência respiratória, Enterite, êmese e diarreia • Vermes adultos foram no intestino dos bezerros até os seis meses da idade, sendo essa a forma mais patogênica da infecção LARVA MIGRANS VISCERAL • Preferencialmente em crianças • Animal defeca na areia → desenvolvimento da larva → criança leva mão suja contendo areia com ovos larvados → infecção. • Ovos podem contaminar solo (areia, terra) e verduras • Nos humanos ocorre migração errática → L3 se libera no intestino → fígado → migração pra vários tecidos → lesão intestinal, hepática, pulmonar, ocular... etc DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E CONTROLE • sintomatologia clínica + esfregaços sanguíneos. Necropsia (abdome abaulado e caquexia) • Conscientização da população, Controle da população canina e felina, Posse responsável, Evitar defecação de cães em praças / recolher as fezes • Tratamento dos cães com anti-helmíntico (piperazina, Levamisol, benzimidazóis), Tratar os filhotes e fêmeas em lactação, Tratar bezerros com 3 a 6 semanas de idade @apostilas_medvet 6 ASCARIS SUUM • Hospedeiro: suínos (jovens), homens • Localização: Intestino Delgado • Forma infectiva: ingestão da larva L2. Se ingerir ovo não larvado ou outra larva o ciclo não prossegue. • Distribuição cosmopolita. Infecção sazonal. • Boca trilabiada • Fêmea: de 20 a 40 cm. Possuem cauda romba • Machos: 15 a 25 cm. Possuem 2 espículos. Cauda espiralada • Ovos: oval, amarelado, caspa espessa e mamilonado (presença de expansões). Sobrevivência é grande e viável por 4 anos. Não é infectante até no mínimo 4 semanas após excreção CICLO BIOLOGICO • Ovo morulado é eliminado nas fezes → desenvolvimento de L1 até L2 no ambiente (pode demorar de 4 semanas a 2 meses) → ingestão pelo hospedeiro → intestino → fígado → muda de L2 para L3→ pulmão → muda para L4 → traqueia → deglutição → intestino → muda de L4 para L5 e depois para adultos → reprodução → eliminação nas fezes. • O hospedeiro pode ingerir diretamente o ovo com L2 ou ingerir uma minhoca que esteja contaminada com a L2. Não tem migração transplacentária nem mamária, apenas a visceral • PPP: 7 a 9 semanas SINAIS CLÍNICOS E PATOGENIA • Condenação de órgãos: pneumonia, manchas esbranquiçadas no fígado (manchas de leite) que são reparações fibrosas das inflamações causadas pela passagem das larvas, icterícia obstrutiva (verme adulto no ducto biliar). • Alta carga parasitária: Obstrução intestinal, diminuição do ganho de peso, deficiência de ferro • Suínos jovens: ganho de peso, conversão alimentar e prolongamento do período da engorda. • Larvas em migração podem causar pneumonia Vermes adultos podem acometer homens e formas larvares podem acometer bovinos e ovinos causando pneumonia transitória DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E CONTROLE • Utilizar mecanismos para filhote se alimentar sem entrar em contato com as fezes das mães. • Formas intestinais são tratadas com benzimidazóis, diclorvos ou tetramizol (Administrados na ração) Formas larvares pulmonares com Levamisol e ivermectina injetáveis. • Higiene em alimentos oferecidos aos suínos, higiene da cama e instalações. Interromper uso de piquetes em criações a pasto • Tratar porcas prenhez na entrada p/ maternidade. Tratar leitões com 5/6 semanas de idade e repetir após 4 semanas PARASCARIS EQUORUM CARACTERISTICAS E MORFOLOGIA • Hospedeiros : equinos jovens (até 6 meses ) • Localização: Intestino Delgado • Distribuição cosmopolita • Vermes grandes: 40/50 cm • Machos: possui pequenas asas caudais. • Fêmea: é altamente fecunda, eliminando n° de ovos. • Abertura bucal rodeada por 3 grandes lábios • Ovo: esférico, acastanhado, espesso, com escavações na camada externa. Altamente resistente ao ambiente. CICLO BIOLOGICO: • Ovo morulado é eliminado nas fezes → desenvolvimento de L1 até L2 no ambiente (pode demorar de 4 semanas a 2 meses) → ingestão do ovo com L2 pelo hospedeiro → intestino → eclosão → parede intestinal → migram para o fígado → muda de L2 para L3 → pulmão → muda para L4 → traqueia → deglutição → intestino → muda de L4 para L5 e depois para adultos → reprodução → eliminação nas fezes. • PPP: 10-12 semanas Filo: Nematoda Classe: Scernentea Ordem: Ascaridida Família: Ascarididae Gênero: Ascaris Espécie: o A.suum (suninos – ID) o A.lumbricoides (homem – ID) Filo: Nematoda Classe: Scernentea Ordem: Ascaridida Família: Ascarididae Gênero: Parascaris Espécie: P.equorum @apostilas_medvet 7 SINAIS CLÍNICOS E PATOGENIA • Carga parasitária alta: obstrução intestinal, retardo no crescimento, emagrecimento, cólica, alterações pulmonares, peritonite, emaciação, definhamento, pelagens opacas e apatia • As larvas migrantes causam hemorragias focais e trajetos de eosinófilos no fígado, que desaparecem deixando áreas esbranquiçadas de fibrose • Durante fase imigratória pode haver corrimento nasal acinzentado e tosse ASCARIDIA GALLI CARACTERISTICAS E MORFOLOGIA • Hospedeiros: Aves, especialmente galinhas • Localização: intestino grosso e delgado • Forma infectante: Ingestão da L3 • Boca trilabiada e esôfago claviforme. Vermes robustos e brancos • Machos: dois espículos de tamanhos iguais e ventosa pré- cloacal. Cauda termina abruptamente. Tamanho: 1 a 2 cm • Ovos: comprido, ovoide, casca lisa, amarelado. CICLO BIOLÓGICO • Liberação do ovo não larvado nas fezes → desenvolvimento da L1 até L3 dentro do ovo no ambiente (2 semanas a 1 mês) → Animal ingere o ovo com L3 → Ovo eclode e libera a L3 → ID → muda para L4 → muda para L5 → adulto →reprodução → postura de ovos • Minhocas podem atuar com hospedeiros paratênico • PPP: 5 a 6 semanas em pintinhos e 8 ou + semanas em aves adultas. SINAIS CLÍNICOS E PATOGENIA • Pode causar obstrução intestinal e morte no caso de infecções maciças. • Mais graves em animais jovens – até 3 meses de idade. Adultos: infecção subclínica • Sintomas mais graves durante fase larval na mucosa intestinal, podendo causar enterite • Aves adultas são portadoras assintomáticas e atuam como reservatórios • Hospedeiros paratênico e solo são importantes vias de transmissão. DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E CONTROLE • Exame de fezes (flutuação p/ ovos leves). Exame de necropsia • Aves jovens devem ser criadas separadamente das adultas, principalmente quando criadas em terra e vegetação • Usar sistemas de alimentação e fornecimento de água que minimizem contaminação da ração e água pelas fezes • Tratar com sais de piperazina ou Levamisol (na água de beber) HETERAKIS GALLINARUM CARACTERISTICAS E MORFOLOGIA • Hospedeiros: aves • Localização: Ceco • Esbranquiçados, pequenos, com até 1,5 cm de comprimento • Caudas alongadas e pontudas, esôfago com bulbo posterior • Macho: ventosa pré-cloacal e asa caudal com 12 pares de papilas caudais. 2 espículos diferentes. • Ovo: estreito, liso, alongado, casca espessa. CICLO BIOLÓGICO: • Ovos embrionados eliminados nas fezes → desenvolvimento de L1 para L3 dentro do ovo (2 semanas a 1 mês) → Ingestão do ovo com L3 ou ingestão do hospedeiro paratênico Filo: Nematoda Classe: Scernentea Ordem: Ascaridida Família: Ascarididae Espécie: A. galli Filo: Nematoda Classe: Scernentea Ordem: Ascaridida Família: Ascarididae Gênero: Heterakis Espécie: H.gallinarum @apostilas_medvet 8 (minhoca) , que ingeriu ovo contendo a larva, que se instalou nos tecidos desse hospedeiro, e a ave ingeriu → liberação da larva → Ceco → desenvolvimento do parasita de L3 até L5 → adultos → maturação sexual → reprodução e liberação de ovos. • PPP: 4 semanas SINAIS CLINICOS E PATOGENIA • Importância: diminui a conversão alimentar e produção de ovos • Sinais clínicos: perda de peso, diarreia e anemia. Pode gerar hemorragia intestinal e até obstrução • Ocorre de forma mais grave em animais jovens DIAGNOSTICO, TRATAMENTO E CONTROLE • Exame de fezes + necrópsia • Piperazina e Levamisol • Remoção e destinação adequada da cama usada nas instalações • Tratamento intermitente de água e ração DIOCTOPHYMA RENALE CARACTERISTICAS E MORFOLOGIA • Hospedeiro definitivo: cães. Ocasionalmente felinos, suínos, equinos, bovinos e humanos. • Hospedeiro intermediário: Oligoquetas aquáticas (anelídeos) • Hospedeiro paratênico: peixes • Localização: rim (geralmente o direito) e cavidade abdominal • Distribuição: áreas subtropicais, temperadas e sub-árticas. • Verme gigante do rim – coloração avermelhada. Tamanho: 35 a 105 cm • Machos: menores que fêmea, bolsa em formato de sino com uma única espícula marrom • Ovos: alongados, espesso, mamilonados, castanhos. CICLO BIOLÓGICO: Eliminação de ovos morulados/embrionados pela urina → desenvolvimento para L1 → anelídeos ingerem ovo larvado → muda de L1 para L3 → pode ser ingerido pelo hospedeiro paratênico (peixes) e depois este ser ingerido pelo hospedeiro intermediário, ou pode ser ingerido diretamente pelo hospedeiro intermediário → liberação da L3 do ovo e penetração na parede intestinal → no duodeno ultrapassa a mucosa e musculatura para chegar aos rins → desenvolvimento de L3 até L5 → reprodução → liberação dos ovos pela urina. • Podem ocorrer migração errática numa alta carga parasitária: podem ir para o peritônio e para prepúcio • PPP: 6m a 2 anos SINAIS CLINICOS E PATOGENIA • Importância: destroem tecido renal (não se alimenta deste, mas sim o destrói por compressão) • Geralmente os animais são assintomáticos. • O verme pode migrar pelos ureteres, atingir bexiga e ser eliminado pela urina • Pode causar: Disúria, hematúria, dor lombar, apatia, tristeza DIAGNOSTICO, TRATAMENTO E CONTROLE • Laboratorial: exame parasitológico de urina para encontrar ovos • Necropsia: encontrar vermes adultos • Por imagem: radiografia, ultrassom • Epidemiológico: animais regiões ribeirinhas c/ sintomas • Tratamento cirúrgico: nefrectomia • Eliminar peixe crú da dieta. ORDEM STRONGYLIDA CARACTERISTICAS GERAIS: • Causam Infecções mistas – nunca há apenas uma espécie de parasita • Alta especificidade: predileção por uma espécie de hospedeiro • Ciclo de vida direto: fase de vida livre (ocorre no ambiente), fase de vida parasitária (ocorre dentro do hospedeiro definitivo). Não possui hospedeiro intermediário. Filo: Nematoda Classe: Adenophorea Ordem: Ascaridida Família: Dioctophymatidae Gênero: Dioctophyma Espécie: D.renale @apostilas_medvet 9 • Forma infectante: ingestão da larva L3 que está presente no pasto – via Oral • Localização: Trato Gastrointestinal, tendo predileção em diferentes órgãos desse segmento • Condições climáticas favorece o desenvolvimento dos parasitas na fase de vida livre • Possui grande importância econômica: Reduz produtividade de carne, lã, leite, Reprodução, Alta morbidade e mortalidade, Custos altos com tratamentos, Inviabilizar produção – em ovinos principalmente • Machos: Possui bolsa copulatória que abraça a fêmea para facilitar a cópula. Presença dos espículos e gubernáculo (estrutura que guia espícula na cópula). Bursa: extensão da cutícula lateral no final da causa do macho • Fêmeas: Apêndice vulvar : presente ou ausente. Ânus • Ovos: casca fina, ovo mais oval/comprido CICLO BIOLÓGICO: FASE DE VIDA LIVRE: • Desenvolvimento de Ovo → L1 → L2 → L3 ocorre fora do ovo, no ambiente. • Anidrobiose: hipobiose que ocorre no ambiente – pausa no desenvolvimento quando há diminuição da umidade relativa do ar FASE DE VIDA PARASITÁRIA: • Desenvolvimento de L3 → L4 → L5 ocorre dentro do hospedeiro • Reprodução – liberação dos ovos • Hipobiose em L4 caso as condições sejam desfavoráveis • Liberação dos ovos nas fezes CICLO BIOLOGICO Desenvolvimento da L1 dentro do ovo → eclosão → se desenvolvem em L2 no ambiente → muda de L2 para L3 (ele retém a cutícula da L2 e forma uma nova, conferindo duas cutícula e maior resistência no ambiente. Com essas duas cutículas, ele não consegue mais se alimentar, sobrevivendo apenas de suas reservas energéticas) → L3 vai no ápice da pastagem para facilitar sua ingestão pelo hospedeiro de predileção → Ingestão pelo hospedeiro → L3 se introduz na mucosa dos tecidos de predileção para mudar de L3 para L4 → sai da mucosa → muda para L5 → maturação sexual e reprodução → produção de ovos → liberação nas fezes. FISIOPATOGENIA 1) Resposta Local: • Danos à mucosa • Resposta imune local • Pode ocorrer modificação do tecido e diminuição da função tecidual • Alteração da digestão. 2) Resposta Sistêmica: • Diminuição das enzimas digestivas • Alteração do pH • Alterações dos hormônios – digestão HAEMONCHUS Porção terminal macho / fêmea CARACTERISTICAS E MORFOLOGIA • Local: Abomaso -- predileção para área fúndica • Nutrição: hematófagos (até 0,05 ml de sangue por dia) • Cosmopolita de regiões tropicais e subtropicais • PPP: 3 semanas • Tamanho: de 1 a 3 centímetros nos adultos • Cavidade bucal pequenacom um pequeno dente semelhante á uma lanceta. • Machos: dois espículos, geralmente do mesmo tamanho, com ganchos, com gubernáculo. Espículas farpadas. Medem 10 a 22 mm • Fêmea: cauda cônica longa e listras vermelhas quando vivas. Lábio vulvar em formato linguiforme ou sem lábio. Medem de 20 a 30 mm • Ovos: casca quitinosa e fina, coloração pálida, tamanho médio • Papilas cervicais em ambos os sexos, parte anterior. • Desenvolvimento dos estágios larvais em ambiente com temperaturas e umidades altas • Ovinos não desenvolve imunidade contra a infecção, sendo continua a contaminação do pasto • Hipobiose das larvas L4 em estação seca CICLO L1 no ovo → eclosão → L2 → L3 → ingestão pelo hospedeiro → mucosa → L4 → sai da mucosa → L4 → L5 → adultos (movem-se livremente na superfície da mucosa) Filo: Nematoda Classe: Scernentea Ordem: Strongylida Família: Trichostrongylidae Subfamilia: Haemonchinae Gênero: Haemonchus Espécie: o H. contortus (ovi,bov) o H.placei (bov) o H.similis (bov) @apostilas_medvet 10 • L5 apresentam lanceta perfurante, que permite obtenção de sangue dos vasos da mucosa • PPP ovinos: 2/3 semanas • PPP bovinos: 4 semanas SINAIS CLINICOS E PATOGENIA • Inapetência, Edema submandibular ( hipoproteinemia), Mucosas hipocoradas, Anemia, perda contínua de ferro e proteínas, Fezes escurecidas, Queda da lã , Hematócrito baixo • Em ovelhas lactantes pode levar á morte dos cordeiros • Infecções maciças podem ocasionar morte súbita por gastrite hemorrágica aguda • Infecções leves tendem a virar quadro crônico, caracterizado por perda de peso, fraqueza e inapetência. DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E CONTROLE • Histórico + sintomatologia clínica. • Exame de fezes para contagem da opg • Necrópsia: lesões hemorrágicas na mucosa do abomaso, alterações medulares dos ossos longos, edemas, caquexia, mucosas hipocoradas, carcaça pálida. • Usar benzimidazóis, Levamisol, ivermectina (geralmente no início da estação seca e início das chuvas) • Transferência pra pasto não contaminado, volumoso de boa qualidade nutricional com suplementação de concentrados OSTERTAGIA • Local: Abomaso • Hospedeiros: ruminantes • Formações nodulares • Cosmopolita de climas temperados, frio • Adultos são Marrom-avermelhados e delgados/finos. • Pequena cavidade bucal. Papilas cervicais não visíveis • Estrias transversais na região anterior da cutícula, restante do corpo sem estrias. • Fêmea: flap vulvar em forma de botão e cauda cônica. 8 a 11mm • Machos: 2 espículos iguais terminando bi ou trifurcados, com gubernáculo. 6 a 8 mm CICLO BIOLÓGICO • Vermes adultos no abomaso → reprodução → ovos embrionados nas fezes → desenvolvimento de L1 a L3 em até 2 semanas → L3 migram para o ápice da pastagem → ingestão → L3 nas glândulas do abomaso → muda para L4 → muda para L5 → maturação → reprodução SINAIS CLINICOS E PATOGENIA • Diarreia, Perda de peso e inapetência, Anemia//anorexia, Edema Submandibular, Diminuição da secreção glandular ácida (pH vai para7,0), Hipoalbuminemia (extravasamento proteico pra luz intestinal), Gastroenterite • Ostertagiose tipo 1 : Ocorre no verão, em animais jovens. Ingestão da L3 no pasto, e se desenvolvimento ocorre até L5 no interior do animal • Ostertagiose tipo 2 : Ocorre no outono, preferencialmente em animais adultos. Devido as condições não favoráveis, ele entra em hipobiose em L3 e só retorne seu desenvolvimento na primavera OSTERTAGIA OSTERTAGI • Ostertagiose bovina • Alterações mais graves acontece quando as L5 emergem das glândulas ástricas, diminuindo a secreção glandular ácida (pH passa de 2,0 a 7,0) • Causa Edema, hiperemia, necrose da mucosa, hipoalbuminemia, Linfadenomegalia regional, Inapetência, perda de peso, diarreia • Observada em bezerros durante 1° período de pastejo: diarreia aquosa, anorexia, pelos arrepiados, anemia, edema, perda de peso • A L3 pode sobreviver ao inverno no pasto. Essas podem causar infecção subclínica e assegurar a contaminação da pastagem durante o resto do pastejo naquele local. Larvas L4 podem permanecer em hipobiose quando temperatura estiver baixa • Infecção não desperta uma imunidade forte, os bovinos adultos desprotegidos (que não tiveram exposição ao parasita) são tão suscetíveis quanto os jovens • Diagnóstico através de sintomatologia clínica, estação do ano e condições ambientais, história do pastejo, exame de fezes, necropsia. Tratamento com benzimidazóis, Levamisol e ivermectina. Controlar os animais e sua exposição em áreas de pastejo, tratar de forma profilática, transferência de animais para áreas não contaminadas no verão, pastejo alternado de bovinos e ovinos, pastejo rotativo de animais adultos e jovens. OSTERTAGIOSE OVINA • Ciclo evolutivo semelhante ao O.ostertagi • Em infecções subclínicas ocorre perda de apetite e perda de proteínas no TGI. Deposição deficiente de proteínas, gordura Filo: Nematoda Classe: Scernentea Ordem: Strongylida Família: Trichostrongylidae Subfamília: Ostertagiinae Gênero: Ostertagia @apostilas_medvet 11 e cálcio na carcaça, Perda de peso acentuada e diarreia intermitente como sintomatologia clínica • Ovelhas adultas eliminam maior n° de ovos nas fezes durante período peripuerperal (2 semanas antes e até 6 semanas pós- parto) • L3 podem sobreviver no bolo fecal em condições adversas • Diagnóstico através de sintomatologia clínica, sazonalidade da infecção, exame de fezes, necropsia. • Cordeiros devem ser tratados e levados para pasto descontaminado . Repetir tratamento a intervalo mensais TRICHOSTRONGYLUS • Hospedeiros: ruminantes, equinos, suínos, coelhos, aves • Pequenos < 7,0 mm, difícil ver a olho nu • Coloração avermelhada ou amarronzada, delgado e piliformes • Distribuição cosmpopolita • Chanfro/sulco excretório na região esofágica. Sem cápsula bucal evidente • Machos : Bolsa com lobos laterais, Espículas espessas e sem ramificação. Possuem gubernáculo • Fêmeas: Cauda que se afina abruptamente. Sem aba vulvar. Possuem ovoejetores duplos. TRICHOSTRONGYLUS AXEI • Local: Abomaso ou estômago • Baixa especificidade parasitaria e baixa prevalência • Espiculo em formato de arpão • Hospedeiros: bovinos, ovinos, caprinos, veados, equinos, suínos • Infecção por esse parasito causa mudança no pH e aumento da permeabilidade da mucosa. • Vermes invadem espaços entre as glândulas • Formam túneis entre epitélio e lâmina própria, rompendo até 12 dias após infecção, liberando vermes jovens e causando hemorragia e edema • Enterite no duodeno TRICHOSTRONGYLUS COLUBRIFORMIS • Local: Intestino delgado • Alta prevalência e baixa especificidade parasitária • Assintomático • Infecções leves: inapetência, diminuição no ganho de peso • Infecções pesadas: diarreia de coloração escura (por causa da reação inflamatória), perda de peso. • Espículo em formato de arpão • Hospedeiros: bovinos, ovinos, caprinos, camelos, coelhos, suínos, cães, humanos. CICLO BIOLOGICO • Contaminação do pasto com ovos infectados → larva se desenvolve dentro do ovo → muda para L1 → eclosão → muda para L2 → muda para L3 (mantém a cutícula) → saem do bolo fecal e migram pro ápice da pastagem → ingestão pelo hospedeiro → L3 vai para órgão de predileção → muda para L4 → muda para L5 → maturação → adulto → reprodução DIAGNÓTICO, TRATAMENTOE CONTROLE • Sintomatologia clínica + ocorrência sazonal • Necropsia ou Exame de fezes para contagem de ovos • Tratamento semelhante a ostertagiose bovina COOPERIA Filo: Nematoda Classe: Scernentea Ordem: Strongylida Família: Trichostrongylidae Gênero: Trichostrongylus Espécies: o T.axei o T.colubriformes Filo: Nematoda Classe: Scernentea Ordem: Strongylida Família: Cooperidae Gênero: Cooperia Espécies: o C.punctata - bov o C.pectinata – bov o C. curticei – ovi/capr @apostilas_medvet 12 CARACTERÍSTICAS E MORFOLOGIA • Localização: Intestino Delgado. • Hospedeiros: bovinos, ovinos e caprinos • Penetra no epitélio intestinal, rompendo as vilosidades e causando atrofia, tendo como consequência alterações na absorção. • Tamanho: menos de 9 mm. Aspecto: róseo-esbranquiçado • Porção anterior com dilatação cefálica (pequena) e estrias transversais cuticulares na região esofágica • Machos: dois espículos iguais dilatados ou em forma de nó na porção média. Não possuem gubernáculo. Bolsas copulatória grandes. • Fêmeas: cauda afilada e longa. Flap vulvar. CICLO BIOLOGICO Adultos no ID → postura de ovos embrionados → ovos eliminados nas fezes → desenvolvimento da L1 → muda para L2 → muda para L3 → ingestão pelo hospedeiro definitivo → muda para L4 na mucosa intestinal → muda para L5 → adultos no ID No C.punctata e C.pectinata: penetram no epitélio intestinal No C.curticei ficam na superfície da mucosa intestinal SINAIS CLÍNICOS E PATOGENIA • C.curticei: patógenos moderados em bezerros e cordeiros. Causa inapetência e baixos níveis de ganhos de peso • C.punctata e C.pectinata: mais patogênica pois penetram no epitélio intestinal e podem causar rupturas do tecido, atrofia das microvilosidades intestinais e redução da área de absorção . Pode causar diarreia • Sintomatologia clínica: hipo/anorexia, diminuição do ganho de peso, diarreia, edema submandibular • L3 é resiste às condições áridas do ambiente DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E CONTROLE • Histórico de pastagem + informações de ocorrência na região e outras propriedades • Sintomatologia clínica + exame Coproparasitológico +coprocultura e identificação da L3 para diagnóstico. Pode utilizar também necropsia para encontrar os adultos na mucosa do ID. NEMATODIRUS CARACTERISTICAS E MORFOLOGIA • Localização: intestino delgado • Hospedeiros: ovinos, caprinos, bovinos • Conhecido como verme do pescoço rosqueado • Distribuição: cosmopolita • Adultos são finos, com até 2cm de comprimento, permanecendo enovelados no intestino • Vesícula cefálica pequena • Machos: espículo longo e fino, com pontas fundida. 2 conjuntos de raios paralelos em cada lobo principal da bolsa copulatória (exceto o N.battus) • Fêmea: cauda curta e com espinho (N.battus possui cauda longa) • Ovo: grande, oval e incolor. Casca final, superfície lisa. CICLO BIOLOGICO • Adultos no ID → postura de ovos embrionados → ovos eliminados nas fezes → desenvolvimento da L1 → muda para L2 → muda para L3 → ingestão pelo hospedeiro definitivo → muda para L4 na mucosa intestinal → muda para L5 → adultos no ID Filo: Nematoda Classe: Scernentea Ordem: Strongylida Família: Molineidae Gênero: Nematodirus Espécies: o N.battus: ovi/capr o N.filicollis: ovi/capr o N.spathinger: ovi/capri/bov o N.helvetianus: bov @apostilas_medvet 13 • Desenvolvimento da L3 dentro do ovo é lento, e pode levar mais de dois meses. Após esse desenvolvimento, pode haver um período latente antes da eclosão. SINAIS CLINICOS E PATOGENIA • Efeitos atribuídos aos estágios larvais • Após ingestão de grande quantidade de L3, há ruptura da mucosa intestinal • O desenvolvimento da L5 pode causar grave lesão das vilosidades e erosão da mucosa, lendo a atrofia das microvilosidades, Distúrbios da absorção intestinal, diarreia, desidratação, enterite no íleo. • Animais adultos não desempenham papel importante na manutenção da infecção nas pastagens DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E CONTROLE • Histórico de pastejo + sintomatologia clínica • Exame de fezes para contagem de OPG e exame necroscópico • Levamisol, ivermectina, benzimidazóis • Em animais criados a pasto, alternar áreas de pastagem com outros culturas ou espécies de animais. Utilizar fenos e silagem anti-helmínticos BUNOSTOMUM CARACTERISTICAS E MORFOLOGIA • Localização: Intestino Delgado • Hospedeiros: bovinos e ovinos • Adultos possuem 1 a 3 cm de comprimento • Forma de gancho na extremidade anterior • Cápsula bucal grande com 3 lâminas cortantes na borda. Possui lancetas bucais CICLO BIOLÓGICO • Adultos no intestino → postura de ovos embrionados → desenvolvimento da L1 → eclosão no ambiente → muda para L2 → muda para L3 → penetração cutânea ou via oral → L5 no intestino → adultos → maturação e reprodução • Se for através de penetração cutânea, o parasita entra na corrente sanguínea → migração pulmonar e muda para L4 nos brônquios → ID • Se for através da via oral → muda para L4 no tubo digestivo/epitélio intestinal → muda para L5 no intestino delgado • PPP: 1 a 2 meses SINAIS CLINICOS E PATOGENIA • Infecções de 100 a 200 vermes pode provocar anemia, hipoalbuminemia, perda de peso, diarreia – quadro de bunostomose • Penetração cutânea em bezerros pode causar prurido e ato de bater os pés • Infecções patogênicas são comuns em regiões tropicais • Pode ocorrer maior infestação no final da estação seca, devido á maturação de larvas hipobióticas DIAGNOSTICO, TRATAMENTO E CONTROLE • Exame de fezes para contagem de OPG e coprocultura • Uso de anti-helmínticos • Medidas higiênicas profiláticas para animais estabulados (destino adequado de dejetos, troca rotineira da cama, isolar animais infectados, etc) OESOPHAGOSTOMUM CARACTERISTICAS E MORFOLOGIA • Localização: Intestino grosso • Hospedeiros: bovinos, suínos, caprinos, ovinos • Cápsula bucal retangular e pequena • Vesícula cefálica, papilas cervicais , coroa lamelar, sulco cervical, robustos e esbranquiçados, com 1 a 2 cm de comprimento Filo: Nematoda Classe: Scernentea Ordem: Strongylida Família: Ancylostomatidae Gênero: Bunostomum Espécies: o B.phlebotomum – bov o B.trigonocephalum - ovi Filo: Nematoda Classe: Scernentea Ordem: Strongylida Família: Strongyloidea Subfamília: Strongylinae Gênero: Oesophagostomum Espécies: o O.radiatum: bov o O.columbianum: capri ovi o O.dentatum: suín @apostilas_medvet 14 • Machos: bolsa copulatória e dois espículos de tamanho médio e iguais. Ausência de gubernáculo • Fêmeas: corpo termina afiladamente. • O.radiatum: vesícula cervical bem desenvolvida e asa cervical pouco desenvolvida. • O.dentatum: vesícula e asas cervicais pouco desenvolvidas. Papilas cefálicas • O.columbinaum: vesícula cervical pouco desenvolvida e asa cervical bem desenvolvida. O.radiatum O.columbianum O.dentatum CICLO BIOLÓGICO • Adultos no cólon → postura de ovos com fezes → L1 dentro do ovo → desenvolvimento e eclosão → muda para L2 → muda para L3 → ingestão das L3 pelo hospedeiro → se envolve em nódulose muda para L4 → muda para L5 → adultos • PPP: 45 dias SINAIS CLÍNICOS E PATOGENIA • Causam enterite grave, reações inflamatórias e formação de nódulos devido a migração da L3 de O.columbianum pela mucosa • Ulceração na mucosa devido à migração das L4 • O.radiatum: formação de nódulos, anemia e hipoalbuminemia • Em suínos, as infecções causam do ganho de peso e emagrecimento • Ruminantes: diarreia grave verde-escura, perda de peso, edema submandibular, infecções crônicas, inapetência, emaciação, diarreia intermitente, anemia. • A L3 de O.radiatum sobrevive no pasto durante inverno • Em suínos também ocorre hipobiose • O.columbianum em ovinos tem o controle dificultado pela sobrevivência prolongada das L4 dentro dos nódulos na parede intestinal • O.radiatum assume importância em bezerros desmamados. DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E CONTROLE • Sintomatologia clínica + necrópsia • Exame parasitológico de fezes (mais importante durante fase crônica) • Uso de antiparasitários, rotação de pastagens, tratamento e reforma das pastagens, uso de fenação e silagem, telagem de instalações, manejo das criar recém-nascidas • Tratamento anti-helmíntico supressivo (2-4 semanas p/ quebrar o ciclo do parasita), preventivo (períodos regulares em todo o rebanho), curativo (só animais com sintomatologia clínica), tático (todos os animais), seletivo (apenas animais com alterações fisiológicas) DICTYOCAULUS CARACTERISTICAS E MORFOLOGIA • Localização: traqueia, brônquios, bronquíolos • Causam broncopneumonia parasitária • Adultos: Delgados, coloração branca/cinza-clara, de 8 a 10 cm de comprimento. Bursa e cápsula bucal pequenas • Machos: espículas marrom, pequenas e granulares. Bolsa copulatória sem lobos • Fêmeas: ovovivíparas: ovos com larvas totalmente desenvolvidas • Larvas: encontradas nas fezes, movimentos lentos, sensíveis à dessecação • Nutrição: proteínas, aminoácidos, lipídeos presentes na luz do trato respiratório. Espécies o D.viviparus: bov, vead, camel o D.filaria: ov, capr, camel o D.arnfield: equi Filo: Nematoda Classe: Scernentea Ordem: Strongylida Família: Dictyocaulidae Gênero: Dictyocaulus @apostilas_medvet 15 CICLO BIOLOGICO Vermes adultos nos brônquios e bronquíolos → postura → ovos larvados com L1 → eclosão das L1 no trato respiratórios → traqueia →laringe e faringe → deglutidas → atravessam tubo digestivo → eliminadas com as fezes → ambiente → muda para L2 → muda para L3 → ingeridas por novo hospedeiro → penetram na mucosa intestinal → circulação sanguínea e linfática → linfonodos mesentéricos → muda para L4 → canal torácico → veia cava caudal → coração → artéria pulmonar → pulmões → alvéolos → muda para L5 → vermes adultos nos brônquios e bronquíolos Até L3 elas não se alimentam, devido á presença da bainha PPP: 22 a 25 dias SINAIS CLÍNICOS E PATOGENIA A patogenia pode ser dividida em 4 fases 1) Fase de penetração (1° ao 7° dia): larvas ainda não chegaram aos pulmões 2) Fase pré-patente (8° ao 25° dia): larvas surgem nos alvéolos e causam alveolite, bronquilite e bronquite. Células no infiltrado inflamatório formam tampões nas luzes dos bronquíolos, causando colapso nos alvéolos 3) Fase patente (26°ao 60° dia): bronquite parasitária, vermes adultos envoltos por muco branco e espumoso na luz dos brônquios. Epitélio brônquico torna-se hiperplásico e infiltrado por células inflamatórias. Pneumonia parasitária, causada por aspiração de ovos e L1 nos alvéolos 4) Fase pós-patente (61° ao 90° dia): fase de resucepração. Vermes adultos são expelidos. Lesões da infecção podem permanecem como fibrose brônquica e peribrônquica A gravidade das manifestações pode depender da idade, sendo os mais acometidos os bezerros de até 1 ano • Tosse, dispneia, taquipneia, falta de ar, auscultações de crepitações em estertores, sialorreia, coriza, anorexia, óbito. • Bezerros que iniciam o pastejo são mais suscetíveis • L3 podem sobreviver ao pasto no inverno rigoroso, enterrando-se no solo • L4 podem ficar em hipobiose no sistema linfático (linfonodos mesentéricos) • Dispersão das larvas a partir das fezes pode ser efetivada pelo fungo Piobolus. DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E CONTROLE • Sintomatologia clínica + época do ano + história de pastejo • Encontro de larvas L1 em amostrar fecais colhidas diretamente do reto ou Necropsia • Benzimidazóis, Levamisol ou ivermectina • Manejo adequado do pastejo, diminuir densidade de animais, controlar exposição dos susceptíveis, anti-helmínticos, vacinação. STRONGYLUS SPP CARACTERISTICAS E MORFOLOGIA • Localização: IG de equinos e asininos • Coloração vermelha escura, robustos • Cápsula bucal desenvolvida • Presença de corona radiata interna/externamente • Macho: possui bolsa copulatória evidente S.VULGARIS • Hospedeiros: equinos, jumentos Filo: Nematoda Classe: Secernentea Ordem: Strongylida Família: Strongyloidea Subfamília: Strongylidae Gênero: Strongylus o S.vulgaris o S.equinus o S.edentatus Gênero: Triodontophorus @apostilas_medvet 16 • Verme com menor tamanho, cápsula bucal menor em relação aos outros, presença de dois dentes circulares abaulados. Tamanho: 1,5-2,5 cm • Se alimenta sugando a mucosa para interior da cápsula, dilacerando com os dentes – causa da patogenia • Se move constantemente de lugar para se alimentar • É a mais patogênica dentre os Strongylus • Causam arterite tromboembólica verminótica, aneurismas, hemorragias, peritonite, obstrução de capilares por liberação de trombos, necrose dos tecidos do IG • Migração é feita pela artéria mesentérica cranial . Pode causar a morte entre 14 a 20 horas • CICLO: ingestão da larva L3 no pasto → estômago → ID → muda para L4 na mucosa → vai para artéria mesentérica cranial pelos ramos principais e contra fluxo sanguíneo → rompe a AMC → entram na circulação → vão até o IG a favor do fluxo sanguíneo → muda para L5 no fluxo → forma nódulos nos capilares que chegam ao intestino → rompimento dos nódulos e L5 caem no lúmen intestinal → maturação → reprodução • PPP: 6 a 7 meses S.EQUINUS • Hospedeiros: equinos e jumentos • Possui 4 dentes na parte final da cavidade bucal e dois dentes na parte ventral e dois na dorsal. Possui cavidade em forma de taça. Tamanho: 2,5-5,0 cm. Coloração vermelho-escura • Extremidade cefálica não é delimitada do resto do corpo. • Migração é reduzida e larvas são menos patogênicas • Ovos: tamanho médio, polos similares e formato de barril. Casca fina e lisa. • Causam lesões no fígado e pâncreas, anemia grave em adultos. Também podem causar diarreia, febre, edema, anorexia, depressão e perda de peso. • CICLO: ingestão da larva L3 → adentra mucosa do IG → formação de nódulos e mudança para L4 dentro dos nódulos → eclosão e migração pela cavidade peritoneal até o fígado → pâncreas → cai na cavidade abdominal indo ao lúmen intestinal → muda para L5 → maturação → adultos • PPP: 8 a 9 meses S.EDENTATUS • Hospedeiros: equinos, jumentos • Cavidade bucal maior em relação aos anteriores, não possuem dentes. Tamanho:2,5-4,5 cm. Coloração vermelho- escura. Extremidade cefálica é mais larga que o restante do corpo. • Menos patogênico de todos • Causa anemia em adultos e peritonite pela migração, além de lesões no fígado. Também causam diarreia, febre, edema,anorexia, depressão e perda de peso • Ovos: tamanho médio, polos similares e formato de barril. Casca fina e lisa. • CICLO: ingestão da L3 → mucosa do IG → muda para L4 → circulação sanguínea → veia porta → fígado → migração p/pâncreas → peritônio → forma nódulos no IG → L5 no lúmen intestinal → maturação → adultos TRIODONTOPHORUS • Cápsula bucal de tamanho médio com dentes serrilhados. • Tamanho: 1,0 a 2,5 cm de comprimento, avermelhados • Se desenvolve na parede intestinal, se alimenta de células e sangue. Não ocorre migração • Formam colônias e úlceras nas mucosas • Ruptura intestinal devido á úlcera e peritonite . Podem causar também perda de condição corporal, anemia, fraqueza e diarreia • CICLO: semelhante aos outros strongylus, porém a fase parasitária, a L3 penetra na mucosa intestinal. As formam L4, jovem e adulta são encontradas na luz intestinal. CYATHOSTOMINAE CARACTERISTICAS E MORFOLOGIA • Conhecidos como pequenos estrôngilos • Localização: intestino grosso • Possui resistência a anti-helmínticos • PPP: 2-3 meses Filo: Nematoda Classe: Scernentea Ordem: Strongylida Família: Strongylidae Subfamília: Cyathostominae @apostilas_medvet 17 • Pode causar diarreia profusa levando à morte • Tamanho: 5 a 12mm de comprimento • Coloração branca a vermelho escura CICLO BIOLÓGICO Ingestão da L3 → mucosa intestinal → hipobiose → encistamento → diferenciação para L4 → liberada no lúmen intestinal → muda para L5 → adultos →reprodução → ovos morulados liberados nas fezes → muda de L1 até L3 no ambiente DIAGNOSTICO, TRATAMENTO E CONTROLE • Exame de fezes para ver presença de ovos nas fezes : flutuação fecal, OPG, coprocultura. Necropsia • Anti-hilminticos: benzimidazóis, ivermectina, pirantel, Levamisol • Animais bem nutridos respondem melhor ao tratamento e infecção, Manejo de pastagem, Aragem, pastejo alternado ou consorciado, alimentação controlada ANCYLOSTOMA CARACTERISTICAS E MORFOLOGIA • Característico de regiões tropicais e temperadas quentes • Nutrição: Hematófagos • Ciclo direto: fazem migração visceral • Importante em animais jovens e cadelas prenhas ou em lactação, pois por não terem resposta imune formada, a doença será pior. • Capacidade de entrar em Hipobiose (L3) • Peça bucal com dentes ventrais (parte superior), espessamento cuticular, lanceta/dentes subventrais, dente dorsal com canal da glândula esofagiana e a abertura da peça bucal fica virada para o lado dorsal. Sem coroas lamelares. • Presença de glândulas cefálicas com anticoagulantes em ambos os sexos, que os auxiliam na alimentação deles. Ele abocanha e suga a mucosa intestinal para o interior da sua boca, ela entra em contato com os dentes, a glândula cefálica libera os anticoagulantes para auxiliar • Macho: testículo, vesícula seminal, canal ejaculador, bolsa copulatória, 2 espículos • Fêmea: útero entrelaçado com intestino, ovário filamentoso • Ovos: elípticos, casca lisa e + fina, presença de 4 a oito blastômeros. • Cor cinza ou avermelhada com 1 a 2 cm de comprimento A.CANINUM • Conhecido como Verme Gancho dos cães • Localização: intestino delgado • Hospedeiros: cães, raposas e ocasionalmente humanos • É a espécie mais prevalente • Cinza-avermelhados, possui 3 pares de dentes dorsais, cápsula bucal é curva • Macho possui 12mm de tamanho, com Bursa bem desenvolvida, e fêmea de 15 a 20mm • Ovos: polos ligeiramente arredondados, paredes com formato de barril, casca fina e lisa • Patogenia: anemia hemorrágica aguda ou crônica, geralmente em cães com menos de 1 ano de idade e filhotes jovens infectados via transmamaria, deficiência de ferro, pode ocorrer eczema úmido e ulceração dos locais de infecção percutânea, dispneia, apatia, diarreia com sangue e muco, pelagem ruim, animais abaixo do peso, palidez da pele e do fígado • Transmissão: via oral, por consumo de L3 ou pelo consumo do HP infectado com L3, transmamaria (leite com L3) A.BRAZILIENSE • Conhecido como verme gancho • Localização: intestino delgado • Hospedeiros: cães, raposas e gatos • Macho mede 7,5mm e fêmea até 10mm • Possuem um par de dentes dorsais e outro par de dentes subventrais pequenos. Cápsula bucal profunda. • Transmissão oral e transcutânea, transmamaria não comprovada Filo: Nematoda Classe: Scernentea Ordem: Strongylida Família: Ancylostomatidae Gênero: Ancylostoma Espécies: o A.caninum: cão e raposa o A.braziliense: cão e gato o A.duodenale: o A.tubaeforme: felinos o U.stenocephala @apostilas_medvet 18 • Principal causa de Larva Migrans Cutânea ou bicho geográfico (larvas entram na pele e não se desenvolver, porém persistem por semanas) • Sinais clínicos: transtorno digestivo leve, diarreia, eritema e prurido cutâneos (em humanos) • Transmissão: transplacentária (L3 chega no feto através de circulação) ou via oral, por consumo de L3 ou pelo consumo do HP infectado com L3 A.DUODENALE • Hospedeiros: humanos, primatas • Localização: intestino delgado • Possui 2 pares de dentes dorsais e um par de dentre subventral • Verme cilíndrico branco-acinzentado. Macho mede 8mm e fêmea 13mm • Patogenia: dores abdominais e inapetência, deficiência de ferro, edema, distenção abdominal, dispneia e fraqueza • Transmissão: via oral por consumo de L3 ou ingestão de hospedeiro paratênico com L3, transmamaria (leite com L3) A.TUBAEFORME • Conhecido como verme gancho dos felinos • Localização: intestino delgado • Hospedeiros: gatos • Quase idênticos ao A.caninum, mas um pouco menores. • Cápsula bucal profunda com sulco dorsal, chanfro profundo na margem dorsal da cápsula, borda ventral com 3 dentes de cada lado • Cutícula mais espessa e dentes esofágicos são maiores que o A.caninum • Baixa patogenicidade, porém pode causar pelagem de má qualidade, anemia, diminuição do crescimento • Transmissão: transplacentária (L3 chega no feto pela circulação) ou via oral, por consumo de L3 ou pelo consumo do HP infectado com L3 UNCINARIA STENOCEPHALA • Conhecido como verme gancho do norte • Hospedeiros: cães, gatos, raposas, canídeos e felídeos. • Localização: intestino delgado • Adultos esbranquiçados, pequenos • Macho mede 5/8 mm e fêmea 7/12mm. • Possuem duas placas quitinosas no lugar dos dentes dorsais • Abertura bucal em forma de funil, grande. Possui um par de dentes subventrais • Macho com bolsa bem desenvolvida, pequeno lobo dorsal e dois grandes lobos laterais. Espículas estreitas • Ovos largos e com casca grossa, ovoides, polos dissimulares e paredes laterais finas e paralelas. • Patogenia: hipoalbuminemia, baixo grau de anemia, diarreia, anorexia e letargia, dermatite interdigital NECATOR AMERICANUM • Localização: intestino delgado • Hospedeiros: humanos, primatas, suínos, cães • Machos tem de 7 a 9mm e fêmeas de 9 a 11mm de tamanho. @apostilas_medvet 19 • Duas placas cortantes dorsais e duas ventrais, ao redor da borda anterior da cápsula bucal. Um par de dentes subdorsais e outro par de dentes subventrais na parte posterior CICLO BIOLÓGICO Vermes adultos → Liberação de ovos embrionadosnas fezes → eclosão → desenvolvimento de L1 até L3 no ambiente → hospedeiro ingere L3 ou pode ocorrer penetração cutânea→ intestino delgado → muda pra L4 → muda para L5 → reprodução → liberação de ovos • PPP: 14 a 21 dias • Hipobiose em fêmeas com contato prévio com o parasita . Penetração ativa na pele do HD → ocorre migração visceral→ entra na pele → corrente sanguínea → coração → pulmão → desenvolvimento para L4 (causando hemorragia, produção de muco, rompimento de bronquíolos) traqueia → faringe → deglutida → ID → desenvolvimento para L5 → maturação sexual → cópula → liberação dos ovos. Causa bicho geográfico nos seres humanos DIAGNÓSTICO, CONTROLE E TRATAMENTO • Tratamento com anti-helmínticos: mebendazol, Fembendazol, Pirantel ou nitroscanato (matarão os adultos e os estágios em desenvolvimento), suplementação de B12 • Vermifugação periódica dos filhotes e cães mais velhos • Canis livres de fendas e seco, e cama deve ser removida diariamente. Baias de calçada ou de concreto e mantidas secas e limpas • Banhos periódicos, limpeza dos canis, posse responsável, educação sanitária, higiene pessoa. • Exame de fezes: Exame direto, flutuação simples, centrífugo flutuação e técnica de stoll ORDEM RHABDITIDA STRONGYLOIDES CARACTERISTICAS E MORFOLOGIA • Localização: intestino delgado • Hospedeiros: • Encontrados em áreas tropicais e subtropicais • Importância em animais jovens devido à ausência de resposta imune formada. No geral, animais são assintomáticos e possuem pouca patogenicidade • Em alta carga parasitaria : síndrome da morte subida em ruminantes jovens devido a alteração cardíaca, enterite, perda da produtividade, etc. • Larvas podem entrar em hipobiose • Fêmea é a única que será a parasita, que causará a infecção. Não há presença de macho dentro do hospedeiro. • Presença de esôfago bem grande em parasitas adultos. • Fêmeas: Intestino entrelaçado com os ovários • L1 de vida livre: esôfago rabditoide e presença do primórdio genital na parte ventral • L3: mais afinada e longa do que a L1. Esôfago ocupa 40% do tamanho do parasita, sendo ele filariforme • Fêmeas são ovovivíparas – larva L1 em seu interior – e partenogenéticas • Ovos ovalados/elípticos • Verme incolores, delgados, capiliformes, com menos de 10 mm de comprimento. Cauda apresenta ponta romba. CICLO BIOLÓGICO • Fêmea libera ovos com L1 → ovos nas fezes (podem ser machos ou fêmeas) • Se for fêmea, ela pode seguir o desenvolvimento direto → de L1 até L3 e realizar a transmissão via oral, transmamaria ou percutânea, ou realizar o desenvolvimento indireto → se desenvolver até L5 no ambiente, passar por maturação sexual, copular e produzir ovos • Penetração ativa na pele: circulação sanguínea → coração → pulmão → muda para L4 → traqueia → faringe → deglutição → ID → finalização do desenvolvimento → ausência da cópula (não tem macho dentro do hospedeiro) • Transmamaria: parasita em hipobiose no músculo. Quando diminui resposta imune ele sai e vai para as glândulas mamárias para infectar o filhote. • O macho se desenvolve apenas no ambiente S.WESTERI • Hospedeiros: equinos, asininos, zebras, raramente suínos • Localização: intestino delgado • Conhecido como verme filamentar • Ciclo evolutivo semelhante ao S. papilosus, porém os potros podem adquirir a infecção imediatamente após o nascimento Filo: Nematoda Classe: Scernentea Ordem: Rhadbitida Família: Strongyloididae Gênero: Strongyloides @apostilas_medvet 20 através do leite(L3 que estavam inibidas nos tecidos da mãe são mobilizadas e eliminadas no leite) • Fêmeas adultas medem até 9mm de comprimento • Sinais clinicos: diarreia aguda, fraqueza e emaciação S.RANSOMI • Hospedeiros: suínos • Localização: intestino delgado • Ciclo evolutivo semelhante, porém os leitões podem adquirir a infecção imediatamente após o nascimento através do leite(L3 que estavam inibidas nos tecidos da mãe são mobilizadas e eliminadas no leite). E excreção de L3 no leite das porcas pode ser suprimida pela aplicação de uma dose de ivermectina 4 a 16 dias antes do parto. • Fêmeas adultas medem até 4,5mm de comprimento • Sinais clínicos: em infecções graves notam-se diarreia sanguinolenta, anemia, anorexia e emaciação, morte súbita S.STERCORALIS • Hospedeiros: cães, raposas, gatos, humanos • Localização: intestino delgado • Ciclo evolutivo semelhante, porém a L1 é eliminada com as fezes do HD • Fêmeas adultas medem até 2mm de comprimento • Sinais clínicos: diarreia sanguinolenta, desidratação e morte SINAIS CLÍNICOS • Reação eritematosa na pele, pontos hemorrágicos nos pulmões, além de pneumonia, desidratação, insuficiência cardíaca, atrofia das vilosidades do intestino, diarreia, anorexia, dermatites, enterite catarral, aumento de peristaltismo, morte • Humanos: pneumonia difusa, enterite grave com diarreia mucossanguinolenta intensa, migração para pele, pulmão, intestino. Pode haver migração para cérebro, fígado e rins em infecções intensas. DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E CONTROLE • Exame de fezes: OPG e coprocultura • Benzimidazóis, imidazotiadóis, Lactonas macrocíclicas • Higiene das baias, tratamento dos animais jovens e das fêmeas em lactação • Evitar superlotação em pasto ou confinamento • Separação por faixa etária • Suplementação proteica. ORDEM SPIRURIDA SPIROCERCA LUPI CARACTERÍSTICAS E MORFOLOGIA • Localização: esôfago, formando nódulos, mas pode ser encontrado no estômago ou na Aorta • HD: canídeos, raposas, canídeos selvagens e ocasionalmente gatos • HI: besouros coprófagos (Coleoptera e Scarabaeidae), roedores, pássaros, galinhas, répteis também podem ser HI • HP (transporte): aves, répteis e roedores • Forma de infecção: ingestão de HI ou HP contendo a L3 pelo vômito ou fezes • Fêmeas: 5-8 cm e Machos: 3-5 cm • Ovos com presença de L1 em seu interior . São bem pequenos. • Adultos com coloração avermelhada, corpo robusto, abertura oral hexagonal (6 projeções), lábios trilabiados rodeados de papila. Rodeados em espiral. Faringe curta. • Machos: possuem 4 asas caudais, paralelas entre si + dois pares de papilas pós-cloacal e uma pré-cloacal. Espículos de tamanhos diferentes (lado direito sempre menor) + gubernáculo rudimentar • Fêmea: possui cauda romba • Ovos: casca lisa, grossa, alongados CICLO BIOLÓGICO • Liberação dos ovos com larva L1 em seu interior → Besouro coprófago se alimenta do ovo larvado → Dentro do besouro tem ecdise de L1 – L3 → cão pode ingerir diretamente o besouro ou pode haver um HI que ingere o besouro contendo a L3, onde este ficará presente nas vísceras desses animais (lagartos, galinhas e pássaros selvagens) para então ser ingerido pelo HD → L3 no estômago do cachorro, penetra na parede mucosa gástrica, migra pela artéria gástrica celíaca até chegar na aorta torácica (pelo endotélio da aorta, pois estão contra o fluxo sanguíneo, podendo causar lesões nessas paredes) → ocorre ecdise de L4 para L5 na artéria torácica →L5 sai da aorta e vai até o esôfago → No tecido do esôfago, forma-se granulomas ao redor do parasito, há a maturação de L5 para adulto → cópula → para ocorrer a liberação do ovo no lúmen do esôfago a fêmea escava esse granuloma pra formar uma fístula → Ovos seguem conteúdo gastrointestinal até chegar nas fezes – ovos larvados → Pelo parasita estar na área do esôfago, os granulomas podem ser grandes, acarretando dificuldade de deglutição e vômitos. Pode ocorrer a saída de ovos pelos vômitos. Filo: Nematoda Classe: Scernentea Ordem: Spirurida Família: SpirocercidaeGênero: Spirocerca @apostilas_medvet 21 SINAIS CLÍNICOS • Obstrução mecânica do esôfago causando disfagia (dificuldade na deglutição) e vômito • Perda de peso, êmese • Desenvolvimento de neoplasias • Formação de megaesôfago : modificação do tecido esofágico, afrouxando. • Lesões na parede da aorta, podendo levar a estenose ou ruptura • Geralmente a sintomatologia clínica é ausente, mesmo com as lesões. DIAGNÓSTICO, CONTROLE E TRATAMENTO • Raio X pra ver a alteração no esôfago, Endoscopia • Exame Coproparasitológico: Flutuação fecal e sedimentação • Necropsia • Tratar com Levamisol, Doramectina, Ivermectina, Dietilcarbamazina, • Evitar Carne de hospedeiros paratênico crus • Manejo adequado das fezes PHYSALOPTERA PRAEPUTIALIS CARACTERISTICAS E MORFOLOGIA • Localização: estômago e ocasionalmente duodeno • HD: felídeos, ocasionalmente cães • HI: besouros, baratas, grilos e HP • Importância: gastrite catarral • Fêmeas: 2-6 cm // Machos: 1,0-4,5 cm • Ovos: larvados com L1, alongado, casca lisa e espessa. • Adultos são de coloração branca ou rosa. Peça bucal pequena circulada pelo colar cefálico (formação cuticular) , lábios simples com formação triangula. Presença de 3 dentes internos e um externo. Rugas transversais por toda parte cuticular • Machos: asas caudais assimétricas + papilas pré e pró- cloacais + papilas sésseis + dois espículos (tamanhos diferentes, sendo que o direito é sempre menor que o esquerdo) CICLO BIOLOGICO Liberação do ovo com L1 → HI ingere o ovo contendo L1, em seu interior ocorre o desenvolvimento de L2 – L3 (dura de 23 a 28 dias →HD ingere o HI + L3 → L3 liberada pelo processo de digestão → adere a mucosa e o desenvolvimento posterior de L4 e L5 ocorre grudado nessa mucosa → Causam erosões na mucosa pois ficam trocando de lugar, podendo causar hemorragia → Após copula e liberação do ovo no TGI, ele sai nas fezes, iniciando o ciclo novamente, SINAIS CLÍNICOS • Vômito escuro devido a presença de sangue • Anemia, anorexia, perda de peso, perda de apetite • Hemorragia , ulcerações gástricas (devido aos adultos) DIAGNÓTICO, CONTROLE E TRATAMENTO • Manejo adequado das fezes, Tratamento dos animais doentes, Endoscopia • Coproparasitológicos, Flutuação, sedimentação, Necropsia • Febendazol, Mebendazol – 3 dias consecutivos • Ivermectina, Pamoato de pirantel – apenas uma dose DIROFILARIA IMMITIS CARACTERISTICAS E MORFOLOGIA • Causa dirofilariose canina • HD: canídeos, ocasionalmente felídeos e raramente humanos • HI: Aedes, Anopheles, e Culex • Localização: Sistema Cardiovascular, lado direito porque para chegarem no coração, adentram a circulação sanguínea que chega ao lado direito do coração, se alojando no átrio/ventrículo direito ou aorta pulmonar • A microfilária (larva em estágio 1 -fase infectante do HI) fica na circulação sanguínea • Adultos: 12-30 cm. Vermes alongados, finos, coloração esbranquiçada, Filo: Nematoda Classe: Scernentea Ordem: Spirurida Família: Physalopteridae Gênero: Psaloptera Filo: Nematoda Classe: Scernentea Ordem: Spirurida Família: Onchocercidae Gênero: Dirofilaria @apostilas_medvet 22 • Macho com parte posterior em espiral + asas caudais + 4/6 pares de papilas ovoides em parte posterior + espículos de tamanhos diferentes (direito sempre menor) • Microfilária: não tem a bainha, extremidade anterior em forma cônica e extremidade posterior em forma romba. São liberadas pelas fêmeas diretamente na corrente sanguínea. CICLO BIOLOGICO • Parasitas localizados no coração → cópula → liberação das microfilárias → vai para artéria pulmonar → átrio esquerdo → aorta → restante da circulação corporal → Na corrente sanguínea, a L1 (sem ovo) fica circulando no corpo durante vários meses, para que ocorra a ingestão da L1 pelo hospedeiro intermediário -- mosquito que ingere sangue + microfilária → No HI ocorre o desenvolvimento de L1 – L3 nos túbulos de malphinge → no próximo repasse sanguíneo do parasita , ele inocula a L3, pois esta está no seu aparelho bucal → L3 no tecido subcutâneo → há o desenvolvimento de L3 – L5 → Adentra circulação venosa para chegar ao coração → Causa insuficiência cardíaca congestiva, causando dilatação do lado direito do coração , embolia pulmonar SINAIS CLÍNICOS • Poucas larvas ou início da infecção: assintomáticos • Várias larvas: Endocardite, insuficiência cardíaca congestiva, síndrome da veia cava (causando óbito + ascite), Intolerância ao exercício, tosse suaves, taquipneia ou dispneia, fraqueza e inquietação, perda de peso, ascite ou edema generalizado, hemólise , icterícia, choque hipovolêmico • Obstrução pulmonar causando hipertrofia do tecido muscular cardíaco, causando insuficiência cardíaca. A obstrução da veia cava posterior (em contato com o fígado) causa síndrome da veia cava • Síndrome da veia cava aguda: hemoglobinúria, icterícia e colapso • Gatos podem apresentar tosse, taquipneia e dispneia DIAGNÓTICO, TRATAMENTO E CONTROLE • Ivermectina, Moxidectina, Selamectina • Controle ambiental • Tratamento cirúrgico • Esfregaço sanguíneo, Teste de Knott, ELISA, PCC, raio-x, eletrocardiograma, ecocardiograma, hemograma e bioquímica sérica. HABRONEMA E DRASCHIA • Localização: estomago • HD: equídeos • HI: moscas (Musca, Stomoxys, Haematobia) • Adultos: 1-1,5 cm. Vermes pequenos, delgados, brancos e translúcidos • Ovos: com L1, alongado, casca fina • Esôfago filariforme, abertura bucal pequena retangular • Machos: cauda em espiral + 2 espículos de tamanhos diferentes com lado direito menor. • Preferência em áreas que o animal não consegue se coçar DRASHIA: • Semelhantes a Habronema , porém são menores e com um colar distinto na região anterior • Parasitam a região fúndica da parede do estômago • Forma grandes nódulos fibrosos • Fêmeas parasitas são ovovivíparas • Nódulos formados na mucosa gástrica e dentro do nódulo estão os parasitas • Esôfago filariforme, abertura bucal pequena em funil CICLO BIOLOGICO • Liberação de ovos nas fezes com L1 → Mosca na sua fase larval ingere ovo com L1 → parasita se desenvolve de L1 -L3 dentro da larva da mosca → Quando a mosca vai se alimentar, a larva que está em seu aparelho bucal penetra na pele do animal → No tecido do animal, a larva L3 não consegue se desenvolver, ocorre então uma migração no local, fazendo com que haja tecido de granulação, fazendo que o animal tenha um intenso prurido e feridas → Larva vai para o estomago → Draschia faz nódulos contendo parasitas dentro deles → habronema o parasita se desenvolve na mucosa do estômago → desenvolvimento de L3 até L5 → Filo: Nematoda Classe: Scernentea Ordem: Spirurida Família: Habronematidae Gênero: Habronema @apostilas_medvet 23 liberação dos ovos → Vai para o trato gastrointestinal, sai nas fezes, recomeça o ciclo. • A ingestão da larva, pode ser devido a mosca se alimentar perto da boca do animal e ele engolir, ou a mosca morta presente no alimento é ingerida pelo animal . • As larvas, quando depositadas em feridas cutânea ou ao redor dos olhos, podem invadir os tecidos. Elas não
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