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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE FÍSICA DEPARTAMENTO DE FÍSICA GERAL FIS123 – FÍSICA GERAL E EXPERIMENTAL III-E / LABORATÓRIO PROFESSOR: CARLOS DATA: 11/05/01 ALUNOS: JORGE EDUARDO SANTOS DE FREITAS (T10 / P19) FABRÍCIO NASCIMENTO PEREIRA (T10 / P19) MILENA DE ALBUQUERQUE MOREIRA (T10 / P19) MEDIDA DE CORRENTE E DIFERENÇA DE POTENCIAL � 1. OBJETIVOS Compreender o significado das grandezas corrente elétrica e diferença de potencial e o funcionamento dos seus instrumentos de medida. 2. INTRODUÇÃO Para uma melhor compreensão do experimento em laboratório, é fundamental conhecer os instrumentos de medida e dominar as relações entre as grandezas e seus erros inerentes. Neste experimento estudaremos as relações entre corrente elétrica, diferença de potencial (DDP) e resistências. Além disso, estudaremos o funcionamento do amperímetro. 3. PROCEDIMENTOS Foram utilizados: . Amperímetro . Chave liga – desliga . Placa de ligação . Fios . Fonte de tensão . Década de resistores O primeiro passo foi calcular a resistência mínima e máxima. Depois medimos a resistência mínima experimental. Assim fizemos uma tabela colocando 10 valores diferentes na década de resistores, contando com a resistência máxima calculada e a resistência mínima experimental. Medimos os valores das correntes para cada valor de resistência, de modo a cobrir os valores da escala do amperímetro. Em outro circuito montado, fizemos medidas utilizando uma década de resistores em parelelo (Rp) com o amperímetro para acharmos a resistência interna do aparelho. Ajustando Rp, regulamos até que a corrente medida fosse 5mA, concluindo que metade da corrente passava pela resistência Rp e metade passava pelo amperímetro. Com o resultado anterior, partimos para a multiplicação do fundo de escala do amperímetro, utilizando a década de resistores em paralelo. Fazendo apenas ajustes em Rp, multiplicamos o fundo de escala por dois e por quatro. Sendo assim, transformamos o amperímetro em voltímetro com fundos de escala 5v e 10v, usando uma década de resistores acoplada em série. Com o voltímetro configurado para 10v, medimos valores de tensão referentes aos elementos da bateria utilizada. 4. DADOS DA LISTA DE MATERIAL Tensão da fonte: 3,885v Fundo de escala do amperímetro: 10mA Tolerância dos resistores: 5% Desvio do medidor: 0,1mA � IV.1 Lei de Ohm: V = RI a) I = 10mA V = 3,885v 3,885 = R x 10x10-3 RminC = 388,5( (Resistência Mínima Calculada) b) I = 1,0mA V = 3,885v 3,885 = R x 1,0x10-3 RmaxC = 3885( (Resistência Máxima Calculada) c) Para R = RminC, I = 9,4mA Esta corrente não é igual a 10mA devido à tolerância dos resistores. O valor de tensão da fonte provavelmente é menor que o da etiqueta da bateria. Encontramos o valor de 375( para a resistência experimental. d) Tabela 1 R (() Im (mA) 400 9,4 600 6,2 800 4,8 1000 3,8 1300 2,9 1600 2,4 2000 1,9 2500 1,5 3000 1,2 3600 1,0 � IV.2 Ajustada em R o valor de resistência mínima calculada e em Rp o valor zero, o amperímetro mediu 0,2mA. Este resultado não foi o esperado, uma vez que o nosso desvio avaliado era ± 0,1mA, o zero do amperímetro estava fora desta faixa. Provavelmente isso ocorreu porque o amperímetro estava descalibrado, além da resistência dos fios usados para Rp = 0(. Quando a corrente lida no amperímetro é 5,0mA, a corrente é dividida meio a meio entre a resistência Rp e o amperímetro em paralelo. Assim as resistências devem ter o mesmo valor, que neste caso é de 10(. Rp de 1 em 1(, até 10( Tabela 2 Rp (() Ia (mA) 1 1,0 2 1,6 3 2,1 4 2,6 5 3,0 6 3,4 7 3,8 8 4,1 9 4,4 10 5,0 IV.3 i) Duplicação do fundo de escala do amperímetro V = I x (R + Ra//Rp) Ra//Rp = Ra x Rp Ra + Rp V = 3,885v Ra = Rp = 10( I = 20,0mA 3,885 = (R + 5) 2,0x10-2 R = 189( ii) Tabela 3 R (() Im (mA) 189 9,4 378 4,7 756 2,4 1512 1,2 3024 0,6 � IV.4 i) Fundo de escala de 5 v a) Ra = 10( I = 10mA V = (R + Ra) x I R = 490( b) Para uma resistência de 490(, temos uma I lida no amperímetro de 7,7mA, sendo então a tensão correspondente de: V = RxI V = 3,773v ii) Fundo de escala de 10 v a) Ra = 10( I = 10mA V = (R + Ra) x I R = 990( b) Tabela 4 Elementos da bateria Leitura do voltímetro (v) 1 1,2 2 2,5 3 3,8 4 5,0 5 6,4 5. DISCUSSÃO 5.1 O cálculo para achar o valor teórico de corrente é V = RI. Os valores encontrados para R, Ic, Im, (I estão relacionados na tabela 5. � Tabela 5 R(() (R Im (mA) (Im (mA) Ic (mA) (Ic (mA) (I 400 20 9,4 0,1 9,7 5,1x10-4 0,3 600 30 6,2 0,1 6,47 3,4x10-4 0,27 800 40 4,8 0,1 4,85 2,5x10-4 0,05 1000 50 3,8 0,1 3,88 2,0x10-4 0,08 1300 65 2,9 0,1 2,98 1,5x10-4 0,08 1600 80 2,4 0,1 2,42 1,2x10-4 0,02 2000 100 1,9 0,1 1,94 1,0x10-4 0,04 2500 125 1,5 0,1 1,55 8,1x10-5 0,05 3000 150 1,2 0,1 1,29 6,8x10-5 0,09 3600 180 1,0 0,1 1,07 5,6x10-5 0,07 Os valores experimentais são menores que os valores teóricos. Isso era esperado, uma vez que o valor teórico não considera a resistência interna do amperímetro. 5.2 O Valor da resistência mínima calculada é de 388,5( e o da resitência mínima experimental é de 375(. Isso era esperado, já que o cálculo da resistência mínima não leva em consideração o valor da resistência interna do amperímetro. Ainda deve ser considerado, a tolerância da década de resistores. 5.3 O desvio avaliado do amperímetro é 0,1mA. Este valor corresponde à menor divisão da escala do aparelho. 5.4 Ra = (I - Ia) x Rp Ia Calculando o erro cometido: (Ra = ((I – Ia) + (Ia + (Rp (Ra = 0,04 + 0,02 + 0,05 (Ra = 0,11 = 11% Ra = (10 ± 1,1)( 5.5 Calculando a corrente que realmente passa pelo circuito quando ligamos Rp em paralelo com o amperímetro e este mede 5mA: � V = 3,885v RminC = 388,5( Ra = 10( Rp = 10( V = I x (R + Ra//Rp) Ra//Rp = Ra x Rp = 5( Ra + Rp 3,885 = (189 + 5) x I I = 9,87mA O valor encontrado é 9,87 mA, o que não está muito distante de 10mA. A aproximação pode ser considerada boa, já que o desvio avaliado do amperímetro é 0,1mA. 5.6 Na tabela 5 estão relacionados os valores de V, R, Im, Ic e (I. Para todos os valores, o valor teórico supera o experimental, pois não leva em conta a resistência dos fios, além da margem de tolerância dos resistores. O desvio avaliado para o amperímetro com fundo de escala de 20 mA é ± 0,2 mA. Como o desvio relativo é a razão entre o valor medido e o desvio avaliado, ele muda com a ampliação do fundo de escala, já que o desvio avaliado muda. 5.7 O desvio avaliado do voltímetro de fundo de escala 5v é de ± 0,05v e o desvio avaliado do fundo de escala 10v é de ± 0,1v. As resistências internas valem 490( e 990(, respectivamente, para os voltímetros com fundo de escala 5 e 10v. 6. CONCLUSÕES Concluímos que com o entendimento das relações entre as grandezas tensão, resistência e corrente e o funcionamento de um amperímetro, é possível ampliar o fundo de escala e ainda transformá-lo em voltímetro. Vale ressaltar que os erros devem ser levados sempre em consideração durante a medição dos dados experimentais. Também deve-se atentar para a tolerância dos resistores, a resistência intríseca dos fios e condutores utilizados nos circuitos, pois também interferem nos resultados.
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