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– Compressibilidade: É uma propriedade do solo de reduzir de volume quando submetido a um esforço externo. – Recalque: É a medida linear observada na superfície do solo ou em uma estrutura aí existente. – Relações tensão-deformação – Solo: Material visco elasto-plástico i) Mecanismos de deformação • deformação do esqueleto (prevalece nas argilas, devido à baixa permeabilidade); • quebra de grãos; • deslocamento relativo entre os grãos (prevalece em solos arenosos) Em solos arenosos, devido à alta permeabilidade, a água e o ar flui livremente entre os poros, quando o solo sofre um carregamento externo. Em solos argilosos parcialmente saturados existem bolhas de ar livres que aumentam a compressibilidade do solo, tornando-a complexa. Em solos argilosos saturados, no entanto, devido a compressibilidade elevada e permeabilidade baixa, boa parte dos esforços do carregamento é absorvido pela água. ii) Recalques: • imediatos: predominantes em areias (recalque maior a princípio devido aos vazios); • por adensamento: predominantes em argilas (linha verde, por exemplo) Obs.: Solos Saturados 1. Recalque imediato – Preponderantemente em solos não coesivos (areias). O recalque se deve principalmente à deformação “elástica” e o escoamento lateral dos grãos. – Ocorrem sem variação do índice de vazios. – Embora o módulo de Poisson e o módulo elástico em solos estejam longe de ser constantes, a utilização de fórmulas baseados na teoria da elasticidade parecem aproximações razoáveis para o cálculo dos recalques. • Módulo de Poisson: = x / y • Módulo Elástico: E = y / y ==> y = y / E (Peso da obra/área da fundação/módulo de elasticidade do solo) – Para determinar o módulo de elasticidade do solo realiza-se o ensaio de placa. – Os maiores problemas para previsão de recalques em areias se deve ao crescimento do módulo elástico com a profundidade. Compressibilidade e Recalque THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Nota Ocorre quando uma edificação sofre um rebaixamento devido ao adensamento do solo sob sua fundação. THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce 2. Recalque por adensamento – Para solos saturados após a aplicação de uma tensão externa: t = ‘ + U Onde: t = tensão total aplicada; ‘ = tensão efetiva (tensão existente nos contatos entre os grãos); U = pressão neutra (tensão existente na água). – Caso a permeabilidade do solo seja baixa, imediatamente após aplicação da tensão externa: t = U e ‘ 0 – Com o tempo a carga é transferida progressivamente para a tensão efetiva. t = ‘ e U 0 Pela teoria, a velocidade dos recalques é proporcional a velocidade de aplicação da carga e inversamente proporcional a permeabilidade do solo. A deformação do solo se deve unicamente à redução dos vazios pela saída da água dos poros com o tempo, com consequente dissipação das pressões neutras. a) Válvula aberta (areia saturada) - água sai t = ‘ - pistão desce U = 0 - a mola vai suportar y b) Válvula fechada - água não sai t = U (a água resiste a t) - pistão não desce ‘ = 0 (tensão na mola é zero) - a mola não encolhe y = 0 c) Válvula semi-aberta (acontece na maioria dos solos saturados) i. em t = 0 ii. em 0 < t < ∞ - água não sai - água sai lentamente - pistão não desce - pistão desce lentamente - a mola não encolhe - transferência da tensão da água para a mola iii. em t = ∞ - toda a tensão da água foi transferida para a mola - pilão cessa o movimento. THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce 3. Ensaio de adensamento (oedométrico) – Para o cálculo de recalques de estruturas de Engenharia é necessário a obtenção dos parâmetros de compressibilidade: Índice de Compressão (obtido do gráfico e x log v); Tensão de pré-adensamento (obtido do gráfico e x log v); Coeficiente de adensamento (calculado para cada estágio de tensão pelos métodos de Taylor ou Casagrande) 3.1 Preparação da Amostra Não se permite deformações laterais através do anel rígido. Garantia da amostra ser indeformada 10 cm x 4 cm. Pode se saturar a amostra. Colocação da pedra porosa. 3.2 Procedimento Carregamento do C.P. em “estágios de pressão”, onde a pressão do estágio atual é o dobro da anterior. Para cada estágio de carga realizar leituras da deformação em tempos, pré-determinados: 8’’; 15’’; 30’’; 1’; 2’; 4’; 8’; etc... até a estabilização dos recalques. Pode-se admitir estágios de pressão até 24 hs. No final do último estágio de carregamento inicia-se o descarregamento em número de estágios menores (normalmente metade dos estágios utilizados no carregamento). 3.3 Resultado do Ensaio Calcular o índice de vazios no final de cada estágio (após estabilização) Onde: eo = Índice vazios inicial Ho = Altura inicial Lo = leitura inicial Lf = leitura final (para cada estágio) – O índice de vazios final do estágio e inicial para o próximo estágio será: ef = eo - e – A diminuição da altura corresponde a redução do índice de vazios, assim é possível correlacionar o índice de vazios final de cada estágio com a pressão aplicada. 3.4 Índice de compressão (Cc) – O gráfico apresenta dois trechos, sendo a primeira aproximadamente curva e a outra reta (reta virgem). THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce Ex.: – O índice de compressão, Cc, indica a inclinação da reta virgem, que é a verdadeira medida da compressibilidade. onde: C 2 = índice de vazios para 2; C 1 = índice de vazios para 1 – Pode ser obtido ainda o índice de compressão específica, mv, para um determinado intervalo de pressões. 3.5 Pressão de pré-adensamento – Neste mesmo gráfico pode ser obtida a pressão de pré adensamento que corresponde a máxima pressão que a amostra esteve submetida nas condições naturais ao longo de sua história. THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce – Espécie de memória que a argila guarda de carregamentos anteriores. OCR = maior carregamento da história carregamento atual OCR 1 pré adensado; OCR = 1 normalmente adensado. Causas: Erosão; Intemperismo; Ação cimentadora. MÉTODO: - Tomar ponto “m” no trecho de maior curvatura; - Por este ponto traçar tangente e horizontal; - Traçar bissetriz do ângulo formado pelas retas anteriores; - Prolongar reta de Compressão Virgem até a bissetriz; - A coordenada do ponto é a pressão de pré adensamento. P horizontal m bissetriz tangente reta virgem P0 3.5.1 Coeficiente de Adensamento (Cv) a) Pelo processo de CASAGRANDE: Onde: 50 fator tempo(constante = 0,197) Hd Distância de drenagem. Geralmente metade da altura do C.P. t50 Tempo correspondente ao adensamento de 50% do total. – Pelo método de Casagrande, o valor do Cv é determinado utilizando-se o valor do t50, correspondente ao tempo necessário para ocorrer 50% do adensamento da amostra: THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce – Procedimento de Casagrande: Determina-se o ponto de 100% de adensamento (U = 100%), correspondo à interseção entre a assíntota aos pontos de compressão secundária e a tangente traçada no ponto de inflexão da curva; Determina-se o valor do recalque inicial (U=0%), tomando-se dois pontos 1 e 2 sobre o trecho superior do gráfico, correspondentes a tempos t1 e t2, tais que t2 = 4t1. Determina-se a distância vertical entre os pontos e a transporta acima do ponto 1 (Ponto 3). A ordenada do ponto 3 corresponde a condição de 0% de adensamento (U=0%). Determinar U50% = (Uo + U100)/2, condição de 50% de adensamento. Determinar t50. Calcular Cv a partir da fórmula. Exemplo: b) Pelo método de Taylor: Onde: 90 fator tempo (constante = 0,848) Hd Distância de drenagem. Geralmente metade da altura do C.P. t90 Tempo correspondente ao adensamento de 90% do total. – Procedimento de Taylor: Ajustar uma reta pelo trecho inicial da curva recalque x√t (o ==> U = 0%); Em um ponto qualquer, obter a distância (d) entre a reta ajustada e o eixo das ordenadas; Traçar uma segunda reta distando 1,15d do meio eixo; Obter √t90: interseção da reta com a curva dos dados experimentais. THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce Calcular Cv Ex.: 3.6 Teoria do Adensamento Unidirecional – Terzagui: permite o cálculo da dissipação do excesso de pressão neutra ao longo do tempo e dos recalques diferidos associados. – Hipóteses básicas: solo homogêneo (k indepdente da posição z); solo saturado (Sr = 100%); Partículas sólidas e água incompressíveis; Adensamento unidirecional; Validade da Lei de Darcy THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce Propriedades como permeabilidade e coeficiente de compressibilidade (av =e/) são constantes; Relação linear entre índices de vazios e tensões aplicadas. – A hipótese de fluxo unidirecional é válida somente para o caso em que as dimensões do carregamento são superiores à espessura da camada compressível (aproximação ao caso de aterro extenso); – O aterro é suposto se colocado instantaneamente. 3.7 Teoria do Adensamento Vertical (TAV) – Finalidades: Prever os recalques; Prever as pressões neutras devido o carregamento; Prever a progressão dos recalques com o tempo – Baseia-se no aparecimento de uma pressão neutra que é dissipada com o tempo pela saída de água dos poros. – Como as argilas são pouco permeáveis haverá recalques por muito tempo após a aplicação da carga. – Hipóteses básicas da teoria: Argila saturada Água e partículas incompressíveis A lei de Darcy é aplicável para o fluxo d’água no solo. O retardamento no tempo de adensamento é devido exclusivamente a baixa permeabilidade. Tanto mv como a permeabilidade são constantes. – Distribuição do excesso de pressão neutra ao longo de uma camada de solo com o tempo e a profundidade. – A porcentagem de adensamento média é dada por: THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce 3.8 Estimativas de recalque em função do tempo: – Fator Tempo: distribuição uniforme ou linear com a profundidade 3.9 Adensamento secundário – Os recalques previstos pela teoria do adensamento devido a fuga de água dos poros são finalizados assim que as pressões hidráulicas cessem. Porém as deformações persistem não mais relacionados com o fluxo hidráulico e sim devido, às deformações dos grãos do solo sob ação da pressão efetiva. Estas deformações são denominadas de adensamento secundário. THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce THIAGO Realce
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