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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO

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DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO 
 
I – Da Organização do Estado 
 
A CF/88 qualificou a organização do Estado brasileiro como político-administrativa, isto é, os entes federativos 
– União, Estados, Distrito Federal e Municípios – encontram supedâneo em diretrizes e normas 
constitucionais de observância compulsória pelos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. 
 
Nos termos do art. 18 da CF/88, a organização político-administrativa da República Federativa do Brasil 
compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos. 
 
O Brasil adotou a forma republicana de governo, o sistema presidencialista de governo e a forma federativa 
de Estado. 
 
Desses elementos, para estudo da organização do Estado, merece destaque a federação, temática correlata 
à organização político-administrativa do Estado brasileiro. 
 
 
1) Tipologias do Federalismo 
 
1.1) Quanto ao surgimento (formação histórica ou origem) 
 
Essa classificação leva em conta a formação histórica, o surgimento a origem do federalismo em determinado 
Estado. Quanto ao surgimento, o federalismo se classifica em: por agregação e por desagregação 
(segregação). 
 
a) No federalismo por agregação, os Estados independentes ou soberanos resolvem ceder parte de sua 
soberania para agregar-se entre si e formarem um novo Estado, agora, Federativo, passando a ser, entre si, 
autônomos. Ex: EUA, Alemanha, Suíça. 
 
b) O federalismo por desagregação, por sua vez, surge a partir de um determinado Estado unitário que resolve 
descentralizar-se, em obediência a imperativos políticos e de eficiência. Ex: Brasil, com a proclamação de 
república, materializando-se na Constituição de 1891. 
 
1.2) Quanto a repartição de competências (separação de atribuições) 
 
Essa classificação analisa o modo de separação de atribuições (competências) entre os entes federativos, 
dividindo-se em: federalismo dual e federalismo cooperativo 
 
a) No federalismo dual, a separação é extremamente rígida, não havendo cooperação ou interpenetração 
entre os entes federativos. Ex: EUA, em sua origem. 
 
b) Flexibilizando essa rigidez, surge o modelo do federalismo cooperativo, durante o século XX, onde as 
atribuições são exercidas de modo comum ou concorrente, aproximando os entes federativos, que acabam 
por atuar em conjunto. Ex: Brasil. 
 
1.3) Quanto a sistematização 
 
Quanto a sistematização o federalismo pode ser simétrico ou assimétrico. A simetria ou assimetria do 
federalismo pode decorrer dos mais variados fatores, seja cultural, desenvolvimento, língua, política, etc. 
 
a) No federalismo simétrico verifica-se a homogeneidade de cultura e desenvolvimento, assim como de língua. 
Ex: EUA. 
 
b) O federalismo assimétrico pode decorrer da diversidade de língua e cultura. Ex: Suíça e Canadá. 
 
Para Pedro Lenza o Brasil possui um certo "erro de simetria", pois o constituinte trata de modo idêntico os 
Estados, não importando o seu tamanho ou desenvolvimento, como se verifica na representação no 
Parlamento (cada Estado, não importa o seu tamanho, o seu desenvolvimento, elege o número fixo de 3 
Senadores, cada qual com dois suplentes – art. 46, §§1º e 3º). 
 
1.4) Quanto à concentração do poder 
 
Quanto à concentração do poder o federalismo pode ser centrípeto ou centrífugo. (concepção adotada por 
Dirley da Cunha Jr.) 
 
a) O centrípeto é o federalismo que proporciona uma maior concentração de poder, ou seja, observa-se o 
fortalecimento do poder central do Estado em relação aos Estados Membros (foi o que ocorreu no Brasil, com 
a Carta de 1967). 
 
b) o centrífugo é o federalismo que implica numa maior descentralização, com redução dos poderes centrais 
e ampliação dos poderes regionais (EUA). Nesta espécie observa-se a preservação dos poderes dos Estados 
Membros e aquisição de maior autonomia em relação ao Estado. 
 
Cuidado: Os termos, centrípeto e centrifugo, devem ser analisados de forma cautelosa, pois divergem em 
seu sentido quando utilizado no contexto de origem do federalismo e em sua classificação quanto à 
concentração do poder. Acima, observa-se seu sentido quanto à concentração do poder, concepção adotada 
por Dirley da Cunha Jr. No contexto Histórico ou de origem (concepção adotada por Uadi Lammêgo Bulos) 
os termos são utilizados para explicar a formação dos Estados Unidos, que decorre de um movimento 
Centrípeto, de fora para dentro, quando os Estados soberanos cedem parte de sua soberania e se agregam. 
No Brasil a formação resultou de um movimento centrífugo, de dentro para fora, pois tínhamos um Estado 
unitário que se descentralizou para formar unidades autônomas de poder. 
 
1.5) Federalismo orgânico. 
 
O Estado deve ser considerado como organismo, ou seja, sustentar a manutenção de um todo em detrimento 
de uma parte. Os estados-membros são simples reflexos de um grande poder central. 
 
Conforme aponta Zimmermann, “este modelo, o orgânico-federativo, parece haver se estabelecido sob as 
novas formulações teóricas surgidas ao longo do século XX. Movidas por concepções que visavam muito 
mais o estabelecimento da homogeneidade e a formulação de concepções centralistas, elas acabaram por 
atender, direta ou indiretamente, aos objetivos ditatoriais de governos federais socialistas e da América Latina”. 
 
1.6) Federalismo de integração. 
 
Em nome da integração nacional, passa a ser verificada a preponderância do Governo Central sobre os 
demais entes, atenuando-se, assim, as características do modelo federativo. 
 
Nesse sentido, André Ramos Tavares constata que, “no extremo, o federalismo de integração será um 
federalismo meramente formal, cuja forte assimetria entre poderes distribuídos entre as entidades 
componentes da federação o aproxima de um Estado unitário descentralizado, com forte e ampla 
dependência, por parte das unidades federativas, em relação ao Governo da União federal”. 
 
1.7) Federalismo equilíbrio. 
 
Traduz a ideia de que os entes federativos devem se manter em harmonia, equilibrando as forças das 
instituições e reforçando-as. 
 
1.8) Federalismo de segundo grau. 
 
Segundo Manoel Gonçalves Ferreira Filho, no Brasil há uma tríplice estrutura do Estado, reconhecida três 
ordens: (1) União, ordem central, (2) Estados (ordens regionais) e (3) Municípios, ordens locais. 
 
Em seguida, há a organização dos Municípios, que observam dois graus ou duas ordens: (1) União, com a 
Constituição Federal e (2) Estados, com a Constituição Estadual. Assim, o poder de auto-organização dos 
Municípios deverá observar dois graus, quais sejam, a Constituição Federal e a Constituição do respectivo 
Estado, consagrando-se uma organização do Federalismo de segundo grau, ordenada pela CF de 1988. 
 
2) Características da Federação Brasileira 
 
2.1) Descentralização política: os entes da federação possuem autonomia, pois a própria Constituição prevê 
núcleos de poder político, concedendo autonomia para os referidos entes; 
 
2.2) Repartição de competência: garante a autonomia entre os entes federativos, e assim, o equilíbrio da 
federação. 
 
2.3) Constituição rígida como base jurídica: as competências dos entes da federação estão estabelecidas 
numa constituição rígida para garantir a distribuição de competências entre os entes autônomos, surgindo 
assim, uma verdadeira estabilidade institucional. 
 
2.4) Inexistência do direito de secessão: não se permite o direito de retirada de algum ente da federação, 
tanto que a tentativa de retirada enseja a intervenção federal. 
 
Conforme o princípio da indissolubilidade do vínculo federativo, a República Federativa do Brasil é formada 
pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal (art. 1º da CF). 
 
A Constituição Federal estabelece no art. 34, I que a tentativa de retirada ensejará a decretação da 
intervenção federal no Estado rebelante, vejamos: 
 
“Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: 
I - manter a integridade nacional;” 
 
A forma federativa de Estado é um dos limitesmateriais ao poder de emenda, não será objeto de deliberação 
a proposta de emenda tendente a abolir a forma federativa de estado (art. 60, §4º, I da CF). 
 
2.5) Soberania do Estado Federal: a partir do momento que os Estados ingressam na Federação perdem a 
soberania. Enquanto os estados são autônomos entre si, nos termos da Constituição Federal, o País (A 
República Federativa do Brasil) é soberano, conforme art. 1º, inciso I, da CF). 
 
2.6) Intervenção: diante de situações de crise, o processo interventivo serve para assegurar o equilíbrio 
federativo, e assim, a manutenção da federação. 
 
2.7) Auto-organização dos Estados-Membros e do Distrito Federal: os Estados organizam-se através da 
elaboração das respectivas constituições e leis estaduais, conforme estabelecido no caput do art. 25 e no art. 
32, caput e § 1º, tudo da CF/88, vejamos: 
 
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os 
princípios desta Constituição. 
(…) 
Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á por lei orgânica, votada em dois 
turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a 
promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição. 
§ 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios. 
 
 
2.8) Órgão representativo dos Estados-Membros e do Distrito Federal: Senado Federal, conforme rol do 
art. 46, da CF/88. 
 
 Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos 
segundo o princípio majoritário. 
§ 1º Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com mandato de oito anos. 
§ 2º A representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de quatro em quatro anos, 
alternadamente, por um e dois terços. 
§ 3º Cada Senador será eleito com dois suplentes. 
 
 
2.9) Órgão guardião da Constituição: o Supremo Tribunal Federal, por força do art. 102 da CF. 
 
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: 
(...) 
 
2.10) Repartição de receitas: assegura o equilíbrio entre os entes federativos (arts. 157 a 159 da CF). 
 
 
3) Da Organização Político-Administrativa 
 
3.1) Da União Federal 
 
A União, segundo José Afonso da Silva, “... se constitui pela congregação das comunidades regionais que 
vêm a ser os Estados-Membros. Então quando se fala em Federação se refere à união dos Estados. No caso 
brasileiro, seria união dos Estados, Distrito Federal e Municípios. Por isso se diz União Federal...”. 
 
Assim, uma coisa é a União – unidade federativa -, ordem central, que se forma pela reunião de partes, 
através de um pacto federativo. Outra coisa é a República Federativa do Brasil, formada pela reunião da 
União, Estados-Membros, Distrito Federal e Municípios, todos autônomos, nos termos da CR. A República 
Federativa do Brasil, portanto, é soberana no plano internacional, enquanto que os entes federativos são 
autônomos entre si. 
 
A União possui “dupla personalidade”, pois assume um papel interno e outro internacionalmente: 
 
a) Internamente, ela é uma pessoa jurídica de direito público interno, componente da Federação brasileira e 
autônoma na medida em que possui capacidade de auto-organização, autogoverno, autolegislação e 
autoadministração, configurando, assim, autonomia financeira, administrativa e política (FAP). 
 
b) Internacionalmente, a União representa a República Federativa do Brasil (vide art. 21, I a IV). Observe-
se que a soberania é da República Federativa do Brasil, representada pela União Federal. 
 
3.1.1) Bens da União 
 
O art. 20 da CF define os bens da União. Aqui não há o que fazer senão uma breve leitura do referido artigo, 
atentando-se a nova redação dada ao inciso IV pela EC n. 46/2005, vejamos: 
 
Art. 20. São bens da União: 
I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos; 
II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, 
das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei; 
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de 
um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele 
provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais; 
IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas 
oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas 
áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 46, de 2005) 
V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva; 
VI - o mar territorial; 
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos; 
VIII - os potenciais de energia hidráulica; 
IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo; 
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos; 
XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. 
§ 1º É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como a 
órgãos da administração direta da União, participação no resultado da exploração de petróleo ou gás 
natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no 
respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou 
compensação financeira por essa exploração. 
§ 2º A faixa de até cento e cinquenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada 
como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e 
utilização serão reguladas em lei. 
 
3.2) Dos Estados-Membros 
 
Apresentados os conceitos básicos, é possível concluir que os Estados-Membros não têm soberania, 
característica essa que cabe aos Estados, restando àqueles apenas autonomia, de forma que têm: 
 
a) Capacidade de auto-organização: os estados serão regidos pelas leis e Constituições que adotarem, 
observando-se, sempre, as regras e preceitos estabelecidos na CF; 
 
b) Autogoverno: os arts. 27, 28 e 125 estabelecem regras para a estruturação dos “Poderes”, vejamos: 
 
Art. 27. O número de Deputados à Assembléia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do 
Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos 
forem os Deputados Federais acima de doze. 
§ 1º Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras desta 
Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, 
licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas. 
§ 2º O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, na 
razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados 
Federais, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
§ 3º Compete às Assembléias Legislativas dispor sobre seu regimento interno, polícia e serviços 
administrativos de sua secretaria, e prover os respectivos cargos. 
§ 4º A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual. 
Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de quatro anos, realizar-
se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo 
turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá 
em primeiro de janeiro do ano subseqüente, observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77. (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 16, de1997) 
§ 1º Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função naadministração pública direta 
ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o disposto no art. 38, I, IV e 
V. (Renumerado do parágrafo único, pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
§ 2º Os subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos Secretários de Estado serão fixados por lei 
de iniciativa da Assembléia Legislativa, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, 
III, e 153, § 2º, I. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
(…) 
Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos nesta Constituição. 
§ 1º A competência dos tribunais será definida na Constituição do Estado, sendo a lei de organização 
judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça. 
§ 2º Cabe aos Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos 
estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual, vedada a atribuição da legitimação para agir 
a um único órgão. 
§ 3º A lei estadual poderá criar, mediante proposta do Tribunal de Justiça, a Justiça Militar estadual, 
constituída, em primeiro grau, pelos juízes de direito e pelos Conselhos de Justiça e, em segundo grau, 
pelo próprio Tribunal de Justiça, ou por Tribunal de Justiça Militar nos Estados em que o efetivo militar 
seja superior a vinte mil integrantes. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
§ 4º Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares dos Estados, nos crimes militares 
definidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a competência do júri 
quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda do posto e da patente 
dos oficiais e da graduação das praças. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
§ 5º Compete aos juízes de direito do juízo militar processar e julgar, singularmente, os crimes militares 
cometidos contra civis e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, cabendo ao Conselho de 
Justiça, sob a presidência de juiz de direito, processar e julgar os demais crimes militares. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
§ 6º O Tribunal de Justiça poderá funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim 
de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
§ 7º O Tribunal de Justiça instalará a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções 
da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos 
públicos e comunitários. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
Art. 126. Para dirimir conflitos fundiários, o Tribunal de Justiça proporá a criação de varas especializadas, 
com competência exclusiva para questões agrárias. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, 
de 2004) 
Parágrafo único. Sempre que necessário à eficiente prestação jurisdicional, o juiz far-se-á presente no 
local do litígio. 
 
c) Autoadministração e Autolegislação: regras de competências legislativas e não legislativas. 
 
 
Obs.: Nos termos do art. 18, § 3º, da CF, os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou 
desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante 
aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei 
complementar. 
 
Importante: de Acordo com o § 3º do art. 25 da CF/88, “Os Estados poderão, mediante lei complementar, 
instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de 
municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de 
interesse comum”. 
 
 
3.2.1) Bens dos Estados-Membros 
 
De acordo com o art. 26, incluem-se entre os bens dos Estados: 
 
I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, 
na forma da lei, as decorrentes de obras da União; 
II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob 
domínio da União, Municípios ou terceiros; 
III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União; 
IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União. 
 
 
3.3) Dos Municípios 
 
O Município brasileiro pode ser definido como pessoa jurídica de direito público interno, dotado de autonomia 
assegurada nas capacidades de: 
 
 
a) Auto-organização: conforme art. 29 da CF o “Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, 
com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a 
promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado”. 
 
b) Autogoverno: elege diretamente, o Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores, conforme rol do art. 29; 
 
c) Autoadministração e Autolegislação: regras de competências estabelecidas no rol do art. 30, vejamos: 
 
Art. 30. Compete aos Municípios: 
I - legislar sobre assuntos de interesse local; 
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; 
III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da 
obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei; 
IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual; 
V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de 
interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial; 
VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil 
e de ensino fundamental; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) 
VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à 
saúde da população; 
VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do 
uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano; 
IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação 
fiscalizadora federal e estadual. 
 
Obs.: além das competências previstas no rol do art. 30, os Municípios são competentes para exercer as 
atribuições previstas no rol do art. 23 da CF em comum com a União, Estados e DF. 
 
Importante: Nos termos do art. 18, § 4º, da CF/88, a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento 
de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e 
dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após 
divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. 
 
 
3.3) Do Distrito Federal 
 
O Distrito Federal é uma unidade federada autônoma que possui natureza híbrida, desta forma não se 
confunde com um Estado-membro, tampouco com um Município, acolhendo características de ambos. Rege-
se por uma lei orgânica, mas é colocado ao lado dos Estados-membros quanto a várias competências 
tipicamente estaduais. Assim como os demais entes federativos, o DF possui capacidade de: 
 
a) Auto-organização: conforme art. 32 da CF o “Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger- 
se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços 
da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição.”. 
 
b) Autogoverno: elege diretamente, o Governador e o Vice-Governador, bem como os Deputados Distritais, 
conforme art. 32, §§ 2º e 3º: 
 
Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger- se-á por lei orgânica, votada em 
dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a 
promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição. 
§ 1ºAo Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios. 
§ 2º A eleição do Governador e do Vice-Governador, observadas as regras do art. 77, e dos Deputados 
Distritais coincidirá com a dos Governadores e Deputados Estaduais, para mandato de igual duração. 
§ 3º Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto no art. 27. 
§ 4º Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, das polícias civil e militar e 
do corpo de bombeiros militar. 
 
c) Autoadministração e Autolegislação: conforme art. 32, § 1º da CF/88, ao Distrito Federal são atribuídas 
as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios. 
 
 
4) Vedações 
 
Nos termos do art. 19 da CF/88 é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
 
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter 
com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a 
colaboração de interesse público; 
 
II - recusar fé aos documentos públicos; 
 
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. 
 
 
5) COMPETÊNCIAS 
 
Norteado pelo “Princípio da Predominância do Interesse”, o legislador constituinte repartiu as competências 
entre os entes federados da seguinte forma: 
 
a) Enumerou taxativa e expressamente a competência da União – (arts. 21 e 22, principalmente); 
b) Enumerou taxativamente a competência dos municípios (art. 30, principalmente), mediante arrolamento de 
competências expressas e indicação de um critério de determinação das demais, qual seja, o interesse local 
(legislar sobre assuntos de interesse local; organizar e prestar os serviços públicos de interesse local – art. 
30, I e V) 
c) outorgou ao Distrito Federal, em regra, as competências dos estados e dos municípios (art. 32, §1º); 
d) não enumerou expressamente as competências dos estados-membros, reservando a estes as 
competências que não lhes forem vedadas na Constituição – a denominada competência residual (art. 25, 
§1º); 
e) fixou uma competência administrativa comum – em que todos os entes federados poderão atuar 
paralelamente, em situação de igualdade (art. 23 da CF/88); 
f) Fixou uma competência legislativa concorrente – estabelecendo uma concorrência vertical legislativa entre 
a União, os estados e o Distrito Federal (art. 24). 
 
A Constituição Federal de 1988 determinou as competências dos entes federativos, de forma a estipular sua 
área de atuação tanto na área administrativa como na legislativa e tributária. As competências tributárias não 
fazem parte do conteúdo programático do nosso Edital, dessa maneira, vamos dividir as competências em 
dois grupos, quais sejam as competências administrativas, que são aquelas tarefas que o respectivo governo 
executará na condição de gerente das contas públicas, e, por fim, as competências legislativas, que são as 
áreas em que a União, concorrentemente com os Estados e o DF, poderão disciplinar determinadas matérias 
através da edição de leis. 
 
5.1) Competência Exclusiva da União (art. 21, CF/1988) – (natureza administrativa ou material) 
 
Incluem-se nessa classificação aquelas atribuições que só a União é autorizada a exercer, não havendo 
sequer autorização constitucional para a delegação a outros entes federativos. Assim, os demais entes 
federativos não poderão atuar no âmbito das respectivas matérias no caso de omissão da União. 
 
Dentre as competências exclusivas elencadas no rol do art. 21 destacam-se: manter relações com Estados 
estrangeiros; emitir moeda; declarar guerra e celebrar a paz; decretar o estado de defesa, o estado de sítio e 
a intervenção federal; administrar as reservas cambiais e fiscalizar operações financeiras; manter o serviço 
postal; autorizar concessões de rádio, TV, serviços de energia elétrica, navegação aérea, aeroespacial, 
aeroportos, transporte rodoviário internacional e interestadual, portos marítimos, fluviais e lacustres; explorar 
os serviços e instalações nucleares; organizar e manter o Judiciário, o Ministério Público, a Polícia Civil, Militar 
e Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal e Territórios; exercer os serviços de polícia marítima, 
aeroportuária e de fronteiras; organizar a inspeção do trabalho e áreas de garimpagem de forma associativa, 
dentre outras atribuições. Como se vê, estão nessa classificação as matérias de caráter estratégico. 
 
Art. 21. Compete à União: 
I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais; 
II - declarar a guerra e celebrar a paz; 
III - assegurar a defesa nacional; 
IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território 
nacional ou nele permaneçam temporariamente; 
V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal; 
VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico; 
VII - emitir moeda; 
VIII - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza financeira, especialmente 
as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de previdência privada; 
IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento 
econômico e social; 
X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional; 
XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de 
telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão 
regulador e outros aspectos institucionais; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 8, de 15/08/95:) 
XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão: 
a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens; (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 8, de 15/08/95:) 
b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, em 
articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos; 
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária; 
d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que 
transponham os limites de Estado ou Território; 
e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros; 
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres; 
XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e a 
Defensoria Pública dos Territórios; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 69, de 2012) (Produção 
de efeito) 
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem 
como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de 
fundo próprio; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e cartografia de âmbito nacional; 
XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de rádio e televisão; 
XVII - conceder anistia; 
XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e 
as inundações; 
XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos 
de seu uso; (Regulamento) 
XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes 
urbanos; 
XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação; 
XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998) 
XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre 
a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios 
nuclearese seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições: 
a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante 
aprovação do Congresso Nacional; 
b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de radioisótopos para a 
pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, de 
2006) 
c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização e utilização de radioisótopos 
de meia-vida igual ou inferior a duas horas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, de 2006) 
d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 49, de 2006) 
XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho; 
XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem, em forma 
associativa. 
 
5.2) Privativas da União (art. 22, CF/1988) – (Natureza legislativa) 
 
Aqui se encontram as matérias sobre as quais só o Legislativo da União pode se pronunciar. 
 
Geralmente, se tratam de matérias que necessitam de uma certa unificação, daí o impedimento de os Estados, 
Distrito Federal e Municípios criarem leis sobre tais assuntos. 
 
São exemplos as leis que tratem sobre: direito civil, penal, comercial, processual, eleitoral, agrário, marítimo, 
aeronáutico, espacial e do trabalho; desapropriação; águas, energia, informática, telecomunicações e 
radiofusão; serviço postal; sistema monetário; comércio exterior e interestadual; trânsito e transporte; 
nacionalidade, cidadania e naturalização; populações indígenas; organização das instituições do DF e que 
são organizadas e mantidas pela União (Judiciário, Ministério Público, PMDF, PCDF e CBMDF); sistemas de 
consórcio e sorteios; Competência das Polícias da União (Federal, Rodoviária e Ferroviária); seguridade 
social; bases e diretrizes da educação; atividades nucleares; normas gerais de licitação; defesa territorial; 
propaganda comercial, etc. 
 
Importante: em relação a todas essas matérias, a União dispõe de competência privativa para a edição de 
normas, assim, os estados-membros, o DF e os municípios não detêm competência para legislar sobre estas 
matérias sob pena de inconstitucionalidade. Contudo, nos termos do parágrafo único do art. 22, “Lei 
complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias de 
competência privativa da União.” 
 
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; 
II - desapropriação; 
III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra; 
IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão; 
V - serviço postal; 
VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais; 
VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores; 
VIII - comércio exterior e interestadual; 
IX - diretrizes da política nacional de transportes; 
X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial; 
XI - trânsito e transporte; 
XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia; 
XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização; 
XIV - populações indígenas; 
XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros; 
XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões; 
XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e da Defensoria Pública 
dos Territórios, bem como organização administrativa destes; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
69, de 2012) 
XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais; 
XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular; 
XX - sistemas de consórcios e sorteios; 
XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização das 
polícias militares e corpos de bombeiros militares; 
XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária federais; 
XXIII - seguridade social; 
XXIV - diretrizes e bases da educação nacional; 
XXV - registros públicos; 
XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza; 
XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas 
diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no 
art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização nacional; 
XXIX - propaganda comercial. 
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das 
matérias relacionadas neste artigo. 
 
5.3) Comum (art. 23, CF/1988) – (natureza administrativa ou material) 
 
Incluem-se em tal competência as atribuições que a União irá exercer em conjunto com os Estados, Distrito 
Federal e Municípios. 
 
A Competência Comum (também conhecida como paralela ou cumulativa) traz competências materiais, 
administrativas, que são exercidas de forma conjunta pela União, Estados, DF e Municípios. A forma mais 
prática de identificá-las é perceber sua amplitude. 
 
Dentre as tais competências destacam-se: zelar pela guarda da Constituição; do patrimônio público; cuidar 
da saúde pública e assistência social; proteger documentos de valor histórico, artístico e cultural; promover a 
construção de moradias populares; combater a pobreza; estabelecer e implantar política de educação para a 
segurança do trânsito, preservar as florestas, etc. Em nenhum desses casos poderíamos imaginar que um só 
ente federado deveria se responsabilizar de forma exclusiva. Por isso são assuntos de natureza comum a 
todos eles. A competência comum mais do que uma atribuição de cada unidade da federação é um dever de 
todos, pois tratam-se de questões que é de responsabilidade geral. 
 
Importante: A principal característica da competência comum é a inexistência de subordinação na atuação 
dos diferentes entes federativos, pois, todos deverão agir em condições de plena igualdade, sem que a 
atuação de um afaste a dos demais. 
 
Nos termos do parágrafo único do art. 23, “Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a 
União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do 
bem-estar em âmbito nacional”. 
 
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: 
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público; 
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência; 
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, 
as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; 
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, 
artístico ou cultural; 
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à inovação; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015) 
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; 
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora; 
VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar; 
IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de 
saneamento básico; 
X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos 
setores desfavorecidos; 
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos 
hídricose minerais em seus territórios; 
XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito. 
Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito 
nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) 
 
 
5.4) Concorrente (art. 24, CF/1988) – (Natureza legislativa) 
 
A Competência Concorrente tem a mesma amplitude da comum, mas trata de competências legislativas. São 
competências que a União tem de elaborar normas gerais, enquanto os Estados e o DF cuidam das normas 
específicas. Se a União cria impostos, os Estados e o Distrito Federal também cria impostos ou se a União 
legisla sobre uma determinada matéria, os Estados e o Distrito Federal também pode legislar sobre essa 
mesma matéria. 
 
Dentre as competências concorrentes destacam-se: direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e 
urbanístico; orçamento; juntas comerciais; custas dos serviços forenses; educação, cultura, ensino e desporto; 
criação dos juizados especiais; proteção ao patrimônio histórico; proteção à infância; procedimentos 
processuais (o que não se confunde com processo penal), previdência social e proteção à saúde; assistência 
jurídica e defensoria pública; organização das polícias civil, etc. 
 
Importante: Caberá à União criar as normas gerais, e aos Estados e o DF caberão criar normas específicas, 
de forma a melhor adequar a norma às peculiaridades locais. Porém, se a União não elaborar as regras gerais, 
terão os Estados e o Distrito Federal competência plena sobre a matéria. Se, posteriormente, a União vier a 
expedir a norma geral, fica suspensa a eficácia da Lei Estadual ou Distrital, no que lhe for contrária. 
 
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: 
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; 
II - orçamento; 
III - juntas comerciais; 
IV - custas dos serviços forenses; 
V - produção e consumo; 
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção 
do meio ambiente e controle da poluição; 
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico; 
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, 
histórico, turístico e paisagístico; 
IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015) 
X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas; 
XI - procedimentos em matéria processual; 
XII - previdência social, proteção e defesa da saúde; 
XIII - assistência jurídica e Defensoria pública; 
XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência; 
XV - proteção à infância e à juventude; 
XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis. 
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. 
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos 
Estados. 
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para 
atender a suas peculiaridades. 
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for 
contrário. 
 
 
6) Territórios Federais 
 
6.1) Natureza Jurídica dos Territórios 
 
Os Territórios Federais não são entidades federativas, são autarquias territoriais integrantes da União (art. 18, 
§ 2º), sem autonomia política. 
 
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os 
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição. 
(...) 
§ 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração 
ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar. 
 
Notem que eles não aparecem na organização político-administrativa da República Federativa do Brasil (art. 
18). Todavia, os Territórios Federais podem ser subdivididos em Municípios (art. 33, § 1º). 
 
Art. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos Territórios. 
§ 1º Os Territórios poderão ser divididos em Municípios, aos quais se aplicará, no que couber, o disposto 
no Capítulo IV deste Título. 
§ 2º As contas do Governo do Território serão submetidas ao Congresso Nacional, com parecer prévio 
do Tribunal de Contas da União. 
§ 3º Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do Governador nomeado na forma 
desta Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros do Ministério 
Público e defensores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições para a Câmara Territorial e sua 
competência deliberativa. 
 
6.2) Criação e Extinção de Territórios 
 
Conforme visto, os Estados podem subdividir-se ou desmembrar-se para formarem Territórios Federais, 
mediante aprovação da população diretamente interessada, por plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei 
complementar (art. 18, § 3º). A criação de Territórios, sua transformação em Estado ou reintegração ao Estado 
de origem são reguladas em lei complementar (art. 18, § 2º). Quando da incorporação, subdivisão ou 
desmembramento de áreas de Territórios ou Estados, devem ser ouvidas as Assembleias Legislativas dos 
Estados afetados (art. 48, VI). 
 
6.3) Poderes e Funções Essenciais à Justiça nos Territórios 
 
6.3.1) Poder Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública 
 
O Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública dos Territórios são órgãos federais. Compete 
à União organizar e manter o Poder Judiciário e o Ministério Público do Distrito Federal (DF) e dos Territórios 
e a Defensoria Pública dos Territórios (art. 21, XIII). 
 
Portanto, temos um Poder Judiciário para o DF e os Territórios (materializado pelo Tribunal de Justiça do 
Distrito Federal e Territórios – TJDFT – e seus juízes), um Ministério Público para o DF e os Territórios 
(representado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios – MPDFT) e uma Defensoria Pública 
apenas para os Territórios. Não temos mais uma Defensoria Pública do DF e Territórios, pois a Defensoria 
Pública do DF é hoje organizada e mantida por esse próprio ente federativo, após a Emenda Constitucional 
69/2012 ter transferido, da União para o DF, as atribuições de organizar e manter a Defensoria Pública do DF. 
 
Desse modo, hoje compete privativamente à União legislar sobre a organização judiciária e a organização do 
Ministério Público do DF e dos Territórios e legislar sobre a organização da Defensoria Pública apenas dos 
Territórios (DF não) (art. 22, XVII). Lei complementar organizará a Defensoria Pública dos Territórios (art. 134, 
§ 1º). 
 
Nos Territórios Federais com mais de 100.000 (cem mil) habitantes, haverá órgãos judiciários de primeira e 
segunda instância, membros do Ministério Público e defensores públicos federais (art. 33, § 3º). Assim, nos 
Territórios com até 100.000 habitantes, não haverá obrigatoriamente a instalação in loco de órgãos judiciários 
de primeira e segunda instância, nem de membros do Ministério Público e defensores públicos federais (mas 
o TJDFT, o MPDFT e a Defensoria Pública dos Territórios continuam a ter competência sobre esses Territórios). 
 
Conforme dito, os Tribunais e Juízes do DF e Territórios são órgãos do Poder Judiciário da União (art. 21, XIII, 
e art. 92, VII). A CF/88 prevê que, nos Territórios Federais, a jurisdição e as atribuições cometidas aos juízes 
federais caberão aos juízes da justiça local (juízes sob a jurisdição do TJDFT), na forma da lei (art. 110, 
parágrafo único). 
 
Do mesmo modo, o MPDFT é órgão federal, pois ele está inserido no Ministério Público da União(MPU) (art. 
128, I, d). 
 
6.3.2) Poder Legislativo 
 
Quanto ao Legislativo nos Territórios, a lei disporá sobre as eleições para a Câmara Territorial e sua 
competência deliberativa (art. 33, § 3º). Assim, a CF/88 pouco dispôs a respeito do Poder Legislativo Territorial, 
apenas dispondo sobre a possibilidade de sua existência, denominando-o de Câmara Territorial e transferindo 
a sua regulamentação ao legislador ordinário federal. 
 
Apesar de ser possível a criação de um Legislativo territorial, a competência para o controle externo da 
Administração do Território, típica função do Poder Legislativo, será do Congresso Nacional, não da Câmara 
Territorial. 
 
Importante: as contas do Governo do Território serão submetidas ao Congresso Nacional, com parecer prévio 
do Tribunal de Contas da União (TCU) (art. 33, § 2º). Sendo os Territórios autarquias da União (art. 18, § 2º), 
suas contas devem ser submetidas ao TCU. Não existe, portanto, a previsão de criação de um Tribunal de 
Contas dos Territórios, nem se deve confundir o TJDFT (órgão do Poder Judiciário) com um suposto TCDFT 
(o que existe é um TCDF, apenas para o DF). 
 
6.3.3) Poder Executivo e Administração Pública Territorial 
 
O chefe do Executivo territorial não é eleito pelo povo. Compete privativamente ao Presidente da República 
nomear o Governador de Território, após aprovação pelo Senado Federal (art. 84, XIV, e art. 33, § 3º). Desse 
modo, ao Senado Federal compete privativamente aprovar previamente a escolha do Governador de Território, 
por voto secreto, após arguição pública do indicado (art. 52, III, c). 
 
Compete privativamente à União legislar sobre a organização administrativa dos Territórios (art. 22, XVII). A 
lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos Territórios (art. 33). 
 
 
QUESTÕES DE CONCURSOS 
 
1) (FCC - 2014 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Analista Judiciário - Área Administrativa) É competência privativa 
da União legislar sobre as matérias de direito 
a) espacial, desapropriação, propaganda comercial e definição de crimes de responsabilidade. 
b) agrário, direito penitenciário, metalurgia e sistema cartográfico. 
c) agrário, direito econômico, sistema estatístico e registros públicos. 
d) do trabalho, propaganda comercial, metalurgia e proteção à infância e à juventude. 
e) penal, direito penitenciário, cidadania e sistema cartográfico. 
 
2) (FUNIVERSA - 2014 - TRT - 16ª REGIÃO (MA) - Técnico Judiciário - Administrativa). Nos termos 
preconizados pela Constituição Federal, é competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios 
a) fiscalizar a produção e o comércio de material bélico. 
b) fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar. 
c) explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de transporte 
rodoviário interestadual de passageiros. 
d) conceder anistia. 
e) organizar, manter e executar a inspeção do trabalho. 
 
3) (FCC - 2014 - TJ-AP - Juiz). Conforme estabelece a Constituição da República, a competência para legislar 
sobre direito penitenciário é 
a) remanescente dos Estados, sendo que a União deve estabelecer normas gerais sobre a matéria e os 
Municípios devem suplementar a legislação federal e estadual no que for necessário. 
b) concorrente, cabendo à União estabelecer normas gerais sobre a matéria, o que, no entanto, não exclui a 
competência suplementar dos Estados 
c) privativa dos Estados, mas lei complementar poderá autorizar a União a legislar sobre normas gerais 
relacionadas à matéria. 
d) comum, sendo que leis complementares fixarão normas relacionadas à cooperação entre as unidades 
federadas brasileiras para o aprimoramento da matéria. 
e) privativa da União, mas lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas 
da matéria. 
 
4) ( ) (FUNIVERSA - 2015 – SEAP/DF - Agente de Atividades Penitenciárias - adaptada). No que se refere 
organização político-administrativa, julgue o item subsequente. A República Federativa do Brasil classifica-se 
como federação por desagregação. 
 
5) ( ) (FUNIVERSA - 2015 – SEAP/DF - Agente de Atividades Penitenciárias). Acerca da União, dos estados, 
do Distrito Federal e dos municípios, bem como de suas competências, julgue o próximo item. Enquanto 
federação, a República Federativa do Brasil comporta o direito de secessão por parte dos entes federados. 
 
6) ( ) (FUNIVERSA - 2015 – SEAP/DF - Agente de Atividades Penitenciárias). Acerca da União, dos estados, 
do Distrito Federal e dos municípios, bem como de suas competências, julgue o próximo item. A União, os 
estados e o Distrito Federal possuem competência concorrente para legislar sobre desapropriação. 
 
7) ( ) (FUNIVERSA - 2015 – SEAP/DF - Agente de Atividades Penitenciárias). Acerca da União, dos estados, 
do Distrito Federal e dos municípios, bem como de suas competências, julgue o próximo item. Em matéria de 
competência legislativa concorrente, inexistindo lei federal a respeito de normas gerais, os estados exercerão 
competência legislativa plena para atender a suas peculiaridades. A superveniência de lei federal a respeito 
de normas gerais suspende a eficácia da lei estadual no que lhe for contrária. O STF denominou essa eficácia 
suspensiva de efeito paralisante, conforme classificação alemã, uma vez que pode uma lei federal revogar 
uma lei estadual. 
 
8) ( ) (FUNIVERSA - 2015 – SEAP/DF - Agente de Atividades Penitenciárias). Acerca da União, dos estados, 
do Distrito Federal e dos municípios, bem como de suas competências, julgue o próximo item. Compete à 
União, aos estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente acerca de procedimentos em matéria 
processual. 
 
9) ( ) (FUNIVERSA - 2015 – SEAP/DF - Auditor de Controle Interno - Planejamento e Orçamento - 
desmembrada). Acerca do ordenamento jurídico-constitucional e da jurisprudência do STF, assinale a 
alternativa correta. O Distrito Federal não possui Poder Judiciário próprio, o que faz com que a atribuição de 
organizar e manter a Defensoria Pública do Distrito Federal seja atribuída à União. 
 
10) (FUNIVERSA - 2012 – CFM - Advogado). Acerca da organização do Estado prevista na Constituição 
Federal de 1988, assinale a alternativa correta. 
a) Para assegurar a integridade nacional, a União poderá intervir em municípios pertencentes aos estados da 
Federação brasileira. 
b) As competências da União e dos estados, na Constituição Federal, são explícitas, e as competências dos 
municípios são implícitas, sendo, por isso, denominadas de remanescentes. 
c) Os municípios são regidos por lei orgânica, que deve ser votada em dois turnos, respeitado o interstício 
mínimo, e aprovada pela maioria absoluta dos deputados municipais. 
d) Os territórios federais integram a União na qualidade de autarquia, dependendo de lei complementar para 
a sua transformação em estado. 
e) As competências legislativas atribuídas ao Distrito Federal limitam-se àquelas reservadas aos estados. 
 
11) ( ) (CESPE - 2015 – AGU - Advogado da União). Julgue o item seguinte, que se refere ao Estado federal, 
à Federação brasileira e à intervenção federal. 
Entre as características do Estado federal, inclui-se a possibilidade de formação de novos estados-membros 
e de modificação dos já existentes conforme as regras estabelecidas na CF. 
 
12) ( ) (CESPE - 2015 – MPOG - Analista em tecnologia da Informação). Com relação ao sistema político 
brasileiro e às relações entre Estado, governo e administração pública, julgue o item seguinte. 
O Brasil é uma república federativa presidencialista, uma vez que o seu chefe de Estado e de governo, o 
presidente da República, é eleito democraticamente e por tempo limitado. 
 
13) ( ) (CESPE - 2015 – MPOG - Analista técnico administrativo – cargo 2). A respeito da organização 
político-administrativa do Estado e da administração pública, julgue o próximo item. 
A fim de integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interessecomum, é 
permitido aos estados, por intermédio de lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações 
urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes. 
 
14) ( ) (CESPE - 2015 – MPOG - Analista técnico administrativo – cargo 2). A respeito da organização 
político-administrativa do Estado e da administração pública, julgue o próximo item. 
Permite-se à União, aos estados e aos municípios colaborar com as igrejas quando demonstrado o interesse 
público, na forma da lei. 
 
15) ( ) (CESPE - 2015 – FUB - Auditor). No que se refere à organização político-administrativa do Estado 
brasileiro, julgue o item seguinte. 
O Brasil adota a forma de Estado unitário puro, em que as competências estatais são exercidas de maneira 
centralizada pela unidade que concentra o poder político. 
 
16) ( ) (CESPE - 2015 – TCE/RN - Conhecimentos Básicos para o Cargo 1). No que concerne à organização 
político-administrativa, julgue o item subsequente. 
Compete aos municípios criar, organizar e suprimir distritos, desde que observada a legislação estadual. 
 
17) ( ) (CESPE - 2015 – TCE/RN - Conhecimentos Básicos para o Cargo 1). No que concerne à organização 
político-administrativa, julgue o item subsequente. 
Por possuírem autonomia política, os territórios federais têm sua criação, transformação em estado ou 
reintegração ao estado de origem dependente da aprovação, por plebiscito, da população diretamente 
interessada e da ratificação do Congresso Nacional. 
 
18) (CESPE - 2015 – Prefeitura de Salvador/BA - Procurador do Município – 2ª Classe). Com relação às 
competências dos municípios, assinale a opção correta. 
a) Cumpre aos municípios explorar os serviços locais de gás canalizado, sendo vedada a edição de medida 
provisória para a sua regulamentação. 
b) De acordo com a CF, não compete aos municípios suplementar a legislação federal ou a legislação estadual. 
c) A competência dos municípios para legislar é residual, haja vista que será atribuição dos municípios 
disciplinar aquilo que não seja constitucionalmente atribuído à competência da União ou dos estados. 
d) São inconstitucionais leis municipais que disciplinem o tempo máximo de permanência em filas de bancos 
comerciais, uma vez que esse setor é regulado pela União. 
e) Compete aos municípios criar, organizar e suprimir distritos, desde que observada a legislação estadual 
sobre a matéria. 
 
19) ( ) (CESPE - 2015 – MEC - Conhecimentos Básicos para todos os Cargos - Exceto para os Postos 9, 
10, 11 e 16). A respeito da organização político-administrativa do Estado brasileiro, da administração pública 
e dos servidores públicos, julgue o seguinte item. 
O presidente da República tem competência para criar território federal e fixar sua respectiva organização 
administrativa e judiciária por meio de medida provisória, desde que presentes os requisitos constitucionais 
de relevância e urgência. 
 
20) ( ) (CESPE - 2015 – FUB - Administrador). Acerca de Estado, governo e administração pública, julgue 
o item a seguir. 
A autonomia do Distrito Federal e sua organização político-administrativa têm limitações constitucionais. 
 
 
GABARITO 
 
1) Alternativa “A” 
2) Alternativa “B” 
3) Alternativa “B” 
4) Certo 
5) Errado 
6) Errado 
7) Errado 
8) Certo 
9) Errado 
10) Alternativa “D” 
11) Certo 
12) Certo 
13) Certo 
14) Certo 
15) Errado 
16) Certo 
17) Errado 
18) Alternativa “E” 
19) Errado 
20) Certo

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