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Portfólio_Desaposentadoria

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UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO PROF. JOSÉ 
DE SOUZA HERDY 
UNIGRANRIO 
SERVIÇO SOCIAL– 5º PERÍODO/NOITE 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESAPOSENTADORIA/DESAPOSENTAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DUQUE DE CAXIAS -2013.2 
 
 
UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO PROF. JOSÉ 
DE SOUZA HERDY 
UNIGRANRIO 
SERVIÇO SOCIAL – 5º PERÍODO/NOITE 
 
 
 
 
 
 
DESAPOSENTADORIA/DESAPOSENTAÇÃO 
 
 
ALUNOS: Amanda Alves, Edmilson de Freitas, Georgeamar 
Pinheiro, Thatiana Marques, Thays Rodrigues, Wallace dos Santos. 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado para 
avaliação na disciplina de Política 
Social II, do curso de Serviço 
Social turno noite, da Universidade 
UNIGRANRIO ministrado pela 
professora Renata Maria Coelho . 
 
 
 
 
 
 
 
DUQUE DE CAXIAS – 2013.2 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
IDENTIFICAÇÃO DA REPORTAGEM_____________________________________3 
PRINCIPAIS QUESTÕES LEVANTADAS NO DEBATE________________________3 
 
INTRODUÇÃO___________________________________________________________4 
A DESAPOSENTADORIA EM QUESTÃO______________________________________5 
REFLEXÃO: TEORIA E CRÍTICA_____________________________________________7 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS__________________________________________________11 
REFERÊNCIAS__________________________________________________________12 
 
 
_________________________________ANEXO_______________________________ 
 
 
 
 
 
Portfólio de Política Social II. 
 
IDENTIFICAÇÃO DA REPORTAGEM 
 
Título: 
Decisão do STF sobre ‘desaposentadoria’ pode afetar regime da Previdência 
 
Jornal: O Globo Data: 16/01/2013 
 
matéria apresentada no jornal O Globo, veiculada no dia 16/01/2013, com o tema 
“Decisão do STF sobre ‘desaposentadoria’ pode afetar regime da Previdência”trata 
um assunto ligado a legislação previdenciária de nosso país.A partir da decisão do 
Supremo Tribunal Federal que pode validar a ação de ‘desaposentação’, pode trazer grandes 
impactos no sistema previdenciário, que já se encontra com um grande déficit orçamentário e 
tem preocupado o governo por esse motivo. 
A desaposentadoria é nada mais que um novo cálculo pra o benefício de trabalhadores já 
aposentados e que continuam trabalhando na ativa e contribuindo para o INSS, estes 
aposentados não tem direito a nada sobre esta contribuição e este caso tem gerado processos 
em todas as instâncias judiciais no país. Especialistas dizem que um dos motivos para tal 
movimento é que o poder aquisitivo teve queda e com o novo cálculo pode superar o R$ 1 mil 
reais. O INSS assim como o governo se mostram preocupados, pois a conta que não é fácil 
possa afetar todo o regime previdenciário, pois seria um custo de R$ 50bilhoões em 20 anos. 
 
 
PRINCIPAIS QUESTÕES LEVANTADAS NO DEBATE 
 
 Desaposentadoria 
 Mudança no regime previdenciário 
 Complementação no benefício. 
 Fator previdenciário 
 
. 
 
 
 
 
 
A 
 
Portfólio de Política Social II. 
 
4 
INTRODUÇÃO 
 
 presente trabalho visa tentar esclarecer o assunto que nos deparamos a alguns 
meses que é a questão da chamada “DESAPOSENTADORIA”, este termo tem 
sido usado para definir a ação de recalculo do benefício da aposentadoria a partir 
do momento em que o aposentado continua trabalhando contribuindo para o INSS, tal assunto 
e que vem causando grande discussão, pois reflete diretamente no nosso regime e legislação 
previdenciária. Apresentaremos a discussão sobre e tema e uma construção crítica sobre o que 
circunda o assunto abordado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O 
 
Portfólio de Política Social II. 
 
5 
A DESAPOSENTADORIA EM QUESTÃO 
 
 instrumento, a chamada desaposentadoria, vai permitir que o trabalhador 
renuncie ao benefício para obter um novo em condições mais favoráveis, 
para incluir os valores, o tempo e a idade após a aposentadoria. Esse 
recálculo pode ser pedido pelo aposentado que continuou a trabalhar e a contribuir após a 
aposentadoria. O recebimento do “novo benefício” é contínuo, ou seja, não há interrupção no 
recebimento, apenas a troca de um benefício por outro. O projeto de lei da desaposentadoria 
precisa passar pela Câmara dos Deputados para virar lei. 
A desaposentadoria, na prática, reverte a redução do benefício gerada pelo fator 
previdenciário, criado em 1999. O fator é uma regra que reduz o valor da aposentadoria para 
quem parou de trabalhar mais cedo. Ele leva em conta o tempo de contribuição de cada 
segurado, sua idade quando pediu o benefício, e a expectativa de vida. 
As vantagens Segundo especialistas, maior será o aumento do benefício, com a 
desaposentadoria, quanto mais velho for o beneficiário, quanto mais tempo ele estiver 
aposentado e maior tiver sido a contribuição para o INSS após a aposentadoria. 
E a desaposentadoria pode ser desvantajosa para quem reduziu consideravelmente o 
valor dos pagamentos dos benefícios depois que se aposentou, principalmente quem passou a 
contribuir pelo mínimo. Nesses casos, a nova contribuição pode ter valor menor que a 
recebida na “primeira aposentadoria”. 
Isso ocorre, por exemplo, quando um aposentado que trabalhava em uma empresa e 
contribuía pelo teto e, após se aposentar, abre uma empresa e passa a recolher sobre o salário 
mínimo. Nesse caso, a contribuição mais baixa após a aposentadoria reduz o valor do 
benefício. 
Falar de “Desaposentadoria” é contemplar o descaso e corroborar a exploração tanto 
no mundo do trabalho, quanto nas celebrações do descumprimento e desvalorização das leis 
no país sobre tudo da Constituição federal de 1988. Onde fica escancarado o descumprimento 
da Lei: 8213 de 1991, que não permite a anulação e nem o recálculo do benefício, pois o 
aposentado que continua a trabalhar é obrigado a contribuir para a previdência, mas fica 
impossibilitado de ser recompensado pelo o que contribuiu após sua aposentadoria 
Isso também nos chama a atenção para um, outro agravante, o sistema paga esses 
benefícios com as contribuições feitas por contribuintes ativos, alegando déficit orçamentário 
O 
 
Portfólio de Política Social II. 
 
6 
e falência dos cofres públicos, pois bem, o trabalhador contribui uma vida inteira e além de 
não receber o equivalente ao que contribuiu ainda é pago com contribuições de trabalhadores 
ativos! 
O sistema por sua vez, coloca isso como se resolvesse o tal problema de déficit no 
orçamento, mas não é necessário ser um grande matemático ou administrador pra saber por A 
+ B que isso não resolve esse déficit e que no mínimo se transformará num círculo vicioso e 
covarde isso na melhor das hipóteses. Pois os trabalhadores ativos atuais serão pagos com as 
contribuições dos trabalhadores ativos futuramente, transformando isso numa roda-viva. 
Em verdade o aposentado, não está pedindo um favor no que se refere a revisão do 
benefício ele está mais que pago, muito mais que contribuído e não se recebe dignamente pelo 
que se contribuiu. Em suma pelos princípios de equivalência e uniformidade, expressos na 
Constituição Federal de 1988, os benefícios e serviços ás populações urbanas e rurais devem 
ser oferecidos de maneira uniforme e equivalente, sem qualquer distinção. Porém a 
previdência possui três regimes diferenciados cujo mesmo abrangem cada classe de 
indivíduos distintos separados sobre categoria profissional ou relação de trabalho na qual se 
vinculam. Como podemos perceber o regime de previdência do país em sua jornada de 
exigências sob a mira de contribuições exigidas, não conseguiu unificar o sistema como de 
direitos constituídos como deveriaser de fato, e sim mais um mecanismo de exploração da 
mais-valia da força de trabalho, mesmo quando o trabalhador em questão cumpriu com seus 
deveres constitucionais e está apto a gozar do seu direito, que seria seu merecido descanso e 
uma aposentadoria digna a altura de suas contribuições, estando o Estado mais uma vez 
passando sua responsabilidade para o cidadão comum. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Portfólio de Política Social II. 
 
7 
REFLEXÃO: TEÓRICA E CRÍTICA 
 
 
previdência social ganhou destaque no Brasil nas últimas décadas, com a 
adesão as propostas neoliberais e a atratividade desta política para o 
mercado foi enfatizada na década de 1990 com ataques aos direitos sociais. 
Esses ataques foram intensificados com a não concretização de avanços obtidos com a 
constituição de 1988, e com a contra reforma da previdência social visando atender a lógica 
imperativa do lucro. O Brasil então adota essas medidas em conformidade com os órgãos 
internacionais que tem em sua ideologia a dependência de países que tem como característica 
um grande índice de população fora do trabalho formal, a precarização nas relações de 
trabalho e ataques as organizações que representam a classe trabalhadora. A previdência 
social então ganha destaque com o seu discurso de inviabilidade financeira e a diminuição de 
direitos que haviam sidos conquistados com lutas e resistência. Os impactos das mudanças no 
mundo do trabalho, com destaque para a flexibilização, a desregulamentação de direitos e o 
agravamento das expressões da questão social faz com que trabalhadores que hoje se 
encontram aposentados se sintam obrigados a voltar ao mercado de trabalho. 
Aparentemente pode até parecer que esses aposentados serão beneficiados com essa 
“desaposentadoria”, mas o que fazer com os anos trabalhados e as contribuições que foram 
feitas? Será que apenas um novo cálculo resolve o problema? Isso nos faz refletir que cada 
vez mais a classe trabalhadora se torna mais explorada e com isso direitos que são garantidos 
de proteção social ficam apenas no âmbito das boas intenções, pois se uma pessoa aposentada 
precisa voltar ao mercado de trabalho é por que sua renda não está de acordo com o que 
contribuiu por longos anos, onde na verdade essa renda deveria suprir suas necessidades. É 
absurdo pensar que trabalhadores que contribuíram por longos anos e que agora estão de volta 
ao mercado de trabalho, contribuindo novamente ficarão mais uma vez a mercê de decisões 
arbitrárias de uma política que não dá conta de suas demandas. Isso nos faz entender que 
tantas reformas e mudanças só servem mesmo para precarizar ainda mais a vida do 
trabalhador. 
No Brasil a previdência é de modo institucional e não contratual subdividida em 
Regime Geral de Previdência Social gerido pelo INSS e distribuídos aos empregados privados 
e públicos em regime de CLT e Regime Próprio de Previdência social organizado em cada um 
dos entes da federação e direcionado a servidores públicos, titulares de cargos específicos e 
A 
 
Portfólio de Política Social II. 
 
8 
membros do poder. Tanto em um quanto em outro foi extinta a aposentadoria proporcional ao 
tempo de serviço e substituída pela aposentadoria por tempo de contribuição. Para o regime 
dos servidores públicos foi imposta idade mínima para aposentadoria integral, para os 
celetistas não. 
Para trabalhadores celetistas em aposentadoria por idade o benefício se reduz em 30%, 
é o chamado fator previdenciário que gera um ciclo de aposentados reinseridos no mercado de 
trabalho para complementar a renda do benefício. Os aposentados que continuam trabalhando 
voltam a ser “segurados” e continuam a contribuir, porém não recebendo ao final nada desta 
contribuição por estar aposentado por lei e sua revogação ser inconstitucional tornando a 
aposentadoria irrevogável. O aposentado não terá estes últimos valores de contribuição 
acrescidos à sua aposentadoria, a contribuição continua financiando a previdência, mas o 
trabalhador aposentado não o terá de volta. 
O que muitos aposentados têm feito é entrar na justiça para que seja feito o 
recálculo de sua aposentadoria acrescendo às contribuições posteriores. O governo alega 
que isso acarretará gastos nas contas e será um peso para a previdência. Um projeto 
apresentado pelo senador Paulo Paim (PT-RS) prevê que esse recálculo seja feito por 
uma “desaposentadoria”, sua aposentadoria passando a ser a partir de sua última 
contribuição e não mais da primeira. Ele quer que a desaposentadoria seja uma opção 
dos trabalhadores celetistas. 
O governo questiona que isso gerará um déficit aproximado de 50 bi em 20 anos 
e alega a incompatibilidade com o regime de repartição simples que funciona a 
previdência no Brasil. No caso de nossa previdência, ativos financiam “inativos” e se a 
desaposentação for aprovada como opção para trabalhadores celetistas o governo alega 
que com o tempo os ativos já não terão como contribuir para manter os inativos e isso 
geraria um grande déficit na previdência. 
 A previdência social deveria ser suficiente para cobrir o sustento adequado do 
trabalhador. No Brasil, dificilmente o aposentado para de trabalhar devido sua 
aposentadoria ser insuficiente para manter um padrão de vida digno. 
Devemos pensar é que no Brasil temos que rever o regime de previdência social 
para que não seja necessário que um trabalhador aposentado continue trabalhando. O 
sentido da previdência é o seguro social que torna-se inseguro quando ele não cobre as 
despesas básicas de sobrevivência. A questão da desaposentação é ela ter a necessidade 
 
Portfólio de Política Social II. 
 
9 
de existir. Vemos um esforço por parte de alguns parlamentares de torna-la opção, mas 
também devemos ter uma discussão verdadeira acerca de uma distribuição mais justa e 
mais igualitária do benefício de aposentadoria. Nem todos os contribuintes recebem o 
mesmo valor de benefício, nem contribuem com a mesma quantia. Tendo em vista que o 
Brasil é um país que está envelhecendo, mais e mais trabalhadores entrarão com 
aposentadoria e o número de “inativos” pode ultrapassar os de ativos. 
Em realidade o Estado se torna o maior inadimplente quando não gere de forma 
adequada a distribuição deste benefício que deveria ser feito de forma mais igualitária. 
Mesmo que o trabalhador contribua de modo eficiente para ter uma aposentadoria melhor isso 
não acontece exatamente na prática nem se expressa na realidade devido a sua aposentadoria 
ser calculada não de acordo e de modo correspondente à sua contribuição e sim por tempo de 
contribuição e calculada de várias maneiras, para o trabalhador celetista a aposentadoria 
nunca é integral. 
A previdência existe no Brasil desde as CAPS (Caixa de Fundo e Pensões) 
regulamentadas pela Lei Eloy Chaves e ao longo dos anos e dos governos ela foi se 
ampliando de modo que cobrisse na atualidade não só os trabalhadores vinculados a uma 
empresa e a um contrato de trabalho, mas trabalhadores rurais, trabalhadores domésticos, 
contribuinte que se vincula por modo autônomo, etc. A previdência hoje deveria nos supor 
uma rede ampliada de seguridade social, de modo que a aposentadoria fosse capaz de dar 
conta de todos os gastos necessários para se viver. 
O ambiente político condiciona e favorece determinado processo e modelos de 
previdência que estejam mais a par com a forma que o Estado se distribui e se coloca. Alguns 
dos limites que a previdência por repartição simples traz são a gestão por parte do Estado que 
é burguês e direciona suas legislações e controle social para melhor funcionamento do sistema 
e a forma como se dá o financiamento desta previdência onde os ativos pagam paraos 
“inativos” tornando o fundo previdenciário um ciclo de contribuições que não retornam ao 
trabalhador de forma integral de acordo com o que contribuiu. 
O Estado procura enxugar os gastos socais alegando que não tem fundo para arcar com 
todas as despesas sociais quando a realidade é que estes mesmos gastos sociais são 
financiados por toda a sociedade civil através de impostos e contribuições compulsórias ou 
não. A verdade é que o Estado deveria assumir a responsabilidade pela boa gestão dos 
serviços sociais, distribuindo e planejando ações para tornar a previdência mais ampliada e 
 
Portfólio de Política Social II. 
 
10 
não se voltasse para o mercado transformando direitos em mercadorias como vem 
acontecendo com a previdência complementar privada que muitos estão aderindo para que 
seja complementar a aposentadoria distribuída pelo INSS, mas para isso é necessário que se 
pague ao setor privado, ou seja, um direito torna-se negociável como um benefício que pode 
ser “melhorado” quando na realidade deveria ser completo e integral e melhor distribuído. A 
reforma da previdência veio caminhando com o projeto neoliberal de enxugar os gastos 
sociais, acontece que as contribuições não diminuem e muito menos o custo de vida do 
trabalhador brasileiro torna-se mais acessível. 
A desaposentadoria vem caminhando junto a isso como um fenômeno que dribla o 
sistema quando ela permite um recálculo da aposentadoria em caso de o trabalhador 
aposentado continuar a trabalhar, embora ela não devesse ser tema de discussão pela sua total 
falta de necessidade de existência em caso de boa distribuição dos recursos da previdência. 
Uma vez que os recursos não são distribuídos de forma adequada os aposentados que não 
conseguem manter as necessidades do dia a dia continuam trabalhando para complementar a 
renda seria mais justo que esses aposentados tivessem sua aposentadoria revista como opção e 
como forma compensatória pela sua contribuição posterior. Os gastos não sairiam do governo 
visto que continuam sendo financiados pelos mesmos trabalhadores aposentados ativos e 
trabalhadores ativos formais e informais que contribuam para a previdência. Apenas seria 
devolvido ao trabalhador celetista o que foi contribuído em forma de acréscimo na 
aposentadoria. 
 
 
 
 
Portfólio de Política Social II. 
 
11 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
inda veremos muitas discussões sobre o tema, muitas polêmicas serão 
ainda geradas a partir do tema que tem envolvido uma luta entre sistema e 
seus segurados. De um lado o INSS diz não ter como fazer o recalculo do 
beneficio e que isto gerará um custo muito alto, de outro temos os aposentados que trabalham 
para ter um rendimento melhor, que por conta dos baixos salários buscam uma forma de 
compensar a perda para ter um melhor poder aquisitivo. 
Há sim um déficit previdenciário no sistema, a causa está historicamente consolidada, 
temos um sistema em que o trabalhador ao invés de ser compensado é sempre prejudicado até 
mesmo no momento em que este já cumpriu com suas “obrigações” no mundo do trabalho e 
com o sistema previdenciário, acabando não recebendo o que de fato contribuiu. Pensando 
num Brasil futuro daqui há 10, 15 ou 20 anos, teremos o crescimento de aposentados, e sem 
uma solução para o sistema previdenciário haverá o agravo da questão em foco. É uma 
questão a ser avaliada, necessitamos de uma reforma previdenciária urgente, uma reforma que 
pense mais nos trabalhadores e que possa garantir de fato o direito e a dignidade desta massa 
que luta a cada dia para o seu necessário sustento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A 
 
Portfólio de Política Social II. 
 
12 
REFERÊNCIAS 
 
 MOTA, Ana Elizabete. Cultura da Crise e Seguridade Social : um estudo sobre as 
tendencias da previdncia e da assistencia social brasileira nos anos 80 e 90 - 
fundamentos e história. 6ª ed. 1ª reimpressão São Paulo: Cortez, 2011. 
 http://oglobo.globo.com/pais/decisao-do-stf-sobre-desaposentadoria-pode-afetar-
regime-da-previdencia-7305536– JORNAL O GLOBO -Decisão do STF sobre 
‘desaposentadoria’ pode afetar regime da Previdência 
 http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=128233 - JORNAL DO COMÉRCIO - 
STF Discute a Constitucionalidade da Desaposentação 
 Constituição da Republica Federativa do Brasil, Brasil 1988 
 http://www3.dataprev.gov.br/sislex/index.asp - Sistema de Legislaçãoda Previdência 
Social

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