Buscar

2016 3º BIM Provas e Audiência (1)

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

*
AUDIÊNCIA
*
AUDIÊNCIA
AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO: Não sendo caso de extinção prematura do processo, nem sendo possível o julgamento antecipado da lide, por ocasião do “saneamento processual”, o juiz designará audiência de instrução e julgamento, sempre que necessária a colheita de prova oral. [art. 357, CPC]
*
AUDIÊNCIA
PUBLICIDADE DA AUDIÊNCIA: A audiência será pública. [art. 368, CPC]
SEGREDO DE JUSTIÇA: Nos casos submetidos a “segredo de justiça”, será permitida a entrada apenas daqueles legitimados por lei. [art. 11, p. único e art. 189, CPC]
UNICIDADE DA AUDIÊNCIA: A audiência é una e contínua, sendo cindida apenas excepcionalmente. Não sendo possível concluir, num só dia, a instrução, o debate e o julgamento, o juiz marcará o seu prosseguimento para dia próximo. [art. 365, CPC]
 
*
AUDIÊNCIA
ABERTURA DA AUDIÊNCIA: No dia e hora designados, o juiz declarará aberta a audiência, mandando apregoar as partes e os seus respectivos advogados, além das pessoas que dela devam participar. [art. 358, CPC]
TENTATIVA DE CONCILIAÇÃO: Instalada a audiência, o juiz tentará conciliar as partes, independentemente do emprego anterior de outros métodos de solução consensual de conflitos, como a mediação e a arbitragem. [art. 359, CPC]
*
AUDIÊNCIA
PODER DE POLÍCIA DO JUIZ: O juiz exerce o poder de polícia, competindo-lhe: [art. 360, CPC]
I - manter a ordem e o decoro na audiência;
II - ordenar que se retirem da sala de audiência os que se comportarem inconvenientemente;
III - requisitar, quando necessário, força policial;
IV - tratar com urbanidade as partes, os advogados, os membros do Ministério Público e da Defensoria Pública e qualquer pessoa que participe do processo;
V - registrar em ata, com exatidão, todos os requerimentos apresentados em audiência.
*
AUDIÊNCIA
ORDEM DE PRODUÇÃO DAS PROVAS:   As provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se nesta ordem, preferencialmente: [ART. 361, CPC]
I - o PERITO e os ASSISTENTES TÉCNICOS, que responderão aos quesitos de esclarecimentos requeridos no prazo e na forma do art. 477, caso não respondidos anteriormente por escrito;
II - o AUTOR e, em seguida, o RÉU, que prestarão depoimentos pessoais;
III - as TESTEMUNHAS arroladas pelo autor e pelo réu, que serão inquiridas.
*
AUDIÊNCIA
DESRESPEITO À ORDEM DE COLHEITA DE PROVAS ORAIS: Diferentemente do CPC/1973, o NOVO CPC [ART. 361, CPC] inova, incluindo o termo “preferencialmente”, dando a entender que o magistrado poderá mudar a ordem de colheita das provas se julgar conveniente. De todo modo, vale lembrar que atualmente o STJ tem entendido que o desrespeito à ordem só acarreta a nulidade do processo se trouxer prejuízo à parte. (STJ, REsp 35.786/SP)
SILÊNCIO DURANTE OS DEPOIMENTOS: Enquanto depuserem o perito, os assistentes técnicos, as partes e as testemunhas, não poderão os advogados e o Ministério Público intervir ou apartear, sem licença do juiz. [ART. 361, p. único, CPC]
*
AUDIÊNCIA
ADIAMENTO DA AUDIÊNCIA: A audiência poderá ser adiada: [art. 362, CPC]
I - por convenção das partes;
II - se não puder comparecer, por motivo justificado, qualquer pessoa que dela deva necessariamente participar;
III - por atraso injustificado de seu início em tempo superior a 30 (trinta) minutos do horário marcado.
*
AUDIÊNCIA
COMPROVAÇÃO DO IMPEDIMENTO: O impedimento deverá ser comprovado até a abertura da audiência, e, não o sendo, o juiz procederá à instrução. [art. 362, § 1º, CPC]
FALTA INJUSTIFICADA DO ADVOGADO À AUDIÊNCIA: O juiz poderá dispensar a produção das provas requeridas pela parte cujo advogado ou defensor público não tenha comparecido à audiência, aplicando-se a mesma regra ao Ministério Público. [art. 362, § 2º, CPC]
RESPONSABILIDADE PELAS DESPESAS DECORRENTES DO ADIAMENTO: Quem der causa ao adiamento responderá pelas despesas acrescidas. [art. 362, § 3º, CPC]
FALTA INJUSTIFICADA DA PARTE OU RECUSA EM DEPOR: Havendo pedido de DEPOIMENTO PESSOAL, sofrerá a pena de CONFISSÃO quanto aos fatos que a parte queria provar com o depoimento. [art. 385, § 1º, CPC]
*
AUDIÊNCIA
ALEGAÇÕES FINAIS:
SUSTENTAÇÃO ORAL PELOS PROCURADORES E MP: Finda a instrução, o juiz dará a palavra ao advogado do autor e do réu, bem como ao membro do Ministério Público, se for o caso de sua intervenção, sucessivamente, pelo prazo de 20 (vinte) minutos para cada um, prorrogável por 10 (dez) minutos, a critério do juiz. [art. 364, CPC]
LITISCONSORTES ou TERCEIROS – DIVISÃO DO TEMPO: Havendo litisconsorte ou terceiro interveniente, o prazo, que formará com o da prorrogação um só todo, dividir-se-á entre os do mesmo grupo, se não convencionarem de modo diverso. [art. 364, § 1º, CPC]
*
AUDIÊNCIA
ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS: A REGRA É A SUSTENTAÇÃO ORAL. Quando a causa apresentar questões complexas de fato ou de direito, o debate oral poderá ser substituído por razões finais escritas, que serão apresentadas pelo autor e pelo réu, bem como pelo Ministério Público, se for o caso de sua intervenção, em prazos sucessivos de 15 (quinze) dias, assegurada vista dos autos. [art. 364, § 2º, CPC]
 OBS.: Comumente, por mera liberalidade, os juízes têm permitido que os advogados apresentem razões finais por memoriais, mesmo em situações não complexas.
ALEGAÇÕES FINAIS REMISSIVAS: Ao invés de proceder à sustentação oral ou por memoriais, o advogado poderá optar pelas alegações remissivas, que na prática, importam em “sustentação alguma”. 
*
AUDIÊNCIA
SENTENÇA: Encerrado o debate ou oferecidas as razões finais, o juiz proferirá sentença em audiência ou no prazo de 30 (trinta) dias. [art. 366, CPC]
RESUMO DOS ATOS E DECISÕES PROFERIDAS NA AUDIÊNCIA: O servidor lavrará, sob ditado do juiz, termo que conterá, em resumo, o ocorrido na audiência, bem como, por extenso, os despachos, as decisões e a sentença, se proferida no ato. [Art. 367, CPC].  
REGISTRO DA ATA: Quando o termo não for registrado em meio eletrônico, o juiz rubricar-lhe-á as folhas, que serão encadernadas em volume próprio. [art. 367, § 1º, CPC]
ASSINATURA DO TERMO PELOS PRESENTES: Subscreverão o termo o juiz, os advogados, o membro do Ministério Público e o escrivão ou chefe de secretaria, dispensadas as partes, exceto quando houver ato de disposição para cuja prática os advogados não tenham poderes. [art. 367, § 2º, CPC]
*
AUDIÊNCIA
TRASLADO DOS ATOS PARA OS AUTOS: O escrivão ou chefe de secretaria trasladará para os autos cópia autêntica do termo de audiência. [art. 367, § 3º, CPC]
PROCESSO ELETRÔNICO: Tratando-se de autos eletrônicos, observar-se-á o disposto neste Código, em legislação específica e nas normas internas dos tribunais. [art. 367, § 4º, CPC]
GRAVAÇÃO DA AUDIÊNCIA: A audiência poderá ser integralmente gravada em imagem e em áudio, em meio digital ou analógico, desde que assegure o rápido acesso das partes e dos órgãos julgadores, observada a legislação específica. [art. 367, § 5º, CPC]
GRAVAÇÃO DA AUDIÊNCIA PELAS PARTES: A gravação também pode ser realizada diretamente por qualquer das partes, independentemente de autorização judicial. [art. 367, § 6º, CPC]
*
PROVAS
*
*
PRINCÍPIOS
*
*
PROVAS
A PROVA E OS PRINCÍPIOS REGENTES DO DIREITO PROCESSUAL CIVIL:
PRINCÍPIO DISPOSITIVO: Pelo princípio, a atividade do juiz na instrução processual restringe-se apenas “aos limites da lide” e ao respeito ao “princípio do ônus da prova”, de modo que ele poderá se utilizar dos mecanismos que julgar adequados para a formação do seu convencimento e solução da lide, desde que respeite a equação supracitada. [art. 370, CPC]
	
*
PROVAS
PRINCÍPIO DA IMPARCIALIDADE: Se de um lado, pode o juiz, licitamente, adentrar a atividade probatória, tendo em vista a necessidade da prova para a formação de sua convicção, deverá sempre fazê-lo subsidiariamente, não suprindo as omissões da parte inerte e/ou imprudente. É justamente neste sentido que deverá aplicar as regras respeitantes ao ônus da prova.
De qualquer forma, é fundamental que se tenha presente, em face dos poderes do art. 370 do CPC, que o juiz nunca age em favor de uma das partes, determinando realização de provas que só a uma delas interesse, pois, se o fizesse, quebraria a paridade de tratamento e ignoraria as disposições atinentes ao ônus da prova. 
O INDEFERIMENTO DAS PROVAS DESNECESSÁRIAS E INÚTEIS: Além do dever de o juiz vedar a procrastinação do feito, cabe-lhe impedir diligências probatórias inúteis ao respectivo objeto, que aliás também são procrastinatórias. [art. 370, p. único, CPC]
*
PROVAS
PRINCÍPIO DA ORALIDADE: Por oralidade, num sentido absoluto e teórico, entende-se que somente tem validade para o processo aquilo que tenha sido deduzido originariamente de forma oral, frente ao juiz ou juízes. Diz-se originariamente, porquanto, as alegações orais, que podem ser datilografadas ou registradas por taquigrafia, estenotipia ou outro método idôneo de documentação, sendo até mesmo facultada as partes sua gravação. 
MITIGAÇÃO DO PRINCÍPIO: Todavia, estes conceitos radicais somente são concebidos idealmente. Atualmente não há exemplo algum de adoção pura, seja do sistema oral, seja do escrito, em nenhum ordenamento positivo. Por isso o adequado é falar-se em adoção do princípio da oralidade no sentido do seu predomínio sobre o princípio da forma escrita. Trata-se, pois, na prática, de um processo misto, com predomínio da oralidade.
*
PROVAS
PRINCÍPIO DA IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ: é em verdade um “subprincípio da oralidade”. A primeira exigência, racionalmente dedutível do princípio da oralidade, é a adoção do subprincípio da identidade física do juiz. O juiz que instrui a causa ficará responsável por proferir a sentença. O objetivo do princípio é o de que, em nome do princípio anterior, o mesmo juiz que colhe a prova deverá julgar o processo, dado que, tendo colhido a prova, tem mais condições de proferir sentença conforme a verdade. 
LIMITAÇÃO: Entretanto, tal princípio encontra inúmeros limites de incidência, isso em função das regras de competência, evolução de carreira dos magistrados e hipóteses de impedimento e suspeição que poderão surgir no curso do processo.
EX.: Juiz convocado pelo Tribunal, licenciado, afastado, promovido ou aposentado.
EX.: Remessa do processo a outro Juízo em razão do reconhecimento da incompetência ou modificação de competência relativa.
*
PROVAS
PRINCÍPIO DA CONCENTRAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS: Outro subprincípio da Oralidade é a concentração dos atos processuais. Por esse princípio, os atos processuais, particularmente os relativos à instrução oral, devem ser mais proximamente realizados uns dos outros, e sendo possível, dever-se-á realizar toda a instrução oral numa só audiência. [art. 365, CPC]
*
PROVAS
PRINCÍPIO DA IMEDIATIDADE (OU IMEDIAÇÃO): É, também, subprincípio da oralidade. Por este princípio entende-se a necessidade de o juiz colher as provas imediatamente, junto às partes, testemunhas e receber os esclarecimentos do perito e assistente técnico. Entende-se pelo princípio que o juiz deverá colher as provas orais pessoalmente e na presença das partes.
PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL: Por este princípio, compete às partes e, principalmente ao juiz, respeitar as regras do procedimento adotado na demanda. Conferindo-se, contudo, ao magistrado o poder de adequá-lo através de pequenos ajustes, sempre que necessário. (art. 5º, LIV, CF).
*
PROVAS
PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA: Corolário Constitucional, esculpido no artigo 5º, inciso LV da CF, comunga no escopo de permitir e legitimar aos litigantes o direito recíproco de trazer seus elementos probatórios e de se manifestarem reciprocamente acerca de tais, observada a igualdade e os momentos processuais adequados neste desiderato.
PRINCÍPIO DA NECESSIDADE DA PROVA: Com exceção dos fatos que não precisam ser provados em juízo, em razão de suas naturezas particulares, é dever da parte fazer prova de suas alegações, observada a distribuição de ônus prevista na norma ou, excepcionalmente definida pelo juiz.
*
PROVAS
PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DA PROVA OBTIDA ILICITAMENTE: Reflexo da terapia constitucional trazida no artigo 5º inciso LVI, da CF, qualquer prova que destoe das regras estatuídas na norma, será considerada ilegal. [art. 369, CPC]
*
PROVAS
PRINCÍPIO DA UNIDADE DA PROVA: Os elementos probatórios devem ser considerados em seu conjunto, formando um todo unitário sujeito ao crivo da autoridade judiciária. Do contrário, seria admitir-se o exame isolado de provas contraditórias entre si, gerando instabilidade jurídica no processo de composição da lide. [art. 412, p. único, CPC]
*
PROVAS
PRINCÍPIO DO LIVRE CONVENCIMENTO E DA PERSUASÃO RACIONAL: Reporta-se à reflexão valorativa livre do magistrado, quando da aferição do grau de veracidade dos fatos através dos elementos probatórios trazidos aos autos. [art. 371, CPC]
*
PROVAS
PRINCÍPIO DA AQUISIÇÃO PROCESSUAL: Impossibilita a livre disposição dos elementos de prova pelas partes quando estes já estão incorporados ao processo (autos). Impede a retirada ou desentranhamento voluntário das provas carreadas nos autos.
EXCEÇÃO: Retirada da prova documental impugnada como falsa pela parte contrária, desde que autorizada pela parte impugnante. [art. 432, p. único, CPC]
 
*
PROVAS
PRINCÍPIO IN DUBIO PRO NATURA OU CONSUMIDOR: Aplicado em harmonia com o princípio da livre persuasão racional, autoriza ao juiz, presente dúvida razoável na valoração da prova, interpretá-la em benefício do “meio ambiente” (transferindo ônus probatório ao poluidor), ou em favor do “consumidor”, quando a demanda envolver relação de consumo.
OBS: A possibilidade de inversão do ônus da prova tem como corolário, eventualmente, alterar a regra de distribuição estática, permitindo ao magistrado transferir à parte mais preparada para exerce-la no processo. [art. 373, § 1º, CPC]
*
OBJETO DA PROVA
*
*
PROVAS
OBJETO DA PROVA: Provar significa convencer, tornar aceitável determinada afirmação, estabelecer a verdade. Pode-se dizer que a prova, objetivamente, é todo meio suscetível de demonstrar a verdade de um argumento. [art. 369, CPC]
FATOS QUE DISPENSAM PROVA:
os fatos notórios [art. 374, I, CPC]
os fatos confessados [art. 374, II, CPC]
os fatos incontroversos [art. 374, III, CPC]
os presumivelmente verossímeis ou impossíveis [art. 374, IV, CPC]
os fatos cuja prova seja moralmente ilegítima [art. 369, CPC]
os fatos impertinentes ou irrelevantes (INÚTEIS). [art. 369, p. único, CPC]
*
ÔNUS DA PROVA
*
*
ÔNUS DA PROVA
CONCEITO DE PROVA: Na acepção comum, a palavra prova consiste no ato de demonstrar a verdade de uma proposição ou de um fato.
ÔNUS DA PROVA: é o encargo atribuído à parte de fazer a prova de determinadas alegações por ela postas em juízo, que será transmudado como regra de julgamento quando o juiz concluir que os elementos coletados nos autos são insuficientes para decidir a demanda.
 
*
*
ÔNUS DA PROVA
TEORIA ESTÁTICA DA DISTRIBUIÇÃO DO ÔNUS DA PROVA: é a distribuição do ônus probatório, COMO REGRA, ainda adotada pelo Direito Processual Civil Brasileiro. Lembrando que o CPC/1973 adotada apenas essa forma de distribuição. Por esta teoria, a distribuição do ônus da prova decorre do que estatui a própria lei. (ART. 373, caput, CPC)	
*
*
ÔNUS DA PROVA
TEORIA DINÂMICA DA DISTRIBUIÇÃO DO ÔNUS DA PROVA: Por esta teoria permite-se que o juiz distribua o ônus da prova para quem tem melhores condições de produzi-la, independentemente da posição processual da parte no processo e da natureza do fato alegado em juízo, desde que, presentes os pressupostos que a justifiquem.
IMPORTÂNCIA DA DINAMIZAÇÃO: A prática forense tem revelado a ineficiência do modelo atual em que o fato constitutivo aduzido pelo autor mostra-se de difícil prova ou impossível em determinadas ações judiciais, tais como, o erro médico, o dano ambiental, a responsabilidade
civil por acidente do trabalho, a responsabilidade civil decorrente das relações de consumo e outras situações em que o autor não detém meios para provar o fato gerador do seu direito.
*
*
ÔNUS DA PROVA
A DISTRIBUIÇÃO DINÂMICA NO NOVO CPC: Adota a Teria da Carga Dinâmica da Distribuição do Ônus da Prova (art. 373, § 1º, CPC)
*
*
ÔNUS DA PROVA
(INVERSÃO DO ÔNUS NO CDC)
INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA NO CDC: No CDC, a Teoria Dinâmica da Distribuição da Prova serviu de inspiração ao legislador, para positivar expressamente a dinamização da prova supletivamente, sendo esta, inclusive, uma das garantias básicas do consumidor. (art. 6º, VIII, CDC)
	
*
*
ÔNUS DA PROVA
(INVERSÃO DO ÔNUS NO CDC)
MOMENTO PARA A INVERSÃO DO ÔNUS: O CDC é omisso quanto ao momento para a inversão do ônus da prova, contudo, o NOVO CPC supre a lacuna normativa, conferindo-a para o instante do SANEAMENTO PROCESSUAL. Nos termos do que vinha sendo constantemente indicado pela doutrina e jurisprudência. (ART. 357, III, CPC)
*
*
ÔNUS DA PROVA
PERGUNTA: Considerando a previsão expressa no art. 357, III, do CPC, a inversão do ônus da prova poderá ser eventualmente determinada pelo juízo após a realização do saneamento processual?
*
*
MOMENTO PARA A INVERSÃO ÔNUS DA PROVA
RECURSO ESPECIAL. CONSUMIDOR. RESPONSABILIDADE POR VÍCIO NO PRODUTO (ART. 18 DO CDC). ÔNUS DA PROVA. INVERSÃO 'OPE JUDICIS' (ART. 6º, VIII, DO CDC). MOMENTO DA INVERSÃO. PREFERENCIALMENTE NA FASE DE SANEAMENTO DO PROCESSO. A inversão do ônus da prova pode decorrer da lei ('ope legis'), como na responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço (arts. 12 e 14 do CDC), ou por determinação judicial ('ope judicis'), como no caso dos autos, versando acerca da responsabilidade por vício no produto (art. 18 do CDC). Inteligência das regras dos arts. 12, § 3º, II, e 14, § 3º, I, e. 6º, VIII, do CDC. A distribuição do ônus da prova, além de constituir regra de julgamento dirigida ao juiz (aspecto objetivo), apresenta-se também como norma de conduta para as partes, pautando, conforme o ônus atribuído a cada uma delas, o seu comportamento processual (aspecto subjetivo). Doutrina. Se o modo como distribuído o ônus da prova influi no comportamento processual das partes (aspecto subjetivo), não pode a a inversão 'ope judicis' ocorrer quando do julgamento da causa pelo juiz (sentença) ou pelo tribunal (acórdão). Previsão nesse sentido do art. 262, §1º, do Projeto de Código de Processo Civil. A inversão 'ope judicis' do ônus probatório deve ocorrer PREFERENCIALMENTE na fase de saneamento do processo ou, pelo menos, assegurando-se à parte a quem não incumbia inicialmente o encargo, a reabertura de oportunidade para apresentação de provas. (STJ - REsp 802832 / MG – DJe 21.09.2011)
*
*
PROVAS
(ÔNUS DA PROVA)
TIPOS DE INVERSÃO:
OPE LEGIS: É a inversão do ônus probatório, decorrente da prova norma.
EX.: Responsabilidade objetiva da Parte (art. 12 e 14 do CDC, art. 37, § 6º, CF)
OPE JUDICIS: É a inversão determinada pelo juiz, sempre que verificados os pressupostos para a medida.
EX.: Inversão do ônus por hipossuficiência do consumidor (art. 6º, VIII, CDC)
EX.: Inversão deferida nos termos do art. 373, § 1º do NOVO CPC.
*
PROVAS EM ESPÉCIE
*
*
DEPOIMENTO PESSOAL
*
*
PROVAS
(DEPOIMENTO PESSOAL)
DEPOIMENTO PESSOAL: É a exposição oral pelas Partes acerca dos fatos envoltos à causa.
LEGITIMIDADOS A REQUERER: 
JUIZ: O juiz pode, de ofício, em qualquer estado do processo, determinar o comparecimento pessoal das partes, a fim de interrogá-las sobre os fatos da causa. [art. 385, CPC]
PARTE CONTRÁRIA: Via de regra, compete a cada parte requerer o depoimento pessoal da outra, a fim de interrogá-la na audiência de instrução e julgamento. [art. 385, CPC]
MP: Sempre que intervir no processo.
*
PROVAS
(DEPOIMENTO PESSOAL)
INTIMAÇÃO PARA O ATO: A parte será intimada pessoalmente, sendo alertada quanto à consequência acerca da falta injustificada à audiência designada para o ato [art. 385, § 1º, CPC]
FALTA INJUSTIFICADA DA PARTE OU RECURSA EM PRESTAR DEPOIMENTO: Constará no mandado de intimação que se presumirão confessados (pena de confissão) os fatos contra ela alegados, caso não compareça ou, comparecendo, se recuse a depor. [art. 385, § 1º, CPC]
*
PROVAS
(DEPOIMENTO PESSOAL)
FATOS SOBRE OS QUAIS A PARTE NÃO ESTÁ OBRIGADA A PRESTAR DEPOIMENTO: a parte não é obrigada a depor de fatos: [art. 388, CPC]
I - criminosos ou torpes, que lhe forem imputados; 
II - a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo. 
III - acerca dos quais não possa responder sem desonra própria, de seu cônjuge, de seu companheiro ou de parente em grau sucessível; (NOVO CPC)
IV - que coloquem em perigo a vida do depoente ou das pessoas referidas no inciso III. (NOVO CPC)
	OBS.: Esta disposição não se aplica às ações de estado e de família.
*
PROVAS
(DEPOIMENTO PESSOAL)
USO DE ESCRITOS PELO DEPOENTE: Só será permitido o uso de “NOTAS BREVES”, destinadas a completar esclarecimentos. [art. 387, CPC]
USO DE EVASIVAS OU RECURSA EM RESPONDER: Quando a parte, sem motivo justificado, deixar de responder ao que lhe for perguntado ou empregar evasivas, o juiz, apreciando as demais circunstâncias e os elementos de prova, declarará, na sentença, se houve recusa de depor. [art. 386, CPC]
*
CONFISSÃO
*
*
PROVAS
(CONFISSÃO)
CONFISSÃO: A confissão no Direito Processual Civil é considerada a rainha das provas. [art. 389, CPC]
FORMAS DE CONFISSÃO: [art. 389, CPC]
JUDICIAL: será judicial a feita no processo, podendo ser provocada ou espontânea. [art. 390, CPC]
EXTRAJUDICIAL: e será extrajudicial quando formulada fora do processo, por forma escrita ou oral, perante a parte contrária ou terceiros.
*
PROVAS
(CONFISSÃO)
CONFISSÃO JUDICIAL: Só valerá quando se tratar de DIREITOS DISPONÍVEIS. [art. 392, CPC]
INDIVISIBILIDADE DA CONFISSÃO: A confissão é indivisível, não podendo a parte beneficiada aceitá-la no tópico que a beneficiar e rejeitá-la no que lhe for desfavorável. [art. 395, CPC]
*
PROVAS
(CONFISSÃO)
RETRATAÇÃO: A eventual retratação não invalida a confissão anteriormente firmada, porém ambas serão avaliadas e valoradas em sentença pelo juiz. [art. 393, CPC] (art. 214, Código Civil)
*
PROVAS
(CONFISSÃO)
ANULAÇÃO DA CONFISSÃO: Diferentemente da “retratação pura e simples” a “ANULAÇÃO” da Confissão é possível, desde que por “ERRO DE FATO” ou “COAÇÃO”. [art. 393, CPC] (art. 214, Código Civil)
*
PROVAS
(CONFISSÃO)
ANULAÇÃO DA CONFISSÃO FUNDADA NOUTROS VÍCIOS DE CONSENTIMENTO: Parte da doutrina considera possível a ANULAÇÃO da confissão, quando caracterizados os demais vícios de consentimento: ERRO (art. 138), DOLO (art. 145), COAÇÃO (art. 151), ESTADO DE PERIGO (art. 156), LESÃO (art. 157) e FRAUDE CONTRA CREDORES (art. 158) [art. 171, II, CC]
FUDAMENTO: O fundamento estaria no ideia de que por ocasião do advento do NOVO CÓDIGO CIVIL, o legislador não se atentou para o fato de que havia inovado no rol de hipóteses de “vícios de consentimento”, esquecendo-se de acrescentar, as novidades, também, no art. 214. 
*
EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISA
*
*
PROVAS
(EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISA)
EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISA: O juiz pode ordenar que a parte exiba documento ou coisa, que se ache em seu poder. [art. 396, CPC] 
REQUISITOS DO PEDIDO: [art. 397, CPC] 
I - a individuação, tão completa quanto possível, do documento ou da coisa;
II - a finalidade da prova, indicando os fatos que se relacionam com o documento ou a coisa;
III - as circunstâncias em que se funda o requerente para afirmar que o documento ou a coisa existe e se acha em poder da parte contrária.
*
PROVAS
(EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISA)
RESPOSTA DO REQUERIDO: O requerido dará a sua resposta nos 5 (cinco) dias subsequentes à sua intimação. [art. 398, CPC] 
NEGATIVA
DO REQUERIDO: Se afirmar que não possui o documento ou a coisa, o juiz permitirá que o requerente prove, por qualquer meio, que a declaração não corresponde à verdade. [art. 398, p. único, CPC] 
CASOS QUE NÃO ADMITIRÃO RECUSA À EXIBIÇÃO: [art. 399, CPC] 
I - se o requerido tiver obrigação legal de exibir;
II - se o requerido tiver aludido ao documento ou à coisa, no processo, com o intuito de constituir prova;
III - se o documento, por seu conteúdo, for comum às partes.
*
PROVAS
(EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISA)
DECISÃO: Ao decidir o pedido, o juiz admitirá como verdadeiros os fatos que, por meio do documento ou da coisa, a parte pretendia provar: [art. 400, CPC] 
I - se o requerido não efetuar a exibição, nem fizer qualquer declaração no prazo do art. 398 (5 dias);
II - se a recusa for havida por ilegítima.
*
PROVAS
(EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISA)
PROVA EM PODER DE TERCEIRO: Quando o documento ou a coisa estiver em poder de terceiro, o juiz mandará citá-lo para responder no prazo de 15 DIAS. [art. 401, CPC]. 
NEGATIVA DA OBRIGAÇÃO OU POSSE PELO TERCEIRO (CONTESTAÇÃO): Se o terceiro negar a obrigação de exibir, ou a posse do documento ou da coisa, o juiz designará audiência especial, tomando-lhe o depoimento, bem como o das partes e, se necessário, de testemunhas, e em seguida proferirá decisão. [art. 402, CPC]. 
RECUSA DA EXIBIÇÃO PELO TERCEIRO: Se o terceiro, sem justo motivo, se recusar a efetuar a exibição, o juiz lhe ordenará que proceda ao respectivo depósito em cartório ou noutro lugar designado, no prazo de 5 (cinco) dias, impondo ao requerente que o ressarça das despesas que tiver. Se o terceiro descumprir a ordem, o juiz expedirá mandado de apreensão, requisitando, se necessário, força policial, tudo sem prejuízo da responsabilidade por crime de desobediência, pagamento de multa e outras medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para assegurar a efetivação da decisão. [art. 403, CPC]
*
PROVAS
(EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISA)
MEDIDAS VOLTADAS A FORÇAR A EXIBIÇÃO DO DOCUMENTO: O NOVO CPC inova na medida em que prevê a possibilidade de adoção de “medidas de efetividade” para forçar a exibição do documento ou coisa. [art. 400, p. único e art. 403, p. único, CPC]
	EX.: MULTA e BUSCA E APREENSÃO.
*
PROVAS
(EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISA)
CASOS QUE DESOBRIGAM A EXIBIÇÃO: A parte e o terceiro se escusam de exibir, em juízo, o documento ou a coisa: [art. 404, CPC]
I - se concernente a negócios da própria vida da família;
II - se a sua apresentação puder violar dever de honra;
III - se a publicidade do documento redundar em desonra à parte ou ao terceiro, bem como a seus parentes consangüíneos ou afins até o terceiro grau; ou lhes representar perigo de ação penal; 
IV - se a exibição acarretar a divulgação de fatos, a cujo respeito, por estado ou profissão, devam guardar segredo; 
V - se subsistirem outros motivos graves que, segundo o prudente arbítrio do juiz, justifiquem a recusa de exibição;
VI – se houver disposição legal que justifique a recursa da exibição.
*
PROVA DOCUMENTAL
*
*
PROVAS
(PROVA DOCUMENTAL)
PROVA DOCUMENTAL:
DOCUMENTO: Considera-se documento qualquer representação material de um fato.
	EX.: Filmes, Fotografias, Documentos Eletrônicos, Papeis em geral, etc...
DOCUMENTO PÚBLICO: documento público faz prova não só da sua formação, mas também dos fatos que o escrivão, o chefe de secretaria, o tabelião, ou o servidor declarar que ocorreram em sua presença. [art. 405, CPC]
*
PROVAS
(PROVA DOCUMENTAL)
DOCUMENTOS QUE FAZEM A MESMA PROVA DO ORIGINAL: [art. 425, CPC]
CERTIDÕES TEXTUAIS de qualquer peça dos autos, do protocolo das audiências, ou de outro livro a cargo do escrivão, ou do chefe de secretaria, se extraídas por ele ou sob sua vigilância e por ele subscritas; (I)
TRASLADOS e CERTIDÕES extraídas por oficial público, de instrumentos ou documentos lançados em suas notas; (II)
REPRODUÇÕES DOS DOCUMENTOS PÚBLICOS: desde que autenticadas por oficial público ou conferidas em cartório, com os respectivos originais; (III)
*
PROVAS
(PROVA DOCUMENTAL)
CÓPIAS REPROGRÁFICAS DE PEÇAS DO PRÓPRIO PROCESSO JUDICIAL, declaradas autênticas pelo PRÓPRIO ADVOGADO sob sua responsabilidade pessoal, se não lhes for impugnada a autenticidade; (IV)
EXTRATOS DIGITAIS DE BANCOS DE DADOS, públicos e privados, desde que ATESTADO PELO SEU EMITENTE, sob as penas da lei, que as informações conferem com o que consta na origem; (V)
REPRODUÇÕES DIGITALIZADAS DE QUALQUER DOCUMENTO, público ou particular, quando juntados aos autos pelos órgãos da Justiça e seus auxiliares, pelo Ministério Público e seus auxiliares, pelas procuradorias, pelas repartições públicas em geral e por advogados públicos ou privados, ressalvada a alegação motivada e fundamentada de adulteração antes ou durante o processo de digitalização. (VI)
*
PROVAS
(PROVA DOCUMENTAL)
GUARDA DOS DOCUMENTOS: Os originais dos documentos digitalizados deverão ser preservados pelo seu detentor até o final do prazo para propositura de ação rescisória (DOIS ANOS, a contar do trânsito em julgado) [art. 425, § 1º, c/c art. 975, CPC]
CÓPIA DIGITAL DE TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL OU OUTRO DOCUMENTO RELEVANTE: Tratando-se de cópia digital de título executivo extrajudicial ou outro documento relevante à instrução do processo, o juiz poderá determinar o seu depósito em cartório ou secretaria. [art. 425, § 2º, CPC]
*
PROVAS
(PROVA DOCUMENTAL)
DOCUMENTO FEITO POR OFICIAL PÚBLICO INCOMPETENTE ou SEM A OBSERVÂNCIA DAS FORMALIDADES LEGAIS: Desde que subscrito pelas partes, tem a mesma eficácia probatória do documento particular. [art. 407, CPC]
DECLARAÇÕES CONSTANTES DE DOCUMENTO PARTICULAR: Desde que assinadas, presumem-se verdadeiras em relação ao signatário. [art. 408, CPC]
DECLARAÇÃO DE CIÊNCIA RELATIVA A DETERMINADO FATO: Quando, todavia, contiver declaração de ciência de determinado fato, o documento particular prova a ciência, mas não o fato em si, incumbindo o ônus de prová-lo ao interessado em sua veracidade. [art. 408, p. único, CPC]
*
PROVAS
(PROVA DOCUMENTAL)
AUTOR DO DOCUMENTO PARTICULAR: Considera-se AUTOR do documento particular: [art. 410, CPC]
I - aquele que o fez e o assinou;
II - aquele por conta de quem ele foi feito, estando assinado;
III - aquele que, mandando compô-lo, não o firmou porque, conforme a experiência comum, não se costuma assinar, como livros empresariais e assentos domésticos.
*
PROVAS
(PROVA DOCUMENTAL)
AUTENTICIDADE DO DOCUMENTO: Considera-se autêntico o documento quando: [art. 411, CPC]
I - o tabelião reconhecer a firma do signatário;
II - a autoria estiver identificada por qualquer outro meio legal de certificação, inclusive eletrônico, nos termos da lei;
III - não houver impugnação da parte contra quem foi produzido o documento.
*
PROVAS
(PROVA DOCUMENTAL)
NOTA ESCRITA PELO CREDOR EM DOCUMENTO REPRESENTATIVO DE OBRIGAÇÃO: Ainda que não assinada, faz prova em benefício do devedor. [art. 416, CPC]
	EX.: Nota promissória, contrato, cheque, etc...
DOCUMENTO EM PODER DO DEVEDOR OU TERCEIRO: Aplica-se esta regra tanto para o documento, que o credor conservar em seu poder, como para aquele que se achar em poder do devedor ou de terceiro. [art. 416, p. único, CPC]
*
PROVAS
(PROVA DOCUMENTAL)
VALIDADE DAS REPRODUÇÕES MECÂNICAS E MENSAGENS ELETRÔNICAS IMPRESSAS: Qualquer reprodução mecânica, como a fotográfica, a cinematográfica, a fonográfica ou de outra espécie, tem aptidão para fazer prova dos fatos ou das coisas representadas, se a sua conformidade com o documento original não for impugnada por aquele contra quem foi produzida. [art. 422, caput e § 3º, CPC]
FOTOGRAFIAS DIGITAIS OU EXTRAÍDAS DA INTERNET: Fazem prova das imagens que reproduzem, devendo, se impugnadas, ser apresentada a respectiva autenticação eletrônica ou, não sendo possível, realizada perícia. [art. 422, § 1º, CPC]
FOTOGRAFIA PUBLICADA EM JORNAL OU
REVISTA: Será exigido um exemplar original do periódico, caso impugnada a veracidade pela outra parte. [art. 422, § 2º, CPC]
*
PROVAS
(PROVA DOCUMENTAL)
REPROCUÇÕES DE DOCUMENTOS PARTICULARES, FOTOGRÁFICAS OU OBTIDAS POR OUTROS MEIOS DE REPETIÇÃO: valem como certidões, sempre que o escrivão ou o chefe de secretaria CERTIFICAR sua conformidade com o original. [art. 423, CPC]
FOTOCÓPIAS DOS DOCUMENTOS ORIGINAIS: A cópia de documento particular tem o mesmo valor probante que o original, cabendo ao escrivão, intimadas as partes, proceder à conferência e certificar a conformidade entre a cópia e o original. [art. 424, CPC] 
OBS.: O procedimento só tem necessidade, caso a autenticidade for impugnada pela parte contrária.
*
PROVAS
(PROVA DOCUMENTAL)
VALOR PROBANTE DO DOCUMENTO OBSCURO OU RASURADO: O juiz apreciará fundamentadamente a fé que deva merecer o documento, quando em ponto substancial e sem ressalva contiver entrelinha, emenda, borrão ou cancelamento. [art. 426, CPC]
CESSAÇÃO DA FÉ DO DOCUMENTO: Cessa a fé do documento, público ou particular, sendo-lhe declarada judicialmente a falsidade. [art. 427, CPC]
CARACTERIZAÇÃO DA FALSIDADE: A falsidade consiste: [art. 427, p. único, CPC]
I - em formar documento não verdadeiro;
II - em alterar documento verdadeiro.
*
PROVAS
(PROVA DOCUMENTAL)
CESSA A FÉ DO DOCUMENTO PARTICULAR: quando: [art. 428, CPC]
I - for impugnada sua autenticidade E enquanto não se comprovar sua veracidade;
II - assinado em branco, for impugnado seu conteúdo, por preenchimento abusivo.
PREENCHIMENTO ABUSIVO: Dar-se-á abuso quando aquele que recebeu documento assinado com texto não escrito no todo ou em parte formá-lo ou completá-lo por si ou por meio de outrem, violando o pacto feito com o signatário. [art. 428, p. único, CPC]
EX.: Preencher entrelinhas de um contrato.
*
PROVAS
(PROVA DOCUMENTAL)
ÔNUS DA PROVA DOCUMENTAL: [art. 429, CPC]
À PARTE QUE A ARGUIR: quando se tratar de falsidade de documento.
À PARTE QUE PRODUZIU O DOCUMENTO: quando se tratar de impugnação da autenticidade.
*
PROVAS
(PROVA DOCUMENTAL)
ARGUIÇÃO DE FALSIDADE: A falsidade deve ser suscitada na contestação, na réplica OU no prazo de 15 (quinze) dias, contado a partir da intimação da juntada do documento aos autos. [art. 430, CPC]
MODO DE SOLUÇÃO DA ARGUIÇÃO DE FALSIDADE: Uma vez arguida, a falsidade será resolvida como QUESTÃO INCIDENTAL, SALVO se a parte requerer que o juiz a decida como QUESTÃO PRINCIPAL, nos termos do inciso II do art. 19. [art. 430, p. único, CPC]
*
PROVAS
(PROVA DOCUMENTAL)
PROCEDIMENTO:
ARGUIÇÃO: A parte arguirá a falsidade expondo os motivos em que funda a sua pretensão e os meios com que provará o alegado. [art. 431, CPC] 
DEFESA: Prazo de 15 DIAS. [art. 432, CPC] 
EXAME PERICIAL: Após a manifestação da parte contrária, o juiz ordenará o exame pericial. [art. 432, CPC] 
RETIRADA DO DOCUMENTO: Não se procederá ao exame pericial, se a parte, que produziu o documento, concordar em retirá-lo. [art. 432, p. único, CPC] 
*
PROVAS
(PROVA DOCUMENTAL)
DECISÃO:
QUESTÃO INCIDENTAL: Depois de encerrada a instrução, será decidida pro DECISÃO INTERLOCUTÓRIA.
QUESTÃO PRINCIPAL: A declaração sobre a falsidade do documento, quando suscitada como questão principal, constará da parte dispositiva da SENTENÇA e sobre ela incidirá também a autoridade da coisa julgada. [art. 433, CPC] 
*
PROVAS
(PROVA DOCUMENTAL)
PRODUÇÃO DA PROVA DOCUMENTAL:
DOCUMENTO CONTEMPORÂNEO: Incumbe à parte instruir a petição inicial ou a contestação com os documentos destinados a provar suas alegações. [art. 434, CPC]
JUNTADA DE DOCUMENTO NOVO: É lícito às partes, em qualquer tempo, juntar aos autos documentos novos, quando destinados a fazer prova de fatos ocorridos depois dos articulados ou para contrapô-los aos que foram produzidos nos autos. [art. 435, CPC]
JUNTADA DE DOCUMENTO PREEXISTENTES DESCONHECIDOS: Admite-se também a juntada posterior de documentos formados após a petição inicial ou a contestação, bem como dos que se tornaram conhecidos, acessíveis ou disponíveis após esses atos, cabendo à parte que os produzir comprovar o motivo que a impediu de juntá-los anteriormente e incumbindo ao juiz, em qualquer caso, avaliar a conduta da parte de acordo com o art. 5o. [art. 435, p. único, CPC]
*
PROVAS
(PROVA DOCUMENTAL)
FORMAS DE IMPUGNAÇÃO DO DOCUMENTO: A parte, intimada a falar sobre documento constante dos autos, poderá: [art. 436, CPC]
I - impugnar a admissibilidade da prova documental;
II - impugnar sua autenticidade;
III - suscitar sua falsidade, com ou sem deflagração do incidente de arguição de falsidade;
IV - manifestar-se sobre seu conteúdo.
*
PROVAS
(PROVA DOCUMENTAL)
MOMENTO PARA A IMPUGNAÇÃO DOCUMENTAL: [art. 437, CPC]
RÉU: Impugnará os docs. do Autor na CONTESTAÇÃO.
AUTOR: Impugnará os docs. apresentados pelo réu por ocasião da RÉPLICA.
DOCUMENTOS NOVOS: A parte contra quem foi juntado o documento deverá impugná-lo no prazo de 15 DIAS, ou outro maior que o juiz tenha fixado. [art. 437, §§ 1º e 2º, CPC] 
*
PROVAS
(PROVA DOCUMENTAL)
DOCUMENTOS ARQUIVADOS EM REPARTIÇÕES PÚBLICAS: O juiz requisitará às repartições públicas em qualquer tempo ou grau de jurisdição: [art. 438, CPC] 
I - as certidões necessárias à prova das alegações das partes;
II - os procedimentos administrativos nas causas em que forem interessados a União, o Estado, o Município, ou entidades da administração indireta.
*
PROVAS
(PROVA DOCUMENTAL)
EXTRAÇÃO DE CÓPIAS DOS PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS: Recebidos os autos, o juiz mandará extrair, no prazo máximo e improrrogável de UM MÊS, certidões ou reproduções fotográficas das peças indicadas pelas partes, e, em seguida, devolverá os autos à repartição de origem. [art. 438, § 1º, CPC]
FORNECIMENTO POR MEIO ELETRÔNICO: As repartições públicas poderão fornecer todos os documentos em meio eletrônico conforme disposto em lei, certificando, pelo mesmo meio, que se trata de extrato fiel do que consta em seu banco de dados ou do documento digitalizado. [art. 438, § 2º, CPC]
*
PROVAS
(PROVA DOCUMENTAL)
DOCUMENTOS ELETRÔNICOS: A utilização de documentos eletrônicos no processo convencional dependerá de sua conversão à forma impressa E da verificação de sua autenticidade, na forma da lei. [art. 439, CPC]
DOCUMENTO ELETRÔNICO NÃO CONVERTIDO: O juiz apreciará o valor probante do documento eletrônico não convertido, assegurado às partes o acesso ao seu teor. [art. 440, CPC]
ADMISSÃO DOS DOCUMENTOS ELETRÔNICOS: Serão admitidos documentos eletrônicos produzidos e conservados com a observância da legislação específica. [art. 441, CPC]
*
PROVA PERICIAL
*
*
PROVAS
(PROVA PERICIAL)
PROVA PERICIAL:
TIPOS DE PERÍCIAS: A prova pericial consiste em exame, vistoria ou avaliação. [art. 464, CPC]
CASOS EM QUE A PERÍCIA SERÁ INDEFERIDA: O juiz indeferirá a perícia quando: [art. 464, § 1º, CPC]
I - a prova do fato não depender do conhecimento especial de técnico;
II - for desnecessária em vista de outras provas produzidas;
III - a verificação for impraticável.
*
PROVAS
(PROVA PERICIAL)
PROVA TÉCNICA SIMPLIFICADA: De ofício ou a requerimento das partes, o juiz poderá, em substituição à perícia, determinar a produção de prova técnica simplificada, quando o ponto controvertido for de menor complexidade. [art. 464, § 2º, CPC]
OBJETO DA PROVA TÉCNICA SIMPLIFICADA: A prova técnica simplificada consistirá apenas na inquirição de especialista, pelo juiz, sobre ponto controvertido da causa que demande especial conhecimento científico ou técnico. [art. 464, § 3º, CPC]
QUALIFICAÇÃO DO ESPECIALISTA: Durante a arguição, o especialista, que deverá ter formação acadêmica específica na área objeto de seu depoimento, poderá valer-se de qualquer recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens com o fim de esclarecer os pontos controvertidos da causa. [art. 464, § 4º, CPC]
*
PROVAS
(PROVA PERICIAL)
NOMEAÇÃO DO PERITO:
O juiz nomeará o perito especializado no objeto da perícia e fixará de imediato o prazo para a entrega do laudo. [art. 465, CPC]
DILAÇÃO DE PRAZO PARA O PERITO: Se o perito, por motivo justificado, não puder apresentar o laudo dentro do prazo, o juiz conceder-lhe-á, por uma vez, prorrogação pela METADE DO PRAZO originalmente fixado. [art. 476, CPC]
MANIFESTAÇÃO DO PERITO: Ciente da nomeação, o perito apresentará em 5 (cinco) dias: [art. 465, § 2º, CPC]
I - proposta de honorários;
II - currículo, com comprovação de especialização;
III - contatos profissionais, em especial o endereço eletrônico, para onde serão dirigidas as intimações pessoais.
*
PROVAS
(PROVA PERICIAL)
MANIFESTAÇÃO DAS PARTES (NOMEAÇÃO PERITO): Incumbe às partes, dentro de 15 (quinze) dias contados da intimação do despacho de nomeação do perito: [art. 465, § 1º, CPC]
I - arguir o impedimento ou a suspeição do perito, se for o caso;
II - indicar assistente técnico;
III - apresentar quesitos.
MANIFESTAÇÃO DAS PARTES (HONORÁRIOS): As partes serão intimadas da proposta de honorários para, querendo, manifestar-se no prazo comum de 5 (cinco) dias, após o que o juiz arbitrará o valor, intimando-se as partes para os fins do art. 95 (pagamento honorários). [art. 465, § 3º, CPC]
*
PROVAS
(PROVA PERICIAL)
DECURSO DO PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE QUESITOS E ASSISTENTE TÉCNICO: Os tribunais têm decidido que o prazo supra não é preclusivo, permitindo-se a apresentação posteriormente, contanto que não iniciada a perícia, por não haver prejuízo às partes e ao processo (STJ, REsp 193.178/SP)
*
INDICAÇÃO DE QUESITOS E ASSISTENTE TÉCNICO FORA DO PRAZO LEGAL
(...) PERÍCIA. QUESITOS E ASSISTENTE TÉCNICO. PRAZO. PRECLUSÃO. ARTS. 421, § 1º, 473 E 183 DO CPC. (...) O prazo estabelecido no art. 421, § 1º, do CPC, NÃO É PRECLUSIVO, o que permite à parte adversa indicar o assistente técnico e formular os quesitos a qualquer tempo, desde que não iniciados os trabalhos periciais. Precedentes. 3. Recurso especial improvido. (STJ, Rel. Min. CASTRO MEIRA, 2ª Turma, Data de Julgamento: 04/10/2005)
*
*
INDICAÇÃO DE QUESITOS E ASSISTENTE TÉCNICO FORA DO PRAZO LEGAL
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE QUESITOS E ASSISTENTE TÉCNICO. AUSÊNCIA DE PRECLUSÃO. SÚMULA 83/STJ. RECURSO NÃO PROVIDO. 1. De acordo com firme jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, o prazo para indicação do assistente técnico e formulação de quesitos não é preclusivo, de modo que podem ser feitos após o prazo de 5 (cinco) dias previsto no art. 421, § 1º, do CPC, desde que antes do início dos trabalhos periciais. 2. O enunciado da Súmula 83/STJ se aplica indistintamente aos recursos especiais fundados nas alíneas a e c do art. 105 da Constituição Federal. 3. Agravo regimental não provido. (STJ - AgRg no AREsp: 554685 RJ 2014/0184984-3, Rel. Min. LUIS FELIPE SALOMÃO, Julgamento: 16/10/2014, 4ª TURMA, DJe 21/10/2014)
*
*
PROVAS
(PROVA PERICIAL)
ÔNUS PELO PAGAMENTO DOS HONORÁRIOS PERÍCIAIS: (art. 95, CPC)
ASSISTENTE TÉCNICO: Cada parte arcará com os honorários do seu assistente.
PERITO NOMEADO PELO JUÍZO: Honorários serão rateados entre as partes.
PERITO NOMEADO POR UMA DAS PARTES: Honorários serão pagos pela parte que o nomeou.
PERITO NOMEADO POR AMBAS AS PARTES: Honorários serão rateados entre as partes.
*
PROVAS
(PROVA PERICIAL)
HONORÁRIOS DO PERITO:
ARBITRAMENTO DO VALOR PELO JUÍZO: Após a apresentação da proposta de honorários pelo perito e a manifestação das partes, o juiz arbitrará o valor. (art. 465, § 3º, CPC)
PAGAMENTO POR ETAPAS: O juiz poderá autorizar o pagamento de até 50% dos honorários arbitrados a favor do perito no início dos trabalhos, devendo o remanescente ser pago apenas ao final, depois de entregue o laudo e prestados todos os esclarecimentos necessários. (art. 465, § 4º, CPC)
REDUÇÃO DO VALOR EM CASO DE PERÍCIA INCONCLUSIVA: Quando a perícia for inconclusiva ou deficiente, o juiz poderá reduzir a remuneração inicialmente arbitrada para o trabalho. (art. 465, § 5º, CPC)
*
PROVAS
(PROVA PERICIAL)
COMPROMISSO DOS PERITOS E ASSISTENTES: O perito cumprirá escrupulosamente o encargo que lhe foi cometido, independentemente de termo de compromisso. (art. 466, CPC)
RECUSA DO ENCARGO PELO PERITO OU ASSISTENTE: O perito ou o assistente técnico pode escusar-se ou ser recusado por impedimento ou suspeição (art. 467, CPC)
IMPEDIMENTO OU SUSPEIÇÃO DO PERITO: Pode ser requerido pela parte interessada (art. 465, § 1º, I, c/c 148, III, CPC)
ASSISTENTES TÉCNICOS: Os assistentes técnicos são de confiança da parte, NÃO sujeitos a impedimento ou suspeição. (art. 466, CPC)
*
PROVAS
(PROVA PERICIAL)
ACOLHIMENTO DA IMPUGNAÇÃO DO PERITO: O juiz, ao aceitar a escusa ou julgar procedente a impugnação, nomeará novo perito. (art. 467, p. único, CPC)
SUBSTITUIÇÃO DO PERITO: O perito pode ser substituído quando: (art. 468, CPC)
I – faltar-lhe conhecimento técnico ou científico; 
II - sem motivo legítimo, deixar de cumprir o encargo no prazo que lhe foi assinado.
*
PROVAS
(PROVA PERICIAL)
CONSEQUÊNCIAS PARA O PERITO SUBSTITUÍDO: 
PUNIÇÃO SE DESIDIOSO: No caso previsto no inciso II, o juiz comunicará a ocorrência à corporação profissional respectiva, podendo, ainda, impor multa ao perito, fixada tendo em vista o valor da causa e o possível prejuízo decorrente do atraso no processo. (art. 468, § 1º, CPC)
RESTITUIÇÃO DOS VALORES RECEBIDOS: O perito substituído restituirá, no prazo de 15 (quinze) dias, os valores recebidos pelo trabalho não realizado, sob pena de ficar impedido de atuar como perito judicial pelo prazo de 5 (cinco) anos. (art. 468, § 2º, CPC)
RETENÇÃO DOS VALORES PELO PERITO: Não havendo restituição voluntária, a parte que antecipou os honorários poderá promover a execução dos valores, com fundamento na decisão que determinar a devolução do numerário. (art. 468, § 3º, CPC)
*
PROVAS
(PROVA PERICIAL)
QUESITOS SUPLEMENTARES: Poderão as partes apresentar, durante a diligência, quesitos suplementares, que poderão ser respondidos pelo perito previamente ou na audiência de instrução e julgamento. [art. 469, CPC]
PODER INSTRUTÓRIO DO JUIZ: Compete ao juiz: [art. 470, CPC]
I - indeferir quesitos impertinentes;
II - formular os quesitos que entender necessários ao esclarecimento da causa.
DISPENSA DA PROVA PERICIAL PELO JUIZ: O juiz poderá dispensar prova pericial quando as partes, na inicial e na contestação, apresentarem sobre as questões de fato pareceres técnicos ou documentos elucidativos que considerar suficientes. [art. 472, CPC]
*
PROVAS
(PROVA PERICIAL)
NOMEAÇÃO DE PERITOS E ASSISTENTES EM COMARCA DIVERSA: Quando a prova tiver de realizar-se por carta, poderá proceder-se à nomeação de perito e indicação de assistentes técnicos no juízo, ao qual se requisitar a perícia. [art. 465, § 6º, CPC]
MEIOS DE REALIZAÇÃO DA PERÍCIA: Para o desempenho de sua função, podem o perito e os assistentes técnicos utilizar-se de todos os meios necessários, ouvindo testemunhas, obtendo informações, solicitando documentos que estejam em poder de parte ou em repartições públicas, bem como instruir o laudo com plantas, desenhos, fotografias e outras quaisquer peças. [art. 473, § 3º, CPC]
CIÊNCIA DAS PARTES ACERCA DO LOCAL E DATA DA PERÍCIA: As partes terão ciência da data e local designados pelo juiz ou indicados pelo perito para ter início a produção da prova. [art. 474, CPC]
*
PROVAS
(PROVA PERICIAL)
PERÍCIA CONSENSUAL:
REQUISITOS: As partes podem, de comum acordo, escolher o perito, indicando-o mediante requerimento, desde que: (art. 471, CPC)
I - sejam plenamente capazes;
II - a causa possa ser resolvida por autocomposição.
ASSISTENTES TÉCNICOS: As partes, ao escolher o perito, já devem indicar os respectivos assistentes técnicos para acompanhar a realização da perícia, que se realizará em data e local previamente anunciados. [art. 471, § 1º, CPC]
ENTREGA DE LAUDOS E PARECERES TÉCNICOS: O perito e os assistentes técnicos
devem entregar, respectivamente, laudo e pareceres em prazo fixado pelo juiz. [art. 471, § 2º, CPC]
VALIDADE DA PERÍCIA CONSENSUAL: O perito e os assistentes técnicos devem entregar, respectivamente, laudo e pareceres em prazo fixado pelo juiz. [art. 471, § 3º, CPC]
*
PROVAS
(PROVA PERICIAL)
CONTEÚDO DO LAUDO PERICIAL: o laudo pericial deverá conter: (art. 473, CPC)
I - a exposição do objeto da perícia;
II - a análise técnica ou científica realizada pelo perito;
III - a indicação do método utilizado, esclarecendo-o e demonstrando ser predominantemente aceito pelos especialistas da área do conhecimento da qual se originou;
IV - resposta conclusiva a todos os quesitos apresentados pelo juiz, pelas partes e pelo órgão do Ministério Público.
*
PROVAS
(PROVA PERICIAL)
PERÍCIA COMPLEXA QUE ABRANJA MAIS DE UMA ÁREA DE CONHECIMENTO: Tratando-se de perícia complexa, que abranja mais de uma área de conhecimento especializado, o juiz poderá nomear mais de um perito e a parte indicar mais de um assistente técnico. [art. 475, CPC]
 EX.: Dano estético e erro médico.
APRESENTAÇÃO DO LAUDO PERICIAL: O perito apresentará o laudo em cartório, no prazo fixado pelo juiz, pelo menos 20 (vinte) dias antes da audiência de instrução e julgamento. [art. 477, CPC]
MANIFESTAÇÃO DAS PARTES E PARECER DOS ASSISTENTES: As partes serão intimadas para, querendo, manifestar-se sobre o laudo do perito do juízo no prazo comum de 15 (quinze) dias, podendo o ASSISTENTE TÉCNICO de cada uma das partes, em igual prazo, apresentar seu respectivo parecer. [art. 477, § 1º, CPC]
*
PROVAS
(PROVA PERICIAL)
ESCLARECIMENTOS PELO PERITO: O perito do juízo tem o dever de, no prazo de 15 (quinze) dias, esclarecer ponto: (art. 477, § 2º, CPC)
I - sobre o qual exista divergência ou dúvida de qualquer das partes, do juiz ou do órgão do Ministério Público;
II - divergente apresentado no parecer do assistente técnico da parte.
ESCLARECIMENTOS EM AUDIÊNCIA: Se ainda houver necessidade de esclarecimentos, a parte requererá ao juiz que mande intimar o perito ou o assistente técnico a comparecer à audiência de instrução e julgamento, formulando, desde logo, as perguntas, sob forma de quesitos. (art. 477, § 3º, CPC)
*
PROVAS
(PROVA PERICIAL)
PERÍCIA ACERCA DE AUTENTICIDADE OU FALSIDADE DE DOCUMENTO OU DE NATUREZA MÉDICO-LEGAL: Quando o exame tiver por objeto a autenticidade ou a falsidade de documento ou for de natureza médico-legal, o perito será escolhido, de preferência, entre os técnicos dos estabelecimentos oficiais especializados, a cujos diretores o juiz autorizará a remessa dos autos, bem como do material sujeito a exame. (art. 478, CPC)
PERÍCIA ACERCA DE AUTENTICIDADE DE LETRA OU FIRMA: Quando o exame tiver por objeto a autenticidade da letra e da firma, o perito poderá requisitar, para efeito de comparação, documentos existentes em repartições públicas e, na falta destes, poderá requerer ao juiz que a pessoa a quem se atribuir a autoria do documento lance em folha de papel, por cópia ou sob ditado, dizeres diferentes, para fins de comparação. (art. 478, § 3º, CPC)
*
PROVAS
(PROVA PERICIAL)
PODER PROBANTE DA PROVA PERICIAL:
APRECIAÇÃO DA PROVA PELO JUIZ: O juiz apreciará a prova pericial de acordo com o disposto no art. 371, indicando na sentença os motivos que o levaram a considerar ou a deixar de considerar as conclusões do laudo, levando em conta o método utilizado pelo perito. [art. 479, CPC] 
OBS.: Em suma, o Juiz não está subordinado ao resultado da perícia. (STJ, REsp 1004078/SE) 
*
PROVA PERICIAL – LIVRE CONVENCIMENTO DO JUIZ
CIVIL. PROVA PERICIAL. INTERPRETAÇÃO. LIVRE CONVENCIMENTO. 1 - O fato de o mesmo laudo pericial servir para a improcedência do pedido inicial na sentença e para a procedência parcial no acórdão (apelação) não enseja violação aos arts. 131 e 436 do CPC, pois trata-se apenas de interpretação da prova, sob o crivo do livre convencimento que é próprio das instâncias ordinárias, onde o conhecimento fático-probatório é amplo. O julgador NÃO ESTÁ ADSTRITO ÀS CONCLUSÕES DA PERÍCIA que, como meio de prova, serve apenas para elucidar os fatos e nortear o veredicto. De qualquer forma, cuida-se de valoração da prova, prevalecendo, em última análise, a inteligência ministrada pela instância revisora. 2 - Recurso especial não conhecido (STJ - REsp: 1004078-SE, Rel. Min. FERNANDO GONÇALVES, 4ª Turma - DJ 19.05.2008)
*
*
PROVAS
(PROVA PERICIAL)
REALIZAÇÃO DE NOVA PERÍCIA: O juiz poderá determinar, de ofício ou a requerimento da parte, a realização de nova perícia, quando a matéria não lhe parecer suficientemente esclarecida. [art. 480, CPC]
OBJETO DA SEGUNDA PERÍCIA: A segunda perícia tem por objeto os mesmos fatos sobre que recaiu a primeira e destina-se a corrigir eventual omissão ou inexatidão dos resultados a que esta conduziu. [art. 480, § 1º, CPC]
PROCEDIMENTO DA SEGUNDA PERÍCIA: A segunda perícia rege-se pelas disposições estabelecidas para a primeira. [art. 480, § 2º, CPC]
VALORAÇÃO DAS PROVAS PERICIAIS: A segunda perícia não substitui a primeira, cabendo ao juiz apreciar livremente o valor de uma e outra. [art. 480, § 3º, CPC]
*
INSPEÇÃO JUDICIAL
*
*
PROVAS
(INSPEÇÃO JUDICIAL)
INSPEÇÃO JUDICIAL: O juiz, de ofício ou a requerimento da parte, pode, em qualquer fase do processo, inspecionar pessoas ou coisas, a fim de se esclarecer sobre fato, que interesse à decisão da causa. [art. 481, CPC]
ASSISTÊNCIA POR PERITOS: Ao realizar a inspeção direta, o juiz poderá ser assistido de um ou mais peritos. [art. 482, CPC]
*
PROVAS
(INSPEÇÃO JUDICIAL)
DILIGÊNCIA PELO MAGISTRADO: O juiz irá ao local, onde se encontre a pessoa ou coisa, quando: [art. 483, CPC]
I - julgar necessário para a melhor verificação ou interpretação dos fatos que deva observar;
II - a coisa não puder ser apresentada em juízo, sem consideráveis despesas ou graves dificuldades;
III - determinar a reconstituição dos fatos.
*
PROVAS
(INSPEÇÃO JUDICIAL)
ACOMPANHAMENTO DA DILIGÊNCIA PELAS PARTES: As partes têm sempre direito a assistir à inspeção, prestando esclarecimentos e fazendo observações que reputem de interesse para a causa. [art. 483, p. único, CPC]
AUTO CIRCUNSTANCIADO: Concluída a diligência, o juiz mandará lavrar auto circunstanciado, mencionando nele tudo quanto for útil ao julgamento da causa. [art. 484, CPC]
*
PROVA TESTEMUNHAL
*
*
PROVAS
(PROVA TESTEMUNHAL)
PROVA TESTEMUNHAL:
ADMISSIBILIDADE DA PROVA TESTEMUNHAL: A prova testemunhal é sempre admissível, não dispondo a lei de modo diverso. [art. 442, CPC] 
CASOS EM QUE A PROVA SERÁ INDEFERIDA: O juiz indeferirá a inquirição de testemunhas sobre fatos: [art. 443, CPC] 
I - já provados por documento ou confissão da parte;
II - que só por documento ou por exame pericial puderem ser provados.
EX.: Seguro (art. 758, CC), Fiança (art. 819, CC), Direitos Reais sobre Imóvel (art. 108, CC)
*
PROVAS
(PROVA TESTEMUNHAL)
PROVA EXCLUSIVMENTE TESTEMUNHAL: Foi suprimido do NOVO CPC o dispositivo que permitia utilização de “prova exclusivamente testemunhal” em contratos com valor de até 10 SALÁRIOS MÍNIMOS (art. 401, CPC). 
*
PROVAS
(PROVA TESTEMUNHAL)
CÓDIGO CIVIL: O NOVO CPC também revogou o disposto no art. 227 do CÓDIGO CIVIL, que previa situação análoga. (art. 227, CC)
OBS.: Contudo, atualmente é pacífico o entendimento quanto à possibilidade de uso da prova exclusivamente testemunhal (independentemente do valor), a exemplo da CORRETAGEM.
	
*
PROVA EXCLUSIVAMENTE TESTEMUNHAL “COMPROVAÇÃO DE AGIOTAGEM”
“IMPOSSIBILIDADE”
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO MONITÓRIA FUNDADA EM CHEQUE PRESCRITO. SENTENÇA QUE REJEITOU OS EMBARGOS MONITÓRIOS E JULGOU PROCEDENTE O PLEITO INICIAL. APELO DA EMBARGANTE. CERCEAMENTO DE DEFESA. INOCORRÊNCIA. PRÁTICA DE AGIOTAGEM. PROVA EXCLUSIVAMENTE TESTEMUNHAL. IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE INÍCIO DE PROVA ESCRITA POR PARTE DA EMBARGANTE. EXEGESE DO ART. 401, DO CPC. PREFACIAL AFASTADA.
"Deve ser afastada a alegação da prática de agiotagem quando o devedor não apresenta elemento probatório mínimo apto a demonstrar a plausibilidade da assertiva, autorizando o julgamento antecipado da lide. [...]" (TJSC, Apelação Cível n. 2003.006915-1, de Sombrio, rel. Des. Marco Aurélio Gastaldi Buzzi, j. 6-11-2003). RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. (TJ-SC - AC 20130193642/SC, Rel. Des. Dinart Francisco Machado, 2ª Câmara de Direito Comercial, DJe 23/06/2014)
*
*
PROVA EXCLUSIVAMENTE TESTEMUNHAL “COMPROVAÇÃO DO NEGÓCIO”
“IMPOSSIBILIDADE”
RESPONSABILIDADE CIVIL. PROVA DO NEGÓCIO JURÍDICO. EXCLUSIVAMENTE TESTEMUNHAL. IMPOSSIBILIDADE. DANOS MATERIAL E MORAL AFASTADOS. A ausência de um mínimo de prova documental quanto à existência da compra e venda do bem discutido nos autos determina a improcedência do pedido no tocante aos danos materiais. Inviabilidade de comprovar a concretização do ajuste a partir de prova exclusivamente testemunhal. Contrato que excede a um décuplo do valor do salário mínimo da época da alegada contratação. Incidência dos arts. 227 do CC e 401 do CPC. (TJ-RS - AC: 70044911592/RS, Rel. Des. Jorge Alberto Schreiner Pestana, Data de Julgamento: 27/10/2011, 10ª Câmara Cível, DJe 08/11/2011)
*
*
PROVAS
(PROVA TESTEMUNHAL)
CASOS QUE ADMITEM USO DA PROVA TESTEMUNHAL:
COMEÇO DE PROVA ESCRITA: Nos casos em que a lei exigir prova escrita da obrigação, é admissível a prova testemunhal quando houver começo de prova por escrito, emanado da parte contra a qual se pretende produzir a prova. [art. 444, CPC]
IMPOSSIBILIDADE MATERIAL OU MORAL DE OBTEÇÃO DA PROVA ESCRITA:  Também se admite a prova testemunhal quando o credor não pode ou não podia, moral ou materialmente, obter a prova escrita da obrigação, em casos como o de parentesco, de depósito necessário ou de hospedagem em hotel ou em razão das práticas comerciais do local onde contraída a obrigação. [art. 445, CPC]
*
PROVAS
(PROVA TESTEMUNHAL)
CASOS QUE ADMITEM USO DA PROVA TESTEMUNHAL:
DEMONSTRAÇÃO DOS “EFEITOS DOS FATOS”: Se a prova foi utilizada para a demonstração dos “EFEITOS DOS FATOS”, não da existência do “contrato”, é admitida a prova exclusivamente testemunhal, ainda que tais efeitos ultrapassem o teto legal. Subentendendo-se, neste caso, que houve prova documental em relação ao contrato em si.
CONTRATOS DE CORRETAGEM: Admite prova exclusivamente testemunhal, INDEPENDENTEMENTE DO VALOR DO NEGÓCIO JURÍDICO, porque advém de acordo informal (STJ, REsp 75.687/SP)
*
PROVA EXCLUSIVAMENTE TESTEMUNHAL – “EFEITOS DOS FATOS”
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. DÍVIDA DECORRENTE DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. TRANSPORTE AÉREO. PROVA EXCLUSIVAMENTE TESTEMUNHAL. CABIMENTO. VALOR DA COBRANÇA SUPERIOR AO TETO FIXADO NO ART. 401 DO CPC. IRRELEVÂNCIA. PROVA DOS EFEITOS DOS FATOS, E NÃO DO CONTRATO. PRECEDENTES. AGRAVO DESPROVIDO. I - "Em interpretação edificante e evolutiva do artigo 401 do Código de Processo Civil, este Tribunal tem entendido que só não se permite a prova exclusivamente por depoimentos no que concerne à existência do contrato em si, não encontrando óbice legal, inclusive para evitar o enriquecimento sem causa, a demonstração, por testemunhas, dos fatos que envolveram os litigantes, bem como das obrigações e dos efeitos decorrentes desses fatos. Embargos rejeitados." (STJ - EREsp 263.387/PE, Rel. Min. CASTRO FILHO, 2ª Seção, DJe 17/3/2003) II - Agravo regimental a que se nega provimento. (STJ – AgRg no AREsp 476483 / PR – Rel. Min. RAUL ARAÚJO – 4ª Turma - DJe 20/08/2014)
*
*
PROVA EXCLUSIVAMENTE TESTEMUNHAL – “CORRETAGEM” (POSSIBILIDADE)
APELAÇÃO - AÇÃO DE COBRANÇA - CORRETAGEM - CONTRATO NÃO ASSINADO E PRODUZIDO UNILATERALMENTE - INÍCIO DE PROVA ESCRITA - INEXISTÊNCIA - PROVA EXCLUSIVAMENTE TESTEMUNHAL - ADMISSIBILIDADE - ART. 401, CPC - INTERPRETAÇÃO DO STJ - RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. I - O contrato produzido de forma unilateral pelo autor e não assinado pelos contratantes não constitui início de prova escrita que permita a utilização da prova testemunhal como complementar, na forma prevista no art. 402, I, do Código de Processo Civil. II - Segundo interpretação do STJ, o art. 401, do Código de Processo Civil aplica-se somente à prova de existência do contrato e não aos efeitos e fatos jurídicos dele decorrentes. III - Admissível a prova exclusivamente testemunhal para provar a prestação de serviços de corretagem e intentar a sua cobrança, sob pena de propiciar o enriquecimento ilícito daquele que se beneficia do serviço sem a respectiva contraprestação. (TJ-MG 102510601769880011/MG, Rel. Min. MARCELO RODRIGUES, Data de Julgamento: 23/01/2008, DJe 31/01/2008)
*
*
PROVA EXCLUSIVAMENTE TESTEMUNHAL – “CORRETAGEM” (POSSIBILIDADE)
CORRETAGEM. PROVA EXCLUSIVAMENTE TESTEMUNHAL. ART. 401 DO CPC. É admissível a prova exclusivamente testemunhal, quando não se tenha por objetivo provar a existência do contrato em si, mas a demonstração dos efeitos de fato dele decorrentes em que se envolveram os litigantes. Precedentes. Recurso especial conhecido e parcialmente provido. (STJ - REsp: 187461-DF – Rel. Min. BARROS MONTEIRO, 4ª Turma, Data de Publicação: DJ 28/06/1999)
*
*
PROVA EXCLUSIVAMENTE TESTEMUNHAL – “CORRETAGEM” (POSSIBILIDADE)
PROCESSUAL CIVIL. CORRETAGEM. INTERMEDIAÇÃO DE VENDA DE "CONJUNTO DE IRRIGAÇÃO" DE TERRAS PARA PLANTIO. PROVA EXCLUSIVAMENTE TESTEMUNHAL. EXTINÇÃO DO PROCESSO ANULADA PELO TRIBUNAL "A QUO". CPC, ART. 401. VALOR SUPERIOR. EXEGESE. Seja pela certa imperfeição no critério previsto no art. 401 da lei adjetiva civil, seja pela natureza da atividade de corretagem, que usualmente advém de acordo informal com o vendedor do bem, seja pela possibilidade de ser demonstrado, segundo a orientação jurisprudencial mais moderna do STJ, o fato do serviço, independentemente da prova da existência formal de um contrato, não é de se extinguir ação que objetiva o recebimento de comissão pela intermediação na alienação de "conjunto de irrigação" de terras para cultivo agrícola, apenas porque a parte autora quer se valer, exclusivamente, da prova testemunhal. II. Recurso especial conhecido, mas improvido. (STJ - REsp: 75687-SP - Rel. Min. ALDIR PASSARINHO JUNIOR, 4ª Turma - DJ 29/10/2001)
*
*
PROVAS
(PROVA TESTEMUNHAL)
VÍCIOS E DIVERGÊNCIAS QUE PODEM SER PROVADOS POR TESTEMUNHAS: É lícito à parte inocente provar com testemunhas: [art. 446, CPC] 
I - nos contratos simulados, a divergência entre a vontade real e a vontade declarada;
II - nos contratos em geral, os vícios do consentimento.
*
PROVAS
(PROVA TESTEMUNHAL)
QUEM PODE DEPOR COMO TESTEMUNHA: Qualquer pessoa, exceto as INCAPAZES, IMPEDIDAS e SUSPEITAS. [art. 447, CPC]
SÃO INCAPAZES: [art. 447, § 1º, CPC]
I - o interdito por enfermidade ou deficiência mental;
II - o que, acometido por enfermidade, ou debilidade mental, ao tempo em que ocorreram os fatos, não podia discerni-los; ou, ao tempo em que deve depor, não está habilitado a transmitir as percepções;
III - o que tiver menos de dezesseis (16) anos;
IV - o cego e o surdo, quando a ciência do fato depender dos sentidos que lhes faltam.
*
PROVAS
(PROVA TESTEMUNHAL)
SÃO IMPEDIDOS: [art. 447, § 2º, CPC]
I - o cônjuge, o companheiro, o ascendente e o descendente em QUALQUER GRAU e o colateral, até o TERCEIRO GRAU, de alguma das partes, por consanguinidade ou afinidade, SALVO se o exigir o interesse público ou, tratando-se de causa relativa ao estado da pessoa, não se puder obter de outro modo a prova que o juiz repute necessária ao julgamento do mérito;
II - o que é parte na causa;
III - o que intervém em nome de uma parte, como o tutor, o representante legal da pessoa jurídica, o juiz, o advogado e outros que assistam ou tenham assistido as partes.
*
GRAU DE PARENTESCO
*
*
GRAU DE PARENTESCO
*
*
GRAU DE PARENTESCO
ATENÇÃO PARA O ERRO: TIO-AVÔ é parente na linha colateral em 4º GRAU.
Tio-Avô
4º grau
ATENÇÃO PARA O ERRO: TIO-AVÔ é parente na linha colateral em 4º GRAU.
*
PROVAS
(PROVA TESTEMUNHAL)
SÃO SUSPEITOS: [art. 447, § 3º, CPC]
I - o inimigo da parte, ou o seu amigo íntimo;
II - o que tiver interesse no litígio.
 
*
PROVAS
(PROVA TESTEMUNHAL)
INFORMANTES: Sendo estritamente necessário, o juiz ouvirá testemunhas impedidas ou suspeitas; mas os seus depoimentos serão prestados independentemente de compromisso (art. 458, CPC) e o juiz lhes atribuirá o valor que possam merecer. [art. 447, §§ 4º e 5º, CPC]
RECONHECIMENTO EX OFFICIO DO INAPTIDÃO TESTEMUNHAL: Possível, haja vista estar inserido no poder instrutório do magistrado (STJ, AgRg no Ag 398.015/SP)
*
DECRETAÇÃO EX OFFICIO DA INAPTIDÃO TESTEMUNHAL
TESTEMUNHA. IMPEDIMENTO. 1. Violação do art. 535 do CPC não configurada. Hipótese em que o Tribunal a quo analisou os fundamentos do recurso interposto, não restando omissão contradição ou obscuridade a serem sanadas. 2. Pessoa impedida de depor, em face do art. 405, § 2º, III, do CPC, não pode ser considerada testemunha. Ausência de contradita que não impediu, no caso concreto, o reconhecimento de suspeição. 3. A pretensão de reexame de aspectos fático-probatórios é inviável em sede de recurso especial, nos termos da Súmula nº 7/STJ. Agravo improvido (STJ - AgRg no Ag: 398015/SP, Rel. Min. BARROS MONTEIRO, Data de Julgamento: 19/12/2002, 4ª TURMA, DJ 31.03.2003, p. 228)
*
*
PROVAS
(PROVA TESTEMUNHAL)
A TESTEMUNHA NÃO É OBRIGADA A DEPOR DE FATOS: [art. 448, CPC]
I - que lhe acarretem grave dano, bem como ao seu cônjuge ou companheiro e aos seus parentes consangüíneos ou afins, em linha reta, ou na colateral, até o TERCEIRO GRAU;
II - a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo.
*
SIGILO – ADVOGADO 
ADVOGADO (TESTEMUNHA). DEPOIMENTO (RECUSA). CONHECIMENTO DOS FATOS (EXERCÍCIO DA ADVOCACIA). SIGILO PROFISSIONAL (PRERROGATIVA). LEI Nº 8.906/94 (VIOLAÇÃO). 1. Não há como exigir que o advogado preste depoimento em processo no qual patrocinou a causa de uma das partes, sob pena de violação do art. 7º, XIX, da Lei nº 8.906/94 (Estatuto da Advocacia). 2. É prerrogativa do advogado definir quais fatos devem ser protegidos pelo sigilo profissional, uma vez que deles conhece em razão do exercício da advocacia. Optando por não depor, merece respeito sua decisão. 3. Agravo regimental improvido (STJ - AgRg no HC: 48843 MS 2005/0169845-8, Relator: Ministro NILSON NAVES, Data de Julgamento: 31/10/2007, 6ª Turma, Data de Publicação: DJ 11.02.2008 p. 1)
*
*
SIGILO – ADVOGADO 
AÇÃO PENAL. SEGUNDA QUESTÃO DE ORDEM. OITIVA DE TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO. QUALIDADE DE ADVOGADO. PRERROGATIVA DE RECUSAR-SE A DEPOR. INAPLICABILIDADE. SIGILO PROFISSIONAL. FATOS NÃO ALCANÇADOS. DEPOIMENTO COLHIDO NA FASE INQUISITORIAL. LEGITIMIDADE DE SUA SUBMISSÃO AO CRIVO DO CONTRADITÓRIO. PEDIDO DE DISPENSA INDEFERIDO. TESTEMUNHA MANTIDA. 1. O advogado arrolado como testemunha de acusação na presente ação penal defendeu os interesses do PT no denominado "Caso Santo André". 2. Não se aplica a prerrogativa prevista no art. 7º, XIX, da Lei nº 8.906/94 (Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil), tendo em vista que nem o antigo cliente da testemunha - o PT - nem os fatos investigados na presente ação penal guardam relação com o homicídio do então Prefeito do Município de Santo André. 3. A proibição de depor diz respeito ao conteúdo da confidência de que o advogado teve conhecimento para exercer o múnus para o qual foi contratado, não sendo este o caso dos autos. 4. Os fatos que interessam à presente ação penal já foram objeto de ampla investigação, e a própria testemunha - que ora recusa-se a depor - já prestou esclarecimentos sobre os mesmos na fase inquisitorial, perante a autoridade policial. Assim, os fatos não estão protegidos pelo segredo profissional. 5. Ausente a proibição de depor prevista no art. 207 do Código de Processo Penal e inaplicável a prerrogativa prevista no art. 7º, XIX, da Lei nº 8.906/94, a testemunha tem o dever de depor. (STF - AP: 470 MG, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Tribunal Pleno, DJe 29.04.2009)
*
*
PROVAS
(PROVA TESTEMUNHAL)
ROL DE TESTEMUNHAS:
QUALIFICAÇÃO DAS TESTEMUNHAS: O rol de testemunhas conterá, sempre que possível, o nome, a profissão, o estado civil, a idade, o CPF, RG e o endereço completo da residência e do local de trabalho. [art. 450, CPC]
NÚMERO DE TESTEMUNHAS: O número de testemunhas arroladas não pode ser superior a 10 (dez), sendo 3 (três), no máximo, para a prova de cada fato. [art. 357, § 6º, CPC]
PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DO ROL: Juiz fixará prazo comum não superior a 15 (quinze) dias para que as partes apresentem rol de testemunhas. [art. 357, § 4º, CPC]
*
PROVAS
(PROVA TESTEMUNHAL)
SUBSTITUIÇÃO DO ROL DE TESTEMUNHAS: Depois de apresentado o rol, a parte só pode substituir a testemunha: [art. 451, CPC]
I - que falecer;
II - que, por enfermidade, não estiver em condições de depor;
III - que, tendo mudado de residência OU local de trabalho, não for encontrada.
*
PROVAS
(PROVA TESTEMUNHAL)
JUIZ ARROLADO COMO TESTEMUNHA: Quando for arrolado como testemunha o juiz da causa, este: [art. 452, CPC]
I - declarar-se-á impedido, se tiver conhecimento de fatos, que possam influir na decisão, caso em que será vedado à parte que o incluiu no rol desistir de seu depoimento;
II - se nada souber, mandará excluir o seu nome.
*
PROVAS
(PROVA TESTEMUNHAL)
QUANDO AS TESTEMUNHAS NÃO PRESTARÃO DEPOIMENTO NA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO: As testemunhas depõem, na audiência de instrução, perante o juiz da causa, exceto: [art. 453, CPC]
as que prestam depoimento antecipadamente; [art. 453, I, CPC]
as que são inquiridas por carta; [art. 453, II, CPC]
as que, por doença, ou outro motivo relevante, estão impossibilitadas de comparecer em juízo. (NESTE CASO O JUIZ PODERÁ DESIGNAR HORA E LUGAR PARA O DEPOIMENTO) [art. 449, p. único, CPC]
as AUTORIDADES. [art. 454, CPC]
*
PROVAS
(PROVA TESTEMUNHAL)
AUTORIDADES ARROLADAS COMO TESTEMUNHAS: São inquiridos em sua residência, ou onde exercem a sua função: [art. 454, CPC]
I - o presidente e o vice-presidente da República;
II - os ministros de Estado;
III - os ministros do STF, os conselheiros do CNJ e os ministros do STJ, do STM, do TSE, do TST do TCU;
IV - o procurador-geral da República e os conselheiros do Conselho Nacional do Ministério Público;
V - o advogado-geral da União, o procurador-geral do Estado, o procurador-geral do Município, o defensor público-geral federal e o defensor público-geral do Estado; 
[...] 
*
PROVAS
(PROVA TESTEMUNHAL)
AUTORIDADES ARROLADAS COMO TESTEMUNHAS: São inquiridos em sua residência, ou onde exercem a sua função: [art. 454, CPC]
VI - os senadores e os deputados federais;				 
VII - os governadores dos Estados e do Distrito Federal;
VIII - o prefeito;
IX - os deputados estaduais e distritais;
X - os desembargadores dos TJ, dos TRF, dos TRT e dos TRE e os conselheiros dos TCE e do Distrito Federal;
XI - o procurador-geral de justiça;
XII - o embaixador de país que, por lei ou tratado, concede idêntica prerrogativa a agente diplomático do Brasil (reciprocidade).
*
PROVAS
(PROVA TESTEMUNHAL)
AUTORIDADES ARROLADAS COMO TESTEMUNHAS: São inquiridos em sua residência, ou onde exercem a sua função: [art. 454, CPC]
MAGISTRADOS EM GERAL: a escolha do horário e local para a oitiva é prerrogativa de todo magistrado (LC 35/79, art. 33, I)
MEMBROS DO MINISTÉRIO PÚBLICO: a escolha do horário e local para a oitiva é prerrogativa dos membros do MP (Lei 8.625/93, art. 40, I)
*
PROVAS
(PROVA TESTEMUNHAL)
PROCEDIMENTO PARA INTIMAÇÃO DAS AUTORIDADES:
INTIMAÇÃO DAS AUTORIDADES: O juiz solicitará à autoridade que indique dia, hora e local a fim de ser inquirida, remetendo-lhe cópia da petição inicial ou da defesa oferecida pela parte que a arrolou como testemunha. [art. 454, § 1º, CPC]
INÉRCIA DA AUTORIDADE: Passado 1 (um) mês sem manifestação da autoridade, o juiz designará dia, hora e local para o depoimento, preferencialmente
na sede do juízo. [art. 454, § 2º, CPC]
AUSÊNCIA INJUSTIFICADA DA AUTORIDADE: O juiz também designará dia, hora e local para o depoimento, quando a autoridade não comparecer, injustificadamente, à sessão agendada para a colheita de seu testemunho no dia, hora e local por ela mesma indicados. [art. 454, § 3º, CPC]
*
PROVAS
(PROVA TESTEMUNHAL)
PROCEDIMENTO PARA INTIMAÇÃO DAS DEMAIS TESTEMUNHAS:
OBRIGAÇÃO DO ADVOGADO: Cabe ao advogado da parte informar ou intimar a testemunha por ele arrolada do dia, da hora e do local da audiência designada, dispensando-se a intimação do juízo. [art. 455, CPC]
FORMA DA INTIMAÇÃO: A intimação deverá ser realizada por carta com aviso de recebimento, cumprindo ao advogado juntar aos autos, com antecedência de pelo menos 3 (três) dias da data da audiência, cópia da correspondência de intimação e do comprovante de recebimento. [art. 455, § 1º, CPC]
TESTEMUNHA LEVADA PELA PRÓPRIA PARTE: A parte pode comprometer-se a levar à audiência a testemunha, independentemente de intimação; presumindo-se, caso não compareça, que desistiu de ouvi-la. [art. 455, §§ 2º e 3º, CPC]
*
PROVAS
(PROVA TESTEMUNHAL)
TESTEMUNHAS QUE SERÃO INTIMADAS PELO JUÍZO: A intimação será feita pela via judicial quando:[art. 455, § 4º, CPC]
I - for frustrada a intimação prevista no § 1o deste artigo; (feita por advogado)
II - sua necessidade for devidamente demonstrada pela parte ao juiz;
III - figurar no rol de testemunhas servidor público ou militar, hipótese em que o juiz o requisitará ao chefe da repartição ou ao comando do corpo em que servir;
IV - a testemunha houver sido arrolada pelo Ministério Público ou pela Defensoria Pública;
V - a testemunha for uma daquelas previstas no art. 454. (AUTORIDADE)
*
PROVAS
(PROVA TESTEMUNHAL)
CONDUÇÃO DA TESTEMUNHA FALTANTE: Se a testemunha deixar de comparecer, sem motivo justificado, será conduzida, respondendo pelas despesas do adiamento. [art. 455, § 5º, CPC]
*
PROVAS
(PROVA TESTEMUNHAL)
PROCEDIMENTO PARA INQUIRIÇÃO DAS TESTEMUNHAS:
ORDEM E INCOMUNICABILIDADE: O juiz inquirirá as testemunhas separada e sucessivamente, PRIMEIRO as do autor e DEPOIS as do réu, e providenciará para que uma não ouça o depoimento das outras. [art. 456, CPC]
MODIFICAÇÃO DA ORDEM: O juiz poderá alterar a ordem estabelecida no caput se as partes concordarem. [art. 456, p. único, CPC]
QUALIFICAÇÃO DAS TESTEMUNHAS e VERIFICAÇÃO DE PARENTESCO OU INTERESSE: Antes de depor, a testemunha será qualificada, declarará ou confirmará seus dados e informará se tem relações de parentesco com a parte ou interesse no objeto do processo. [art. 456, p. único, CPC]
*
PROVAS
(PROVA TESTEMUNHAL)
CONTRADITA: É a impugnação da testemunha arrolada pela parte contrária, sustentando-se sua “incapacidade”, “impedimento” ou “suspeição”. [art. 457, § 1º, CPC]
MOMENTO: DEVERÁ OCORRER NO INSTANTE DA QUALIFICAÇÃO DA TESTEMUNHA, PORÉM, ANTES DO COMPROMISSO. 
NEGATIVA DOS FATOS PELA TESTEMUNHA: Se a testemunha negar os fatos que lhe são imputados, a parte poderá provar a contradita com documentos ou com testemunhas, até três, apresentada no ato e inquiridas em separado. [art. 457, § 1º, CPC]
RECONHECIMENTO OU DEFERIMENTO DA CONTRADITA: Sendo provados ou confessados os fatos, o juiz dispensará a testemunha, ou lhe tomará o depoimento como INFORMANTE. [art. 457, § 2º, CPC]
*
PROVAS
(PROVA TESTEMUNHAL)
PEDIDO DE ESCUSA DO DEPOIMENTO PELA TESTEMUNHA: A testemunha pode requerer ao juiz que a escuse de depor, alegando os motivos previstos neste Código (arts. 447 e 448, CPC), decidindo o juiz de plano após ouvidas as partes. [art. 457, § 3º, CPC]
*
PROVAS
(PROVA TESTEMUNHAL)
COMPROMISSO DA TESTEMUNHA: 
MOMENTO: Ao início da inquirição, a testemunha prestará o compromisso de dizer a verdade do que souber e lhe for perguntado. [art. 458, CPC]
FALSIDADE TESTEMUNHAL: O juiz advertirá à testemunha que incorre em sanção penal quem faz a afirmação falsa, cala ou oculta a verdade. [art. 458, p. único, CPC c/c art. 342, CP]
	
*
PROVAS
(PROVA TESTEMUNHAL)
FORMULAÇÃO DE PERGUNTAS PELOS ADVOGADOS ÀS TESTEMUNHAS: 
ORDEM DA FORMULAÇÃO DE PERGUNTAS ÀS TESTEMUNHAS: As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha, começando pela que a arrolou. [art. 459, CPC]
PERGUNTAS QUE DEVERÃO SER INDEFERIDAS PELO JUÍZO: não admitindo o juiz aquelas que: [art. 459, CPC]
puderem induzir a resposta;
não tiverem relação com as questões de fato objeto da atividade probatória;
importarem repetição de outra já respondida.
PERGUNTAS INDEFERIDAS PELO JUIZ: As perguntas que o juiz indeferir serão obrigatoriamente transcritas no termo, se a parte o requerer. [art. 459, § 3º, CPC]
*
PROVAS
(PROVA TESTEMUNHAL)
FORMULAÇÃO DE PERGUNTAS PELOS ADVOGADOS ÀS TESTEMUNHAS: 
INQUIRIÇÃO PELO JUIZ: O juiz poderá inquirir a testemunha tanto antes quanto depois da inquirição feita pelas partes. [art. 459, § 1º, CPC]
RESPEITO ÀS TESTEMUNHAS: As partes devem tratar as testemunhas com urbanidade, não se lhes fazendo perguntas ou considerações impertinentes, capciosas ou vexatórias. [art. 459, § 2º, CPC]
*
PROVAS
(PROVA TESTEMUNHAL)
REGISTRO DOS ATOS DA AUDIÊNCIA: 
INQUIRIÇÃO PELO JUIZ: O juiz poderá inquirir a testemunha tanto antes quanto depois da inquirição feita pelas partes. [art. 459, § 1º, CPC]
RESPEITO ÀS TESTEMUNHAS: As partes devem tratar as testemunhas com urbanidade, não se lhes fazendo perguntas ou considerações impertinentes, capciosas ou vexatórias. [art. 459, § 2º, CPC]
REGISTRO DOS DEPOIMENTOS: Poderá ser documentado por meio de gravação, digitado ou gravado por qualquer outro meio idôneo. [art. 460, §§, CPC]
*
PROVAS
(PROVA TESTEMUNHAL)
INQUIRIÇÃO DE TESTEMUNHAS REFERIDAS: Poderá ser feita de ofício ou a requerimento da parte interessada, sempre que terceiros forem referidos nas declarações da parte ou das testemunhas [art. 461, I, CPC]
ACAREAÇÃO DE TESTEMUNHAS E PARTES: a acareação de duas ou mais testemunhas ou de alguma delas com a parte, poderá ser determinada de ofício ou a requerimento da parte interessada, quando, sobre fato determinado, que possa influir na decisão da causa, divergirem as suas declarações. Os acareados serão questionados para que expliquem os pontos de divergência, tomando-se a termo o ato de acareação. Poderá ser realizada por videoconferência ou outro meio similar. [art. 461, II e §§ 1º e 2º, CPC]
*
PROVAS
(PROVA TESTEMUNHAL)
RESSARCIMENTO DAS DESPESAS HAVIDAS PELA TESTEMUNHA: A testemunha pode requerer ao juiz o pagamento da despesa que efetuou para comparecimento à audiência, devendo a parte pagá-la logo que arbitrada, ou depositá-la em cartório dentro de 3 (três) dias. [art. 462, CPC]
ABONO DE FALTA AO TRABALHO PELA TESTEMUNHA: O depoimento prestado em juízo é considerado serviço público. A testemunha, quando sujeita ao regime da legislação trabalhista, não sofre, por comparecer à audiência, perda de salário nem desconto no tempo de serviço. [art. 463, p. único, CPC]
*
PROVA EMPRESTADA
*
*
PROVAS
(PROVA EMPRESTADA)
PROVA EMPRESTADA: É aquela que já havendo sido utilizada como prova em um processo, é transposta, sob forma de prova documental, para um outro processo, de idêntica ou diversa natureza.
REQUISITOS:
Identidade das Partes
Pertinência Probatória
Oportunidade de Contraditório e Ampla Defesa.
*
PROVAS
(PROVA EMPRESTADA)
CPC ATUAL: A possibilidade de adoção decorre de entendimento DOUTRINÁRIO e JURISPRUDENCIAL.
NOVO CPC: Contempla previsão expressa de adoção de provas realizadas noutro processo, desde que assegurado o “contraditório”. (art. 372, CPC)
	
*
PROVA EMPRESTADA – IDENTIDADE DE PARTES
APELAÇÃO CÍVEL. PREVIDÊNCIA PRIVADA. FUNDAÇÃO DOS ECONOMIÁRIOS FEDERAIS - FUNCEF. CERCEAMENTO DE DEFESA. INOCORRÊNCIA. PROVA EMPRESTADA. (...) CERCEAMENTO DE DEFESA. INOCORRÊNCIA. Sendo o magistrado o destinatário final da prova, consoante art. 130, do CPC, pode o mesmo dispensar a realização de prova pericial, bem

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando