AULA 10 PODER EXECUTIVO

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PODER EXECUTIVO
PREVISÃO LEGAL:
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
ART. 76 AO ART. 91
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1. DISPOSIÇÕES INICIAIS
“ART. 76. O PODER EXECUTIVO É EXERCIDO PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA, AUXILIADO PELOS MINISTROS DE ESTADO.” 
CONCLUSÃO:
O BRASIL ADOTA O PRESIDENCIALISMO COMO SISTEMA DE GOVERNO.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO PRESIDENCIALISMO
1ª - O PRESIDENTE DA REPÚBLICA É CHEFE DE ESTADO E CHEFE DE GOVERNO.
COMO CHEFE DE ESTADO, O PRESIDENTE DA REPÚBLICA REPRESENTA O ESTADO BRASILEIRO NAS SUAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS. (CF, ART. 84, VII, VIII E XIX).
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COMO CHEFE DE GOVERNO, CABE AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA A GERÊNCIA DOS NEGÓCIOS INTERNOS DO ESTADO BRASILEIRO, SEJAM DE NATUREZA POLÍTICA, SEJAM OS DE NATUREZA ADMINISTRATIVA (CF, ART. 84, I A VI; IX A XVIII; XX A XXVII). 
2ª - O PRESIDENTE DA REPÚBLICA GOZA DA CLÁUSULA DE IRRESPONSABILIDADE POLÍTICA. 
SIGNIFICA QUE O PRESIDENTE DA REPÚBLICA NÃO DISSOLVE O CONGRESSO NACIONAL NEM IMPEDE OS SEUS MEMBROS DE LEGISLAREM, DO MESMO MODO QUE DEPUTADOS E SENADORES NÃO DEMITEM NEM ESCOLHEM OS AUXILIARES DIRETOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA;
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3ª - O PRESIDENTE DA REPÚBLICA SUBMETE-SE AO PRINCÍPIO DA ELETIVIDADE.
2. INVESTIDURA
O PRESIDENTE E O VICE-PRESIDENTE SÃO ELEITOS PELO SISTEMA MAJORITÁRIO, PELO QUAL SE CONSAGRA VENCEDOR O CANDIDATO QUE OBTIVER MAIOR NÚMERO DE VOTOS, NÃO COMPUTADOS OS EM BRANCO E OS NULOS (CF, ART. 77).
A ELEIÇÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA IMPORTARÁ A DO VICE-PRESIDENTE COM ELE REGISTRADO (NÃO PRECISAM PERTENCER AO MESMO PARTIDO).
 
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O SISTEMA MAJORITÁRIO PODE SER CLASSIFICADO EM PURO (OU SIMPLES) OU DE DOIS TURNOS.
NO SISTEMA MAJORITÁRIO SIMPLES, SERÁ CONSIDERADO ELEITO O CANDIDATO QUE OBTIVER NO PLEITO O MAIOR NÚMERO DE VOTOS, EM UM SÓ TURNO.
NO BRASIL, ESSE SISTEMA É ADOTADO PARA ELEIÇÃO DOS SENADORES (CF, ART. 46) E DOS PREFEITOS DOS MUNICÍPIOS COM ATÉ DUZENTOS MIL ELEITORES (CF, ART. 29, II).
NO SISTEMA MAJORITÁRIO DE DOIS TURNOS, SERÁ CONSIDERADO ELEITO O CANDIDATO QUE OBTIVER A MAIORIA ABSOLUTA DOS VOTOS VÁLIDOS, SENDO QUE, SE ESTA NÃO FOR ALCANÇADA NO PRIMEIRO TURNO, HÁ QUE SE REALIZAR O SEGUNDO TURNO (CF, ART. 77, §§ 2º E 3º).
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O SISTEMA MAJORITÁRIO DE DOIS TURNOS É O ADOTADO NO BRASIL PARA A ELEIÇÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA, DOS GOVERNADORES DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL E DOS PREFEITOS DOS MUNICÍPIOS COM MAIS DE DUZENTOS MIL ELEITORES.
A ELEIÇÃO SERÁ REALIZADA NO PRIMEIRO DOMINGO DE OUTUBRO, EM PRIMEIRO TURNO, E NO ÚLTIMO DOMINGO DE OUTUBRO, EM SEGUNDO TURNO, SE HOUVER NECESSIDADE DESTE, DO ANO ANTERIOR AO TÉRMINO DO MANDATO PRESIDENCIAL VIGENTE (CF, ART. 77).
O MANDATO SERÁ DE QUATRO ANOS (CF, ART 82), PERMITIDA A REELEIÇÃO PARA UM ÚNICO PERÍODO SUBSEQUENTE (CF, ART. 14, § 5º). 
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2.1. REQUSITOS PARA A CANDIDATURA AOS CARGOS DE PRESIDENTE E VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA:
A)SER BRASILEIRO NATO;
B) ESTAR NO PLENO GOZO DOS DIREITOS POLÍTICOS;
C) POSSUIR ALISTAMENTO ELEITORAL;
D) POSSUIR FILIAÇÃO PARTIDÁRIA;
E) POSSUIR IDADE MÍNIMA DE 35 ANOS;
F) NÃO SER INELEGÍVEL.
NÃO SER INELEGÍVEL SIGNIFICA
NÃO SER INALISTÁVEL (ESTRANGEIROS E OS CONSCRITOS);
NÃO SER ANALFABETO; 
NÃO TER MAIS DE UMA REELEIÇÃO PARA PERÍODO SUBSEQUENTE;
E NÃO POSSUIR INELEGIBILIDADE POR PARENTESCO (CF, ART. 14, §§ 4º, 5º E 7º).
 
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3. IMPEDIMENTOS E VACÂNCIA
ESTABELECE A CONSTITUIÇÃO FEDERAL QUE CABE AO VICE-PRESIDENTE SUBSTITUIR O PRESIDENTE, NOS CASOS DE IMPEDIMENTO, E SUCEDER-LHE NO CASO DE VAGA (CF, ART. 79).
3.1. OS IMPEDIMENTOS SÃO OS AFASTAMENTOS TEMPORÁRIOS DO PRESIDENTE, COMO A HIPÓTESE DE AUSÊNCIA DO PAÍS, SITUAÇÕES QUE CABERÁ AO VICE-PRESIDENTE SUBSTITUÍ-LO NO EXERCÍCIO PLENO DA PRESIDÊNCIA.
3.2. A VACÂNCIA É O AFASTAMENTO DEFINITIVO DO PRESIDENTE, DECORRENTE DE MORTE, DE RENÚNCIA OU DE PERDA DO CARGO EM RAZÃO DE PENA IMPOSTA PELA PRÁTICA DE CRIME COMUM OU DE RESPONSABILIDADE.
 
 
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SE A VACÂNCIA FOR APENAS DO CARGO DE PRESIDENTE, O VICE ASSUMIRÁ E EXERCERÁ INTEGRALMENTE O MANDATO RESTANTE, SEM VICE-PRESIDENTE.
CASO HAJA IMPEDIMENTO DO PRESIDENTE E DO VICE-PRESIDENTE, OU VACÂNCIA DOS RESPECTIVOS CARGOS, SERÃO SUCESSIVAMENTE CHAMADOS AO EXERCÍCIO DA PRESIDÊNCIA O PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, O PRESIDENTE DO SENADO FEDERAL E O PRESIDENTE DO SUPREMO TTRIBUNAL FEDERAL.
IMPORTANTE! SOMENTE O VICE-PRESIDENTE SUCEDERÁ O PRESIDENTE DEFINITIVAMENTE EM CASO DE VACÂNCIA. 
 
 
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ASSIM, SE OCORRER VACÂNCIA SOMENTE DO CARGO DE PRESIDENTE, O VICE-PRESIDENTE SUCEDER-LHE-Á DEFINITIVAMENTE. INDEPENDE DO PERÍODO QUE RESTA PARA O TÉRMINO DO MANDATO. 
SE HOUVER VACÂNCIA DOS CARGOS DE PRESIDENTE E DE VICE-PRESIDENTE, O PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, O PRESIDENTE DO SENADO E O PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL F SOMENTE ASSUMIRÃO A PRESIDÊNCIA TEMPORARIAMENTE, ATÉ QUE OCORRA NOVA ELEIÇÃO, NA SEGUINTE FORMA:
A) VAGANDO OS CARGOS DE PRESIDENTE E VICE-PRESIDENTE NOS DOIS PRIMEIROS ANOS DO MANDATO, FAR-SE-Á NOVA ELEIÇÃO DIRETA NOVENTA DIAS DEPOIS DE ABERTA A ÚLTIMA VAGA;
 
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B) SE A VACÂNCIA OCORRER NOS DOIS ÚLTIMOS ANOS DO MANDATO, A ELEIÇÃO PARA AMBOS SERÁ FEITA TRINTA DIAS DEPOIS DA ÚLTIMA VAGA PELO CONGRESSO NACIONAL, NA FORMA DA LEI, HIPÓTESE EXCEPCIONAL DE ELEIÇÃO INDIRETA PARA A PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA (CF, ART. 81).
A POSSE DO PRESIDENTE E O VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA OCORRE NO DIA 1º DE JANEIRO, EM SESSÃO CONJUNTA DO CONGRESSO NACIONAL.
SE DECORRIDOS DEZ (10) DIAS DA DATA FIXADA PARA A POSSE E NÃO TIVER ASSUMIDO O CARGO, ESTE SERÁ DECLARADO VAGO, SALVO MOTIVO MAIOR QUE JUSTIFIQUE A AUSÊNCIA (CF, ART. 78, PARÁGRAFO ÚNICO). 
 
 
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4. ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA (CF, ART. 84)
AS COMPETÊNCIAS PRIVATIVAS DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA ESTÃO ELENCADAS NO ART. 84 DA LEI MAIOR.
EM REGRA, AS ATRIBUIÇÕES PRIVATIVAS ENUMERADAS NO ART. 84 DA LEI MAIOR SÃO INDELEGÁVEIS, OU SEJA, SÓ PODERÃO SER EXERCIDAS PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA OU, DURANTE OS SEUS IMPEDIMENTOS, POR AQUELE QUE O SUBSTITUIR NA PRESIDÊNCIA. DEVE SER OBSERVADO QUE O PARÁGRAFO ÚNICO DO ART. 84 DA CF PERMITE QUE O PRESIDENTE DA REPÚBLICA DELEGUE AOS MINISTROS DE ESTADO, AO PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA E AO ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AS ATRIBUIÇÕES CONTIDAS NOS INCISOS VI, XII E XXV, PRIMEIRA PARTE. 
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5. DA RESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA (CF, ARTS. 85 E 86)
A CF PREVÊ A POSSIBILIDADE DE RESPONSABILIZAÇÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA POR INFRAÇÕES POLÍTICO-ADMINISTRATIVAS E POR INFRAÇÕES PENAIS COMUNS.
5.1. CRIMES DE RESPONSABLIDADE
INFRAÇÕES POLÍTICO-ADMINISTRATIVAS, DEFINIDAS EM LEI FEDERAL (LEI Nº 1.079/1950), QUE PODERÃO SER COMETIDAS NO DESEMPENHO DA FUNÇÃO PÚBLICA E QUE PODERÃO RESULTAR NO IMPEDIMENTO PARA O EXERCÍCIO DA FUNÇÃO PÚBLICA (IMPEACHMENT). 
 
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O ART. 85 DA CF ESTABELECE AS CONDUTAS DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA QUE CARACTERIZAM CRIME DE RESPONSABILIDADE. ESSE ROL DE CONDUTAS NÃO É EXAUSTIVO E, SIM, EXEMPLIFICATIVO
O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL ENTENDE QUE SOMENTE A UNIÃO DISPÕE DE COMPETÊNCIA PARA DEFINIÇÃO FORMAL DOS CRIMES DE RESPONSABILIDADE, POIS OS MESMOS SE INSEREM NA COMPETÊNCIA PRIVATIVA DA UNIÃO PARA LEGISLAR SOBRE DIREITO PENAL (CF, ART. 22, I E SÚMULA 722 DO STF)
5.1.1. LEGITIMIDADE
QUALQUER CIDADÃO É PARTE LEGÍTIMA PARA OFERECER A ACUSAÇÃO CONTRA O PRESIDENTE DA REPÚBLICA À CÂMARA DOS DEPUTADOS, PELA PRÁTICA DO CRIME DE RESPONSABILIDADE. 
 
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5.1.2. PROCEDIMENTO DO JULGAMENTO
A CÂMARA DOS DEPUTADOS, A PARTIR DA DENÚNCIA DE QUALQUER CIDADÃO, É QUEM POSSUI COMPETÊNCIA PRIVATIVA PARA AUTORIZAR, POR DOIS TERÇOS DE SEUS MEMBROS, A INSTAURAÇÃO DO PROCESSO CONTRA O PRESIDENTE DA REPÚBLICA. 
ADMITIDA A ACUSAÇÃO PELA CÂMARA DOS DEPUTADOS, O PROCESSO SERÁ ENCAMINHADO AO SENADO
FEDERAL, PARA JULGAMENTO. 
A ADMISSÃO DA ACUSAÇÃO PELA CÂMARA DOS DEPUTADOS VINCULA O SENADO FEDERAL, OBRIGANDO-O A DAR INÍCIO AO PROCEDIMENTO PARA APURAÇÃO DO CRIME DE RESPONSABILIDADE, NÃO SENDO PERMITIDA AO SENADO FEDERAL QUALQUER DISCRICIONARIEDADE QUANTO À INSTAURAÇÃO OU NÃO DO PROCESSO DE IMPEACHMENT.
 
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DURANTE O PROCESSO DE JULGAMENTO DOS CRIMES DE RESPONSABILIDADE PELO SENADO FEDERAL, FUNCIONARÁ COMO PRESIDENTE O DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (CF, ART. 52, PARÁGRAFO ÚNICO).
NESTA SITUAÇÃO, O SENADO NÃO ESTARÁ ATUANDO COMO ÓRGÃO LEGISLATIVO, MAS SIM COMO ÓRGÃO JUDICIAL HÍBRIDO, PORQUE COMPOSTO DE SENADORES, MAS PRESIDIDO POR MEMBRO DO PODER JUDICIÁRIO.
O SENADO FEDERAL APRECIARÁ NÃO SÓ A CARACTERIZAÇÃO DA CONDUTA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA, MAS, SOBRETUDO, A CONVENIÊNCIA POLÍTICA DO SEU AFASTAMENTO DO CARGO PARA O PAÍS.
 
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NÃO SE TRATA SIMPLESMENTE DE AFERIR A PRÁTICA, OU NÃO, DO CRIME DE RESPONSABILIDADE, MAS DE EXAMINAR SUA GRAVIDADE PARA A CONTINUIDADE DO EXERCÍCIO DAS CHEFIAS DE ESTADO E DE GOVERNO.
NO MOMENTO EM QUE É INSTAURADO O PROCESSO DE JULGAMENTO PELO SENADO FEDERAL, O PRESIDENTE DA REPÚBLICA FICARÁ SUSPENSO DE SUAS FUNÇÕES. 
RETORNARÁ AO EXERCÍCIO DA PRESIDÊNCIA SE FOR ABSOLVIDO OU SE, DECORRIDO O PRAZO DE CENTO E OITENTA (180) DIAS, O JULGAMENTO NÃO ESTIVER CONCLUÍDO (HIPÓTESE QUE RETORNARÁ AO EXERCÍCIO DO CARGO SEM PREJUÍZO DO REGULAR PROSSEGUIMENTO DO PROCESSO) (CF, ART. 86).
 
 
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A CONDENAÇÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA POR CRIME DE RESPONSABILIDADE É PROFERIDA PELO VOTO DE 2/3 DOS MEMBROS DO SENADO FEDERAL (A VOTAÇÃO DEVERÁ SER NOMINAL E ABERTA).
A CONDENAÇÃO ACARRETERÁ A PERDA DO CARGO E A INABILITAÇÃO, POR 8 ANOS, PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA, SEM PREJUÍZO DAS DEMAIS SANÇÕES JUDICIAIS CABÍVEIS (CF, ART. 52, PARÁGRAFO ÚNICO).
A INABILITAÇÃO PARA O EXERCICIO DE FUNÇÃO PÚBLICA ALCANÇA TODAS AS FUNÇÕES DE NATUREZA PÚBLICA, SEJAM AS RESULTANTES DE CONCURSO PÚBLICO, SEJAM AS DE NOMEAÇÃO EM CONFIANÇA, SEJAM OS MANDATOS ELETIVOS.
A SENTENÇA SERÁ FORMALIZADA POR MEIO DE RESOLUÇÃO DO SENADO FEDERAL.
 
 
 
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5.1.3. RENÚNCIA
HAVENDO RENÚNCIA AO CARGO DE PRESIDENE DA REPÚBLICA, QUANDO JÁ INSTAURADO O PROCESSO, ESTE DEVERÁ SEGUIR ATÉ O FINAL, PODENDO SER APLICADA A PENA DE INABILITAÇÃO (STF, MS 21.689-1, REL. MIN. CARLOS VELLOSO, 16.12.1993).
O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL TAMBÉM FIRMOU ENTENDIMENTO DE QUE, APRESENTADA A DENÚNCIA ENQUANTO O PRESIDENTE DA REPÚBLICA ESTIVER NO EXERCÍCIO DO CARGO, PROSSEGUIRÁ O JULGAMENTO, MESMO APÓS O TÉRMINO DO MANDATO.
O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL TAMBÉM DEIXOU ASSENTE QUE O PODER JUDICIÁRIO NÃO DISPÕE DE COMPETÊNCIA PARA ALTERAR A DECISÃO PROFERIDA PELO SENADO FEDERAL NO PROCESSO DE IMPEACHMENT, UMA VEZ QUE FERIRIA O PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DE PODERES.
 
 
 
 
 
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5.2. CRIMES COMUNS
ALÉM DE RESPONDER POR CRIMES DE RESPONSABILIDADE, O PRESIDENTE DA REPÚBLICA TAMBÉM PODE SER RESPONSABILIZADO PELA PRÁTICA DE CRIMES COMUNS, APÓS A AUTORIZAÇÃO DA CÃMARA DOS DEPUTADOS, POR DOIS TERÇOS DOS SEUS MEMBROS (CF, ART. 86).
A COMPETÊNCIA PARA PROCESSAR E JULGAR O PRESIDENTE DA REPÚBLICA POR CRIME COMUM É O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
5.2.1. PROCEDIMENTO
I – A DENÚNCIA OU QUEIXA-CRIME CONTRA O PRESIDENTE DA REPÚBLICA SERÁ APRESENTADA AO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, MAS ESTE SÓ A RECEBERÁ E INSTAURARÁ O RESPECTIVO PROCESSO SE HOUVER AUTORIZAÇÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, POR DOIS TERÇOS.
 
 
 
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II – AINDA QUE HAJA AUTORIZAÇÃO DA CÃMARA DOS DEPUTADOS, O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL NÃO É OBRIGADO A RECEBER A DENÚNCIA OU A QUEIXA-CRIME.
III – SE RECEBIDA A DENÚNCIA OU QUEIXA-CRIME PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, O PRESIDENTE DA REPÚBLICA FICARÁ SUSPENSO DE SUAS FUNÇÕES, SOMENTE RETORNANDO AO EXERCÍCIO DA PRESIDÊNCIA SE FOR ABSOLVIDO OU SE, DECORRIDO O PRAZO DE CENTO E OITENTA (180) DIAS, O JULGAMENTO NÃO ESTIVER CONCLUÍDO, HIPÓTESE EM QUE RETORNARÁ AO EXERCÍCIO DE SUAS FUNÇÕES, SEM O PREJUÍZO DO REGULAR PROSSEGUIMENTO DO PROCESSO (CF, ART. 86, § 1º)
IV – AO FINAL, SE CONDENADO, O PRESIDENTE DA REPÚBLICA PERDERÁ O MANDATO E LHE SERÁ IMPOSTA A PENA CRIMINAL, NA FORMA DE LEGISLAÇÃO PENAL.
 
 
 
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6. CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES
1ª - O PRESIDENTE DA REPÚBLICA NÃO DISPÕE DE INVIOLABILIDADE MATERIAL, PRERROGATIVA ASSEGURADA APENAS AOS MEMBROS DO PODER LEGISLATIVO.
ASSIM, O PRESIDENTE DA REPÚBLICA NÃO É INVIOLÁVEL POR SUAS PALAVRAS E OPINIÕES, MESMO QUE NO ESTRITO EXERCÍCIO DE SUAS FUNÇÕES PRESIDENCIAIS.
2ª- EXISTÊNCIA DE TRÊS IMUNIDADES PROCESSUAIS:
I – NECESSIDADE DE AUTORIZAÇÃO PRÉVIA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, POR 2/3 DOS SEUS MEMBROS.
 
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ASSIM, O PRESIDENTE DA REPÚBLICA SOMENTE PODERÁ SER PROCESSADO E JULGADO COM AUTORIZAÇÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS.
II - IMPEDIMENTO DE PRISÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA PELA PRÁTICA DE INFRAÇÕES COMUNS ENQUANTO NÃO SOBREVIER SENTENÇA CONDENATÓRIA (CF, ART. 86, § 3º). 
ESSA IMUNIDADE IMPEDE QUE O PRESIDENTE DA REPÚBLICA SEJA PRESO EM FLAGRANTE OU DE QUALQUER OUTRA ESPÉCIE DE PRISÃO CAUTELAR, SEJA O CRIME AFIANÇÁVEL OU INAFIANÇÁVEL.
PARA QUE O PRESIDENTE SEJA RECOLHIDO A PRISÃO, É INDISPENSÁVEL A EXISTÊNCIA DE UMA SENTENÇA CONDENATÓRIA, PROFERIDA PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
 
 
 
 
 
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III – IRRESPONSABILIDADE RELATIVA POR ATOS ESTRANHOS AO EXERCÍCIO DE SUAS FUNÇÕES (CF, ART. 86, § 4º). 
SE O CRIME PRATICADO NÃO GUARDAR CONEXÃO COM O EXERCÍCIO DAS FUNÇÕES PRESIDENCIAIS, O PRESIDENTE DA REPÚBLICA SÓ PODERÁ SER POR ELE RESPONSABILIZADO APÓS O TÉRMINO DO SEU MANDATO, PERANTE A JUSTIÇA COMUM. 
RESSALTA-SE O PRAZO PRESCRICIONAL É SUSPENSO.
IMPORTANTE! PARA O STF, SOMENTE PODE SER ESTENDIDA AOS GOVERNADORES DE ESTADO E DO DISTRITO FEDERAL A IMUNIDADE FORMAL QUE CONDICIONA O PROCESSO E JULGAMENTO À PRÉVIA AUTORIZAÇÃO DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA E CÂMARA LEGISLATIVA, RESPECTIVAMENTE, POR 2/3 DOS VOTOS.
 
 
 
 
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AS OUTRAS IMUNIDADES DEFERIDAS AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA - REFERENTE ÀS PRISÕES CAUTELARES (CF, ART. 86, § 3º) E À IRRESPONSABILIDADE RELATIVA POR ATOS ESTRANHOS AO MANDATO (CF, ART. 86, § 4º) - NÃO PODEM SER ESTENDIDAS PELAS CONSTITUIÇÕES ESTADUAIS AOS GOVERNADORES, POR SE TRATAR DE PRERROGATIVAS PRÓPRIAS DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA, NA QUALIDADE DE CHEFE DE ESTADO.
DESSA FORMA, AS CONSTITUIÇÕES ESTADUAIS QUE PRETENDERAM ATRIBUIR ESSAS IMUNIDADES AOS SEUS GOVERNADORES TIVERAM OS RESPECTIVOS DISPOSITIVOS DECLARADOS INCONSTITUCIONAIS PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (ADI Nº 1.021/SP, REL. MIN. CELSO DE MELLO, 19.10.1995).
 
 
 
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7. PRERROGATIVA DE FORO
DEFERIDA A AUTORIZAÇÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, POR DOIS TERÇOS DE SEUS MEMBROS, SERÁ ELE JULGADO, NOS CRIMES DE RESPONSABILIDADE PELO SENADO FEDERAL E, NAS INFRAÇÕES COMUNS, PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (CF, ART. 86).
AO CONTRÁRIO DO QUE OCORRE NOS CRIMES DE RESPONSABILIDADE, JULGADOS PELO SENADO FEDERAL, NOS CRIMES COMUNS A DECISÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ADMITINDO A DENÚNCIA OU A QUEIXA-CRIME NÃO VINCULA O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 
A COMPETÊNCIA DO STF PARA JULGAR, ORIGINARIAMENTE, O PRESIDENTE DA REPÚBLICA ALCANÇA TODAS AS MODALIDADES DE INFRAÇÕES PENAIS, ESTENDENDO-SE AOS CRIMES ELEITORAIS, AOS CRIMES DOLOSOS CONTRA A VIDA E ÀS CONTRAVENÇÕES PENAIS. 
 
 
 
 
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IMPORTANTE! A COMPETÊNCIA DO STF PARA JULGAR O PRESIDENTE DA REPÚBLICA SÓ ALCANÇA OS CRIMES COMUNS POR ELE COMETIDO NA VIGÊNCIA DO MANDATO E, AINDA ASSIM, DESDE QUE SEJAM ILÍCITOS RELACIONADOS COM O EXERCÍCIO DO MANDATO.
SE A INFRAÇÃO COMUM FOI PRATICADA ANTES DO EXERCÍCIO DO MANDATO, OU DURANTE O EXERCÍCIO DESTE, MAS É ESTRANHA AO DESEMPENHO DAS ATIVIDADES PRESIDENCIAIS, O PRESIDENTE
DA REPÚBLICA NÃO SERÁ PROCESSADO E JULGADO PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, POIS NESSE CASO INCIDE A IMUNIDADE PROCESSUAL DO § 4º DO ART. 86 DA CF, QUE IMPEDE A RESPONSABILIZAÇÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA, NA VIGÊNCIA DO MANDATO, POR ATOS ESTRANHOS AO EXERCÍCIO DE SUAS FUNÇÕES. NESSA SITUAÇÃO, SÓ HAVERÁ PERSECUÇÃO DEPOIS DO TÉRMINO DO MANDATO, PERANTE A JUSTIÇA COMUM COMPETENTE.
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PERGUNTAS:
1 – DISCORRA SOBRE A DIFERENÇA ENTRE IMPEDIMENTO E VACÂNCIA.
2 – DE ACORDO COM A CONSTITUIÇÃO FEDERAL, É POSSÍVEL ELEIÇÕES INDIRETAS PARA PRESIDENTE DA REPÚBLICA?
3 – QUAL O PROCEDIMENTO CONSTITUCIONAL EXIGIDO PARA QUE O PRESIDENTE DA REPÚBLICA SEJA PROCESSADO E JULGADO POR CRIME DE RESPONSABILIDADE E CRIME COMUM?
4 – O PRESIDENTE DA REPÚBLICA POSSUI FORO ESPECIAL QUANDO TIVER PRATICADO CRIME COMUM ANTES DO MANDATO OU POR CRIME ESTRANHO AO DESEMPENHO DAS ATIVIDADES PRESIDENCIAIS? JUSTIFIQUE A RESPOSTA.
 
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