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Bi ol og ia 22 7 Aula 01Aula 01 1. Características Gerais dos Vegetais (Reino Methaphyta): - Eucariontes - Pluricelulares - Autotróficos por fotossíntese. OBS: O reino Plantae ou Metaphita abrange todos os or- ganismos qualificados como plantas. Nas classificações mais modernas, que utilizam metodologia cladística, considera-se como pertencente ao reino Plantae todos os organismo que apresentam, no ciclo de vida, embri- ões multicelulares maciços que se desenvolvem à custa do organismo materno. Possuir embrião maciço, isto é, que não desenvolve cavidades internas como o dos ani- mais, é a apomorfia típica das plantas, que nenhum ou- tro grupo apresenta. Por isso, alguns autores propõem que seja usado o termo Embryophytas para denominar o filo das plantas, o que, segundo eles, evitaria mal-en- tendidos, uma vez que o termo planta já foi empregado para designar também algas e fungos. (AMABIS & MAR- THO, 2004). Ainda, segundo os autores, além de compartilhar a apomorfia que define o grupo, todas as plantas são organis- mos eucarióticos, multicelulares e autotróficos, produzindo por meio da fotossíntese as substâncias orgânicas que lhes servem de alimento. Suas células apresentam parede celu- lósica, ainda que sobre elas possam ocorrer outros reforços de natureza química diversas como lignina, suberina, pec- tina. No citoplasma evidencia-se vacúolo e plastídeos, bem como o amido como carboidrato de reserva.Pela caracteri- zação citada, percebe-se que as algas, mesmo as plurice- lulares, não se enquadram no reino Plantae, uma vez que liberam seu zigoto no ambiente e o novo ser se desenvolve independentemente do organismo genitor. Pesquisas re- centes, em que se comparam sequências de DNA para es- tabelecer parentesco evolutivo entre as espécies, dão res- paldo às classificações que separam algas de plantas. Essas pesquisas sugerem que o único grupo de alga mais aparen- tado com as plantas é o das clorofíceas. 2. Importância e evolução: As plantas desempenham um papel fundamental no mundo vivo, pois constituem a fonte de alimento de muitos animais aquáticos e de quase todos os terrestres. Além disso, delas se extrai a madeira, celulose e ainda são usadas na fabri- cação de papel, de remédios. Supõem-se que há 500 milhões de anos, um grupo de algas verdes iniciou a colonização do ambiente terrestre, pois, até então, a vida estava restrita ao ambiente aquático. Dessa forma, surgiram as primeiras plantas terrestres. 3. Adaptações (principais) ao meio terrestre: → Desenvolvimento de um sistema radicular (rizóides e raízes). → Desenvolvimento de sistemas especializados em condu- ção de água e sais absorvidos pelas raízes.. → Desenvolvimento de um tipo de reprodução sexuada em que não houvesse necessidade de água para que ocorres- se a fecundação. → Desenvolvimento de revestimentos impermeáveis (Cutí- cula) que diminuem a perda de água por evaporação. 4. Conceitos fundamentais em Botânica: - Talófitas: Organismo cujo corpo é um talo, estrutura não diferenciada em raiz, caule e folha. - Cormófitas: Apresentam o organismo diferenciado (raiz, caule e folha). - Embriófitas: Plantas que formam embrião (organismo pluricelular, não completamente desenvolvido, que depende do organismo materno nutricionalmente) du- rante seus ciclos de vida. - Fanerógamas: Plantas que possuem sistema reprodu- tor visivel. - Sifonógamas: vegetais que desenvolvem o tubo políni- co, como as gimnospermas e angiospermas. - Espermatófitas: Plantas que possuem sementes. - Criptógamas: Plantas que não possuem sistema repro- dutor visivel. - Assifonógamas: vegetais que não desenvolvem o tubo polínico. - Avasculares ‒ plantas que não possuem vasos condu- tores de seiva. - Vasculares ou Traqueófitas ‒ Plantas que possuem va- sos condutores de seiva. 5. Vantagens evolutivas: - Da fecundação interna: Proteção por parte do organis- mo materno e corpo diferenciado. - Dos vasos: Maior porte e formação de órgãos verdadeiros. - Da semente: dispersão, proteção contra fatores exter- nos e nutrição do embrião. - Do sistema reprodutor visível: Facilita a reprodução á distância (variabilidade genética). algasalgas FlorFlor FrutoFruto vasosvasos briófi tasbriófi tas Pteridófi tasPteridófi tas GimnospermasGimnospermas SementeSemente SementeSemente AngiospermasAngiospermas Fecundação internaFecundação interna EmbriãoEmbrião Corpo diferenciadoCorpo diferenciado Sistema reprodutor visivelSistema reprodutor visivel Aula 02Aula 02 01. Os organismos I, II, III, IV e V apresentam características des- critas na tabela a seguir: características I II III IV V vascular + - + - + Raíz, caule e folha ou estruturas semelhantes + - + + + Clorofila + + + + + Semente - - + - - Fruto - - + - - A ordem crescente de evolução desses organismos é a) II, IV, I, III e V. d) IV, II, I, V e III. b) IV, I, V, II e III. e) II, IV, I, V e III. c) II, IV, V, I e III. BotânicaBotânica Bi ol og ia 22 8 CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS 02. (UNIFESP) Em um sítio arqueológico foram encontrados três fósseis, cada um contendo diferentes órgãos vegetais: 1 - caule; 2 - fl or; 3 - semente. Não se sabe se são prove- nientes de uma única planta ou de três plantas diferentes. Sobre tais fósseis, foram levantadas as seguintes hipóteses: I. Os três fósseis pertencem a plantas com sistema vascu- lar (condução de água e nutrientes) organizado. II. Os fósseis 1 e 3, se pertencerem a uma mesma planta, são ou de uma gimnosperma ou de uma angiosperma. III. Os fósseis 2 e 3, se pertencerem a uma mesma planta, são ou de uma gimnosperma ou de uma angiosperma. IV. Os fósseis 1 e 2, se pertencerem a uma mesma planta, são exclusivamente de uma angiosperma. Estão corretas: a) I, II e III. b) I, III e IV. c) I, II e IV. d) II, III e IV. e) todas as hipóteses. 03. (CESGRANRIO) O esquema mostra a evolução das plantas a partir de uma alga ancestral. Os números 1, 2, 3 e 4 repre- sentam características ou aquisições evolutivas dos grupos vegetais a seguir. Após analisar o esquema, assinale a afirmativa INCORRETA. a) 1 apresenta o gametófito como fase predominante em seu ciclo de vida. b) 2 indica um ancestral que apresenta como aquisição va- sos condutores de seiva. c) Somente a partir de 4 surgem as fanerógamas, que in- dependem da água para a fecundação. d) Para o grupo que se origina a partir de 4, ocorre uma grande diversificação dos processos de polinização e dispersão das sementes. 04. (UFMA) O musgo, o pinheiro-do-paraná, o Sargassum, a sa- mambaia e o bacurizeiro pertencem, respectivamente, aos seguintes grupos vegetais: a) Briófita - Pteridófita - Alga - Angiosperma - Gimnosper- ma b) Briófita - Gimnosperma - Alga - Pteridófita - Angiosper- ma c) Gimnosperma - Briófita - Alga - Pteridófita - Angiosper- ma d) Briófita - Angiosperma - Alga - Pteridófita - Gimnosper- ma e) Angiosperma - Pteridófita - Briófita - Alga - Gimnosper- ma 05. Vegetal terrestre, sem tecidos vasculares, que exibe me- tagênese com formação de esporos na fase assexuada de seu ciclo biológico, é classifi cado como: a) talófito. d) Gimnospermas. b) Briófito. e) Angiospermas. c) Pteridófito. Aula 03Aula 03 Reprodução Vegetal Metagênese. A alternância de gerações sexuadas e as- sexuadas durante o ciclo de vida de certos organismos, como diversas algas, briófi tas, pteridófi tas, gimnospermas e angios- permas. Nota 1: A metagênese também ocorre em membros do FILO Cnidaria, no REINO Animalia. Nota 2: No ciclo alternante de plantas, a geração sexuada (ga- metófi to) é haplóide e a geração assexuada (esporófi to) é diplóide ‒ ciclo haplôntico-diplôntico. Enquanto isso, nos celenterados (cnidários) as duas geraçõessão diplóides ‒ ciclo diplôntico. Nota 3: Todo ser vivo que se reproduza por fecundação de- verá sofrer meiose em alguma fase do seu desenvolvimen- to, uma vez que a meiose, além de outras funções, serve para contrabalançar a alteração cromossômica produzida pela fecundação, mantendo constante o número de cro- mossomos da espécie ao longo das gerações. Ciclo haplodiplôntico ou haplodiplobiôntico: Nesse ciclo ocorrem dois tipos de talos: um haplóide e outro diplóide. O haplóide que produz gametas, é o gametó- fi to; o diplóide, que produz esporos, é o esporófi to. No game- tófi to, por fecundação das oosferas, formam-se zigotos diplói- des, os quais por mitose, originam os esporófi tos. Esses talos diplóides produzem então esporos haplóides, por intermédio de meioses, no interior dos esporângios. Cada esporo, ao ger- minar, volta a formar um gametófi to haplóide. Nesse ciclo a meiose é espórica. A importância da alter- nância de gerações é evidente, pois, através dos milhares de esporos é garantida uma grande população de novas algas, a reprodução sexuada determina a boa variabilidade genética da espécie. Zigoto Gametas Esquema 3 TALO (n) TALO (2n) TALO (n) Gametas esporos 4 3 5 1 2 Aula 04Aula 04 01. (FUVEST) O esquema abaixo representa o ciclo de vida da alga Ulva. Indique a etapa do ciclo em que ocorre a meiose: a) I d) IV b) II e) V c) III Bi ol og ia 22 9 CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Aula 05Aula 05 Briófi tas 1. Classificações (características): - Apresentam fecundação interna. - embriófitas. - cormófitas. - avasculares. - criptógamas. - não espermatófitas. - assifonógamas. - hidrodependentes. - gametófito como fase dominante. 2. Hábitat predominante: - Podem ser encontradas em ambientes terrestres úmidos e sombreados (ex: mata atlântica) e ambientes de água doce. 3. Representantes: - Antóceros, hepáticas e musgos. Obs: Utilizaremos o termo Briófi tas em referências aos três fi - los de plantas avasculares: Hepatophyta (hepáticas), Anto- cerophyta (antóceros) e Bryophyta (musgos). Em briófi tas, os gametófi tos são sempre independentes nutricional- mente dos esporófi tos, enquanto os esporófi tos são per- manentemente ligados aos gametófi tos e variam na sua dependência. Em outras palavras, o gametófi to é a gera- ção dominante nas três divisões de briófi tas. Gametófitos de musgos crescem perpendicularmente ao solo. Apresentam um eixo principal, conhecido como caulóide, no qual há lâminas que lembram as folhas e são por isso denomi- nadas filóides. A organização interna dos filóides é relativamente simples, com tecidos pouco diferenciados e ausências de vasos condutores. Fixam-se ao solo por meio de estruturas filamento- sas que lembram raízes e são, por isso, denominadas rizóides, que também auxiliam na absorção de substâncias inorgânicas, posteriormente distribuídas, por difusão, célula á célula por todo vegetal. Os esporófitos dos musgos são filamentos, com uma cápsula na sua extremidade, que crescem sobre o gametófito. Apesar de serem consideradas plantas avasculares, certas espécies de musgos apresentam, na porção central do caulói- de, tecidos especializados na condução de água e nutrientes pelo corpo da planta. Esses tecidos são adroma e leptoma. O hadroma localiza-se na região mais externa do musgo, sendo constituído por hidróides, células alongadas, com paredes transversais finas e altamente permeáveis, dispostas em fileira ao longo do caulóide. Ao se tornarem maduros, os hidróides mor- rem e tornam-se ocos, permitindo o deslocamento de água e de nutrientes minerais em seu interior. Nisso eles se assemelham aos vasos lenhosos das plantas vasculares, que também são células mortas, especializadas na condução da seiva bruta ( água e sais). O leptoma situa-se ao redor do hadroma, sendo constituído por leptóides. Essas são células alongadas que, na maturidade, perdem o núcleo, mantendo o citoplasma. Os leptóides também se dispõem em fileiras ao longo do caulóide, mantendo-se uni- dos por plasmodesmos. Os leptóides formam um cilindro contí- nuo ao redor do feixe de hidróides e são especializados no trans- porte de substâncias orgânicas pelo corpo do vegetal. Tanto em estrutura quanto em função os leptóides são semelhantes aos vasos condutores de seiva elaborada das plantas vasculares. Como não apresentam flores, as briófitas não formam tubo polínico (assifonógamas), portanto dependem da água para a reprodução, uma vez que os anterozóides (gametas mas- culinos) dependem de um meio líquido para chegar até a oos- fera. Assim, numa analogia com o mundo animal, as briófitas são consideradas os “anfíbios do mundo vegetal”, já que vivem em ambientes úmidos e dependem da água para a reprodução. 02. (Henac Almeida) O esquema abaixo representa o ciclo de vida de um ser haplodiplobionte. Etapa 2Etapa 2 AA BB Etapa 1Etapa 1 Etapa 3Etapa 3 Etapa 4Etapa 4 = Célula X= Célula X Célula Z =Célula Z = = Célula S= Célula S = Indivíduo C= Indivíduo CIndivíduo A =Indivíduo A = Admitindo-se que o número de diplóide de cromossomos do ser cujo ciclo está representado anteriormente seja 14 (2n = 14), marque com V as proposições verdadeiras e com F as proposições falsas: 1. ( ) Os indivíduos A e B, são os esporófi tos e formam gametas com 14 cromossomos. 2. ( ) O indivíduo C é o gametófi to que produz gametas (células S). 3. ( ) A célula X representa o zigoto diplóide que origina- rá o individuo C por mitose. 4. ( ) O ciclo representado acima é observado em todas as plantas terrestres. 5. ( ) A meiose ocorre durante a etapa 1. a) F F V V F d) V V F F V b) V V V V V e) F V F V F c) F F F F F 03. (UNI-RIO) Sobre a reprodução dos animais e o ciclo haplo- diplobionte dos vegetais, podemos afi rmar que: a) A meiose produz gametas tanto em animais como em vegetais b) A mitose produz gametas tanto em animais como em vegetais c) Nos vegetais, os gametas são produzidos por mitose e, nos animais por meiose d) Nos vegetais, os esporos são produzidos por mitose e, nos animais, os gametas são produzidos por meiose e) Nos vegetais, os esporos são geneticamente idênticos, o que não acontece com os gametas dos animais Bi ol og ia 23 0 CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS 4. Reprodução das briófitas: RESUMO: As briófitas se reproduzem alternando gerações. Os gametófitos (n), que são as plantas duradouras, podem ser mascu- linos e femininos, como no ciclo de Polytrichum, musgo dióico, representado na ilustração (1.1) e seqüenciado abaixo: 1. os gametófitos femininos (n) formam, em seu ápice, os arquegônios (n) (gametângios); dentro de cada arquegônio for- ma-se, por mitose, uma oosfera (gameta - n); 2. nos gametófitos masculinos (n) desenvolvem-se os anterídios (n); dentro dos anterídeos formam-se, por diferenciação, os anterozóides (gametas - n) flagelados; 3. os anterozóides nadam até o arquegônio onde fecundam a oosfera, formando o zigoto (2n), que origina o esporófito; 4. o esporófito se alonga, desenvolvendo em sua extremidade uma cápsula (2n), dentro da qual se formam, por meiose, os esporos (n); 5. os esporos, liberados da cápsula e carregados pelo vento, ao cair sobre solo úmido, germinam formando o protonema (n); 6. sobre o protonema crescem novos gametófitos (n). Bi ol og ia 23 1 CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS As pteridófitas são criptógamas, pois não apresentam flores nem sementes e assifonógamas por não formarem tubo políni- co, portanto dependem da água para a reprodução, motivo pelo qual seus gametas são flagelados, característica que permite aos mesmos o deslocamento em meio líquido. Até certo ponto, essa hidrodependência condiciona as pteridófitas a ambientes úmidos.As características citadas são comuns também às briófitas, porém, as pteridófitas já conseguem se desenvolver em ambien- tes quentes, até mesmo desértico, pois já apresentam um siste- ma radicular, eficiente na absorção, um sistema de revestimento (ceras e cutinas) que evitam a excessiva transpiração e principal- mente um sistema condutor, que possibilita uma rápida repo- sição da água, perdida nas folhas, através da transpiração, além de terem sido também as primeiras plantas a apresentarem um sistema de sustentação, permitindo que se mantivessem eretas, buscando melhores condições de luminosidade. O surgimento de tecidos condutores e tecidos de sustenta- ção nas pteridófitas (características observada pela primeira vez na escala evolutiva), além de contribuírem para uma melhor adap- tação ao ambiente terrestre, permitiu também o surgimento de vegetais de grande porte, como por exemplo o samambaiaçu, de onde se retiram raízes adventícias utilizadas na formação do xaxim. A fase mais desenvolvida e predominante do ciclo de vida das plantas vasculares é representada pelo esporófito di- plóide. O gametófito das pteridófitas é pouco desenvolvido, nutrindo o esporófito apenas nas fases iniciais do desenvolvi- mento deste. Esporófitos de pteridófitas costumam apresen- tar três partes: raiz, caule e folhas • Raiz. As raízes são adventícias, isto é, originam-se en- dogenamente do caule, formando um conjunto ho- mogêneo denominado fasciculado. • Caule. Em geral é do tipo rizoma. Desenvolve-se sub- terraneamente e produzem ramos aéreos. Em algu- mas espécies são observados caules aéreos e eretos. • Folhas. Podem ser simples ou compostas. As folhas simples apresentam o limbo inteiro, sem divisão. Na epiderme inferior das folhas evidenciamos estruturas reprodutoras denominadas de soros 3. Reprodução: 5. Diferenças entre gametófito e esporófito: Gametófito Esporófito dominante temporário autotrófico heterotrófico independente dependente sexuada assexuada haplóide diplóide 6. Importância do grupo: 1. As briófitas são abundantes nas matas tropicais. Ra- ramente ocorrem como indivíduos isolados ‒ formam extensos grupos sobre rochas, madeiras e solos úmidos. 2. Aquelas que crescem no solo são importantes na pro- teção contra a erosão. Há algumas espécies de brió- fitas aquáticas, de água doce, não havendo briófitas marinhas. 3. Entre os musgos (classe Bryopsida) são bastante conheci- dos os gêneros Polytrichum e Sphagnum. Polytrichum forma a cobertura verde em solos úmidos, semelhante a um tapete. O Sphagnum, “musgo de turfeira”, tem valor comercial em horticultura: é utilizado no melhoramen- to da textura e da capacidade de retenção de água nos solos, além de contribuir como suprimento de nutrien- tes para plantas cultivadas. As turfeiras são formadas por grandes depósitos de Sphagnum e plantas associadas. Esse material forma a turfa, que pode ser queimada como combustível, depois de comprimida e seca. 4. Outro aspecto interessante da importância comercial dessa briófita reside no fato de que o sabor de uísques escoceses deve-se, em parte, à fumaça de turfas. 7. Semelhanças entre briófitas e pteridófitas: 1. Ambos dependem da água para reprodução. 2. Representam a transição do meio aquático para o meio terrestre. 3. Ambos vivem em ambientes úmidos e sombreados. Aula 06Aula 06 Pteridófi tas 1. Classificação (características): - Apresentam fecundação interna. - embriófitas. - cormófitas. - vasculares. - não espermatófitas. - criptógamas. - assifonógamas. - hidrodependentes. 2. Habitat: As pteridófi tas são plantas encontradas normalmente em locais sombrios, úmidos e em ambientes de fl orestas vivendo como plantas epífi tas. Pelo fato de apresentarem vasos condu- tores podem apresentar grande diversidade de formas e de há- bitat, sendo muito utilizadas também como plantas ornamen- tais em jardins, garagens e sacadas de casas e apartamentos. Obs: Utilizaremos o termo pteridófi tas para quatro fi los de plantas vasculares que não formam sementes: Pterophyta (samambaias e avencas); Lycophyta (licopódios e selagi- nelas); Sphenophyta (cavalinha) e Psilotophyta. A maioria das pteridófi tas atuais tem pequeno porte, apesar de exis- tirem espécies arborescentes com 4 metros de altura. Os principais representantes do grupo são as samambaias e as avencas. Bi ol og ia 23 2 CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS 1. As plantas duradouras das filicíneas são os esporófitos ‒ 2n; 2. Os esporângios ‒ 2n, localizados na superfície inferior de folíolos férteis, dentro de estruturas denominadas soros, originam esporos-n por meiose; 3. Os esporos, atirados à distância pelo rompimento dos esporângios, encontrando condições de umidade e luminosidade, germinam, sobre diferentes substratos (solo, troncos de árvore); 4. A germinação dos esporos origina protalos (game- tófitos n); 5. Sobre o prótalo monóico desenvolvem-se arquegônios n e anterídeos n; 6. Dentro do arquegônio forma-se uma oosfera- n (gameta feminino); dentro do anterídeo formam-se anterozóides-n (gametas masculinos); 7. A fecundação, por oogamia, se dá dentro do arque- gônio: o anterozóide-n nada sobre a superfície úmida do protalo, penetra no arquegônio, onde fecunda a oosfera-n; 8. O zigoto-2n formado desenvolveu-se sobre o prótalo,originando o novo esporófito-2n. 4. Diferenças entre o esporófito e gametófito: Gametófi to Esporófi to RECESSIVO DOMINANTE autotrófi co autotrófi co independente independente sexuada assexuada haplóide diplóide Obs: A dependência do esporófito em relação ao gametófito ocorre somente no início do seu desenvolvimento, ces- sando assim que o esporófito jovem começa a fazer fotos- síntese. O protalo (gametófito) degenera, pouco tempo depois. Gametófito e esporófito são ambos bastante inde- pendentes um do outro. Verificamos então que no ciclo de vida das filicíneas ocorre alternância de gerações inde- pendentes, única em todos os metáfitas. 5. Importância do grupo: O xaxin utilizado no cultivo de orquídia e samambaia é obtido a partir de raízes (adventícias) aéreas da samambaiaçu. Há 300 milhões de anos, com a fossilização de fl orestas de pte- rófi tas arbóreas, formaram-se os depósitos de hulha (carvão pedra usado na metalurgia. Aula 07 e 08 Aula 07 e 08 01. (Ufra) Com respeito às plantas Briófi tas, analise as proposi- ções a seguir e assinale a alternativa correta: I. São metáfitas avasculares, criptógamas, apresentam es- truturas denominadas de filóides, caulóides e rizóides. II. São metáfitas avasculares, criptógamas, apresentam órgãos sexuais masculinos (arquegônio) e femininos (anterídeos). III. Apresentam ciclo reprodutivo por metagênese, o anterí- dio produz células que se diferenciam em gametas mas- culinos biflagelados, denominados de anterozóides. todas estão corretas. a) Apenas II e III estão corretas. b) Apenas I e III estão corretas. c) Apenas I e II estão corretas. d) Apenas I está corretas. 02. Analisando o esquema a seguir que representa o ciclo vital de um musgo, podemos fazer todas as afi rmações, EXCETO: a) as células a e b são gametas produzidos por mitose. b) a geração 2N produz esporo (célula d) por meiose. c) o esporo (célula d) germina por mitose e se diferencia originando a geração N. d) a meiose é final ou gamética. e) o vegetal apresenta metagênese ou alternância de ge- rações. 03. Analisando a fi gura a seguir que representa um musgo pode-se afi rmar que a) a seta A aponta o gametófito. b) a seta B aponta o esporófito. c) as setas A e B representam, respectivamente o gametó- fito e o esporófito. d) as setas A e B representam, respectivamente o esporófi- to e o gametófito. e) as setas A e B representam diferentespartes do gametó- fito. 04. No ciclo vital das briófi tas, como os musgos e as hepáticas, são consideradas as seguintes etapas: I. produção de esporos; II. fecundação; III. produção de gametas; IV. esporófito; V. protonema. A seqüência correta em que essas etapas ocorrem é a) II, V, IV, I e III. d) V, III, IV, I e II. b) II, III, I, IV e V. e) III, IV, I, II e V. c) III, II, IV, I e V. Bi ol og ia 23 3 CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Esses vegetais pertencem ao seguinte grupo: a) briófitas b) pteridófitas c) angiospermas d) gimnospermas 12. São características das briófi tas: a) fase gametofítica dominante, esporófito dependente do gametófito, fecundação dependente da água. b) fase esporofítica dominante, gametófito dependente do esporófito, fecundação dependente da água. c) fase gametofítica dominante, esporófito independente do gametófito, fecundação independente da água. d) fase esporofítica dominante, gametófito independente do esporófito, fecundação independente da água. e) fase gametofítica dominante, esporófito reduzido a uma célula gamética, fecundação independente da água. 13. Buscando informações sobre musgos, um estudante con- sultou o índice a seguir, retirado de dois livros que diferiam quanto ao sistema de classifi cação dos vegetais. LIVRO A REINO PLANTAE - Vegetais inferiores (corpo reduzido a um talo) p. 201. - Vegetais intermediários (sem sementes, com ou sem te- cidos de condução) p. 202. - Vegetais superiores (com sementes, com tecidos de condução) p. 204 LIVRO B REINO PLANTAE - Criptógamos avasculares (sem semente, sem tecidos de condução) p.340 - Criptógamos vasculares (sem sementes, com tecidos de condução) p. 341 - Fanerógamos (com sementes, com tecidos de condu- ção) p.342 Em que páginas dos livros A e B, respectivamente, o estu- dante encontrará as informações que procura? a) 201 e 340. d) 202 e 340. b) 201 e 341. e) 204 e 342. c) 202 e 341. 14. Responder à questão preenchendo com V (verdadeiro) ou F (falso) os parênteses correspondentes às afi rmativas so- bre os musgos. ( ) Pertencem ao grupo das briófitas. ( ) São seres vivos heterotróficos absortivos. ( ) São desprovidos de traqueídeos. ( ) Preferem solos secos e frios. ( ) São parentes das hepáticas. A seqüência correta, resultante do preenchimento dos pa- rênteses, de cima para baixo, é a) F - F - V - V ‒ V b) F - V - F - V ‒ F c) V - F - V - F - V d) V - V - F - V - V e) V - V - V - F ‒ F 05. Devido a certas particularidades de seu ciclo vital, as brió- fi tas como os musgos, e as pteridófi tas, como as samam- baias devem ser mais abundantes a) no cerrado. d) na Amazônia. b) no pantanal. e) nos manguezais. c) na mata Atlântica. 06. Considere as seguintes características: I - nítida alternância de gerações II - presença de tecidos de condução III - ocorrência de meiose espórica Um musgo (briófi ta) e uma samambaia (pteridófi ta) apre- sentam em comum: a) I e II d) I, II e III b) II e III e) nenhum dos itens c) I e III 07. Se o gametófi to de uma briófi ta como um musgo possui um número X de cromossomos, então encontraremos 2X cromossomos nos: a) esporófitos. d) rizóides. b) esporos. e) filóides. c) protonemas. 08. Assinale a alternativa que apresenta uma característica das Briófi tas (musgos): a) Não possuem raízes, e sim rizóides. b) Possuem raízes e vasos condutores de seiva. c) Não possuem raízes, mas possuem vasos condutores de seiva. d) A reprodução se faz por metagênese, sendo o esporófi- to a fase haplóide. e) A reprodução se faz por metagênese, sendo a fase ga- metofítica diplóide. 09. O pequeno porte das briófi tas deve-se, fundamentalmen- te, à falta de a) estruturas para absorção de água e sais. b) tecidos condutores de seiva. c) alternância de gerações. d) reprodução sexuada. e) flores. 10. O ciclo de vida de briófi tas e pteridófi tas pode ser repre- sentado segundo o esquema a seguir. Gametófito I Anterozóide II oosfera Esporos V Zigoto III Esporófitos IV A respeito dele, podemos afirmar que: a) a meiose ocorre em I. b) I constitui a geração predominante para os dois grupos vegetais. c) somente II e IV são diplóides. d) I constitui a geração predominante para briófitas e não para pteridófitas. e) somente II e IV são haplóides. 11. Certos vegetais apresentam apenas um único tipo de abas- tecimento de água. Tal mecanismo é baseado em fenô- menos osmóticos, que envolvem uma pressão de sucção no interior da célula (S‹), uma pressão de membrana (M) e uma pressão de difusão (SÝ). O esquema a seguir, que representa uma planta parcialmente mergulhada na água, mostra o fenômeno. Bi ol og ia 23 4 CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS 15. Em que fase do ciclo de vida das pteridófi tas há maior quantidade de DNA por núcleo celular? a) gametófitos. d) esporos. b) gametângios. e) esporófitos. c) gametas. 16. No ciclo vital de uma samambaia a produção dos gametas masculino (anterozóide) e feminino (oosfera) dá-se por a) mitose (diferenciação) e ocorre, respectivamente, em estruturas denominadas anterídio e arquegônio. b) mitose (diferenciação) e ocorre, respectivamente, em estruturas denominadas arquegônio e anterídio. c) meiose ou mitose e ocorre, respectivamente, em estru- turas denominadas arquegônio e anterídio. d) meiose e ocorre, respectivamente, em estruturas deno- minadas anterídio e arquegônio. e) meiose ou mitose e ocorre, respectivamente, em estru- turas denominadas anterídio e arquegônio. 17. O xaxim é um produto muito usado na fabricação de vasos e suportes para plantas. A sua utilização: a) aumenta o risco de extinção de certas samambaias, a partir das quais é produzido. b) não acarreta nenhum impacto ambiental, pois é pro- duzido a partir da compactação de folhas de certas pal- meiras. c) aumenta o risco de extinção de certas gramíneas, a par- tir das quais é produzido. d) não acarreta nenhum impacto ambiental, pois é produ- zido a partir de raízes de plantas aquáticas secas. e) provoca a extinção de certas palmeiras, a partir das quais é produzido. Aula 09Aula 09 Gimnospermas 1. Classificações (características): - Apresentam fecundação interna. - cormófitas. - vasculares. - fanerógamas (com estróbilo). - sifonógamas (hidroindependente) - espermatófitas. - gametófito masculino: tubo polínico - gametófito feminino: saco embrionário. Obs: São fanerógamas, porém, as “flores” (RAMOS REPRODUTIVOS) são destituídas de atrativos, como por exemplo: cores, perfumes e néctar; logo não atraem os agentes polinizadores; a. A polinização é feita exclusivamente pelo vento, sendo por isso denominada anemófila; b. São vegetais vasculares, isto é, possuem tecidos para a condução rápida das seivas; c. Não dependem da água do meio para a sua reprodução, devido a presença de grãos de pólen e de tubo polínico; d. Podem apresentar folhas aciculadas (em forma de agu- lhas) e poliembrionia (ocorrência de vários embriões à partir de vários zigotos); 2. Representantes: Pinheiros, Ciprestes, Cedros, Abetos, Sequóias, Cicas, Ginkgo ... 3. Principais habitat: São plantas terrestres, vivendo principalmente em regi- ões de clima frio ou temperado (BRASIL: mata das araucárias). 4. Os estróbilos ou cones: - São sistemas reprodutores visíveis (sem atrativos) reuni- das em inflorescências compactas, que podem ser mas- culinas ou femininas. 5. Formação do saco embrionário: 1. Ao atingir a maturidade sexual, a planta feminina pro- duz cones ou estróbilos femininos, igualmente dotados de um eixo central onde se inserem escamas ou folhas modificadas denominadas megastróbilos. 2. Os megasporófilos contém óvulos,que são megasporân- gios, isto é, bolsas produtoras de megásporos. No interior de cada óvulo, uma única célula-mãe (2n) ‒ a célula-mãe do megásporo ‒ sofre meiose e dá origem a quatro célu- las haplóides. Três destas células então degeneram. 3. Apenas uma se transformará no megásporo funcional, que, germinando, originará o gametófito feminino, re- presentado pelo saco embrionário. 4. No interior do saco embrionário formam-se vários ar- quegônios, cada um contendo uma oosfera, que é o verdadeiro gameta feminino da planta. 5. Portanto, o óvulo não é o gameta feminino da planta. Cada óvulo representa um megasporângio e, quando maduro, contém em seu interior o gametófito feminino ou megaprótalo. Os óvulos são revestidos por um tegu- mento e exibem um orifício denominado micrópila. Bi ol og ia 23 5 CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS 6. Formação dos grãos de pólen: 1. Ao atingir a maturidade sexual, a planta masculina pro- duz cones ou estróbilos masculinos. 2. Cada cone é dotado de um eixo central onde se inserem inúmeras folhas modificadas denominadas microstróbi- los ou, simplesmente escamas. Essas folhas, por sua vez, abrigam os microsporângios, isto é, bolsas produtoras de micrósporos. 3. Dentro de cada microsporângio encontram-se células di- plóides, que são as células-mãe dos micrósporos. Cada célula-mãe, então, ao sofrer meiose, origina quatro mi- crósporos haplóides. Finalmente, os micrósporos sofrem mitose e se diferenciam originando grãos de pólen. 4. Os grãos de pólen são estruturas portadoras de dois núcleos haplóides, denominados núcleos vegetativo e reprodutivo. 7. Reprodução das gimnospermas: A reprodução ocorre por Metagênese ou Alternância de Gerações. O ciclo é Haplodiplonte, pois apresenta um indiví- duo haplóide, representado pelo gametófi to; e um indivíduo diplóide, representado pelo esporófi to. - Ocorre em 3 fases: polinização, germinação e fecunda- ção simples. a. Polinização: Passagem do grão de pólen do cone mas- culino para o cone feminino. É realizado com o auxilio do vento (anemófila) pois os cones são desprovidos de atrativo. b. Germinação: Transformação do grão de pólen (game- tófito jovem) em tubo polínico (gametófito adulto). c. Fecundação simples: existem dois gametas masculi- nos, mas apenas um é utilizado para fecundação (for- mando zigoto). OBS: - Quando maduros, e isso ocorre normalmente na primavera, os cones masculinos liberam seus grãos de pólen, que são transportados pelo vento até os cones femininos, onde penetram pela micrópila (orifício do óvulo). Os grãos de pólen então germinam, e emitem o chamado tubo polínico, estrutura que cresce em direção ao arquegônio. - No interior do tubo polínico, o núcleo reprodutivo produz, por mitose, dois núcleos espermáticos, que são os verdadeiros gametas masculinos; por isso, o tubo polínico, local onde se formam os gametas masculinos, é chamado gametófito mas- culino ou microprótalo. Um dos núcleos espermáticos degenera e o outro fecunda a oosfera, formando o zigoto. - Vários grãos de pólen podem germinar e fecundar várias oosferas de um mesmo óvulo, com formação de vários zigotos e, portanto, de vários embriões. Esse fenômeno é denominado poliembrionia. Mas apenas um zigoto se desenvolve. Bi ol og ia 23 6 CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS 8. Formação das sementes (pinhão): 1. No final do processo, o óvulo transforma-se em semen- te. Uma semente abriga duas estruturas: Um embrião ‒ que se origina do zigoto; Um endosperma primário, tecido haplóide (n) rico em reservas que nutrem o embrião ‒ esse tecido se origina do desenvolvimento do megaprótalo. 2. Em condições favoráveis, uma semente pode germinar e, a partir do embrião, formar uma nova planta, deno- minada esporófito. O esporófito produz micrósporos e megásporos, fechando o ciclo de reprodução. 3. Funcionando, portanto, como verdadeiras “fortalezas biológicas” pois conferem ao embrião uma notável pro- teção contra desidratação, calor, frio e ação de parasitas; assim, as sementes constituem uma importante aquisi- ção evolutiva, que contribui significativamente para a adaptação desse grupo à vida terrestre. 4. Após a fertilização e formação das sementes, os estróbi- los femininos crescem e são chamados de pinhas. 5. No caso do pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifo- lia), as sementes são comestíveis e conhecidas como pinhões, um saboroso alimento depois de cozido em água fervente. Pinhões Aula 10Aula 10 01. Entre as coníferas encontradas no Brasil poucas são nativas e entre essas destaca-se a Araucaria angustifólia, conheci- da popularmente como: a) cedro-vermelho. b) castanha-do-pará. c) pinheiro-do-paraná. d) jacarandá-da-baía. e) pinheiro americano. 02. As gimnospermas são plantas que apresentam as caracte- rísticas abaixo, exceto uma. Assinale-a: a) vasos para a condução de seiva. b) flores para a reprodução sexuada. c) sementes para favorecer a disseminação. d) frutos para conter as sementes. e) raízes, caules e folhas verdadeiras. 03. Na evolução das plantas, o aparecimento do tubo polínico trouxe a vantagem de: a) facilitar a nutrição do embrião. b) eliminar a participação do gameta masculino na fertili- zação. c) assegurar a fertilização em meio aquático. d) tornar a fertilização independentemente da água. e) assegurar a sobrevivência do gameta feminino. 04. A qual estrutura nos referimos quando utilizamos o termo megaprótalo nas gimnospermas? a) gametófito. d) esporos. b) esporófito. e) tegumento. c) esporângio. 05. Qual seria o conjunto formador do óvulo, nas alternativas que seguem? a) tegumento, esporângio e gametófito. b) tegumento, esporângio. c) oosfera e gametófito. d) é o verdadeiro gameta vegetal. e) é o megaprótalo. 06. As folhas diferenciadas para reprodução nas gimnosper- mas denominam-se? a) estróbilos. b) microsporângios. c) esporofilos. d) tegumento. e) saco embrionário. 07. Marque a alternativa correta, com relação as gimnos- permas: a) o óvulo após a fecundação formará o saco embrionário. b) o saco embrionário representa o gametófito feminino. c) a semente evolui para o óvulo. d) o saco embrionário corresponde ao tegumento haplóide. e) o óvulo permanece após a fecundação. 08. Para formação do grão de pólen, temos que: a) cada micrósporo divide-se por meiose originando duas células. b) cada micrósporo divide-se por mitose originando duas células: a generativa e a do tubo. c) durante a formação do grão de pólen, os micrósporos são formados no óvulo. d) cada esporócito (n) origina quatro micrósporos por meiose. e) cada esporócito evolui diretamente para esporos. 09. I - Flores femininas e masculinas em indivíduos separados. II - Presença de óvulo e ausência de ovário na flor feminina. III - Produção de grande quantidade de grãos-de-pólen. As características anteriores, de um vegetal, identifi cam uma: a) pteridófita. d) monocotiledônea. b) briófita. e) dicotiledônea. c) gimnosperma. 10. A frase a seguir apresenta cinco segmentos em maiúsculo. Assinale a letra correspondente ao segmento que contém um erro. O pinheiro-do-paraná (‘Araucaria angustifolia’), uma espé- cie NATIVA (a) no Rio Grande do Sul, é uma GIMNOSPERMA (b), cujo FRUTO (c), o “pinhão”, apresenta ENDOSPERMA (d) e EMBRIÃO (e). 11. O pinhão, estrutura comestível produzida por pinheiros da espécie ‘Araucaria angustifolia’, corresponde a que parte da planta? a) Cone (estróbilo) masculino repleto de pólen. b) Cone (estróbilo) feminino antes da fecundação. c) Fruto simples sem pericarpo. d) Folha especializada no acúmulo de substâncias de re- serva. e) Semente envolta por tegumento. 12. No processo de reprodução de uma GIMNOSPERMA: a) não há formação de tubopolínico b) os óvulos, de tamanho microscópicos, estão contidos em grandes ovários c) os óvulos não estão contidos num ovário d) há formação de frutos sem sementes Bi ol og ia 23 7 CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS 13. Através da Lei Estadual n¡. 7957, de 21/11/84, o Governo do Estado do Paraná declara a gralha-azul ave símbolo do Para- ná. Esta ave, muito festejada pelo folclore paranaense, está intimamente ligada ao pinheiro-do-paraná porque realiza: a) abertura do estróbilo masculino. b) anemofilia, uma vez que as flores são unissexuadas. c) o transporte do fruto, facilitando a disseminação da es- pécie. d) os mecanismos da ornitofilia. e) disseminação da semente. Aula 11Aula 11 Angiospermas (anthophytas ou magnoliophytas) 1. Classificações (características): - Apresentam fecundação interna. - cormófitas. - vasculares. - fanerógamas (com FLORES). - sifonógamas (hidroindependente) - espermatófitas. - com frutos - gametófito masculino: tubo polínico - gametófito feminino: saco embrionário. Obs: - Não dependem da água do meio para a sua reprodução (fecundação), devido a presença de grãos de pólen e de tubo polínico; - Apresentam dupla fecundação, ou seja, os dois núcleos espermáticos do tubo polínico participam da fertiliza- ção de núcleos do saco embrionário. - Apresentam a semente protegida pelo fruto, que é ori- ginado pelo desenvolvimento do ovário, estrutura esta localizada nas flores. 2. Estudo da flor: - As flores são um conjunto de folhas modificadas (verti- cilos), responsáveis pela reprodução sexuada dos vege- tais fanerógamas. pétala antera filête sépala óvulo receptáculo pedúnculo bráctea ovário estilete estigma grão de pólen Obs: vamos conhecer algumas classifi cações: - Os verticilos (folhas modificadas) podem ser dividi- dos em: a) Estéreis: - sépalas (em conjunto denomina-se cálice) - pétalas (em conjunto denomina-se corola) b) Férteis: - Carpelo ou pistilo( em conjunto denomina-se gineceu) - estame (em conjunto denomina-se androceu) - Outras classifi cações: a. Aclamida: flor sem pétalas e sepálas. b. Homoclamida: flor com perigônio (conjunto de pétalas e sépalas de mesma cor.). c. Heteroclamida: flor com perianto (conjunto de pétalas e sépalas de cor diferente) d. Monóclina: flor com carpelo e estame. e. díclina: flor com carpelo ou estame. 3. Formação dos grãos de pólen: Os estames, são os esporófi los masculinos da planta. Cada estame é constituído de: - Filete: Estrutura fi lamentar que sustenta a antera; - Antera: Porção dilatada do fi lete que abriga os sacos po- línicos ou microsporângios. microsporócito 2n antera (com 4 microsprângios) micrósporos (n) grão de pólen (n) R! núcleo do tubo grão de pólen com tubo polínico (gametófito ♂) Núcleos espermáticos (n) No interior do saco polínico existem células diplóides (2n) denominadas células-mãe dos micrósporos. Cada uma dessas células sofre meiose e origina quatro micrósporos haplóides (n). Os micrósporos por sua vez, sofrem mitose e se diferen- ciam em grãos de pólen. Cada grão de pólen é constituído de um núcleo vegetativo e outro reprodutivo, ambos haplóides. 4. Formação do saco embrionário: Os carpelos são os esporófilos femininos da planta. Cada carpelo é constituído de: - Estigma: Porção apical, responsável pela recepção de pó- len; - Estilete: Eixo de sustentação; - Ovário: Porção basal globosa que produz e armazena óvulos. Bi ol og ia 23 8 CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Assim como nas gimnospermas, cada óvulo nas angios- permas é um megasporângio, isto é, uma bolsa produtora de megásporo. No interior de um megasporângio existe a célula-mãe do megásporo, a qual é diplóide (2n). Esta célula sofre meiose e origina quatro células haplóides (n). Então três dessas células degeneram e apenas uma, denominada megás- poro funcional, cresce e passa a ocupar praticamente todo o espaço interno do megasporângio. Depois disso, o núcleo ha- plóide do megásporo sofre três mitoses consecutivas e origina oito núcleos haplóides, dos quais: O óvulo maduro contém o saco embrionário ou game- tófi to feminino, que aloja as oito células haplóides: Três nú- cleos formam as antípodas (células situadas no pólo distal em relação à micrópila, que é a abertura do óvulo); Dois núcleos formam as sinérgides (células situadas no pólo proximal em relação à micrópila); Dois núcleos polares (situados na região central); 5. Reprodução das angiospermas: Pode-se dividir o processo reprodutivo das angiospermas em três etapas: polinização, germinação e fecundação dupla. 5.1. Polinização: É o transporte do grão de pólen da antera até o estigma. 1. Primeira etapa no processo de formação de sementes, a polinização permite a reprodução sexuada das plantas (aumenta a variabilidade genética, contribuindo para a sua adaptação num determinado ambiente). 2. autopolinização ou polinização direta: Polinização na mesma flor (ocorre em flores cleistógamas, ou seja, flo- res que se encontram fechadas quando ocorre a polini- zação como, por exemplo, a ervilha). 3. polinização cruzada ou indireta: Quando ocorre entre flores diferentes, neste caso é necessário a participação do agente polinizador, que vai caracterizar os seguintes tipos de polinização: a. Anemófila: Feita pelo vento; b. Malacófila: Feita pelos moluscos; c. Entomófi la: Feita pelos insetos; d. Ornitófi la: Feita pelos pássaros; e. Quiropterófi la: Feita pelos morcegos; d. Antropófi la ou Artifi cial: Feita pelo homem; e. Hidrófi la: Feita pela água. Obs: Fatores que impedem ou dificultam a auto- polinização: 1. Dicogamia: É o fenômeno em que podemos observar o desenvolvimento do androceu e do gineceu em épo- cas diferentes; isso dificulta ou mesmo impede a auto- fecundação. Pode ser dividido em Protandria (Ocorre quando desenvolve-se primeiro o androceu) e Protoge- nia (Ocorre quando desenvolve-se primeiro o gineceu). 2. Hercogamia: Ocorre quando uma barreira física impede a queda do grão de pólen no estigma da mesma flor. 3. Autoesterelidade: Ocorre quando há a incompatibilida- de entre o pólen e o gineceu, logo não ocorrerá a germi- nação do grão de pólen. 5.2. Germinação: Uma vez depositado sobre o estigma, o grão de pólen germina, isto é, emite um prolongamento ‒ o tubo polínico ‒ que cresce, através do estilete, em direção ao saco embrio- nário. Obs: Na frente do tubo, orientando o crescimento, situa-se o núcleo vegetativo; logo atrás encontra-se o núcleo reprodutivo. Antes de atingir o óvulo, o núcleo reprodutivo dividi-se e origina dois núcleos espermá- ticos haplóides, considerados os verdadeiros gametas masculinos. Por isso o tubo polínico é considerado o ga- metófito masculino. grão de pólen estigma tubo polínico estilete ovário núcleo espermático estame óvulo 5.3. Fecundação Dupla: Um dos núcleos espermáticos (n) funde-se com a oosfera (n), resultando na formação de uma célula ovo ou zigoto (2n). O zigoto por mitoses sucessivas, formará o embrião da nova planta. O outro núcleo espermático (n) funde-se com os nú- cleos polares (n + n), formando um núcleo triplóide (3n) que vai originar o endosperma ou albúmen que servirá para nutrir o embrião. Aula 12Aula 12 01. Analise as estruturas numeradas na fi gura a seguir e as pro- posições apresentadas a respeito das mesmas. ( ) Na figura é mostrado o esquema da flor de uma angios- perma em fecundação. ( ) Em a é mostrado o primeiro verticilo floral - a corola, formada por sépalas, de função atrativa. ( ) Em b tem-se o segundo verticilo floral - o cálice, con- junto de pétalas e que tem função nutritiva para o saco embrionário. ( ) Em c é mostrado umestame, que é formado por filete, conectivo e antera. ( ) Em d é mostrado o quarto verticilo floral - o gineceu, com indicação do ovário (1), estilete (2) e estigma (3). a) V F F V V d) V V V V V b) V V F V F e) F V F V F c) F F F F F Bi ol og ia 23 9 CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS 08. (FUC-MT) Na ornitofi lia, o agente polinizador é: a) vento. b) pássaro. c) morcego. d) inseto, e) água. 09. (Fameca-SP) Anemofi lia, entomofi lia e ornitofi lia referem- se, respectivamente, ao transporte: a) da semente pelo vento, por insetos e por aves. b) do pólen por insetos, pelo vento e por aves. c) do pólen pelo vento, por insetos e por aves. d) da semente por aves, por insetos e pelo vento, e) Nenhuma das anteriores. 10. (Fatec-SP) Na angiospermas, os frutos e as sementes têm origem. respectivamente, nos seguintes elementos fl orais esboçados no diagrama abaixo: fruto semente a) V I b) III II c) IV III d) IV II e) III I Aula 13Aula 13 (Estudo das classes) As sementes das angiospermas podem abrigar um ou dois cotilédones, que são folhas modifi cadas e associadas com a nutrição do embrião. Conforme o número de cotilédones que há nas sementes, as angiospermas classifi cam-se em mo- nocotiledôneas e dicotiledôneas. 02.Considerando as estruturas reprodutivas das fanerógamas, numere a 2 coluna de acordo com a 1 . 1 - célula-mãe de micrósporo 2 - carpelo 3 - saco embrionário 4 - saco polínico 5 - estame ( ) megasporófilo ( ) microsporófilo ( ) microsporângio ( ) microsporócito ( ) gametófito A seqüência CORRETA é: a) 5, 4, 3, 2, 1. d) 5, 4, 1, 2, 3. b) 4, 3, 2, 5, 1. e) 2, 5, 4, 1, 3. c) 2, 5, 1, 3, 4. 03. Relacione as partes de uma fl or de angiosperma com a sua denominação correspondente. (A) cálice + corola ( ) pistilo (B) ovário + estilete + estigma ( ) estame (C) filete + antera ( ) perianto (D) pétalas ( ) corola (E) sépalas ( ) cálice A seqüência correta, de cima para baixo, é: a) B - C - A - D - E d) C - A - B - D - E b) A - C - B - E - D e) E - C - A - B ‒ D c) B - C - A - E - D 04. A seguir, são apresentados alguns caracteres morfológi- cos e fi siológicos encontrados nas fl ores de determinadas plantas: I. Dicogamia II. Presença de nectários III. Pétalas vistosas e com glândulas odoríferas IV. Estigmas longos e ramificados V. Auto-incompatibilidade Assinale a alternativa que indica os caracteres cuja conse- qüência evidente é o aumento da variabilidade genética da espécie. a) II e III d) I e V b) II e V e) III e IV c) I e IV 05. (UFP) A porção dilatada sobre a qual se inserem os vertici- los fl orais é denominada: a) verticilo de proteção. b) receptáculo. c) ovário. d) pedunculo. e) verticilo de reprodução. 06. (Osec-SP) Uma fl or hermafrodita possui pelo menos: a) cálice e corola. b) androceu e receptáculo. c) estames e pistilos. d) pétalas e estames. e) Nenhuma das anteriores. 07. (UFRS) As adaptações fl orais que facilitam a polinização pelo vento são: a) pétalas coloridas e glândulas odoríferas. b) pequena produção de pólen e glândulas odoríferas e) estigmas pequenos e pétalas coloridas. d) corolas grandes e estiletes longos. e) filetes longos e grande produção de pólen. Bi ol og ia 24 0 CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Obs: 1. Monocotiledôneas: São as angiospermas que possuem apenas um cotilédone em cada semente. Nas sementes de monocotiledôneas, o material nutritivo destinado à nutrição do embrião acumula-se num tecido denomi- nado endosperma. Nesse caso, o cotilédone atua como elemento transferidor de nutrientes do endosperma para as células embrionárias que originarão a nova planta. Ex.: Milho, arroz, trigo, açaí, banana, bambu, cevada, cana, grama, orquídea, coqueiro, cebola e muitas outras. 2. Dicotiledôneas: São as angiospermas dotadas de dois cotilédones em cada semente. O endosperma das dico- tiledôneas geralmente mostra-se muito reduzido. Nesse caso, os dois cotilédones acumulam e cedem o material nutritivo necessário para o desenvolvimento do embrião. Ex.: Feijão, abacate, manga, tomate, melancia, vitória-ré- gia, rosa, maçã, goiaba, algodão, mamão, maracujá, etc. 01. O esquema a seguir mostra o diagrama fl oral de certa planta. De acordo com o esquema, a planta em questão é uma a) gimnosperma heterosporada. b) monocotiledônea monóica. c) monocotiledônea dióica. d) dicotiledônea monóica. e) dicotiledônea dióica. 02.Considere as características a seguir. I. folhas invaginantes II. folhas pecioladas III. folhas com nervuras reticuladas IV. folhas paralelinérvias V. semente com um cotilédone VI. semente com dois cotilédones Assinale a alternativa que associa corretamente essas ca- racterísticas às plantas mencionadas. a) arroz (I, III, V) - café (II, IV, VI) - feijão (II, IV, VI) - trigo (I, III, V) b) arroz (I, IV, V) - café (II, III, VI) - feijão (II, III, VI) - trigo (I, IV, V) c) arroz (I, IV, V) - café (II, III, VI) - feijão (I, IV, V) - trigo (II, III, VI) d) arroz (II, III, VI) - café (I, IV, V) - feijão (II, III, VI) - trigo (I, IV, V) e) arroz (II, III, VI) - café (I, II, VI) - feijão (I, IV, V) - trigo (I, IV, V) 03. A fi gura a seguir mostra o corte transversal do caule de uma planta Angiosperma, na qual A e B representam os tecidos condutores. Assinale a alternativa correta. a) Trata-se de um caule de dicotiledônea e A e B corres- pondem ao xilema e floema, respectivamente. b) Trata-se de um caule de monocotiledônea e A e B cor- respondem ao xilema e floema, respectivamente. c) Trata-se de um caule de monocotiledônea e A e B cor- respondem ao floema e xilema, respectivamente. d) Trata-se de um caule de dicotiledônea e A e B corres- pondem ao floema e xilema, respectivamente. e) Pode ser um caule de uma monocotiledônea ou de uma dicotiledônea e A e B correspondem ao floema e xilema, respectivamente. Aula 14Aula 14 Sementes e frutos 1. Estudo da semente: - Após a fecundação, as sinérgides e as antípodas de- generam e o óvulo desenvolve, formando a semente. A semente em desenvolvimento produz AIA (auxina) e giberilinas, provocando a hipertrofia do ovário, que transforma-se em fruto. - Assim: Óvulo origina a Semente; Ovário origina o Fruto. Estruturas da semente: a. Tegumento ou Casca: É o envoltório protetor da se- mente. b. Embrião: Estrutura diplóide (2n), que se origina do zi- goto, é o responsável pela formação da nova planta. No embrião existe: c. Uma Radícula: Que dará origem à raiz; d. Um Caulículo: Que formará a porção basal do caule e. Uma Gêmula: Que origina a porção apical do caule; f. Os Cotilédones: Que são folhas modificadas e associa- das com a nutrição das células embrionárias que se mul- tiplicam para a formação da nova planta. g. Endosperma ou Albúmen: Tecido triplóide (3n) que se origina da fusão entre um núcleo espermático e os dois núcleos polares. Esse tecido acumula substâncias diver- sas, destinadas à nutrição do embrião. Bi ol og ia 24 1 CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Obs: Dispersão das Sementes: A dispersão das sementes é realizada sobretudo pelo vento e por animais diversos. A dispersão do coco-da-baía acontece pela água, fe- nômeno denominado de Hidrocoria. Esse fruto possui um mesocarpo fibroso, que acumula ar permitindo sua flutua- ção na água. O endocarpo constitui a “casca” dura do coco e a parte comestível é o endosperma da semente. A dispersão pelo vento, fenômeno denominado Anemocoria, ocorre geralmente com frutos ou semen- tes leves (exemplo: orquídeas), às vezes dotados de ex- pansões que lembram asas, ou de inúmeros pêlos disse- minadores; é o caso do “dente-de-leão”, cujos pequenos frutos possuem pêlos que lembra,pára-quedas. No caso das dispersão por animais, fenômeno deno- minado de Zoocoria, os frutos são normalmente sucu- lentos, coloridos e exalam odor agradável. Nesse caso, como ocorre com as goiabas, um animal pode ingerir o fruto e eliminar as sementes juntamente com as fezes. É lógico que tais sementes devem ser suficientemente resistentes, para que atravessem incólume o tubo diges- tório do animal disseminador. Mas nem sempre as se- mentes propagadas por animais por animais provêm de frutos carnosos e saborosos; é o caso, por exemplo, dos carrapichos e picões, dotados de ganchos fixadores que se aderem aos pêlos e às penas dos animais e às roupas de pessoas, sendo assim, disseminados. 2. Estudo dos frutos: - Os furtos originam-se do ovário desenvolvido. Quando maduros, os frutos apresentam-se constituídos de peri- carpo e semente. O pericarpo (o fruto propriamente dito) se subdivide em: a. Epicarpo ou Exocarpo: Revestimento externo do peri- carpo, proveniente da epiderme ovariana; b. Mesocarpo: Porção intermediária, em geral suculenta, representando geralmente a parte comestível do fruto; c. Endocarpo: Porção interna, proveniente da epiderme interna da parede ovariana e que se acha em contato com as sementes. Às vezes o endocarpo acha-se endu- recido; neste caso corresponde ao caroço do fruto. - Os tipos de frutos: Aula 15Aula 15 01. O diagrama representa a estrutura de uma fl or. Uma fl or desse tipo formará, após a fecundação: a) um fruto contendo uma semente. b) um fruto contendo seis sementes. c) dois frutos, cada um com uma semente. d) dois frutos, cada um com três sementes. e) seis frutos, cada um com uma semente. 02. (Henac Almeida) As sementes são encontradas em ve- getais denominadas espermatófi tas. Além do embrião, a semente apresenta outros constituintes que auxiliam na proteção e nutrição deste. Marque a alternativa que cor- responde aos constituintes das sementes dos vegetais lis- tados abaixo: gimnospermas AngiospermasDicotiledôneas Angiospermas Monocotiledôneas a) Tegumento(n); endosperma(3n); cotilédone(2n). Tegumento(2n); endosperma(3n); cotilédone(2n). Tegumento(2n); endosperma(3n); cotilédone(2n). b) Tegumento(2n); endosperma(n); cotilédone(2n). Tegumento(2n); endosperma(3n); cotilédone(2n). Tegumento(2n); endosperma(2n); cotilédone(2n). c.) Tegumento(2n); endosperma(n); Tegumento(2n); endosperma(3n); cotilédone(2n). Tegumento(2n); endosperma(n); cotilédone(2n). d) Tegumento(2n); endosperma(n); Tegumento(2n); endosperma(3n); cotilédone(2n). Tegumento(2n); endosperma(3n); cotilédone(2n). Bi ol og ia 24 2 CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS 03. (Henac Almeida) O namorado super bem intencionado leva sua namorada para passear. Chegando à praça o rapaz pede uma água de coco para sua amada e um suco de la- ranja para si. Naquele momento a moça se lembra de uma aula do seu professor querido e pergunta ao namorado se ele sabe classifi car o que eles acabam de consumir. O rapaz que foi aluno daquele excelente professor respon- de de forma correta: a) “O suco de laranja é produzido a partir do endocarpo do fruto e a água de coco representa um tecido denomina- do endosperma que é haplóide”. b) “O suco de laranja é produzido a partir do mesocarpo- carpo do fruto e a água de coco representa um tecido denominado endosperma que é triplóide”. c) “O suco de laranja é produzido a partir do endocarpo do fruto e a água de coco representa um tecido denomina- do endosperma que é triplóide”. d) “O suco de laranja é produzido a partir do endocarpo do fruto e a água de coco representa um tecido denomina- do cotilédone que é diplóide”. 04. (Henac Almeida) Marque a alternativa correta em relação a ilustração abaixo que representa o fruto de um vegetal dicotiledônea. a) A figura representa um esquema de um fruto: em 1, temos a semente; em 3, temos a plântula; em 4, temos o albúmem, região nutridora do embrião dotado de células triplóides. b) A figura representa um esquema de um fruto: em 1, temos o pericarpo; em 3, temos a plântula; em 4, temos o albú- mem, região nutridora do embrião dotado de células ha- plóide. c) A figura representa um esquema de um fruto: em 1, te- mos o pericarpo; em 3, temos a plântula; em 4, temos o albúmem, região nutridora do embrião dotado de células triplóides. d) A figura representa um esquema de um fruto: em 1, te- mos o pericarpo; em 3, temos a plântula; em 4, temos o albúmem (armazenado no cotilédone), região nutridora do embrião dotado de células triplóides. 05. Observe o desenho: BERG, L. “Introductory Botany”. 1997. (adaptado) A pêra, CONSIDERANDO A PARTE SUCULENTA E COMESTÍ- VEL que resulta do desenvolvimento do receptáculo fl oral, não é, por defi nição, um fruto verdadeiro. Associe as estruturas I e II, relativas a essa espécie vegetal. A associação correta é a) 1c - 2b - 3a. d) 1b - 2a - 3c. b) 1c - 2a - 3b. e) 1a - 2b - 3c. c) 1b - 2c - 3a. 06. A escritora Isabel Allende, em seu livro “Afrodite”, apresen- ta uma série de frutos considerados afrodisíacos por dife- rentes culturas. Entre eles, são citados o abacate, a ameixa (1), a banana (2), o coco (3), o fi go (4), a maçã, a manga, o morango (5), a pêra e o pêssego. Assinale o número correspondente ao fruto que se desen- volve a partir de uma infl orescência. a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5 Aula 16Aula 16 Morfologia vegetal 1. Raiz: - Funções: a. Fixação do vegetal ao solo; b. Armazenamento de substâncias; c. Absorção de água e sais minerais (seiva bruta). - Regiões ou Zonas da Raiz: Estrutura de uma raíz típica zona suberosa (com ramificações e sub-ramificações) zona pilífera (com pêlos absorventes) zona lisa (alongamento) zona meristemática (mitoses) coifa raízes secundárias a. Coifa ou Calíptra: É uma cápsula protetora do ponto vegetativo radicular (tecido meristemático ou embrio- nário). A coifa protege o ponto vegetativo radicular con- tra o atrito com as partículas do solo e contra o ataque microbiano. b. Zona Lisa ou de Crescimento: É a região onde ocorre o alongamento das células produzidas pelo meristema, permitindo o crescimento da raiz. c. Zona Pilífera ou de Absorção: É a região que abriga os pêlos absorventes, que são evaginações da epiderme, capazes de aumentar, consideravelmente, a superfície de contato da planta com a solução do solo. d. Zona de Ramificação: Compreende a parte da raiz onde aparecem as raízes laterais ou secundárias (radicelas) a partir de uma camada de células denominada periciclo.. Sabe-se que, ao transplantar um vegetal de um lugar para outro, deve-se ter cuidado com a preservação das raízes, especialmente com duas de suas regiões: a região meristemática, protegida pela coifa, e com a zona pilí- fera. Afinal, a região meristemática, produzindo células novas, é fundamental para o crescimento da raiz; a re- gião pilífera é responsável pela absorção de água e sais minerais. Bi ol og ia 24 3 CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS - Tipos de Raízes: a. Raiz Axial ou Pivotante: É aquela na qual distingue-se a raiz principal das raízes secundárias. *Ocorrência: Gimnospermas e Angiospermas Dicotiledôneas b. Raiz Fasciculada: É aquela na qual não há distinção en- tre a raiz principal e as secundárias. *Ocorrência: Pteridófitas e Angiospermas Monocotiledôneas. c. Raízes Respiratória ou Pneumatóforos: São aquelas que partem de outras existentes no subsolo e que “cres- cem para cima”. Dirigem-se, portanto, para a atmosfera, onde absorvem oxigênio do ar através de pequenos po- ros denominados pneumatódios. *Ocorrem em plantas que vivem em solos pantanosos. d. Raízes Sugadoras ou Haustórios: São típicas de plan- tas parasitas. Perfurama casca da planta hospedeira até atingir seu sistema condutor, de onde retiram seiva bruta (erva-de-passarinho) ou seiva elaborada (cipó- chumbo). e. Raízes Tuberosas: Funcionam como órgãos de reserva, por acumularem grandes quantidades de substâncias nutritivas. * Exemplo: Mandioca, beterraba, cará, cenoura, batata- doce e rabanete. f. Raízes Aquáticas: Apresentam parênquima aerífero de- senvolvido, portanto, adaptadas para a flutuação, como no aguapé. 2. Folha: - Funções: Fotossíntese (nutrição, pois nesse fenômeno é produzida a seiva elaborada); Respiração; Transpiração (trocas gasosas). - Regiões da Folha: a.Limbo: É a região achatada e responsável pelas funções básicas da folha; b. Pecíolo: Constitui o eixo de sustentação; c. Bainha: Esta associada a inserção da folhas no ramo. d. Estícula. Nota: As nervuras que se observam nas folhas, cor- respondem aos vasos condutores que penetram nas mesmas. - Tipos de Folhas: a. Quanto à Disposição das Nervuras: Folhas Paralelinérveas: Apresentam nervuras paralelas, como nas monocotiledôneas; Folhas Peninérveas: Apresentam nervuras reticuladas (em forma de rede), como nas dicotiledôneas. b. Folhas Modificadas: Cotilédones: Folhas embrionárias das sementes e asso- ciadas com a nutrição do embrião; Catáfi los: Folhas que protegem as gemas caulinares; po- dem se apresentar desenvolvidas e armazenando substâncias nutritivas, como na cebola e no alho; Espinhos: Folhas atrofi adas, com função de defesa; nos cáctus, a redução da superfície foliar do espinho representa uma adaptação dessas plantas para a economia hídrica, uma vez que a superfície transpiratória e fortemente diminuída; Brácteas: Folhas que podem atuar protegendo as fl ores; quando vistosas e coloridas, como no antúrio e na fl or-de-pa- pagaio, servem, para atrair agentes polinizadores, contribuin- do para a reprodução da planta; Gavinhas: Folhas modifi cadas que servem para fi xar a planta num suporte; as gavinhas podem ser de natureza foliar, como nos chuchus, ou de natureza caulinar, como nas videiras; Folhas Insetívoras: Folhas adaptadas para capturar e di- gerir certos insetos e outros animais pequenos. No Nephen- tes, por exemplo, o inseto é atraído pelo néctar produzido no bordo superior da folha e penetra numa espécie de tubo, que representa a parte inferior da folha modifi cada; nesse tubo, existem células que secretam um suco digestivo, capaz de matar e digerir o animal. A planta então, absorve os produtos da digestão (aminoácidos, por exemplo), compensando a ca- rência de sais nitrogenados, fato normalmente verifi cado nos solos em que essas plantas vivem. Aula 17Aula 17 Morfologia vegetal 1. Caule: - É um órgão vegetativo, geralmente aéreo, aclorofilado e com fototropismo positivo. gema terminal gema lateral nós gema lateral entrenó gema lateral nós gema terminal - Funções: a. Sustentação de folhas, flores e frutos; b. Armazenamento de substâncias nutritivas; c. Condução de seivas: Bruta (das raízes até as folhas) e Elaborada (das folhas para todas as partes do vegetal). - Regiões do Caule: a. Gema Apical: É responsável pelo crescimento em ex- tensão (comprimento); b. Gema Lateral: Atua na formação de ramos, folhas e flo- res; Nó e Entrenós. - Tipos de Caule: No mundo vegetal pode ser verificada uma notável diversidade de caules aéreos e subterrâneos. Entre os caules aéreos, os mais conhecidos são: a. Tronco: Caule bem desenvolvido, resistente e lenhoso, típico de plantas arbóreas, apresentando sempre rami- ficações. Exemplo: Mangueiras, abacateiros, eucaliptos, etc. b. Estipe: Caule cilíndrico, não ramificado e dotado de fo- lhas situadas no ápice, como nas palmeiras. c. Colmo: Caule com nós e entrenós nítidos, formando os populares gomos, como no bambu e na cana-de-açúcar. Bi ol og ia 24 4 CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS d. Haste: Caule delicado, clorofilado, flexível e pouco resis- tente, como no feijão. - Entre os caules subterrâneos, destacam-se: a. Tubérculo: Caules que armazenam substâncias nutri- tivas, como a batata comum; os populares “olhos” da batata são gemas laterais, fato que determina sua na- tureza caulinar; b. Rizoma: Caules alongado que normalmente se desen- volve de maneira paralela à superfície terrestre; ocorre, por exemplo, nas samambaias e bananeiras; c. Bulbo: Ocorre em plantas como o alho e a cebola. No bul- bo da cebola, o caule propriamente dito corresponde a uma região chamada de prato, de onde partem as raízes e um conjunto de folhas modificadas denominadas de catáfilos; alguns desses catáfilos, os mais externos, são desidratados; os mais internos acumulam substâncias nutritivas e constituem a porção comestível da cebola. Aula 18Aula 18 01. As plantas relacionadas na coluna superior possuem caules cujos nomes estão relacionados na coluna inferior. Assina- lar a resposta cuja associação está correta: A - palmeira I - colmo B - cana-de-açúcar II - bulbo C - cacto III - estipe D - bananeira IV - cladódio E - cebola V - rizoma a) A - I / B - III / C - II / D - V / E - IV b) A - IV / B - II / C - I / D - V / E - III c) A - II / B - I / C - V / D - III / E - IV d) A - III / B - V / C - II / D - I / E - IV e) A - III / B - I / C - IV / D - V / E ‒ II 02. As angiospermas possuem três tipos básicos de órgãos: raiz, caule, e folha. Em relação a esses órgãos, assinale a alternativa CORRETA. a) As folhas apresentam função de sustentação. b) A raiz é a porção do eixo principal de um vegetal, geral- mente clorofilada, subterrânea e que apresenta gemas laterais. c) Em plantas aquáticas as raízes promovem a fotossíntese e a liberação de oxigênio para o meio externo. d) No caule são observados os estômatos, que regulam a quantidade de sais que a planta absorve. e) Podemos observar caules aéreos, subterrâneos ou aquá- ticos, de acordo com as características dos vegetais. 03. O caule de determinadas espécies vegetais pode aumen- tar o seu diâmetro quando em estrutura secundária de crescimento. Quando isso ocorre, a epiderme e todos os seus anexos são substituídos, estrutural e funcionalmente pela periderme. Que estruturas são então formadas para substituir os estômatos? a) Pneumatóforos. d) Haustórios. b) Acúleos. e) Lenticelas. c) Hidatódios. 04. O quadro abaixo se refere às adaptações morfológicas ocorrentes em algumas plantas. Planta órgão adaptaçãomorfológica mangue-vermelho I pneumatóforo II folha catafilo videira caule III laranjeira IV espinho V raíz haustório Assinale a alternativa cujos elementos preenchem de for- ma correta os espaços I, II, III, IV e V, respectivamente. a) raiz - cebola - gavinha - caule - erva-de-passarinho b) caule - erva-de-passarinho - rizoma - folha - milho c) raiz - milho - rizoma - folha - erva-de-passarinho d) caule - cebola - rizoma - raiz - milho e) folha - erva-de-passarinho - gavinha - caule ‒ cebola 05. Um estudante tem a tarefa de extrair substâncias de reser- va de plantas. Porém, está em dúvida sobre qual ou quais são essas substâncias e de onde extraí-las. Assinale a alternativa que contém a resposta e o procedi- mento corretos para essa tarefa. a) O estudante extrairá somente amido, que é a substância de reserva dos vegetais. O amido é produzido nas folhas e acu- mulado nas raízes; logo, apenas raízes deverão ser usadas. b) Há a possibilidade de se trabalhar com amido e lipídio, as substâncias de reserva dos vegetais. Lipídios são en- contrados somente nas sementes e amido, somente em raízes e caules. c) Proteínas e lipídios são as substâncias de reserva mais abundantes nos vegetais. Podem ser extraídos de qual- quer órgão,mas principalmente dos frutos e raízes. d) Substâncias de reserva nos vegetais são carboidratos, lipídios e proteínas. Podem ser extraídos de qualquer ór- gão da planta, mas principalmente de raízes e caules (car- boidratos) e de sementes e frutos (lipídios e proteínas). e) Amido e outros carboidratos constituem a única forma de reserva nas plantas. Podem ser extraídos de qualquer órgão vegetal, embora se concentrem nas raízes e nos caules. 06. Considere uma refeição onde estão incluídos arroz branco, feijão, batata inglesa, alface e pimentão. Assinale a alterna- tiva que representa a parte comestível dos vegetais cita- dos, na ordem em que foram apresentados. a) Endosperma da semente, semente, raiz, folha e fruto. b) Endosperma da semente, semente, caule, folha e fruto. c) Semente, endosperma da semente, caule, folha e fruto. d) Fruto, semente, raiz, folha e endosperma da semente. e) Semente, fruto, caule, folha, e fruto. Bi ol og ia 24 5 CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Aula 19Aula 19 Histologia vegetal - Tipos de Tecidos Vegetais Tecidos Meristemáticos primário secundário permanentes revestimento condução sustentação secreção preenchimento 1. Tecidos Adultos ou Permanentes: São originados a partir dos meristemas; fazem parte do corpo do vegetal. - diferenciados. - capacidade reduzida de realizar mitose. - parede celular espessa. - apresenta 1 vacúolo central. 1.1. Tecidos de Revestimento ou Proteção: São tecidos responsáveis pelo revestimento externo, pro- teção, trocas gasosas, secreção e defesa. Podem ser de dois tipos: Epiderme e Súber. localização Parede celular clorofi la Epiderme Folha Caule Raizes Celulose (vivo) Aclorofi lado súber Cauleraizes Celulose e lignina (morto) aclorofi lado - Epiderme: Tecido de revestimento que recobre as raízes, caules, fo- lhas, fl ores e frutos. É constituído por células vivas (sem clo- roplastos ‒ não clorofi ladas ‒ exceto as células estomáticas), achatadas, justapostas, com grande vacúolo; sendo encontra- do em quase todos os órgãos vegetais. Na superfície da epi- derme pode ocorrer deposição de cutina ou cera (substâncias impermeabilizantes). - Anexos da epiderme: Cutícula: Camada lipídica (cutina) localizada sobre e sob as epidermes superior e inferior, respectivamente. A cutícula reduz a perda de água por transpiração, protegendo a planta contra a desidratação. É bem desenvolvida em plantas xerófi tas. Acúleos: São estruturas pontiagudas rígidas, com fun- ção de defesa. Freqüentemente confundidos com espinhos [modifi cação foliar (cáctus) ou caulinar (limoeiro)]. Diferem entretanto dos mesmos por serem facilmente destacáveis e por não apresentarem elementos condutores. Ex.: Roseira e Unha-de-Gato. Pêlos ou Tricomas: São formações epidérmicas com fun- ção de proteção contra desidratação (protegendo o excesso de transpiração), absorção (em geral na epiderme da raiz, onde atuam na absorção de água e sais minerais), secreção (produzindo secreções oleosas, digestivas ‒ plantas carnívoras ‒, ou urticantes), e disseminação (algodão). Estômatos: São formações epidér- micas responsáveis pelas trocas gaso- sas e pela transpiração vegetal. Geral- mente se localizam na epiderme infe- rior. Cada estômato é formado por duas células clorofi ladas (células-guarda ou estomáticas) e duas células anexas ou companheiras. Entre as células estomá- ticas encontra-se um orifício, o ostíolo. Nota: Quanto a localização dos estômatos, as folhas podem ser clas- sificadas em: Epiestomáticas (pos- suem estômatos somente na epi- derme superior), Hipoestomáticas (possuem estômatos somente na epiderme inferior) e Anfiestomáticas (pos- suem estômatos tanto na epiderme superior quanto na inferior). Hidatódios: São formações epidérmicas (estômatos mo- difi cados), responsáveis pela gutação ou sudação (eliminação de água na forma líquida); Papilas: São elevações cônicas localizadas na epiderme superior das pétalas (fl ores), dando aspecto aveludado. Essas estruturas contém essências vegetais (perfume), logo estão relacionadas com o processo de polinização. Escamas: São modifi cações dos pêlos. Sua função e prin- cipalmente de proteção contra a perda de água. Em plantas epífi tas (vegetais que vivem sobre outros, sem contudo para- sitá-los) funcionam na absorção de água e sais minerais (esca- mas absorventes). - Súber ou Cortiça: É um tecido de revestimento formado por células mor- tas impregnadas por suberina (substância pouco permeável ao gases), funcionando como elemento de revestimento e isolante térmico. Substitui a epiderme em caules adultos de gimnospermas e angiospermas dicotiledôneas. Nota1: Lenticelas: São aberturas do súber que permitem o arejamento e trocas gasosas ao nível do caule; Nota2: As camadas mais superfi ciais do súber despren- dem-se formando placas denominadas Ritidomas. Nota3: O súber maduro chama-se cortiça que tem valor comercial. Plantas como o sobreiro (Quercus suber), são culti- vadas para a extração da cortiça. Bi ol og ia 24 6 CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS 1.2. Tecidos de Sustentação ou Mecânicos: São tecidos cuja principal função e fornecer um “esquele- to” de sustentação ao vegetal. Podem ser de dois tipos: Colên- quima e Esclerênquima. - Colênquima: é um tecido de sustentação e resistência formado por células vivas, arredondadas ou prismáticas. Suas paredes, primárias, são engrossadas com as cama- das suplementares de celulose, caracterizando o colên- quima como um tecido altamente resistente à rotura. Obs: No colênquima angular o reforço celulósico está concentrado nos ângulos das células; no colên- quima anelar a celulose aparece em camadas circulares concêntricas que diminuem o lúmen celular; no colên- quima laminar ou tabular o reforço celulósico deposita- se nos pólos das células, de tal forma que em um tecido formam-se lâminas ou tábuas contínuas de celulose. A- Colênquima angular; B- Colênquima anelar; C- Colênquima laminar. (Modificado de Ludwig Buckup). Esclerênquima: é o tecido de sustentação formado por células mortas, com membranas reforçadas por lignina. Como essa substância é impermeável e como nas células do escle- rênquima ela se deposita em toda a parede celular, estas célu- las morrem, pois não podem realizar trocas de gases e outras substâncias. É encontrado em caules e raízes adultos, assim como frutos, sementes e ao redor do xilema.. Nota: Certas fi bras do esclerênquima (juta, malva, linho), são utilizadas na indústria têxtil. Nota: É importante ressaltar que a morte das células de certos tecidos vegetais como o Súber e o Esclerênquima, não é uma morte casual; é o ponto fi nal de um processo de dife- renciação celular, de tal forma que as células que morrem para executar suas funções são elementos tão importantes para a planta como qualquer célula viva Nota: Desde a antiguidade o homem vem aproveitando, para fi ns econômicos, as fi bras vegetais. O linho, por exemplo, é cultivado há mais de 3.000 anos. As fi bras são classifi cadas, do ponto de vista comercial, em fi bras duras e brandas. As fi bras duras, extraídas das folhas de monocotiledôneas, têm paredes celulares muito lignifi cadas e difíceis de tecer, como o o sisal e a yucca. As fi bras brandas, suaves e fl exíveis, apro- priadas para a indústria têxtil, têm paredes escassamente lig- nifi cadas, como o linho, o cânhamo, a juta e o rami Aula 20Aula 20 1.3. Tecidos de Preenchimento: São tecidos vegetais relacionados com o preenchimen- to, armazenamento e síntese de substâncias. Podem ser dos seguintes tipos: Parênquima Clorofi liano ou Clorênquima: Localiza-se no mesófi lo foliar e pode ser de dois tipos: parênquima paliçádico (constituído por células alongadas, prismáticas e justapostas. Suas
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