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Agitação e mistura 1 Compreendimento teórico, dimensionamento e construção de um tanque de agitação caseiro Professor: Deivid Figueiroa Autores: Daísy Jamille Alves Amador José Tercio de Assis Oliveira 2 2 Sumário 1. Introdução 2. Objetivo 3. Metodologia 4. Revisão bibliográfica 4.1 Caracterização qualitativa da operação por três fases 4.2 Classificação das misturas 4.3 Propriedades que influenciam na mistura 4.4 Mistura de sólidos 4.5 Misturadores de pastas 4.6 Mistura de líquidos miscíveis 4.7 Mistura de líquidos miscíveis 4.8 Características de um tanque agitador 4.9 Tipos de agitadores ou impelidores. 4.10 Escoamento do fluido 4.11 Tipo de agitação 4.12 Fatores que interfere na mistura 4.13 Impulsionadores de líquidos 4.14 Padrões de escoamento de acordo com a velocidade do líquido: 4.15 Modelos e características dos impulsionadores de líquidos 3 4.16 Modelos e características dos impulsionadores de líquidos: 4.17 Modelos e características dos impulsionadores de líquidos: 4.15 Dificultores 4.16 Dimensionamento de um sistema de agitação 4.17 Variáveis do projeto 4.18 Analise de processo através de números adimensionais 4.19 Escolha do tipo de agitador 5. Resultados e discussão 5.1passo: dados coletados 5.2passo: medir o diâmetro e altura do tanque; 5.3 passo: Calcular de acordo com as formulas de McCabe cada dimensão 6. Experimento 6.1 Materiais 7.Dicas 7.1 Dicas de onde pode-se encontrar este procedimento 8. Considerações finais Referencial bibliográfico 1. Introdução A agitação, por si só, refere-se à movimentação de uma determinada fase, usualmente, líquida em tanques por meio de impulsores giratórios, as técnicas de agitação e mistura são encontradas em diversos processos de industrias de transformação, para promover: Reações químicas; Trocadores; Dissolução de ácidos e base; Dispersão de gases; Extração e retenção de produto em processamento. 4 2. Objetivo O objetivo desta prática foi determinar as relações geométricas do sistema de agitação e o dimensionamento do tanque. Como também observar a forma de mistura no experimento. 5 3. Metodologia Consiste de um estado de revisão bibliográfica feito a partir de livros, artigos científicos e de websites, com a análise e captação de partes importantes na construção do trabalho. 6 4. Revisão bibliográfica 4.1 Caracterização qualitativa da operação por três fases: - Mistura: Operação mecânica que aumenta a homogeneidade do fluido, que podem ser miscíveis ou não, através da eliminação do gradiente de concentração, as propriedades que vão influenciar: - Homogeneização: É uma movimentação branda que visa uniformizar líquidos miscíveis para se conseguir uniformidade no sistema. - Agitação: É uma operação mais completa que as anteriores, refere-se à movimentação de intensa induzida de um material em forma determinada por meio de impulsores giratórios em um recipiente. 7 4.2 Classificação das misturas - Homogênea: gás- gás, liquido- líquido (miscível); - Heterogênea: sólido – liquido. 4.3 Propriedades que influenciam na mistura As propriedades mais importantes dos materiais, que podem influenciar na facilidade da mistura para fluidos e sólidos são: - Fluidos: Viscosidade, massa especifica, relação entra as massas especificas e miscibilidade; - Sólidos: Finura, massa especifica, relação entre as massas especificas, forma e aderência. 4. Revisão bibliográfica 8 4.4 Mistura de sólidos Empregam o princípio da elevação e queda das partículas, que caem distribuindo-se aleatoriamente. Alguns tipos de misturadores para pós secos. 4. Revisão bibliográfica Imagem 1: Misturador duplo cone Fonte: Google Imagem 2: Misturador rotativo Fonte: Google Imagem 3: Cônicos de parafusos ou fita Fonte: Google 9 4.5 Misturadores de pastas Utilizam dois eixos com pás ou dispositivos para arrastar a massa, desenvolvem tensões elevadas, necessitando de paredes firmes. Alguns tipos desses misturadores são: 4. Revisão bibliográfica Imagem 4: Misturadores sigma. Fonte: Google Imagem 5: Misturadores planetários. Fonte: Google 10 4.6 Mistura de líquidos miscíveis Se o escoamento for turbulento a mistura é bem rápida. O agitador produz correntes de altas velocidades e o fluido é misturado melhor próximo ao agitador devido a alta turbulência Os componentes para agitação de líquidos são: - Dificultores -Vaso: fundo arredondado (evita ponto sem mistura) - Motor - Haste - Redutor de velocidade 4. Revisão bibliográfica Imagem 6: Tanque para líquidos. Fonte: Google. 11 4. Revisão bibliográfica 12 4.7 Escoamento do fluido O tipo de escoamento depende: - Do tipo de lâmina utilizada; - Do tamanho do tanque; - Das características do fluido; - Do impulsor utilizado; Dos dificultadores. 4.8 Características de um tanque agitador A principal função dos tanques agitadores são de promover a agitação ou mistura de meios monofásicos (meio liquido), bifásicos (liquido e sólido) ou trifásicos (meios líquidos, sólidos e gasosos). O tanque é composto pelos seguintes acessórios: 4. Revisão bibliográfica Imagem 7: Representação de um tanque agitador. Fonte: Google 13 O sistema de um tanque de agitação com as seguintes configuração presente na tabela e em seguida ilustrado na figura 2. 4. Revisão bibliográfica Tabela 1: Leitura de dados. Imagem 8: características de um tanque. Fonte: Google 14 4.9 Tipos de agitadores ou impelidores. O tanque agitador contém um ou mais impelidores, também conhecidos como impulsores ou misturadores, sua principal função é provocar a movimentação do fluido, proporcionar a mistura desejada, há diversos modos de classificação de impelidores, destacando-se por tipo de padrão de fluxo. 4. Revisão bibliográfica 15 Imagem 9: tipos de impelidores Fonte: Google 4.10 Tipo de agitação - Leve: Mistura completa do fluido de maneira suave, mistura de fluidos miscíveis até homogeneizar com densidade menor que 0,1 e mistura uniforme, sendo a viscosidade de um, menor de 100 vezes que o outro. - Média: Comum em processos industriais, mistura de fluidos miscíveis com diferença de viscosidade menor de 0,6, auxilia no aquecimento ou resfriamento de misturas. - Forte: requer altas velocidades, produz superfícies turbulentas em fluidos de baixas viscosidade. Mistura até uniformizar quando a diferença de densidade é menor que 1,0 e utiliza-se quando o tempo de mistura é crítico. 4. Revisão bibliográfica 16 4.11 Fatores que interfere na mistura - Densidade do pó - Proporção dos diferentes componentes. - Tamanho relativo das partículas sólidas. A eficiência do misturador 4.12 Impulsionadores de líquidos Utilizam pás, turbinas e hélices para aplicar energia mecânica aos líquidos; Os dispositivos são ligados a um eixo que gira em um reservatório; O rendimento dos impulsores dependem da criação de correntes que atinjam todos os pontos do reservatório, com turbulência; A ação de mistura ocorre em regiões afastadas do impulsor, onde ocorre a misturarão de correntes. 4. Revisão bibliográfica 17 4.13 Padrões de escoamento de acordo com a velocidade do líquido: 4. Revisão bibliográfica Imagem 10:Tipos de fluxos. Fonte: Google 18 18 4.14 Modelos e características dos impulsionadores de líquidos: - Hélices: Utilizadas geralmente para agitação de fluidos de baixa viscosidade, com maior circulação que uma turbina. Uso: Suspensão de sólidos, mistura de fluidos miscíveis. 4. Revisão bibliográfica Imagem 11:Tipos de hélices. Fonte: Google 19 4.15 Modelos e características dos impulsionadores de líquidos: - Turbinas: Podem apresentar escoamento radial, alta tensão de cisalhamento naspontas do impulsor e escoamento axial nas pás inclinada. São úteis para suspensão de sólidos, para agitação de fluidos viscosos, poucos viscosos, dispersão de gases e líquidos. 4. Revisão bibliográfica Imagem 12:Tipos de turbinas. Fonte: Google 20 4.16 Modelos e características dos impulsionadores de líquidos: - Pás: Velocidade de rotação baixa, utilizada para misturas de fluidos muito consistentes. 4. Revisão bibliográfica Imagem 13:Tipos de pás. Fonte: Google 21 4.17 Vórtice Produzido pela ação da força centrifuga que age no líquido em rotação, devido à componente tangencial da velocidade do fluido. Geralmente ocorre para líquidos de baixa viscosidade, com agitação central. Existe maneiras de evitar o vórtice elas são: Descentralizar o agitador; Usar dificultadores (chicanas); Inclinar o agitador 15° em relação ao centro do tanque; Colocar o agitador na horizontal. Chicanas (inibidores de vórtice): São tiras perpendiculares à parede do tanque, geralmente quatro tiras são suficientes para interferir no fluxo rotacional sem interferir no fluxo radial ou axial. 4. Revisão bibliográfica Imagem14: Exemplo de vórtice do experimento Fonte: Daísy 22 4.18 Dificultores São geralmente utilizados 4 dificultadores com largura 1/ 10 do diâmetro do tanque para soluções de baixa viscosidade. E afastados de ½ de largura, afim de evitar acumulo de sólidos atrás das lâminas. a)Próximo à parede: são para líquidos de baixa viscosidade; b) Afastados da parede: líquidos de viscosidade moderada; c) Afastados e inclinados: para líquidos de alta viscosidade. 4. Revisão bibliográfica 23 23 4.19 Dimensionamento de um sistema de agitação O tanque agitador consiste em um tanque cilíndrico, com uma ou mais impelidores, motor e chicanas. Outros tem serpentinas ou camisas para promover a troca térmica, o sistema abordado foi de um tanque padrão de agitação. 4. Revisão bibliográfica Imagem15: Tanque padrão Fonte: Google. Tabela 2: leituras da imagem. 24 24 4.20 Dimensionamento de um sistema de agitação A escolha do tipo de tanque a ser utilizado, optou-se por um tanque cilíndrico utilizando as configurações recomendadas por McCabe: a) Diâmetro do impelidor: Da = (1/3).Dt b) Altura do impelidor em relação à base do vaso: E = Da c) Nível do líquido: H = Dt d) Número de dificultores (chicanas): 4. e) Largura dos dificultores: J = (1/12).Dt f) Caso o nível do líquido seja maior que 1,25 Dt usar mais impelidores. g) A distância ótima entre os impelidores fica entre 1 - 1,5 Da. 4. Revisão bibliográfica 25 25 4.21 Variáveis do projeto Propriedade do fluido: Equação 1: viscosidade µ = viscosidade р= densidade ϭ= tensão superficial κ= condutividade térmica Cp = calor especifico N= velocidade de rotação 4. Revisão bibliográfica 26 26 4.22 Analise de processo através de números adimensionais - Número de bombeamento: o volume escoado por áreas do impelidor e por tempo, com a velocidade de rotação e tamanho do impelidor correlaciona este bombeamento, a taxa de circulação em tanques de agitação é definida como o volume do fluido deslocado por um rotor de unidade de tempo. - Número de Froude (NFR): este inclui as forças gravitacionais e é usada para considerar os efeitos da superfície livre. Correlacionam RE e PO em sistemas sem chicanas. 4. Revisão bibliográfica Gráfico 1: características de mistura em regimes Fonte: Google. 27 4.23 Escolha do tipo de agitador Newtoniano: identifica-se por ter sua viscosidade constante independentemente da velocidade de cisalhamento a qual está submetido. Isto se justifica pelo fato destes líquidos se apresentarem em camadas, sendo que uma desliza sobre as outras assim como um baralho de cartas de superfícies lisas jogado sobre uma mesa áspera. -Não newtoniano não tem sua viscosidade constante, dependendo está diretamente da velocidade de cisalhamento que é aplicada sobre ele. Quanto maior está velocidade, maior será a viscosidade. 4.24 Forças que atuam no processo e mecanismo de mistura As forças que atuam no processo: - Inercias e de aceleração - Gravitacionais 4. Revisão bibliográfica 28 Mecanismos de mistura: - Convecção - Difusão - Mistura pneumática - Impacto 5. Resultados e discussão Com base no método de McCabe para um tanque de agitação e mistura obtivemos os seguintes cálculos: Imagem 16: modelo matemático de McCabe. 29 5. Resultados e discussão Tabela 3: dados do experimento 30 5. Resultados e discussão 5.3 passo: Calcular de acordo com as formulas de McCabe cada dimensão. 31 5. Resultados e discussão Imagem 17: Esquema do tanque do experimento. 32 6. Experimento 6.1 Materiais Tabela 4: Materiais utilizados 33 7.Dicas 7.1 Dicas de onde pode-se encontrar este procedimento - Fabrica Tambaú - Vitamassa - Agimax - Industriais têxteis - Industrias de bebidas ou cosméticos - Industrias de cimento 34 8. Considerações finais Para que houvesse a construção do tanque de agitação, foi necessário a realização de cálculos onde estes dimensionavam a montagem do mesmo. Com base no valores obtidos pode-se construir um modelo caseiro onde demostrasse a funcionalidade do processo de mistura, o experimento foi simples montar e compreender. O resultado não foi obtido com 100% de satisfação, pois a haste do processor não ficou totalmente estabilizada, porém o objetivo de demostrar a agitação foi concluída. 35 Referencial bibliográfico Celso Fernandes Joaquim Jr .Agitação E Mistura Na Indústri. Ltc - Grupo Gen 44, 2005- 2008. C. J. Hoogendoorn and A. P. den Hartog. Modelos de agitadores.Chem. Eng. Sci. 22, 1689-1699. 1967 Disponível em:< http://pt.slideshare.net/Aliffjc/agitao-e-mistura2, acessado 12/10/2016; 16h20> Disponível em:http://www.biologica.eng.uminho.pt/CEA/downloads/CEA_aula04.pdf, acessado em 12/10/2016; 16h24 W.L. McCabe, J.C. Smith, P. Harriot, 1993.Operações unitárias, 3ª edição, McGraw-Hill. C.J. Geankoplis, 1993. Processos industriais, 3ª edição, Prentice-Hall 36
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