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RESUMO DIREITO CONSTITUICIONAL II

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RESUMO DIREITO CONSTITUICIONAL II
Organização do Estado = Está a partir do Art. 18 da C.F.
ART. 1°.  A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Conceitos:
República: Res + Pública = bem comum. República significa um tipo de estrutura política de Estado ou forma de governo onde prevalece a contínua busca pela satisfação do bem comum. Pode-se dizer que um modelo de Estado Republicano é fundamentalmente comprometido com a preservação de direitos e garantias individuais, bem como, afirma-se sob uma estrutura de poder amparada em representantes eleitos, pela assunção de responsabilidades por parte destes e, por fim, pela necessária renovação do poder. Tem como características:
Objetivo = promover o bem comum;
Conta com representantes;
Representantes eleitos;
Responsabilidades (civil, penal e administrativa).
Estado democrático – Parágrafo único do art. 1°: Democracia sugere uma abertura do Estado aos interesses da população, atribuindo a esta a titularidade do poder. No Brasil, o preceito básico do modelo democrático encontra-se previsto no Art. 1°, Parágrafo único da C.F.
Estado de Direito: Este modelo une a ideia de democracia (poder do povo) à submissão do Estado ao conjunto de normas jurídicas que caracterizam o direito. Pode-se dizer que o Estado Democrático de Direito afirma-se como o modelo onde há uma nítida preocupação para com a efetivação do princípio da dignidade da pessoa humana. 
Estado Federado: um Estado Federado é aquele composto por vários outros Estados menores. É possível afirmar que o modelo de federação adotado no Brasil (por desagregação) reconhece a autonomia administrativa, financeira, bem como o auto-governo à todos os entes federados, reservando, no entanto, à União, a principal característica que assiste à um Estado: A Soberania. 
A União não intervém na autonomia dos Entes Federados. A União é autônoma e soberana. 
União = pessoa jurídica de direito público externo e interno;
Estados, Municípios e DF = pessoas jurídicas de direito público interno.
Artigo 18 da C.F.
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
§ 1º Brasília é a Capital Federal.
§ 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.
§ 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.
§ 3° = Estados podem incorporar-se, subdividir-se ou desmembrar-se, permanecendo membros da Federação e respeitando 2 requisitos:
A. Plebiscito;
B. Lei Complementar editada pelo Congresso Nacional.
§ 4° = Criação, incorporação, fusão e desmembramento dos Municípios obedecem os seguintes requisitos:
A. Lei Complementar (Federal);
B. Estudo de Viabilidade Municipal (econômico);
C. Plebiscito;
D. Lei Estadual.
Artigo 19 da C.F.
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público (princípio da laicidade do Estado);
II - recusar fé aos documentos públicos;
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.
Artigo 20 da C.F.
Art. 20. São bens da União:
I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;
É uma cláusula de abertura (os que lhe vierem a ser atribuídos) visto que este rol do Art. 20 é meramente exemplificativo, não taxativo, pois podem surgir mais bens pertinentes à união. 
II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei;
Terras devolutas = aquelas que nunca pertenceram legitimamente a alguém. Como regra, essas terras pertencem ao Estado membro de onde elas estão. O que pertence à União é apenas o que está no inciso II, ou seja, somente as terras devolutas encontradas nas faixas de fronteira. Nem tudo o que está na faixa de fronteira é da União, SOMENTE às terras da União. 
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais;
Lagos, rios e correntes de água = aquelas que se localizam em terras devolutas em faixas da fronteira; que banhem mais de um Estado e as que ultrapassem a fronteira do País.
IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II;  
As ilhas lacustre, fluviais e marítimas, para pertencerem à União, precisam que um curso de suas águas pertença à União. De regra, por si só elas pertencem à União, exceto as que contenham sede de Municípios (como Florianópolis).
As ilhas marítimas pertencem à União, exceto aquelas que o registro imobiliário foi feito antes deste decreto. Ou seja, as ilhas particulares registradas antes de 1946 são validadas, as demais não poderão mais tornar-se patrimônio particular. (reguladas pelo Decreto Lei n° 9760/46)
V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva;
200 Milhas Náuticas da Costa até o meio do mar significa a plataforma continental + a zona econômica exclusiva.
VI - o mar territorial;
É contado 12 Milhas Náuticas da Costa até o meio do mar. 
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;
Terreno de marinha é toda área que se localize à beira mar, lagos e rios, onde exista maré. O terreno de marinha é medido à 33 metros do oscilação média da maré para dentro do território. Os terrenos particulares que se encontrem dentro desta fixa, pagam uma taxa anual da marinha, sendo que a União pode tomar esses espaços a qualquer momento. 
VIII - os potenciais de energia hidráulica;
É a energia que provém de um curso de algum rio. Esta energia, seja de qualquer rio (pertencente ou não da União) pertence à União. Para a instalação de um hidrelétrica é preciso de autorização do Estado dono do rio e da União (para utilizar a energia hidráulica). 
IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;
Os recursos do subsolo de terrenos particulares também pertencem à União, sendo que o particular só pode explorá-lo com autorização da União. 
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos;
Cavernas e locais de vestígios de alguma civilização antiga, como a região das Missões.
XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.
São aquelas terras HISTORICAMENTE ocupadas pelos Índios. 
§ 1º É assegurada, nos termos da lei, aos Estados,ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como a órgãos da administração direta da União, participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração.
§ 2º A faixa de até cento e cinqüenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei.
Bem = algo que acresce o patrimônio de alguém. 
Competências da União (Art. 21, 22, 23, 24, 24 §2°).
	Art. 21
	Competência EXCLUSIVA (somente a União pode exercer, sem poder delegar esta função para outro ente).
	Exercida pela UNIÃO
	Competências de caráter MATERIAIS ADMINISTRATIVAS
	Art. 22
	Competência PRIVATIVA (pode a União autorizar, por Lei Complementar, que os Estados membros legislem).
	Exercida pela UNIÃO (competência originária) podendo ser exercida pelos ESTADOS (competência delegada)
	Competências de caráter MATERIAIS LEGISLATIVAS
	Art. 23
	Competência COMUM (Todos são legítimos para tanto).
	Exercida pela UNIÃO, ESTADOS, DF E MUNICÍPIOS
	Competências de caráter ADMINISTRATIVA e LEGISLATIVA
	Art. 24
	Competência CONCORRENTE (Todos legislam ao mesmo tempo, porém a União só pode Legislar sobre leis gerais que valham para todos os entes federados. Cabe aos Estados membros regular especificamente cada assunto a respeito de questões particulares) (Quando a União não elabora a norma geral, os Estados terão competência legislativa plena, chamada de competência suplementar).
	Exercida pela UNIÃO, ESTADOS E DF
	Competência de caráter LEGISLATIVA
	Art. 24 §1° ao 4°
	Competência SUPLEMENTAR (surge essa competência somente quando a União se omite de legislar uma norma geral) (Se um tempo depois, a União Legisla a norma geral que faltava, a norma feita pelo Estado tem a sua eficácia cassada, ficando sem efeitos).
	Exercida pelos ESTADOS e DF
	Competência de caráter LEGISLATIVA
	Art. 25, § 1º
	Competência REMANESCENTE (Trata-se da possibilidade de os Estados Membros legislarem sobre matéria que a Constituição tenha silenciado, não atribuindo a competência a outros entes federados)
	Exercida pelos ESTADOS
	Competência de caráter LEGISLATIVA
	Art . 32, § 1º
	Competência CUMULATIVA (Trata-se da autorização constitucional para que o Distrito Federal exerça simultaneamente as competências dos Estados e Municípios)
	Exercida pelo DF
	Competência de caráter LEGISLATIVA
Art. 21. Compete à União:
I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais;
II - declarar a guerra e celebrar a paz;
III - assegurar a defesa nacional;
IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;
V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal;
VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico;
VII - emitir moeda; etc....
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;
II - desapropriação;
III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra;
IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão;
V - serviço postal;
VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais; etc...
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público;
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência;
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural; etc...
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II - orçamento;
III - juntas comerciais;
IV - custas dos serviços forenses;
V - produção e consumo; etc...
Art. 30, I. Art. 30. Compete aos Municípios:
I - legislar sobre assuntos de interesse local;
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;
É uma competência residual, pois só pode legislar sobre aqui que a União e os Estados não tenham legislado.
Quanto à extensão:
Exclusivas 
(art. 21): quando é atribuída a uma entidade com exclusão das demais. A competência exclusiva pressupõe que apenas o ente estatal em questão pode 
realizar aquilo que lhe cabe. 
Privativas
 (art. 22): quando a competência é própria de um ente estatal, porém há possibilidade de delegação sup
lementar a outro ente estatal. 
 
Comuns 
(art. 23): trata-se da faculdade de legislar e praticar certos atos sob a possibilidade de atuação co
mum a várias esferas estatais. 
 
Concorrentes
 (art. 24): a competência concorrente se dá quando houver possibilidade de disposição sobre o mesmo assunto ou matéria por mais de uma entidade federativa, mantendo-se, todavia, a primazia da União pa
ra a fixação de normas gerais. 
 
Suplementar
 (
art
 24, § 1 a 4): significa a possibilidade de formulação de normas que definam o contorno de princípios ou normas gerais, bem como que supram a ausência ou omissão de tais normas.
Quanto à origem
:
Originária:
 situação em que a própria Constituição estabelece competência pr
ópria 
à
 uma entidade estatal. 
Delegada:
 quando a entidade estatal recebe a competência 
sob delegação
 de outra entidade que detém originariamente a competência de exercício.
Dos Estados Federados: Art. 25 da CF. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição.
§ 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.
§ 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.  
§ 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.
	Ente
	Norma Básica
	Poderes
	Representatividade do Poder Legislativo
	Particularidades
	União
	Constituição Federal
	Executivo: Presidência da República Legislativo: Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e Senado Federal) Judiciário: STF, Tribunais Superiores e Tribunais Regionais Federais
	Câmara dos Deputados: 513 vagas distribuídas aos Estados e Distrito Federal por meio do sistema proporcional (Vide artigo 45 da CF/88 e Lei Complementar n 78/1993).
Senado Federal: 81 vagas, sendo 3 para cada estado da federação e para o distrito federal (vide
	- A União é o único ente federado dotado de soberania - A União é dotada de uma dupla personalidade jurídica: internamente assume a personalidade jurídica de direito público interno, enquanto externamente assume personalidade jurídica de direito público externo sob a forma da República Federativa do Brasil.
	Estados
	Constituição Federal e Constituições Estaduais
	Executivo: Governadoria dos Estados. Legislativo: Assembleias Legislativas Judiciário: Tribunais de Justiça
	As Assembleias Legislativas terão a quantidade de deputados calculada de acordo com artigo 27 da CF/88, sendo o cálculo dependenteda quantidade de deputados federais existentes.
	- São dotados de autonomia política, organizacional, administrativa e financeira, porém não possuem soberania.
	Distrito Federal
	Constituição Federal e Lei Orgânica Distrital
	Executivo: Governadoria do Distrito Federal Legislativo: Câmara Legislativa do Distrito Federal Judiciário: Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (mantido pela União e integrante da estrutura administrativa do DF)
	A Câmara Distrital terá a quantidade de deputados calculada de acordo com artigo 27 da CF/88, sendo o cálculo dependente da quantidade de deputados federais existentes (vide artigo 32, § 3º da CF/88).
	- O DF concentra as competências legislativas reservadas aos Estados e aos Municípios (art. 32, § 1º). Tem a possibilidade de legislar sobre matéria local e matéria de competência concorrente e comum.
	Municípios
	Constituição Federal e Leis Orgânicas Municipais
	Executivo: Prefeitura Municipal Legislativo: Câmara Municipal de Vereadores
	O número de vereadores nos municípios brasileiros depende da quantidade de habitantes, estabelecendo o artigo 29, IV a quantidade máxima de vereadores por município.
	- A partir da Constituição Federal de 1988 passam a ser considerados entes federados de terceiro grau.
O Estados foram criados em 1889 com a proclamação da república e a transformação das províncias em Estados. São Dotados de autonomia política e possuem as seguintes características: Autoorganização (prazo de 1 ano para a elaboração das Constituições estaduais); Autolegislação (compete aos deputados estaduais elaborarem leis dentro de sua esfera de competências fixadas na Constituição); Autogoverno (liberdade de escolha dos representantes que atuaram nos respectivos poderes, não havendo qualquer subordinação à esfera federal) e Autoadministração (competência do Estado para organizar, manter e prestar seus próprios serviços).
Os Municípios possuem Autoorganização (regência por lei orgânica) e as seguintes competências: Exclusiva para assuntos de interesse local. Comuns conforme casos previstos no artigo 23. Suplementar ou Supletiva nos casos do art. 30, II. Materiais, nos casos do art. 30, III a IX enquanto atos não legislativos, mas de mera gestão.
Distrito Federal: Sede do Governo Federal. Não é possível sua divisão em municípios. Acumula competências legislativas e tributárias próprias dos Municípios e Estados. Poder executivo exercido pelo Governador do Distrito Federal. Poder legislativo exercido pela câmara legislativa composta por deputados distritais.
Art. 26 da CF – Bens Do Estado. 
O Art. 20 da CF estabelece um rol de bens da União e que podem ainda ser incluídos outros. Estes outros são os do Art. 26 da CF. 
Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:
I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;
Aquilo que não for da União, é do Estado.
Em depósito = como barragens, pertencem a União (pois é utilizada água em depósito decorrente de obra da União). Porém, se houver depósito decorrente de obra estadual, a reserva de água será do Estado. 
II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros; (aquilo que não é da união é do Estado)
III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União (aquilo que não é da União é do Estado);
IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União.
As terras devolutas que pertencem a União são somente as de faixa de fronteira do País. Em todos os outros casos, são do Estado. Se uma parte está na terra devoluta da União (esta parte pertence a mesma) e o resto pertence ao Estado em que ela se encontra. 
Art. 27 da CF. O número de Deputados à Assembléia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze.
A definição da quantidade de membros na Câmara Legislativa depende de quantos deputados o Estado elegeu na Câmara dos Deputados.
Se tiver até 12 deputados Federais, é só multiplicar por 3, que este será o número de membros na Câmara Legislativa;
Passado de 12 deputados Federais, faz-se 12X3=36, e deste resultado, soma-se o número de deputados Federais que ultrapassaram 12. 
FÓRMULA: n de Dep. Fed. + 24 (sempre este n) = n de membros da Câmara Legislativa. 
§ 1º Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas.
§ 2º O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais.
§ 3º Compete às Assembléias Legislativas dispor sobre seu regimento interno, polícia e serviços administrativos de sua secretaria, e prover os respectivos cargos.
Cada Assembleia Legislativa vai dispor sobre o seu regime interno, obedecendo as limitações da CF (Auto-organização do poder legislativo Estadual).
§ 4º A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual.
Art. 28 da CF - A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de quatro anos, realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro de janeiro do ano subsequente. 
Estas datas não podem ser alteradas por Lei Estadual e Lei Municipal.
Segundo turno se dá quando não tem maioria absoluta para União, Estados e Municípios com mais de 200.000 hab.
Nos municípios com menos de 200.00 hab. não se tem segundo turno. 
 INTERVENÇÃO: É o instituto jurídico por meio do qual, em situações específicas, a União e os estados membros podem restringir temporariamente a autonomia federativa. Tais hipóteses de cabimento e os respectivos sujeitos ativos e passivos encontram previsão nos Art. 34 e 35 da CF. É uma exceção à regra da autonomia dos Estados, onde esta será temporariamente suprimida. É a CF que estabelece os casos de intervenção. Há 2 tipos de intervenção: Federal e Estadual. E há duas formas de intervenção: Espontânea ou Provocada.
Espontânea ou Discricionária = é a forma de intervenção onde o chefe do executivo possui uma maior liberdade em instituir a intervenção ou não. Nesses casos, é o próprio agente público (presidente ou governador) que realizará o juízo de admissibilidade da intervenção. 
Ex.: Na esfera Federal é o Art. 34, I, II, III e V e na esfera Estadual é o Art. 35, I, II e III.
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
I - manter a integridade nacional (não permitir que os entes federados se desmembrem);
II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;
III - pôr termo (fim) a grave comprometimento da ordem pública;
V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior;
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei;
Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando:
I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada;
II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;
III – não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde;
Provocada ou Vinculada = é aquela que depende de um conjunto de atos para a sua decretação. Nesses casos, o presidente da Repúblicatem o dever de decretar intervenção. São as situações previstas no Art. 36, I, II e III e também no Art. 34 incisos IV, VI e VII, bem como identificada na esfera Estadual pelo Art. 35 inciso IV.
	Tipo
	Forma
	Sujeito ativo
	Sujeito Passivo
	Previsão Legal
	Federal 
	Espontânea
	União
	Estados, Distrito Federal e Municípios Localizados em Território Federal
	CF/88, art. 34, I, II, III e V e 35
	Federal 
	Provocada
	União
	Estados e Distrito Federal
	CF/88, art. 36, I, II e III
	Estadual
	Espontânea
	Estado Membro
	Municípios
	CF/88, art. 35
	Estadual
	Provocada
	Estado Membro
	Municípios
	CF/88, art. 35, IV
Hipóteses de Intervenção Federal Provocada:
	Situação
	Procedimento
	Atuação do Congresso
	Previsão Legal
	Garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação (art. 34, IV)
	Solicitação do Poder Executivo ou Legislativo coacto ou impedido
	Necessária a realização do controle político do decreto de intervenção pelo Congresso Nacional (art 36, § 1º e 2º)
	CF/88, art. 36, I, primeira parte
	Garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação (art. 34, IV)
	Se a coação for exercida contra o Poder Judiciário, procede-se mediante requisição do Supremo Tribunal Federal
	Necessária a realização do controle político do decreto de intervenção pelo Congresso Nacional (art 36, § 1º e 2º)
	CF/88, art. 36, I, segunda parte
	Prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial (art. 34, VI)
	Requisição do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral
	Dispensa-se o controle político do decreto de intervenção pelo Congresso Nacional quando o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade (art 36, § 3º)
	CF/88, art. 36, II
	Para assegurar a observância dos princípios constitucionais elencados no artigo 34, VII e para prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial (art. 34, VI e art 35, IV)
	Provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da República
	Dispensa-se o controle político do decreto de intervenção pelo Congresso Nacional quando o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade (art 36, § 3º)
	CF/88, art. 36, III
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação (nos casos em que um poder está sendo coagido por outro);
Tem que haver solicitação do Poder Executivo ou Legislativo que está sendo coagido, podendo assim, que a União intervenha (Art. 36).
No caso de coação exercida contra o Judiciário = exige-se a requisição do STF (a partir do momento que o poder coacto se manifesta ao STF) aí o STF pede para o presidente da República para que decrete a intervenção (Art. 36).
SOLICITAÇÃO = é um pedido que pode ser negado ou aceito, sendo uma condição para o presidente intervir;
REQUISIÇÃO = é diferente de solicitação, pois aqui é uma ordem emanada do STF ao Presidente da República que tem o dever de decretar a intervenção.
VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
Se faz por Representação = é o processo movido pelo Procurados Geral da República (é ele que move a ação de representação interventiva para que o judiciário reconheça a necessidade da intervenção e que o executivo a cumpra). Se o procurador não age, não há intervenção. 
TERRITÓRIO = espaço que não pertence 
à
 nenhum ente federado. Quando não pertencentes 
à
 ninguém, são regulados pela União. Caput do Art. 34 diz que a União só pode intervir nos Estados e D.F. quando estes forem territórios Federais. Hoje, não existem mais territórios Federais. A União somente pode atuar quando for necessário. 
	
ESTADO DE DEFESA: é um mecanismo administrativo excepcional, onde, diante das circunstâncias autorizadoras pelo Art. 136 da C.F. restringe determinados direitos e garantias fundamentais em locais e prazo determinados.
Finalidade: Preservar ou restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza (art.136).
Quem Decreta: Presidente da República, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional (art. 136). Aqui, independe de aceitação ou não dos Conselhos, pois é apenas uma condição formal. 
Prazo de Vigência: Trinta dias prorrogável uma única vez por igual período se persistirem as razões que justificaram sua decretação (art. 136, § 2º). Se mesmo assim não se resolver o problema, decreta-se Estado de Sítio. 
Participação do Congresso Nacional: o decreto instituidor do Estado de Defesa é obrigatoriamente submetido ao Congresso Nacional, que realizará o controle político posterior do ato. Reconhecida a legalidade formal e material do decreto, este continua produzindo efeitos até o final do prazo previsto. Não sendo aceito, cessam imediatamente os seus efeitos. Em ambos os casos é necessário maioria absoluta do Congresso. 
Direitos passíveis de restrição/suspensão: Reunião, Sigilo de correspondência, Sigilo de comunicações telegráficas e telefônicas, Ocupação e uso temporário de bens públicos na hipótese de calamidade pública.
ESTADO DE SÍTIO: também é um mecanismo administrativo excepcional.
Finalidade: Manutenção ou reestabelecimento da ordem em casos de comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa ou, ainda, nos casos de declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira (art. 137, I e II).
Quem Decreta: Presidente da República, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional e autorizado pelo Congresso Nacional (art. 137). O prazo para aprovação do decreto é de 24 hrs.
Prazo de Vigência: Trinta dias prorrogável sucessivamente por iguais períodos se persistirem as razões que justificaram sua decretação. Nos casos de declaração de guerra o Estado de Sítio pode perdurar durante todo o período do conflito (art. 138, § 1º).
Participação do Congresso Nacional: Atua exercendo o controle político prévio sobre o decreto instituidor. Apenas é possível a instauração do Estado de Sítio quando o presidente da República for expressamente autorizado pelo Congresso, exigindo-se maioria absoluta dos seus membros para aprovar o decreto. Caso contrário, o Presidente da República fica sujeito às sanções pelo cometimento de crime de responsabilidade. 
Direitos passíveis de restrição/suspensão: Obrigação de permanência em localidade determinada; Detenção em edifício não destinado a presos comuns; Restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das comunicações, à prestação de informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão; Suspensão da liberdade de reunião; Busca e apreensão em domicílio; Intervenção nas empresas de serviços públicos; Requisição de bens.