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2 Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais Subsecretaria de Desenvolvimento da Educação Básica Superintendência de Ensino Médio e Profissional Diretoria de Ensino Médio e Profissional REFERREFERREFERREFEREEEENCIAINCIAINCIAINCIAIS BÁSICOS COMUNSS BÁSICOS COMUNSS BÁSICOS COMUNSS BÁSICOS COMUNS CURSO NORMAL CURSO NORMAL CURSO NORMAL CURSO NORMAL PROFESSOR DE PROFESSOR DE PROFESSOR DE PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTILEDUCAÇÃO INFANTILEDUCAÇÃO INFANTILEDUCAÇÃO INFANTIL COORDENAÇÃO: Superintendência do Ensino Médio e Profissional REALIZAÇÃO: Diretoria de Ensino Médio e Profissional 3 APRESENTAÇÃO Os Referenciais Básicos Comuns constituem um roteiro básico geral com a finalidade de auxiliar o professor no planejamento do trabalho, sem a pretensão de ser definitivo, colocando-se na expectativa e dependência de que outros trabalhos possam acrescentar elementos enriquecedores, principalmente aqueles decorrentes da ação do educador dinâmico, que experimenta e que cria. Os Referenciais Básicos Comuns para o Curso Normal de Nível Médio - Professor de Educação Infantil- referem-se às disciplinas de Formação Profissional que, integradas às propostas da Base Nacional Comum, constituem o núcleo fundamental de formação do professor, privilegiando os conceitos de cuidar, de educar, de criança e de aprendizagem. Foram elaborados considerando alguns elementos essenciais no planejamento do trabalho do professor: - objetivos bem definidos, que devem ser perseguidos em todas e em cada uma das diferentes etapas do trabalho; - atividades ricas e variadas, que permitam ao professor prover e assegurar o desenvolvimento, em classe, de experiências valiosas e diversificadas, adequando-as às necessidades, interesses e aptidões dos alunos; - recursos variados para atender aos aspectos que possibilitem a máxima individualização do ensino e sua graduação de acordo com as possibilidades de cada um. O material deve ser visto como uma sugestão de conteúdos programáticos a ser considerada pelo professor na definição das alternativas didático-pedagógicas e na estruturação de seu plano de ensino, em consonância com as especificidades de cada disciplina do currículo. 4 INTRODUÇÃO O SURGIMENTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASIL Iniciado em 1889, o sistema republicano, no Brasil, é relativamente novo. Embora existissem instituições destinadas à infância no sistema anterior, a Monarquia, somente com a na República é que essas instituições cresceram em número. Antes disso, o que se verificava mais constantemente eram tentativas de proteger a infância, fosse por motivação política, econômica ou religiosa e, nesse caso, predominava a ação caritativa relacionada à criança desamparada. A partir de 1880, já se falava com mais freqüência em jardins-de-infância e alguns textos de grande repercussão, como uma lei de 1879, assinada por Leôncio de Carvalho, ministro do Império, ou um parecer assinado pelo jurista Rui Barbosa, em 1882, indicavam claramente a necessidade da oferta de educação infantil por parte do Estado. A creche é uma instituição do Brasil República. Moysés Kuhlmann Jr., pesquisador brasileiro, relata que a primeira creche surgiu ao lado da fábrica de tecidos Corcovado, em 1899, no Rio de Janeiro. Naquele mesmo ano, o Instituto de Proteção e Assistência à Infância do Rio de Janeiro deu início a uma rede assistencial que se espalhou por muitos lugares do Brasil. Cabe ressaltar que, no Instituto de Proteção e Assistência à Infância, atuaram dois médicos, pai e filho, Carlos Arthur Moncorvo e Carlos Arthur Moncorvo Filho. O trabalho deles chamou a atenção para a chamada pediatria científica no Brasil. Isso significou, naquele momento, que a medicina detinha conhecimentos considerados adequados à aplicação nas instituições de educação e 5 assistência à infância. Quando, em 1919, Moncorvo Filho fundou o Departamento da Criança no Brasil, espalhou-se a idéia de que a assistência poderia ser também científica e, com isso, resolver problemas ligados à pobreza com base no conjunto de conhecimentos mais adiantados que circulavam naquele contexto. Na verdade, o que se viu foi a utilização dos argumentos médicos e psicológicos de uma forma bastante preconceituosa contra crianças pobres. Isso acontecia porque os homens que falavam em nome da ciência divulgavam a idéia de que os pobres, se não fossem disciplinados e amparados, fatalmente entrariam no mundo do crime ou da vadiagem. Em 1923, quando as autoridades governamentais reconheceram a grande presença feminina no trabalho industrial, as indústrias foram pressionadas a reconhecer o direito de amamentar. Tanto na indústria quanto no comércio essa medida provocou o aumento do número de creches. Essa situação colaborou para que, em 1932, o trabalho feminino fosse regulamentado. Quando o governo de Getúlio Vargas apresentou a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), constava, entre as obrigações dos estabelecimentos com mais de 30 mulheres empregadas, a manutenção de creches para as crianças na primeira infância. Desde 1923 existia uma inspetoria de higiene infantil, mas só em 1934 foi criada uma Diretoria de Proteção à Maternidade e à Infância, chamada, a partir de 1937, de Divisão de Amparo à Maternidade e à Infância. Era a década de 30. Em muitas cidades, podiam-se encontrar escolas maternais que recebiam crianças de 2 a 4 anos. Porém, muitas vezes, crianças com menos de 2 ou com mais de 4 anos eram aceitas em tais instituições. Os jardins-de-infância, para crianças com 5 e 6 anos, também apareciam nesse cenário. Quando algumas creches passaram a ser designadas como berçários, isso queria dizer que estavam abertas para crianças de 0 a 2 anos de idade. Se, na seqüência, o maternal passou a 6 atender à faixa de 2 a 4 anos e o jardim-de-infância, de 4 a 5 anos, percebe-se que, mesmo com grande irregularidade e muita precariedade, a sociedade reconheceu que, em um período chamado infância, existiam várias etapas relacionadas ao tempo de ser criança. Em 1940, entrou em cena o Departamento Nacional da Criança que, em 1942, apresentou à sociedade um plano de instituição única para a assistência à infância. Seria a Casa da Criança, onde funcionariam, ao mesmo tempo, o berçário, o maternal, o jardim e a pré-escola. Algumas cidades mantiveram suas casas das crianças por muito tempo, ainda que nem todas conseguissem manter os níveis diferenciados de assistência. A partir da década de 30, uma série de iniciativas relacionadas à educação infantil chamava a atenção. Na cidade de São Paulo, por exemplo, em 1935, o Departamento de Cultura deu início ao projeto de parques Infantis. Eram lugares que ofereciam atividades para crianças de várias idades em pequenos grupos organizados: de crianças de 3 anos, de 4 a 5 anos e mesmo de maiores de 6 anos de idade, desde que fora do horário escolar. A proposta surgiu sob a direção por Mário de Andrade (1893-1945), escritor modernista, que participou da Semana de Arte Moderna em 1922. O evento marcou simbolicamente o início do modernismo no Brasil. Mais de duas décadas depois, um acontecimento teria conseqüências profundas na vida educacional de crianças pequenas. Foi o que aconteceu em 1961 quando, após mais de dez anos de debates e disputas políticas, o Congresso Nacional aprovou a Lei nº 4.024 de 20 de dezembro de 1961, que apresentava uma ampla reforma para a educação brasileira. No textodessa lei, a criança de 0 a 6 anos de idade é reconhecida como detentora do direito à educação, especialmente em escolas maternais e nos jardins-de-infância. 7 EXPANSÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E SUA RELAÇÃO COM AS POLÍTICAS PÚBLICAS E OS MOVIMENTOS SOCIAIS Enquanto as mudanças no mundo das leis interferiam na história da educação infantil, é necessário ressaltar um aspecto pouco lembrado, mas muito importante. Trata-se da ação das agências internacionais que tentavam impor um padrão de atendimento à infância aos governos dos países pobres ou em desenvolvimento, como o Brasil passou a ser chamado recentemente. Entre as agências internacionais, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), da Organização das Nações Unidas (ONU), foi, e ainda é, uma das mais fortes influências. Um dos documentos mais citados por estudiosos da história da educação infantil, não só no Brasil como na América Latina, é, justamente, uma publicação do UNICEF resultante da Conferência Latino Americana sobre a Infância e a Juventude no Desenvolvimento Nacional, de 1965. Em 1971, em meio às dificuldades provocadas pela ditadura sob a qual vivíamos, foi aprovada a lei 5692/1971, que promoveu uma ampla reforma educacional. A legislação, de 11 de agosto de 1971, transformou o ensino primário e o ginasial em ensino de primeiro grau, com duração de oito anos com oito séries. O secundário foi transformado em ensino de segundo grau, com objetivos marcados pela idéia de profissionalização. Este não o momento para discutirmos os resultados dessa lei, que foram bastante danosos para o Brasil como um todo e para sua juventude em particular. O que temos que destacar é que, para a educação infantil, essa lei foi uma tragédia, uma vez que praticamente retirou dos governos quaisquer obrigações escolares relacionadas às crianças pequenas. Para se ter uma noção da distância que o Estado tomou das suas obrigações em relação à questão, tomemos um pequeno trecho da lei: os sistemas de ensino velarão para que as crianças de idade inferior a sete anos recebam conveni- 8 ente educação em escolas maternais, jardins de infância e instituições equivalentes. (Lei nº 5.692/1971, art. 10, parágrafo 2º, capítulo II). Para compreender o que se passou, convém perceber que os militares que ocupavam o governo na década de 70, os grupos que sustentavam política e economicamente a ditadura e vários organismos internacionais dividiam a mesma opinião sobre a pobreza. Acreditam que ela era perigosa e que poderia gerar problemas sociais se não recebesse assistência e que, dentro do cotidiano dos pobres, cuidar das crianças seria uma forma de prevenir problemas sociais e, ao mesmo tempo, liberar as mães para o trabalho. Nesse contexto, a Legião Brasileira de Assistência (LBV) desenvolveu, a partir de 1976 e 1977, o Projeto Casulo. A idéia era baratear o atendimento às crianças pobres, espalhando redes de atendimento baseadas no trabalho voluntário e um planejamento considerado sofisticado de instituições próprias, como a Casa da Criança, por exemplo. Era um plano de atendimento de massas, que pregava a prevenção dos problemas sociais mediante o amparo às mães e às crianças. Mas não incluía programas educacionais, somente ações destinadas a resolver problemas específicos como tomar conta, ou fornecer merenda, ou, ainda, arrecadar agasalhos. Como o fortalecimento desse tipo de ação, os jardins-de-infância mantidos por iniciativa governamental viveram grande crise. Essa situação foi corroborada pela sugestão feita em 1968, pelo UNICEF, de que seria mais barato criar salas de pré-primário do que aumentar o número de instituições para crianças pequenas. Daí ter havido um boicote aos jardins-de-infância que, mesmo com outros nomes, passaram a ser considerados instituições que não contemplavam a maioria das crianças brasileiras, entendidas como merecedoras não de políticas educacionais, mas de políticas, quando muito, assistenciais. 9 A HISTÓRIA DOS JARDINS-DE-INFÂNCIA Na história dos jardins-de-infância, existem alguns pontos específicos, que são diferentes das questões relativas às creches, maternais, asilos, etc.. Não devemos entender, contudo, que a história das creche s sempre foi apenas assistencial e a dos jardins-de-infância, mais ligada ao campo educacional. Essa divisão, na realidade, quase nunca aconteceu. Os jardins-de-infância também surgiram para atender às mães pobres que trabalhavam e precisavam de um lugar para a guarda e educação de seus filhos. Pelo que temos verificado até hoje, alguns nomes, em alguns países, principalmente europeus, marcaram o surgimento de entidades voltadas para a educação infantil. Porém, devemos considerar que há poucos registros de informações sobre a África ou a Ásia, por exemplo. Por isso, a história das instituições européias é tomada como uma espécie de passado das nossas. Isso não é totalmente verdadeiro porque, na realidade, cada lugar faz sua própria história, ainda que pareça estar seguindo modelos. Na França, por exemplo, um nome - Oberlin - é associado ao início da história das instituições de educação infantil, em 1769. Na Suíça, em Yverdon, o grande nome é Pestalozzi. Já na Escócia, Robert Owen criou uma escola para crianças de grande repercussão, motivo pelo qual surgiram disputas sobre qual modelo realmente foi o primeiro a inaugurar experiências de educação infantil. Entre tantas influências sobre modelos de educação infantil, talvez o mais influente e mais citado seja o criado, em 1840, na Alemanha, pelo pedagogo Friedrich Fröebel (1782-1852), o Kindergarten, e que deu origem à denominação jardim-de-infância. Esse modelo foi, mais tarde, bastante reelaborado nos Estados Unidos. Muitos jardins-de-infância foram instalados no Brasil, em vários estados, com perspectiva de se estar criando um “Kindergarten brasileiro”. Esse modelo, vale lembrar, foi bastante difundido por 10 missões protestantes que espalhavam suas atividades em locais os mais variados, o que inclui o Brasil. A história conta que, já em 1875, um jardim de crianças funcionou no Rio de Janeiro por iniciativa do médico Menezes de Vieira. Esse primeiro jardim de crianças era para crianças ricas e famoso por utilizar o método alemão. As atividades nessa instituição levavam à escolarização da criança, porque eram oferecidas atividades de leitura, escrita, cálculo, jardinagem e ginástica. Utilizava-se muito uma “caixa de lições de coisas”, contendo objetos e informações relacionadas à origem dos instrumentos, ao desenvolvimento dos sentidos e ao treino da observação. Se quisermos indicar as principais atividades realizadas pelas crianças nessa instituição, poderíamos afirmar com certeza que, mesmo com grande variedade, tudo girava ao redor da educação do corpo e o aprendizado da higiene. O jardim-de-infância não foi sempre considerado o padrão ideal. No final do século XIX, muitas vozes se levantaram para protestar contra eles. De uma forma geral, os argumentos repetiam que a instituição não poderia ser considerada de ensino, mas, sim, de caridade. Tais reclamações tinham pouco efeito porque a maioria dos jardins-de-infância era particular. O modelo de escolarização instalado em São Paulo na última década do século XIX, juntamente com o grupo escolar - a escola dividida em séries, com a escola normal reformulada para formar professores- e uma nova idéia de ginásio de estado, acabou se firmando como modelo que, ilusoriamente, era repetido em vários outros estados. O modelo escolar paulista previa ainstalação de um jardim-de-infância que funcionasse como espaço para os professores da escola normal aprenderem as práticas de ensino de então. O diretor da escola normal entre 1892 e 1897, Gabriel Prestes, foi um dos grandes responsáveis pela instalação do jardim-de-infância, completando as reformas educacionais que estavam sendo feitas em grande quantidade. Aquele jardim-de-infância, que se firmou na nossa memória como modelo, era oferecido para crianças de 3 a 6 anos de idade. Aquelas técnicas – Froebelianas - tinham tanto prestígio que 11 foram citadas no texto do regulamento da escola normal, tornando-as obrigatórias para o professor de jardim. Carlos Monarcha, historiador brasileiro, lembra que a expressão jardim-de-infância criava uma comparação entre a primeira infância e o cultivo de plantas, um jeito de pensar o trabalho com crianças a partir das idéias de Fröebel. O trabalho do professor, nesse sentido, era comparado ao do jardineiro cuidadoso. Em 1920, uma reforma de ensino, feita por Antonio Sampaio Dória, criou uma nova definição para o jardim-de-infância. Segundo essa nova definição, caberia ao jardim- de- infância ligar a escola à família. Nesse período, vários documentos e publicações que defenderam a importância dos jardins-de-infância apresentaram claramente a idéia de que esse tipo de instituição não poderia ser confundido com a creche. Historicamente, na maioria das vezes em que se comparou a ação das creches com a dos jardins- de-infância, foi possível perceber que, por muito tempo, a creche não foi considerada parte da história da educação, não só porque a lei não a reconhecia como parte do sistema educacional, mas também porque se consolidou a imagem da instituição voltada para dar assistência ao pobre. Com a proclamação da República, em 1889, os republicanos tentaram fazer da escola um lugar onde as crianças recebessem instrução necessária para que ajudassem o país a ser mais moderno, mais disciplinado e até para ter mais higiene. Em alguns lugares, o jardim-de-infância foi considerado parte importante do ensino primário, da escola que passava a ser dividida em séries e, por isso, passou a ser chamada de escola seriada. De uma forma geral, o que não deixou de se repetir, na maioria das cidades brasileiras, foi a demarcação de lugares: aqui para pobres, ali para os “não-pobres”. Não se pode esquecer que as 12 leis são produzidas pela sociedade e a sociedade é influenciada pelas leis. Em 1974, por exemplo, o então Ministério da Educação e da Cultura criou um Serviço de Educação Pré-Escolar, chamado SEPRE. Em 1975, foi instituída a Coordenadoria de Educação Pré-Escolar, a CODEPRE. Até o movi- mento brasileiro de alfabetização, o MOBRAL, foi envolvido com a oferta de pré-escola para crianças de famílias pobres. O que se vê em iniciativas dessa natureza é a idéia de que instituições pré-escolares deveriam custar pouco, porque o mínimo que se pudesse oferecer já seria o suficiente para quem vive em grandes dificuldades e, principalmente, para não estourar o orçamento governamental. A repetição dos mesmos problemas em lugares diferentes, ainda que cada lugar faça sua história com personagens próprias, nos ajuda a entender porque muitas pessoas consideraram que a Constituição de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional trouxeram avanços e vitórias para a área da educação infantil. Foi a Constituição de 1988 que, pela primeira vez na História do Brasil, reconheceu o direito próprio da criança pequena à creche e à pré-escola. O Estatuto da Criança e do Adolescente, com base na Lei nº 8.069 de julho de 1990, repetiu em seu artigo 54 que o Estado tem o dever de oferecer às crianças de 0 a 6 anos de idade o atendimento em creches e pré-escolas. O que a Constituição fez, ao reconhecer a vida de 0 a 6 anos como parte do sistema educativo, e o que o Estatuto da Criança e do Adolescente fez, ao cobrar isso como dever do estado, foi tornar oficial algo que há muito vinha sendo exigido por vários movimentos sociais relacionados às mulheres, às crianças e aos trabalhadores de uma forma geral. Foi na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB nº 9394/1996, que o termo educação infantil ganhou a dimensão mais favorável à criança pequena desde que existe legislação educacional no Brasil. A LDB declara que a educação infantil contempla as faixas de 0 a 3 anos de idade, para quem precisa estar numa creche, e de 3 a 6 anos de idade, como pré-escola. A 13 educação infantil também é considerada como um ciclo de 6 anos de formação contínua e como parte integrante da educação básica brasileira. A separação entre escolarização e assistência, muitas vezes, teve como resultado o fato de que, nas creches e nas instituições pré-escolares, de uma forma geral, houvesse a exigência de formação profissional para diferenciar o trabalho em relação aos outros níveis de ensino. Principalmente nas grandes cidades, como São Paulo, isso trouxe conseqüências ruins. Se oato de cuidar era considerado um serviço menor, o profissional envolvido com essa atividade também teve que arcar com as conseqüências sociais de ser considerado um profissional menor, adequado à pouca importância dada ao cuidado com a infância. A pouca exigência em termos de formação escolar também pode ser percebida por outro ângulo, o da salvação. Tornar-se profissional de creches ou de instituições pré-escolares, em várias cidades e para muitas mulheres, significou escapar de uma vida miserável e encontrar, junto à chamada primeira infância, um lugar, ainda que precário, no mundo do trabalho. Para encerrar, faz-se necessário pensar na grande dívida social acumulada pelo Brasil durante anos, décadas, séculos, para com sua infância. Por isso, entre as instituições que se abriram para o cuidado de crianças pequenas, são muitas aquelas que se dedicaram a receber crianças abandonadas, portadoras de doenças incuráveis, órfãs, etc. Nesses casos, estamos falando de lugares como os patronatos e os preventórios. Trata-se de uma realidade dramática, especialmente quando consideram os casos de abandono, da orfandade, de prisão do pai ou mãe, enfim, situações que normalmente permeiam as ações assistenciais policiais. No Brasil de hoje, vemos com clareza, a herança perversa legada pela escravidão. Um país que teve escravos custa mais a admitir que o trabalho não é algo inferior, exercido por pessoas menos qualificadas. Da mesma forma, demora bastante a aceitar que cuidado e educação não podem ser 14 separados, nem colocados em posições de superioridade e de inferioridade. Um país que precisa escrever um estatuto específico para crianças e adolescentes, demonstra que a história da educação infantil é também a história de um passado que, esperamos, não se repita no futuro. BIBLIOGRAFIA BRASIL, Ministério de Educação e Cultura. Secretaria de Educação Básica. Secretaria de Educação a Distância (2005), Livro de Estudo (Coleção PROINFANTIL; Unidade 3).MEC/SEB/SED, Brasília p.18- 21,2005. COMO ELABORAR UM PLANO DE ENSINO CONCEITO O Plano de Ensino é um instrumento de trabalho, amplo, genérico, sintético, que serve de marco de referência às operações de ensino-aprendizagem que se desencadearão durante o curso, derivadas dos fins a serem alcançados. É o pré-estabelecimento do trabalho a ser desenvolvido, enquanto durar o curso. 15 CARACTERIZAÇÃO Sendo um previsão global de todo o trabalho a ser realizado durante um determinado período de tempo - ano, semestre,trimestre, bimestre, mês ou semana letivos - , o Plano de Ensino caracteriza-se, principalmente, pela descrição geral de todos os meios de ensino – conteúdos, procedimentos e recursos – que serão utilizados no desenvolvimento das operações educativas, em função dos objetivos pretendidos. CRITÉRIOS O Plano de ensino deve: 1- Manter uma íntima correlação com o plano curricular, de modo a assegurar coerência nas ações da escola, que deve funcionar como um todo integrado; 2- Basear-se no conhecimento da realidade que envolve o aluno, para que se expresse, em cada objetivo e nos meios especificados para seu alcance, um sentido de adequação às capacidades e possibilidades dos aprendizes; 3- Caracterizar-se pela abertura, permitindo a participação conjunta das partes interessadas na sua organização, desde que isso represente economia de esforços e mais objetividade na busca dos objetivos pretendidos; 4- Ter caráter individual, porque particulariza os traços determinantes de um conjunto de alunos; 5- Ser exeqüível numa concepção de tempo-duração e, por outro lado, numa perspectiva de adequação às características da população alvo. 16 COMO ELABORAR UM PLANO DE ENSINO: Não existe uma forma rígida a ser seguida na elaboração de planos de ensino. Todos, entretanto, devem conter, em sua estrutura, os elementos que garantam uma seqüência coerente nas situações de ensino-aprendizagem. SUGESTÃO APRESENTADA: I - DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Toda situação particular requer a determinação de sua identidade. No caso do Plano de Ensino, essa afirmativa também é verdadeira. Para isso, todo professor deve ter o cuidado de iniciar seu plano fazendo constar os dados abaixo: � Disciplina: � Ano Letivo: � Turma: � Nº de aulas semanais: � Professor (a): II - OBJETIVOS: Os objetivos do Plano de Ensino devem ser formulados em termos gerais e descrever comportamentos que se esperam dos alunos ao final do curso. Ao formulá-los, o professor deve levar em conta os objetivos do currículo, as características da disciplina e dos alunos. � Objetivos Gerais São os relacionados à de aprendizagem e, por isso, complexos e alcançáveis em períodos mais 17 amplos. Por exemplo: objetivos dos diversos níveis, ou das áreas de estudo, ou das disciplinas. � Objetivos Específicos São mais simples, concretos, alcançáveis em tempo curto. Explicitam desempenhos observáveis. Por exemplo: objetivos da disciplina, da unidade e da aula. III – CONTEÚDOS: No Plano de Ensino, a previsão dos conteúdos deve enfatizar a dependência entre o conhecimento a ser adquirido e os já aprendidos, isto é, toda experiência nova deve relacionar-se e integrar-se com as vovências prévias dos alunos. Os conteúdos representam o conjunto rico e variado de conhecimentos, que possibilita ao aluno desenvolver suas capacidades, ao mesmo tempo em que esclarece suas relações com os outros e com o meio em que vive. “Ensinar não se resume à mera transmissão de conhecimentos, mas envolve, sobretudo, criar as condições necessárias para que o aluno aprenda.” Para criar essas condições, é fundamental que o professor relacione e organize os conteúdos a serem trabalhados com os alunos. A seleção de conteúdos deve ser realizada em função dos objetivos propostos. É importante também, considerar o estágio de evolução do aluno, os interesses e as necessidades da comunidade. São informações conhecidas por meio do diagnóstico, realizado ao iniciar o trabalho e imprescindível na determinação dos objetivos. Todo professor deve conhecer as fontes de busca de novos elementos relacionados a sua disciplina. Precisa estar familiarizado com livros-texto e saber da validade de cada um. Deve também manter-se em dia com a mais recente bibliografia sobre sua disciplina. 18 IV-METODOLOGIA O professor deve planejar situações de aprendizagem que estimulem o aluno a ler, escutar, escrever, observar, experimentar, solucionar problemas, enfim, participar efetivamente do processo que, bem organizado, orientado e controlado, conduzirá às mudanças desejáveis. As técnicas de ensino estão vinculadas a duas modalidades bem definidas: Técnicas de ensino individualizado, Em que a ênfase é colocada sobre o indivíduo, isso é, em suas necessidades, possibilidades, interesses e realizações; � Técnicas de ensino em grupo, em que o foco recai no aproveitamento das possibilidades que do indivíduo de interagir com o outro. V- RECURSOS DIDÁTICOS Recursos são fontes de ajuda que podem ser idéias, fórmulas ou generalizações incluídas em livros ou proporcionadas por outras pessoas. É algo ou alguém ao qual ou a quem se dirige o indivíduo, na busca por ajuda para alcançar os fins de suas atividades. VI-AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM A verificação do desempenho deve buscar o grau de desenvolvimento do aluno, levantar suas possibilidades, com a finalidade de programar ações educacionais necessárias. A avaliação da aprendizagem deve ser: � contínua e processual; � dinâmica e participativa; � diagnóstica e investigativa. 19 A avaliação do desempenho do aluno deve ser contínua, processual e cumulativa, possibilitando o diagnóstico sistemático do ensino-aprendizagem, com prevalência dos aspectos qualitativos e os resultados obtidos ao longo do período letivo sobre os alcançados nas eventuais provas finais. Deverão ser priorizados instrumentos de avaliação integrados e estimuladores da autonomia da aprendizagem, que envolvam atividades individuais e em grupo e que forneçam indicadores de aplicação das competências e habilidades aprendidas no contexto profissional, e não de atividades meramente operatórias. No processo avaliativo deve preponderar a função diagnóstica, que desvende o porquê da não aprendizagem e exija uma nova ação didática, sem a qual não haverá a real aprendizagem, a função formadora que, por sua natureza informa, descobre e conscientiza professores e alunos. A avaliação diagnóstica é necessária para que o professor e o aluno possam planejar o seu traba- lho. Será aplicada no início do curso, para determinar o nível em que os alunos se encontram e o grau de informação sobre os objetivos previstos para iniciar uma unidade de ensino, e para fazer a constatação dos interesses, possibilidades e/ou necessidades dos estudantes para, assim, individualizar e/ou personalizar o ensino numa mesma turma. A avaliação formativa, realizada durante o curso, serve para avaliar a assimilação dos conteúdos programados por parte do aluno. Permite a identificação das carências e torna possível eventuais correções mediante feedback constante. É operacionalizada durante a relação professor- aprendizagem-aluno, mediante a realização de todas as atividades de cunho pedagógico. A avaliação formativa e contínua torna-se, assim, um instrumento de aperfeiçoamento da ação docente e dos materiais e recursos oferecidos, assim como de melhoria da aprendizagem do aluno. Os resultados da avaliação têm duas conseqüências principais: - Para o aluno, existe a indicação concreta de seu grau de aprendizagem, de suas dificuldades e 20 deficiências, além dos problemas para sua recuperação; - Para o professor e para as instituições gestoras do programa, há o levantamento de indicadores sobre a eficiência e eficácia do processo de ensino, sinalizando as possíveis necessidades de reorganizar o trabalho (novo planejamento, metodologias de ensino alternativo, novos procedimentos de avaliação, recuperaçãode aprendizagem, etc.) A avaliação somativa é um processo de descrição das competências e habilidades alcançadas pelos alunos ao final de uma unidade de ensino, forçando uma retomada de ações da equipe, do docente e do discente. Ao final de cada unidade de ensino, a avaliação deve verificar o desempenho global do aluno durante o período, em função das competências previstas para o componente curricular. Trata-se de uma avaliação de competências para fins de certificação. Essa avaliação classificatória estará sempre referenciada no perfil profissional determinado para a unidade de ensino ou curso. SUGESTÃO DE PLANO DE ENSINO IDENTIFICAÇÃO DA ENTIDADE: DISCIPLINA: ANO LETIVO: TURMA: Nº DE AULAS SEMANAIS: PROFESSOR: 21 OBJETIVOS DA DISCIPLINA: GERAIS: ESPECÍFICOS: METODOLOGIA • Aulas expositivas • Seminários • Estudos de caso • Leitura e análise de textos / Debates • Dinâmicas de grupo TEMAS PARA TRABALHO EM GRUPO – APRESENTAÇÕES OS TEMAS SUGERIDOS: 1- 2- 3- 4- RECURSOS DIDÁTICOS 22 AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM DATA: ASSINATURA: PLANO DE ENSINO UNIDADE CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 23 1_ Legenda (**) – diversos capítulos destes livros serão utilizados no transcorrer da disciplina. CONSIDERAÇÕES SOBRE AS ÁREAS DE CONHECIMENTO Considerando que o educador-professor de Educação Infantil é o profissional que está na linha de frente na operacionalização da proposta apresentada, torna-se necessário estabelecer com clareza o ponto onde quer chegar, mediante o processo de transformação educativa social, em relação com a realidade em que atua. Essa definição possibilitará ao educador selecionar e aplicar os conteúdos que forem mais adequados, além de estabelecer os procedimentos mais eficientes para alcançar seus objetivos. A proposta aqui apresentada deve ser considerada como diretriz organizadora e nunca como um programa já pronto e acabado, que mais aprisiona o professor do que o estimula a pesquisar, investigar e observar o que se produz. Se assim for, a percepção sobre o material disponível torna- se compatível com a prática, que será vinculada a um projeto pedagógico, social e coletivo. FORMAÇÃO SOCIAL E PESSOAL Sabemos que o conhecimento é construído por meio das relações entre as pessoas, em um processo de trocas e mediações que desencadeia a produção e reprodução de saberes práticos, conceitos, valores e formas de relação. Por intermédio de relações significativas com o conhecimento, numa comparação permanente entre aquilo que já se sabe e o novo, o ser humano aprende e desenvolve-se cognitiva e emocionalmente. INDICAÇÃO PARA LEITURA 24 A formação docente demanda que os saberes da área de formação social e pessoal estejam interligados, e o que se pretende é intervir sobre a construção de saberes sobre a criança, sobre a atividade pedagógica e sobre a profissionalização docente. Um projeto formativo deve ter, em cada professor, o sujeito de sua própria formação e de seu desenvolvimento pessoal e profissional. Tendo em vista que lidamos com sujeitos históricos e concretos, com experiências de vida e de trabalho, tanto ricas quanto peculiares, não basta a um curso de formação pretender transmitir, unilateralmente, conceitos e fórmulas práticas. Esse conhecimento deve ser construído em conjunto, aliando o aprofundamento de discussões teóricas e os saberes constituídos pelos professores, em sua ação diária. Se contemplarmos o professor em sua complexidade, seremos capazes de tornar qualquer aprendizagem realmente significativa e desenvolvedora. Nesse sentido, torna-se imprescindível estudar, discutir e refletir sobre a História da Educação, da Antropologia, da Filosofia, indispensáveis ao conhecimento da educação atual, numa abordagem que relacione o passado e o presente da Educação Infantil. É necessário conhecer também o desenvolvimento da criança de 0 a 6 anos, sua importância e seus aspectos evolutivos, que serão os facilitadores para a futura programação das atividades no mundo-escola e da tarefa do professor como potencializador da aprendizagem do aluno. 25 ÁREA: FORMAÇÃO SOCIAL E PESSOAL UNIDADE DE ESTUDO: FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL OBJETIVOS - Construir com os alunos novas formas de pensar o cotidiano, desenvolvendo o espírito crítico em relação ao senso comum. - Apresentar os métodos de abordagem da realidade, estabelecendo permanentemente um diálogo com a vivência e o papel do educador na sociedade. CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS I- Introdução à Filosofia II- Para que filosofia? III- Origem da filosofia IV- Mito e filosofia V- As atitudes filosófica e crítica VI- A reflexão filosófica VIII- O Método Científico -Teoria do Conhecimento - O nascimento das Ciências - Filosofia das Ciências VIII- Filosofia Pré-Socrática IX - Os sofistas 26 X- Sócrates XI- Platão XII- Aristóteles XIII- Metafísica Idade Média – Patrística , Escolástica e São Tomas de Aquino XIV- Concepções filosóficas subjacentes às tendências do pensamento pedagógico XV- Valores e objetivos da Educação -Dimensão axiológica da educação -Educação tradicional e suas bases axiológicas - Educação nova e suas bases axiológicas - Educação progressista e suas bases axiológicas XV- Abordagem das concepções filosóficas da infância BIBLIOGRAFIA BÁSICA: ARANHA, Maria Lúcia Arruda. Filosofando, introdução à filosofia. São Paulo, Editora Moderna, 1992. CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo, Editora Ática, 1999. CHAUÍ, Marilena. O que é ideologia. São Paulo, Editora Brasiliense, 1981. DURKHEIM, Émile. As regras do método sociológico. São Paulo, Martins Fontes, 1995 GADOTTI, Moacir. Pedagogia da práxis. São Paulo, Editora Cortez, 1998. JAPIASSÚ, Hilton e MARCONDES, Danilo. Dicionário básico de filosofia. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editores, 1999. LÖWY, Michel. Método dialético e teoria política. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1978. MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. A ideologia alemã. São Paulo, Editora Hucitec, 1996 27 MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. Textos sobre educação e ensino. São Paulo, Editora Moraes, 1976. SAVIANI, Demerval. Do senso comum à consciência filosófica.Campinas, Editora Autores Associados, 1996 . 28 ÁREA: FORMAÇÃO SOCIAL E PESSOAL UNIDADE DE ESTUDO: SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL OBJETIVOS -Conhecer e inferir acerca das questões sociais atinentes à educação, promovendo interfaces entre as relações humanas, as questões sociais envolvidas na educação e o tipo de educação resultante de todo o processo e contexto. - Analisar as concepções sobre a relação educação x sociedade, sob diferentes enfoques. - Interpretar a influência das concepções sobre a relação educação x sociedade na formação histórica do sistema educacional brasileiro. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO I- A Sociologia e o seu objeto de estudo II- As Ciências Sociais e o processo histórico III-As bases sociológicas da educação IV- A educação como processo social V- O papel da educação na estrutura social VI- Educação e Diversidade cultural: currículo e cultura. Educação Inclusiva. VII- A educação como uma prática simbólica VIII- A escola como instituição social e sua articulação com outras instituições socializadoras: relação escola e família. 29 IX- Escolas, reprodução e transformação social. X-Estado, classes sociais, ideologia e escola. XI-Conceitos de criança e infância. XII- A construção histórico-social do sentimento de infância. XIII- A criança como sujeito de direitos, capaz de estabelecer múltiplas relações. XIV- O papel da educação e da escola no processo de construção de identidade da criança. XV- Criança e infância na sociedade contemporânea. BIBLIOGRAFIA ARIÈS, P. História social da criança e da família. Rio de Janeiro: LTC, 1981. BENJAMIN, Walter. Reflexões sobre a Criança, o Brinquedo e a Educação. São Paulo: Editora 34, 2002. CASTRO, Lucia Rabello. A Infância e seus destinos no contemporâneo. Psicologia em Revista, Elo Horizonte, v.8 n.11, p.47-48, jun.2002. CORAZZA, Sandra. História da Infância Sem Fim. Ijui: Ed. Unijui, 2000. DAYRELL, Juarez. O jovem como sujeito social. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, n.24, p.40-52, set./dez. 2003. ISSN 1413-2478. DELGADO, Ana C. C., MOLLER, Fernanda. Sociologia da Infância: pesquisa com crianças. Educação & Sociedade, Campinas, v.26, n.91, p.351-360, maio/ago. 2005. DELGADO, Ana Cristina Coll. O que nós adultos sabemos sobre infâncias, crianças e suas culturas? Revista Espaço Acadêmico. N.34, março, 2004. [online] Disponível na Internet via Acessado em 10/10/2007. FREITA, Marcos. Historia Social da Infância no Brasil. São Paulo: Cortez, 2001. 30 HAMANN, Fernanda Passarelli. Erotização da infância: a história de uma nova forma de ser criança [online] Disponível na Internet via Acessado em 10/10/2007. HEYWOOD, Colin. Uma História da Infância. Porto Alegre: Artmed, 2004. JAVEAU, Claude. Criança, infância(s), Crianças: que objetivo dar a uma ciência Social da Infância? Educação & Sociedade, Campinas, v.26, n.91, p.379-389, maio/ago. 2005. KISHIMOTO, Tizuko Morchida. O Brinquedo na Educação: Considerações Históricas. [online] Disponível na Internet via Acessado em 10/10/2007. KRAMER, Sonia. Infância e Educação Infantil. Campinas: Papirus, 1999. KUHLMANN, Moyses. História da Educação Infantil Brasileira. Revista Brasileira de Educação. Rio de Janeiro, n.14, Maio/jun./jul/ago. 2000. [online] Disponível na Internet via Acessado em 10/10/2007. KUHLMANN, Moyses. Infância e Educação Infantil: uma abordagem histórica. Porto Alegre: Mediação, 1998. MOLLO-BOUVIER, Suzanne. Transformações dos Modos de Socialização das Crianças: uma abordagem Sociológica. Educação & Sociedade, Campinas, v.26, n.91, p.391-403, maio/ago. 2005. SIROTA, Régine. Emergência de uma sociologia da infância: evolução do objeto e do olhar. Cadernos de Pesquisa. São Paulo, n.112, p.7-31, mar. 2001. SOUZA, Solange Jobim. A Criança na Idade da Mídia. [online] Disponível na Internet via Acessado em: 10/10/2007. 31 ÁREA: FORMAÇÃO SOCIAL E PESSOAL UNIDADE DE ESTUDO: HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL OBJETIVOS -Introduzir os estudos histórico-educativo s como instrumento de reflexão do educador acerca de seu cotidiano, do meio social em que vive e de sua prática como mediador do processo educativo. - Favorecer a expressão de idéias sobre os problemas sócio-culturais e educacionais da sociedade brasileira, analisados a partir do contexto no qual se apresentam - Investigar os fenômenos educacionais em sua relação com a dinâmica social e a diversidade étnico-racial, de gênero, de classes sociais, de religiões, de opções sexuais, analisando e contextualizando fontes documentais. - Compreender que as concepções de educação, trabalho, cidadania, infância e família são socialmente produzidas. - Desenvolver a prática da pesquisa e do registro das atividades pedagógicas integrando áreas de conhecimento que contribuem com o campo da educação. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO I – Introdução à educação como objeto de estudo da história - conceito de história e fontes documentais - registro das atividades pedagógicas e a construção da memória da educação escolar 32 II – Educação, no mundo antigo e na modernidade - Educação na Grécia: formação do cidadão, do guerreiro, a educação familiar, Paidéia, a formação para a vida política - A cultura helenística - A educação romana: heróico-patrícia e a formação para o trabalho. III – O ensino jesuítico na educação brasileira - A pedagogia jesuítica e o processo civilizatório no período colonial - A Companhia de Jesus e a pedagogia da contra-reforma - O jesuíta e o ofício da catequese - Os colégios jesuíticos e o Ratio Studiorum - A era pombalina: desmantelamento do sistema colonial de ensino IV – Caráter aristocrático da instrução pública no Brasil do século XIX - Ensino elementar e alfabetização como tarefa da família - Preceptoria: memórias de uma educadora alemã V- A infância e o processo político ao longo da História do Brasil, destacando as políticas sociais e o processo de construção do conceito de infância Estatuto da Criança e do Adolescente. BIBLIOGRAFIA ARANHA, Maria Lucia de Arruda. História da Educação. São Paulo: Editora Moderna, 1996. _____. Filosofia da Educação. São Paulo: Moderna, 1991. 2º graus. Brasília: MEC/MARI/UNESCO. 1995. ARIÈS, Philippe. História social da criança e da família. Trad. Dora Flaksman. Rio de Janeiro: Livros Associados, 1996. 33 BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é educação. 17 ed. São Paulo: Brasiliense, 1986. CAMBI, Franco. História da Pedagogia. São Paulo: Unesp, 2000. Editora da Unicamp, 1995. FUNARI, Pedro Paulo A. Antiguidade Clássica - a história e a cultura a partir dos documentos. São Paulo: GRAMSCI, Antonio. Concepção dialética da educação. São Paulo: Cortez, 1983. LE GOFF, Jacques. A Civilização do Ocidente Medieval. Lisboa: Estampa, 1984. LUZURIAGA, Lourenço. História da Educação e da Pedagogia. São Paulo: nacional, 1955. MENEZES, Maria Cristina (org.). Educação, memória, história. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2004. ROSA, Maria da Glória. A História da Educação Através de Textos. São Paulo: Ed. Cultrix, 1995. SAVIANI, Demerval. Educação – do senso comum à consciência filosófica. 12º ed. Campinas, SP: Autores VERNANT, J. P. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: DIFEL, 1978. 34 ÁREA: FORMAÇÃO SOCIAL E PESSOAL UNIDADE DE ESTUDO: ASPECTOS ANTROPOLÓGICOS OBJETIVOS Possibilitar a compreensão da educação como um processo sócio-cultural, que está além dos limites da educação formal. Fomentar a compreensão da riqueza da diversidade sócio-cultural. CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS I- Conceitos de Cultura, Pluralidade Cultural, Antropologia, Etnocentrismo, Multiculturalismo II- Contribuições da antropologia para educação infantil III- Diversidade étnico-cultural IV- A escola como espaço sócio-cultural V- As questões raciais, as minorias étnicas e sociais VI- A cultura indígena VII- Rumos da cultura brasileira VIII- Intervenção do homem brasileiro na criação da cultura contemporânea IX- Nova concepção do homem brasileiro BIBLIOGRAFIA BÁSICA: BRANDÃO, Carlos Rodrigues.A Educação como Cultura. São Paulo, 2002. CLIFFORD, Jonathan. A experiência etnográfica: Antropologia e literatura no século XX. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ, 1995. 35 COUTINHO, C. N. Cultura e sociedade no Brasil: ensaios sobre idéias e formas. 2ª ed. Rio de janeiro DP A, 2000. FERREIRA, Mariana Kawall Leal. Antropologia, História e Educação. São Paulo: Global Editora. KALOUSTIAN, S. M(org.). Família Brasileira: a base de tudo. 4ª ed. São Paulo: Cortez: UNICEF, 2000. LAPLANTINE, François. Aprender Antropologia. São Paulo: Brasiliense, 1991. LARAIA, Roque de Barros. Cultura: Um Conceito Antropológico. Rio de Janeiro: Zahar, 2003 (16 ed.) MELLO, Luis Gonzaga Mello. Antropologia Cultural: Iniciação, Teoria e Temas. Petrópolis: Vozes, 1995. OLIVEIRA, Roberto Cardoso. Sobre o pensamento antropológico. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1997. ORTIZ, Renato. Cultura Brasileira e Identidade Nacional. São Paulo: Cia das Letras, 1995. RIBEIRO, Darcy. O Povo Brasileiro: A Formação e o Sentido do Brasil. São Paulo: Cia das Letras, 1995. ROCHA, Everaldo Guimarães. O que é Etnocentrismo? São Paulo: Brasiliense, 1984. VELHO, Gilberto. Individualismo e cultura. Notas para uma antropologia da sociedade contemporânea. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002. 36 ÁREA: FORMAÇÃO SOCIAL E PESSOAL UNIDADE DE ESTUDO: ASPECTOS HISTÓRICOS OBJETIVOS - Buscar, ao longo da história, a compreensão de como se deu a construção de propostas educacionais e escolares. - Entender como determinadas idéias sobre o homem, o mundo e a educação resultaram em um modelo institucional de educação. - Reconhecer as características do Projeto Educacional da Modernidade no Brasil. -Identificar como os intelectuais brasileiros reconfiguram os paradigmas educacionais da Modernidade. - Conhecer as tendências contemporâneas que conformam as novas propostas para a educação. - Investigar a construção do campo disciplinar da História da Educação no Brasil. CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS I- A educação infantil e seus aspectos culturais constitutivos II- História da infância e políticas nacionais. III- Educação da Infância na realidade brasileira. IV- Educação Infantil: Jardins–de-Infância. V- As contribuições dos grandes pensadores: Froëbel – Montessori - Decroly – Dewey - Freinet. VI- Escolarização obrigatória e institucionalização da infância VII- Infância e cultura 37 ViIII- História do atendimento à criança brasileira. IX- A política de educação pré-escolar no Brasil. X- Perspectiva histórica do profissional de educação infantil no Brasil. XI- História, legislação e políticas públicas. BIBLIOGRAFIA: ÁRIES, P. História social da criança e da família. Rio de Janeiro: Guanabara, CAMPOS, M. M. ; ROSEMBERG, F. e FERREIRA, I . Creches e pré-escolas no Brasil.. São Paulo: Cortez, 1992. CARVALHO, Alysson et alii. Desenvolvimento e Aprendizagem. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2002. CAVICCHIA, D. C. O cotidiano da creche: um projeto pedagógico. São Paulo: ECA – Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. FREITAG,M.C. (org.) História social da infância no Brasil. São Paulo: Cortez, 1997. G.TEDUCAÇÃO E SOCIEDADE – ANPOCS, São Paulo, outubro LOPES, Eliane M.i Teixeira. 500 anos de Educação no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica,2000. MOVIMENTO INTERFÓRUNS DE EDUCAÇÃO INFANTIL DO BRASIL. Educação OLIVEIRA, Zilma de Moraes Ramos de A criança e seu desenvolvimento: perspectivas para se discutir a educação infantil. São Paulo, Cortez, 1995. PRIORE, Mary Del (org.) História das crianças no Brasil.São Paulo: Contexto, 1999. VERONESE, Josiane R. P. Os direitos da criança e do adolescente. Rio e Janeiro: LTR, 1999. 38 ÁREA: FORMAÇÃO SOCIAL E PESSOAL UNIDADE DE ESTUDO: ASPECTOS FILOSÓFICOS OBJETIVOS - Reconhecer a importância do senso comum para a constatação dos acontecimentos, elaboração de valores e decisões que aproximem as pessoas de objetivos comuns. - Reconhecer a necessidade da elevação da consciência das noções comuns para o bom senso, para que elaborar concepções mais coerentes e traçar projetos de humanização das relações sociais. - Perceber a importância da Filosofia para a reflexão da moralidade. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO I- Conceito de Filosofia e Filosofia da Educação. II- Objeto da Filosofia da Educação. III- Os fundamentos filosóficos dos projetos educativos na Antigüidade e sua relação com o con- ceito e a formação do Homem. IV- Valores e objetivos da educação, liberdade e determinismo em educação, alienação na educação, educação e emancipação. V- As diversas propostas pedagógicas e seus pressupostos. VI- Histórico e conceito de filosofia e filosofia da educação. VII- Lógica, epistemologia, metafísica, axilogia e empirismo na história e do pensamento humana e sua influência nas tendências pedagógicas. 39 VIII- Reflexão filosófica nos domínios do conhecimento pedagógico e educacional. BIBLOGRAFIA ARANHA, Maria Lúcia Arruda. Filosofando, Introdução à Filosofia. São Paulo, Editora Moderna, 1992. CHAUÍ, Marilena. Convite À Filosofia. São Paulo, Editora Ática, 1999. CHAUÍ Chauí, Marilena. O Que É Ideologia. São Paulo, Editora Brasiliense, 1981. GADOTTI, Moacir. Pedagogia Da Práxis. São Paulo, Editora Cortez, 1998. JAPIASSÚ, Hilton e Marcondes, Danilo. Dicionário Básico de Filosofia. Rio De Janeiro, Jorge Zahar Editores, 1999. LÖWY, Michel. Método Dialético e Teoria Política. Rio De Janeiro, Paz E Terra, 1978. MARX, Karl E Engels, Friedrich. A Ideologia Alemã. São Paulo, Editora Hucitec, 1996 MARX, Karl E Engels, Friedrich. Textos Sobre Educação e Ensino. São Paulo, Editora Moraes, 1976. SAVIANI, Demerval. Do Senso Comum à Consciência Filosófica.Campinas, Editora Autores Associados 40 ÁREA: FORMAÇÃO SOCIAL E PESSOAL UNIDADE DE ESTUDO: ASPECTOS BIOPSICOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL OBJETIVOS -Promover a análise das possíveis relações entre fatores ambientais e hereditários presentes nas diferentes etapas do desenvolvimento do ser humano, a fim de fornecer subsídios teóricos para a compreensão do processo de aprendizagem. -Promover o conhecimento e a compreensão do desenvolvimento humano segundo as principais e as mais atuais correntes teóricas, desenvolvendo a capacidade de estabelecer correlações entre tais teorias e o comportamento humano. -Analisar e compreender o processo de aprendizagem segundo as diferentes etapas do desenvolvimento, que em conexões com trabalhos práticos visam contribuir para a formação de uma visão crítica do futuro educador. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO I- A psicologia do desenvolvimento II- Desenvolvimento pré-natal III- Desenvolvimento emocional e social na primeira infância IV- Desenvolvimento físico-motor V- Desenvolvimento perceptivo VI- Desenvolvimento do pensamento, linguagem e inteligência (aptidão, prontidão) 41 VII- Desenvolvimento social e auto-conceito (desenvolvimento da agressividade) VIII- Socialização, família e escola IX- O desenho infantil X- O brincar BIBLIOGRAFIA BÁSICA DAVIS, C, OLIVEIRA, Z. Psicologia na educação. São Paulo:Cortez, 1993 DOLLE, JM. Para compreender Jean Piaget. Rio de Janeiro. Zahar, 1975 ERIKSON, E. Identidade, juventude e crise. Rio de Janeiro: Zahar, 1976 MALDONADO,M.T. Psicologia da gravidez. São Paulo: Saraiva, 1996 MÉRIDIEU, F. O desenho infantil. São Paulo; Cultrix, 1974 MIDDLEMORE, M.P. Mãe e filho na amamentação. São Paulo: Ibrex, 1974 MUSSEN, P.H. O desenvolvimento psicológico da criança.Rio de Janeiro: Guanabara, 1987 OLIVEIRA, M.K. Vygotski: Aprendizado e desenvolvimento um processo histórico.São Paulo: OLIVEIRA, M.K. Vygotski: Aprendizado e desenvolvimento um processo histórico.São Paulo: PAPALIA,D.E.&OLDS,S.W. Human development New York:Mac Graw Hill,1995 PIAGET, J. O juízo moral da criança. São Paulo: Summus Editorial, 1994 BEE, H. A criança em 42 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE CONHECIMENTOS DOS PROCESSOS DE ENSINO APRENDIZAGEM A formação de professores da educação infantil exige que sejam abordados alguns conhecimentos necessários na prática educativa, em especial conceitos pedagógicos, uma vez que nesse período da formação, há a necessidade de capacitar o docente para o ensino que prioriza a socialização e o desenvolvimento pedagógico dos alunos, além da alfabetização inicial e da matemática. Entretanto, na educação infantil, os professores deparam com a necessidade de apresentar conhecimentos científicos aos alunos, levados, principalmente, pela demanda gerada pelo fácil acesso dos estudantes a questões científicas. Dessa forma, as técnicas serão abordadas numa perspectiva de orientar a análise do processo de ensino, por meio de um tratamento específico de seus elementos constitutivos, de sua forma de organização e da relação professor/aluno, considerando que todos os aspectos integram a totalidade do processo ensino/aprendizagem. ÁREA: CONHECIMENTOS DOS PROCESSOS DE ENSINO APRENDIZAGEM UNIDADE DE ESTUDO: FUNDAMENTOS DA DIDÁTICA OBJETIVOS: - Caracterizar a didática a partir de sua inserção no contexto de práticas pedagógicas e de propostas de ensino-aprendizagem. - Justificar o papel da didática na formação docente. - Conhecer os fundamentos que embasam as teorias e as metodologias em educação infantil, 43 proporcionando entendimento sobre o processo de construção curricular. - Possibilitar a reflexão dos alunos e a constituição de suas identidades com os professores, problematizando a produção da pesquisa na didática diante da realidade da pesquisa nas escolas, procurando desenvolver nos alunos uma atitude investigativa. - Propiciar ao professor a oportunidade de exercer a docência ao mesmo tempo em que reflete sobre ela. -Identificar o planejamento como um processo de racionalização, organização e coordenação da ação docente, articulando a atividade escolar e a problemática do contexto escolar. - Reconhecer que os objetivos educacionais são uma exigência indispensável ao trabalho docente e requerem um posicionamento ativo do professor em sua explicitação, seja no planejamento escolar seja no desenvolvimento das aulas. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO I- Conceito de Didática II- Prática educativa e sociedade III- Evolução histórica da Didática IV- A Didática e a formação profissional do professor V- Tendências pedagógicas do Brasil e a Didática VI- Identidade do professor e os saberes da docência: - a experiência -o conhecimento -os saberes pedagógicos VIII- Relação aprendizagem-ensino IX- Formação docente X-O trabalho docente 44 XI- Concepções Curriculares em Educação Infantil - O contexto cultural e o processo de educação infantil - O desenvolvimento da criança de 0 a 5 anos - A cultura, o desenvolvimento infantil e os conteúdos do currículo escolar. XII- Fundamento e Metodologia do Trabalho em Creche - Concepção de criança - Características do Desenvolvimento - Função da Creche. Direitos da Criança XIII- Organização e Estrutura da Creche - Cuidados com a criança - Higiene e saúde - Primeiros socorros - Nutrição e alimentação - Organização e estrutura da creche - Fundamentos psicológicos da infância -Desenvolvimento psicossocial e emocional da criança de 0 a 5 anos XIV- Espaço Educativo da Creche e Pré-Escola - Organização e Estrutura - Metodologia e situações didáticas - O brincar no desenvolvimento da criança - A música, artes visuais, linguagem e movimento - Planejamento e avaliação XV- A educação Infantil na LDB. - Diretrizes e Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. XV- Planejamento Escolar - A importância do planejamento escolar 45 - A proposta pedagógica - O plano de curso - O plano de aula BIBLIOGRAFIA BICUDO, M.A.V.; SILVA Jr., C.A. (org.). Formação do educador: dever do estado, tarefa da universidade. São Paulo: UNESP, v.4, 1999. BRASIL. Secretaria de educação fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC/SEF, v.1, 1997. CANDAU, V. (org.). Rumo a uma nova didática. 9. ed. Petrópolis: Vozes, 1999. CANDAU, V. A didática em questão. Petrópolis: Vozes, 1999. COLL, C. (org.). O construtivismo na sala de aula. São Paulo: Ática, 1996. ESTEBAN, M.T. (org.).Avaliação: uma prática em busca de novos sentidos. 2.ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2000. FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 10.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1999. KENSKI, V. M. O ensino e os recursos didáticos em uma sociedade cheia de tecnologias. In: VEIGA, I. P. A. (org.). Didática. São Paulo: Cortez, 1994. LIBÂNEO, J.C. 13. ed. Didática. São Paulo: Cortez, 1994. MIZUKAMI, M. da G. N. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: E.P.U., 1986. VEIGA, I.P.A. Repensando a didática. 13. ed. São Paulo: Papirus, 1998 46 ÁREA: CONHECIMENTOS DOS PROCESSOS DE ENSINO APRENDIZAGEM UNIDADE DE ESTUDO: METODOLOGIAS DA APRENDIZAGEM E PRÁTICA, LÍNGUA PORTUGUESA E ALFABETIZAÇÃO OBJETIVOS: - Refletir sobre as concepções da aprendizagem da leitura e da escrita, por meio de contextualização histórica e vivências. - Apresentar concepção de alfabetização e das metodologias utilizadas no processo de letramento. - Contextualizar os conteúdos de alfabetização no conjunto das práticas de ensino da Língua Portuguesa. - Possibilitar a construção de uma base teórica, na abordagem de vários autores e suas concepções sobre o aprendizado da linguagem escrita. - Identificar que o aprendizado da leitura e da escrita são ferramentas de comunicação e de apropriação de saberes elaborados. - Analisar o percurso de aprendizagem formal e informal, identificando características cognitivas, afetivas e físicas, processos de desenvolvimento, formas de acessar e processar conhecimentos. - Discutir as mudanças nas concepções de ensino-aprendizagem da leitura e da escrita, por meio da contextualização histórica das práticas de alfabetização no século XX, no mundo ocidental. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO I- Enfoques históricos e metodológicos da Linguagem oral e escrita no ensino da Educação Infantil. II- Propriedades da linguagem e suas diversas formas de expressão no processo de ensino e aprendizagem da criança. 47 III- Práticas de leitura e escrita: da intervenção pedagógica da espontaneidade à apropriação de códigos convencionais. IV- Organização de material didático e propostas pedagógicas. V- Conceitos e pressupostos teóricos que fundamentam a alfabetização VI- A dimensão simbólica do processo de alfabetização: uma aproximação dos sentidos construídos pelos alunos. VII- Mitos e desafios construídos em relação aos processose metodologias de alfabetização. VIII- Saberes, afetos, práticas, sentidos, desejos e vontades: o desafio de ser alfabetizador. IX- Alfabetização: a questão conceitual X- Métodos de alfabetização de marcha sintética e analítica e métodos ecléticos XI- O processo de alfabetização face às teorias de desenvolvimento e aprendizagem XII- As novas propostas didáticas para alfabetização baseadas em estudos e pesquisas mais recentes das áreas da psicologia, lingüística, sociolingüística e psicolingüistica XIII- Articulação entre teoria e prática no processo de alfabetização BIBLIOGRAFIA BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. , Brasília: MEC/SEF, 1998. CELIS, Glória Inostroza. Aprender a formar crianças leitoras e escritoras. Porto Alegre: Artes 48 Médicas, 1998. FRANCHI, Eglê. Pedagogia da Alfabetização. Da oralidade à escrita. São Paulo: Cortez, 2001. FREITAG, Bárbara. Formação da professora alfabetizadora: reflexões sobre a prática. São Paulo: Cortez, 1996. KLEIMAN, Ângela B. (ORG.) Os significados do letramento. Campinas: Mercado de Letra, 1995. SILVA, Maria Alice S. Souza. Construindo a Leitura e a Escrita. São Paulo: Ática, 1995. SMOLKA, Ana Luisa B. A criança na fase inicial da escrita. São Paulo> Cortez, 2000. SOUZA, Solange Jobim. Infância e linguagem: Bakhtin, Vygotsky e Benjamin. Campinas: Papirus, 1997. TEBEROSKY & COLOMER. Aprender a ler e escrever – uma proposta construtivista. Porto Alegre: Artmed, 20003. 49 ÁREA: CONHECIMENTOS DOS PROCESSOS DE ENSINO APRENDIZAGEM UNIDADE DE ESTUDO: METODOLOGIAS DA APRENDIZAGEM E PRÁTICA HISTÓRIA E GEOGRAFIA OBJETIVOS: - Estabelecer, a partir da história de vida dos alunos e da comunidade, a relação com o espaço geográfico, cultural e social. - Demonstrar a importância do planejamento e avaliação em História e Geografia. - Mostrar como o tempo vivido transforma a sociedade e o espaço geográfico. - Repensar a oposição e a unidade entre natureza e sociedade e entre geografia física e humana. - Compreender a questão ecológica ou ambiental como parte das contradições da sociedade moderna, intimamente ligada às noções de progresso, desenvolvimento e racionalidade. - Introduzir o aluno na temática do espaço humanizado (social), problematizando questões ligadas à sociedade e à natureza. - Desenvolver uma visão crítica do atual período histórico, identificando as implicações das recentes transformações na organização espacial. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO I- Definição de história, contextualização e historicização. II- As correntes teóricas da ciência – História. III- A História nas propostas curriculares oficiais para o início da escolarização. IV- O ensino de História: realidade e perspectivas. V- Pressupostos teóricos e práticos para a seleção de conteúdos em História. 50 VI- Metodologias adequadas ao ensino de História. VII- Definição do termo geografia, sua contextualização e historicidade. VIII- As correntes teóricas da ciência – Geografia. IX- A Geografia nas propostas curriculares oficiais para o início da escolarização. X- O ensino de Geografia: realidade e perspectivas. XI- Pressupostos teóricos e práticos para a seleção de conteúdos na área de Geografia. XII- Análise crítica da bibliografia existente na ciência Geografia. XIII- Metodologias adequadas ao ensino de Geografia na educação infantil. BIBLIOGRAFIA CAMARGO, D. M. P. de & ZAMBONI, Ernesta. A Criança, Novos Tempos, Novos Espaços: a história e a geografia na escola. In: Em Aberto, Brasília, 7(37): 25-30, jan/mar, 1988. CANIATO, Rodolpho. A Terra em que Vivemos. Campinas: Papirus, 1989. CARDOSO, Maria H. F. & VEIGA, Ilma P. A. (orgs.). Escola Fundamental: currículo e ensino. Campinas: Papirus, 1991. FEIL, Iselda T. S. Conteúdos Integrados: proposta metodológica para as séries iniciais do ensino de 1º grau. Ijuí: Vozes / FIDENE, 1989. FERRACINI, Luiz. O Professor como Agente de Mudança Social. São Paulo: EPU, 1990. GIOVANNI, Maria Lúcia R. Área de Estudos Sociais: uma proposta de trabalho para o 1º grau. In: Educação e Sociedade, São Paulo, (13): 132-143, dez 1982. KINCHELOE, Joe L. A Formação do Professor como Compromisso Político: mapeando o pós- moderno. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. 51 LEME, Dulce M. P. e outros. O Ensino de Estudos Sociais. São Paulo: Atual, 1986. NEVES, Maria A. Mamede. Ensinando e Aprendendo História. São Paulo: EPU / CNPq, 1985. NILDECOFF, Maria Tereza. A Escola e a Compreensão da Realidade. São Paulo, 1982. PENTEADO, Heloísa Dupas. Metodologia de Ensino de História e Geografia. São Paulo: Cortez, 1991. PORTELLA, Rosalva & CHIANCA, Rosaly Maria B. Didática de Estudos Sociais. São Paulo: Ática, 1990. 52 ÁREA: CONHECIMENTOS DOS PROCESSOS DE ENSINO APRENDIZAGEM UNIDADE DE ESTUDO: METODOLOGIAS DA APRENDIZAGEM E PRÁTICA DA MATEMÁTICA E CIÊNCIAS OBJETIVOS: - Reconhecer etapas referentes aos conteúdos de Educação Infantil na área de Ciências. - Conhecer a estrutura geral da área para que possam favorecer a aprendizagem significativa de seus alunos. - Desenvolver práticas favoráveis à saúde, levando em conta as experiências e as necessidades de seus futuros alunos. - Construir o significado de número natural, a partir de contagens, medidas e códigos. - Interpretar e produzir escritas numéricas, inicialmente observando regularidade na seqüência dos números naturais. - Construir e apropriar-se dos significados do número. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO I- O ensino de Ciências na educação infantil: objetivos, normas e padrões, tendências de transformação II- Os conteúdos e os métodos de Ciências Físicas na educação infantil: o ambiente e o aluno, a natureza interdisciplinar dos conteúdos de Ciências. III- A didática e as ciências. Construção do conhecimento científico IV- Conhecimento e respeito ao meio ambiente e perspectivas de educação ambiental V- As relações entre ciência e tecnologia, natureza e ser humano 53 VI- Essência e particularidade do ensino de ciências para crianças, a partir de uma visão ampla das várias propostas de ensino existentes. VII- As metodologias que permeiam o ensino de Ciências, de Ciências Naturais na Educação Infantil VIII- Construção e apropriação dos significados do número IX- Utilização de jogos e de materiais manipulativos no Ensino e Aprendizagem da Matemática X- Emprego da tecnologia no Ensino e Aprendizagem da Matemática XI- Enfoques teóricos e metodológicos da Matemática na Educação Infantil XII- Consideração dos conhecimentos matemáticos como parte integrante do universo infantil XIII- Organização de material didático e propostas pedagógicas do ensino da Matemática na Educação Infantil BIBLIOGRAFIA ABRANTES P. Avaliação e educação matemática. Série Reflexões em Educação Matemática, MEM/USU - GEPEM. Rio de Janeiro: GEPEM, 1999. ALMEIDA, Paulo Nunes. Educação lúdica - técnicas e jogos pedagógicos. São Paulo: Loyola, 1974. ARANAO, Ivana V. D. A matemática através de brincadeiras e jogos. Campinas(SP): Papirus, 997. BORIN, Julia. 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São Paulo: Cortez, 1 56 ÁREA: CONHECIMENTOS DOS PROCESSOS DE ENSINO APRENDIZAGEM UNIDADE DE ESTUDO: METODOLOGIAS PARA EDUCAÇÃO ESPECIAL OBJETIVOS - Identificar problemas sócio-culturais e educacionais, propondo respostas criativas às questões da qualidade do ensino e medidas que visem superar a exclusão social. - Conhecer os fundamentos históricos, norteadores do atendimento aos portadores de necessidades especiais. - Conhecer a Política Nacional de Educação Especial. - Conhecer a Política de Inclusão do Portador de Necessidades Especiais. - Aplicar pedagogicamente os procedimentos psicopedagógicos voltados para o atendimento aos portadores de necessidades especiais. CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS I- Educação e educação especial: aspectos históricos; análise conceitual; políticas de atendimento; processo pedagógico e a diversidade II- Desenvolvimento histórico da Educação Especial no Brasil III- Princípios norteadores da Educação Especial IV- Legislação e Normas V- Caracterização da Clientela VI- A inclusão social como um processo de ações afirmativas, públicas e privadas, no sentido de inserir todos os grupos ou populações à margem da sociedade VII- A educação inclusiva enquanto reflexão da sociedade holística, incluindo todas as dimensões 57 da vida, em especial, a econômico, a cultural, a política, a religiosa e a ambiental BIBLIOGRAFIA ALVES, Gilberto Luiz. O pensamento burguês no Seminário de Olinda: 1800-1836. Ibitinga, SP: Humanidades, 1993. _______. A produção material da escola pública contemporânea. Campinas, SP: Universidade Estadual de Campinas, 1998. ANACHE, Alexandra. A. 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O capital: livro I – capítulo VI (inédito). Trad. de Eduardo Sucupira Filho. São Paulo: Ciências Humanas, 1978. MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. A ideologia alemã: I – Feuerbach. 5. ed. Trad. de José Carlos Bruni e Marco Aurélio Nogueira. São Paulo: Editora HUCITEC, 1986. MAZZOTTA, Marcos, J. S. A integração virou modismo. Revista Vivência. n. 13: Fundação Catarinense de Educação Especial. 1992. p. 12-16. . Educação especial no Brasil, história e políticas públicas. São Paulo: Cortez, 1996. NERES, Celi Corrêa. Educação Profissional do Portador de Necessidades Especiais, para quê? (o Caso de Campo Grande- Mato Grosso do Sul). Campo Grande, UFMS, 1999, Dissertação (Mestrado em Educação). ROUSSEAU, Jean-Jacques. Projeto para a educação do Senhor de Sainte-Marie. Edição bilíngüe. Trad. De Dorothée de Bruchard. Porto Alegre: Editora Paraula, 1994. 103 p. TOMMASI, Lívia de; WARDE, Míriam. J; HADDAD, Sérgio (orgs). O Banco mundial e as políticas educacionais. São Paulo: Cortez, 1996. 59 PESQUISA E TECNOLOGIA APLICADA À EDUCAÇÃO A formação do professor de Educação Infantil que se pretende deve contemplar a relação adequada entre a capacidade instrumental (técnicas e métodos)
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