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Universidade Federal da Bahia Instituto de Física Departamento de Física do Estado Sólido Disciplina: Física geral e experimental- iii Profº: Augusto Medidas da componente horizontal da indução magnética terrestre Alunas: Nara Góis Sâmia Silva I – Título do experimento: Medidas da componente horizontal da indução magnética terrestre. II – Objetivo: Determinar o valor da componente horizontal da indução magnética terrestre local. III – Introdução: Indução magnética: O instrumento mais antigo, utilizado nas investigações dos fenômenos de origem magnética é a bússola. Consiste em uma agulha imantada que pode girar ao redor de um eixo perpendicular à sua direção. Deslocando a bússola na mesma direção em que a agulha aponta, descreveremos uma trajetória ou linha. Partindo arbitrariamente, de diversos pontos do espaço teremos diversas linhas. Essas linhas são chamadas "linhas de força". Convecionou-se orientar essas linhas como se estivessem saindo do pólo sul. Indução magnética ou densidade de fluxo magnético é a grandeza utilizada para medir a perturbação do meio ao seu redor, provocada presença de uma barra imantada. No Sistema Internacional, MKS o módulo de B se expressa em Tesla, T, ou ainda em Weber por metro quadrado, Wb/m, que é uma unidade equivalente. Indução Magnética Terrestre: Num dado lugar da superfície da Terra, uma bússola procura sempre a mesma orientação e indica sempre a mesma direção. Portanto, em cada ponto da superfície da terra existe uma indução magnética Bt. A análise da direção e intensidade da indução magnética terrestre mostra que a Terra pode ser comparada com uma grande barra imantada. Efeitos Magnéticos da Corrente Elétrica: Se substituirmos o imã permanente por um fio condutor, retilíneo, percorrido por uma corrente I, a bússola acusa a presença de uma indução magnética B. Pela análise do toque sobre a agulha da bússola, se deduz que B, é proporcional à corrente I e inversamente proporcional à distância, R do fio. A fim de poder calcular a indução magnética criada por um ponto genérico P por um circuito elétrico de forma mais complicada que o simples fio retilíneo, precisamos saber qual é a contribuição dB ao valor de B devida a um “elemento de circuito” de comprimento dl, percorrido por uma corrente I. Indução Magnética criada por uma espira circular No experimento vamos compor a indução magnética B de uma bobina circular, constituída de N espiras de fio condutor percorrida por uma corrente I, com indução magnética terrestre a 90º no espaço. Precisamos primeiramente, calcular o valor da indução magnética devido a uma única espira circular de raio R, num ponto P situado no eixo da espira, a uma distância x do centro, Fig. 7. Origem da Indução Magnética Terrestre Bt: A indução magnética terrestre é composta essencialmente da superposição de dois campos: um campo principal, ligado à própria Terra, e um campo externo, devido a Ionosfera, e muito mais fraco que o campo principal. IV – Procedimentos experimentais Lista de material: Bancada de medida constituída de uma mesa para a bússola e de um suporte deslizante para a bobina Bússola graduada em graus Bobina Medidor multi-escala usado como amperímetro Reostato Década de resistores Fonte de tensão Chave liga-desliga Chave inversora Placa de ligação Fios IV. 1 – Medidas com a Distância (x) Constante Primeiramente armamos o circuito como mostra a figura abaixo, tomando cuidado pra que o cursor do reostato esteja no ponto c. Agora para distância x menor possível, medimos para diferentes valores da corrente I o valor do ângulo (, da deflexão da bússola. Para cada medida de I, invertemos o sentido da corrente da bobina, com a chave inversora, medindo então o valor de (’ colocamos os dados encontrados na tabela a seguir: I (mA) ( ( ’ ( médio = ( + ( ’ 2 tg ( 5 14° 12° 13° 0,25 20 38° 26° 32° 0,78 40 63° 43° 53° 1,96 60 75° 51° 63° 3,73 75 82° 55° 68,5° 7,12 125 90° 62° 76° --- 150 93° 65° 79° - 19,1 170 95° 66° 80,5° - 11,4 185 96° 67° 81,5° - 9,51 200 97° 68° 82,5° - 8,14 Das medidas ( de e (’ calculamos o valor médio (, que pode ser visto na tabela acima. Utilizando os valores de ( da tabela, encontramos os valores para tg(, completando a tabela. Traçamos em papel milimetrado o gráfico tg( versus I, feito isso traçamos a reta que melhor se ajustava aos pontos conseguidos como pode ser visto em anexo. Através do gráfico determinamos a inclinação da reta, veja a seguir: Substituindo os valores, obtemos o valor da componente horizontal Bth da indução magnética terrestre: Utilizando agora o Método dos Mínimos Quadrados, determinamos novamente, a reta que melhor se ajusta aos pontos experimentais, calculamos abaixo o coeficiente de determinação da reta e a inclinação da reta de melhor ajuste: Os coeficientes encontrados são: A equação ajustada será: E o coeficiente de determinação será: r2 = 0,9942 Reparamos que esse valor está bem próximo de 1 (um), o que significa que a reta está bem ajustada. Determinamos novamente o valor de Bth a partir da inclinação da reta obtida pelo método dos mínimos quadrados: IV. 2 – Medidas com Corrente I Constante Utilizando o mesmo circuito do item anterior, colocamos valores de correntes indicadas pelo professor, que foram: I = 75mA, I = 100mA e I = 150 mA. Medimos então para diferentes valores da distância, variada de 3 em 3 cm, diferentes valores de ( e de (’, estes últimos após inverter o sentido da corrente com a chave inversora. Essas medidas foram feitas até o limite de deflexão ( de 5°. Valores nas tabelas abaixo. Medidas com I = 75 mA Distância (cm) ( (’ 36,0 5° 5° 33,0 7° 6° 30,0 9° 8° 27,0 11° 10° 24,0 12° 12° 21,0 24° 18° 18,0 35° 27° 15,0 53° 36° 12,0 70° 51° 10,5 80° 60° Medidas com I = 100 mA Distância (cm) ( (’ 39,0 5° 5° 36,0 7° 6° 33,0 9° 8° 30,0 12° 9° 27,0 16° 12° 24,0 22° 18° 21,0 32° 25° 18,0 45° 33° 15,0 63° 45° 12,0 76° 55° Medidas com I = 150 mA Distância (cm) ( (’ 45,0 5° 5° 42,0 7° 6° 39,0 9° 8° 36,0 11° 10° 33,0 13° 12° 30,0 16° 17° 27,0 23° 20° 24,0 32° 25° 21,0 46° 35° 18,0 60° 45° IV . 3 - Observação do comportamento do ângulo de deflexão com a variação angular da bobina Para uma distância x a menor possível e para a corrente I da ordem de 50 m A, observou-se o que acontece quando a bobina é girada de um pequeno ângulo, ao redor de seu eixo vertical no sentido horário e no sentido anti-horário. Sem girar a bobina, observamos que o ângulo de deflexão da bússola, para essa corrente, era de 70°. Já com um pequeno giro no sentido horário, o ângulo medido foi de 65°, e no sentido anti-horário o ângulo passou a ser de 72°. V - Conclusões
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