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USANDO A METÉFORA PARA GERENCIAR UM MUNDO TURBULENTO
Administrar organizações em um mundo turbulento, onde a tecnologia avança em uma velocidade exponencial e em ambientes altamente dinâmicos não é uma tarefa simples. Nos dias de hoje, isto requer grandes habilidades e estratégias eficientes e eficazes por parte dos gestores. Teorias que já foram consideradas como solidamente fundamentadas estão se tornando obsoletas.
Em um cenário de alta concorrência e em constantes mudanças, podemos aplicar a Teoria da Seleção Natural de Darwin, muito estudada pelos biólogos, como uma metáfora para compreender a importância que as organizações devem dar à capacidade de se manterem sempre atualizadas: “na luta pela vida, não são os mais fortes nem os mais inteligentes que sobrevivem, mas os que melhor se adaptam às condições do ambiente”.
Gareth Morgan, em seu livro “Imagens da Organização”, utiliza muito bem o poder das metáforas como forma de analisar a organização e compreender o seu funcionamento. O uso das metáforas pode trazer ao gestor capacidade para ajudar a organização a se adaptar às exigências desse mundo dinâmico e turbulento.
O autor apresenta neste livro uma série de metáforas para as diferentes visões que podemos ter das organizações. Segundo ele, é importante que o gestor desenvolva habilidade de identificar e usar diferentes abordagens à administração e organização. 
Esta habilidade, de fato, é um diferencial muito importante que o gestor levará consigo, haja vista que não existe nenhuma “receita de bolo” que possa ser aplicada a todas e quaisquer organizações, pois cada qual têm suas particularidades.
Num único ano, as principais publicações da área de negócios convidam o administrador a considerar dezenas de novas maneiras de estruturar e gerenciar suas empresas para criar:
Organizações que aprendem;
Pirâmides invertidas;
Trevos;
Plantas aranhas;
Fábricas;
Organizações da terceira onda;
Empresas virtuais;
Conglomerados;
Organizações enxutas, e estas não são todas.
Quando reconhecemos que todas as teorias organizacionais são apenas metáforas, abordamos os problemas organizacionais de novas perspectivas. As teorias tornam-se blocos de construção, não respostas fixas. Aprendemos a desenvolver nossas próprias teorias e a criar estratégias relevantes, e a evitar embarcar cegamente no último modismo em matéria de administração. Aprendemos a ver e a aproveitar a força das metáforas e a ter consciência de suas inevitáveis limitações. Podemos lançar as bases para uma abordagem mais reflexiva da prática da administração, em que as pessoas, e não as teorias, é que estão no controle. 
Implicações praticas
Iremos nos ocupar de quatro mensagens que captam algumas das principais implicações para a administração:
• Mobilizar novas maneiras de ver. Estar consciente da constante ligação entre teoria e prática.
	Em tempos de mudança, é vital estar em contato com os pressupostos e teorias que orientam nossa prática e ser capaz de estruturá-los e reestruturá- los para diferentes fins. A perspectiva tradicional da administração nos oferece uma maneira de ver que diz: "Esta é A MANEIRA de ver." Consequentemente, em geral, ficamos presos na metáfora em que se baseiam. Uma parte do problema está no fato de que as pessoas tendem a pensar que a teoria atrapalha a prática. Contudo, como salientou Kurt Lewin, "não existe nada tão prático como uma boa teoria”. Além disso, como os capítulos anteriores ilustram, a prática nunca está isenta de teoria. É vital que saibamos quais são essas teorias e quais são suas forças e limitações. Isto tem implicações para todos os níveis da administração e da criação de diretrizes.
• Desenvolver capacidades que o ajudem a evoluir com os novos desafios.
	Os administradores de todos os níveis precisam adquirir segurança em lidar com as ideias e implicações de diferentes perspectivas. Nos capítulos do organismo e do cérebro mencionamos a "lei da variedade de requisitos", que afirma que a capacidade adaptativa de qualquer sistema depende de sua capacidade de incorporar a complexidade do ambiente. Isto assume um novo significado aqui. Estando abertos às perspectivas de diferentes metáforas e aprendendo a usar a metáfora para criar novas perspectivas, enriquecemos nossas capacidades de gerar maneiras criativas de lidar com novos desafios e de forjar novos padrões de evolução.
• Lembrar que você é um "autor" e um "leitor" da vida organizacional.
	Este livro enfatizou a importância de ser capaz de ler e entender a complexidade da vida organizacional. Mas também é importante lembrar que a leitura de uma situação sempre implica um certo grau de autoria, também. Ao ler nossas organizações, é importante nos colocarmos num modo ativo. Não somos observadores passivos interpretando e respondendo aos eventos e situações que vemos. Desempenhamos um papel importante na forma dessas interpretações e, consequentemente, na maneira como os eventos evoluem.
• Imaginizarlll Não organizar, simplesmente.
	Finalmente precisamos entender que a organização é realmente um processo criativo de “imaginização”. Organizamos à medida que “imaginizamos” e sempre é possível “imaginizar” de novas maneiras. Se reconhecermos isto, abriremos caminho para inúmeras possibilidades.
	A abordagem desenvolvida aqui começa a ilustrar as possibilidades. Mas essa abordagem, assim como o restante do livro, só oferece uma pequena porção de todo o potencial. Como mostramos em “Imaginização”: Novas maneiras de ver, organizar e gerenciar, o volume que acompanha Imagens da organização, podemos usar o estilo delineado aqui para repensar quase todos os aspectos da administração que nos permitem agir de várias outras formas.
	O conceito de organização é produto da era mecânica. Agora que estamos vivendo numa era eletrônica, novos princípios organizacionais são necessários. As diversas maneiras de usar a metáfora para teorizar, organizar e gerenciar nossas empresas ajudam-nos a fazer a transição e a aceitar os desafios desta nova realidade.
Conclusão:
Como podemos ver, o uso de metáforas para compreender o funcionamento da organização e propor melhorias é muito interessante e, se usado corretamente, pode contribuir para o seu progresso. Utilizando as metáforas como forma de compreender a organização, a análise se torna mais fácil e simples de entender. Com isso, o uso das metáforas traz melhores resultados se comparado às teorias da administração que limitam-se apenas a conceituar atividades, métodos, processos, dentre outros. As metáforas devem ser usadas em conjunto, pois uma complementa ou exclui alguns aspectos das outras.
Apesar de muito vantajosas, as metáforas também têm fortes limitações que devem ser levadas em consideração. O gestor que conseguir fazer uso deste recurso com discernimento com certeza contribuirá para o sucesso da organização em que atua e, não apenas isso, para o seu próprio sucesso como profissional e líder.
REFERÊNCIAS:
Morgan, Gareth, 1943 -Imagens da organização: edição executiva/Gareth Morgan; tradução
Geni G. Goldschmidt. - 2. ed. - 4a reimpressão - São Paulo: Atlas, 2002. Pag. 366 – 370

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