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FACULDADE FARIAS BRITO DISCIPLINA: CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS UNIDADE VII – ALVENARIA 2 0 1 6 . 2 P R O F E S S O R E S : E N G . TA L E S N A R D E L E - M A I L : N A R D E L @ F F B . E D U . B R E N G . J O S É S O A R E S E - M A I L : J S - E N G E N H A R I A @ H OT M A I L . C O M Sumário 1. Conceito de Alvenaria 2. Aspectos Construtivos de uma Alvenaria 3. Projeto de uma Alvenaria 4. Tipo de Elementos de Alvenaria 5. Argamassa de Assentamento 6. Consumo 7. Execução das Alvenarias 1. Conceito de Alvenaria 1. Conceito de Alvenaria A alvenaria pode ser entendida como um componente construído em obra, por meio da união entre unidades (blocos e tijolos), e o elemento de ligação (argamassa de assentamento) formando um conjunto monolítico e estável. Não é dimensionada para carga verticais, além do seu peso próprio. 1. Conceito de Alvenaria Vedação Estrutural É dimensionada para resistir cargas além do seu peso próprio. 2. Aspectos Construtivos de uma Alvenaria 2. Aspectos Construtivos de uma Alvenaria Na execução devem ser observadas as diferentes características: • Ergonomia; • Regularidade dimensional; • Absorção de água; • Tamanho do bloco; • Desempenho térmico e acústico; • Peso específico; • Outras observações. 2. Aspectos Construtivos de uma Alvenaria • Ergonomia Levantamento e transporte de tijolos; Flexão e torção do tronco; Carga lombar elevada no assentamento próximo ao solo. 2. Aspectos Construtivos de uma Alvenaria • Regularidade dimensional Atenção a família do bloco; Verificar se o bloco não está quebrado em algumas regiões; Verificar a integridade do bloco. 2. Aspectos Construtivos de uma Alvenaria • Absorção de água O tijolo é de ter uma boa aderência para garantir a fixação da argamassa; 2. Aspectos Construtivos de uma Alvenaria • Tamanho do bloco Atenção a família do bloco; Verificar se o bloco não está quebrado em algumas regiões; Verificar a integridade do bloco. 2. Aspectos Construtivos de uma Alvenaria • Desempenho térmico acústico; • Peso específico. 2. Aspectos Construtivos de uma Alvenaria • Desempenho térmico acústico; • Peso específico. 2. Aspectos Construtivos de uma Alvenaria Afinal, qual é a melhor: Drywall ou Alvenaria de Tijolo ?? Alguns pontos que devem ser observados: • Preço; • Mão de obra; • Fornecedor; • Produtividade; • Durabilidade; • Desempenho termo acústico 2. Aspectos Construtivos de uma Alvenaria • Outras observações Deve-se também verificar a capacidade de suporte e fixação de outros elementos de acabamento ou decoração. 3. Projeto de uma Alvenaria 3. Projeto de uma Alvenaria Um projeto de alvenaria deve conter: • Tipo do elemento de alvenaria (blocos cerâmicos, tijolos comuns, blocos de concreto); • Projeto das fiadas dos elementos: 3. Projeto de uma Alvenaria Um projeto de alvenaria deve conter: • Projeto das fiadas dos elementos: 3. Projeto de uma Alvenaria Um projeto de alvenaria deve conter: • Posicionamento dos elementos embutidos e tubulações hidráulicas; 3. Projeto de uma Alvenaria Um projeto de alvenaria deve conter: • Dimensão dos vãos para colocação de portas e janelas; • Detalhe de execução das vergas e contra vergas; 3. Projeto de uma Alvenaria 3. Projeto de uma Alvenaria Um projeto de alvenaria deve conter: • Ligação entre alvenaria e estrutura, principalmente com os pilares; 3. Projeto de uma Alvenaria Um projeto de alvenaria deve conter: • Detalhes construtivos gerais (ligações com pilares, encunhamentos, encontros entre paredes, juntas etc) 3. Projeto de uma Alvenaria 3. Projeto de uma Alvenaria Um projeto de alvenaria deve conter: • Especificação detalhada de todos os materiais empregados tais como: blocos, argamassa, ganchos etc; 3. Projeto de uma Alvenaria Um projeto de alvenaria deve conter: • Descrição de todo o processo de execução das paredes, principalmente dos tempos de cura antes de fazer os encunhamentos (caso seja necessário). 4. Tipos de Elementos de Alvenaria 4. Tipos de Elementos de Alvenaria Para a execução das alvenarias nas paredes são diversos os elementos que podem ser utilizados. São classificados da seguinte forma: 4. Tipos de Elementos de Alvenaria 4. Tipos de Elementos de Alvenaria 4. Tipos de Elementos de Alvenaria 4. Tipos de Elementos de Alvenaria Pau a Pique: Sistema construtivo que utiliza gradeados de varas de madeiras preenchidos com barro. Utilizadas em construções no interior do País. As travessas são armadas com bambus, que se sobrepõem horizontalmente, a cada aproximadamente quinze centímetros. Eles são amarrados com cipós aos esteios verticais, feitos com bambu inteiro. A seguir, barreia-se as paredes, que não são alisadas. 4. Tipos de Elementos de Alvenaria 4. Tipos de Elementos de Alvenaria Alvenaria de Pedras: Técnica de cortar e preparar rochas para a construção, com efeitos decorativos e estrutural. É uma das mais antigas técnicas de construção. Grandes obras, como catedrais, pontes e castelos, foram construídas usando esta técnica. Uma obra em cantaria tanto pode usar argamassa como pode ser no estilo pedra seca. 4. Tipos de Elementos de Alvenaria Tijolo de barro seco ao sol – Adobe: Pequeno bloco semelhante ao tijolo, preparado com argila crua, secada ao sol, e que também é feito misturado com palha, para se tornar mais resistente. 4. Tipos de Elementos de Alvenaria Tijolo cerâmico: • Comum; • Laminado; • Refratário; • Furado. . 4. Tipos de Elementos de Alvenaria Tijolo cerâmico Comum (maciço): Tijolos obtido pela moldagem do barro (argila) seco ao sol e depois cozido em fornos. São de alto custo, principalmente nas grandes cidades, e são utilizados para vedação. São fabricados também como elemento de decoração. Medidas, mais comuns, encontradas são: (4,5 x 9 x 19) cm e (5 x 10,5 x 21) cm. Peso: 2 a 3 Kg. 4. Tipos de Elementos de Alvenaria Tijolo cerâmico laminado (à vista): Utilizado para alvenaria aparente. Massa mais homogênea e compacta. Mais caro. Não recomendado para receber revestimentos, ou, usar chapisco. 2,3,4,6,10,21 furos. Menor peso. 4. Tipos de Elementos de Alvenaria Tijolo cerâmico refratário: Cozimento de argila refratária. Resistente a altas temperaturas – 1200°C (fornos, fornalhas, lareiras, churrasqueiras). Mais resistente à compressão que tijolo comum. 4. Tipos de Elementos de Alvenaria Tijolo cerâmico furado (baiano): Têm como matéria prima a argila, que é extrudada e seca em fornos. Possuem furos longitudinais e baixa porosidade. Ranhaduras para facilitar aderência da argamassa. Menor peso. Melhor isolante termo-acústico. Diversas furações. 4. Tipos de Elementos de Alvenaria Tijolo cerâmico furado (baiano) - Desvantagens: 1. Pequena resistência à compressão não devendo ser aplicado em paredes estruturais; 2. Faces externas não apresentam a porosidade necessária para fixação do revestimento, devendo receber antes uma demão de chapiscado de argamassa de cimento e areia (1:4); 3. São necessários tijolos maciços para eventuais encunhamentos nas faces inferiores de vigas e lajes; 4. Os rasgos para embutir os encanamentos de água, eletricidade e tacos são grandes devido à fragilidade desse tipo de tijolo. 4. Tipos de Elementos de Alvenaria Blocos de Concreto: Peças retangulares, fabricadas com cimento, areia, pedrisco, pó de pedra e água. São blocos vazados, no sentido da altura, com maior resistência compressão . Em relaçãoao acabamento os blocos de concreto podem ser para revestimento (mais rústico) ou aparentes. Usado em alvenaria estrutural armada. 4. Tipos de Elementos de Alvenaria Blocos de Concreto: Família 14: 4. Tipos de Elementos de Alvenaria Blocos de Concreto: Vantagens: 1. Demandam menor tempo de assentamento e revestimento, economizando mão-de-obra; 2. Consomem menos quantidade de argamassa de assentamento; 3. Apresentam melhor acabamento e são mais uniformes. Desvantagens: 1. Não permitem corte; 2. Dificuldade no encunhamento nas faces inferiores das vigas e lajes; 3. Os desenhos dos blocos aparecem nas alvenarias externas em dias de chuva, mesmo depois de revestidos, devidos a diferença de absorção de umidade entre os blocos e a argamassa de assentamento; 4. Tipos de Elementos de Alvenaria Blocos Sílico-Cálcários: Mistura de cal virgem, areia fina quartzosa e agua. Prensagem em moldes (alta pressão). Destinados a alvenaria estrutura não armada (auto portante), alvenaria aparente, paredes termo acústicas, resistentes ao fogo. 4. Tipos de Elementos de Alvenaria Blocos de Concreto Celular Autoclavados: Fabricados a partir de uma mistura de cimento, cal, areia e pó de alumínio, autoclavado, permitindo a formação de um produto de elevada porosidade, leve, resistente e estável. O produto é apresentado em blocos ou painéis, com dimensões e espessuras variadas, que permitem a execução de paredes de vedação e lajes. 4. Tipos de Elementos de Alvenaria Blocos de Concreto Celular Autoclavados: Características: 1. Peso 60% menor que os blocos cerâmicos: estruturas mais esbeltas e menor consumo de aço e menor carga nas fundações. 2. Maior dimensão dos blocos (até 40x60x19cm) levam a maior produtividade. 3. Regularidade de dimensões: possibilitam fina camada de revestimento Isolante térmico e acústico; alta resistência ao fogo (incombustível). 4. Pode ser cortado com serrote de dentes largos; pode ser furado, lixado e pregado com ferramentas comuns. 5. Exigem cuidados maiores no manuseio e armazenagem. 4. Tipos de Elementos de Alvenaria Blocos de Solo Cimento: Fabricados a partir da massa de solos argilosos ou arenoargilosos mais cimento, com baixo teor de umidade, em prensa hidráulica, formando blocos maciços ou vazados. Na mistura de solo-cimento podem ser acrescentados aditivos impermeabilizantes, cimento refratário, óxido de ferro (pigmento para colorir). 4. Tipos de Elementos de Alvenaria Blocos de Solo Cimento: Características: 1. Capacidade térmica e acústica. 2. Alvenaria de tijolos à vista. 3. Regularidade de dimensões, resultando em revestimentos de pequena espessura. 4. Dispensa o uso de chapisco. 5. Quando forem utilizados blocos vazados, as instalações hidráulica e elétrica podem ser feitas por dentro dos furos. 6. Tijolos assentados com argamassa colante. 4. Tipos de Elementos de Alvenaria Tijolo de Vidro: Peças ocas, estanques, preenchidas com ar rarefeito. Bom isolamento térmico e acústico. Várias colorações. 4. Tipos de Elementos de Alvenaria Normas: 5. Argamassa de Assentamento 5. Argamassa de Assentamento • Para a união dos elementos de alvenaria (tijolos ou blocos) são utilizadas argamassas compostas de cimento, cal hidratada e areia. 6. Consumo 6. Consumo Quais são os principais fatores que influenciam o consumo de materiais e a produtividade da mão de obra no assentamento de blocos cerâmicos?? Se houvesse as seguintes situações: • Se uma parede de alvenaria fosse feita sempre sob as mesmas condições (paredes do mesmo tamanho, não houvesse perdas; • Se o clima fosse estável; • Se o operário fosse um robô; A produtividade seria constante e daria para prever facilmente o tempo de obra e o consumo de materiais? 6. Consumo 6. Consumo • Considere uma obra de alvenaria com blocos cerâmicos (de 19 cm x 19 cm x 39 cm), com espessura da parede de 19 cm, juntas de 10 mm com argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia sem peneirar. Veja: 6. Consumo • Alguns dos principais fatores que influenciam o consumo e a produtividade: 6. Consumo • Alguns dos principais fatores que influenciam o consumo e a produtividade: Fonte: Tabela de Composições de Preços para Orçamentos (TPCO 14), Editora PINI. 6. Consumo Para determinar o consumo por m² temos que observar aos seguintes pontos: 1. Como há tijolos de menor espessura, de má qualidade e alguns ainda são cortados para acertar a modulação, em relação ao consumo para cada bloco a ser usado, o orçamentista deve considerar mais de uma unidade. Desta forma: Mínimo = 1,03 Médio = 1,11 Máximo = 1,25 6. Consumo Para determinar o consumo por m² temos que observar aos seguintes pontos: 2. Para saber a quantidade de blocos por metro quadrado, é só usar a fórmula abaixo. Sendo que o número 1 deve ser substituído de acordo com o nível de fatores que influenciam o consumo de sua obra: mínimo, médio e máximo. 6. Consumo Exemplo: Vamos imaginar que a obra tenha fatores de influência de nível máximo. Ou seja, sofre com a inexistência de métodos para dosagem e/ou mistura na obra, o corte dos componentes é feito com a própria colher de pedreiro, os blocos são de baixa qualidade e não chegam paletizados ao canteiro, dentre outros. Assim, precisaremos de 1,25 bloco, com 39 cm de comprimento e 19 cm de altura. A espessura entre as juntas é de 1 cm. Lembre-se de mudar as medidas: 19 cm = 0,19 m. 7. Execução das Alvenarias 7. Execução das Alvenarias 7.1 Juntas de assentamento Podem variar de 1 a 2 cm de espessura, devem ser em armação para fins de: • Distribuir adequadamente as tensões; • Movimentações térmicas e sempre com defasagem de ½ bloco ou unidade; • Modulação das fiadas; • Facilitar a passagem de instalações nos seus septos (furos). OBS: A falta de argamassa nas juntas verticais (“juntas secas”) não é uma boa técnica construtiva, pois além de comprometer a união entre os elementos causa prejuízo quanto à distribuição das tensões verticais oriundas de esforços externos e do peso próprio. 7. Execução das Alvenarias 7.1 Juntas de assentamento Tipo de amarração entre os elementos de alvenaria: 7. Execução das Alvenarias 7.2 Espessura das alvenarias Normalmente as alvenarias podem ter espessuras variáveis, de acordo com o posicionamento dos tijolos ou blocos. Comumente há denominações tais como: • alvenaria de “cutelo”: construída no sentido da sua menor espessura; 7. Execução das Alvenarias 7.2 Espessura das alvenarias • alvenaria de “Meia vez”: alvenaria executada quando os tijolos são assentados no seu sentido longitudinal, um após o outro; 7. Execução das Alvenarias 7.2 Espessura das alvenarias • alvenaria de “Uma vez”: alvenaria executada quando os tijolos são assentados no seu sentido transversal; 7. Execução das Alvenarias 7.2 Espessura das alvenarias • alvenaria de “Uma vez e meia”: quando os tijolos são assentados considerando-se os seus sentidos longitudinal e transversal. 7. Execução das Alvenarias 7.3 Locação das paredes • Antes da locação das paredes, é necessário conferir a posição de cada componente estrutural, como pilares, vigas e outros, com base na marcação da primeira fiada, marcar o início da alvenaria, com posição de eixo de cada parede, ou na maioria das vezes, o alinhamento da face do lado em que o pedreiro irá executar a alvenaria 7. Execução das Alvenarias 7.4 Nível da primeira fiada • Para nivelar a primeira fiada, conforme figura, deve-se verificar o projeto de posicionamento das paredes (ou o projeto de arquitetura) e o níveldefinitivo do piso ou da viga baldrame onde será assentada a alvenaria, além de marcar as fiadas nos pilares ou em equipamentos chamados escantilhões (régua graduada). A graduação de cada fiada vai depender da altura do tijolo/bloco que está sendo adotado, mais a espessura da argamassa de assentamento que pode variar de 1 a 2 cm, dependendo da uniformidade dimensional do tijolo/bloco. 7. Execução das Alvenarias 7.4 Nível da primeira fiada Nos casos em que a alvenaria é executada após a execução das vigas estruturais, o que é comum em edifícios, deve-se prever espaço para o “encunhamento”. 7. Execução das Alvenarias 7.5 Assentamento dos elementos de alvenaria Nivelada a base de assentamento, fixados os ferros de espera nas estruturas (quando for o caso), e feita a marcação das alturas das fiadas, tem início a execução ou o levantamento da alvenaria. 7. Execução das Alvenarias Detalhe do nivelamento da elevação da alvenaria 7. Execução das Alvenarias 7.5 Assentamento dos elementos de alvenaria Observar os seguintes passos: 1) Assentamento dos elementos nas extremidades, respeitando o alinhamento desejado por meio de linha esticada segundo o gabarito. 2) Complementam-se os elementos entre as extremidades já assentadas. 3) Segue-se, então, assentando as demais fiadas, respeitando as alturas de cada fiada, marcadas no elemento estrutural ou na régua graduada (escantilhão). 4) Se as marcações das fiadas estão niveladas, o nivelamento é automático. Mesmo assim, é importante a conferência do nível a cada três ou quatro fiadas assentadas. Da mesma forma, deve-se proceder com a verificação do prumo. 7. Execução das Alvenarias 7.5 Assentamento dos elementos de alvenaria Na elevação das paredes devem ser observados os seguintes cuidados: • As paredes apoiadas sobre vigas ou lajes contínuas devem ser levantadas simultaneamente em todos os vãos, não sendo aconselháveis diferenças de altura superiores a 1 m entre os vãos; • Ao lado da parede a ser erguida, o chão deve estar sempre bem limpo ou recoberto com lona plástica para reaproveitamento da argamassa raspada das juntas; • Os blocos cerâmicos deverão ser umedecidos para não “roubar” água da argamassa de assentamento, o que prejudica a hidratação do cimento; • A argamassa excedente das juntas será cuidadosamente raspada (para não tirar o bloco da posição) e reconduzida à caixa de massa; eventuais correções no nível e no prumo do bloco só poderão ser realizadas imediatamente após o assentamento. 7. Execução das Alvenarias 7.5 Assentamento dos elementos de alvenaria Na elevação das paredes devem ser observados os seguintes cuidados: • No caso de juntas frisadas, o frisamento deverá ocorrer num prazo compreendido entre uma e duas horas após o assentamento, com especial cuidado para não tirar os blocos da posição, empregando-se para isso ferramentas apropriadas. • Nos encontros com pilares, mais do que em qualquer outra posição, são vitais a compactação e o refluxo da argamassa; se, por qualquer motivo, resultar nesse encontro junta com mais de 3 cm de largura, deve-se empregar o microconcreto, com o máximo adensamento possível, em vez de argamassa. • Em nenhuma hipótese os encunhamentos serão executados imediatamente após o assentamento da última fiada de blocos. 7. Execução das Alvenarias 7.5 Assentamento dos elementos de alvenaria Na elevação das paredes devem ser observados os seguintes cuidados: • Constitui excelente prática o chapisco nas faces externas das paredes de fachada, executadologo após a elevação da alvenaria, protegendo- a contra a incidência das chuvas e evitando posteriores problemas de fissuras e descolamentos, parciais ou totais.. 7. Execução das Alvenarias 7.6 Amarração entre as fiadas Muitas vezes não há a necessidade da ligação entre a alvenaria e a estrutura. Nesses casos, as alvenarias de diferentes alinhamentos são assentadas com as chamadas “amarrações” entre as suas fiadas. Ou seja: uma parede estará engastada ou ligada à outra. 7. Execução das Alvenarias 7.6 Amarração entre as fiadas 7. Execução das Alvenarias 7.7 Encunhamento das paredes 7. Execução das Alvenarias 7.7 Encunhamento das paredes Em alvenarias destinadas a fechamento (alvenaria de vedação) de vãos entre estruturas deve-se deixar um pequeno vão entre a alvenaria e a viga estrutural. Isso porque se elevá-las até o final pode ocorrer um destacamento da alvenaria da estrutura por causa da acomodação entre as diversas fiadas da alvenaria, além da acomodação estrutural. Para prevenir tal situação, a alvenaria é interrompida cerca de 20 cm antes do encontro com a viga. O encunhamento é executado com tijolos maciços, assentados e inclinados com argamassa normal e pressionados entre a viga e a alvenaria já executada. O preenchimento do vão pode ainda ser executado com o uso de espuma expansiva de poliuretano e, nesse caso, o vão entre a alvenaria e a viga não deve ser superior a 3 cm. 7. Execução das Alvenarias 7.8 Vergas, contravergas e cintas de amarração Os contornos dos vãos de portas e janelas estão sujeitos a tensões concentradas, por causa das solicitações mecânicas a que as paredes estarão sujeitas, causando fissuras indesejáveis nos cantos e nos vãos dos caixilhos. 7. Execução das Alvenarias 7.8 Vergas, contravergas e cintas de amarração OBS: As vergas podem ser pré-moldadas ou moldadas no local, e devem exceder ao vão no mínimo 30cm ou 1/5 do vão; 7. Execução das Alvenarias Posicionamento da verga, contra verta e cinta de amarração OBS: No caso de paredes com altura superior a 3 m, devem ser previstas vigas de cintamento intermediárias, para absorção das tensões laterais a que as paredes estiverem sujeitas. Acima de 5 m, as paredes devem ser calculadas como alvenaria estrutural. 7. Execução das Alvenarias 7.8 Vergas, contravergas e cintas de amarração • Vergas: Elemento estrutural executado acima dos vãos dos caixilhos. • Contravergas: Elemento estrutural executado imediatamente abaixo dos vãos de janelas e vãos abertos em alvenarias. • Cintas de amarração: Viga de pequena seção executada no final da alvenaria (respaldo) com a finalidade de promover a solidarização (ou “amarração”) entre as alvenarias da construção. Têm também a função de melhor distribuir o peso da laje e da cobertura sobre a alvenaria. 7. Execução das Alvenarias 7.9 Controle de execução das alvenarias Independentemente de a alvenaria ser de vedação ou estrutural, alguns itens de controle são fundamentais para uma obra tecnicamente executada: • Prazo entre concretagem da laje do pavimento e início da alvenaria. • Verificação das posições das paredes, dos eventuais enchimentos nas suas bases e da adequação das folgas para encunhamento. • Checagem do posicionamento das juntas de controle, dos vãos de caixilhos e das instalações, entre outros, em estrita obediência ao projeto executivo. • Traços de argamassa, chapisco e microconcretos. • Posições e bitolas dos ferros “cabelo” e outros insertos. • Amarração, espessura, regularidade, compactação, alinhamento, nível e prumo das juntas de assentamento. 7. Execução das Alvenarias 7.9 Controle de execução das alvenarias • Amarração, ângulo e presença de armaduras nos encontros entre as paredes. • Prumo das paredes, nível e ângulos dos requadros dos vãos. • Posições de vergas, contravergas e da cinta de amarração. • Armaduras, umedecimento e concretagem de vergas, contravergas e das cintas de amarração. • Verticalidade dos caixilhos e correções de suas fixações na alvenaria. • Compactação da argamassa ou microconcreto nos encontros com pilares. • Prazo decorrido entre o término da alvenaria e seu encunhamento. • Compactação do material no encunhamento.
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