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LINGUAGEM: desenvolvimento, aspectos e afasias

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INSTITUTO LUTERANO DE ENSINO SUPERIOR DE PORTO VELHO ILES/ULBRA
AMANDA CAROLINE SOARES RODRIGUES 
ANDRÉ SANTIAGO DINIZ
DANIELE MONTEIRO
FERNANDA CRISTINE FERREIRA DE SANTANA
FERNANDA KARINA UCHÔA DA SILVA
MARIANA PASSOS FEITOSA 
NANI VIERA SAMPAIO
RAISSA RODRIGUES DE MEDEIROS
ROBERTA WEBER SERRA AMARAL
TAUANE MATIELY DE OLIVEIRA SANTOS
LINGUAGEM
Porto Velho - RO
2016
AMANDA CAROLINE SOARES RODRIGUES 
ANDRÉ SANTIAGO DINIZ
DANIELE MONTEIRO
FERNANDA CRISTINE FERREIRA DE SANTANA
FERNANDA KARINA UCHÔA DA SILVA
MARIANA PASSOS FEITOSA
NANI VIERA SAMPAIO
RAISSA RODRIGUES DE MEDEIROS
ROBERTA WEBER SERRA AMARAL
TAUANE MATIELY DE OLIVEIRA SANTOS
LINGUAGEM
Trabalho da disciplina de bases biológicas do comportamento humano, ministrada pelo professor Ivan Guarache. 
 
Porto Velho-RO
2016
SUMÁRIO
.
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho aborda sobre a linguagem, sendo que a linguagem é um intermédio entre os pensamentos e o mundo externo. Ela é constituída de um sistema de sinais e símbolos através dos quais são transmitidos estímulos recebidos pelo indivíduo, eventos internos, eventos dos quais o indivíduo participou. 
As áreas motoras da linguagem se encontram tanto no hemisfério cerebral direito quanto no esquerdo, e embora a observação grosseira faça parecer que um hemisfério é similar ao outro, porém, o hemisfério esquerdo é dominante na fala e escrita e o direito em processos mnemônicos não verbais. 
Paul Broca foi que teve as primeiras evidencias disso. Ele fez estudos em pacientes e associou um determinado distúrbio de linguagem a lesão do lobo frontal ao hemisfério esquerdo. Com a progressão destes estudos e confirmação dessas informações, o quadrante posterolateral do lobo frontal esquerdo foi chamado de giro de Broca. Outra área de grande importância é a área de Wernicke, em homenagem a Carl Wernicke, tal área é responsável pela fala. 
T. Wada e alguns colaboradores analisando cérebros post-mortem e de recém-nascidos observaram a simetria dos lobos temporais de cada hemisfério, e sugeriram que os centros de fala são determinados geneticamente e que já estão formados e prontos para uso no nascimento. No entanto o hemisfério direito também apresenta habilidades linguísticas que são apenas mascaradas pelo hemisfério esquerdo, essas habilidades podem vir a se desenvolver mais tarde.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 Aspectos Evolutivos
Dentre as características que diferem o cérebro do ser humano do de outros primatas, está à existência dos chamados centros de linguagem, que se localizam nos lobos frontal e temporal e são conhecidos, respectivamente, como área de Broca e área de Wernicke. Tudo indica que os aspectos relacionados à linguagem no cérebro humano se desenvolveram recentemente ou passaram por profundas mudanças adaptativas. Existe a possibilidade de, durante a evolução dos hominídeos, o córtex humano ter passado a controlar um sistema primitivo de linguagem presente em seus ancestrais, fazendo com que a comunicação deixasse de produzir sons inatos em uma rede neural pouco desenvolvida e passasse a emitir sons sequenciais que se tornaram elementos de uma linguagem com conteúdo simbólico.
De forma distinta dos seres humanos, os processos de comunicação dos animais são resultado de eventos cerebrais ocorridos em tempo real, não podendo ser evocados por mecanismos de memória simbólica. Por esta razão, a detenção da fala foi exclusiva do ser humano, assim como a habilidade de associação de diferentes tipos de estímulo e a capacidade de processá-los simultaneamente. Outro motivo para esta exclusividade é o conjunto de peculiaridades do aparelho vocal humano. Após a consolidação da posição bípede, a cavidade bucal, língua, dentes e pregas vocais passaram a ter uma morfologia peculiar no ser humano, permitindo o controle total do fluxo de ar sobre as pregas vocais.
O desenvolvimento da linguagem humana deve-se também ao desenvolvimento particular das estruturas cerebrais relacionadas à linguagem. As regiões corticais de associação ligam áreas auditivas, motoras e cognitivas do cérebro através de circuitos reverberativos. Presume-se que, durante o processo de evolução, essa configuração especial originou um sistema capaz de reconhecer sons e que isto, de alguma forma articulado com as áreas motoras, resultou na formação dos fonemas, que são a base da linguagem. Nas comunidades primitivas o ser humano foi capaz de associar fonemas a nomes de objetos. A categorização e ordenação dos fonemas permitiu a comunicação por meio de frases primitivas e gestos. Com base nisso, supõe-se que o ser humano primitivo desenvolveu habilidades linguísticas sutis, porém muito importantes para a sobrevivência e que exerceram pressões de grande importância para a sua evolução. Acredita-se que, durante a evolução dos hominídeos, o córtex passou a controlar um sistema de linguagem estereotipada de base emocional, fazendo com que sons inatos e invariáveis começassem a dar lugar a uma produção flexível de sons com sequências variáveis. Por isso, acredita-se que essas modificações favoreceram de forma muito importante a transformação do ser humano primitivo no que somos hoje e é provável que a articulação de fonemas e o uso de sintaxe sejam relativamente recentes ou tenham ocorrido após modificações substanciais na organização dos circuitos neurais subjacentes à produção de linguagem. Obviamente, para chegarem a condição atual, a semântica e a sintaxe contaram com uma expressiva interação social e interação com o meio.
2.2 Representação Central
Outras três pesquisas, além dos estudos de Sperry, foram importantes para a caracterização dos centros da linguagem no cérebro “os testes dicóticos de audição, o estudo dos efeitos de injeções intracarotídeas de amital sódico e as técnicas de imagem cerebral”. (BRANDÃO, 2002, p. 215).
Nos testes dicóticos eram utilizados fones nos dois ouvidos, esquerdo e direito, no qual estímulos diferentes eram aplicados, um exemplo eram números sucessivos em pares, onde era-se constatado os números que eles conseguissem lembrar. “Observou-se que o maior número de acertos ocorria em relação aos estímulos apresentados ao ouvido direito...” (BRANDÃO, 2002, p. 216), isso se dá porque o estímulo captado por ambos ouvidos cruzam-se no nível do tronco cerebral, projetando-se no lobo temporal, nesse caso verificou-se que o desempenho do ouvido direito se deve ao processamento que ocorre no hemisfério esquerdo, afirmando mais uma vez que o hemisfério esquerdo é dominante no controle da fala.
Outro estudo foi a injeção de amital sódico que, 
É um depressor do sistema nervoso central, do grupo dos barbitúricos. Neste teste, o amital sódico é injetado na artéria carótida direita. Este teste foi inicialmente desenvolvido para determinar, antes de procedimentos neurocirúrgicos, qual hemisfério cerebral é dominante da fala, uma vez que a ação da droga podia se localizar, dependendo do lado injetado, em único hemisfério. (BRANDÃO, 2002, p. 216).
Esses testes confirmaram estudos anteriores que consideravam o hemisfério esquerdo como dominante da fala. O último teste caracteriza-se na diferenciação das formações cerebrais, com a técnica da imagem cerebral por ressonância magnética “o uso dessas técnicas tem permitido estudar a atividade cerebral de indivíduos normais no momento em que estão desenvolvendo atividades linguísticas”. (BRANDÃO, 2002, 2016).
2.3 Lateralização Funcional dos Hemisférios Cerebrais 
Segundo Oliveira (2003, p. 01) os hemisférios do cérebro, direito e esquerdo, têm suas responsabilidades sobre as funções motoras e sensoriais que ocorrem na metade oposta do corpo e do espaço.
Na maioria dos indíviduos, o hemisfério esquerdo é especializado na linguagem, análise lógica e dedução, programação de movimentos manuais refinados, raciocínio simbólico e abstrato e, possivelmente, na avaliação das característicastemporais dos estímulos. O hemisfério direito, por outro lado, é dominante na visualização espacial, na memória para reconhecimento facial e outros estímulos complexos de difícil tradução verbal e, possivelmente, na avaliação da organização e características espaciais dos estímulos. (BRANDÃO, 2002, p. 216).
 
O hemisfério direito é mais desenvolvido do que o esquerdo na memória para modelos espaciais não-verbalizados, segundo Brandão (2002, p.216), e o hemisfério esquerdo é mais desenvolvido do que o direito na memória para modelos temporais.
2.3.1 Broca e a dominância do hemisfério esquerdo para a linguagem
De acordo com Oliveira (2003, p. 02) Paul Broca, cirurgião parisiense, apresentou argumentos que comprovaram que a perda da capacidade da linguagem estruturada estava articulada a uma lesão situada no hemisfério esquerdo (área de Broca), demonstrando que há uma ligação entre a linguagem falada, uma função cerebral e o hemisfério esquerdo. Posteriormente, em 1876, Karl Wernicke constatou que o ferimento de uma parte diferente do cérebro, no hemisfério esquerdo, ocasionava problemas na linguagem. Essa área, hoje denominada por área de Wernicke, se localiza na parte posterior do lobo temporal e encontra-se ligada à área de Broca através de um conjunto de fibras nervosas.
Estas descobertas tiveram obviamente um grande impacto na ciência da época e, a partir daí, muitas foram as sugestões de que, tal como a linguagem era própria do pensamento humano, a assimetria funcional se tornava própria do cérebro humano e, por isso mesmo, o hemisfério esquerdo, detentor de uma capacidade que o direito não tinha, se tornava o hemisfério dominante. (ANTUNES, 2003, p.03).
Paul Broca sugeria que poderia haver uma conecção entre estas descobertas e o fato de alguém ser canhoto ou destro, “sugestão que, apesar de simplista e bastante afastada daquilo que hoje se sabe sobre esta realidade, levou ao aparecimento de preconceitos e atitudes de discriminação dos canhotos que perduram ainda no conhecimento popular”. (ANTUNES, 2003, p.03-04). 
2.4 Plasticidade Cerebral
A plasticidade cerebral corresponde a modificações ocorridas no Sistema Nervoso Central dos seres vivos, com o intuito de moldá-los às novas exigências dadas pelo meio, tanto a nível funcional por meio do aumento da eficácia da transmissão sináptica quanto a nível estrutural a partir do crescimento neuronal.
Também é possível encontrar a plasticidade cerebral, ou seja, a adaptação de um hemisfério a funções do outro, quando se trata de habilidades linguísticas do indivíduo.
Demonstrações de plasticidade podem ser notados na análise de lesões ou ablações dos hemisférios cerebrais. A partir da retirada do hemisfério direito podem ocorrer hemiplegia grave (paralisia do lado direito do corpo), mas a sua capacidade linguística é mantida.
Alguns problemas mais graves podem surgir com a remoção do hemisfério esquerdo, não ocorre somente a hemiplegia, mas a capacidade linguística verbal do indivíduo pode ser perdida. 
No entanto, uma transferência das habilidades linguísticas ocorre através de troca das funções verbais para o hemisfério direito. E, segundo Brandão (2002), “esta recuperação é mais importante quanto mais jovem for paciente, é função direta da plasticidade que ainda é possível ocorrer no cérebro do indivíduo”.
Outro exemplo ilustrado no texto em relação a plasticidade é encontrado em indivíduos com agenesia (ausência congênita) do corpo caloso. Estes indivíduos respondem bem aos testes de integração inter-hemisférica cruzada, da mesma forma que pessoas normais.
Contudo, estudos indicam que a compensação da função linguística tende a diminuir a representação de outras funções.
2.5 Vias Neurais
Segundo N. Geschwind com base nos achados de C. Wernicke fez um dos melhores modelos das vias neurais usadas pelo cérebro e todo o processo de representação e integração das informações sensoriais, que são auditivas e visuais, e as respostas motoras que acontecem na linguagem. De acordo com o modelo os circuitos neurais da linguagem destacam-se o giro angular, que faz o elo entre as formas visuais e auditivas de informações.
Brandão (2002, p.219) diz que:
O modelo pressupõe que nomear um objeto envolve inicialmente a transferência da informação visual de retina para o núcleo geniculado lateral, e daí para o córtex visual primário (área 17 de Brodmann). A informação trafega para o córtex visual secundário (área 18 de Brodmann), e então para uma região específica do córtex de associação parietotemporoccipital (o giro angular, área 39 de Brodmann), onde ocorre a associação de várias modalidades sensoriais.
Depois de toda a ação sensorial atingida até a percepção, as imagens que estão armazenadas, se propagam da forma que é entendida associando-se em que foi vista. E quando a informação é formada, ela é levada através do fascículo arqueado para a área de Broca onde sua percepção é transcrita em uma base gramatical de uma frase ou noção e onde a memória para a articulação de palavras está guardada. “Para que esta informação se traduza em expressão motora, na sequência são ativadas as áreas do córtex motor associadas aos músculos faciais que controlam a articulação das palavras, que estão situadas ao lado da área de Broca”. (BRANDÃO, 2002, p. 220).
Segundo o modelo Wernicke-Geschwind podem-se predizer as consequências ocasionadas pelas lesões no córtex cerebral. Uma palavra ouvida pode não ser processada claramente e, então, não pode ser entendida.
2.5.1 Características da linguagem 
De acordo com Brandão (2002, p.221), a linguagem representa um dispositivo da atividade intelectiva e é um sustentáculo para o pensamento contundente. Ela serve para verificar as informações recebidas e, após, para tomar decisões e tirar conclusões. Também tem como função regular o comportamento e a trajetória dos processos mentais.
A forma da linguagem depende dos circuitos neuronais responsáveis pela organização do comportamento motor. Seu conteúdo depende de processos neurais mais complexos associados à representação de imagens, ideias e conceitos localizados no córtex de associação parietotemporoccipital. O uso depende de mecanismos neurais ainda mais complexos associados à identidade individual e à percepção do contexto social pelo indivíduo. (BRANDÃO, 2002, p.221).
 
Para Brandão (2002, p.221-222) a linguagem chama processos neurais do córtex de associação pré-frontal e o córtex de associação parietotemporoccipital, pois o córtex pré-frontal está envolvido na organização da ação e o córtex parietotemporoccipital agrega várias modalidades sensoriais. 
Existem doenças mentais e neurológicas, segundo Brandão (2002, p.222), que podem afetar de forma seletiva em uma estabelecida característica da linguagem, podendo essas doenças estarem interligadas com as lesões no córtex frontal, resultando na afasia de Broca, ou estarem interligadas por doenças do cerebelo, resultando em disartria. “O conteúdo está perturbado na afasia de Wernicke, na afasia de condução e na esquizofrenia. O uso está particularmente afetado na gaguez, nas aprosódias e nas desordens do afeto e do pensamento”. (BRANDÃO, 2002, p.222).
2.6 Distúrbios da Linguagem
Existem vários distúrbios da linguagem, e dois desses distúrbios são: as afasias e a gaguez.
As afasias são distúrbios da linguagem que, segundo Brandão (2002, p.222) são resultantes de danos cerebrais especialmente de áreas exclusivas do córtex cerebral. Elas são caracterizadas por danos na compreensão da linguagem, e/ou na compreensão da linguagem, podendo suceder transtornos na atividade cognitiva e intelectual. 
Há vários tipos de afasias, e as principais são: afasia de broca, afasia de Wernicke, afasia de condução, afasia anômica, afasia global e as afasias transcorticais. 
A afasia de Broca é consequência de um prejuízo na porção da área de Broca. “O distúrbio localiza-se na produção da linguagem. Em função disto, é também chamada afasia motora. O déficit na linguagem varia do uso de estruturasgramaticais bastante simples até o complexo mutismo”. (BRANDÃO, 2002, p.222). 
A afasia de Wernicke é caracterizada por uma dificuldade na compreensão da linguagem em consequência de lesões das partes superiores e posteriores do lobo temporal esquerdo, igualmente renomada como afasia sensorial. A compreensão é prejudicada, todavia a conversação verbal é regular na melodia e no ritmo. 
A afasia de condução tem semelhanças com a afasia de Wernicke, visto que quem possui essa afasia tem a escrita, a leitura em voz alta e a nomeação dos objetos prejudicadas. Porém a compreensão ainda pode ser preservada, ao contrário da afasia de Wernicke.
A afasia anômica se caracteriza pela complicação de encontrar palavras para descrever os pensamentos. Essa afasia geralmente está relacionada à lesão do giro supramarginal do lobo parietal.
A afasia global é o transtorno mais severo que possui, pois como o próprio nome sugere, engloba a compreensão, a leitura, a capacidade de falar, a escrita ou a nomeação de objetos. Está envolvida com lesões na região do sulco de Syvius,afetando as áreas de Broca, de Wernicke e o fascículo arqueado. Contudo, esse distúrbio não só está ligado a linguagem, podendo também ocasionar hemiplegia direita, déficits da visão e sensoriais. 
As afasias transcorticais definem-se pela repetição de palavras ou frases faladas. Elas são resultantes de lesões que estão perto das regiões primeiramente relacionadas com a linguagem.
Outro distúrbio da linguagem é a gaguez, sendo que gaguez é, segundo Brandão (2002, p. 224): 
Um distúrbio da fala caracterizado por repetições ou prolongamentos frequentes de sons ou sílabas, prejudicando marcadamente a fluência do discurso. Hesitações e pausas incomuns interrompem o fluxo rítmico da fala. [...]. Independente de suas causas, está claro para todos os estudiosos deste distúrbio que o estresse ambiental favorece o seu aparecimento, sobretudo se o indivíduo faz parte de uma família desestruturada. Não surpreende, portanto, que a dificuldade de se expressar nestes indivíduos é tanto maior quanto mais estressante é a condição em que se encontram.
As pessoas que possuem gaguez podem apresentar uma grande ansiedade adiantada com relação a algumas palavras ou situações específicas.
CONCLUSÃO
Este trabalho abordou sobre a linguagem, mostrando que ela desenvolveu-se conforme a evolução do homem, que através das contribuições de Paul Broca, Brodmann e outros houve a desmistificação de que a representação da linguagem falada e escrita é dividida igualmente entre os hemisférios cerebrais; mas sim predominante na porção cerebral esquerda, independentemente de o indivíduo ser destro ou canhoto. 
Foi extremamente relevante saber que o cérebro humano pode se adaptar sem a sua porção esquerda, sendo capaz de desenvolver uma espécie de linguagem com a porção direita através da plasticidade cerebral. Além disso, pode ocorrer a lateralização dos hemisférios, na qual se desenvolve mais aquele hemisfério que for mais estimulado, no caso da linguagem verbalizada e escrita, o lado esquerdo é dominante ao contrário do direito que é responsável pela representação espacial, pictórica e das emoções.
Por fim, o conteúdo abordado nos trouxe conhecimentos essenciais para nos aperfeiçoamos sobre algo que está presente em nossas vidas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRANDÃO, Marcos Lira. Psicofisiologia: as bases fisiológicas do comportamento. 2.ed. São Paulo: Atheneu, 2002.
OLIVEIRA, Celso. Lateralidade e dominância cerebral: abordagem histórica. Disponível em: <www.edumed.org.br/cursos/neurociencia/cdrom/.../lateralidade-cerebral.doc> . Acesso em: 20 de Junho de 2016.

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