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As revoltas ocorridas na Confederação do Equador 1824

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Universidade Federal do Acre
Pro - Reitoria de Graduação 
Centro de Filosofia e Ciências Humanas
História Bacharelado 5º Período
 
 
	
 Docente: Francisco Bento 
 Discente: Edineldo da Silva Pinheiro
 Discente: Amanda dos Santos Lanzetti Ayres
 Disciplina: História do Brasil II
Rio Branco/AC
2016
 EDINELDO DA SILVA PINHEIRO
	AMANDA DOS SANTOS LANZETTI AYRES
AS REVOLTAS PROVOCADAS PELA CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR EM 1824
RIO BRANCO
2016
AS REVOLTAS PROVOCADAS PELA CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR EM 1824
 EDINELDO DA SILVA PINHEIRO[1: Graduando no curso de história bacharelado no 5° período na Universidade Federal do Acre.]
AMANDA DOS SANTOS LANZETTI AYRES[2: Graduando no curso de história bacharelado no 5° período na Universidade Federal do Acre.]
RESUMO
 O presente artigo irá relatar as principais atitudes e os motivos que causaram as revoltas na Confederação do Equador, com várias reações de descontentamento, causados pelo governo de D. Pedro I, por conta de seu autoritarismo, a censura da imprensa e a imposição da constituição de 1824, a instalação de um regime republicano e autonomia para as províncias defendidas por Cipriano Barata e Frei Caneca, esse movimento que começou em Pernambuco e se espalhou para outras províncias da região, apoiadas pela população urbana e intelectual da localidade.
PALAVRAS CHAVE: Revoltas, autoritarismo, autonomia, províncias, região.
ABSTRACT
 The present article will report the main attitudes and the reasons that caused the riots in Ecuador's Confederation with various discontent reactions caused by the government of D. Pedro I, on account of his authoritarianism, censorship of the press and the imposition of the Constitution of 1824, the installation of a republican regime and autonomy to the provinces deffended by Cipriano Barata and Frei Caneca, this movement that started in Pernambuco and spread to other provinces of the region, supported by the urban and intellectual population of the locality.
KEY WORDS: Riots, authoritarianism, autonomy, provinces, region.
1.INTRODUÇÃO
 A Confederação do Equador foi um movimento político que ocorreu em 1824 no nordeste brasileiro, que teve inicio em Pernambuco e ampliou-se para as demais províncias da região, como: Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, por conta do autoritarismo que marcou o processo de outorga da constituição de 1824, no governo de Dom Pedro I, que era acusado pelos nortistas de se opor aos anseios da Nação brasileira de ser um povo livre, além de querer manter o poder centralizado em sua pessoa (absolutismo), e que nesse momento, teve o nome em decorrência com a proximidade do centro deste conflito com a linha do Equador. Foi um movimento contrario a centralização do poder imperial e também tinha ligações com outros episódios ocorridos na mesma região, esses, porém se contrapunha a centralização do poder imperial. Naquela época, havia muitos motivos para o descontentamento em diversos grupos sociais do nordeste. Com as constantes crises da economia regional e as altas cargas tributárias impostas pelo governo, os membros da elite estavam preocupados com a contínua queda das exportações de açúcar. [3: Ato de consentir, dar, atribuir, transmitir, conceber, autorizar a outra pessoa em praticar atos em seu nome, também pode ser usada para conferir um mandato político.][4: Teoria política, que defende que alguém (um monarca), deve ter o poder absoluto, independente de outro órgão. Uma organização política na qual o soberano concentra todos os poderes de um estado em suas mãos.]
 Nos primeiros decênios do Século XIX, Pernambuco via seu maior produto, o açúcar, ser desvalorizando, assim como o algodão, sobre isso, afirma Gracyra Lazzari: 
(...) a concorrência de outras regiões produtoras de açúcar extraído da cana ou beterraba e de novas áreas produtoras do algodão fez aumentar a oferta desses produtos e acentuou a queda de seus preços no mercado externo. Além disso, nas províncias do Sudeste, outro produto começava a se tornar muito importante: o café.[5: Leite, Gracyra Lazzari. Guerras e revoluções brasileiras: A Confederação do Equador. São Paulo: Editora Ática, 1996. p. 5.]
 Com isso podemos compreender o quão estava difícil a situação econômica da província, muitos prejuízos foram contabilizados, o mal estar causado pela situação foi agravado com a falta de ajuda do governo central. Além do mais, o poder político também já não era o mesmo. Por sua vez, pequenos comerciantes, militares de baixa patente, mulatos, negros livres e escravos viviam em estado de miséria.[6: Estado/território de um país com governo próprio.]
 Todos esses grupos uniram-se momentaneamente em torno de ideias contrárias à monarquia e à centralização do poder. Homens como Cipriano Barata e Frei Caneca defendiam a instalação de um regime republicano e a autonomia para as províncias.[7: Faculdade, que tem um país conquistado, de se administrar segundo as suas leis. Independência administrativa. Liberdade moral ou intelectual.]
2. O INÍCIO DA REVOLTA	
 A revolta estourou quando D. Pedro I nomeou um novo presidente para a província de Pernambuco, Francisco Paes Barreto que era membro da junta da assembléia, contrariando o desejo das forças políticas locais. Liderados por Manuel Pais de Andrade que já havia sido eleito, e considerado (antigo presidente da província), os revoltosos desejavam formar a Confederação do Equador, um novo Estado, reunindo as províncias do Nordeste sob o regime republicano e federalista de Pernambuco.
 O objetivo dessas revoltas era convocar uma nova assembléia constituinte para elaborar uma constituição mais liberal, diminuindo a influência do governo federal nos assuntos políticos regionais, organização das forças populares de resistência contra a repressão do governo imperial e formação de um governo independente na região. Alguns líderes da Confederação do Equador defendiam a extinção do tráfico negreiro e a igualdade social. Essas idéias assustaram os grandes proprietários de terras, que, temendo uma revolta maior, decidiram se afastar do movimento. Esses movimentos eram de caráter popular com o apoio de intelectuais da região e que também ganharam apoio de outras províncias do Nordeste, 
 As medidas tomadas pela confederação, contudo acabou levando a divisão do próprio movimento, tudo isso porque alguns integrantes da revolta defendiam a radicalização de algumas ações do novo governo. Frei Caneca foi um dos mais expressivos representantes da oposição liberal, nesse período. Em seu jornal, Typhis Pernambucano, defendia que o Brasil tinha todas as condições para instituir uma verdadeira federação: a grandeza do território, a diversidade da população e das riquezas econômicas presentes no país. Além de defender a constituição de uma federação brasileira, Frei Caneca era contra o mandato vitalício dos senadores e condenava a instituição do Poder Moderador, que lhe parecia a "chave-mestra da opressão". Negava, enfim, ao imperador o direito de outorgar a Constituição do país, roubando ao povo o direito de expressar sua vontade por seus representantes na Assembléia Constituinte. Frei Caneca, Cipriano Barata e Emiliano Munducuru acreditavam que a ampliação dos direitos políticos e reformas no campo social era urgente no novo poder estabelecido. [8: Que dura toda a vida ou destinado a durar toda a vida.][9: Que modera; que atenua. Que modifica; que abranda. Que reduz ou restringe.Aquele que modera.]
3. O FIM DAS REVOLTAS
 Sem o apoio das elites, que era uma oposição conservadora que girava em torno do liberalismo, essa dura repressão articulada pelo poder central foi decisiva para que esse movimento tivesse vida curta, a revolta se enfraqueceu e não conseguiu resistir à repressão, organizada pelo governo imperial com suas medidas severas contra o movimento de revolta, contratando mercenários ingleses para que lutassem contra o movimento. Atacados por terra e por mar, os revoltosos da Confederação do Equador foram derrotados. [10: Sistema político-econômico surgido na Europa (Séc. XVII) no qual é defendido a liberdade religiosa, econômica, política e intelectual do individuo frente ao Estado.][11: Aquele que trabalha por soldada, ou estipêndio, que trabalha por interesse em algo ou alguma coisa.]
 Diversos líderes do movimento foram presos e condenados à morte no tribunal dirigido pelo próprio Francisco Lima e Silva, como Frei Caneca, que foi sentenciado à morte por enforcamento. No entanto os responsáveis pela execução sabendo da popularidade e da origem religiosa do mesmo, e negavam-se a cumprir a sentença, com isso sua pena foi mudada para a morte por fuzilamento. Manuel Pais de Andrade e outros revoltosos conseguiram fugir.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Portanto a Confederação do Equador foi um movimento importante na historia do Brasil, pois extrapolou a simples conspiração, existindo concretamente, ainda que por pouco tempo. Contudo, se diferenciou dos outros movimentos independentistas da época pela ampla participação popular que registrou.
 A busca da independência efetiva seria para os pernambucanos, o primeiro passo para o alcance da autonomia política, que por sua vez seria o coroamento da liberdade e da soberania do Brasil, frente a todas as províncias, internamente frente às outras nações, externamente.
 Destas questões podemos inferir que a forma de governo desejada, ou seja, o estabelecimento de uma república federativa, e a separação definitiva de Portugal, seriam os elementos indispensáveis para que o Brasil fosse uma nação governada de forma autônoma, descentralizada e soberana.
 
(...) A República foi uma construção paulatina, ligada a ideia de federalismo e autonomia política para cada uma das províncias ligadas ao poder central que, por sua vez, teriam seus poderes limitados por uma constituição promulgada, a criação do Poder Moderador significava para muitos, um absolutismo disfarçado de monarquia constitucional.[12: ALARCÃO, Janine Pereira de Souza. O saber e o fazer: República, Federalismo e Separatismo na Confederação do Equador. Dissertação de mestrado em História, Universidade de Brasília, Brasília, 2006. Pag. 102.]
 Portanto segundo ALARCÃO, o poder que estava nas mãos de D. Pedro I, era de certa forma, um poder centralizado garantindo sua autonomia com um disfarce de monarquia, a construção dessa idéia ocorreu de forma gradativa, porque, foi se delineando, há medida que os acontecimentos políticos foram se manifestando numa demonstração real, de que os homens tecem os destinos de uma nação através da sucessão de momentos históricos determinantes.
 Contudo o desenvolvimento do processo que envolveu a Confederação do Equador demonstrou que a teoria precisa ser colocada em prática, mas para que os resultados sejam positivos, toda a nação deve estar unida sob a mesma bandeira, o ideólogo não efetiva a transformação, mas sim, faz com que as contrações tornem-se claras. 
REFERÊNCIAS:
LEITE, Gracyra Lazzari. Guerras e revoluções brasileiras: A Confederação do Equador. São Paulo: Editora Ática, 1996. p, 5
RIBEIRO, Gladys Sabina. A liberdade em construção: identidade nacional e conflitos antilusitanos no Primeiro Reinado. Rio de Janeiro: Relume Dumará: FAPERJ, 2002. p, 87
ALARCÃO, Janine Pereira de Souza. O saber e o fazer: República, Federalismo e Separatismo na Confederação do Equador. Dissertação de mestrado em História, Universidade de Brasília, Brasília, 2006.

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