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Fichamento do livro Sem Fronteiras - Cap. 3 O Mundo Dentro.

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Universidade Federal de Juiz de Fora
Mobilidades Contemporâneas
“Sem Fronteiras”
Capítulo 3: O Mundo Dentro
Cristiano Weich C. Gonzalez
Érika Nunes Ribeiro
Fichamento:
	
	CHANDA, Nayan. Sem Fronteiras. (Carece de referência) 
	p.121
p.123
p.124
p.125
p.126
p.128
p.129
p.130
p.131
	
p.132
p.133
p.134
p.135
p.136
p.139
p.140
p.141
p.142
p.143
p.144
p.145
p.146
P.147
p.148
p.149
 
p.150
p.151
p.152
p.153
p.157
p.159
p.162
p.164
	“A pressão incessante para abrir mercados em países em desenvolvimento estava ajudando a enriquecer multinacionais, mas prejudicando o restante. Trabalhadores de países desenvolvidos estavam perdendo seus empregos para trabalhadores em fábricas insalubres de países como China e Indonésia. Na busca de lucro empresarial, as florestas tropicais do mundo estavam desaparecendo, e empresas que faziam pesca de arrasto nos oceanos para conseguir volumes cada vez maiores ameaçavam de extinção as tartarugas marinhas. Que lugar melhor para expressar a raiva dos manifestantes do que Seattle, lar das mais poderosas empresas globalizadoras dos Estados Unidos – Boeing, Microsoft e Starbucks?”
“De fato, o protesto em Seattle ressalta a natureza dupla da globalização. Séculos de comércio a longa distância envolvendo mercadorias básicas literalmente trançara mo mundo. O algodão produzido em um lugar é transformado em roupas em outro; o trabalho estafante de colhedores de café no Quênia produz lucros enormes para varejistas de café em Nova York e Londres”.
“A pequena folha de silício em todos os aparelhos eletrônicos – o micro-chip – foi o culpado que ajudou a transformar os protestos contra a globalização em um fenômeno mundial. Mas o próprio micro-chip é fruto de milênios de exploração e integração global. Inventado por dois americanos, o micro-chip na verdade é “feito em toda parte”. Como veremos, produtos cotidianos como algodão, café e micro-chip carregam a história de como agentes de globalização produziram a interligação do mundo. Para parafrasear o slogan que a Intel coloca em seu onipresente logotipo – “Intel Inside” -, algodão, café e micro-chips têm o Mundo dentro”.
“O algodão silvestre (a palavra deriva do árabe al-qoton) foi domesticada no vale do Rio Indo, no subcontinente indiano, em algum momento entre 2300 e 1760 a.C. A habilidade dos indianos para tecer panos de algodão e tingir o tecido com cores resistentes foi logo descoberta pelos vizinhos, que começaram a enviar barcos e caravanas de camelos para comprar o tecido em troca de ouro, prata e pedras preciosas.”
“Até a revolução industrial os têxteis os indianos continuaram a ser o manufaturado mais exportado do mundo. Os têxteis de algodão eram os grandes responsáveis pelo produto interno bruto da Índia corresponder a quase 25 % da soma do produto interno bruto de todos os países em 1700”.
“A demanda por têxteis indianos era tão grande que a Grã-Bretanha tinha um constante déficit comercial, não muito diferente daquele do qual o historiado romano Plínio se queixara de cerca de 1700 anos antes”.
“...alguns britânicos acharam que a devoção religiosa era uma boa razão para proibir a importação de algodão.”
“Em 1721, a Grã Bretanha aprovou outra Lei Calicó banindo todos os tipos de testeis de algodão, mas isso serviu apenas para aumentar o trafico. A reação oba à popularidade do Calicó indiano foi começar a produzir localmente o mesmo tecido, mas isso se revelou um problema”
“Embora ainda fosse necessários muitos operários para trabalhar nas maquinas, a velocidade e o volume de produção eliminaram a vantagem da mão de obra barata de que a Índia desfrutava ate então.”
“A revolução industrial teve efeito oposto nos plantadores de algodão americanos, que simplesmente não conseguiam fornecer algodão suficiente para os teares britânicos.”
“A aceleração do processo aumentou de forma dramática em dez vezes a exportação americana de algodão no ano seguinte à invenção de Whitney.”
“O cultivo de algodão se expandiu, virtualmente eliminando outras culturas. Aumentou da mesma forma a população escrava africana, Especialmente à medida que as mulheres passaram a ser preferidas por sua suposta agilidade na colheita do algodão.”
“Os manifestantes em Seattle mostraram como a globalização do algodão estava tendo um impacto muito diferente nos Estados Unidos um século e meio depois: enquanto os produtores americanos de algodão, engordados por subsídios governamentais, ficavam em casa, os operários americanos da indústria têxtil estavam nas ruas protestando contra a ameaça a seus empregos representada pelas importações.”
“O crescimento do algodão americano também sinalizou o começo do declínio da hegemonia têxtil britânica.”
“Não surpreende que a fabricação de roupas se tornasse um dos setores que mais empregam na economia moderna. E oferecesse a economias emergentes a oportunidade de ingressar na cadeia de produção mundial em diferentes pontos da operação, de fiação à costura de botões.”
“Em busca de mão de obra barata, a indústria têxtil americana se moveu cada vez mais para o sul – da nova Inglaterra para Carolina do Norte e depois para o Caribe, finalmente atravessando o pacífico para as famintas economias emergentes. Os salários variam entre dez dólares à hora nos Estados Unidos e vinte centavos de dólar na China e no Vietnã.”
“o MFA (Multi-Fiber-Arrangement, ou acordo multifibras), um complexo sistema de cotas dado a quase cinqüenta países, foi desenvolvido em 1974 para proteger o setor de confecção dos países desenvolvidos da competição com países de salários mais baixos.”
“A etiqueta nas calças acabadas pode dizer “feitos em Camboja”, mas elas na verdade são um produto global”
“Economistas do Banco Mundial e do FMI estimam que as barreiras a têxteis e roupas custaram aos países em desenvolvimento 40 bilhões de dólares em faturamento de exportação perdidos, e os privaram de 27 milhões de empregos – ou 35 empregos para cada emprego reservado nas nações ricas.”
“Embora o declínio dos países pobres com o fim das cotas tenha sido menos severo que o previsto, o aumento nas exportações chinesas para os Estados Unidos e a Europa a partir de janeiro de 2005 provocou uma nova onda de protestos na indústria e dos trabalhados locais.”
“Em alguns Campi universitários americanos quiosques da Starbucks são instalados perto da biblioteca para ajudar os estudantes a permanecer acordados durante as longas horas, da mesma maneira que os dervixes no mosteiro de Shehoder, no Iêmen.”
“O consumo de café tomou conta do mundo islâmico, e seu sucesso no império otomano para sempre associou na mente européia a bebida ao luxo e ao exotismo do oriente. Embora fosse estimulante, ele não tinha o efeito social negativo do vinho, banido pelo islamismo. Grãos de café podiam ser transportados com facilidade e estocados. Ainda mais importante, o café era, como nenhum outro, um estimulo a encontros sociais em todas as horas.”
“Como observa Rauph S. Hattox em sua história do café, os cafés não apenas serviram como diversão, mas injetaram algo inteiramente novo na sociedade muçulmana. Os cafés deram a todos uma oportunidade de “sair de casa” a qualquer hora e criaram novos hábitos sociais que não eram possíveis antes. Foi um hábito que se espalhou para muitas sociedades do mundo após conquistar a Europa.”“Assim como os de Istambul, os florescentes cafés do Irã foram fechados pelo xá a conselho de seus imãs , incomodados pelos seus cidadãos estarem perdendo tempo contando historias chulas nos cafés em vez de irem à mesquita.”
“De uma mera bebida, o café transformou-se ume estilo de vida. Dos salões de café elegantes ao café como ponto de encontro de intelectuais, a bebida dos sufis e iemenitas tomara a cultura da Europa.”
“A rápida disseminação de cafés pela Europa e a demanda crescente da bebida da moda não podiam ser atendidas pelos carregamentos de café enviados do porto e iemenita de Moca. Como era um hábito de países com produto de exportação preciosos, o sultão do Iêmen havia imposto restrições: ele proibiu a exportação de grãos de café não fervidos ou moídos. Os Europeus fascinados pelo café encontraram um modo de contornar a proibição. Eles colonizaram terras onde havia chuvas abundantes.”
“Na França, a mania do café foi lucrativa para a companhia das Índias do comerciante Jean de la Roque, que tinha o monopólio do comercio francês de café com o Iêmen. Assim, a empresa ficou preocupada ao saber que autoridades coloniais francesas na ilha caribenha de Martinica planejavam um espião ao Iêmen para roubar sementes de café. Logo foi encontrada uma solução.”
“Mesmo em seus territórios sul-americanos, os franceses e holandeses seguiram a prática Iemenita de proibir a exportação de sementes vivas. Frustrados por sua incapacidade de conseguir a planta de ouro, os portugueses finalmente tiveram uma oportunidade em 1727, quando um oficial luso-brasileiro neutro foi convidado a mediar uma disputa de fronteiras entre os governadores das Guianas francesa e holandesa. Francisco de Melo Palheta concordou rapidamente, mas seu interesse era mais descobrir um modo de apanhar sementes de café do que em arbitrar uma disputa territorial. Um breve mas apaixonado caso amoroso com a esposa do governador francês deu à Palheta a oportunidade ideal.Segundo Heinrich Jacob, em um banquete, sob o olhar do marido que nada suspeitava, a esposa do governador deu a ele um enorme buquê. Escondido dentre dele havia um punhado de grãos de café maduros.Palheta zarpou com seu tesouro e o Brasil iniciou o caminho para se tornar o maior produtor mundial de café.”
“O trafico transatlântico de escravos conduzido pelos portugueses operava desde o século XVI, à medida que cada vez mais era necessária no Brasil mão de obra para cavar minas e plantar cana de açúcar, cacau e tabaco. Ironicamente, no momento em que o café chegou no Brasil, seu governo colonial havia se curvado à pressão britânica e anunciado a abolição da escravidão. Mas um grande aumento de demando de força para limpar terras, plantar, cuidar e colher café levou a um aumento sem precedentes do tráfico de escravos.”
“O tráfico ilegal era responsável por desembarcar mais de 45 mil escravos africanos todo ano. As fazendas de café também produziram uma mudança demográfica ao tráfico de escravos.”
“A emancipação dos escravos estimulou a emigração da Europa, com italianos, portugueses, espanhóis, alemães, russos e até japoneses chegando ao Brasil para trabalhar em fazendas de café...”
“O café também causou problemas na Ásia. O lucrativo comércio do café alimentou a expansão colonial no sudeste da Ásia e a utilização do trabalho forçado para produzir a colheita dobrada. Comerciantes holandeses introduziram o café no oeste de Java, e aristocratas locais entusiasmadamente se juntaram à mania de cultivar a planta. Elas cresceram e forneceram café aos comerciantes holandeses, levando ao surgimento da Indonésia como um dos maiores produtores mundiais de café.”
“A prática holandesa de obrigar os plantadores a ampliar a produção de café quando o preço era alto e exigir sua redução sempre que o preço caía se revelou trágica para os fazendeiros, levando finalmente ao que poderia ser chamado da primeira guerra antiglobalização – a guerra de Java de 1810-11.”
“O século XIX viu o café se transformar de uma bebida especial da elite em um produto de massa.”
“Previsivelmente, alguns consideraram o café um instrumento na exploração dos trabalhadores durante a ascensão do capitalismo. Sidney Mintiz, descreve drogas leves como o café, açúcar, chá e chocolates como “mata-fomes proletários”. Ele escreve “à medida que mais despossuídos do interior se reúnem nas cidades da Europa e a produção industrial se dissemina, chá e café surgem para satisfazer as pessoas que estão com fome”.
“A redução dos custos de transporte, o aumento da renda dos Estados Unidos e na Europa e a expansão da urbanização transformaram o café em uma bebida universal para o ocidente então em desenvolvimento, em reação ao aumento da demanda, as fazendas de café espalharam-se – levando com elas as inevitáveis expansão e explosão.”
“O lado negro da explosão global do café em termos de escravidão e trabalhos forçados há muito terminou, mas cerca de 20 milhões de plantadores de café em todo mundo vivem hoje com a incerteza das flutuações de preço produzidas por climas ruins, pragas e excesso de produção. Hoje o café é plantado principalmente por pequenos produtores ao redor do mundo.”
“Em 1938, em resposta ao apelo do governo brasileiro de uma solução para o excesso de grãos, a empresas suíça Nestlé desenvolveu um processo de desidratação à frio que podia preservar os grãos de café e instantaneamente transformar o café em pó em bebida com a adição de água quente.”
“Inovações tecnológicas no Brasil e no Vietnã ajudaram os dois países a duplicar a produção 1997, gerando um excedente e um posterior colapso no preço do café.”
“Talvez nada demonstre de forma mais dramática a mudança da sorte provocada pela globalização que o impacto na Etiópia, o ponto de origem do café. Cerca de 15 milhões de etíopes dependem em parte da economia do café.”
“As quatro gigantes da torrefação e do varejo – Procter and Gamble, Kraft Foods, Sara Lee e Nestlé -, que juntas controlam 40 % do café do mundo, beneficiaram-se da queda dos preços, transferiram parte da redução para os consumidores, mas também engordaram consideravelmente suas margens.”
“Graças ao seu marketing genial, a Starbucks transformou uma bebida comum em uma experiência, algo “legal” para milhares de jovens ao redor do mundo, e nesse processo faturou milhões. Seu sucesso também lançou os holofotes sobre a pobreza e a exploração de plantadores de café. Se a antiga objeção ao café dizia respeito aos consumidores e suas atividades dentro do café, os críticos de hoje se opõe ao ínfimo pagamento recebido pelos plantadores de café.
“O volume de café vendido a preços justos é pequena demais para fazer grande diferença. Os governos dos países produtores de café têm dificuldades de obrigar os fazendeiros a reduzir a produção de café, passando para outras culturas. Em países como Peru e Colômbia, muitos fazendeiros estão passando a plantar coca e outras espécies de drogas. Outros continuam a plantar a única coisa – café – que produzem há gerações.”
“Apenas um ano após Seattle, a Starbucks marcou outro grande tento em 2000 levando sua marca de café para o país que deu ao mundo outra viciante bebida quente à base de cafeína: o chá. Em meio a protestos de chineses nacionalistas, um café Starbucks foi aberto no coração da cidade proibida de 500 anos, Pequim... Não havia muitos clientes chineses. Por 3 dólares a xícara, que para a maioria dos chineses é o salário de um dia, não era uma opção factível, mesmo que eles quisessem abandonar seu oolong.”
“Quatro anos depois, a estratégia de atrair consumidores a oferecer um estilo de vida se estendeu a musica e vídeo. Os clientes podiam tomar um Frapuccino enquanto baixavam para seus mp3 musicas da lista da empresa e encomendavam seus DVDs preferidos. A idéia da Starbucks parece ter conquistado outras lojas. Hoje, muitos cafés ao redor do mundo servem uma xícara quente enquanto os clientes navegam em seus laptops. O casamento de algum dos produtos mais globalizados do mundo – café, eletrônicos de consumoe internet – de fato é uma combinação perfeita para o mercado.”
“Todos os equipamentos eletrônicos dos atuais clientes da Starbucks – computadores, iPods, PDAs, câmeras e vídeos- trazem internamente o que talvez seja o produto mais onipresente da globalização : o micro-chip.”
“Como qualquer outra invenção, o micro-chip é fruto de um milênio de idéias e experimentos em diferentes partes do mundo, formando um fluxo para liberar o enorme poder do elétron de realizar seqüências lógicas e cálculos. É ao mesmo tempo produto da globalização das idéias e um veiculo incrível produzindo conexões globais.”
“Se os aventureiros do passado expandiram o conhecimento geográfico, esses novos exploradores saíram dos parâmetros do conhecimento existente e ligaram o mundo com essa ferramenta super-rápida da globalização. Pode-se parafrasear o slogan da Intel sobre a onipresença de seus processadores – Intel Inside – e dizer que as entranhas do microprocessador da Intel ou outro fabricante carregam o raciocínio e as experiências dos exploradores científicos do mundo. Eles de fato levam “o mundo dentro”. Como o algodão e o café, o microchip, ou microprocessador, é ao mesmo tempo produto e produtor da globalização. Mas, diferentemente deles, este pequeno cérebro por trás das maquinas de hoje é invisível. Mesmo se você desmontar um computador ou iPod, encontrara apenas uma caixa lacrada contendo uma lamina de Silício meticulosamente gravada feita nos Estados Unidos, no Japão, em Taiwan ou na Coréia do Sul. Isso só dirá a você onde ela foi projetada ou em qual fabrica ela foi cortada de uma folha de Silício. Ela não revela quantos muitos milênios de raciocínio e invenções de incontáveis pessoas de todo o mundo estão por trás daquele pequeno cérebro eletrônico.”
“Um grande problema desses aparelhos que utilizavam válvulas era o enorme volume de energia que consumiam e o calor que produziam. Da mesma forma, o primeiro computador digital capaz de fazer cálculos rápidos foi construído nos anos 1930 pelo Eniac (Eletronic Integator and Computer) da Universidade da Pensilvânia. O computador ocupava uma sala inteira e usava 18 mil válvulas.”
“Um computador chamada Colossos criado em 1943 em Bletchey Park Grã Bretanha , usou a teoria estatística Turing para descobrir o famoso código Enigma alemão.”
“Eles também conceberam um sistema lógico completo que permite às maquinas tomar decisões e fazer comparações, desse modo seguindo padrões complexos, ou “programas”, para manipular palavras ou números.”
“Em Junho de 1969, três funcionários da Busicom apareceram nos escritórios da Intel em Santa Clara, Califórnia, para explicar o que queriam que fosse feito.A Busicom investiu 60 mil dólares nos cursos de desenvolvimento e engenharia com o compromisso de comprar os circuitos integrados. Embora o principal interesse da Intel fosse desenvolver o chip de memória, para atender o pedido do cliente, seus engenheiros começaram a desenvolver, um chip integrado de grande escala, comunidade central de processamento e outros chips contendo transistores e circuitos suficientes para realizar todas as funções necessárias. Em 1971 quando Intel concluíra o microprocessador, chamado de 4004, a Busicom havia desaparecido. Mas, no final, o plano japonês de construir uma calculadora programável ajudou a Intel a lançar o computador em um chip.”
“O impulso para diversificar fonte de produção de chips continua. Em 2006, a Intel anunciou uma instalação de montagem e teste de microchips que custou 1 bilhão de dólares no Vietnã. Com uma economia debaixo custo e mão de obra educada, o Vietnã juntou-se à invisível corrente de lâminas ligando fabricantes ao redor do globo.”
“Os manifestantes de Seattle que protestaram contra a exploração de trabalhadores da industria têxtil e de plantadores de café e denunciaram os efeitos perniciosos da globalização usando seus computadores pessoas e a internet foram participantes involuntários do longo processo que eles achavam desprezar.”

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