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Resenha do Livro - A Trégua (Mário Benedetti)

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resenha crítica: a trégua
São Paulo
2014
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um novo Amor é uma trégua na realidade da vida
O livro A trégua, de Mario Benedetti, foi publicado originalmente em 1960 em Montevidéu e lançado no Brasil em 2007, traduzido por Joana Angelica D’Avila Melo (editora Alfaguara, 179 páginas).
Trata-se de um romance angustiante, em que o personagem principal Martín Santomé relata sua vida em forma de diário, uma vida sofrida e solitária. Ele esta prestes a completar 50 anos, é viúvo desde os 28 anos, possui três filhos (Esteban, Blanca e Jaime) e não consegue ter boas relações com nenhum. Santomé pensa amar mais o filho caçula, Jaime, porém acaba descobrindo que o mesmo é homossexual, Esteban não aceita a homossexualidade do irmão e Jaime já sabendo que o pai também não aceitaria foge de casa. 
A vida retratada de Martín Santomé em sua casa é notoriamente triste, tanto para ele quanto para os filhos, talvez pela falta da mãe, ou até mesmo pela infelicidade dele, o pai, o ambiente torna-se vazio, em seu diário ele diz que o domingo é o pior dia.
No seu trabalho não é muito diferente, seu serviço é repetitivo e burocrático. Mas ele não se imagina em outro tipo de serviço, pois ele gosta da rotina, ele gosta de não precisar pensar muito enquanto trabalha, gosta de manter a mente vazia, isso o torna ainda mais vazio e triste. Ele esta prestes a se aposentar e está ao mesmo tempo ansioso e incerto com isso, ele não sabe o que fará quando chegar o grande dia da sua aposentadoria, mas anseia muito por isso. 
Nesse meio tempo começa a trabalhar uma nova funcionária na empresa, Laura Avellaneda, uma moça bonita e tímida, com quem aos poucos Martín Santomé descobre estar apaixonado. Avellaneda é bem mais nova que Santomé e isso gera nele muita insegurança, mas aos poucos os dois vão cedendo e dando espaço a um lindo romance.
Avellaneda surgiu na vida de Santomé para lhe dar vida, para lhe mostrar que ele pode voltar a ser feliz, os dois aos poucos vão assumindo o romance, Santomé não lhe propõe casamento pois quer dar liberdade à moça, ele não quer ser injusto com ela. Mas o amor dos dois é muito superior a especulações futuras e quando finalmente ele decide lhe propor o casamento, acontece o inesperado, Laura Avellaneda morre decorrente de uma complicação de uma gripe. E a vida de Santomé voltou a ser infeliz e vazia como era antes.
Fica evidente que Laura Avellaneda foi uma trégua na vida de Martín Santomé, a vida obscura e infeliz dele, teve seus momentos de vida e alegria ao lado dela.
O autor passa uma mensagem para o leitor para o mesmo refletir sobre a sua vida, sobre o tempo que nos resta, se sabemos aproveitar o presente ou ficamos presos ao passado, se damos valor a nossa família, e principalmente se buscamos a felicidade ou apenas uma trégua para a nossa tristeza.

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