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um estudo de interpretação do leucograma

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Universidade Estadual do Maranhão-UEMA
Centro de ciências Agrárias- CCA
Curso: Medicina Veterinária
Disciplina: patologia clínica
Prof° Paulo de Vasconcelos Brito
Jucyara silva Moraes
São Luís
2015
Introdução
O hemograma completo está entre os exames mais requeridos em um laboratório clínico, e consiste em avaliar quantitativamente e qualitativamente as células sanguíneas de um paciente. A contagem dessas células auxilia no diagnóstico de doenças e no monitoramento de sua evolução ou regressão, sob um determinado tratamento. Quantidades altas ou baixas dessas células podem levar à descoberta de uma anemia, infecção ou até problemas do sistema imunológico.
O exame é dividido em duas séries, a vermelha que avalia a quantidade e características dos eritrócitos, e a branca que irá avaliar os leucócitos e seus precursores.
Leucograma 
	A respeito da série branca, o exame é muito mais simples. A contagem de leucócitos totais pode ser realizada manualmente, através de um esfregaço de sangue, ou automatizada, em que todas as células nucleadas serão contadas como leucócitos. 
Podemos diferenciar e classificar os leucócitos em basófilos, eosinófilos, neutrófilos, linfócitos, monócitos e outros blastos como mielócitos, metamielócitos e bastões. A quantificação é feita através da contagem de 100 leucócitos, ou seja, é expressa em porcentagem, e saber a quantidade de blastos é importante, já que esses indicam qualquer tipo de problema na produção das células.
Em um esfregaço de sangue temos também a separação das células por conta de suas proporções, sendo que os leucócitos ficam mais nas bordas, as hemácias ao centro, e blastos nas chamadas “franjas”. A quantidade de leucócitos indica a presença de um possível foco infeccioso, sendo que em uma situação de normalidade alguns deles se apresentam em taxas indetectáveis (basófilo, mielócito e metamielócito), outros em taxas bem baixas (eosinófilos, bastões e monócitos, com 2%,2% e 6% respectivamente) e outros estão sempre presentes em uma certa quantidade (linfócitos e neutrófilos com 10-30% e 45-80% respectivamente).
Material utilizado
Para coleta:
▪ Agulha estéril e descartável 				
 ▪ Algodão 
▪ Adaptador de coleta a vácuo 				
 ▪ Álcool 70%
▪ Garrote							
 ▪ Tubo com vácuo sem anticoagulante
▪ Tubo com vácuo com EDTA 
Vidraria e Instrumentação:
▪ Luvas descartáveis
▪ Tubos de ensaio 		
▪ Câmara de Beckenbauer				
▪ Pipetas automáticas de 20, 200 e 1000 µ L		
▪ Microscópio Óptico					
Reagentes:
▪ Sangue e Soro						
▪ Água destilada
▪Ácido acético glacial, azul de metileno 1% e água destilada
Determinação do número total de leucócitos 
Tomar o frasco com sangue mais anticoagulante e homogeneizar; 
Com a pipeta aspirar o sangue até a marca 0,5;
Diluir em seguida com solução fisiológica até a marca 11; 
Agitar, desprezar as primeiras gotas e encher a câmara de Neubauer por capilaridade; 
Contar os leucócitos dos quatro quadrados grande-angulares (figura 5.3) e multiplicar por 50/μl;
Foi utilizada uma câmara de Beckenbauer para a leitura das células com o auxílio de um microscópio óptico.
Cálculo 
Cálculo da Câmara de Newbauer para contagem de leucócitos Área lateral: 4 x 1mm2 Volume de cada quadrado lateral: 1/10mm3 Profundidade: 1/10mm Volume total dos 4 quadrados laterais: 4/10mm3 Diluição da pipeta: 1/20 Números de quadrados médios centrais contados: 5 Portanto: 4 x 1 = 4 = 1 Ou seja, 10 20 200 50 o fator é x 50 Observação: 1μl = 1mm3
Estimativa da contagem de leucócitos
 A contagem dos leucócitos pode ser também estimada indiretamente no esfregaço sanguíneo. Na interpretação do leucograma deve ser utilizado o resultado absoluto da contagem leucocitária, pois o resultado relativo não expressa a realidade leucocitária. Um caminho adicional na avaliação de um leucograma é examinar rapidamente a proporção de neutrófilos maturos para linfócitos, usando a seguinte proporção normal: 
Cão – 2,5 a 3,5: 1 ; Cavalo – 1,5:1 ; Suíno – 0,7:1; Gato – 1,8:1; Bovino – 0,5: 1 
Interpretação: 
Alterações no número de leucócitos na circulação
Variações no número de leucócitos podem ocorrer em situações fisiológicas ou de doença. Os sufixos "ose" ou "filia" são usados para denotar um aumento acima da contagem máxima, enquanto que o sufixo "penia" denota diminuição abaixo dos níveis mínimos. 
Pode resultar de um ou mais dos seguintes fatores: diminuição da produção em casos de danos a medula óssea ou necrose do tecido linfóide, granulopoiese inefectiva ou diminuição da liberação na circulação, aumento na utilização ou destruição, como nos casos de sepsias. Alguns dos motivos mais comuns de leucopenia são algumas doenças a vírus, septicemia ou toxemia bacteriana, alguns casos de leucemia, anafilaxia, substâncias tóxicas, drogas ou outros compostos químicos, que competem na utilização do ácido fólico pelas células e ainda deficiências nutricionais.
.
Desvio à esquerda regenerativo
Neste tipo de desvio observa-se leucocitose e neutrofilia, mas há manutenção da distribuição piramidal dos neutrófilos, isto é, os mais jovens em número inferior aos mais maduros. É considerado pequeno quando são vistos apenas neutrófilos bastonetes, moderado quando são observados metamielócitos e bastonetes e ainda, acentuado quando são vistos mielócitos, metamielócitos e bastonetes. Representa prognóstico bom, pois indica funcionamento normal do processo inflamatório.
Desvio à esquerda degenerativo
Neste caso o número total de neutrófilos é normal ou há até mesmo neutropenia, mas há aumento do número de formas jovens. Há duas explicações para o desvio à esquerda degenerativo. No primeiro caso, o número de neutrófilos deveria estar aumentado, mas a destruição dessas células processa-se a uma velocidade maior que a sua reposição. No segundo caso há uma interferência no processo de maturação das células, causada por agressões em nível medular. O prognóstico para o desvio a esquerda degenerativo é reservado, exceto nos ruminantes em fase inicial de resposta inflamatória.
Neutrofilia 
A neutrofilia fisiológica não tem relação com alterações patológicas; é causada por uma liberação súbita dos neutrófilos do compartimento marginal. Isto ocorre após as refeições, na gestação, após exercícios violentos ou prolongados, após vômitos ou convulsões e no estresse.
Existem situações em que a neutrofilia é patológica, como por exemplo, na fase aguda das inflamações e infecções, especialmente aquelas causadas por bactérias piogênicas, como a maioria dos cocos. 
Neutropenia 
A neutropenia ocorre basicamente por dois mecanismos, ou seja, quando há diminuição da produção de neutrófilos por uma hipoplasia granulocítica da medula óssea, seja ela de origem infecciosa (parvovirose, erlichiose), uso de drogas como estrógeno e sulfas nos cães e fenilbutazona em eqüinos e ainda intoxicações por plantas, como a samambaia no caso dos bovinos. O segundo mecanismo é o excesso de consumo dos neutrófilos, em processos infecciosos graves e demorados.
Linfocitose/Linfopenia
Em filhotes e animais em crescimento observa-se linfocitose fisiológica, pois neles a atividade imunogênica é mais intensa. O mesmo ocorre após vacinações ou imunizações, independentes da natureza do antígeno. A linfocitose patológica ocorre quando o agente agressor é antigênico, como por exemplo, nas erlichioses e de modo especial nas viroses; infecções crônicas; linfoadenopatias inespecíficas, locais ou generalizadas. Algumas protozoonoses são caracterizadas por linfocitose persistente, ainda que moderada, podem ser citadas como exemplo a doença de Chagas e a toxoplasmose.
A linfopenia ou linfocitopenia
 Ocorre na fase aguda das inflamações, em viroses imunodepressoras e em processos infecciosos graves. A administração de antagonistas do ácido fólico e de drogas antineoplásicastambém levam a linfopenia, bem como em algumas doenças mieloproliferativas como a doença de Hodgkin descrita no cão, certos linfossarcomas nesta e em outras espécies e em neoplasias de outros tecidos, quando em estado avançado. O aumento no nível de corticosteróides circulantes, seja endógeno como no hiperadrenocorticismo ou iatrogênico é um fator determinante de linfopenia.
Eosinofilia/Eosinopenia.
O aumento no número de eosinófilos circulantes acima do normal da espécie ocorre em doenças alérgicas, onde há processos inflamatórios com hipersensibilização; infecções parasitárias, principalmente naqueles em que há lesão profunda de tecido e nas parasitoses intestinais, embora nestas com menor intensidade. Observa-se eosinofilia intensa no granuloma eosinofílico do gato. 
O reaparecimento dos eosinófilos no término da fase aguda da inflamação marca geralmente o início da recuperação do organismo. Já a eosinopenia ocorre na fase aguda das inflamações, após intenso estresse emocional ou físico, nas endotoxemias e nas situações em que há excesso de hormônios corticosteróides circulantes, sejam de origem endógena ou exógena.
Monocitose/Monocitopenia
A monocitose é observada principalmente na fase de recuperação das inflamações, quando os monócitos iniciam o trabalho de "limpeza" da região inflamada. Outras situações em que há monocitose são: desnutrição e caquexia, inflamações inespecíficas ou doenças crônicas e leucemia monocítica.
Basofilia
Não é observada normalmente, pois estas células estão presentes em número bastante reduzido na circulação dos animais domésticos. Em alguns casos, porém, pode ser observada: nas mesmas ocasiões em que há eosinofilia, ou ainda em casos de tuberculose.
Referências 
www.ufpi.br/subsiteFiles/ciencianimal/arquivos/.../Disset%20Eunice.pdf 
www.valeri.com.br/infexa.php?tipo=C&subtipo=LEUCOGRAMA 
www.portaleducacao.com.br › Enfermagem › Artigos › Artigos
Apostila patologia clinica​_pdf
Manual_coleta-exames laboratorias 
Patologia clinica veterinária - DUNCAN, J.R; PRASSE, K.W
FIGURA 5.3. Esquema da câmara de Newbauer Contagem de leucócitos. Utilize a área central para contar as hemácias na sua aula prática, escrevendo os respectivos números das contagens parciais nos respectivos quadrados.

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